semana nacional de mobilização dos metalúrgicos

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# REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO # MUDANÇA NA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA # DEFESA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL # CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO Suplemento Especial da Nº 830 - 1ª edição de maio de 2016 A CUT convoca os metalúrgicos a participarem da Semana de Mobilização para a defesa dos direitos trabalhistas e, principalmente, barrar qualquer retrocesso da sociedade. Para fazer o contraponto ao avanço conservador, temos uma pauta clara e objetiva. Conheça, debata e mobilize-se. Pág. 3 Pág. 4 Pág. 2 CUT, CTB, ESTUDANTES E DIVERSAS ORGANIZAÇÕES TRANSFORMARÃO O DIA 10 DE MAIO EM UM DIA NACIONAL DE LUTA SEMANA NACIONAL de mobilização dos Metalúrgicos da CUT Lutar contra o golpe é não pagar o pato! É lutar por nossa pauta: 9A13 de maio SUPLEMENTO ESPECIAL

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Suplemento Especial da Folha Metalúrgica nº 830 - Maio de 2016

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  • # REDUO DA JORNADA DE TRABALHO# MUDANA NA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA# DEFESA DA PREVIDNCIA SOCIAL# CONTRA A TERCEIRIZAO

    Suplemento Especial da

    N 830 - 1 edio de maio de 2016

    A CUT convoca os metalrgicos a participarem da Semana de Mobilizao para a defesa dos direitos trabalhistas e, principalmente, barrar qualquer retrocesso da sociedade. Para fazer o contraponto ao avano conservador, temos uma pauta clara e objetiva. Conhea, debata e mobilize-se. Pg. 3

    Pg. 4

    Pg. 2

    CUT, CTB, ESTUDANTES E DIVERSAS ORGANIZAES TRANSFORMARO O DIA 10 DE MAIO EM UM DIA NACIONAL DE LUTA

    SEMANA NACIONALde mobilizao dos

    Metalrgicos da CUT

    Lutar contra o golpe no pagar o pato! lutar por nossa pauta:

    9A13 demaio

    SUPLEMEN

    TOESPECIAL

  • 10 de maio: Dia Nacional de Luta

    Durante interveno no ato de 1 de Maio, promovido pelas centrais sindicais CUT, CTB e Intersindical, no Vale do Anhangaba (SP), o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, convocou para 10 de maio um Dia Nacional de Luta contra o Golpe e em Defesa de Direitos. A ideia unificar os trabalhadores dos setores pblico e privado para derrubar o impeachment.

    Resistncia se faz com luta e vamos paralisar fbricas, escolas, retardar atendimento onde for possvel, na guerra junto com estudantes, com toda a sociedade, alertou Vagner.

    Vagner alertou ainda aqueles que acreditam no discurso de que o impeachment resolve o problema do Brasil. Os golpistas esto vendendo a

    ideia de que fazendo o impeachment, no dia seguinte, a economia crescer 10%, um milho de empregos sero gerados e o Brasil sair da crise, mas o impeachment aprofundar a crise, disse, ao reforar que um possvel golpe acirrar a disputa das ruas para que Dilma possa governar at 2018, conforme determina a eleio.

    Classe trabalhadoraPara o secretrio-geral do Sindicato

    dos Metalrgicos de Sorocaba e Regio (SMetal), Leandro Soares, o projeto de Temer e aliados (como Eduardo Cunha e Paulo Skaf, presidente dos representantes do setor patronal - Fiesp) tem a inteno clara de ser um governo direcionado para as elites. Se o povo permitisse

    o impeachment seria uma catstrofe para a classe trabalhadora, que precisa de investimentos em diversos setores como moradia e acesso educao, afirma.

    Soares tambm ressalta que aumentaria a perseguio aos movimentos sociais e revela a preocupao com uma grande parte da sociedade que j sofrem preconceitos, como os negros, homossexuais, ndios e os setores mais pobres da sociedade brasileira. Pelo clima de tenso e de intolerncia j se percebe esse rano da direita contra o acesso da periferia uma condio mais digna de vida.

    Outras centrais sindicais como a CTB tambm participaro da mobilizao no prximo dia 10.

