seguranca trabalho 2012
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Segurana do TrabalhoNeverton Hofstadler Peixoto
Santa Maria - RS2011
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e-Tec Brasil3
Apresentao e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Bem-vindo ao e-Tec Brasil!
Voc faz parte de uma rede nacional pblica de ensino, a Escola Tcnica Aberta
do Brasil, instituda pelo Decreto n 6.301, de 12 de dezembro 2007, com o
objetivo de democratizar o acesso ao ensino tcnico pblico, na modalidade
a distncia. O programa resultado de uma parceria entre o Ministrio da
Educao, por meio das Secretarias de Educao a Distncia (SEED) e de Edu-
cao Profissional e Tecnolgica (SETEC), as universidades e escolas tcnicasestaduais e federais.
A educao a distncia no nosso pas, de dimenses continentais e grande
diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao
garantir acesso educao de qualidade, e promover o fortalecimento da
formao de jovens moradores de regies distantes dos grandes centros
geograficamente ou economicamente.
O e-Tec Brasil leva os cursos tcnicos a locais distantes das instituies de ensino
e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o
ensino mdio. Os cursos so ofertados pelas instituies pblicas de ensinoe o atendimento ao estudante realizado em escolas-polo integrantes das
redes pblicas municipais e estaduais.
O Ministrio da Educao, as instituies pblicas de ensino tcnico, seus
servidores tcnicos e professores acreditam que uma educao profissional
qualificada integradora do ensino mdio e educao tcnica, capaz de
promover o cidado com capacidades para produzir, mas tambm com auto-
nomia diante das diferentes dimenses da realidade: cultural, social, familiar,
esportiva, poltica e tica.
Ns acreditamos em voc!
Desejamos sucesso na sua formao profissional!
Ministrio da Educao
Janeiro de 2010
Nosso contato
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e-Tec Brasil5
Indicao de cones
Os cones so elementos grficos utilizados para ampliar as formas de
linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual.
Ateno:indica pontos de maior relevncia no texto.
Saiba mais: oferece novas informaes que enriquecem o
assunto ou curiosidades e notcias recentes relacionadas ao
tema estudado.
Glossrio:indica a definio de um termo, palavra ou expresso
utilizada no texto.
Mdias integradas: sempre que se desejar que os estudantes
desenvolvam atividades empregando diferentes mdias: vdeos,
filmes, jornais, ambiente AVEA e outras.
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes
nveis de aprendizagem para que o estudante possa realiz-las e
conferir o seu domnio do tema estudado.
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Sumrio
Palavra do professor-autor 9
Apresentao da disciplina 11
Projeto instrucional 13
Aula 1 Definies bsicas e legislaes 151.1 Segurana do trabalho 15
1.2 SESMT e CIPA 16
1.3 Acidente de trabalho 16
1.4 Diviso do acidente de trabalho 171.5 Incidente 18
1.6 Consequncias dos acidentes 18
1.7 Definies bsicas 19
1.8 Comunicao de acidente de trabalho 20
1.9 Causas de acidentes do trabalho 20
1.10 Estatsticas de acidentes 21
Aula 2 Normas Regulamentadoras 29
2.1 Normas Regulamentadoras NR 29
Aula 3 Riscos ambientais e a legislao 353.1 Higiene do trabalho 35
3.2 Riscos ambientais 35
3.3 Fatores geradores de acidentes no trabalho 46
3.4 Legislao 48
Aula 4 Mapa de riscos ambientais 534.1 Inspeo de segurana 53
4.2 Mapa de riscos 56
Aula 5 Comisso Interna de Preveno de Acidentes 635.1 CIPA 63
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Mecnica dos Fludose-Tec Brasil 8
Aula 6 Preveno e combate a incndios 696.1 Tcnicas de preveno e combate ao princpio de incndio 69
6.2 Quadro resumo de tipo de extintores 77
Aula 7 Equipamentos de proteo individual e coletiva 817.1 Equipamentos de proteo 81
7.2 Classificao dos EPI 83
Aula 8 Sinalizao de segurana 898.1 Cor na segurana do trabalho 89
8.2 Palavras de advertncia 98
8.3 Sinalizao 98
Aula 9 Primeiros socorros 103
9.1 Primeiros socorros ou socorro bsico de urgncia 1039.2 Ferimentos 104
9.3 Queimaduras 105
9.4 Hemorragia 107
9.5 Leses de ossos, articulaes e msculos 109
9.6 Desmaio 111
9.7 Estado de choque 112
9.8 Choque eltrico 112
9.9 Corpo estranho nos olhos e ouvidos 1139.10 Convulso 114
9.11 Parada cardaca e respiratria 114
9.12 Afogamento 117
9.13 Leses na coluna 117
9.14 Transporte de acidentados 118
9.15 Insolao 120
9.16 Intermao 120
9.17 Envenenamento e intoxicao 121
9.18 Animais peonhentos e mordedura por animais 123
Referncias 127
Currculo do professor-autor 128
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Palavra do professor-autor
No mundo moderno e competitivo, as relaes entre empresas e colaboradores
deixaram de ser consideradas simplesmente relaes de trabalho e passaram a
ter um enfoque mais amplo, implicando uma gesto total. Isto no s envolve
compromissos financeiros, mas qualidade de vida e de trabalho, passando,
tambm, pela promoo da qualidade global que abrange aes sistemticas
na preservao do homem, do ambiente, da comunidade e da empresa.
