semana 04 - editoraopirus.com.br · os dados foram tirados do "perfil dos municípios...

42
Sumário SEMANA 01 Proposta ENEM – Professor Renato ------------------------------------------------------------------------- 02 Propostas Paulistas – Professor Neto ---------------------------------------------------------------------- 03 Proposta FUVEST – Professora Andréa --------------------------------------------------------------------- 05 Proposta IME-ITA– Professora Luciene -------------------------------------------------------------------- 07 Proposta Unicamp – Professores Carlos e Neto ----------------------------------------------------------- 09 Proposta UnB – Professora Cássia -------------------------------------------------------------------------- 11 Proposta UFU – Professora Vanessa ------------------------------------------------------------------------ 12 SEMANA 02 Proposta ENEM – Professor Nathan ------------------------------------------------------------------------- 14 Proposta FUVEST – Professor Nathan ---------------------------------------------------------------------- 16 Proposta IME-ITA – Professor Renato ---------------------------------------------------------------------- 17 Proposta PUC – Professor Raul ------------------------------------------------------------------------------ 19 Proposta UnB – Professora Cássia -------------------------------------------------------------------------- 20 Proposta UFU – Professora Luciene -------------------------------------------------------------------------21 SEMANA 03 Proposta ENEM – Professor Renato ------------------------------------------------------------------------- 23 Propostas Paulistas – Professor Neto ---------------------------------------------------------------------- 25 Proposta FUVEST – Professor Nathan ---------------------------------------------------------------------- 26 Proposta IME-ITA – Professora Luciene --------------------------------------------------------------------28 Proposta Unicamp – Professores Andréa e Carlos -------------------------------------------------------- 30 Proposta UnB – Professora Cássia -------------------------------------------------------------------------- 31 Proposta UFU – Professora Vanessa ------------------------------------------------------------------------ 33 SEMANA 04 Proposta ENEM – Professor Raul ---------------------------------------------------------------------------- 34 Proposta FUVEST – Professora Andréa --------------------------------------------------------------------- 36 Proposta IME-ITA – Professor Renato ---------------------------------------------------------------------- 37 Proposta PUC – Professor Raul ------------------------------------------------------------------------------ 38 Proposta UnB – Professora Cássia -------------------------------------------------------------------------- 39 Proposta UFU – Professora Luciene -------------------------------------------------------------------------40

Upload: truonghanh

Post on 06-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Sumário

SEMANA 01

Proposta ENEM – Professor Renato ------------------------------------------------------------------------- 02

Propostas Paulistas – Professor Neto ---------------------------------------------------------------------- 03

Proposta FUVEST – Professora Andréa --------------------------------------------------------------------- 05

Proposta IME-ITA– Professora Luciene -------------------------------------------------------------------- 07

Proposta Unicamp – Professores Carlos e Neto ----------------------------------------------------------- 09

Proposta UnB – Professora Cássia -------------------------------------------------------------------------- 11

Proposta UFU – Professora Vanessa ------------------------------------------------------------------------ 12

SEMANA 02

Proposta ENEM – Professor Nathan ------------------------------------------------------------------------- 14

Proposta FUVEST – Professor Nathan ---------------------------------------------------------------------- 16

Proposta IME-ITA – Professor Renato ---------------------------------------------------------------------- 17

Proposta PUC – Professor Raul ------------------------------------------------------------------------------ 19

Proposta UnB – Professora Cássia -------------------------------------------------------------------------- 20

Proposta UFU – Professora Luciene ------------------------------------------------------------------------- 21

SEMANA 03

Proposta ENEM – Professor Renato ------------------------------------------------------------------------- 23

Propostas Paulistas – Professor Neto ---------------------------------------------------------------------- 25

Proposta FUVEST – Professor Nathan ---------------------------------------------------------------------- 26

Proposta IME-ITA – Professora Luciene -------------------------------------------------------------------- 28

Proposta Unicamp – Professores Andréa e Carlos -------------------------------------------------------- 30

Proposta UnB – Professora Cássia -------------------------------------------------------------------------- 31

Proposta UFU – Professora Vanessa ------------------------------------------------------------------------ 33

SEMANA 04

Proposta ENEM – Professor Raul ---------------------------------------------------------------------------- 34

Proposta FUVEST – Professora Andréa --------------------------------------------------------------------- 36

Proposta IME-ITA – Professor Renato ---------------------------------------------------------------------- 37

Proposta PUC – Professor Raul ------------------------------------------------------------------------------ 38

Proposta UnB – Professora Cássia -------------------------------------------------------------------------- 39 Proposta UFU – Professora Luciene ------------------------------------------------------------------------- 40

2

ENEM – SEMANA 01 Prof. Renato

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A importância da universalização do acesso à cultura no Brasil contemporâneo, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Maioria esmagadora dos brasileiros não tem acesso à cultura, aponta estudo Divulgado no início do mês passado, o estudo ‘O hábito de lazer cultural do brasileiro’, encomendado pela

Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), apresenta um cenário preocupante para quem vive de arte no país.

Entre outros dados fornecidos pela pesquisa, referente ao ano passado, 92,5% dos brasileiros não costumam ir a exposições de arte, 88,6% não frequentam o teatro e pouco mais de 70% não leem livros.

O estudo baseia-se em questões como qual o valor ideal a ser pago por um espetáculo ou produto cultural e a preferência do público por determinado tipo de atividade.

Por outro lado, tais índices são, principalmente, reflexos da situação precária da educação brasileira, como afirma o escritor e presidente do Conselho Municipal de Política Cultural (Concultura), Márcio Souza.

“A baixa escolaridade resulta numa limitação do acesso à cultura. Não adianta apresentar uma obra de arte para pessoas que não têm condições de apreciá-la”, argumenta.

Nesse sentido, é necessário rever a elaboração dos currículos escolares, cujo valor de formação acabou se perdendo a partir de meados do século passado. “Na minha adolescência, tive aulas de latim e, dessa forma, pude conhecer os clássicos da literatura latina, origem de toda a cultura ocidental”, lembra Souza.

Sistema educacional “O sistema educacional não acompanhou as transformações ocorridas há duas décadas. Naquela época, as

mudanças que levavam cinco anos para ocorrer, hoje surgem a cada cinco minutos”, exemplifica o escritor e jornalista Aldisio Filgueiras.

Ele reforça a tese de que o poder público ainda falha em proporcionar acesso à educação de qualidade e, apesar disso, oferece opções de lazer cuja qualidade artística deixa a desejar.

“Não existe uma política cultural no Estado. Um exemplo é a notícia lamentável que o Festival Amazonas de Ópera será realizado, a partir de agora, a cada dois anos. A medida interrompe uma tradição desenvolvida ao longo de quase 18 anos”, opina o jornalista.

“Em ocasiões comemorativas, porém, o governo prefere importar atrações de gosto popularesco. A população é capaz de apreciar obras de qualidade, ao contrário do que pensam nossas autoridades”.

Entre os aspectos positivos apresentados pela pesquisa, cuja primeira edição foi publicada em 2007, está o número de brasileiros que frequentam o teatro – 11,4% no ano passado, em contraste com os 5,7% em 2009.

Já os quesitos como o hábito de ir a shows e ao cinema registraram queda de 2,2% no primeiro caso e 1,6% no segundo. E 92,5% dos entrevistados afirmaram que não costumar visitar a exposições de arte, e 91,2% não costumam assistir a espetáculos de dança.

Por Daniel Amorim (Jornal EM TEMPO)

Enquanto se discute como enfrentar o desafio da inclusão digital, muitas cidades brasileiras não passaram sequer pelo processo de inclusão cultural. Milhões de cidadãos estão distantes não só dos computadores, mas também dos livros, discos e filmes. São os habitantes dos 1.185 municípios que não possuem bibliotecas públicas, ou dos 5.141 que não têm sequer uma sala de cinema. Os dados foram tirados do "Perfil dos Municípios Brasileiros", traçado pelo IBGE, que mostra o quanto ainda há por fazer para evitar que a televisão seja a única fonte de informação a atingir cem por cento do território nacional.

Disponível em

http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2043:catid=28&Itemid=23.

Tarefa Mínima

3

Acesso à cultura no Brasil A relação entre cultura e direitos humanos, bem como de seu papel na luta contra a discriminação, são

questões que o Brasil enfrenta. Entretanto, a integração da cultura com as demais políticas sociais é uma experiência recente que necessita ser aperfeiçoada.

O momento é de reconhecimento dos direitos culturais como necessidade básica e direito dos cidadãos, o que conduz à busca de uma agenda integrada com as políticas sociais e de desenvolvimento.

Em que pesem as tendências recentes, seus impactos ainda não foram suficientes para reduzir o quadro de desigualdades no acesso à produção cultural e é fundamental cuidar para que, ao contrário, o crescimento econômico não faça com que tais desigualdades sejam ainda mais exacerbadas. Desigualdades no acesso à produção cultural: • Entretenimento: a minoria dos brasileiros frequenta cinema uma vez no ano. Quase todos os brasileiros

nunca frequentaram museus ou jamais frequentaram alguma exposição de arte. Mais de 70% dos brasileiros nunca assistiram a um espetáculo de dança, embora muitos saiam para dançar. Grande parte dos municípios não possui salas de cinema, teatro, museus e espaços culturais multiuso.

• Livros e Bibliotecas: o brasileiro praticamente não tem o hábito de leitura. A maioria dos livros estão concentrados nas mãos de muito poucos. O preço médio do livro de leitura é muito elevado quando se compara com a renda do brasileiro nas classes C/D/E. Muitos municípios brasileiros não têm biblioteca, a maioria destes se localiza no Nordeste, e apenas dois no Sudeste.

• Acesso à Internet: uma grande porcentagem de brasileiros não possui computador em casa, destes, a maioria não tem qualquer acesso à internet (nem no trabalho, nem na escola).

• Profissionais da Cultura: a metade da população ocupada na área de cultura não têm carteira assinada ou trabalha por conta própria. (Fonte: Ministério da Cultura –IBGE - IPEA).

A focalização das políticas culturais nos níveis estaduais e municipais pode favorecer a superação desse

quadro e reforçar a diversidade cultural como fator da sustentabilidade do desenvolvimento. http://www.unesco.org/

“Um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência; muda, sim, pela sua cultura.”

Herbert de Souza, o Betinho. Sociólogo brasileiro. Disponível em: <http://www.ibase.br>

PAULISTAS (UNESP – FGV – FAMEMA – FAMAERP – UNAERP) - SEMANA 01

Prof. Neto

O PAPEL DAS ONGS NO SÉCULO XXI As organizações têm flexibilidade e são mais propensas a experimentar

O século XXI será marcado pelo agravamento das tensões sociais relacionadas a conflitos armados, superpopulação, desigualdades sociais, mudanças climáticas e degradação dos ecossistemas naturais que sustentam a vida no planeta. Esse cenário aumentará a complexidade dos problemas e tornará o seu enfrentamento uma tarefa extremamente desafiadora. Nesse contexto, qual será o papel das organizações não governamentais? O primeiro papel das ONG’S é se tornarem centros de inovação e criatividade no desenvolvimento de soluções para problemas complexos. O segundo papel é a articulação de parcerias trissetoriais, a envolver também governos e empresas. O de aproximar as instituições de ensino, pesquisa e inovação tecnológica do mundo real é o terceiro. O quarto é o de denunciar os problemas e incomodar os tomadores de decisão, tanto nos governos quanto nas empresas. O quinto papel é o de contribuir para o aumento da eficiência das políticas públicas. Contribuir para a cooperação em redes de conhecimento, inovação e ação, com especial atenção para a cooperação Sul-Sul entre países é o sexto papel. O sétimo papel é o de servir como vetores de esperança e criação de um senso de propósito na vida dos indivíduos.

Disponível em http://www.cartacapital.com.br/revista/866/o-papel-das-ongs-no-seculo-xxi-7630.html. Acesso em 21 de jun de 2016.

FUNDAÇÃO PEDE MORATÓRIA PARA BARRAR DESMATAMENTO NO PARANÁ

A Fundação SOS Mata Atlântica enviou ao Governo do Paraná pedido de moratória contra o desmatamento da Mata Atlântica no Estado. O ofício, enviado nesta segunda-feira (15), solicita a interrupção da concessão de licenças e autorizações para a supressão de vegetação do bioma no Estado até 31 de dezembro de 2018, período que corresponde ao fim da atual gestão. O documento requisita também a revisão de todas as licenças e autorizações já concedidas nos últimos 24 meses para que se avalie a regularidade e sua conformidade com a Lei da Mata Atlântica (nº 11.428/06).

Disponível em https://www.sosma.org.br/105334/fundacao-pede-moratoria-para-barrar-desmatamento-parana/. Acesso em 21 de jun de 2016.

4

FUNDAÇÃO ABRINQ: NOSSAS HISTÓRIAS

A menina Raquel tem apenas um ano e meio de idade e estava com desnutrição aguda quando o Projeto

Conhecer para Nutrir chegou ao município de Barreiras, na Bahia. Sua família vive em condições precárias na região urbana da cidade. A mãe, divorciada aos 33 anos, tem mais três filhos. Com Ensino Fundamental incompleto, ela trabalha em casa como costureira, o que gera uma renda mensal de apenas R$ 500. Em novembro de 2014, Raquel passou por uma triagem na Unidade Básica de Saúde (UBS). Durante o atendimento, foi constatado que a criança se alimentava apenas de leite integral dissolvido na água com açúcar e com engrossante, e não tinha sido alimentada com leite materno. A menina pesava apenas 8 quilos, peso abaixo da média para sua idade. Graças às consultas e à orientação do Projeto Conhecer para Nutrir, a mãe começou a inserir alimentos variados ao cardápio de casa, como legumes e frutas. “Eu gostaria que as pessoas entendessem o quanto o Projeto é bom para a nossa vida. Nunca tivemos esse tipo de orientação. É ótimo não só para a minha filha, mas para todas as crianças da região”, relatou a mãe.

Disponível em http://www.nossashistorias.org.br/raquel/Acesso em 21 de jun de 2016.

ONGS: O CAMINHO FÁCIL PARA A CORRUPÇÃO Os escândalos envolvendo Organizações Não-Governamentais (ONGs), que derrubaram o ministro do

Esporte, Orlando Silva, não foram casos isolados. Nos últimos anos, o Senado Federal já abriu duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar repasses para essas organizações. Uma, em 2001, analisou a má aplicação de recursos em grupos ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A outra, cinco anos depois, já captava as irregularidades que derrubariam o comunista. E mostrou detalhes do montante aplicado em ONGs: entre 2000 e 2006, apenas o Ministério do Desenvolvimento Agrário já havia destinado 1 bilhão de reais às organizações. Na lógica da corrupção, contratar uma ONG é mais fácil do que realizar uma licitação para uma empresa que realiza um serviço. Em 2004, VEJA mostrou o caso Ágora: uma entidade que desviou 900.000 reais dos cofres públicos graças à falta de controle. Dinheiro que deveria ser aplicado em qualificação profissional evaporou graças a um esquema que envolvia notas fiscais falsas. A lógica se repetiria em outros escândalos nos anos seguintes.

Disponível em http://veja.abril.com.br/politica/ongs-o-caminho-facil-para-a-corrupcao/. Acesso em 21 de jun de 2016.

COMO SE DESVIA DINHEIRO NO BRASIL

Tarefa Mínima

5

Disponível em http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2012/01/como-se-desvia-dinheiro-no-brasil.html. Acesso em

21 de jun de 2016. Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma redação de gênero

dissertativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS NO BRASIL: A SERVIÇO DE QUEM?

FUVEST – SEMANA 01 Prof. Andréa

Texto I Como sabemos, e como já foi referido, são inúmeros os obstáculos existentes para os deficientes, sendo a

inclusão escolar uma das grandes barreiras no nosso país. “Uma escola para todos e para cada um” é um grande objetivo a cumprir para a inclusão. Uma escola que acolhe as diferenças, que colabora (…) será um bom princípio para combater a exclusão social. Dividir a escola em termos de alunos “normais” e alunos “deficientes” não é certamente um princípio inclusivo e o objetivo pretendido.

O caminho para termos uma sociedade incluída será, provavelmente, aprofundar a Educação Inclusiva apoiando todos os alunos com dificuldades, dando-lhes uma educação de qualidade num ambiente comunitário e diverso.”

Texto adaptado. Disponível em http://www.deficiencia.no.comunidades.

Texto II Janeiro de 2016 marca o início de um novo olhar sobre os 45 milhões de brasileiros com algum grau de

deficiência. Entrou em vigor a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), também chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), que afirmou a autonomia e a capacidade desses cidadãos para exercerem atos da vida civil em condições de igualdade com as demais pessoas. Agora começa também a batalha para tornar realidade o rol de direitos garantidos pela nova lei.

A semente da LBI foi lançada no Congresso Nacional, 15 anos atrás, pelo então deputado federal Paulo Paim (PT-RS). Ao chegar ao Senado, ele reapresentou a proposta, que acabou resultando na Lei 13.146/2015. A tramitação na Câmara possibilitou à relatora, deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), ajustar o texto original às demandas dos movimentos sociais e aos termos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Decreto Legislativo 186/2008), que recomendava a eliminação de qualquer dispositivo que associasse deficiência com incapacidade.