    Na data, haver paralisao contra o golpe e em defesa dos direitos da classe trabalhadora

    Maio 2016 - Pg. 2

    O presidente da CUT, Vagner Freitas, alertou que impeachment aumentar a luta dos movimentos nas ruas

    Ato pela instaurao do sistema democrtico, nos anos 60, contra o autoritarismo Os metalrgicos sempre foram para as ruas para reivindicar mais direitos

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  • Fique atento que o GOLPE CONTRA VOC!

    A CLT (Consolidao das Leis do Tra-balho) e outros direitos conquistados foram graas organizao e unio da nossa categoria. Os (as) metalr-gicos (as) sempre tiveram disposio para lutar e agora, precisamos refor-ar a mobilizao, porque o momen-to exige de ns uma reao altura para impedir qualquer retrocesso. Para avanar em nossas conquistas preciso barrar o golpe. Fomos ns que construmos a democracia no pas, que fizemos greves, que tomamos as ruas para assegurar conquistas.

    Metalrgicos da CUT se mobilizam de 9 a 13 de maio

    O golpe em curso no Brasil contra o (a) trabalhador (a). Mas, o que se mostra nos meios de comunicao so apenas os discursos de polticos que no se contentam em terem perdido a eleio justa e democrtica.

    A CUT tem uma vasta pauta de reivindicaes para os trabalhadores. preciso sim muita luta por mudanas e para melhorar as condies de trabalho, mas isso no est no projeto da direita, da elite empresarial.

    Tanto a elite e os partidos que esto atacando a democracia querem iludir a populao. O plano deles arrochar salrios e direitos da classe trabalhadora para atender aos interesses do mercado financeiro e dos que querem lucrar cada vez mais s custas do povo.

    No toa que os empresrios fizeram de tudo para que o impeachment da presidenta Dilma passasse na Cmara. E agora querem que voc pague o pato!

    Querem diminuir o horrio de almoo, terceirizar tudo, reduzir o

    salrio mnimo, arrochar os salrios e acabar com direitos como 13 e multa do FGTS.

    Os patres e os golpistas querem eliminar conquistas dos ltimos 14 anos, como a ampliao do valor pago no aviso prvio indenizado, os direitos das trabalhadoras domsticas, a correo da tabela do IR (que durante todo o governo de FHC foi corrigida s em 17,5%, enquanto nos governos Lula e Dilma, a correo acumulada foi de 75%), s para citar alguns exemplos.

    Nossa luta pela manuteno de direitos e por mais conquistas tem que ser contnua, mas esse acirramento poltico, por parte de um grupo perdedor que tenta ganhar o poder em um processo ilegal e imoral, deixa o Brasil estagnado e ainda querem impor uma pauta de retrocesso, declara o secretrio de relaes do trabalho da CUT/SP, Ademilson Terto da Silva, que tambm presidente do Sindicato dos Metalrgicos de Sorocaba e Regio (SMetal) e coordenador da subsede Sorocaba da CUT.

    PARTICIPE! ESSA LUTA NOSSA!

    Pg. 3 - Maio 2016

    A categoria no aceita a precarizao do trabalho. O projeto segue no Senado Nas ruas da capital paulista e em todas as cidades do Brasil preciso resistir!

    Semana Nacional de Mobilizao

    Esta luta nossa! No ao golpe e retirada de direitos!

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  • LUTAR CONTRA O GOLPE defender os direitos dos trabalhadores

    Nossas conquistas so histricas e nossa luta contnua

    REDUO DA JORNADA DE TRABALHO

    Sem reduo de salrio! A pauta da CUT clara, preciso lei para reduzir a jornada para 40 horas semanais. H mais de 20 anos tramita no Congresso projetos de lei para atender essa reivindicao, mas nunca foram votao porque a bancada patronal no permite. A jornada menor reivindicao histrica porque vai gerar milhares de empregos e garantir classe trabalhadora mais tempo para descanso, lazer e estudo.