As empresas que convivem, despreocupadamente, com passivos ocupacionais
decorrentes de acidentes de trabalho e que ainda consideram a questo da
Segurana e Sade Ocupacional como mero imperativo legal, no sobreviveroaos novos tempos. A produtividade e a competitividade foram as empresas a
superarem o paradigma tecnolgico, obrigando-as a buscar novas tecnologias
e incremento nas atividades.
A rea de Sade e Segurana Ocupacional, nas empresas modernas, est
sendo considerada estratgica na ao de crescimento e desenvolvimento.
Est totalmente integrada aos processos e mtodos de trabalho, na busca da
competitividade, qualidade e melhoria das condies de vida dos trabalhado-
res, por atuar, no apenas, na adequao de mtodos e processos, mas na
criao de uma cultura prevencionista.
O Brasil, nos ltimos anos, programou aes que permitiram melhorar o
cenrio estatstico no que se refere aos acidentes do trabalho e suas consequ-
ncias danosas que afetam todos os envolvidos no mundo do trabalho. Essas
aes envolveram aspectos no s de legislao e fiscalizao, mas tambm
da implantao de preceitos e valores prevencionistas, com a colaborao
de profissionais capacitados e habilitados da rea de Sade e Segurana
Ocupacional.
O desafio continua o de superar preceitos e paradigmas antigos, estimulando
as empresas e trabalhadores a perceberem a importncia do estabelecimento
de aes preventivas, no s por obrigatoriedade legal, mas como um com-
promisso insubstituvel com a qualidade de vida, com a produtividade, com
o lucro e com a sobrevivncia.
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Mecnica dos Fludose-Tec Brasil 10
O objetivo geral dessa disciplina oportunizar aprendizagens necessrias para
a formao de profissionais que promovam, aps anlise, o planejamento e o
controle de aes de educao preventiva, buscando a implantao de aes
que visem preservao da integridade fsica e segurana nas atividades
ocupacionais, atravs da utilizao de tecnologias, mtodos e habilidadesespecficas. Alm disso, objetivamos possibilitar ao aluno domnio e conhe-
cimentos nas diversas reas da Segurana do Trabalho, permitindo-lhe atuar,
com eficincia, no desenvolvimento de suas potencialidades no decorrer de
suas atividades profissionais.
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e-Tec Brasil11
Apresentao da disciplina
A disciplina de Higiene e Segurana do Trabalho tem como objetivo principal
proporcionar conhecimentos prevencionistas bsicos aos alunos, de forma
que eles possam exercer suas atividades profissionais de maneira segura e
consciente. Para tanto, apresentamos tpicos relacionados preveno de
acidentes para dar suporte s aes prevencionistas.
Explore conosco as pginas a seguir e faa parte desse seleto grupo que exe-
cuta suas aes de maneira responsvel, sem colocar em risco sua integridade
fsica e a dos demais colegas, zelando pelo sucesso de seu grupo de trabalho
e da empresa onde exerce suas atividades.
Juntamente com os conhecimentos bsicos apresentados, voc ser convidado
a explorar com mais profundidade os contedos de interesse, navegando por
sitesindicados no material didtico.
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Disciplina:Segurana do Trabalho (carga horria: 30h).
Ementa: Definies Bsicas e Legislaes, Normas Regulamentadoras, Riscos
Ambientais, Mapa de Riscos Ambientais, CIPA, Preveno e Combate a Incn-
dios, Equipamentos de Proteo Individual e Coletiva, Sinalizao de Segurana
e Primeiros Socorros.
AULA OBJETIVOS DEAPRENDIZAGEM MATERIAISCARGA
HORRIA(horas)
1. Definiesbsicas e
legislaes
Compreender e contextualizar conceitos,definies bsicas e legislaes que
norteiam a Segurana do Trabalho.
Ambiente virtual: plataforma
moodle
Apostila Didtica
Recursos de apoio: links,exerccios.
04
2. NormasRegulamentadoras
Conhecer as Normas Regulamentadoras darea de Segurana do Trabalho.