— A LBI foi um grande avanço. Agora, entramos em um período de ajustes. O ideal é criar uma cultura de inclusão e derrubar barreiras que ainda existem. Ao se exercer os direitos previstos na lei, devem surgir casos de punição por discriminação e isso vai ter um efeito cultural e pedagógico positivo — comentou o consultor legislativo da área de Cidadania e Direitos Humanos do Senado, Felipe Basile.

As inovações trazidas pela nova lei alcançaram, entre outras, as áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, esporte, previdência e transporte. A seguir, destacam-se alguns dos avanços fundamentais para a conquista da autonomia na causa da deficiência.

6

Capacidade civil

Garantiu às pessoas com deficiência o direito de casar ou constituir união estável e exercer direitos sexuais e reprodutivos em igualdade de condições com as demais pessoas. Também lhes foi aberta a possibilidade de aderir ao processo de tomada de decisão apoiada (auxílio de pessoas de sua confiança em decisões sobre atos da vida civil), restringindo-se a designação de um curador a atos relacionados a direitos de ordem patrimonial ou negocial.

Inclusão escolar

Assegurou a oferta de sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades de ensino. Estabeleceu ainda a adoção de um projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, com fornecimento de profissionais de apoio. Proíbe as escolas particulares de cobrarem valores adicionais por esses serviços.

Auxílio-inclusão Criou benefício assistencial para a pessoa com deficiência moderada ou grave que ingresse no mercado de trabalho em atividade que a enquadre como segurada obrigatória do Regime Geral de Previdência Social.

Discriminação, abandono e exclusão

Estabeleceu pena de um a três anos de reclusão, mais multa, para quem prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou exercício de direitos e liberdades fundamentais da pessoa com deficiência.

Atendimento prioritário

Garantiu prioridade na restituição do Imposto de Renda aos contribuintes com deficiência ou com dependentes nesta condição e no atendimento por serviços de proteção e socorro.

Administração pública

Incluiu o desrespeito às normas de acessibilidade como causa de improbidade administrativa e criou o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), registro público eletrônico que irá reunir dados de identificação e socioeconômicos da pessoa com deficiência.

Esporte Aumentou o percentual de arrecadação das loterias federais destinado ao esporte. Com isso, os recursos para financiar o esporte paralímpico deverão ser ampliados em mais de três vezes.

Disponível em: http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/01/21/lei-brasileira-de-inclusaoentra-em-vigor-e-beneficia-45-milhoes-de-brasileiros

Texto III 16. Financiamento Público para Ações de Inclusão 16.1 – Há alguma linha de financiamento público federal voltado para programas de inclusão com pessoas de deficiência? O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Programa de Apoio a Investimentos Sociais de Empresas (PAIS), disponibiliza recursos para financiar os programas empresariais. 16.2 – Quais são os itens financiáveis? Obras civis e adaptação física de instalações, equipamentos especiais, ajudas técnicas – próteses, órteses, equipamentos, elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização, equipamento e material pedagógico especial, maquinaria e utensílios de trabalhos especiais -, capacitação de pessoal para convívio no trabalho com as PPD, capacitação das PPD para assumirem postos de trabalho e consultoria técnica para a realização dos projetos e atividades. As informações podem ser encontradas na página do BNDES na internet: http://www.bndes.gov.br/programas/sociais/pais.asp.” Inclusão das pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.

Ministério do Trabalho e Emprego, 2007 Após a leitura dos textos apresentados e valendo-se tanto de outras informações que você julgue pertinentes, redija uma dissertação em prosa na qual você exponha o seu ponto de vista sobre o tema: “A inclusão social do deficiente físico em questão no Brasil”. Instruções: seu texto deverá obedecer aos padrões da norma culta da língua portuguesa. Escreva, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30 linhas com letra legível. Dê um título a sua redação.

Fontes de consulta: http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-social/acessibilidade/como-falar-sobre-as-pessoas-com-deficiencia

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016- 01/estatuto-da-pessoa-comdeficiencia-entra-hoje-em- vigor-e- garante

Filmes: 1. Intocáveis (2012) 2. Hoje eu quero voltar sozinho (2014)

Tarefa Mínima

7

IME/ITA – SEMANA 01 Prof. Luciene

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

Os textos lidos a seguir tratam de um assunto em comum, focalizando, porém, diferentes aspectos. Tomando por base esse material, elabore um texto dissertativo em prosa, sustentando um ponto de vista sobre um desses aspectos. • Não copie nem parafraseie os textos desta prova. • Utilize apenas caneta azul ou preta e a folha própria para a redação, respeitando os limites das linhas. • Use os espaços em branco destas provas como rascunho. • A banca examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema, b) coesão e coerência do texto e c) domínio do português padrão.

As cidades que odeiam seres humanos

Ele é chamado de banco Camden, por causa do distrito londrino que primeiro encomendou esses assentos esculpidos em concreto cinza, que podem ser encontrados nas ruas da capital britânica. A superfície inclinada dos bancos, resistente a pixações, foi desenhada para afastar tanto os moradores de rua quanto os skatistas.

Ainda que menos óbvios do que os espetos “antimendigo” de aço inoxidável que apareceram há pouco, do lado de fora de um prédio de apartamentos de Londres, esses bancos fazem parte de uma fornada recente de arquitetura urbana planejada para influenciar o comportamento público e conhecida como “arquitetura hostil”.

Os skatistas tentam subverter os bancos fazendo aquilo que sabem melhor. “Hoje estamos mostrando que você ainda pode andar de skate aqui”, disse Dylan Leadley-Watkins, freando depois de se lançar com seu skate por sobre um dos bancos no Covent Garden. “O que quer que as autoridades façam para tentar destruir o espaço público, elas não podem se livrar das pessoas que frequentam a área sem ter que gastar dinheiro e fazer algo de que elas gostem.”

As ações dos skatistas e daqueles que se indignaram com os espetos – removidos depois que uma petição online conseguiu 100 mil assinaturas e o prefeito de Londres, Boris Johnson, aderiu às críticas – chegam num momento em que muitos argumentam que as cidades estão se tornando ainda menos acolhedoras para certos grupos.

Além dos dispositivos antiskate, os parapeitos das janelas ao nível do chão têm sido “enfeitados” com pontas ou espetos para impedir que as pessoas se sentem; assentos inclinados nos pontos de ônibus desencorajam a permanência e os bancos são divididos com apoio para os braços para evitar que as pessoas se deitem neles.

Acrescentem-se a essa lista as áreas com pavimentação irregular, desconfortável, as câmeras de circuito fechado com auto-falantes e os intimidantes sonoros “antiadolescentes”, como o uso de música clássica nas estações e os chamados dispositivos mosquito, que emitem sons irritantes de alta frequência que só os adolescentes escutam.

“Uma grande parte da arquitetura hostil é adicionada posteriormente ao ambiente da rua, mas é evidente que “quem nós queremos neste espaço, e quem nós não queremos” é uma questão consideradas desde cedo, no estágio do design”, diz o fotógrafo Marc Vallée, que tem documentado a arquitetura antiskate.

(...) O historiador da arquitetura Iain Borden disse que o surgimento da arquitetura hostil tem suas raízes no design urbano e na gestão do espaço público dos anos 1990. Esse aparecimento, afirmou ele, “sugere que somos cidadãos da república apenas na medida em que estamos trabalhando ou consumindo mercadorias diretamente”. “Por isso é aceitável, por exemplo, ficar sentado, desde que você esteja num café ou num lugar previamente determinado onde podem acontecer certas atividades tranquilas, mas não ações como realizar performances musicais, protestar ou andar de skate. É o que alguns chamam de ‘shoppinização’ do espaço público: tudo fica parecendo um shopping”. (...)

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/02/as-cidades-que-odeiam-seres-humanos.html

8

http://marceloelisio.blogspot.com.br/2014/04/arquivos.html

Moradores de rua X Circulação pública

Não é trabalho dos mais difíceis encontrar estruturas que impeçam a presença de moradores de rua junto a prédios na área central de Porto Alegre. Mesmo em regiões mais afastadas do Centro Histórico, é possível achar estratégias variadas para afastar essa população, normalmente sob o pretexto de que exalam mau cheiro e deixam os locais sujos.

O caso de uma grade instalada para impedir a presença de sem-tetos sob a marquise de um prédio da Rua da República, no bairro Cidade Baixa, levantou o debate nas redes sociais sobre a rejeição à presença de moradores de rua. A instalação foi feita no último fim de semana em frente ao Condomínio Puebla por causa de reclamações de locatários de apartamentos do edifício sobre mau cheiro.

Na quarta-feira, o condomínio foi notificado pela Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), que deu prazo até a próxima terça-feira para a retirada da grade. A multa prevista é de R$ 514. O síndico contratado do Puebla, André Rodrigues, afirmou que vai cumprir a determinação:

— A gente só queria o melhor para o prédio, mas deu uma repercussão bem forte, causou muita polêmica. Vamos tirar. (...)

Grade no bairro Cidade Baixa, que deu origem à discussão

Foto: André Mags

http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2014/08/estruturas-antimoradores-de-rua-se-espalham-por-porto-alegre-4574237.html

Tarefa Mínima

9

UNICAMP – SEMANA 01 Professores Carlos e Neto

OBS.: Deverão ser entregus os textos referentes às duas propostas.

PROPOSTA 01

RESISTÊNCIA ÀS DITADURAS

Cortázar manobrava elementos convidando o leitor ao divertimento, ao lúdico, a jogar o jogo, a pular amarelinha, os jogos de armar, ou mesmo perseguir pessoas em jogos subterrâneos, a fim de escapar para outros mundos. “Para mim, a literatura é uma forma de brincar. A literatura é assim — um jogo, mas um jogo no qual a gente pode colocar a própria vida. Pode-se fazer tudo por esse jogo. Esta espécie de constante lúdica explica, se não justifica, muito do que escrevo ou vivo”, dizia o autor de “O jogo da amarelinha”.

Em seus contos e romances, Cortázar leva o leitor a entrar em seu universo atravessando arcos, pontes, jardins, galerias, utilizando o metrô e toda uma sorte de locais de passagem e possíveis vias de acesso, truques que permitem ao leitor permutar-se em personagens como Horácio Oliveira, Bruno ou o Axolote. “Como escrevo de uma fenda, estou sempre pedindo para que outros busquem as suas e espiem por dentro delas o jardim onde as árvores têm frutos que são, certamente, pedras preciosas. O monstrinho segue firme”, escreveu Cortázar no texto “Do sentimento de não estar de todo”.

Cortázar era muito criativo, preocupado com a linguagem. Gostava de criar ilusões verbais, pensar a literatura. Por isso, foi, também, um bom ensaísta. A realidade para ele era um enigma, um código, uma mensagem cifrada — observa a editora e escritora Maria Amélia Mello, lembrando o impacto de “Bestiário”, seu primeiro Cortázar. — A leitura do conto “Casa tomada” foi uma viagem desconhecida, uma espécie de vertigem. Ainda tenho o exemplar e sempre volto a ele. E me vem sempre a emoção da descoberta.

Cortázar mudou-se com seus pais para a Argentina com quatro anos, e lá viveu até os 38 anos, quando migrou, em 1951, para Paris, descontente com a ditadura peronista que se instalava em seu país. “É famosa a campanha que foi movida contra mim por muitos de meus compatriotas argentinos, ao longo de uma porção de anos, pelo fato de eu não voltar ao país. O que sempre me chateou um pouco foi, isso sim, ver que aqueles que reprovavam a minha ausência da Argentina eram incapazes de perceber até que ponto a experiência europeia era positiva, e não negativa, para mim”, dizia ele. Argumentava que, à distância, podia compreender melhor a América Latina. “De longe, pois todo intelectual é um asilado em seu próprio país.”

Dentro de seu itinerário político, Cuba o fez despertar para a realidade do continente. A primeira viagem à ilha, em 1961, dois anos após a revolução liderada por Fidel Castro, mexeu profundamente com o escritor. “Cuba foi uma experiência catártica para mim. Descobri em Cuba um povo humilhado ao longo de sua história — os espanhóis, o machadismo, Fulgêncio Batista, os ianques e tudo mais — que havia recuperado a dignidade”, explicava.

Depois de Cuba, Cortázar mergulhou de cabeça na solidariedade à resistência contra as ditaduras na América Latina, integrando comissões, participando de congressos e de diversos atos em apoio às vítimas e em defesa dos presos políticos, do Tribunal Bertrand Russell, e viajando pela Bélgica, México, Itália e onde quer que fosse útil a sua participação.

Ele mesmo durante sua vida se transformou em um personagem. Do homem alto, magro, elegante, pernas compridas, bem barbeado e com a eterna cara de jovem, passou ao urso, com a barba espessa dos últimos anos, um pouco calcada na adoração por Che Guevara, pela Revolução Cubana, metamorfoseando-se em escritor engajado, como diziam na época, envolvido na luta de dimensões políticas em países como a Argentina, Chile, Uruguai e Nicarágua. Transmutou-se em hippie atravessando a autoestrada que une Paris a Marselha em uma Kombi, registrando detalhadamente tudo o que no caminho se via: plantas, bichos, erotismo, horizontes bucólicos, gastronomia. LITERATURA AFETIVA E SOLIDÁRIA

Essas mutações ilustram um ponto fundamental: Cortázar era um homem genuinamente apaixonado pelo seu tempo, buscando participar ativamente de tudo quanto possível. Seu interesse estava ali, no presente, e não no passado ou no futuro, apesar de esses dois tempos serem frequentados eventualmente.

Era, também, apaixonado pelas pessoas. Fato comprovado pelos três tomos de correspondência que reúnem suas cartas aos amigos, o carinho e a nostalgia daqueles que o conheceram, os depoimentos de outros escritores, como Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa. Isso, somado ao fato de ter, de certa forma, desistido do gozo da vida nos dois anos finais, após a morte de seu último amor, Carol Dunlop, forma o registro de um homem demasiadamente humano.

Talvez nessa característica resida a melhor explicação para o fascínio exercido por Cortázar e sua obra. Seus livros têm sempre um caráter afetivo, compassivo, solidário e humano que os destacam no meio de

literaturas que, num extremo, são frias e distanciadas, e, no outro, são melodramáticas e grandiloquentes — avalia o escritor Bráulio Tavares, destacando ainda outro aspecto. — Suas posições políticas sempre foram muito nítidas e bem argumentadas, e acho que isso somou positivamente ao debate da esquerda no continente. Sua visibilidade na Europa também teve esse lado positivo, de mostrar uma espécie de “Latinoamérica no exílio”. O aspecto lúdico de sua obra, onde a noção de jogo está sempre presente, o aproximou da escrita praticada por grupos como o Oulipo, de experimentadores de literatura combinatória.

Julio Cortázar, o enormíssimo cronópio, morreu no dia 12 de fevereiro de 1984, dois anos após Carol Dunlop, vítima de leucemia. “A morte me golpeou no que mais amava e não tenho sido capaz de levantar-me e

10

devolver-lhe o golpe com a simples atitude de voltar a viver. Há momentos em que a única realidade para mim é a tumba de Carol, para onde vou observar a passagem das nuvens e o tempo, sem ânimo para mais nada”, escreveu ele a um amigo.

Cassiano Viana, jornalista e editor da revista “Minotauro”, pesquisa desde 2004 a obra de Julio Cortázar, de quem escreveu uma biografia, ainda sem editora.

Adaptado de http://blogdosaposentados.com.br/no-ano-do- centenario-julio-cortazar-e-celebrado-por-obra-inovadora-e-engajamento-politico/

A partir da leitura do texto acima, de Cassiano Viana, crie uma entrevista com Julio Cortázar. As respostas devem obviamente considerar o que está no texto, mas não ser uma cópia.

PROPOSTA 02

Em virtude dos problemas envolvendo o uso de redes sociais durante o período de trabalho, empregadores do país têm recorrido à justiça contra processos movidos por seus empregados que discordam da demissão por justa causa que sofreram em função do uso indevido de celulares. Sabendo disso e refletindo acerca da complexidade que envolve a questão, você, no papel de cidadão, decidiu por redigir uma carta aberta a ser divulgada na internet. Nessa carta, você se posicionará acerca da interferência que as ferramentas sociais têm sobre o desempenho profissional do indivíduo. Além disso, tratará da possibilidade que há de um “amigo virtual” testemunhar em um certame que envolva o desempenho das pessoas no ambiente de trabalho. Seu objetivo será reivindicar, junto às autoridades, dependendo de seu posicionamento, ações consistentes que assegurem ao empregador o direito à demissão do empregado ou que obriguem ao empregador reverter a demissão por justa causa. Para estruturar a sua argumentação, utilize de seu repertório cultural e também recorra às informações apresentadas nos trechos abaixo. Obedeça à estrutura do gênero textual exigido.

QUAL É O LIMITE DO USO DA INTERNET E DAS REDES SOCIAIS PARA O USO PESSOAL NO TRABALHO?

Pessoas que trabalham em frente a um computador são interrompidas a cada três minutos e demoram 23 para retomar a tarefa do ponto em que pararam. Esse foi o resultado de um estudo feito pela Universidade da Califórnia, que mostra como a tecnologia contribui para a dispersão no ambiente de trabalho.

