9 de maio de 2019

9maio2019

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCI – N.º 4470

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

DIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIOORDENAÇÃO DE QUATRODIÁCONOS PERMANENTES

Em tudo o que fizerdes ponde a vossa alma, como quem serve ao Senhore não aos homens. (…) Servi a Cristo, o Senhor! (Col. 3,24)

No dia 1 de Maio de 2019,Solenidade de S. José Ope-rário, a partir das 11.30 horas,D. João Marcos, Bispo deBeja, na Igreja Catedral,presidiu à Missa com a orde- Página 5

Macedónia do Norte: Madre Teresafoi «voz» e «mãe» dos pobres, diz

Francisco, na terra natal da religiosa

O Papa visitou, no dia 7, oMemorial da Madre Teresa deCalcutá, na sua cidade natal deSkopje, evocando a santa católicado século XX como “voz” e“mãe” dos pobres.Numa oração pronunciada pe-rante representantes de váriasreligiões presentes na Mace-dónia do Norte e religiosas dasMissionárias da Caridade, Fran-cisco declarou que Santa Teresade Calcutá se “tornou a vozsuplicante dos pobres e de todosaqueles que têm fome e sede dejustiça”.Acompanhado pelas irmãs dacongregação fundada por MadreTeresa, o pontífice começou pordepositar flores aos pés da está-tua da santa, rezando na capelado memorial, diante de relíquiasda religiosa e alguns objetospessoais.A visita foi acompanhada, tam-bém, por dois primos de SantaTeresa de Calcutá, num espaçoconstruído no local da antiga

igreja do Sagrado Coração deJesus, em que ela foi batizada.“Intercedei junto de Jesus paraque também nós obtenhamos agraça de estar vigilantes e aten-tos ao grito dos pobres, daquelesque estão privados dos seusdireitos, dos doentes, dos margi-nalizados, dos últimos”, rezouFrancisco.O Papa disse que a Igreja tem odever de dar um “testemunhocredível”, realizando “obras dejustiça, amor, misericórdia, paz eserviço”.Após a oração, o pontíficecumprimentou os líderes religio-sos e os primos de Madre Teresa,seguindo para o pátio onde sereuniram cerca de 100 pessoaspobres, assistidas pelas Missio-nárias da Caridade.Francisco abençoou a primeirapedra do Santuário de MadreTeresa (1910-1997), prémio Nobelda Paz em 1979, que foi cano-nizada pelo atual Papa a 4 desetembro de 2016.

nação de quatro diáconospermanentes: António Coelho,casado, pertence à Paróquiade S. João Baptista de Beja;Carlos Prazeres, solteiro,residente em Cuba; Fernando

Guerreiro, casado e membroda Paróquia de Santa Clara-a-Nova, Almodôvar; ManuelFrança, casado, que vive emMoura.

Fátima Jovem 2019

Página 4

65 anos do Carmelode Beja

Página 4

Mensagemdo Papa

para o DiaMundial

de Oraçãopelas

Vocações12 de maio de 2019

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9 de maio de 2019SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

O direito e o deverde trabalhar

Depois da vivência pacífica do1º de Maio, no qual as reivin-dicações dos sindicatos e asso-ciações de trabalhadores pare-cem resumir-se à redução doshorários de trabalho e aumentodo tempo de férias e lazer,ficamos com a sensação de quecontinua a ser esquecida adignidade do trabalho e de todoaquele que trabalha como ho-mem livre, responsável, orgu-lhoso da empresa onde trabalhaou, ainda melhor, na comuni-dade de trabalho onde participa.Ao olharmos para o Estado, épreocupante vê-lo apresentar-se como uma suprema previ-dência social que tudo garante,e principalmente, os subsídiosgeneralizados, mal pensados eatribuídos, incluindo o dosfunerais, mas não pode garantira sustentabilidade do paga-mento das reformas a quemtrabalha, sem o aumento daidade da mesma para os 69, 70ou mais anos. Esta realidade étanto mais dolorosa (e escan-dalosa) quanto mais nos aper-cebemos dos enriquecimentos

Editorial ilícitos, das reformas douradase pensões vitalícias com pou-cos descontos e trabalho, dasvidas baseadas em subsídios enão no trabalho e das grandesdificuldades em contratar paraa realização de certos trabalhos.Estes, porque humildes e sacri-ficados, vêmo-los serem realiza-dos pelos migrantes que va-mos recebendo, provenientesdos quatro cantos do mundo,ou de todas as partes.Em simultâneo com o diagnós-tico e medicamentar das doen-ças, é atitude sábia promover omodo de as evitar. Não bastafalar de baixa natalidade, enve-lhecimento da população, preca-riedade e baixos salários, acei-tando e aguentando as conse-quências, qual tragédia grega,na qual nada podemos fazer. Épreciso ir à raíz dos males e ter acoragem para assumir politicasque levem à cura destes ououtros males. A meu ver, con-tinua a ser adiada a promoçãoda mudança de mentalidade ede atitudes face ao trabalho,todo ele digno em si mesmo, bemcomo na transformação doseventuais problemas em novasoportunidades.O trabalho, quando visto comoum fardo pesado que é precisoaliviar, favorece a ociosidade ea diversificação dos vícios.Ganhar o “pão com o suor dorosto”, sem dependências ser-vis ou alienatórias, é próprio dohomem que se encontrou con-sigo mesmo, com os outros ecom Deus, assumindo seu de-ver e responsabilidade na cons-trução de uma civilização ondeo trabalho continuará a “darsaúde” e a gerar alegria e pazsocial.

António Novais Pereira, Diretor

FESTA DAS TOCHAS FLORIDAS2019

JOGOS FLORAISPOEMA SUBORDINADO AO MOTE

MOTESão Brás, terra de fulgor,Paz, crença, fé, cor e vida,Aceita os ramos de amorDa minha Tocha Florida. João Francisco Silva

MAIS UM ANO

Mais um ano, vim de novoCantar a Ressurreição,Reconforta o coraçãoConviver com este povo.Como sempre me comovoDe ver a gente em redor,Nos olhos vejo o calor,A franqueza que nos fitaE grito: sejas benditaSão Brás, terra de fulgor.

Terra de bem receber,De trabalho e alegria,Que labuta dia a diaPelo pão que há de comer.À gente dá gosto verA sua festa garrida,A procissão tão sentida,O garbo e a devoçãoQue nos põe no coraçãoPaz, crença, fé, cor e vida.