Ambiente virtual: plataforma
moodle
Apostila DidticaRecursos de apoio: links,
exerccios.
03
3. Riscos
ambientais
Reconhecer os agentes presentes no
ambiente de trabalho que podem trazerprejuzo sade e qualidade de vida do
trabalhador na empresa.Identificar os fatores geradores de
acidentes no trabalho.
Ambiente virtual: plataformamoodle
Apostila DidticaRecursos de apoio: links,exerccios.
04
4. Mapa de riscos
ambientais
Reconhecer os riscos presentes nas
atividades profissionais.Elaborar um mapa de riscos ambientais,
reconhecendo os riscos presentes noambiente de trabalho.
Ambiente virtual: plataformamoodle
Apostila Didtica
Recursos de apoio: links,exerccios.
03
5.Comisso Interna
de Preveno deAcidentes
Compreender a constituio da Comisso
Interna de Preveno de Acidentes (CIPA) esuas finalidades.
Ambiente virtual: plataforma
moodle
Apostila DidticaRecursos de apoio: links,
exerccios.
03
6. Prevenoe combate a
incndios
Identificar os procedimentos a seremadotados na ocorrncia de um princpio deincndio e as atitudes a serem tomadas.
Identificar o tipo de fogo e o tipo de agenteextintor.
Ambiente virtual: plataformamoodle
Apostila Didtica
Recursos de apoio: links,exerccios.
03
Projeto instrucional
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Mecnica dos Fludose-Tec Brasil 14
AULA OBJETIVOS DEAPRENDIZAGEM MATERIAISCARGA
HORRIA(horas)
7. Equipamentos
de proteoindividual e
coletiva
Conhecer os equipamentos de proteo
individual e coletiva como recursos que
ampliam a segurana do trabalhador.
Ambiente virtual: plataforma
moodle
Apostila Didtica
Recursos de apoio: links,exerccios.
03
8. Sinalizao de
segurana
Conhecer o emprego das cores de sinalizaode segurana nos ambientes fabris.
Identificar riscos presentes e medidaspreventivas adequadas.
Ambiente virtual: plataformamoodle
Apostila Didtica
Recursos de apoio: links,exerccios.
03
9. Primeirossocorros
Identificar medidas iniciais e imediatasdedicadas vtima de um acidente.
Ambiente virtual: plataforma
moodle
Apostila Didtica
Recursos de apoio: links,
exerccios.
04
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e-Tec Brasil
Aula 1 Definies bsicas e legislaes
Objetivos
Compreender e contextualizar conceitos, definies bsicas e
legislaes que norteiam a Segurana do Trabalho.
1.1 Segurana do trabalho
Figura 1.1: A segurana como educao constanteFonte: CTISM
A Segurana do Trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas
adotadas, visando minimizar os acidentes de trabalho, doenas ocupacionais,
bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho das pessoas
envolvidas.
Alm dessa disciplina, um Curso em Segurana do Trabalho contm outrascomo: Introduo Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho, Preveno
e Controle de Riscos em Mquinas, Equipamentos e Instalaes, Psicologia,
Comunicao e Treinamento, Administrao Aplicada ao Ambiente e s Doen-
as do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislao,
Normas Tcnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Percias, Proteo do Meio
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Ambiente, Ergonomia e Iluminao, Proteo contra Incndios e Exploses
e Gerncia de Riscos.
A Segurana do Trabalho praticada pela conscientizao de empregadores e
empregados em relao aos seus direitos e deveres. A Segurana do Trabalhodeve ser praticada no trabalho, na rua, em casa, em todo lugar e em qualquer
momento (Figura 1.1).
1.2 SESMT e CIPAO quadro de Segurana do Trabalho de uma empresa, quando necessrio,
formado de uma equipe multidisciplinar composta pelos seguintes profissionais:
Tcnico de Segurana do Trabalho, Engenheiro de Segurana do Trabalho,
Mdico do Trabalho, Enfermeiro de Segurana do Trabalho e Auxiliar em
Enfermagem do Trabalho. Esses profissionais formam o que chamamos deSESMT Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medi-
cina do Trabalho.
A Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA, composta por
representantes do empregador e dos empregados tem a responsabilidade de
auxiliar o SESMT nas atividades prevencionistas.
1.2.1 Legislaes que norteiam a Seguranado Trabalho
A Segurana do Trabalho definida por normas e leis. No Brasil a Legislao
de Segurana do Trabalho baseia-se na Constituio Federal, na Consolida-
o das Leis do Trabalho (CLT), nas Normas Regulamentadoras e em outras
leis complementares como portarias, decretos e convenes internacionais
da Organizao Internacional do Trabalho (OIT) e Organizao Mundial da
Sade (OMS).