Redes sociais, gadgets, aplicativos e internet são ferramentas que aceleram alguns processos, mas também podem retardar outros. Se por um lado favorecem a busca por informações e aproximam o contato entre empresas e clientes em reuniões, podem servir como distração do trabalho e atrapalhar o desempenho.

Disponível em http://empregocerto.uol.com.br/info/dicas/2013/04/29/qual-e-o-limite-do-uso-da-internet-e-de-redes-sociais-para-uso-pessoal-no-trabalho.html#rmcl. Acesso em 19 de fev de 2017.

AMIZADE NAS REDES SOCIAIS E A JUSTIÇA DO TRABALHO Um dos temas que vem ampliando debates nos Tribunais Trabalhistas é a possibilidade da contradita de

testemunhas pelo relacionamento virtual que possui com a parte envolvida, notadamente por sua presença em redes sociais, tais como Facebook, Orkut, Twitter, Linkedin, dentre outras.

O art. 405, § 3.ª, III do CPC, preceitua que podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas, e suspeitas, considerando como suspeitas o amigo íntimo. A CLT, em seu art. 829 estabelece que a testemunha que for amigo íntimo de qualquer das partes não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. Os dispositivos legais citados, por óbvio, não trazem a definição do que seria "amizade íntima", cabendo tal tarefa ao intérprete e ao julgador, sempre observando a evolução da sociedade. No entanto, a tarefa mais complexa é estabelecer a transformação do conceito de amizade no decorrer das décadas, até chegar-se ao século XXI e às chamadas gerações Y e Z.

Por exemplo, quando duas pessoas se intitulavam amigos na década de 40, tal relação possui a mesma amplitude que os amigos do Facebook na atualidade?

Adaptado de http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI176656,31047-Amizade+nas+redes+sociais+e+a+Justica+do+Trabalho. Acesso em 19 de fev de 2017.

O USO DAS REDES SOCIAIS E A DISPENSA POR JUSTA CAUSA A utilização das redes sociais deve ser vista, cada vez mais, com extrema cautela por todos! Ultimamente, a Justiça do Trabalho tem validado demissões por justa causa aplicadas a funcionários que

exibem comportamentos ou compartilham ‘posts’ não compatíveis com as funções que exercem nas empresas. A Justiça do Trabalho de Campinas, por exemplo, confirmou a demissão de funcionário pelo fato de ele ter

compactuado com publicações ofensivas à honra e à integridade moral da empresa em que trabalhava e de sua sócia proprietária. As ofensas foram feitas em uma rede social por outro ex-funcionário e foram ‘curtidas’ pelo funcionário dispensado acrescidas de comentários e onomatopeias indicativas de gritos e risos.

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região entendeu que “o fato é grave, posto que se sabe o alcance das redes sociais, isso sem contar que o recorrente confirma que outros funcionários da empresa também “eram seus amigos” no Facebook. A liberdade de expressão não permite ao empregado travar conversas públicas em rede social ofendendo a sócia proprietária da empresa, o que prejudicou de forma definitiva a continuidade de seu pacto laboral, mormente quando se constata que seu contrato de trabalho perdurado por pouco mais de quatro meses”.

Disponível em http://painelacademico.uol.com.br/painel-academico/4591-o-uso-das-redes-sociais-e-a-dispensa-por-justa-causa. Acesso em 19 de fev de 2017.

Tarefa Mínima

11

JUIZ DE GO AFASTA JUSTA CAUSA POR USO DE FACEBOOK PELO CELULAR O juiz substituto da 1ª Vara do Trabalho de Goiânia, José Luciano Leonel, afastou a dispensa por justa

causa de funcionária da empresa Cenape – Centro de Apoio Empresarial Ltda, localizada em Trindade, que havia sido demitida por uso de redes sociais, o Facebook, no ambiente de trabalho. O magistrado entendeu que, apesar de a empresa poder limitar o acesso de seus computadores a determinados sites, ela não tem esse mesmo poder com relação ao aparelho celular da trabalhadora.

A trabalhadora havia sido admitida na empresa em julho de 2015 para exercer a função de auxiliar de escritório e foi demitida em fevereiro de 2016 sob alegação de justa causa por “uso excessivo de internet”. Conforme consta dos autos, a empresa teria aplicado anteriormente duas advertências, uma relatando que a trabalhadora estava fazendo convite de aniversário e outra por utilizar o facebook no horário de trabalho. No aviso de justa causa constava a conduta “Desrespeitar as normas e procedimentos da empresa e desrespeitar seu superior hierárquico”.

Na análise dos autos, o juiz José Luciano considerou que as punições de suspensão e advertência não se mostraram aptas a provar a infração alegada, e, além disso, não há nos autos informação se o uso do facebook era por celular ou pelo computador da empresa. Nesse caso, o magistrado explicou que trabalhou com a hipótese de uso da rede pelo celular, primeiro por não poder presumir em desfavor da trabalhadora, já que cabia à empresa informar pormenorizadamente o fato da justa causa, e pelo fato de a empresa ter relatado que “a reclamante ficava ‘grudada’ no celular”.

Disponível em http://www.internetlegal.com.br/2016/08/juiz-de-go-afasta-justa-causa-por-uso-de-facebook-pelo-celular/. Acesso em 19 de fev de 2017.

UNB – SEMANA 01

Prof. Cássia Dissertação argumentativa: O gênero dissertativo-argumentativo apresenta-se como um texto em que o emissor emitirá opiniões e irá convencer o leitor por meio da defesa de uma tese e argumentos que a justifiquem. Mais do que apresentar argumentos que justifiquem a tese, torna-se necessário que o emissor, com o intuito de persuadir o destinatário, apresente certos elementos: as evidências. Por conseguinte, exemplos, fatos, dados estatísticos e testemunhos são formas de embasamento teórico importantes na elaboração de textos dissertativos argumentativos.

TEXTO I

CDC deve proteger consumidor da obsolescência programada, diz ministro

O Código de Defesa do Consumidor deve ser alterado para estabelecer que a responsabilidade do

fornecedor de bens duráveis segue o critério da vida útil do produto, não o da garantia contratual. Com isso, seria possível combater a obsolescência programada, que também seria declarada abusiva pela norma. A prática consiste em projetar algum produto de forma que, após certo tempo, ele pare de funcionar ou tenha sua capacidade reduzida, forçando o seu dono a comprar um novo.

Essa é a proposta do ministro do Superior Tribunal de Justiça Luis Felipe Salomão, que será entregue à comissão de reforma do CDC do Congresso Nacional. No I Seminário Brasileiro de Direito do Consumidor Contemporâneo, ocorrido nesta semana na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, Salomão também defendeu que o código obrigue os fornecedores a indicarem nos produtos a vida útil deles e preveja punição para os que praticarem a obsolescência programada, mas sem limitar a evolução tecnológica.

“Vivemos em uma sociedade pós-moderna, de massa, de consumo de massa, onde tudo é induzido a ter vida curta, onde há necessidade de se trocar frequentemente os produtos. É necessário estabelecer um meio-termo: não barrar a evolução tecnológica, a evolução do design, a evolução das coisas como naturalmente ocorre em um regime capitalista, e, ao mesmo tempo, assegurar ao consumidor seus devidos direitos”, analisou o ministro. Para isso, ele sugeriu que normas determinem a vida útil média de diversos bens de consumo.

Além disso, Salomão destacou a necessidade de se educar os consumidores, para que eles se deem conta das estratégias das empresas: “O que é desejável é que eles comprem com razoabilidade. O consumidor tem que comprar sabendo o que está comprando, com informação, com qualificação, de tal modo que isso não implique engessar a economia. Encontrar o ponto de equilíbrio é o xis da questão”. O ministro ainda apontou os benefícios ao meio ambiente de um consumo responsável.

Fonte: http://www.conjur.com.br/2015-jun-25/cdc-combater-obsolescencia-programada-ministro-salomao. Acesso em 16/02/2017.

TEXTO II

“Novas necessidades exigem novas mercadorias, que por sua vez exigem novas necessidades e desejos; o advento do consumismo augura uma era de ‘obsolescência embutida’ dos bens oferecidos no mercado e assinala um aumento espetacular na indústria da remoção do lixo.”

Zygmunt Bauman. In: Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. p. 45.

12

TEXTO III Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: (...) V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que

comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a

preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função

ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645661/artigo-225-da-constituicao-federal-de-1988. Acesso em 16/02/2017.

TEXTO IV

Considerando os fragmentos de texto acima como motivadores e utilizando a língua padrão, redija um

texto dissertativo posicionando-se acerca do seguinte tema: O problema da obsolescência programada e as relações de consumo.

Sugestões de leitura: Le Monde Diplomatique: http://diplomatique.org.br/ Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/ Congresso em Foco: http://congressoemfoco.uol.com.br/ Brasil de Fato: https://www.brasildefato.com.br/

UFU – SEMANA 01 Prof. Vanessa

Orientação geral UFU A) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha

aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior conhecimento.

B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.

C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova.

D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.

E) Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os. F) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.

ATENÇÃO: Se você não seguir as instruções da orientação geral e as

relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

Tarefa Mínima

13

Texto 1 - Papa compara consumo de notícias falsas com comer fezes Pontífice pede aos meios de comunicação a deixar os conteúdos sem valor informativo “A desinformação é provavelmente o maior pecado que um meio de comunicação pode cometer, porque

dirige a opinião pública e uma direção única e omite parte da verdade”, observou em uma entrevista para a publicação belga Tertio, publicada na quarta-feira. O pontífice instou os veículos de comunicação a fazerem um jornalismo mais claro, transparente e a não cair na coprofilia, a atração pelo fecal.

As notícias falsas têm sido objeto de atenção nas últimas semanas, especialmente na imprensa anglo-saxônica, depois que foram apontadas como um possível fator na determinação da saída do Reino Unido da União Europeia e na vitória de Donald Trump nas eleições de 8 de novembro passado.

http://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/07/internacional/1481147259_931192.html

Texto 2

Texto 3 - 'Ilusão da verdade': A importância da repetição para o sucesso das mentiras

A máxima de que "basta repetir uma mentira para que ela se torne verdade" é uma das regras básicas da

propaganda política, constantemente atribuída ao nazista Joseph Goebbels. Entre psicólogos, é conhecida como efeito da "ilusão da verdade". Um experimento típico mostra como isso

funciona: Voluntários avaliam o quanto de verdade há em algumas afirmações triviais. Algumas delas são reais e

outras são mentiras muito parecidas com a verdade. Após um intervalo de alguns minutos ou de algumas semanas, os participantes fazem o teste novamente, mas desta vez algumas das afirmações são novas.Os resultados mostram que as pessoas tendem a avaliar como sendo verdade afirmações que elas já ouviram antes, mesmo que sejam falsas. Isso porque simplesmente soam mais familiares.

O que os especialistas americanos de fato descobriram foi que a maior influência na decisão de um julgamento sobre uma afirmação ser verdadeira era justamente o fato de ela ser verdadeira.

A repetição não conseguiu mascarar a verdade - com ou sem ela, as pessoas ainda tinham mais propensão a acreditar nos fatos do que nas mentiras.

Isso mostra algo fundamental sobre a maneira como atualizamos nossas crenças: a repetição tem o poder de fazer algo parecer mais verdadeiro, mas não se sobrepõe ao conhecimento.

http://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-37852352

14

Texto 4 - 06/05/2014 Mulher morta após boato em rede social é enterrada em Guarujá, SP Mulher foi morta após página postar boato sobre sequestro e bruxaria.

O administrador da página do Facebook responsável por postar o retrato falado de uma mulher suspeita de sequestrar crianças no litoral de São Paulo será ouvido nesta terça-feira (6) pela Polícia Civil. Após a publicação da foto na página ‘Guarujá Alerta’, alguns moradores de uma comunidade do município agrediram a dona de casa. Dezenas de usuários da rede social criticaram duramente o administrador da página e um deles chegou a dizer que a página seria tão culpada quanto os agressores.

http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos-boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html

Texto 5 - O dicionário Oxford escolheu "pós-verdade" como palavra do ano de 2016. A definição é "circunstâncias em que os fatos objetivos têm menos influência sobre a opinião pública do que apelos à emoção e a crenças pessoais". O conceito é de que a verdade perdeu o valor, e acreditamos não nos fatos, mas no que queremos acreditar que é verdade.

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38751447

Texto 6 - Hoax: os perigos dos boatos na internet

A internet é um meio de comunicação fantástico: com ela, podemos fazer compras, conhecer pessoas, estudar, entre outros. Mas, sendo tão abrangente, o "mundo on-line" também pode oferecer perigos dos mais variados tipos. Um deles é o hoax, termo usado para designar boatos que se espalham na internet via e-mail ou redes sociais (Facebook, Twitter, Google+, etc) e que alcançam um número elevado de pessoas. Podemos entender o hoax como um tipo de SPAM - em poucas palavras, mensagens não solicitadas enviadas a várias pessoas. O conteúdo de um SPAM pode ter várias finalidades. No caso do hoax, como você já sabe, é o de propagar boatos pela internet de forma que a informação distorcida chegue ao maior número possível de indivíduos.

O boato é uma notícia de teor duvidoso, pois normalmente é baseado em informações incompletas e que possuem pouca ou nenhuma verdade. Uma vez que a sua comprovação é difícil e, não raramente, impossível, opiniões ou argumentos inconsistentes podem ser adicionados à notícia conforme esta se espalha em uma tentativa de validá-la, gerando mais especulação. Ao contrário das típicas mensagens de SPAM que visam promover produtos, serviços ou golpes, o hoax não ocorre de maneira automatizada: sua propagação inicial até pode ser feita por este meio, mas a propagação só é efetiva quando uma pessoa espalha o boato para outras e estas, por sua vez, repetem o ato.

SITUAÇÃO A – Redija uma CARTA PESSOAL para sua tia que costuma enviar, no grupo da família no Whatsapp, notícias e informações sem conferir a procedência delas, alertando sobre o perigo de compartilhar boatos na internet.

SITUAÇÃO B – Redija um ARTIGO DE OPINIÃO sobre A importância de sermos rigidamente lógicos sobre qualquer informação que nos chega aos ouvidos.

ENEM – SEMANA 02 Prof. Nathan

Terceira idade no Brasil: perspectivas e desafios para uma relação justa

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Terceira idade no Brasil: perspectivas e desafios para uma relação justa, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I Número de idosos quase triplicará no Brasil até 2050, afirma OMS Conforme novo relatório da organização, porcentagem de pessoas com idade acima dos 60 anos no país

cresce acima da média mundial Em uma época de crise econômica, dúvidas sobre o futuro político do país e insegurança frente ao que está

por vir, uma coisa é certa: o Brasil está envelhecendo — e mais rápido do que se imagina. É o que diz um estudo divulgado nesta quarta-feira, véspera do Dia Internacional do Idoso, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Conforme o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento, o número de pessoas com mais de 60 anos no país deverá crescer muito mais rápido do que a média internacional. Enquanto a quantidade de idosos vai duplicar no mundo até o ano de 2050, ela quase triplicará no Brasil.

Por aqui, a porcentagem atual, de 12,5% de idosos, deve alcançar os 30% até a metade do século. Ou seja, logo logo seremos considerados uma nação envelhecida — conforme a OMS, essa classificação é dada aos países com mais de 14% da população constituída de idosos, como são, atualmente, França, Inglaterra e Canadá, por exemplo.

Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2015/09/numero-de-idosos-quase-triplicara-no-brasil-ate-2050-afirma-oms-4859566.html

Tarefa Mínima

15

TEXTO II

Disponível em: http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/

TEXTO III

Disponível em: http://lutaeliberdade.blogspot.com.br/2010/07/dia-de-combate-violencia-contra-idosos.html

TEXTO IV Inseguros, empobrecidos, com dificuldade de locomoção, acesso precário à saúde, à educação e a outros

serviços. A má qualidade de vida dos idosos brasileiros é uma realidade que pode ser notada diariamente, tanto nas grandes cidades quanto na zona rural. Mas uma pesquisa global a ser divulgada hoje, Dia Internacional do Idoso, traduz esse quadro em números e coloca o Brasil em 58º lugar numa lista de 96 nações avaliadas, atrás mesmo de países reconhecidamente mais pobres, como Bolívia, Equador e El Salvador.

Nas primeiras posições figuram Noruega, Suécia, Suíça, Canadá e Alemanha. Enquanto isto, o último do ranking é o Afeganistão, seguido por Moçambique, Cisjordânia e Gaza, Malauí e Tanzânia. Atualmente, mais de 60% das pessoas acima de 60 anos vivem em países de baixa e média rendas; e em 2050, serão 80%.

“O índice ressalta esse descompasso entre os avanços em termos de longevidade e um atraso nas políticas públicas que empoderam as pessoas mais velhas”, comentou Asghar Zaidi, do Centro de Pesquisa de Envelhecimento da Universidade de Southampton (Reino Unido), que coordenou o estudo em parceria com a ONG HelpAge International.