E Cristo RessuscitadoHá de ficar satisfeito,Ao receber este preitoDo Seu povo tão amado.Ele que foi sepultadoHá três dias, ao sol pôr,Ressuscitou desse horrorE agora dá-nos a mão,Perante a nossa emoçãoAceita os ramos de amor.

Vou aqui compenetrado,Levo a tocha levantada,Não quero saber mais nada,Vim cumprir este meu fado.Vamos tantos, lado a lado,De cabeça bem erguida,Sinto a alma agradecidaE o coração a saltarPorque Cristo há de gostarDa minha Tocha Florida.

Joaquim Rato1.º PRÉMIO

FESTA DAS TOCHASFLORIDAS – 2019JOGOS FLORAIS

Quadra Popular

A MINHA TOCHA

A minha tocha não é

Só de flores e verdura,

Foi enfeitada com fé

E uns raminhos de ternura.

Joaquim Rato

Arcebispo deBelo Horizonte é o

novo presidenteda conferência

episcopal brasileiraO arcebispo de Belo Horizonte,em Minas Gerais, D. WalmorOliveira de Azevedo, é o novopresidente da Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB).De acordo com a página oficialdo organismo, a eleição decorreuesta segunda-feira durante umaassembleia geral dos bisposbrasileiros, com D. Walmor Oli-veira de Azevedo, de 65 anos, asuceder no cargo ao arcebispode Brasília, o cardeal Sérgio daRocha.A reunião da CNBB teve a parti-cularidade de, pela primeira vez,eleger também não um mas doisvice-presidentes para aqueleorganismo: D. Jaime Spengler,atual arcebispo de Porto Alegre,em Rio Grande do Sul, e D. MárioAntónio Silva, bispo de Roraima,na região da Amazónia.Como tradicionalmente acontece,o até agora presidente da CNBB,cardeal Sergio da Rocha, ques-tionou os eleitos acerca dadisponibilidade em aceitar oscargos em causa.“Aceito com humildade, aceitocom temor e aceito à luz da fé”,respondeu o novo responsávelmáximo pela Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil, D.Walmor Oliveira de Azevedo.Segundo a biografia publicadana página da CNBB, D. WalmorOliveira de Azevedo nasceu em26 de abril de 1954, no municípiode Cocos, no Estado da Bahia.“É o primeiro baiano a estar àfrente da CNBB”, pode ler-se.D. Walmor Oliveira de Azevedo édoutorado em Teologia Bíblicapela Pontifícia UniversidadeGregoriana (Roma, Itália) e mestreem Ciências Bíblicas pelo Ponti-fício Instituto Bíblico (Roma,Itália).Foi ordenado sacerdote a 9 desetembro de 1977 e nomeadobispo auxiliar de Salvador, noEstado da Bahia, no dia 21 dejaneiro de 1998, pelo Papa JoãoPaulo II.A ordenação episcopal teve lugarno dia 10 de maio de 1998 e em2004 foi nomeado arcebispometropolitano de Belo Horizonte,em Minas Gerais.Em 2008, D. Walmor Oliveira deAzevedo foi escolhido como umdos representantes da IgrejaCatólica no Brasil para a XIIAssembleia Geral Ordinária doSínodo dos Bispos, que tevelugar em Roma.

Presidente da «CaritasInternationalis» vai encontrar-se

com Marcelo Rebelo de SousaO presidente da ‘Caritas Internationalis’ chega esta quinta-feira aPortugal, onde vai presidir à Peregrinação Internacional de maio aFátima, num programa que inclui uma audiência com Marcelo Rebelode Sousa.Do programa destaca-se o encontro entre o cardeal Luis Antonio Tagle,arcebispo de Manila, e o presidente da República Portuguesa, a partirdas 16h30 desta sexta-feira.O cardeal católico vai ter “oportunidade de estar e conhecer arealidade” da Cáritas em Portugal com encontros nas diocesanas deLisboa, Coimbra, Santarém e Setúbal, respetivamente nos dias 9, 14 e15 deste mês.O presidente da ‘Caritas Internationalis’ vai estar na inauguração daExposição Itinerante ‘Migrações e Desenvolvimento’, dirigida aosjovens, este sábado, a partir das 14h15, na Biblioteca Municipal AfonsoLopes Vieira em Leiria.Às 15h30, começa uma reunião entre D. Luis Antonio Tagle erepresentantes das Cáritas diocesanas e paroquiais, desta vez noSeminário de Leiria; às 19h30, o arcebispo de Manila visita a CáritasParoquial da Caranguejeira, da Diocese de Leiria-Fátima, que acolheurefugiados curdos, a família de Ayoub Mahmood.Nos dias 12 e 13 de maio, o cardeal filipino preside às celebrações daPeregrinação Internacional ao Santuário de Fátima, marcada pelaatenção ao continente asiático, região de onde o número de peregrinosà Cova da Iria tem aumentado.O presidente da ‘Caritas Internationalis’ vai dedicar os próximos dias14 e 15 a visitar as Cáritas Diocesanas de Coimbra, Santarém e Setúbal,jantando com pessoas em situação de sem-abrigo e portadoras deHIV, às 20h00, na diocese sadina.

9 de maio de 2019

Nós somos o povo de Deus, somos as ovelhas do seu rebanho.

RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

DomingoIV da Páscoa

O nosso Domingo

Ano C12 de maio de 2019

Leitura dos Actos dos Apóstolos

Naqueles dias, Paulo e Barnabé seguiram de Perga até Antioquia daPisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. Terminadaa reunião da sinagoga, muitos judeus e prosélitos piedososseguiram Paulo e Barnabé, que nas suas conversas com eles osexortavam a perseverar na graça de Deus. No sábado seguinte,reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra do Senhor. Aoverem a multidão, os judeus encheram-se de inveja e responderamcom blasfémias. Corajosamente, Paulo e Barnabé declararam: «Era avós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Uma vez,porém, que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna,voltamo-nos para os gentios, pois assim nos mandou o Senhor: ‘Fizde ti a luz das nações, para levares a salvação até aos confins daterra’». Ao ouvirem estas palavras, os gentios encheram-se de alegriae glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavamdestinados à vida eterna abraçaram a fé, e a palavra do Senhordivulgava-se por toda a região. Mas os judeus, instigando algumassenhoras piedosas mais distintas e os homens principais da cidade,desencadearam uma perseguição contra Paulo e Barnabée expulsaram-nos do seu território. Estes, sacudindo contra eles opó dos seus pés, seguiram para Icónio. Entretanto, os discípulosestavam cheios de alegria e do Espírito Santo.