1.3 Acidente de trabalho
1.3.1 Conceito prevencionista qualquer ocorrncia no programada, inesperada que interfere e/ou inter-rompe o processo normal de uma atividade, trazendo como consequncia
isolada ou simultnea, danos materiais e/ou leses ao homem.
Para leitura de legislaes gerais,acesse osite:
http://www.presidencia.gov.br/legislacao/
www.higieneocupacional.com.br
Para informaes maiscompletas sobre termos tcnicos
utilizados em segurana dotrabalho, acesse:
www.areaseg.com/segpedia/index.html#indices
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1.3.2 Conceito legal (CLT)Acidente do trabalho todo aquele que ocorre pelo exerccio do trabalho,
a servio da empresa, provocando leso corporal, perturbao funcional
doena que cause a morte, perda ou reduo permanente ou temporria de
condies para o trabalho.
So considerados acidentes do trabalho, os acidentes ocorridos durante o
horrio de trabalho e no local de trabalho, em consequncia de agresso fsica,
ato de sabotagem, brincadeiras, conflitos, ato de imprudncia, negligncia
ou impercia, desabamento, inundao e incndio.
Tambm so acidentes de trabalho os que ocorrem:
Quando o empregado estiver executando ordem ou realizando servio
sob o mando do empregador.
Em viagem a servio da empresa.
No percurso da residncia para o local de trabalho.
No percurso do trabalho para a casa.
Nos perodos de descanso ou por ocasio da satisfao de necessidades
fisiolgicas, no local de trabalho.
Por contaminao acidental do empregado no exerccio de sua atividade.
1.4 Diviso do acidente de trabalho
1.4.1 Acidente tipo ou tpicoEste tipo de acidente consagrado no meio jurdico como definio do infor-
tnio do trabalho originado por causa violenta, ou seja, o acidente comum,
sbito e imprevisto.
Exemplos: batidas, quedas, choques, cortes, queimaduras, etc.
1.4.2 Doena do trabalho a alterao orgnica que, de modo geral, se desenvolve em consequncia da
atividade exercida pelo trabalhador o qual esteja exposto a agentes ambientais
tais como, rudo, calor, gases, vapores, micro-organismos.
Para leitura da CLTacesse osite:www.higieneocupacional.com.br
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Exemplos: pneumoconioses, surdez ocupacional.
1.4.3 Acidente de trajeto o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residncia para o local
de trabalho ou vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoo, inclusiveveculo de propriedade do empregado, em horrios e trajetos compatveis.
1.5 IncidenteQuando ocorre um acidente sem danos pessoais, diz-se incidente. Para os
profissionais prevencionistas to ou mais importante que o acidente com
danos, pois indica uma condio de futuro acidente devendo, portanto, ser
analisado, investigado e sugeridas medidas para evitar sua repetio.
1.6 Consequncias dos acidentes1.6.1 Para o indivduoLeso, incapacidade, afastamento do trabalho, diminuio do salrio, dificul-
dades no sustento da famlia e at morte.
1.6.2 Para a empresaTempo perdido pelo trabalhador durante e aps o acidente, interrupo na
produo, diminuio da produo pelo impacto emocional, danos s mqui-
nas, materiais ou equipamentos, despesas com primeiros socorros, despesas
com treinamento para substitutos, atraso na produo e aumento de preo
no produto final.
1.6.3 Para o EstadoAcmulo de encargos assumidos pela Previdncia Social, aumento dos preos
prejudicando o consumidor e a economia e aumento de impostos e taxas
de seguro.
Segundo a FUNDACENTRO o custo com acidente no Brasil pode chegar a
R$ 32 bilhes por ano.
A FUNDACENTRO um portalgovernamental dedicado sade
e segurana do trabalhador.Acesse:
www.fundacentro.gov.br
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1.7 Definies bsicas1.7.1 Dias perdidosSo os dias em que o acidentado no tem condies de trabalho por ter
sofrido um acidente que lhe causou incapacidade temporria. Os dias perdidos
so contados de forma corrida, incluindo domingos e feriados, a partir doprimeiro dia de afastamento (dia seguinte ao do acidente) at o dia anterior
ao do retorno ao trabalho.
1.7.2 Dias debitadosNos casos em que ocorrem incapacidade parcial permanente, incapacidade
total permanente ou morte, aparecem os dias debitados. Eles representam
uma perda, um prejuzo econmico que toma como base uma mdia de vida
ativa do trabalhador calculada em 20 (vinte) anos ou 6000 (seis mil) dias. Para
calcular os dias debitados usa-se uma tabela existente em Norma Brasileira
na ABNT.