Disponível em: http://oglobo.globo.com/sociedade/qualidade-de-vida-de-idosos-brasileiros-esta-abaixo-da-media-global-mostra-relatorio-14098752

INSTRUÇÕES: - O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. - O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. - A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o

número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: - tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente.” - fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. - apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. - apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

Sugestão de leituras complementares - Filmes que retratam a Terceira Idade - http://www.conversacult.com.br/2015/11/5-filmes-que-retratam-

terceira-idade.html - Estatuto do idoso - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm - GLOBONEWS ESPECIAL - Brasil enfrenta desafio de garantir direitos de idosos / 17-07-2016 -

https://www.youtube.com/watch?v=JchXKxKLpM8

16

FUVEST – SEMANA 02 Prof. Nathan

TEXTO I

Para especialistas, 'autonomia da vontade' prevalece Especialistas no chamado biodireito receberam com surpresa a decisão da Justiça que obriga José

Humberto Pires de Campos Filho a passar por hemodiálise. "Um dos mais importantes princípios da bioética é o da autonomia da vontade. Se o paciente não quer

passar por determinado procedimento, ninguém pode obrigá-lo, a não ser que haja incapacidade de consentimento por parte dele", diz a advogada Ana Cláudia Scalquette, presidente da comissão de biodireito da seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP).

"O rapaz é maior de idade e parece ter noção total da realidade e capacidade plena de decidir. As decisões que ele toma têm repercussão exclusivamente sobre o corpo dele. Eu entendo que a mãe fique desesperada e acho que o juiz se compadeceu disso. No entanto, isso fere a autonomia do indivíduo. Considerá-lo incapaz de decidir por uma 'imaturidade emocional e afetiva' parece uma avaliação muito subjetiva", afirma o advogado Gilberto Bergstein, professor do Insper e também membro da comissão de biodireito da OAB-SP.

Já Reinaldo Ayer, professor de bioética da Faculdade de Medicina da USP e conselheiro do Cremesp, considera a decisão benéfica no sentido de dar ao paciente a oportunidade de entender melhor as possibilidades do seu tratamento.

Disponível em http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,para-especialistas-autonomia-da-vontade-prevalece,70001667390

TEXTO II

O Brasil deve mudar as regras para testar medicamentos? Um projeto de lei quer resolver a morosidade do Brasil para aprovar estudos em seres humanos, um

problema antigo. Mas alguns grupos temem que os voluntários fiquem desprotegidos […] O projeto, aprovado no Senado nesta semana, divide opiniões. Apesar de tentar agilizar a aprovação

das pesquisas de novas drogas, o texto deixa brechas na segurança dos voluntários, segundo grupos de especialistas em saúde pública e bioética. Na nova proposta, o sistema nacional de revisão ética passa a ser coordenado por uma instância do Ministério da Saúde, e não do Conselho Nacional de Saúde (que reúne técnicos e representantes da sociedade). A mudança tiraria o caráter participativo do órgão que coordena os comitês de ética regionais. O projeto agora segue para a Câmara dos Deputados.

Disponível em: http://epoca.globo.com/saude/noticia/2017/02/o-brasil-deve-mudar-regras-para-testar-medicamentos1.html

TEXTO III

Existe limite para a pesquisa científica? A criação de uma forma mais letal do vírus H5N1 retoma a questão sobre até que ponto a ciência é livre

para estudar e fazer o que bem entender Em 1929 o filósofo e educador John Dewey, criador da Educação Progressiva e um dos pais da Filosofia do

Pragmatismo nos Estados Unidos, cunhou a seguinte frase: “Todo grande avanço da ciência surge de uma audácia da imaginação”. A audácia do momento, que ganhou notoriedade após uma tentativa do governo americano de proibir sua publicação, são dois estudos realizados separadamente por pesquisadores americanos e holandeses. Após promover inúmeras mutações no vírus H5N1, causador da gripe aviária, as equipes conseguiram fazer com que o micro-organismo, antes transmitido ao homem somente pelo contato direto com aves, circulasse entre humanos pelo ar. Conseguiram, com isso, entender os possíveis caminhos da evolução do micro-organismo. Mas também aumentaram, inegavelmente, os riscos de uma pandemia de proporções catastróficas.

Disponível em: http://veja.abril.com.br/ciencia/existe-limite-para-a-pesquisa-cientifica/

Os textos acima mostram situações reais e polêmicas por parte de profissionais de saúde. A engenharia genética avança, as ciências médicas se desenvolvem no mesmo passo e novas formas de salvar vidas vão criando esperanças e limites dentro do que a gente pode ou não fazer diante das novas tecnologias médicas. Clonagem, nanotecnologia, células-tronco… até onde a ciência pode ir? Fazer testes em animais e seres humanos é uma prática inevitável? Preceitos religiosos do paciente devem ser seguidos em caso de emergência?

Tendo em conta as sugestões desses textos, além de outras informações que julgue relevantes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema “Bioética: humanização da ciência ou vale tudo pelo resultado?”.

Instruções: - A redação deve ser uma dissertação, escrita de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. -

Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível. Não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de redação. - Dê um título a sua redação.

Sugestão de leituras complementares O surgimento da bioética no Brasil https://tabatasalatta.jusbrasil.com.br/artigos/308025152/o-surgimento-da-bioetica-no-brasil A história da bioética no Brasil https://bioeticaemfoco.wordpress.com/2015/05/07/brasil/

Tarefa Mínima

17

IME/ITA – SEMANA 02 Prof. Renato

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Considere os textos reproduzidos abaixo e redija uma dissertação em prosa, na folha a ela destinada,

argumentando em favor de um ponto de vista sobre o tema. A redação deve ser feita com caneta azul ou preta.

Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema; b) coesão e coerência do texto; c) domínio do português padrão.

Texto 01

Quem vigia os drones? A expressão "o céu é o limite" soa antiquada em 2015, enquanto o mundo fica cada vez mais fascinado com

a rápida ascensão tecnológica dos drones. Mesmo sem a regulamentação para a utilização deles no Brasil, não é difícil encontrar quem já tenha um desses aparelhos, à venda em lojas e sites nacionais e internacionais - só é ilegal colocá-los para voar, não comprá-los. E esse é um ponto essencial da história dos drones: a complexidade de se compreender que algo com aspecto de brinquedo possa ser uma arma ou um instrumento de repressão. É também uma questão de localização geográfica: se você estiver nos Estados Unidos ou Israel, é possível que os associe prontamente à guerra; no Brasil, a divertidas imagens aéreas antes só captadas por equipamento profissional e helicópteros.

Esses veículos aéreos não tripulados (conhecidos pela sigla Vant no Brasil) têm conquistado cada vez mais espaço - e em áreas completamente distintas. Talvez seja a possibilidade de se fazer imagens aéreas, algo antes reservado apenas aos grandes estúdios de cinema ou redes de televisão. Mas a origem desses aparelhos, a mesma que permitiu e impulsionou o rápido desenvolvimento tecnológico deles, e sua utilização futura ainda são obscuras e questionáveis.

Uma piada curta expõe bem a complexidade do uso de drones em batalhas, algo feito com intensidade pelos Estados Unidos desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. "O Jonas Brothers estão aqui, em algum lugar, a Sasha e a Malia são fãs deles", disse o presidente Barack Obama em um evento da Casa Branca, em 2010, referindo-se à paixão das filhas pelo grupo pop. "Mas, rapazes, não venham com ideias. Tenho duas palavras: drones Predator - vocês nunca os verão se aproximando." Quem passou pelo terror de ver drones militares em ação não viu graça na fala de Obama. O presidente foi duramente criticado pela falta de consideração com as vítimas - muitas delas civis - dos drones norte-americanos usados em países como Afeganistão e Paquistão. Neste ano, a temática voltou para assombrá-lo. Quando um Vant caiu no jardim da residência oficial do presidente em janeiro, os protocolos de segurança foram acionados imediatamente. Ironicamente, apenas as filhas de Obama estavam na Casa Branca no momento do incidente (o drone era de um funcionário do Serviço Secreto e a queda foi acidental).

O governo dos Estados Unidos, portanto, já está ciente dos possíveis perigos dos drones. E ele não está só: entidades de direitos humanos apontam um número de vítimas civis impressionantemente maior nas áreas em que drones são usados como arma de ataque, além de criticar duramente o uso deles em vigilância mesmo fora de zonas de conflito. Talvez por isso o processo de regulamentação do uso comercial dessas máquinas ainda seja um desafio, tanto para o Brasil quanto para os norte-americanos. Não será fácil entender os limites de um aparelho que pode ser de utilidade pública, às vezes um brinquedo, de uma arma.

http://www.gbnnews.com.br/2015/03/quem-vigia-os-drones.html Texto 02

Big data para melhorar a cidade, oficina de drones para crianças: a Holanda vê o futuro

Sensores de movimento, carros que transmitem dados de geolocalização, câmeras de vigilância com

softwares de reconhecimento facial… Esses recursos ajudam a tornar as cidades mais seguras e eficientes. Mas para produzir um impacto real, a tecnologia deve fazer mais do que registrar o fluxo de pessoas e veículos. É preciso detectar tendências e comportamentos para antecipar problemas e fornecer soluções. “Cidades inteligentes foram o primeiro passo. Agora, nós queremos construir sociedades inteligentes”, diz o arquiteto e programador holandês Mark van der Net, fundador da Oscity. “Aplicar a tecnologia à sociedade é mais difícil, as pessoas simplesmente são mais complicadas do que luzes de trânsito.”

Para tentar captar esse “elemento humano”, a Oscity desenvolveu (entre outubro de 2014 e fevereiro de 2015) um projeto em parceria com a municipalidade de Amsterdã-Sul, uma das sete regiões administrativas da capital holandesa. A empresa filtrou as redes sociais com ferramentas de big data, mapeando os locais de onde as pessoas postavam com mais frequência, mensurando o volume de publicações e identificando as palavras mais usadas. A ideia é que análises desse tipo mostrem aos administradores quem circula por aqueles bairros, com quais temas e eventos se engaja e que opiniões tem a respeito. “Temos um vislumbre do que poderemos

18

fazer com essa tecnologia no futuro: descobrir problemas e combatê-los de forma comunitária, sem depender tanto da iniciativa pública.”

Mark e mais oito profissionais holandeses estiveram em São Paulo como palestrantes do Festival Path, evento sobre inovação e criatividade que ocorreu entre 14 e 15 de maio. O objetivo do convite era que eles pudessem dividir seus conhecimentos e experiências em áreas como planejamento urbano, design e educação, em que a Holanda é referência mundial (com 12 universidades entre as 200 melhores do mundo segundo o Times Higher Education, o país ocupa o quarto lugar do ranking, atrás apenas de Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha).

Drones fofinhos A educadora Eva Vesseur também fez parte da “missão holandesa” de palestrantes do Festival Path. Ela é

diretora criativa e fundadora da The Education Office, consultoria que se dedica a estudar e atualizar a forma como as escolas funcionam. “De modo geral, o sistema educacional é muito inspirado em questões econômicas, com testes bimestrais, notas, lição de casa… Não há espaço para promover o desenvolvimento pessoal, a empatia, o trabalho em grupo, a compreensão de mundo… Eu acho isso assustador.”

Para reverter esse quadro, que tal um bando de “drones fofinhos”? Cuddly Drones (Knuffeldrones, em holandês) é um dos projetos promovidos pelo Education Office nas escolas da Holanda. O objetivo é engajar alunos de 7 a 10 anos no debate sobre a proliferação desses aparelhos e seus riscos à privacidade – e, em paralelo, estimular as crianças a desenvolverem protótipos em workshops de engenharia criativa. O resultado são sacadas originais, que jamais ocorreriam a um adulto. Há desde ideias mais lúdicas, como o “drone-karaokê”, que serviria para alegrar as pessoas à espera no ponto de ônibus, até outras mais sérias: uma das equipes de alunos planejou um drone para identificar e recolher o lixo de rua com auxílio da tecnologia de reconhecimento de imagem.

“Geralmente pensamos que os jovens e as crianças devem ser protegidos de temas polêmicos. Mas eles podem ver e ouvir coisas. E se você levá-los a sério, verá que eles conseguem pensar em soluções para problemas que nós nunca imaginaríamos”, diz Eva. Por outro lado, ela alerta para a importância de se capacitar os professores para lidar com as novas ferramentas. “As instituições de ensino têm impressoras 3D juntando pó no porão porque ninguém sabe como usá-las. Os professores costumam temer a tecnologia porque estão acostumados a saber mais do que os alunos – e isso nem sempre é verdade quando o assunto é tecnologia.”

A Education Office presta consultoria aos conselhos educacionais que administram as escolas de Amsterdam e acaba de ser selecionada num concurso promovido pela prefeitura à procura de boas ideias para reformular as instituições de ensino. O plano é criar uma escola contemporânea, do zero – a etapa de desenvolvimento do projeto será concluída até 2017. Segundo Eva, além de incluir a tecnologia na sala de aula e encorajar a discussão do lado polêmico das inovações, esse novo ambiente deve estimular o empreendedorismo entre os alunos, aproximando o universo estudantil e o mercado de trabalho.

http://projetodraft.com/big-data-para-melhorar-a-cidade-oficina-de-drones-para-criancas-a-holanda-ve-o-futuro/#sthash.BU2OcpGm.dpuf

Texto 03

“Relaxa: É somente um drone do FBI. Eles somente vigiam os norte-americanos...” www.google.com

Tarefa Mínima

19

PUC/GO – SEMANA 02 Prof. Raul

Texto 1

Toda opinião, discurso e ponto de vista são válidos desde que não desconsiderem jamais os princípios

básicos dos direitos humanos. O direito da opinião deixa de ser um direito quando desrespeita e não resguarda o direito de vida do outro, colocando em risco sua condição de atuar livre socialmente e sua sobrevivência física. Caso contrário, determinada opinião/discurso não deve ser visto como um direito e, sim, como um ato de desrespeito, ou também um crime, entre outros, menos uma opinião a ser considerada como direito a expressar-se. É necessário enquadrar determinadas opiniões e pontos de vista, dentro daquilo que chamamos de violação dos direitos humanos.

Pois, como atores sociais e políticos, falamos de humanos para humanos. Se ainda não consideramos os animais não humanos como parte do nosso grupo de convivência e, portanto, sim, também passíveis a direitos, que saibamos ao menos respeitar e ponderar socialmente sobre o bem estar e a possibilidade igualitária de acesso e tratamento, com seus devidos direitos resguardados, se necessário por lei, a cada indivíduo ou grupo-classe de indivíduos. Caso contrário, uma opinião ou discurso social e político deve ser veementemente tachado e posto a escracho publicamente, se esta se expressa contra os direitos básicos dos seres humanos.

Na época colonial foram os índios e os negros, na época da ditadura militar foram os militantes de esquerda e simpatizantes oposicionistas, que frente a um discurso imponderado desumano e descontrolado ideologicamente foram perseguidos e mortos; pois, afinal, desde que nos sabemos seres falantes e com mínima capacidade de raciocínio, desde então o ser humano tem posto à prova sua inteligência para pensar e poder expressar-se eloquentemente, e convicto leva até as últimas consequências este pensamento para que seja realmente praticado, vivido. A história conta, e nos continuará a contar.

http://jornaliskra.blogspot.com.br/2014/09/toda-opiniao-e-valida-desde-que.html Publicado em 20/09/2014

Texto 2 "Posso não concordar com uma palavra do que dizes, mas lutarei até o fim pelo direito de dizê-

lo." Evelyn Beatrice Hall Texto 3

O politicamente correto considera que a simples substituição de palavras marcadas por palavras não marcadas ideologicamente pode acabar com preconceitos. Na verdade, trata-se de uma tese ingênua, falsamente crítica, já que é a existência dos preconceitos que produz os valores pejorativos e não o contrário. Dito em outros termos, o fato de substituirmos o termo prostituta por "profissional do sexo", como sugeria a Cartilha do Politicamente Correto do Governo Federal, em nada mudará a condenação que a sociedade impõe à atividade que essa pessoa realiza. Uma vez que é essa atividade que provoca atitudes de condenação e não o nome prostituta. Se tal atividade continuar sendo significada negativamente pela sociedade, em pouco tempo a nova expressão - profissional do sexo - veiculará exatamente os mesmos valores negativos e efeitos de sentido que veiculam hoje as formas condenadas. BARONAS, Roberto L. Mitos da militância politicamente correta. Língua. Dezembro/2011. (Adaptado).

Texto 4

Em 2004, a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República do Brasil lançou o

documento Politicamente correto e direitos humanos. Na sua apresentação, a cartilha do politicamente correto (como passou a ser conhecido o documento) propõe-se a chamar a atenção da sociedade para uma série de expressões que, embora de uso corriqueiro – e, talvez, precisamente por isso –, destilam preconceitos, sem que necessariamente tomemos consciência disso. Ao longo do texto, noventa e seis expressões são comentadas, dentre elas: anão, beata, denegrir, funcionário público, judiar e vadia. A fim de mostrar ao leitor o modo como procede o documento, citamos um exemplo: "a coisa ficou preta – a frase é utilizada para expressar o aumento das dificuldades de determinada situação, traindo forte conotação racista contra os negros" (Queiroz, 2004). No entanto, apesar de pretender contribuir para a construção de uma cultura de direitos humanos no país, a cartilha foi duramente criticada por escritores, acadêmicos, imprensa e, inclusive, por setores do Governo, vindo a ter sua distribuição suspensa.