    Em entrevistas concedidas Folha Metalrgica e Revista Ponto de Fuso, do SMetal, em diversos momentos, lideranas sociais e intelectuais mostram razes para os trabalhadores se conscientizarem da luta e permanecerem mobilizados

    Maio 2016 - Pg. 4

    ROTATIVIDADE E TERCEIRIZAO

    A rotatividade mais presente, mais forte, junto aos trabalhadores tercei-rizados do que os no terceirizados. O trabalhador terceirizado tem uma taxa de rotatividade ao redor de 62% a 63%, o trabalhador no terceiriza-do tem uma taxa ao redor de 36%. O problema que o projeto que est sob avaliao do Senado no um projeto que regula a terceirizao, mas procura desregular o trabalho no terceirizado, o que significa rebai-xamento.

    Mrcio Pochmann, economista, prof. da Unicamp e presidente da Fundao Perseu Abramo

    ACESSO UNIVERSIDADE

    "A juventude ganhou muito com a luta do movimento estudantil, mas tambm com um dilogo que a gente teve com o governo federal para ter direitos, mudanas e polticas pblicas como o Prouni, Fies, as cotas nas uni-versidades federais e ampliao e inte-riorizao das universidades federais. O ensino tcnico e uma srie de pol-ticas que fazem com que hoje a gente tenha mais oportunidades, em espe-cial para o estudante de baixa renda, negros, indgenas, ou seja, uma diver-sidade maior da nossa sociedade".

    Carina Vitral, presidente da UNE (Unio Nacional dos Estudantes)

    DEMOCRATIZAR A MDIA

    A Globo recebe, por ano, 500 milhes em verbas publicitrias do governo. aquela coisa que a gente fala, como que pode o Jornal Nacional inteirinho destruindo a Petrobras e, chega na hora do intervalo, quem o patroci-nador? A Petrobras! Gasolina Podium e no sei o que, no sei quantos bar-ris. Que sentido faz isso?. O Eduardo Cunha falou textualmente: a proposta de democratizao da mdia s passa por cima do meu cadver. Falou com esses termos. Ento, quer dizer, no vai passar. No vai acontecer.

    Valter Sanches, e diretor de comunicao do Sindicato dos Metalrgicos do ABC

    A DINMICA DA OPRESSO

    Elementos econmico, gnero e raa: No possvel explicar o Brasil se voc no faz parte da premissa de que esses trs elementos interagem na dinmica da opresso, ento, vez ou outra, um ocupa o espao de pro-tagonismo, mas eles se equivalem. As polticas sociais que temos so pontuais, grande parte delas no so polticas de estado, so de programas de governos, o que torna mais frgil ainda e a bel prazer do governante daquele momento.

    Douglas Belchior, fundador dos cursinhos populares da Uneafro e articulador da Carta Capital

    COMBATER A TERCEIRIZAO

    Em 2015, a Cmara dos Deputados golpeou a classe trabalhadora e aprovou o PL 4330, que libera a terceirizao sem limites. Agora, o projeto est no Senado e ns do movimento sindical e a classe trabalhadora como um todo temos que impedir que ele passe. A terceirizao significa desemprego, rotatividade, salrios mais baixos, mais acidentes de trabalho e menos benefcios sociais, como convnio mdico, cesta bsica, vale refeio.

    MUDANA NA TABELA DO I.R.

    uma questo lgica. Quem ganha mais paga mais. O trabalhador no pode pagar a conta dos que ganham muito mais que ele. Queremos uma tabela mais justa, como a que foi apresentada pelos deputados do PT e que prev as seguintes faixas:

    At R$ 3.390,00 - Isentode R$ 3.390,01 at R$ 6.780 - 5%R$ 6.780.01 at R$ 10.170 - 10%R$ 10.170,01 at R$ 13.560 - 15%R$ 13.560,01 at R$ 27.120 - 20%R$ 27.120,01 at R$ 108.480 - 30%A partir de 108.480,01 - 40%

    DEFESA DA PREVIDNCIA SOCIAL

    O setor patronal aliado a polticos conservadores e golpistas querem aumentar a idade mnima para aposentadoria. No podemos admitir esse retrocesso. Queremos assegurar a frmula 85/95 e acabar com o fator previdencirio. O direito previdncia pblica e aposentadoria digna sagrado. Temos de impedir que o mercado financeiro force os trabalhadores a aderirem previdncia privada, para que as empresas lucrem ainda mais.

    Fotos

    : Fog

    uinho

    / SMe

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