1.7.3 Acidente sem perda de tempo ou afastamento aquele em que o acidentado, recebendo tratamento de primeiros socorros,
pode exercer sua funo normal no mesmo dia, dentro do horrio normal
de trabalho, ou no dia imediatamente seguinte ao do acidente, no horrio
regulamentado.
1.7.4 Acidente com perda de tempo oucom afastamento
aquele que provoca a incapacidade temporria, permanente, ou morte do
acidentado.
1.7.5 Incapacidade temporria a perda total da capacidade de trabalho por um perodo limitado de tempo,
nunca superior a um ano. aquele em que o acidentado, depois de algum
tempo afastado do servio, devido ao acidente, volta executando suas fun-
es normalmente.
1.7.6 Incapacidade parcial e permanente a diminuio, por toda a vida, da capacidade para o trabalho.
Exemplos: perda de dedo, brao.
1.7.7 Incapacidade total e Permanente a invalidez para o trabalho.
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1.7.8 Empregado toda a pessoa fsica que presta servio de natureza no eventual ao empre-
gador, sob a dependncia deste e mediante remunerao.
1.8 Comunicao de acidente de trabalho um formulrio que deve ser preenchido quando ocorrer qualquer tipo de
acidente de trabalho (mesmo nos casos de doena profissional e acidentes
de trajeto).
O acidente de trabalho dever ser comunicado empresa pelo acidentado
imediatamente, quando possvel.
Isso est baseado na necessidade de que os fatores ocasionais do acidente
devem ser investigados o mais rapidamente possvel, para que todas as medidasde correo e preveno sejam prontamente tomadas, alm de imediatamente
se efetuarem os primeiros socorros ao acidentado.
A Comunicao de Acidente de Trabalho (CAT) deve ser emitida pela empresa
do acidentado em at 24 (vinte e quatro) horas aps o acidente. Em caso
de morte, a CAT deve ser emitida imediatamente, e a morte comunicada
autoridade policial.
Caso a empresa no emita a CAT, ela poder ser emitida pelo prprio aci-
dentado, por seus dependentes pelo mdico que atendeu o acidentado, pelo
sindicato da categoria ou por qualquer autoridade pblica, independente-
mente de prazo.
1.9 Causas de acidentes do trabalhoSo vrias as causas dos acidentes, sejam do trabalho, do trajeto, ou por
doenas profissionais.
Essas causas so basicamente separadas em dois grupos a saber:
1.9.1 Ato inseguro o que depende do ser humano, que, de maneira consciente ou no, provoca
dano ao trabalhador, aos companheiros e s mquinas e equipamentos (Figura 1.2).
Exemplos: improvisaes, agir sem permisso, no usar equipamento de proteo
individual (EPI), etc.
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1.9.2 Condies insegurasSo as condies que, presentes no ambiente de trabalho, comprometem a
integridade fsica e/ou a sade do trabalhador, bem como a segurana das
instalaes e dos equipamentos (Figura 1.2).
Figura 1.2: Ato (carregar itens acima de sua capacidade) + condio insegura (obstculos)Fonte: CTSM
Exemplos: falta de proteo em mquinas, defeitos em mquinas e edificaes,
instalaes eltricas, falta de espao, agentes nocivos presentes no ambiente
de trabalho, etc.
1.10 Estatsticas de acidentesPara controle e anlise do que acontece em relao aos acidentes do trabalho
so elaboradas estatsticas que podem ser mensais ou anuais e se baseiam
em normas tcnicas que permitem confrontar as estatsticas de um local com
outro local similar.
1.10.1 Coeficiente de frequncia (CF)Tambm conhecido como Taxa de Frequncia, indica o nmero de acidente
com afastamento que podem ocorrer em cada milho de horas/homenstrabalhadas.
O coeficiente de frequncia calculado pela frmula:
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1.10.2 Coeficiente de gravidade (CG)Indica a gravidade dos acidentes que acontecem na empresa, ou seja, o
nmero de dias perdidos com acidentes com afastamento em cada milho
de horas/homens trabalhadas.
O coeficiente de gravidade calculado pela frmula:
Exemplo: Em uma empresa ocorrem, num ms, quatro acidentes com afasta-
mento, nos dias 3, 14, 17 e 20; os acidentados retornaram ao servio, respec-
tivamente, nos dias 31, 24, 31 e 27. No primeiro acidentado, resultou uma
incapacidade parcial e permanente a que correspondem 300 dias debitados.
Sendo o total de horas/homens trabalhadas igual a 250.000, os coeficientesde frequncia (CF) e de gravidade (CG) sero iguais a:
Observaes: No se conta o dia do acidente (vide definio de dias perdidos);
o C.F. apresentado com 2 casas decimais; dias debitados so encontrados
na NBR 14280.