Extraído de “Notas sobre o politicamente correto”, de Amadeu de Oliveira Weinmann e Fábio Vacaro Culau Redija, em norma-padrão da língua portuguesa, um ARTIGO DE OPINIÃO, por meio do qual você

exponha argumentos e assuma uma interpretação acerca do tema geral do politicamente correto. Procure, em sua construção argumentativa, responder à questão: Toda opinião é válida?

20

UNB – SEMANA 02 Prof. Cássia

Dissertação argumentativa: O gênero dissertativo-argumentativo apresenta-se como um texto em que o emissor emitirá opiniões e irá convencer o leitor por meio da defesa de uma tese e argumentos que a justifiquem. Mais do que apresentar argumentos que justifiquem a tese, torna-se necessário que o emissor, com o intuito de persuadir o destinatário, apresente certos elementos: as evidências. Por conseguinte, exemplos, fatos, dados estatísticos e testemunhos são formas de embasamento teórico importantes na elaboração de textos dissertativos argumentativos.

TEXTO I A água é, provavelmente, o único recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da civilização

humana, desde o desenvolvimento agrícola e industrial aos valores culturais e religiosos arraigados na sociedade. É um recurso natural essencial, seja como componente bioquímico de seres vivos, como meio de vida de várias espécies vegetais e animais, como elemento representativo de valores sociais e culturais e até como fator de produção de vários bens de consumo final e intermediário.

Segundo as estatísticas, 70% da superfície do planeta são constituídos de água. Dessa água toda, de longe o maior volume é de água salgada e somente 2,5% são de água doce e, desses míseros 2,5%, quase 98% estão “escondidos” na forma de água subterrânea. Isso quer dizer que a maior parte da água facilmente disponível e própria para consumo é mínima perto da quantidade total de água existente na Terra. Nas sociedades modernas, a busca do conforto implica necessariamente um aumento considerável das necessidades diárias de água.

Os recursos hídricos têm profunda importância no desenvolvimento de diversas atividades econômicas. Em relação à produção agrícola, a água pode representar até 90% da composição física das plantas. A falta d’água em períodos de crescimento dos vegetais pode destruir lavouras e até ecossistemas devidamente implantados. Na indústria, para se obter diversos produtos, as quantidades de água necessárias são muitas vezes superiores ao volume produzido.

Fonte: http://brasildasaguas.com.br/educacional/a-importancia-da-agua/. Acesso em 16/02/2017 (com adaptações).

TEXTO II

Escassez de água ainda será um problema grave no DF em 2017

O consumo consciente da água no Distrito Federal continua como prioridade em 2017. Mesmo com o início do período de chuvas, a cidade vive a maior crise hídrica da história. Em 30 de dezembro de 2016, o volume da Barragem do Rio Descoberto, que abastece 65% da população, chegou a 22,9% — metade do registrado em 2015, 45,8%. De acordo com levantamento da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa-DF), este é o menor número já aferido no reservatório. A comparação é ainda mais drástica se feita em relação a 2013, quando o índice estava em 92,7%. [...]

“Percebemos que, a cada fim de ano, os índices são os menores já registrados, isso é algo que nos preocupa muito”, diz o diretor da Adasa Israel Pinheiro Torres. Segundo ele, a autarquia monitora os números e aposta nas medidas de contenção adotadas pelo governo local em 2016, como a cobrança da tarifa de contingência, a redução da pressão da água em 13 regiões administrativas, a restrição no horário para captação por caminhões-pipa e a orientação para estabelecimentos como lava a jato.

Também foram tomadas medidas como um acordo com agricultores para restringir o uso de irrigadores e a obrigatoriedade de redução do consumo de água em 10% nos órgãos do governo de Brasília.

Fonte: http://guardiandf.com.br/2017/01/04/escassez-de-agua-ainda-sera-um-problema-grave-no-df-em-2017/. Acesso em 16/02/2017. Com adaptações.

A respeito desse assunto, redija um texto dissertativo-argumentativo que trate sobre a questão do uso

da água na economia brasileira. Em seu texto, apresente evidências do contexto social, político e econômico que sustentem sua opinião. Sugestões de leitura: Le Monde Diplomatique: http://diplomatique.org.br/ Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/ Congresso em Foco: http://congressoemfoco.uol.com.br/ Brasil de Fato: https://www.brasildefato.com.br/

Tarefa Mínima

21

UFU – SEMANA 02 Prof. Luciene

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Orientações gerais: 1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu

texto, obedeça às normas do gênero selecionado. 2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação

escolhida que você pretende abordar. 3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA.

Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. 4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os. 5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. 6. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

Leia com atenção os textos abaixo.

Texto 01

Um ano após explosão de microcefalia, Brasil não está preparado para conter zika e doença deve devastar Sudeste

Especialistas dizem que Brasil está "enxugando gelo" e deveria investir em saneamento básico

Há pouco mais de um ano houve uma explosão nos casos de bebês com microcefalia e outras malformações no Brasil, especialmente no Nordeste (onde os primeiros casos foram detectados). No início, tudo era um verdadeiro mistério tanto para a população e para a ciência. Ao longo do tempo, constatou-se que as deformidades em bebês eram consequência de um inimigo poderoso: o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O País viveu uma das epidemias mais assustadoras e intrigantes.

Porém, passado um ano do inicio dos casos, o País ainda não está preparado para conter o zika e as demais enfermidades causadas pelo Aedes, como a dengue e a chikungunya. E, agora, com a época das chuvas, a previsão é de que haverá uma explosão de casos na região Sudeste, que pode ser ainda mais devastadora.

De acordo com o infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arbovirose, Artur Timerman, o poder público precisa ser mais ativo para conter a epidemia.

— O que foi feito de um ano para cá foi só enxugar gelo. Entrar na casa das pessoas e falar para cuidarem de suas plantinhas e dizer “O Mosquito não vai vencer o País” não resolvem. [O mosquito] já venceu faz tempo! Se você quer mudar o jogo, mude de campo.

Ele ainda diz que " em curto prazo é preciso educar as pessoas sobre o hábito do mosquito, como usar manga cumprida e usar repelente".

— Quando teve a epidemia de AIDS, o governo começou a distribuir camisinha para as pessoas como método de prevenção. Então, porque não distribuem repelente para todo mundo? Porém, em médio e longo prazos, o governo deveria dar mais ênfase ao saneamento básico, mudar o modelo de urbanização e aumentar as áreas verdes nas cidades, para diminuir a incidência de casos.

Nesta temporada de chuvas, o zika deve fazer mais vítimas, especialmente no Sudeste do Brasil, segundo o pediatra e membro do comitê técnico assessor em Imunizações do Ministério da Saúde do Brasil, Marco Aurelio Palazzi Sáfad.

— O surto deste ano será na região Sudeste e, não no Nordeste, porque [provavelmente] quem teve a doença criou certa imunidade. Além disso, a magnitude será maior talvez por causa [do número] da população.

As doenças causadas por insetos são mais comuns no verão, com o aumento das temperaturas e da umidade — condições ideais para a proliferação do aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya —. De acordo com o Ministério da Saúde, historicamente, o pico de casos destas três doenças dengue ocorre entre dezembro e abril. Neste ano, a maior incidência deve ser de chikungunya. Consequências devastadoras

A microcefalia é apenas uma das consequências do zika, mas é a mais simbólica e perceptível. Grávidas infectadas também podem ter filhos com sequelas no sistema nervoso, comprometimento ocular, problemas auditivos, atraso no desenvolvimento motor, entre outras complicações. Esse conjunto de sintomas provocados pela zika em bebês é a chamada Síndrome Congênita de Zika Vírus, explicou Sáfadi.

— As manifestações tardias são desconhecidas, como o comprometimento da aprendizagem, por exemplo. Não sabemos como elas vão se desenvolver mais tarde. Essas crianças diagnosticadas [durante o surto de 2015] têm apenas um ano. [Só sabemos que] quanto mais cedo a criança é acometida pelo vírus, mais danos ela terá.

22

Em 2015, 71% dos casos de microcefalia provocados por zika foram detectados no Nordeste. Até o dia 5 de novembro deste ano, foram confirmados 2.143 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso. Outros 3.086 casos são investigados por suspeita de microcefalia em todo o País, segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde.

Ainda segundo a pasta, desde outubro do ano passado, 10.119 casos foram notificados ao Ministério da Saúde. Destes, 4.890 foram descartados por apresentarem exames normais ou por serem casos de microcefalia ou malformações relacionadas a outras causas. Do total de casos confirmados (2.143), 417 têm relação com com o vírus.

No mesmo período, foram registradas 514 mortes suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação no País. Destes, 176 foram confirmados com o vírus zika, informou o ministério.

O vírus também pode ser um dos gatilhos para a síndrome de Guillain-Barré. Ainda não se sabe quantos casos da doença foram desencadeados pelo zika, mas já foi comprovado o aumento.

http://noticias.r7.com/saude/um-ano-apos-explosao-de-microcefalia-brasil-nao-esta-preparado-para-conter-zika-e-doenca-deve-devastar-sudeste-28112016

Texto 02

'Brasil não está preparado para surto de microcefalia', diz neuropediatra Suzy Scarton

A neuropediatra Vanessa van der Linden foi uma das precursoras na investigação da relação entre o zika vírus e o aumento de casos de microcefalia registrados desde o ano passado no Brasil. Ao atender a um caso de gêmeos, um com microcefalia e outro não, a médica ficou intrigada por não conseguir identificar a causa da má-formação. A partir daí, com ajuda de outros especialistas e o incentivo da Secretaria da Saúde de Pernambuco, a apuração se aprofundou. Vanessa é gerente médica da Associação de Assistência à Criança com Deficiência, em Recife, que, atualmente, atende a 130 pacientes com microcefalia. Em entrevista ao Jornal do Comércio, ela alerta que ainda não se pode precisar a extensão dos danos nos bebês e que o Brasil não está preparado para lidar com tantos casos ao mesmo tempo.

(...) JC - O secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo dos Reis, afirmou que teremos

uma "geração com problemas neurológicos". O que os pais dessas crianças podem esperar? Vanessa - Isso vai depender do paciente. Tem casos gravíssimos, com más-formações importantes e

lesões cerebrais. É muito complicado dizer, na fase inicial de uma doença que não conhecemos direito, quais serão as consequências. Uma criança com má-formação cerebral, com lesão e calcificação, costuma apresentar comprometimento global, tanto da parte cognitiva como da motora. Algumas têm comprometimento mais leve. Temos muitos casos ao mesmo tempo, e é isso que preocupa. O Brasil já não tem centros de reabilitação suficientes. Agora, ficou ainda mais complicado. Estamos tentando, mas, com essa crise na saúde pública, não sei como isso vai se organizar a longo prazo, até porque as complicações aparecem quando a criança começa a se desenvolver. Na fase inicial, o bebê não faz muita coisa. No centro onde eu trabalho, temos 130 pacientes com microcefalia. Tento trabalhar com os pais para que vivam um dia de cada vez, para que lidem com as dificuldades conforme elas cheguem. Uma tomografia ou uma ressonância não vai definir como a criança vai estar com um ou dois anos. Vamos continuar estudando para tentar descobrir como a criança vai evoluir.

http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2016/04/geral/493837-brasil-nao-esta-preparado-para-surto-de-microcefalia--diz-neuropediatra.html

Situação A

Escreva um TEXTO DE OPINIÃO sobre a necessidade de investimento em medidas profiláticas efetivas de combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor de várias doenças, entre elas o zika vírus, enfermidade relacionada ao aumento dos casos de microcefalia no Brasil. Situação B

Escreva um EDITORIAL sobre os desafios econômicos e sociais existentes para tornar a sociedade brasileira apta a lidar com o aumento dos casos de microcefalia no país.

Situação C

Escreva uma CARTA ARGUMENTATIVA para o Presidente do Brasil com sugestões para preparar o país, nos mais diversos âmbitos sociais, a atender os cidadãos portadores de microcefalia.

Tarefa Mínima

23

ENEM – SEMANA 03 Prof. Renato

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua

formação, texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Investimento em saneamento básico no Brasil: acesso à cidadania, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

SITUAÇÃO SANEAMENTO NO BRASIL

24

Tarefa Mínima

25

PAULISTAS (UNESP – FGV – FAMEMA – FAMAERP – UNAERP) - SEMANA 03 Prof. Neto

Estudo indica queda de tolerância política e de apoio ao sistema no Brasil: O estudo 2014

AmericasBarometer é o resultado de entrevistas com 50 mil pessoas em 28 países do continente americano entre janeiro e outubro de 2014 – 1.500 delas no Brasil. [...] Segundo a cientista política e diretora do LAPOP Elizabeth Zechmeister, em 2014, o Brasil aparece como um dos países das Américas onde a população se sente mais insatisfeita com os serviços públicos, o que pode ter contribuído para uma queda no apoio ao sistema político e na tolerância política no país. "Quando as pessoas se sentem muito inseguras no dia a dia, elas tendem a se direcionar – em suas atitudes, valores e comportamentos – de maneiras que podem ser preocupantes para uma democracia liberal forte. Podem se tornar menos tolerantes em relação às pessoas com quem têm diferenças ideológicas. Isso aparece volta e meia nas minhas pesquisas. ", disse à BBC Brasil.

Adaptado de http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141205_relatorio_inseguranca_americas_cc. Acesso em 19 de fev de 2017.

Discussão política no Facebook abala relações de internautas com amigos: Discussões sobre política nas redes sociais têm causado consequências diretas na vida real de algumas pessoas. Amigos de infância estão brigando, excluindo um ao outro do convívio pela internet e, nos casos mais graves, até da relação pessoal. E não é só entre amigos que a coisa está ficando complicada: o ambiente familiar também está se estremecendo em algumas situações. Segundo o Safernet, em relação ao mesmo período do ano anterior, o número de denúncias sobre crimes de ódio na internet mais que tem triplicado ultimamente.

Adaptado de http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/10/discussao-politica-no-facebook-abala-relacoes-de-internautas-com-amigos.html. Acesso em 19 de fev de 2017.

Clima de intolerância política atinge também as crianças

Adaptado de https://universitag.wordpress.com/2016/05/04/clima-de-intolerancia-politica-atinge-tambem-as-criancas/. Acesso em 19 de fev de 2017.

26

Página compila ofensas a paulistas em redes sociais após a eleição

Após o aparecimento da página "Esses nordestinos", foi criado "Esses paulistas", com objetivo de expor

ofensas contra os eleitores de São Paulo [...].Entre os posts de "Esses paulistas...", há palavrões, ofensas com citações à votação que reelegeu Geraldo Alckmin como governador e manifestações de violência.

Adaptado de http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/10/pagina-compila-ofensas-paulistas-em-redes-sociais-apos-eleicao.html. Acesso em 19 de fev de 2017.

Radiscalismo e intolerância na rede: os riscos do ciberativismo: Há um clima de radicalização

política permanente na web e, de repente, em torno de qualquer assunto, formam-se dois ou mais blocos de opinião diametralmente opostos, sem nenhum espaço para mediações. As pessoas refutam, com os argumentos mais simplistas, todo questionamento às suas opiniões a respeito do assunto do dia, ainda que seu nível de conhecimento sobre o mesmo seja mínimo.

Disponível em http://leituraglobal.org/radicalismos-e-intolerancia-na-rede-os-riscos-do-ciberativismo/. Acesso em 19 de fev de 2017.

Xingamento: Outro dia um amigo, revoltado com o aumento do IOF, proferiu: "Brother, essa Dilma é uma

piranha". Não sou fã da Dilma. Mas fiquei mal. Brother: a Dilma não é uma piranha. A Dilma tem muitos defeitos. Mas certamente nenhum deles diz respeito à sua intensa vida sexual. Não que eu saiba.

Disponível em http://m.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2014/01/1393513-xingamento.shtml. Acesso em 19 de fev de 2017.

Com base nos textos apresentados e em seus próprios

conhecimentos, escreva uma redação de gênero dissertativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

COMO EVITAR QUE O ATIVISMO POLÍTICO BRASILEIRO SE TRANSFORME EM INTOLERÂNCIA POLÍTICA?

FUVEST – SEMANA 03

Prof. Nathan TEXTO I

Aquilo que costumávamos ver nos filmes e nas séries está se tornando real diante dos nossos olhos. A realidade virtual vem se desenvolvendo muito rapidamente e tem sido usada até para fazer cirurgias complexas.

A realidade aumentada, como o jogo Pokémon Go, que mobilizou metade do planeta na semana do lançamento, também deu o que falar. E tem ainda a internet 5G, a hiperconectividade, o Whatsapp, o Snapchat, o Waze, o Google, enfim, toda nossa vida agora depende de internet.

O que isso pode trazer de bom e de ruim para o futuro próximo? Como serão os relacionamentos nos próximos anos? Qual o impacto da hipertecnologia na educação, na ocupação dos espaços públicos e até no desenho das cidades do futuro?

Nesse cenário, a inteligência artificial está construindo um novo mercado, baseado em desejos e aspirações de cada usuário. O uso incorreto desses dados, no entanto, pode ser uma arma perigosa nas mãos de pessoas ou grupos mal intencionados.

