boletim metalúrgicos guarulhos - terceirizações - abril2015

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SINDICATO COMBATE A TERCEIRIZAÇÃO Abril de 2015 Só a preservação de direitos evita a precarização Somos contra terceirizar e precarizar! Companheiro(a): Antiga- mente, todo mundo que tra- balhava numa empresa era seu empregado. Isso começou a mudar nos anos 70, quando grandes em- presas passaram a se servir de terceiros. A terceirização foi se es- palhando nas funções do as- seio, vigilância, fornecimento de refeição, entre outras. Mas não nas funções liga- das à produção, à chamada atividade-fim. Hoje, o Brasil tem 13 milhões de terceirizados. Boa parte deles trabalha sem proteção legal, sofre muitos acidentes e, em vários locais, as condi- ções se igualam ao trabalho escravo. O Projeto de Lei 4.330 corrige essa parte. Dia 8 de abril, o PL foi apro- vado pela Câmara dos Depu- tados, por 324 votos a 137. Mas foi aprovado com emen- das, pois quatro Centrais con- seguiram introduzir pontos que reduzem parte dos impactos negativos do texto original. Nosso Sindicato combate as terceirizações abusivas. Não aceitaremos - como nunca aceitamos - o corte de direitos e garantias trabalhistas. A LUTA PROSSEGUE. ENTENDA ONDE E DE QUE FORMA. VIRE Independentemente da posição de qualquer Central Sindical, nosso Sindicato é contra terceirização que precariza. Somos contra porque isso significaria piorar as condições de trabalho, principalmente no chão da fábrica. PROTESTO DIA 30 DE MARÇO - Diretores do Sindicato e trabalhadores protestam nas empresas contra terceirizações e pacote fiscal Foto: Claudio Omena

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Publicação do Sindicato dos Metalurgicos de Guarulhos e região. Produção: Agência Sindical Acesse: www.metalurgico.org.br

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Page 1: Boletim Metalúrgicos Guarulhos - Terceirizações - Abril2015

SINDICATO COMBATEA TERCEIRIZAÇÃO

Abril de 2015

Só a preservação de direitos evita a precarização

Somos contra terceirizar

e precarizar!

Companheiro(a): Antiga-mente, todo mundo que tra-balhava numa empresa era seu empregado.

Isso começou a mudar nos anos 70, quando grandes em-presas passaram a se servir de terceiros.

A terceirização foi se es-palhando nas funções do as-seio, vigilância, fornecimento de refeição, entre outras. Mas não nas funções liga-

das à produção, à chamada atividade-fi m.

Hoje, o Brasil tem 13 milhões de terceirizados. Boa parte deles trabalha sem proteção legal, sofre muitos acidentes e, em vários locais, as condi-ções se igualam ao trabalho escravo. O Projeto de Lei 4.330 corrige essa parte.

Dia 8 de abril, o PL foi apro-vado pela Câmara dos Depu-tados, por 324 votos a 137.

Mas foi aprovado com emen-das, pois quatro Centrais con-seguiram introduzir pontos que reduzem parte dos impactos negativos do texto original.

Nosso Sindicato combate as terceirizações abusivas. Não aceitaremos - como nunca aceitamos - o corte de direitos e garantias trabalhistas.

A LUTA PROSSEGUE. ENTENDA ONDE E DE

QUE FORMA. VIRE

Independentemente da posição de qualquer Central Sindical, nosso Sindicato é contra terceirização que precariza. Somos contra porque isso signifi caria

piorar as condições de trabalho, principalmente no chão da fábrica.

PROTESTO DIA 30 DE MARÇO - Diretores do Sindicato e trabalhadores protestam nas empresas contra terceirizações e pacote fi scalFo

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Page 2: Boletim Metalúrgicos Guarulhos - Terceirizações - Abril2015

CONGRESSO - Nossos diretores Célio, Cabeça e Pepe no Congresso Nacional, em Brasília, dia 7 de abril, levando a posição do Sindicato e dos metalúrgicos de nossa base.

Trâmite do projeto da Terceirização (PL 4.330)

DEBATE SEGUE NA CÂMARA. DEPOIS VAI AO SENADO. DILMA PODE APROVAR OU VETAR

Dia 7 de abril, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conseguiu aprovar requerimento de urgência e fa-zer o plenário votar o PL 4.330.

Com isso, dia 8, ele pôde levar a matéria a voto: 324 sim; 137 não, duas abstenções.

Nesta terça (14), começam a ser debatidas as emendas e eventuais destaques - a votação pode demorar semanas.

Após passar pela Câmara, a matéria segue para o Senado. Se receber alterações (o que é quase certo), o PL volta à Câ-mara, de novo.

Daí, após essa segunda vo-tação, a matéria segue à Pre-sidência da República, que po-derá sancionar ou vetar o texto (parcial ou integralmente).

Se ocorrer veto (parcial ou integral), haverá sessão con-junta do Congresso (Câmara e Senado), para analisar o veto. Aí, o Congresso pode derrubar o veto. Se não conseguir, pre-valecerá o que for defi nido pela presidente Dilma.

SUPREMO TAMBÉM DEVE JULGARA multinacional Cenibra entrou

com Ação Direta de Inconstituciona-lidade no Supremo Tribunal Federal, visando extinguir a diferenciação entre atividade-meio e atividade-fi m.

A diferenciação, hoje, está ga-rantida na Súmula 331, do Tribunal

Superior do Trabalho. Se a Súmula cai, a terceirização pode ser amplia-da em todos os setores da produção.

As Centrais Sindicais já se reu-niram com o presidente do Supre-mo em busca de garantias para o trabalhador.

COERÊNCIA - “Nosso Sindicato não se recusa a discutir assuntos de interesse dos trabalhadores, de empresas ou aperfeiçoa-mentos na legislação.

O que não aceitamos é discutir retrocessos legais ou perda de conquistas, pois é por meio das leis que o trabalhador se protege na relação capital-trabalho.

Portanto, nosso combate às terceirizações na atividade-fi m segue uma linha de coerência.

Todas as Centrais que estão discutindo o PL das terceirizações buscam o melhor para o tra-balhador. O que não podemos é nos dividir.”

José Pereira dos SantosPresidente

ACOMPANHE PELO SITE DO SINDICATOO sindicalismo se mobiliza contra

a precarização. Nos próximos dias, acontecerão reuniões em entida-des, atos e também negociações com parlamentares. Acompanhe

nosso site: www.metalurgico.org.br.Outra fonte de informação é o Diap:

www.diap.org.brFORÇA SINDICAL - O site da

Força traz a opinião do presidente Miguel Torres sobre o PL 4.330.

Acesse:www.fsindical.org.br

O texto-base do PL 4.330 aprovado pela Câmara estabelece que a contratada deve disponibilizar 4% do valor do contrato, para um fundo que garantirá quitação de verbas trabalhistas.

Esse avanço é concreto, pois hoje é muito alto o índice de calote nos 12 milhões de terceirizados.

Fundo pretende garantir verbas trabalhistas