ResumoNessa aula foram relacionados alguns conceitos bsicos referentes Segu-
rana do Trabalho. Para ampliar conhecimentos, sugerimos que se acessem
ossitesindicados ou ainda se navegue pelos vrios endereos eletrnicos queapresentam contedos na rea, pesquisando nossitesde busca da internet.
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Atividades de aprendizagemPara fixar os conceitos mais importantes desta aula, resolva os exerccios a seguir:
1. So funes da Segurana do Trabalho na empresa:
a)Zelar pela integridade fsica dos trabalhadores.
b)Analisar as condies do ambiente do trabalho.
c)Minimizar o nmero de acidentes do trabalho.
d)Propor aes prevencionistas.
e)Todas as alternativas acima esto corretas.
2. NO considerado acidente de trabalho aquele que ocorrer:
a)Quando o empregado estiver executando ordem ou realizando servio sob
o mando do empregador.
b)Em viagem a servio da empresa.
c)Em atividade esportiva representando a empresa.
d)Nos perodos de descanso ou por ocasio da satisfao de necessidades
fisiolgicas, fora do local de trabalho.
e)Nas doenas de contaminao acidental do empregado no exerccio de
sua atividade.
3. SESMT significa:
a)Servio Especializado em Medicina do Trabalho.
b) Servio Especializado em Meio Ambiente do Trabalho.
c)Servio Especializado em Movimentos no Trabalho.
d)Servio Especializado em Medicina Tcnica.
e)Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho.
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d)II, III e IV somente.
e)Todas esto corretas.
6. Acidente sem danos pessoais que deve ser analisado e investigado paraevitar um acidente futuro denominado
a)Acidente de trajeto.
b)Doena profissional.
c)Acidente de trabalho.
d)Acidente laboral.
e)Incidente.
7. Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residncia para o local
de trabalho ou vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoo, inclu-
sive veculo de propriedade do empregado
a)Acidente de trajeto.
b)Doena profissional.
c)Acidente de trabalho.
d)Acidente laboral.
e)Incidente.
8. Acidente do trabalho pode provocar leso corporal, perturbao funcio-
nal, doena que cause morte, perda ou reduo permanente ou tempo-
rria para o trabalho. Para sua caracterizao necessrio que
I - Ocorra pelo exerccio do trabalho.
II - Esteja a servio da empresa.
III - Ocorra obrigatoriamente na sede da empresa.
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Est(o) correta(s):
a)I somente.
b)II somente.
c)I e II somente.
d)I e III somente.
e)Todas esto corretas.
9. Dias debitados so contabilizados sempre que ocorrer:
a)Incapacidade permanente, incapacidade total permanente ou morte.
b)Incapacidade parcial temporria.
c)Acidente com afastamento.
d)Acidente sem afastamento.
e)Incapacidade temporria em consequncia de um acidente com afasta-
mento.
10. Relacione as colunas:
(1) Acidente tpico ( ) Perda Auditiva
(2) Doena profissional ( ) Queimadura
( ) Choque eltrico
( ) Pneumoconiose (endurecimentopulmonar)
( ) Batida
( ) Queda
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11. exemplo de incapacidade permanente:
a) Gripe.
b)Corte Superficial.
c)Queda.
d)Surdez.
e)Batida.
12. Dias Perdidos so os dias em que o acidentado no tem condies de
trabalho por ter sofrido um acidente que lhe causou uma incapacidade
temporria. So contabilizados:
a) De forma corrida, incluindo domingos e feriados, a partir do dia seguinte
ao acidente, at o dia do retorno do trabalho que tambm considerado
dia perdido.
b) De forma corrida, excluindo os domingos e feriados, a partir do dia se-
guinte ao acidente, at o dia do retorno do trabalho que tambm
considerado dia perdido.
c) De forma corrida, incluindo domingos e feriados, a partir do dia do aci-
dente, at o dia anterior ao dia de retorno ao trabalho.
d) De forma corrida, excluindo os domingos e feriados, a partir do acidente,
at o dia anterior ao dia de retorno ao trabalho.
e) De forma corrida, incluindo domingos e feriados, a partir do dia seguinte
ao acidente, at o dia anterior ao dia de retorno ao trabalho.
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13. Relacione as colunas:
(1) Ato inseguro ( ) Improvisao.
(2) Condio insegura ( ) Agir sem permisso.
( ) No utilizar o EPI fornecido.
( ) Falta de sinalizao de segurana.
( ) No cumprir normas de segurana
estabelecidas.
( ) Partes mveis de mquinas
desprotegidas.
( ) Executar servio sem capacitao
para tal.
( ) Passagens perigosas.
( ) Desnveis no piso.