I Leitura

Leitura do Livro do Apocalipse

Eu, João, na visão que tive, ouvi a voz de muitos Anjos, que estavamem volta do trono, dos Seres Vivos e dos Anciãos. Eram miríades demiríades e milhares de milhares, que diziam em alta voz: «Digno é oCordeiro que foi imolado de receber o poder e a riqueza, a sabedoria ea força, a honra, a glória e o louvor». E ouvi todas as criaturas que háno céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e o universo inteiro,exclamarem: «Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro o louvore a honra, a glória e o poder pelos séculos dos séculos». Os quatroSeres Vivos diziam: «Ámen!»; e os Anciãos prostraram-se em adoração.

Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São JoãoNaquele tempo, disse Jesus: «As minhas ovelhas escutam a minhavoz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhesa vida eterna e nunca hão-de perecer, e ninguém as arrebatará daminha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos, e ninguémpode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só».

Jesus é Bom Pastor de todos

Jo 10, 27-30

Aleluia

António Aparício

Ap 7, 9.14b-17II Leitura

Salmo Responsarial Salmo 99 (100)

«O Cordeiro será o seu pastore os conduzirá às fontes da águaviva»

«Vamos voltar-nos para os pagãos»

Actos 13, 14.43-52

Eu sou o bom pastor, diz o Senhor: conheço as minhas ovelhas eelas conhecem-Me.

Estamos no 4º domingo da Pás-coa, o do Bom Pastor. O Papa, namensagem que escreveu paraeste dia, o 56º Dia Mundial deOração pelas vocações de espe-cial consagração, fala sobre «acoragem de arriscar pela pro-messa de Deus». Recorda os doisgrandes eventos do Sínododedicado aos jovens, em outubrode 2018 e a 34ª Jornada Mundialda Juventude no Panamá. Estes

dois eventos permitiram à Igrejadar ouvidos à voz do Espírito e àvoz dos jovens, às suas inter-rogações, fadigas e esperanças.A imagem do Bom Pastor, dummundo agrário e pastoril, é olhadacomo anacrónica pela atual socie-dade. Mais que anacrónica,sendo mesmo rejeitada comosinal de autoritarismo, submissãoe seguidismo. Hoje, “as ovelhas”,querem dirigir os seus atos,sabem onde estão os pastos, têma noção duma Igreja carismática,a caminho com o terceiro deEmaús!!!

1 - «As minhas ovelhas escutama minha voz» (Jo 10,27). A fé cristãvem da escuta crente da palavra:«Logo, a fé vem da pregação e apregação pela palavra de Cristo(Rom 10,17 e 1Cor, 1,21). Naverdade, pela escuta, não ou-vimos palavras, escutamos Aque-le que é a Palavra feita carne,Jesus Cristo crucificado e glorio-samente ressuscitado. «Ignorara Escritura, á ignorar JesusCristo», no dizer de S. Jerónimo.

«Eu dou a vida eterna às minhas ovelhas»ENTRADAA bondade do Senhor encheu a terra– A. Cartageno, CEC I, 139ou: Cristo ressuscitou, Aleluia, - M. Luis, NCT

SALMO RESPONSORIALNós somos o Povo do Senhor – M. Luis, SR, 280

Sugestões de Cânticos

COMUNHÃOO bom Pastor (alentejano), CEC II, 221, ouCânticos Alentejanos, 21Ou: Eu sou o Bom Pastor – C. Silva, CEC I, 141

FINALRessuscitou, Ressuscitou – A. Cartageno, NCT

Jo 10, 14

Pela escuta, segundo SantoAgostinho, sais de ti mesmo, doteu mundo, e peregrinas comCristo pelas montanhas de Israel.Pela escuta andas com Jesus, vêscomo Ele vive, sente e ama e, coma graça do Espírito Santo, vaisaprendendo, sem esforço, a viver,a sentir e a amar como Jesus. Masa escuta da palavra não só terevela Deus, mas revela tambéma tua mais profunda identidade,a voz interior, os desejos maisrecônditos da sua presença,

abafados pelas correrias, can-saços e rotinas. A escuta dapalavra revela o teu ego maisprofundo, onde se encontra Deuse o homem, onde se experimentaque a vontade de Deus é tambémo teu alimento, como em Jesus.Não há fé cristã, intimidade comDeus, espírito de louvor e serviçoaos irmãos, sem a escuta assíduae crente da Escritura. Que tempodiário ou semanal dedicas àleitura da Palavra de Deus? Eporque não meditá-la em grupo?Convida alguém e medita o evan-gelho de cada domingo, segundoa pedagogia da Leitura orante: Oque diz o texto, o que te diz otexto, que oração te sugere, o quete mostra de Deus e da tua vida?

2 «Eu conheço as minhas ove-lhas» (Jo 10, 28). Ao dizer “mi-nhas”, afirma a dimensão depertença, tão necessária parauma vida comunitária e um tra-balho eclesial em rede. A maiorparte dos católicos preferemviver na Igreja como anónimos,preocupados por cumprir pre-

ceitos e ritos, sem dimensãohumana, social e fraterna. Cultosem dimensão fraterna, nãochega ao seu destino. Depois daescuta, vem o conhecer comoapelo lançado ao coração docrente. Para um semita, um povoagrário e pastoril, este conhecernada tem de abstrato. Conheceralguém é entrar em relaçõespessoais com ele. Assim diz-seque Adão conheceu Eva e estadeu à luz Caim (Gén 4,1). O Deusrevelado a Moisés é o «Eu sou».Vais ver na tua vida o que «Eusou para ti». Como vamos dizera seguir, este conhecimento levaà fusão de vidas, projetos einteresses. Como diria a raposado Principezinho, é criar laços, énão poder viver sem o outro, éserem dois num só. Ou como dizTeresa de Jesus: «Esta sagradapaixão, / do amor que eu vivo, /Faz de Deus ser meu cativo, / Elivre o meu coração». O queestás a fazer, o que podes e devesfazer para O e te conheceresmelhor, para servir, amar e vivermelhor?