Disponível em http://www.guiadacarreira.com.br/

TEXTO II Avanço da tecnologia é obstáculo para coibir crime organizado, diz representante do FBI Baixos preços de equipamentos e anonimato da internet sofisticam ação de criminosos O barateamento da tecnologia e a velocidade com que ela se aprimora têm sido o principal desafio para

identificar e combater o crime organizado ao redor do mundo. Cada vez mais, grupos criminosos agem se beneficiando do baixo custo do aparato tecnológico e da possibilidade de anonimato que a internet oferece. A afirmação é do adido do FBI (polícia federal americana), David Brassanini, em entrevista ao portal R7. Ele é um dos participantes do 5° Fórum Internacional de Justiça, que teve início na manhã desta quinta-feira (12).

- Os crimes cibernéticos são a cada dia mais sofisticados e mais eficientes em função da tecnologia que hoje é empregada.

Tarefa Mínima

27

Segundo Brassanini, a internet reforça a condição de anonimato das pessoas que a utilizam para praticar ações criminosas. Ele diz que é preciso identificar como as organizações criminosas se comunicam, qual é a fonte de dinheiro delas e de que forma seus membros se movimentam.

Disponível em: http://noticias.r7.com/brasil/noticias/avanco-da-tecnologia-e-obstaculo-para-coibir-crime-organizado-diz-representante-do-fbi-20100513.html

TEXTO III

O grande barato da série Black Mirror é diagnosticar situações do cotidiano dentro do contexto do desenvolvimento tecnológico e esgarçar de forma fantasiosa os limites do comportamento humano, no que resulta em uma análise da nossa sociedade atual. Num tempo em que Hollywood está escalando atores baseada na popularidade dos artistas nas redes sociais, que games têm se tornado cada vez mais realistas, que a privacidade está em xeque e o linchamento virtual é uma constante, não falta material de base para a série que agora migra para a Netflix.

Disponível em: http://www.adorocinema.com/noticias/series/noticia-125221/

TEXTO IV Livro discute impactos do excesso da tecnologia no dia a dia das pessoas Nunca tivemos tanto acesso a tanta informação como agora. A cada dia passamos mais e mais horas

conectados, seja via computador, tablet ou celular. Porém, este excesso muitas vezes cobra um alto preço. Seja influenciando nossa saúde ou nossas relações pessoais e profissionais.

Organizado pelas médicas pediatras Evelyn Eisenstein e Susana Graciela Bruno Estefenon e pelo psicólogo e blogueiro do UOL, Cristiano Nabuco de Abreu, o livro "Vivendo Este Mundo Digital" (Ed. Artmed) reúne mais de 30 profissionais de diferentes áreas buscando responder qual o impacto do aumento da tecnologia em nossas vidas e se não estamos sendo passivos e apenas incorporando as informações.

UOL - Além dos problemas psicológicos, o excesso de tecnologia atinge também o corpo? Cristiano Nabuco de Abreu - O uso crônico de fones de ouvido (no caso de Ipods ou games), por

exemplo, começa a criar alterações auditivas. Por exemplo, o uso continuo de fones de alta potência faz com que possa ocorrer a perda auditiva irreversível, pois compromete as células ciliadas do ouvido interno (cóclea), que não se regeneram. Os primeiros sintomas são a dificuldade de perceber sons agudos, como telefones e campainhas, evoluindo para os zumbidos, interferindo na comunicação humana (afetando o aprendizado, humor e podendo gerar problemas comportamentais). Outro problema é a Síndrome do Olho do Computador, que atinge mais da metade dos usuários e se manifesta por meio de olhos vermelhos, secos ou lacrimejando, vista cansada e até dor de cabeça de origem oftálmica. Também não são raros, como motivo de consulta nos consultórios médicos, os transtornos do sono, dormir menos ou com um sono de má qualidade, não reparador. Existem queixas de dores nas costas por postura incorreta frente ao computador ou videogames, o que pode acarretar disfunções e deformidades musculoesqueléticas, especialmente na coluna vertebral a exemplo da escoliose.

Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/05/25/livro-discute-impactos-do-excesso-da-tecnologia-no-dia-a-dia-das-pessoas.htm

Os textos acima trazem diferentes perspectivas acerca da presença massiva da tecnologia no mundo

contemporâneo. Além dessas, muitas outras facetas – algumas benéficas, outras, nem tanto – podem ser vistas cotidianamente como instrumento de reflexão por parte da mídia, pais psicólogos e especialistas em geral, ávidos por compreender as reais consequências da hipertecnologia na vida e nos relacionamentos humanos.

Tendo em conta as sugestões desses textos, além de outras informações que julgue relevantes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema “A hipertecnologia: desafios, medos e perspectivas”.

Instruções: – A redação deve ser uma dissertação, escrita de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. -

Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível. Não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de redação. – Dê um título a sua redação.

28

IME/ITA – SEMANA 03 Prof. Luciene

PROPOSTA DE REDAÇÃO

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO Os textos e tirinhas lidos a seguir tratam de um assunto em comum, focalizando, porém, diferentes

aspectos. Tomando por base esse material, elabore um texto dissertativo em prosa, sustentando um ponto de vista sobre um desses aspectos. • Não copie nem parafraseie os textos desta prova. • Utilize apenas caneta azul ou preta e a folha própria para a redação, respeitando os limites das linhas. • Use os espaços em branco destas provas como rascunho. • A banca examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema, b) coesão e coerência do texto e c) domínio do português padrão.

Rio descumpre todas as metas ambientais para a Olimpíada ÍTALO NOGUEIRA

DO RIO Os compromissos olímpicos para o meio ambiente assumidos pelo Rio no dossiê de candidatura para os

Jogos Olímpicos de 2016 foram todos descumpridos. O tratamento do esgoto lançado baía de Guanabara não avançou nem metade do prometido. A lagoa de

Jacarepaguá, que margeia o Parque Olímpico, continua fétida e assoreada. Nem mesmo o plantio de mudas na Mata Atlântica, de simples execução, foi concluído como prometido. O

sonho de abrir a Lagoa Rodrigo de Freitas para banhistas foi abandonado. Dificuldades financeiras, de gestão e até novos critérios justificam o abandono dos compromissos feitos ao

COI (Comitê Olímpico Internacional) no Dossiê de Candidatura da Rio-2016. O documento de 614 páginas usava o legado dos Jogos como um dos principais ativos para trazer o evento pela primeira vez para a América do Sul.

Agora, o Rio conta com a sorte para não ocorrer, por exemplo, uma mortandade de peixe na lagoa que margeia o Parque Olímpico.

Em setembro do ano passado, cerca de uma tonelada de peixes mortos foi retirada das águas da lagoa. À época, a Secretaria do Ambiente atribuiu o fenômeno aos fortes ventos que atingiram a região, o que

remexeu a matéria orgânica do fundo da lagoa, formada pelo esgoto lançado ao longo dos 40 anos de ocupação sem saneamento básico na zona oeste. Isso liberou gases tóxicos, reduzindo o oxigênio para peixes que ainda sobrevivem na região.

De lá para cá, pouco avançou. A drenagem da lagoa, orçada em R$ 673 milhões, teve licitação suspensa por suspeita de cartel e foi paralisada após questionamentos do Ministério Público.

"A lagoa não é mais uma latrina. É um túmulo. Tem que rezar para que não chova, não vente, para que os gases não sejam eliminados do interior da lagoa e não gere uma mortandade de peixe na Olimpíada", disse o biólogo Mário Moscateli, que contribuiu com o plantio de mudas no mangue da região.

(...) Sem saneamento básico em suas casas, mais de 100 mil pessoas de bairros próximos ainda lançarão o esgoto nas lagoas após os Jogos. (...)

http://temas.folha.uol.com.br/um-mes-para-a-olimpiada/meio-ambiente/rio-descumpre-todas-as-metas-ambientais-para-a-olimpiada.shtml?cmpid=newsfolha

https://blogterralivre.wordpress.com/category/meio-ambiente/

Tarefa Mínima

29

Ações de governos podem reverter a degeneração acelerada do meio ambiente, diz ONU

Meio ambiente está se deteriorando mais rapidamente do que se esperava, tornando-se imperativo que os governos ajam o quanto antes para reverter danos piores. Documento do PNUMA é o maior já publicado até

então sobre o estado de saúde do planeta e inclui recomendações do caminho a tomar.

Degradação do meio ambiente e poluição estão associadas a um número cada vez maior de problemas de

saúde, segundo o PNUMA. Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark

O meio ambiente está se deteriorando mais rapidamente do que se esperava, tornando-se imperativo que os governos ajam o quanto antes para reverter os piores danos, advertiu o estudo “Perspectivas do Meio Ambiente Mundial: Avaliações Regionais”. O documento é o maior já publicado até então sobre o estado de saúde do planeta.

O estudo, uma compilação de seis relatórios, permite análises altamente detalhadas das questões ambientais que afetam cada uma das seis regiões do mundo, informou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) durante o lançamento, em maio deste ano.

“Agora, graças a este relatório, conhecemos o estado global do meio ambiente mais do que nunca. E é essencial que compreendamos o ritmo da mudança ambiental que está sobre nós”, disse o diretor-executivo do PNUMA, Achim Steiner.

De acordo com o estudo, embora questões como as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, a degradação do solo e a escassez da água estejam se intensificando, ainda há tempo para se resolver muitos dos piores impactos das mudanças ambientais.

No entanto, para o mundo atingir as metas estabelecidas na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, é necessário mudança.

As recomendações do relatório incluem, entre outras coisas, o aumento da produção e do consumo sustentável; o investimento em planejamento urbano, através de uma melhor utilização da infraestrutura ambientalmente saudável e da implementação de transportes não poluentes; e a redução da dependência de combustíveis fósseis e a diversificação das fontes de energia, entre outros.

O estudo foi publicado pouco antes da segunda Assembleia Ambiental das Nações Unidas (UNEA-2), que ocorreu na semana passada em Nairóbi, no Quênia, e envolveu a participação de mais de 1,2 mil cientistas, centenas de instituições científicas e mais de 160 governos. (...)

https://nacoesunidas.org/acoes-de-governos-podem-reverter-a-degeneracao-acelerada-do-meio-ambiente-diz-onu/

Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos 13.1 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes

naturais em todos os países 13.2 Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamentos nacionais 13.3 Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre

mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima 13.a Implementar o compromisso assumido pelos países desenvolvidos partes da Convenção Quadro das

Nações Unidas sobre Mudança do Clima [UNFCCC] para a meta de mobilizar conjuntamente US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020, de todas as fontes, para atender às necessidades dos países em desenvolvimento, no contexto das ações de mitigação significativas e transparência na implementação; e operacionalizar plenamente o Fundo Verde para o Clima por meio de sua capitalização o mais cedo possível

13.b Promover mecanismos para a criação de capacidades para o planejamento relacionado à mudança do clima e à gestão eficaz, nos países menos desenvolvidos, inclusive com foco em mulheres, jovens, comunidades locais e marginalizadas

https://nacoesunidas.org/pos2015/ods13/

30

UNICAMP – SEMANA 03 Professores Andréa e Carlos

Obs.: Deverão ser entregues os textos referentes às duas propostas.

PROPOSTA 01

Leia o texto abaixo:

O início da Bioética se deu no começo da década de 1970, com a publicação de duas obras muito importantes de um pesquisador e professor norte-americano da área de oncologia, Van Rensselaer Potter.Van Potter estava preocupado com a dimensão que os avanços da ciência, principalmente no âmbito da biotecnologia, estavam adquirindo. Assim, propôs um novo ramo do conhecimento que ajudasse as pessoas a pensar nas possíveis implicações (positivas ou negativas) dos avanços da ciência sobre a vida (humana ou, de maneira mais ampla, de todos os seres vivos). Ele sugeriu que se estabelecesse uma “ponte” entre duas culturas, a científica e a humanística, guiado pela seguinte frase: “Nem tudo que é cientificamente possível é eticamente aceitável”.

Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001).

Para isso, a Bioética, como área de pesquisa, necessita ser estudada por meio de uma metodologia interdisciplinar. Isso significa que profissionais de diversas áreas (profissionais da educação, do direito, da sociologia, da economia, da teologia, da psicologia, da medicina etc.) devem participar das discussões sobre os temas que envolvem o impacto da tecnologia sobre a vida. Todos terão alguma contribuição a oferecer para o estudo dos diversos temas de Bioética. Por exemplo, se um economista do governo propõe um novo plano econômico que afeta (negativamente) a vida das pessoas, haverá aspectos bioéticos a serem considerados. (...)

O progresso científico não é um mal, mas a “verdade científica” NÃO pode substituir a ética.

http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_bioetica/Aula01.pdf

Após ler a definição acima acerca de Bioética, você toma a iniciativa de iniciar uma comunidade numa rede social em defesa da Bioética. Para angariar membros para tal comunidade, você decide escrever uma postagem de teor argumentativo, em sua página pessoal e na página de seus amigos, sobre os aspectos ligados à ética político-social em relação às práticas científicas.

Siga as instruções abaixo: – Sua postagem argumentativa deverá ter como tema “Nem tudo que é cientificamente possível é

eticamente aceitável” – Seus amigos da rede social serão os enunciatários de sua postagem de teor argumentativo, sendo assim,

além dos argumentos referentes ao tema de sua postagem, deverá também ter argumentos que convençam seus amigos a participarem da comunidade criada por você.

– Mencione, no mínimo, 01 (um) exemplo de prática científica que possa entrar em conflito com as questões da ética política e/ou social.

Sobre o gênero textual postagem argumentativa: É o ato ou efeito de postar, de enviar ou colocar algo no correio (que pode ser eletrônico) e que contenha,

em seu conteúdo, informações persuasivas e defesa de ponto de vista, no intuito de fazer com que o(s) leitor(es) adira(m) ao posicionamento do emissor (quem postou algo).

Indicações de leitura: Introdução à bioética: http://www.ghente.org/bioetica/ https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/bioetica-a-etica-aplicada-aos-problemas-da-medicina.htm Filme: Uma chance para viver

PROPOSTA 02

Leia:

No dia 12 de janeiro de 2010, um terremoto de sete graus na escala Richter, no Haiti, causou a morte de 200 000 pessoas, deixou outras 300.000 feridas e fez mais de 1 milhão de desabrigados. Dois dias depois da tragédia, uma dupla de médicos do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, chegava a Porto Príncipe, capital do país, com a missão de encontrar um local que servisse de enfermaria improvisada e de preparar a chegada de três equipes do hospital, mais toneladas de equipamentos, remédios e materiais.

No dia 4 de fevereiro, 49 profissionais — médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e engenheiros —, que se voluntariaram a cuidar das vítimas, começaram a chegar ao país. Entre os que passaram pelo Haiti estão a enfermeira Débora Puntel, de 40 anos, e o infectologista Alexandre Marra, de 36 anos.

No acampamento montado em Porto Príncipe, o grupo paulista realizou um trabalho bastante diferente do que costuma desenvolver diariamente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Einstein, um dos mais ricos e equipados hospitais do país. Na tenda onde os brasileiros trabalhavam, a temperatura chegava a 50 graus durante o dia. À noite, quando a energia elétrica acabava, o banho era de balde num banheiro aberto.

“Você precisa estar preparado para tudo”, diz Alexandre. O mais importante da experiência, diz ele, é perceber o quanto ela modifica sua visão do mundo. “Você começa a dar mais valor à sua vida e passa a

Tarefa Mínima

31

considerar pequenos seus problemas de trabalho”, conta o médico. Como experiência pessoal, poucas atividades são tão enriquecedora como o trabalho voluntário — mesmo que você não receba dinheiro nenhum para fazê-lo. E não é preciso viajar ao Haiti para se engajar numa missão desse tipo.

[...] “Hoje, a responsabilidade social virou uma ferramenta de atração e retenção de talentos.” O desejo de

contribuir com a sociedade é ainda maior nos profissionais mais jovens, segundo Ruth Harada, diretora de cidadania corporativa da IBM. “O trabalho voluntário funciona como fator de motivação, especialmente para a geração de funcionários abaixo de 30 anos.” A ação social é uma oportunidade de desenvolver novas competências para sua carreira profissional — ou ao menos aprimorar habilidades que você já possui. Para o capixaba Welton Duque, de 33 anos, coordenador de operações da Vivo, empresa de telefonia celular, a atividade humanitária foi uma chance de aprimorar as técnicas de liderança

[...] "Houve integrações entre áreas como poucas vezes vista. Não encontrei ninguém que tivesse ficado

indiferente, que não tenha percebido como essa missão mudou os profissionais que aqui trabalham. Não apenas no surgimento de lideranças, de ídolos (fantástico o papel do pessoal da engenharia e manutenção) e de grandes amizades. Consolidou o nosso modo de pensar e encarar nossas obrigações assistenciais. Estamos diferentes e melhores. Depois dessa missão, penso que não haja desafio que não se possa cumprir.” Oscar Pavão, nefrologista, gerente da UTI e coordenador da missão no Haiti.

http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/como-o-trabalho-voluntario-pode-ajudar-sua-carreira

Considerando o texto 2 da proposta anterior, produza um relato do médico infectologista Alexandre Marra de um dia da expedição voluntária do Hospital Israelita Albert Einstein sob ao Haiti.