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e-Tec Brasil
Aula 2 Normas Regulamentadoras
Objetivos
Conhecer as Normas Regulamentadoras da rea de Segurana do
Trabalho.
2.1 Normas Regulamentadoras NRAlm da Constituio Federal e das legislaes trabalhistas previstas na CLT, a
legislao bsica que rege a Segurana do Trabalho est contida nas NormasRegulamentadoras.
A Portaria n 3.214/78 e suas alteraes estabeleceram as Normas Regula-
mentadoras NR que devem ser observadas por empregadores e empregados
regidos pela CLT.
NR 1 Disposies Gerais: Estabelece o campo de aplicao de todas as
Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do Trabalho Urbano,
bem como os direitos e obrigaes do Governo, dos empregadores e dos
trabalhadores no tocante a este tema especfico. A fundamentao legal,
ordinria e especfica que d embasamento jurdico existncia desta NR so
os artigos 154 159 da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT).
NR 2 Inspeo prvia: Estabelece as situaes em que as empresas devero
solicitar ao Ministrio do Trabalho e Emprego MTE a realizao de inspeo
prvia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realizao.
NR 3 Embargo ou interdio: Estabelece as situaes em que as empresas
se sujeitam a sofrer paralisao de seus servios, mquinas ou equipamentos,bem como os procedimentos a serem observados pela fiscalizao trabalhista
na adoo de tais medidas punitivas no tocante Segurana e Medicina
do Trabalho.
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NR 4 Servios especializados em Engenharia de Segurana e em
Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas pbli-
cas e privadas que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem
e manterem em funcionamento Servios Especializados em Engenharia de
Segurana e em Medicina do Trabalho SESMT com a finalidade de promovera sade e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
NR 5 Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA: Estabelece
a obrigatoriedade das empresas pblicas e privadas organizarem e manterem
em funcionamento, por estabelecimento, uma comisso constituda exclu-
sivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortnios laborais,
atravs da apresentao de sugestes e recomendaes ao empregador,
para que melhore as condies de trabalho, eliminando as possveis causas
de acidentes do trabalho e de doenas ocupacionais.
NR 6 Equipamentos de Proteo Individual EPI: Estabelece e define
os tipos de EPI a que as empresas esto obrigadas a fornecer aos seus empre-
gados, sempre que as condies de trabalho exigirem, a fim de resguardar a
sade e a integridade fsica dos trabalhadores.
NR 7 Programas de Controle Mdico de Sade Ocupacional PCMSO:
Estabelece a obrigatoriedade de elaborao e implantao por parte de todos
os empregadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados,
do Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional, com o objetivo de
promoo e preservao da sade do conjunto dos seus trabalhadores.
NR 8 Edificaes: Dispe sobre os requisitos tcnicos mnimos que devem
ser observados nas edificaes para garantir segurana e conforto aos que
nelas trabalham.
NR 9 Programas de Preveno de Riscos Ambientais PPRA : Estabe-
lece a obrigatoriedade de elaborao e implantao por parte de todos os
empregadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados
do Programa de Preveno de Riscos Ambientais. Visa preservao da sadee da integridade fsica dos trabalhadores, atravs da antecipao, reconheci-
mento, avaliao e conseqente controle da ocorrncia de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, considerando a
proteo do meio ambiente e dos recursos naturais.
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NR 10 Instalaes e servios em eletricidade:Estabelece as condies
mnimas exigveis para garantir a segurana dos empregados que trabalham
em instalaes eltricas, em suas diversas etapas. Inclui elaborao de pro-
jetos, execuo, operao, manuteno, reforma e ampliao, assim como
a segurana de usurios e de terceiros em quaisquer das fases de gerao,transmisso, distribuio e consumo de energia eltrica, observando-se, para
tanto, as normas tcnicas oficiais vigentes e, na falta delas, as normas tcnicas
internacionais.
NR 11 Transporte, movimentao, armazenagem e manuseio de materiais:
Estabelece os requisitos de segurana a serem observados nos locais de tra-
balho, no que se refere ao transporte, movimentao, armazenagem e ao
manuseio de materiais, tanto de forma mecnica quanto manual, objetivando
a preveno de infortnios laborais.
NR 12 Mquinas e equipamentos:Estabelece as medidas prevencionistas
de segurana e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em
relao instalao, operao e manuteno de mquinas e equipamentos,
visando preveno de acidentes do trabalho.
NR 13 Caldeiras e vasos de presso:Estabelece todos os requisitos tc-
nico-legaisrelativos instalao, operao e manuteno de caldeiras e vasos
de presso, de modo a se prevenir a ocorrncia de acidentes do trabalho. A
fundamentao legal, ordinria e especfica que d embasamento jurdico
existncia desta NR, so os artigos 187 e 188 da CLT.