3 – «Eu e o Pai somos um só» (Jo10,30) «Como Tu, o Pai, estás emMim e Eu em Ti, que também elesestejam em Nós, para que omundo creia que Tu me enviaste»(Jo 17, 21). És convidado à co-munhão, à fusão, a entrar nomistério trinitário do amor deDeus, a ser a Sua habitação parasua glória. Se Jesus, com o Pai eo Espírito Santo, está em ti, oimpossível torna-se possível,pois está em ti um amor mais forteque a morte. Olha o que Jesus tediz: «ninguém te arrebatará dasminhas mãos» Esta imagem dePastor nada tem de romântico,lembrando a experiência de Da-vid: «Quando vinha um leão ouum urso roubar uma ovelha, euperseguia-o e matava-o, tiran-do-lhe a ovelha da boca, E seele se lançava contra mim,agarrava-o pela goela e estran-gulava-o» (1Sam17, 24-25). Eis agrande notícia: »Dou-lhes a vidaeterna e nunca hão-de perecer eninguém as arrebatará dasminhas mãos» (Jo 10, 28).

9 de maio de 2019IGREJA4 – Notícias de Beja

65 anos do Carmelode Beja

O Carmelo do Sagrado Coração de Jesus, situado na cidade de Beja,comemorou os seus 65 anos de restauração com a celebração daEucaristia do 2º Domingo de Páscoa.Na ausência do Sr. D. João Marcos, Bispo da Diocese, presidiu oVigário Geral, P. Rui Carriço, tendo-se associado sacerdotes e inúmeraspessoas amigas das Irmãs Carmelitas tanto da cidade como de outrospontos geográficos. Entre elas destacaram-se o Cónego Carlos Paes,de Lisboa, Mons. José Rafael, do Opus Dei, o Sr. D. Duarte, Duque deBragança, o Infante D. Miguel que presidiu a uma delegação da OrdemConstantiniana de S. Jorge e, também, a Ordem de Malta.Depois da Eucaristia seguiu-se a apresentação de um power pointdedicado às origens da Ordem do Carmo, a sua chegada a Portugal, acriação do ramo feminino e a fundação da primeira casa de senhorasno nosso país, ou seja, o Convento de Nossa Senhora da Esperança,em Beja, em 1541. Nesta comunidade se evidenciaram Madre Marianada Purificação e Madre Maria Pertpétua da Luz pela via dacontemplação, tendo os seus escritos sido publicados no séc. XVIII.Após a extinção da Ordem, a demolição do Convento no final do séc.XIX e um período de ausência, o Carmelo feminino foi restaurado há 65anos, em Beja, a pedido de algumas Irmãs portuguesas que residiamem Espanha e com o apoio do Sr. D. José do Patrocínio Dias, entãoBispo de Beja.Terminado o power point, houve tempo para convívio entre as IrmãsCarmelitas e quantos estavam presentes.

Encontro Nacionalda Pastoral das vocações

No passado dia 4 de maio decor-reu em Fátima o Encontro Nacio-nal da Pastoral das Vocações,organizado pela Comissão Epis-copal Vocações e Ministérios. Oencontro contou com a partici-pação de cerca de meia centenade participantes, representado asvárias Dioceses de Portugal etambém congregações religiosas.O início dos trabalhos esteve acargo de Sr. Dom António Au-gusto Azevedo, Presidente daCEVM, que em nome da Comis-são Episcopal agradeceu a pre-

sença de todos.A parte da manhã esteve preen-chida por uma conferência pro-ferida pelo Pe. Michele Gianola(responsável pelas Vocações emItália), subordinada ao tema“Novas perspetivas para o cui-dado pastoral das Vocações àluz do último sínodo”.A manhã terminou com um mo-mento de Adoração ao Santís-simo Sacramento.A parte da tarde foi preenchidapela partilha de boas práticas noâmbito da Pastoral Vocacional

levadas a cabo em cada Diocesee também com a partilha depreocupações e inquietações,vividas pelas Dioceses e pelascongregações religiosas.Dom António Augusto Azevedopelas 16,45h deu por encerradoeste encontro, onde destacouduas grandes ideias: a “novacultura vocacional”, num reno-var da linguagem da vocação,ajudando cada batizado a des-cobrir a sua vocação, deixandode lado a lógica da angariaçãopara mim (diocese ou congre-gação) e a “paixão”. A estepropósito, referiu que “é precisoestar convencido e apaixonadopela causa das vocações”.A pastoral vocacional comofactor transversal a todos ossectores da pastoral, onde todosos sectores devem estra ani-mados em ajudar cada um adescobrir a sua vocação.

Pela PJV de BejaPe. Francisco

Fátima Jovem 2019No passado fim de semana decor-reu em Fátima a Peregrinaçãoanual do Jovens Católicos portu-gueses a este Santuário Mariano.A nossa Diocese fez-se represen-tar por cerca de 80 jovens, vindosda Amareleja, Beja (Salvador),Cuba, Seminário de Beja e Vidi-gueira, os quais se inscreveramatravés da PJV de Beja.Para aqueles que partilhamos omesmo transporte, o dia começoubem cedo, proporcionando-se apartida de Cuba pelas 7,00H damanhã.Ao longo da viagem houve mo-mentos para repousar mais umpouco numa noite que foi bastantecurta para alguns, para a oração,para a conhecimento mútuo e apartilha musical.Toda a Peregrinação teve tónicaMissionária, unindo assim osjovens a este ano missionárioproposto pelos Bispos portu-gueses. A parte da manhã desábado foi preenchida com aescuta de testemunhos de jovensnas suas experiências de missão,no qual não conseguimos partici-par, devido aos atrasos que fazemquase sempre parte, e com o testede som para o Festival da Canção,no qual a nossa Diocese estepresente através do grupo deJovens Renascer da Paróquia deCuba, depois de ter ganho oFestival Diocesano.Após uma saudação a Maria, natarde de sábado teve lugar umPeddy Paper que passou por

vários locais, dando a conhecer acomponente missionária, de pes-soas que em Fátima trabalham emvárias áreas de missão.Na noite de sábado teve lugar oFestival Nacional da canção demensagem e neste momento jun-tou-se a nós um grupo de familiarese amigos dos jovens de Cuba quenão quiseram deixar de os apoiar.O mais importante neste Festivalnão é a classificação final, mas simatravés da música os jovenscolocarem os seus dons a rendere darem testemunho da sua fé. Nointervalo teve lugar um concertoda “Banda Missio” que pôs todosos jovens a mexer. Foi vencedorado festival a Diocese de Vila Real,através do grupo “Ad Saltum”(Movimento dos jovens semfronteiras), com uma belíssimainterpretação.Já pela noite fora ainda houvetempo para uma pausa na Cape-linha das Aparições, para ummomento de oração individual eem grupo.O breve tempo para repouso tevelugar na casa de acolhimento

Bento Labre, do Santuário deFátima, onde alguns continuaramo convívio.No Domingo, o Fátima Jovemuniu-se as celebrações oficiais doSantuário de Fátima: Rosário eCelebração da Eucaristia, presididapor Dom Joaquim Mendes, presi-dente da Comissão Episcopal doLaicado e Família, do qual faz partea Pastoral Juvenil.Após o almoço teve lugar um brevetempo para a compra de algumaslembranças e desta vez com umdestinatário muito especial, asmães, a quem este Domingo tam-bém é dedicado.No caminho de regresso houvelugar para a oração de Vésperas,partilha sobre o Fátima Jovem, 2jovens do Grupo da Cuba, que sãoda Guiné, estiveram em Fátimapela primeira vez. Os jovens daParóquia de Serpa, participaram noFátima Jovem pela primeira vez.Rezamos por todos e a todoscolocamos aos pés da mãe do céu.