UNB – SEMANA 03 Prof. Cássia

Dissertação argumentativa: O gênero dissertativo-argumentativo apresenta-se como um texto em que o emissor emitirá opiniões e irá convencer o leitor por meio da defesa de uma tese e argumentos que a justifiquem. Mais do que apresentar argumentos que justifiquem a tese, torna-se necessário que o emissor, com o intuito de persuadir o destinatário, apresente certos elementos: as evidências. Por conseguinte, exemplos, fatos, dados estatísticos e testemunhos são formas de embasamento teórico importantes na elaboração de textos dissertativos argumentativos.

TEXTO I

Os intocáveis

Eles se alimentam em lugares públicos, em utensílios separados. Não podem entrar em prédios ou casas. São evitados, insultados e, por vezes, linchados, queimados e mortos. Essa é a casta dos "dálits", os intocáveis da Índia. A classificação das pessoas em categorias, associada à religião hindu, é uma maneira de justificar a manutenção da desigualdade social naquele país.

Qualquer semelhança não é mera coincidência. O quadro também poderia retratar as quase 15 mil pessoas que vivem pelas ruas de São Paulo. São os nossos intocáveis. O incômodo que geram, dia após dia, é substituído pelo sentimento de impotência do paulistano. O que sobra é o estigma e a indiferença.

Para o padre Júlio Lancellotti, responsável pela Pastoral da Rua, nossos intocáveis têm sua cidadania negada na vida e na morte. Em outubro, ele levou à Comissão Municipal da Verdade os números do serviço funerário da cidade, que mostram um extermínio semelhante ao que acontecia durante a ditadura.

Em 2012, 845 pessoas foram sepultadas como indigentes. O padre testemunhou ter visto corpos chegarem empalhados para o enterro. E denunciou a ação do tráfico de órgãos, salientando que "há um mercado internacional de hipófise" (glândula localizada no cérebro). A experiência mostra que só há um passo entre ser intocável e ser eliminável.

Formular uma sociedade que não gere moradores de rua implica uma equação complexa, mas é preciso começar a pensá-la. A primeira pergunta é: o que leva essas pessoas à situação de extrema vulnerabilidade? O crack é um dos aspectos, mas não o mais importante: menos de 20% dos moradores de rua são viciados na droga. Para as entidades que trabalham na recuperação da sociabilidade de quem vive nas ruas, o alcoolismo é questão central, mais presente que o uso de drogas ilícitas.

Segundo o censo da população em situação de rua feito pela Secretaria Municipal de Assistência Social em 2011, o alcoolismo é a segunda maior causa que leva as pessoas para as ruas. A primeira resposta dada por elas é "brigas familiares" – e eu pergunto: não estaria o álcool entre os motivos que mais geram esses desentendimentos?

Na cidade sustentável, a rua é uma extensão da vida. Não cuidar de quem mora nela não é apenas perpetuar a exclusão, mas expulsar todos do espaço público, obrigando as pessoas a não se apropriarem do que lhes pertence. Não se trata apenas de incluir os moradores de rua à sociedade, mas incluir a cidade na vida das pessoas.

Fonte: http://www.brasilpost.com.br/ricardo-young/os-intocaveis-de-sao-paul_b_4633156.html. Acesso em 16/ 02/2017.

32

TEXTO II

‘Invisíveis', moradores de rua ganham voz em projetos sociais que avançam nas redes sociais em todo o Brasil

“Moro na rua há um tempão. Eu tive uma casa por um tempo, mas aí veio a enchente e eu perdi tudo. Vim pra rua aos 12 anos. Virar adulto na rua é uma experiência terrível que você nunca mais vai querer lembrar. É difícil sair daqui. Eu perdi meus documentos, sem eles você fica encostado”.

O relato acima pertence a André, um homem de 44 anos que você provavelmente nunca viu na sua vida, mas que compõe um cenário ignorado pela sociedade brasileira: o dos moradores de rua. A história dele e de tantos outros nascidos no País compõem a página Rio Invisível, projeto criado para dar visibilidade a quem, diariamente, vive às margens do convívio social.

“Vimos a necessidade de abrir um espaço para que essas pessoas, que estão nas ruas, tenham um espaço legítimo para expor a sua voz. Não queremos ser uma página assistencialista, criamos esse espaço para mostrar a necessidade dessas pessoas, trazer esse importante debate a público. Ali as pessoas com quem conversamos revelam a sua intimidade e, ao mesmo tempo, são invisíveis para a maioria da sociedade. Queremos expor o que está fora do campo de visão da maioria”, disse Nelson Pinho, um dos responsáveis pela página, ao Brasil Post.

Os números também expõem o grau de importância dado ao tema. Os dados mais recentes sobre a população que vive nas ruas é de abril de 2008, com base em um relatório produzido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, apontavam para 32 mil brasileiros em situação de rua. Entretanto, ONGs estimam que hoje cerca de 2 milhões de pessoas – correspondente a 0,1% da população total do Brasil – estejam vivendo nas ruas.

No eixo Rio-São Paulo concentra-se um grande contingente de moradores de rua. Enquanto um censo feito pela Prefeitura paulistana em 2011 mostra uma estimativa de quase 15 mil pessoas vivendo nas ruas, no Rio esse número chegaria a 5,5 mil – este dado não considerou aqueles que vivem em abrigos.

A iniciativa fluminense – cuja página já conta com mais de 76 mil likes – não é a única. São Paulo, Salvador, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Campo Grande, Belo Horizonte, Fortaleza e Goiânia possuem páginas semelhantes, as quais buscam desconstruir mitos e preconceitos. Como mostram a maioria das histórias em todas essas páginas, essas pessoas estão nas ruas em alguns casos por opção, porém há muitos relatos que expõem a desconstrução familiar, o envolvimento com drogas e outros infortúnios que as empurraram para uma condição de exclusão.

"A vida está muito melhor agora, me sinto uma pessoa abençoada. Sei que para o morador de rua que é viciado em drogas ou álcool é mais complicado, mas acredito na força de vontade. Acho que é preciso parar para pensar onde você quer chegar e batalhar por isso. Comigo foi assim. Indo a luta aos poucos consegui uma vida muito melhor. Tenho certeza que se meu pai puder me ver lá do céu, ele está muito feliz"- Jaíson, Floripa Invisível.

Os responsáveis pelos projetos do Rio e Florianópolis afirmaram ter sido possível ajudar alguns moradores de rua durante essa ‘troca horizontal’, termo cunhado por Nelson Pinho para descrever os papos com aqueles que só querem um pouco de atenção, amor e carinho, ainda que advindo de estranhos.

“A gente acaba tentando contribuir de alguma forma. Alguns dizem que não precisam de nada, outros pedem um prato de comida. Ajudamos um rapaz a conseguir um emprego em uma obra. Também teve outro caso em que a pessoa só queria voltar para Teresina, terra natal dela, então corremos atrás”, comentou.

O desejo de cada um desses projetos é conseguir colocar o assunto em pauta, evitando índices alarmantes, como o registro de 195 mortes de moradores de rua em apenas 15 meses, entre fevereiro de 2011 e maio de 2012, conforme noticiou o jornal Folha de S. Paulo na época. A violência gerou, recentemente, um embate entre o ex-senador e hoje secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, com policiais militares no centro de São Paulo.

A ausência do Estado ficou ainda mais latente durante a Copa do Mundo do ano passado, quando ocorreram várias remoções forçadas nas cidades que receberam jogos. Isso sem falar em intervenções anti-moradores de rua, as quais não são uma exclusividade brasileira. Obviamente, políticas sociais higienistas não vão resolver a questão.

“Não queremos um monte de likes. Queremos é que cada história gere debate e reflexão”, comentou Pinho. “O recado é que, da próxima vez que passar por um morador de rua, dê ‘Bom Dia’, se alguém estiver pedindo comida você deve ajudar. Ele não está querendo dinheiro para comprar bebida, ele não está roubando. Ele só precisa de ajuda”, concluiu Mariana Segalla, responsável pela página Floripa Invisível.

Fonte: http://www.brasilpost.com.br/2015/03/29/invisiveis-moradores-de-rua_n_6964816.html Acesso em 16/02/2017.

Redija um texto dissertativo-argumentativo, apresentando sua opinião a respeito do seguinte tema: O problema das pessoas em situação de rua nas grandes cidades brasileiras: o preconceito

como barreira para a inclusão social.

Sugestões de leitura: Le Monde Diplomatique: http://diplomatique.org.br/ Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/ Congresso em Foco: http://congressoemfoco.uol.com.br/ Brasil de Fato: https://www.brasildefato.com.br/

Tarefa Mínima

33

UFU – SEMANA 03 Prof. Vanessa

Orientação geral UFU A) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha

aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior conhecimento.

B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.

C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova.

D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.

E) Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os. F) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.

ATENÇÃO: Se você não seguir as instruções da orientação geral e as

relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

Texto 1: O que é o ódio e por que odiar é mais fácil que pensar?

“O ódio é uma interrupção do pensamento e uma irracionalidade paralisadora. Como pensar é árduo, odiar é fácil. Se a religião é o ópio do povo para Marx, o ódio é ópio da mente. Ele intoxica e impede todo e qualquer incômodo.

O ódio tem um traço do nosso narciso infantil. O mundo deve concordar conosco. Quando não concorda, está errado. Somos catequistas porque somos infantis. A democracia é boa sempre que consagra meu candidato e a minha visão do mundo. A democracia é ruim, deformada ou manipulada quando diz o contrário.

Todo instituto de pesquisa é comprado quando revela algo diferente do meu desejo. Não se trata de pensar a realidade, mas adaptá-la ao meu eu. As crianças contemporâneas (especialmente as que têm mais 50 anos como eu) batem o pé e fazem beicinho, mandam mensagem no WhatsApp e argumentam. Mas, como toda criança, não ouvimos ninguém. Ou melhor, ouvimos, desde que o outro concorde comigo; então ele é sábio e equilibrado. Selecionamos os fatos que desejamos não pelo nosso espírito crítico, mas por uma decisão prévia e apriorísticas que tomamos internamente. Grosso modo, isso foi explicado em Uma Teoria da Dissonância Cognitiva, de Leon Festifnger.

Seria bom perceber que ódio fala muito mim e pouco do objeto que odeio. Mas o principal tema do ódio é meu medo da semelhança. Talvez por isso os ódios intestinos sejam mais virulentos do que os externos. Odeio não porque sinta a total diferença do objeto do meu desprezo, mas porque temo ser idêntico. Posso perdoar muita coisa, menos o espelho.

Mas o ódio é feio, um quasímodo moral. A ira continua sendo um pecado capital. Assim, ele deve vir disfarçado da defesa da ética, do amor ao Brasil, da análise econômica moderna. Esses são os polos que banham de luz a fealdade. E, como queria o rebelde que odiava o Estado), sempre teremos 999 professores de virtude para cada pessoa virtuosa. Em oposição, encerro acrescentando: sempre teremos 999 pessoas odiando para cada pessoa que pensa. Isso às vezes me dá ódio…”.

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/05/o-que-e-o-odio-e-por-que-odiar-e-mais-facil-que-pensar.html

Texto 2 - Graças à internet, 'facilitamos muito para quem odeia', diz Leandro Karnal "Hoje é um clique e um site, com muitas imagens. Facilitamos muito para quem odeia. O ódio tem imenso

poder retórico. Ele sempre existiu. Agora, existe este ódio prêt-à-porter, pronto, onde você se serve à la carte e pega seu prato preferido", disse ele à BBC Brasil.

Mas apesar da maior facilidade, hoje, de propagação do discurso de intolerância, o professor de história da Universidade Estadual de Campinas diz que "os mais sólidos preconceitos e violências humanos são muito anteriores à globalização".

BBC Brasil - Tivemos nesse fim de ano o episódio do ambulante morto a pancadas após defender uma transexual, também tivemos uma chacina em Campinas na qual o autor deixou uma carta criticando o feminismo. O que explica essa intolerância - racial, de gênero, de classe -, e de que forma ela pode ser combatida?

Karnal - Sempre existiu este ódio que flui por todos os lados. Não é fácil existir e acumular fracassos, dores, solidão, questões sexuais, desafetos e uma sensação de que a vida é injusta conosco. O mais fácil é a transposição para terceiros.

Um homem fracassa no seu projeto amoroso. O que é mais fácil? Culpar o feminismo ou a si? A resposta é fácil. Tenho certeza absoluta de que o autor do crime não era um leitor de Simone de Beauvoir ou Betty Friedan. Era um leitor de jargões, de frases feitas, de pensamento plástico e curto que se adaptava a sua dor.

Esses slogans são eficazes: "toda feminista precisa de um macho", "os gays estão dominando o mundo", "sem terra é tudo vagabundo". Curtos, cheios de bílis, carregados de dor, os slogans entram no raso córtex cerebral do que tem medo e serve como muleta eficaz. No cérebro rarefeit,o a explicação surge como uma luz e dirige o ódio para fora. Isto é o mais poderoso opiáceo já criado: o ódio.

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38751447

34

Texto 3

http://jornalismob.com/

SITUAÇÃO A – Redija um EDITORIAL respondendo à seguinte questão: “As redes sociais potencializam a intolerância e os discursos de ódio?” SITUAÇÃO B – Redija uma NOTÍCIA sobre um caso de ódio na internet que tenha acabado mal.

ENEM – SEMANA 04 Prof. Raul

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo

de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: EFEITOS SOCIAIS DA FALTA DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

Nas últimas décadas, a questão da segurança pública passou a ser considerada problema fundamental e

principal desafio ao estado de direito no Brasil. A segurança ganhou enorme visibilidade pública e jamais, em nossa história recente, esteve tão presente nos debates tanto de especialistas como do público em geral.

Os problemas relacionados com o aumento das taxas de criminalidade, o aumento da sensação de insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos, a degradação do espaço público, as dificuldades relacionadas à reforma das instituições da administração da justiça criminal, a violência policial, a ineficiência preventiva de nossas instituições, a superpopulação nos presídios, degradação das condições de internação de jovens em conflito com a lei, a corrupção, o aumento dos custos operacionais do sistema, os problemas relacionados à eficiência da investigação criminal e das perícias policiais e a morosidade judicial, entre tantos outros, representam desafios para o sucesso do processo de consolidação política da democracia no Brasil.

(http://www.observatoriodeseguranca.org/seguranca)

Texto 2 Mais do que um tema presente e dominante em palanques e veículos de imprensa, a segurança pública é

uma preocupação importante para a sociedade, chegando ao nível de influenciar condutas e costumes sociais, além de gerar implicações em outras áreas e ampliar problemas como a segregação social e o preconceito. Apesar dos discursos políticos e da preocupação (ou paranoia) social relacionada ao assunto, os dados sobre segurança pública mostram que as condições têm piorado ao longo dos anos. Segundo a pesquisa IDS 2010 (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável), divulgada no início de setembro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de homicídios no Brasil cresceu 32%, em 15 anos. Assim, o índice de mortes por 100 mil habitantes subiu de 19,2, em 1992, para 25,4, em 2007.

Disponível em http://prevestibularluisfelipe.blogspot.com.br/

Tarefa Mínima

35

Texto 3

36

Texto 4 O medo da violência perpetua a antiga relação percebida nos rincões do interior do Brasil, nos quais a

população, com medo de cangaceiros, bandoleiros e bandidos, tornava-se refém e era explorada pelos donos da terra, que prometiam proteção e “apadrinhavam”. Ali nas áreas rurais, essa prática chamava-se coronelismo. Perpetua, pois transfere esse sentimento para as cidades, onde o indivíduo que se sente vulnerável passa a crer no salvador da pátria, no Messias armado, transmutado em figuras políticas que destilam a truculência do discurso de tolerância zero, sem sequer serem candidatos a cargos que têm competência para resolver os problemas da falta de segurança pública.

Trecho de palestra do doutor em Direito Penal Carlos Eduardo Dieder

Texto 5 A greve de Policiais Militares no Espírito Santo causou um verdadeiro caos social com assaltos, troca de

tiros e saques em vários pontos das cidades do estado. As cenas das tropas do exército entrando em Vitória sob aplausos da população mostram o alívio de uma cidade praticamente sitiada pelo crime.

Extraído de http://politica.estadao.com.br/blogs/gestao-politica-e-sociedade/a-crise-da-seguranca-publica-no-espirito-santo-e-as-licoes-para-o-brasil/ Publicado em 07 de fevereiro de 2017.

INSTRUÇÕES •••• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. •••• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. •••• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas

desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: •••• A redação com até 07 linhas escritas será considerada “insuficiente”. •••• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. •••• A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.

FUVEST – SEMANA 04 Prof. Andréa

Texto 1 Veja o que muda com a licença-paternidade de 20 dias

Decreto ampliou na quarta (4) a extensão de mais 15 dias a servidores. Para funcionários de empresas privadas, medida vale desde março. A licença-paternidade de servidores públicos federais foi ampliada de 5 para 20 dias, conforme decreto

publicado na quarta-feira (4) no “Diário Oficial da União”. Para trabalhadores de empresas privadas, essa prorrogação já estava valendo desde o dia 8 de março. Veja abaixo perguntas e respostas sobre as novas regras da licença-paternidade: Como funciona a prorrogação?