Pela Equipa PJVP.F.E.

Canção «Gerou-se em Mim», da Diocesede Vila Real, ganhou o festival jovem

A canção «Gerou-se em Mim», da Diocese de Vila Real, venceu oFestival Nacional Jovem da Canção Mensagem que decorreu esta noite,em Fátima.A canção tem letra de Bruna Ribeiro e Pedro Alves e foi uma das 14 aconcurso, numa iniciativa inserida no Fátima Jovem 2019, que decorreentre sábado e domingo.Após o anúncio do vencedor, Bruna Ribeiro, referiu que nunca esperou“ganhar o festival”, mas quem “acredita consegue”.

9 de maio de 2019 Notícias de Beja – 5DIOCESE

DIA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIOORDENAÇÃO DE QUATRODIÁCONOS PERMANENTES

Em tudo o que fizerdes ponde a vossa alma, como quem serve ao Senhore não aos homens. (…) Servi a Cristo, o Senhor! (Col. 3,24)

Na concelebração euca-rística participou a quasetotalidade dos membros doclero de Beja, bem comoalguns das Dioceses maispróximas e também trêsPadres da Diocese de Coim-bra. Na totalidade, terãoparticipado, aproximada-mente, cerca de 500 pessoas:membros do clero (Padres eDiáconos) e os fiéis em geral,provenientes principalmentedas comunidades de resi-

dência dos candidatos. Ocoro, com 60 elementos,formado principalmente porelementos da Paróquia de S.João Baptista e/ou do Corodo Carmo, foi enriquecidocom o grupo coral juvenil damesma Paróquia e teve adirecção do Padre AntónioCartageno.Na Homilia, centrada nafigura de S. José, D. JoãoMarcos exortou os ordi-nandos ao “testemunho

alegre da … diaconia exer-cida por amor a Cristo” eque ajudará a curar “o cancrodo clericalismo, própriodas estruturas velhas dasnossas paróquias e dio-cese”. Lembrou as dificul-dades em ser diácono “nestaIgreja tão moldada peloespírito do mundo, e nestemundo onde todos queremser senhores”, esperando-sedos diáconos a “pregação doEvangelho que anuncia achegada do Reino dos Céuse que denuncia quem vivesujeito à corrupção domundo presente pela so-berba, pela avareza, pelaluxúria, pela ira, por todosesses pecados que nos afas-tam de Deus”.Aos ordinandos casadospediu que as suas famíliastenham sempre a primazia,cuidando bem delas e quese “transformem em verda-deiras igrejas domésticas,onde Jesus Cristo NossoSenhor seja louvado, ado-rado e obedecido”.No final, houve um almoçoconvívio, servido na Quintada Suratesta, no qual partici-param cerca de 400 pessoas.

Preparação para o Baptismoe o Matrimónio

Com início no dia 3 de Maio, e continuando nas próximas sextas-feiras,no Seminário de Beja, pelas 21.00 horas, está a decorrer a preparaçãodos pais e Padrinhos para a celebração do Sacramento do Baptismo.Também no Seminário de Beja, o Centro de Preparação para oMatrimónio (CPM) realizou a 1ª Sessão, no dia 06 de Maio (SegundaFeira) às 21.00 horas.Nesta primeira sessão, além dos casais que integram a Equipa,participaram 14 novos casais que irão celebrar o seu Matrimónio duranteeste verão. O Assistente Espiritual, Padre António Novais, que tambémparticipou, integra a equipe do CPM desde o início de Janeiro último.Fundamentalmente, neste primeiro dia, além da inscrição e conhecimentoda equipe e dos jovens casais, foi apresentada a metolologia a seguirnos encontros seguintes.O CPM, não é a realização de um curso mas antes uma partilha deexperiências, quer daqueles que irão casar brevemente, quer daquelescasais que querem e podem oferecer a partilha das suas experiênciasenquanto famílias já constituídas.Nas próximas segundas-feiras (13, 20 e 27, de Maio), a partir das 20.30horas, irão realizar-se mais três sessões levadas a cabo pelo CPM.

9 de maio de 2019SOCIEDADE6 – Notícias de Beja

Latim nas Missas

Meandros dum rótulo maldito

Sílvio Couto

Tem vindo a crescer, duma formaconcertada e um tanto silenciosa,mas suficientemente crescentepara que não se veja, a desi-gnação de ‘extrema-direita’,aplicada ao mundo das ideias(políticas ou culturais), aduzindo-lhe ainda o epíteto de ‘popu-lismo’ e um sem-número deadjetivos qualificativos na formaexagerada.Mas o que é que pode caraterizaralguém para ser considerado de‘extrema-direita’? Haverá umadefinição/descritiva ou antesuma discrição definitória? Depoisda falência dos regimes comu-

nistas – com a queda do ‘murode Berlim’, em 1989 – houvetempo para uma redefinição dostermos ou antes foram colocadosoutros por contraste e de formaacrítica? Não será que a apelidada‘extrema-direita’ se pode com-preender melhor se atendemosaos ‘ideais’ da considerada ‘ex-trema-esquerda’? Não será que,na maior parte dos casos, osextremos se tocam pelo contrastee fazem-se explicar pelo inversodas posições? Quando alguém searroga contra a ‘extrema-direita’não estará, porventura, a en-cobrir outros fatores que mo-tivam ser de ‘extrema-esquerda’?Não haverá demasiada conci-liação em apelidar de ‘extrema-direita’ quem não se assume emser de ‘extrema-esquerda’? Aspretensas armas de um lado e dooutro não são demasiado iguaispara que se possa usar algo dearremesso contra quem não fazparte da ‘nomenclatura’ socialreinante?

= Ora, ao consultarmos a wiki-pédia sobre o assunto podemosencontrar as linhas-gerais dissoa que apelidam de ‘extrema-

direita’: «A extrema-direita (tam-bém conhecida como ultra-direitaou direita radical) refere-se, dentrodo conceito da existência de umaesquerda e direita, no espectroideológico. A política de extremadireita envolve frequentementeum foco na tradição, real ouimaginada, em oposição às polí-ticas e costumes que são con-siderados como reflexo do mo-dernismo. Muitas ideologias deextrema-direita têm desprezo ouum desdém pelo igualitarismo,mesmo que nem sempre expres-sem apoio explícito à hierarquiasocial, elementos de conser-vadorismo social e oposição àmaioria das formas de liberalismoe socialismo. Alguns gruposapoiam uma forte ou completaestratificação social e a su-premacia de certos indivíduos ougrupos considerados natural-mente superiores».

= Tentemos descortinar linhas-mestras sobre a possível ‘extre-ma-direita’: aceitação, difusão evivência na linha da ideologia degénero; defesa de uma sobre-posição das iniciativas estataisaos princípios de iniciativa pri-

vada, tanto na economia, comona educação, na saúde e mesmona visão cultural; colagem decomportamentos morais (vistoscomo moralizantes com sabor areligião) para com certos critérioséticos, sobretudo se a pessoa forvalendo cada vez menos…nalinha da produção; exaltação detudo e o resto que possa parecerecologista com a marca do ho-lismo da ‘nova era’; escara-funchar (agora, antes e depois)aquilo que possa tornar maisvulnerável quem se oponha aosintentos de salvaguarda de con-ceitos e de vivências como país,nação ou cultura com valores quepossam ainda cheirar a cristão…Dá a impressão de que, quem falarde temas como a família (nosentido judaico-cristão), a pátria,a concórdia entre pessoas epovos ou possa ter uma opiniãoque destoe da maioria em regimede pensamento ‘progressista’, écandidato a ser rotulado de‘extrema-direita’ ou apelidado depopulista, com as consequênciasque advêm de estar sob a mira decertos polícias sociais de ‘mora-lidade’ a seu gosto…

= De entre os difusores da men-talidade, que se apregoa desuperior para submeter os demaispelo silêncio, o medo ou o cons-trangimento social, encontramosa comunicação social, que bem edepressa rotula uns tantos de‘extrema-direita’, se não se en-quadrarem na grelha com queveem, leem ou julgam a ‘sua’sociedade’. Nalguns casos bas-tará que falhe um dos parâmetroscom que apreciam os aconte-cimentos para fazerem dum sim-ples episódio uma espécie de‘facto’ de ‘extrema-direita’… Nãoisso que foi feito no Brasil, nasrecentes eleições presidenciais?Não foi também essa a técnicapara classificar algumas forças emEspanha? Não é esse o trejeitosubtil, capcioso e incisivo comque agrupam os candidatos aoParlamento Europeu?O que me confunde é que setentem limpar façanhas de certa‘extrema-esquerda’ – na Europae fora dela – em exercício ou nopassado. Não há direito a serfaccioso nem a impor uma ver-dade tão mentirosa…

Cinquenta anos depois do Con-cílio Vaticano II, torna-se muitodifícil compreender a pretensãode querer voltar atrás, rein-troduzindo aquilo que a Igreja, emConcílio, desaconselhou ou seja,celebrar a Missa em Latim.O Papa Paulo VI deu o exemplo,celebrando a primeira Missa emitaliano e, cinquenta anos depois,no mesmo local (Paróquia romanade Todos os Santos), o PapaFrancisco reforçou a importânciadesta decisão histórica, aliásexperimentada com grandes fru-tos na Igreja pós-conciliar.Em 12 e 13 de Maio último (anode 2017) a multidão que recebeuo Papa Francisco, em Fátima, comele pode participar melhor nacelebração do Mistério euca-rístico porque, recorrendo uni-camente ao Português, o Pastoruniversal deixou bem clara aimportância da grande mudançarealizada na liturgia da Igreja.Seguir o exemplo do SenhorJesus, que falava a língua dosseus conterrâneos, voltar àsorigens ou ao exemplo das pri-meiras comunidades cristãs,respeitar e pôr em prática aquiloque a Igreja, na fidelidade aoEspírito decide e recomenda, é a

melhor forma de não nos enga-narmos, defendermos o “bem dosfiéis” e promovermos a partici-pação ativa do Povo de Deus.Apesar das diferentes sensi-bilidades ou gostos pessoais, napastoral da Igreja não é acon-selhável a introdução de ritos oupráticas que o povo não podeentender. Porque de linguagemse trata, convém não esquecer arecomendação do Apóstolo S.Paulo no sentido de que, quandoalguém fala na assembleia e nãose entende, esse irmão deve

calar-se. (cf. 1 Cor. 14,27-28)A Liturgia ou “ação do povo”,conforme significado da própriapalavra, requer a ultrapassagemtradicional do “ouvir missa”, como promover do entendimento doque se faz e a participação ativade toda a assembleia. Como sepode alimentar a fé que vem peloouvido se a celebração da mesmase torna uma “coisa distante”?!E como poderá tornar-se pró-xima se o latim não é a nossalinguagem (aliás, “língua mor-ta”) e até mesmo os novos

Padres já não o aprendem?! Senão o aprendem, como poderãopronunciá-lo corretamente?!

Reforma LiturgicaConciliar

A publicação da Carta Apos-tólica, dada sob a forma de“Motu Proprio”, “SummorumPontificum Cura”, pelo PapaBento XVI, regulando o uso, naLiturgia, do “Missale Roma-num”, na sua última edição de1962, promulgada pelo Papa JoãoXXIII, como forma extraordináriade celebração da Liturgia católicasegundo o Rito Romano, exigemuito discernimento pastoral. Naaltura, a sua publicação pro-vocou duas reações: uma entu-siasta aceitação e uma férreaoposição.Não nos devemos esquecer dogrande entusiasmo gerado pelaReforma Litúrgica e o espírito de“aggiornamento” proposto peloConcílio, que modelaram a formade ser cristão e o rosto dascomunidades cristãs, que apren-deram a viver a Liturgia, nãoapenas como manifestação da fépessoal, mas como expressãoviva de um Povo que se reco-

nhece como comunidade quandocelebra a Sagrada Liturgia.Apesar do “Motu Proprio” daruma grande autonomia de deci-são aos Párocos e, em certoscasos, a todos os Sacerdotes, oBispo não deixa de ser, como oSanto Padre reconhece, citandoa “Sacrossanctum Concilium”, nº22, o moderador da Liturgia naprópria Diocese: “O governo daLiturgia depende unicamente daautoridade da Igreja: pertence àSé Apostólica e, nas regras dodireito, ao Bispo” (S.C., nº22). Naconstrução da unidade da Igrejadiocesana, a aplicação do “MotuProprio”, no respeito pela auto-ridade do Santo Padre, expres-samente manifestada, é definidopelo Bispo diocesano.Da interpretação dos diversosdocumentos sobre esta matéria,prevalece o “bem dos fiéis”, oqual não se coaduna com osgostos ou perspetivas pessoaise exige muito discernimentopastoral: quais e quantos são osfiéis, quais os motivos que oslevam a pedir essa Liturgia; queformação cristã e litúrgica pos-suem e se o próprio ministro estáou não preparado para presidir aessa celebração.