Os trabalhadores poderão gozar dos 5 dias que já eram estabelecidos por lei. Terminado este prazo, automaticamente são concedidos mais 15 dias de licença. Essa mudança já está valendo?

Para trabalhadores de empresas privadas, a mudança foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff e entrou em vigor no dia 8 de março. Já para servidores públicos federais, o decreto que estabeleceu a mudança foi publicado no “Diário Oficial da União” no dia 4 de maio, e a medida entrou então em vigor. Quem pode pedir a prorrogação da licença?

De acordo com a nova regra, a prorrogação da licença-paternidade será concedida ao trabalhador que pedir o benefício no prazo de dois dias úteis após o nascimento do filho. A medida vale também para pais de filhos adotivos?

Sim. Tanto para funcionários públicos federais quanto para trabalhadores de empresas privadas, a prorrogação da licença-paternidade também pode ser pedida após a adoção de criança de até 12 anos completos.

Todas as empresas são obrigadas a conceder os 15 dias a mais de licença?

Não. No caso das empresas privadas, a extensão vale para os funcionários das empresas que fazem parte do Programa Empresa Cidadã (programa regulamentado pelo governo em 2010 que possibilita a ampliação do prazo da licença-maternidade das trabalhadoras do setor privado de quatro meses para até seis meses. Para a empresa, a vantagem é poder deduzir de impostos federais o total da remuneração integral da pessoa em licença).

Tarefa Mínima

37

Texto 2

Fonte: http://www.sindimovec.com.br/wp-content/uploads/2016/03/charges-03.jpg

Texto 3 Impacto econômico mínimo

Para subsidiar as discussões do projeto, foi encomendado um estudo cruzando projeções da população brasileira com dados de mercado para mostrar como é a licença-paternidade em outros países, os benefícios disso no desenvolvimento infantil e o impacto econômico da medida.

Eduardo Marino, um dos responsáveis pelo estudo e gerente de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (que promove pesquisas e projetos relacionados à primeira infância), disse à BBC Brasil que os benefícios para as crianças, os pais e o Brasil de uma ampliação da licença-paternidade superam, e muito, os custos da implementação.

“Do ponto de vista econômico, o impacto de se ampliar a licença-paternidade é mínimo, comparado aos benefícios. Custaria o equivalente a apenas 0,009% da arrecadação federal, ou seja, R$ 99 milhões por ano”, afirma.

Para comparação, o valor é menos de um quinto dos R$ 576 milhões que o governo federal deve gastar este ano ressarcindo as emissoras de TV e rádio que transmitem o horário eleitoral, segundo cálculos divulgados pelo site Contas Abertas.

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160205_licenca_paternidade_ampliada_mdb Após a leitura dos textos apresentados e valendo-se tanto de outras informações que você julgue

pertinentes, redija uma dissertação em prosa na qual você exponha o seu ponto de vista sobre o tema: “A importância da licença-paternidade”. Instruções: seu texto deverá obedecer aos padrões da norma culta da língua portuguesa. Escreva, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30 linhas com letra legível. Dê um título a sua redação. Fontes de consulta: http://institutopapai.blogspot.com.br/2016/02/texto-ampliacao-da-licenca-paternidade.html http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/ferias_licenca_paternidade.htm vídeo youtube: https://www.youtube.com/watch?v=syZhiA3l5CQ

IME/ITA – SEMANA 04 Prof. Renato

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

Os textos na prova tratam de um assunto em comum, focalizando, porém, diferentes aspectos. Tomando por base esse material, elabore um texto dissertativo em prosa, sustentando um ponto de vista sobre um desses aspectos. • Não copie nem parafraseie os textos desta prova. • Utilize apenas caneta azul ou preta e a folha própria para a redação, respeitando os limites das linhas. • A banca examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato.

Na avaliação de sua redação, serão considerados: a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema, b) coesão e coerência do texto e c) domínio do português padrão. Texto 01

Em média, 18 mil crianças são vítimas de violência doméstica por dia no Brasil. Os dados, apresentados pela Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância (Sipani), representam 12% das 55,6 milhões de crianças menores de 14 anos. Frente a esta realidade, não há muito para comemorar acerca deste assunto no Brasiil

38

O perigo está mais próximo do que se imagina. Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que 80% das agressões físicas contra crianças e adolescentes foram causadas por parentes próximos. Ainda de acordo com o Unicef, de hora em hora morre uma criança queimada, torturada ou espancada pelos próprios pais.

(www.diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com) Texto 02

Violência contra a mulher existe em todos os países, afirmam especialistas A violência contra mulheres e meninas já se tornou uma pandemia. De acordo com a ONU (Organizações

das Nações Unidas), pelo menos uma em cada três mulheres no mundo já foi agredida, forçada a ter relações sexuais ou abusada.

O problema é tão crônico que mesmo em países desenvolvidos a violência contra a mulher é ainda latente. “Não existe país onde não haja algum tipo de violência contra a mulher”, afirma a professora da USP e ex-senadora Eva Blay.

(www.noticias.uol.com.br) Texto 03

Velhos sofrem violência em casa e nas ruas Os idosos e as crianças estão entre as principais vítimas de violência doméstica e raras vezes conseguem se

livrar do agressor e recomeçar uma vida saudável. Os maus-tratos não são exclusividade de países pobres, como o Brasil, e se tornam motivo de preocupação em todas as sociedades. Nos Estados Unidos, cerca de 2 milhões de idosos acima de 65 anos sofreram algum tipo de agressão. Dados do Conselho Nacional de Pesquisa norte-americano revelam que os estados não possuem profissionais capacitados para lidar com o assunto e faltam informações sobre as causas de abusos contra velhos.

(www.comciencia.br/reportagens/envelhecimento/texto/env03.htm) Texto 4

Não é de hoje que a população brasileira se esconde com medo da violência e dos crimes urbanos. O tráfico de drogas, os sequestros e a marginalidade estão presentes na história do Brasil há muito tempo. A primeira reportagem de capa da revista VEJA sobre o tema foi publicada em 1969. O texto destacava a distância crescente entre o tamanho e a frequência das ações criminosas e os recursos e o preparo das autoridades para combatê-las. A polícia era atrasada e os bandidos eram cada vez mais organizados, audazes e violentos.

(www.veja.abril.com.br/arquivo_veja, Adaptado)

PUC/GO – SEMANA 04 Prof. Raul

Texto 1

A distribuição da riqueza é uma das questões mais vivas e polêmicas da atualidade. Será que a dinâmica da acumulação do capital privado conduz de modo inevitável a uma concentração cada vez maior da riqueza e do poder em poucas mãos, como acreditava Karl Marx no século XIX? Ou será que as forças equilibradoras do crescimento, da concorrência e do progresso tecnológico levam espontaneamente a uma redução da desigualdade e a uma organização harmoniosa da sociedade, como pensava Simon Kuznets no século XX? (Thomas Piketty. O capital no século XXI, 2014. Adaptado.)

Texto 2

Já se tornou argumento comum a ideia de que a melhor maneira de ajudar os pobres a sair da miséria é permitir que os ricos fiquem cada vez mais ricos. No entanto, à medida que novos dados sobre distribuição de renda são divulgados*, constata-se um desequilíbrio assustador: a distância entre aqueles que estão no topo da hierarquia social e aqueles que estão na base cresce cada vez mais. A obstinada persistência da pobreza no planeta que vive os espasmos de um fundamentalismo do crescimento econômico é bastante para levar as pessoas atentas a fazer uma pausa e refletir sobre as perdas diretas, bem como sobre os efeitos colaterais dessa distribui- ção da riqueza. Uma das justificativas morais básicas para a economia de livre mercado, isto é, que a busca de lucro individual também fornece o melhor mecanismo para a busca do bem comum, se vê assim questionada e quase desmentida. Um estudo recente do World Institute for Development Economics Research da Universidade das Nações Unidas relata que o 1% mais rico de adultos possuía 40% dos bens globais em 2000, e que os 10% mais ricos respondiam por 85% do total da riqueza do mundo. A metade situada na parte mais baixa da população mundial adulta possuía 1% da riqueza global.

(Zygmunt Bauman. A riqueza de poucos beneficia todos nós?, 2015. Adaptado.)

Texto 3 Um certo espírito rousseauniano parece ter se apoderado de nossa época, que agora vê a propriedade

privada e a economia de mercado como responsáveis por todos os nossos males. É verdade que elas favorecem a concentração de riqueza, notadamente de renda e patrimônio. Essa, porém, é só parte da história. Os mesmos mecanismos de mercado que promovem a disparidade – eles exigem certo nível de desigualdade estrutural para funcionar – são também os responsáveis pelo mais extraordinário processo de melhora das condições materiais de vida que a humanidade já experimentou. Se o capitalismo exibe o viés elitista da

Tarefa Mínima

39

concentração de renda, ele também apresenta a vocação mais democrática de tornar praticamente todos os bens mais acessíveis, pelo aprimoramento dos processos produtivos. Não tenho nada contra perseguir ideias de justiça, mas é importante não perder a perspectiva das coisas. (Hélio Schwartsman. “Uma defesa da desigualdade”. Folha de S.Paulo, 14.06.2015. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um artigo de opinião,

empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: A riqueza de poucos beneficia a sociedade inteira? Observação: Lembre-se de que o gênero em destaque caracteriza-se por uma maior liberdade na criação, o

que possibilita indícios mais evidentes de autoria. O domínio de linguagem é fundamental, mas é possível usá-la de forma a estabelecer um estilo mais

pessoal, com a utilização de recursos estilísticos como a metáfora e a ironia. Procure dar um ar mais informal a seu texto, sem, no entanto, perder a reflexão ou os argumentos

necessários à construção e defesa de seu ponto de vista. Observação: Artigos de opinião não precisam de proposta de intervenção. Instruções: – O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. – O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.

UNB – SEMANA 04

Prof. Cássia

Dissertação argumentativa: O gênero dissertativo-argumentativo apresenta-se como um texto em que o emissor emitirá opiniões e irá convencer o leitor por meio da defesa de uma tese e argumentos que a justifiquem. Mais do que apresentar argumentos que justifiquem a tese, torna-se necessário que o emissor, com o intuito de persuadir o destinatário, apresente certos elementos: as evidências. Por conseguinte, exemplos, fatos, dados estatísticos e testemunhos são formas de embasamento teórico importantes na elaboração de textos dissertativos argumentativos.

TEXTO I

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

CAPÍTULO VII

Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.[...] § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como

entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. § 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus

descendentes. Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em 16/02/2017.

TEXTO II

PL nº 6583/2013 O Congresso Nacional decreta: [...] Art. 2º Para os fins desta Lei, define-se entidade familiar como o núcleo social formado a partir da união

entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

Fonte: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1159761&filename=PL+6583/2013. Acesso em 16/02/2017.

TEXTO III

A evolução do conceito de família

Podem-se distinguir três grandes períodos na evolução da família. Numa primeira fase, a família dita “tradicional” servia, acima de tudo, para assegurar a transmissão de um patrimônio. Os casamentos eram, então, arranjados entre os pais, sem que se levasse em conta a dimensão afetiva dos futuros esposos, em geral unidos em idade precoce. Por essa ótica, a célula familiar repousava em uma ordem do mundo aparentemente imutável e inteiramente submetida a uma autoridade patriarcal, verdadeira transposição da monarquia de direito divino.

40

Numa segunda fase, a família dita “moderna” tornou-se o receptáculo de uma lógica afetiva, cujo modelo se impõe entre o fim do século XVIII e meado do século XX. Fundada no amor romântico, a família sanciona a reciprocidade dos sentimentos e os desejos carnais por intermédio do casamento. Mas valoriza também a divisão do trabalho entre os esposos e, ao mesmo tempo, faz do filho um sujeito cuja educação sua nação é encarregada de assegurar. A atribuição da autoridade torna-se, assim, motivo de uma divisão incessante entre o Estado e os pais, de um lado, e entre pais e mães, de outro.

Finalmente, a partir da década de 1960, impôs-se a família “contemporânea” ou “pós-moderna”, que une, ao longo de uma duração relativa, dois indivíduos em busca de relações íntimas ou de realização sexual. A transmissão da autoridade vem se tornando, então, cada vez mais problemática, à medida que divórcios, separações e recomposições conjugais aumentam.

Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10044. Acesso em 16/02/2017.

TEXTO IV

Que família o Brasil quer? Enquanto o Judiciário amplia o direito dos gays, o Legislativo retoma o estatuto que prega o casal

constituído apenas por homem e mulher. No centro do debate, estão os anseios da sociedade.

Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/411249_QUE+FAMILIA+O+BRASIL+QUER+. Acesso em 16/02/2017.

A respeito do assunto apresentado nos textos, que devem ser considerados apenas como motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo que trate do conceito de família no século XXI. Sugestões de leitura: Le Monde Diplomatique: http://diplomatique.org.br/ Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/ Congresso em Foco: http://congressoemfoco.uol.com.br/ Brasil de Fato: https://www.brasildefato.com.br/

UFU – SEMANA 04 Prof. Luciene

Leia atentamente os textos abaixo.

Texto 01

Disponível em: http://desinformadoss.blogspot.com.br/2015/11/cronica-odio-e-intolerancia-na-internet.html

Tarefa Mínima

41

Texto 02 “O tema da baixa qualidade e da alta temperatura dos debates na Internet me mobiliza desde a primeira

coluna publicada neste blog, que conclamava a usar o potencial do mundo digital para construir cidadania e não para disseminar o ódio e a intolerância.

Mas está difícil alcançar esse objetivo... que o digam as administradoras de páginas que denunciam o assédio sexual das mulheres, as quais, pelo seu ativismo, acabam sendo elas próprias alvo das agressões que tentam combater.

Um bom exemplo é o das estudantes de ciência política da Universidade de Brasília, que no ano passado criaram a página ‘Fiu Fiu-UnB’ no Facebook. A página recebe relatos de agressão e assédio sexual. Além disso, debate e divulga iniciativas de combate à violência contra as mulheres. Ao longo do ano passado recebeu quase 200 relatos de mulheres que sofreram todo tipo de humilhação e trauma. Seu objetivo é criar uma política na Universidade que permita proteger as mulheres.

O triste e frustrante é que, quanto mais o trabalho da Fiu Fiu-UnB ganha visibilidade, mais as administradoras da página tornam-se vulneráveis a ataques pessoais, ameaças e questionamentos extremamente ofensivos. Elas não são as únicas, infelizmente. A editora da página feministssa.com, Jennifer Thorpe, conta que no ano passado seus dados pessoais foram parar no Twitter e os internautas foram convidados a enviar mensagens dizendo ‘o que gostariam de fazer com ela’”.

http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/noticia/2015/01/o-odio-e-redes-sociais-virtuais.html

Texto 03 A internet revela que o Brasil é um dos países mais racistas do mundo

O Brasil se odeia mais nas redes sociais do que na rua?

As redes sociais são um reflexo do mundo off-line. Todo o discurso de ódio e as violações de direitos humanos que acontecem nas redes digitais são originárias das assimetrias sociais e da legitimação da desigualdade que é algo naturalizado na sociedade. O racismo, por exemplo, é um sistema de opressão institucionalizado no Brasil. Podemos identificar isso nas relações interpessoais, na forma como o Estado trata os cidadãos afro-brasileiros e, sobretudo, na economia. Quando alguém usa a Internet para cometer um ato de racismo, ela apenas sente-se mais confortável ao usar o anonimato e por ter o sentimento de impunidade, já que há muitos casos diariamente que não são resolvidos.

Não há como separar o racismo cometido nas redes digitais do sistema de opressão racial que existe no Brasil fora do mundo virtual. Não é à toa que vivemos num ambiente de extrema violência onde milhares de jovens, em sua maioria negros, são assassinados todos os anos. Nas redes digitais, as consequências do racismo são, em geral, de caráter psicológico. Já nas ruas as consequências são físicas e não raramente geram morte, sejam cometidas por grupos extremistas ou pelo braço armado do Estado.

Entrevista concedida por Paulo Rogério Nunes (filiado ao Berkman Center for Internet and Society da Universidade Harvard, pesquisa sobre a inclusão no meio digital e coordena um projeto que mapeia iniciativas de jovens que estão produzindo inovação e tecnologias para o combate ao racismo na rede, de aplicativos à vlogs) ao El País em junho de 2016.

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/06/a-internet-revela-que-o-brasil-e-um-dos-paises-mais-racistas-do-mundo.html

Situação A

Escreva um TEXTO DE OPINIÃO sobre o ódio exposto pelos brasileiros nas redes sociais e sua relação com a cultura do Brasil.

Situação B

Escreva um EDITORIAL sobre o ódio veiculado com cada vez maior intensidade pela internet.

Situação C Escreva um RELATO de uma pessoa que tenha sofrido com a manifestação de ódio pela internet no qual

você enfoque consequências dessa agressão.

Instruções UFU: 1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu

texto, obedeça às normas do gênero selecionado. 2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação

escolhida que você pretende abordar. 3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA.

Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. 4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os. 5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. 6. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas. 7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua

redação será penalizada.

42