9 de maio de 2019

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9maio2019

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REGIONAL Notícias de Beja – 7

Bom humorBom humorBom humorBom humorBom humorUm jantar na selva

O leão e a gazela entram num restaurante na selva e chamam oempregado:- Eu queria uma salada mista de grama, relva e capim - pede agazela.- Pois não. E o senhor, o que vai pedir? - diz o empregado ao leão.- Nada, obrigado.- Ele não está com fome? - pergunta o empregado para a gazelaacompanhante.- Você acha que se ele estivesse com fome eu estaria aqui sentada?

Fiquei com penaIrritado com os seus alunos, o professor lançou um desafio:- Aqueles que se julgarem burros, façam o favor de se por de pé.Continuaram todos sentados.Alguns minutos depois, o Joãozinho levanta-se.- Quer dizer que te achas burro Joãozinho? - perguntou oprofessor.- Bem para dizer a verdade, não! Mas fiquei com pena de ver osenhor aí, em pé, sozinho!

Tem cuidado...Uma loira viajou para o Rio de Janeiro no fim-de-semana. Antesde partir um amigo deu uma recomendação:- Tem cuidado, pois no Rio de Janeiro na sombra estão 50 graus!A loira agradeceu o conselho, mas um mês depois retornou maisbronzeada que um carvão. Ao encontrar o amigo, ele pergunta:- Eu não te avisei para tu tomares cuidado?E a loira responde:- Pois é, tu disseste que na sombra estavam 50 graus e por isso euandei sempre no lado do sol!

Após contacto com alguns antigos alunos, sobre o interesse em se organizar o Encontro de deantigos alunos dos Seminários de Beja e Serpa, tendo obtido resposta positiva e ecos do interessegeneralizado decidiu-se avançar com o Evento. Ele terá lugar na data habitual, último fim-de-semanade maio 1 e 2 de junho.Temos feito um esforço grande na actualização de moradas e contactos e contamos com a ajuda dealguns antigos alunos neste sentido. Mas não conseguimos, certamente, chegar a todos. Por isso,aproveito a ocasião para lhes pedir a divulgação do Encontro, para assim se chegar ao maior númeropossível de Antigos alunos.

Programa do Encontro

Sábado, 1 de junho Domingo, 2 de junho12,30h – Almoço 8,30h -Oração de Laudes15,00h - Assembleia Geral LASB/homenagem 9,00h – Pequeno Almoçoao Sr. Pe. Alves 10,00h – Visita ao Museu da Sé19,00h – Oração de Vésperas 11,30h – Eucaristia na Sé19,30h – Jantar 13,00h – almoço e despedida21,00h – Sarau cultural

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de Bejalevou a efeito um conjunto deoperações, no distrito de Beja, nasemana de 29 de abril a 5 de maio,que visaram a prevenção e ocombate à criminalidade violenta,fiscalização rodoviária, entreoutras, registando-se os se-guintes dados operacionais:1. Detenções: 12 detidos emflagrante delito, destacando-sedez por condução sob o efeitodo álcool.2. Apreensões: 21 doses dehaxixe e um telemóvel.3. Trânsito:Fiscalização: 284 infrações dete-tadas, destacando-se: 51 porexcesso de velocidade; 21 rela-

cionadas com tacógrafos; 16 porcondução com taxa de álcool nosangue superior ao permitido porlei; 15 por falta de inspeçãoperiódica obrigatória; 13 porinfrações relacionadas com ilu-minação/sinalização; 12 por faltaou incorreta utilização do cintode segurança e/ou sistema deretenção para crianças e 11 porfalta de seguro de responsa-bilidade civil obrigatório..Sinistralidade: 36 acidentes regis-tados, resultando: um morto;dois feridos graves e 12 feridosleves.4. Fiscalização Geral: 20 autosde contraordenação: 12 no âm-bito da legislação da proteção da

natureza e do ambiente e oito noâmbito da legislação policial.5. Ações de sensibilização:- Duas no âmbito da operação“Residência Segura”, tendo sidosensibilizados 15 idosos; duas noâmbito de controlo da circulaçãorodoviária durante atividadesrelacionadas com o “Mês daPrevenção dos Maus-Tratos naInfância”, tendo participadocerca de 3600 pessoas; uma noâmbito da “Violência contraIdosos”, tendo sido sensibi-lizadas 25 pessoas e uma noâmbito da “Internet Segura”,tendo sido sensibilizados 20alunos.

Secretário de Estado da Economia visitou Beja

O Secretário de Estado da Eco-nomia, João Correia Neves estevede visita a Beja, no dia 07 de Maio

de 2019, onde visitou empresas eentidades de importância conce-lhia e regional.

A visita da comitiva do Secretáriode Estado, acompanhada portécnicos de IAPMEI e pela Câ-mara Municipal de Beja, teveinício de manhã, na “SociedadeAgrícola do Monte Novo e Fi-gueirinha, Lda.” passando de-pois pelo CEBAL, pelo InstitutoPolitécnico de Beja e pela CIM-BAL. Durante tarde, a comitivavisitou a “Fertigal, Lda.”Esta visita inseriu-se no roteirodos “Encontros para a Com-petitividade e Inovação”, pro-movido pela Secretaria de Estadoda Economia e pelo IAPMEI, earticulada com os Municípiosselecionados.

Encontro deAntigos alunosdos Semináriosde Beja e Serpa

9 de maio de 2019ÚLTIMA PÁGINA

Igreja/Natureza: Papa diz que só um esforço«intergeracional» salvará os oceanos e as comunidades

costeiras das agressões que têm sido vítimasO Papa frisou que a salvaguardados oceanos depende de umesforço “intergeracional”, numamensagem enviada aos parti-cipantes de uma conferênciainternacional sobre os oceanos,promovida pelo Vaticano emCopenhaga.Na missiva, publicada pela salade imprensa da Santa Sé, Fran-cisco realça a urgência deestender este “empenho fra-terno” a todos quantos sofremcom as agressões cometidascontra os mares, sobretudo “ascomunidades costeiras e atodos quantos trabalham nestemeio”.Homens, mulheres e crianças,famílias que “tão frequente-mente são vítimas das altera-ções climáticas e das injus-tiças que decorrem de mo-delos insustentáveis de de-senvolvimento”, apontou oPapa argentino.A conferência internacional ‘Obem-comum dos nossos mares’decorreu entre os dias 3 e 5 demaio em Copenhaga, na Di-namarca, organizada pelo Di-castério para o Serviço doDesenvolvimento Humano In-tegral, em parceria com a Co-missão Justiça e Paz Europa, aComissão Justiça e Paz Dina-marca, o Apostolado do Mar eo Movimento Católico Globalpelo Clima.

O encontro contou com a parti-cipação de representantes devárias tradições religiosas, demembros de organizações inter-nacionais, de agentes ligados asetores como a educação, aciência e o mundo empresarial.No centro da iniciativa esteve aanálise às oportunidades e desa-fios que caraterizam hoje osoceanos e mares, bem como aszonas costeiras, e todas aspessoas que dependem destasáreas para viver.Para Francisco, é fundamentalconfrontar as “ameaças pro-vocadas pela desajustada gestãodos oceanos e pela manipulaçãocriminosa das indústrias marí-timas”, sem esquecer fenómenosadjacentes a este contexto, como

“a praga do tráfico humano”.O Papa defende para isso tam-bém a necessidade de um “cres-cente” esforço de “diálogo” e detrabalho “interdisciplinar”, quetorne “mais efetivas as respostasa dar a todos estes desafioscomplexos que têm surgido”.“Mais do que desejável o diálogoé essencial: diálogo entre reli-giões, entre nações, entre crentese não-crentes, entre as ciências,entre ricos e pobres, entre todos.Certamente não é uma tarefa fácil,mas a gravidade da crise eco-lógica exige que olhemos para obem de todos”, refere Francisco,que cita a sua encíclica ‘Laudatosi’, dedicada à questão ambiental.

Fonte: Ecclesia

Amazónia: Papa deixa alertas sobre atividade mineirae pede respeito pelos indígenas

O Papa deixoualertas sobre aatividade mineira e pediu respeitopelos indígenas, em particular naAmázonia, durante uma audiên-cia que decorreu no Vaticano,sobre este tema.“À luz do iminente Sínodo sobrea Amazónia [outubro de 2019],gostaria de destacar que é indis-pensável prestar uma atençãoespecial às comunidades aborí-genes com suas tradições cul-turais”, afirmou Francisco, pe-rante os participantes do en-contro sobre ‘A indústria mineirapara o bem comum’.A intervenção sublinhou que astradições religiosas “sempre apre-sentaram a sobriedade como umacomponente-chave de um estilode vida ético e responsável”.“A sobriedade é vital para salvara nossa casa comum”, insistiu opontífice.O encontro foi organizado peloDicastério para o Desenvol-vimento Humano Integral (Santa

Sé), que convidou para Romarepresentantes de Igrejas e comu-nidades religiosas de todo omundo, bem como responsáveispor empresas de mineração erepresentantes das comunidadesem que essas mesmas empresasatuam.O Papa recordou as “precáriascondições” do planeta, que sofrecom as consequências de ummodelo económico “voraz, orien-tado para o lucro, com um hori-zonte limitado e baseado nailusão do crescimento económicoilimitado”, com um “desastrosoimpacto sobre o mundo natural esobre a vida das pessoas”.Francisco defendeu que a ativi-

dade mineira deve estar a serviçodas pessoas, assegurando a suaproteção e bem-estar.“Somente a responsabilidadesocial da empresa não é sufi-ciente. Devemos garantir que asatividades mineiras conduzem aodesenvolvimento humano inte-gral de cada pessoa e de toda acomunidade”, apontou.Ainda hoje, o Papa recebeu osmembros da Fundação ‘GuidoCarli’, dedicada ao compromissosocial, perante os quais assinalouque “a economia produz umserviço ao bem comum” apenasse “for ligada à ética”.

Fonte: Ecclesia

Mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oraçãopelas Vocações

12 de maio de 2019

A coragem de arriscarpela promessa de Deus

Na sua mensagem para o Dia Mundial de Oração pelasVocações, a celebrar no próximo Domingo, 12 de Maio,o Papa Francisco retoma a sua partilha com os jovensno Panamá e refere que o chamamento do Senhor nostorna portadores duma promessa e, nos pede acoragem de arriscar com Ele e por Ele.Com base no Evangelho proposto pela Igreja para esteDomingo – a Pesca Milagrosa – atualiza a mensagemreferindo que a experiência daqueles pescadores que,durante a noite não apanharam nada é a situação comumna vida de hoje, confrontados entre o gozo de “pescaboa” e a necessidade de “coragem para governar umbarco sacudido pelas ondas, ou lidar com a frustraçãode estar com as redes vazias”. Isto, continua o Papa,acontece na vida matrimonial e na vida consagrada. Aexperiência de “uma pesca milagrosa” acontece porqueO Senhor “nos quer fazer descobrir que cada um denós é chamado – de diferentes modos – para algo degrande, e que a vida não deve ficar presa nas redesdo sem-sentido e daquilo que anestesia o coração”.Depois de se referir à coragem para “arriscar umaescolha”, como os primeiros discípulos, precisamosaceitar o chamamento do Senhor, deixarmo-nos envolvertotalmente e “correr o risco de enfrentar um desafioinédito; é preciso deixar tudo o que nos poderia manteramarrados ao nosso pequeno barco, impedindo-nosde fazer uma escolha definitiva; é-nos pedida aaudácia que nos impele com força a descobrir oprojeto que Deus tem para a nossa vida”.O chamamento primeiro à vida cristã, ao matrimónio, aoutras “vocações ligadas ao mundo do trabalho e dasprofissões, no compromisso no campo da caridade eda solidariedade, nas responsabilidades sociais epolíticas”, e principalmente à vida consagrada ou aosacerdócio, deverá ser sempre uma “descoberta queentusiasma e, ao mesmo tempo, assusta, sentindo-sechamado a tornar-se «pescador de homens» no barcoda Igreja através duma oferta total de si mesmo e docompromisso dum serviço fiel ao Evangelho e aosirmãos”.