NR 14 Fornos: Estabelece as recomendaes tcnico-legais pertinentes
construo, operao e manuteno de fornos industriais nos ambientes de
trabalho.
NR 15 Atividades e operaes insalubres: Descreve as atividades, ope-
raes e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerncia, definindo,
assim, as situaes que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos
trabalhadores, ensejam a caracterizao do exerccio insalubre e, tambm, osmeios de proteger os trabalhadores de tais exposies nocivas sua sade.
NR 16 Atividades e operaes perigosas: Regulamenta as atividades e as
operaes legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendaes
prevencionistas correspondentes.
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NR 17 Ergonomia:Visa estabelecer parmetros que permitam a adaptao
das condies de trabalho s condies psicofisiolgicas dos trabalhadores,
de modo a proporcionar um mximo de conforto, segurana e desempenho
eficiente.
NR 18 Condies e meio ambiente de trabalho na indstria da cons-
truo: Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de
organizao, que objetivem a implantao de medidas de controle e sistemas
preventivos de segurana nos processos, nas condies e no meio ambiente
de trabalho na indstria da construo civil.
NR 19 Explosivos:Estabelece as disposies regulamentadoras acerca do
depsito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteo da
sade e integridade fsica dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho.
NR 20 Lquidos combustveis e inflamveis:Estabelece as disposies
regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de lquidos
combustveis e inflamveis, objetivando a proteo da sade e a integridade
fsica dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho.
NR 21 Trabalho a cu aberto: Tipifica as medidas prevencionistas rela-
cionadas com a preveno de acidentes nas atividades desenvolvidas a cu
aberto, como em minas ao ar livre e em pedreiras.
NR 22 Trabalhos subterrneos:Estabelece mtodos de segurana a serem
observados pelas empresas que desenvolvam trabalhos subterrneos, de modo
a proporcionar aos seus empregados satisfatrias condies de Segurana e
Medicina do Trabalho.
NR 23 Proteo contra incndios:Estabelece as medidas de proteo
contra incndios, que devem dispor os locais de trabalho, visando preveno
da sade e da integridade fsica dos trabalhadores.
NR 24 Condies sanitrias e de conforto nos locais de trabalho:Dis-ciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de
trabalho, especialmente no que se refere a banheiros, vestirios, refeitrios,
cozinhas, alojamentos e ao tratamento da gua potvel, visando higiene
dos locais de trabalho e proteo da sade dos trabalhadores.
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NR 25 Resduos industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem
observadas pelas empresas no destino final a ser dado aos resduos indus-
triais resultantes dos ambientes de trabalho, de modo a proteger a sade e
a integridade fsica dos trabalhadores.
NR 26 Sinalizao de segurana: Estabelece a padronizao das cores a
serem utilizadas como sinalizao de segurana nos ambientes de trabalho,
de modo a proteger a sade e a integridade fsica dos trabalhadores.
NR 27 Registro profissional do Tcnico em Segurana do Trabalho
no Ministrio do Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos
pelo profissional que desejar exercer as funes de Tcnico em Segurana do
Trabalho, em especial no que diz respeito ao seu registro profissional como
tal, junto ao Ministrio do Trabalho.
NR 28 Fiscalizao e penalidades:Estabelece os procedimentos a serem
adotados pela fiscalizao em Segurana e Medicina do Trabalho, tanto no
que diz respeito concesso de prazos s empresas para a correo das irre-
gularidades tcnicas, como tambm, no que concerne ao procedimento de
autuao por infrao s Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina
do Trabalho.
NR 29 Norma regulamentadora de segurana e sade no trabalho
porturio:Tem por objetivo regular a proteo obrigatria contra acidentes
e doenas profissionais, facilitar os primeiro socorros a acidentados e alcan-
ar as melhores condies possveis de segurana e sade aos trabalhadores
porturios.
NR 30 Norma regulamentadora do trabalho aquavirio:Regula a prote-
o contra acidentes e doenas ocupacionais objetivando melhores condies
e segurana no desenvolvimento de trabalhos aquavirios.
NR 31 Norma regulamentadora de segurana e sade no trabalho
rural:Regula aspectos relacionados proteo dos trabalhadores rurais,servio especializado em preveno de acidentes do trabalho rural, comisso
interna de preveno de acidentes do trabalho rural, equipamento de proteo
individual EPI e produtos qumicos.
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NR 32 Segurana e sade no trabalho em estabelecimentos de assis-
tncia sade: Tem por finalidade estabelecer as diretrizes bsicas para a
implantao de medidas de proteo segurana e sade dos trabalhadores
em estabelecimentos de assistncia sade, bem como daqueles que exercem
atividades de promoo e assistncia sade em geral.
NR 33 Norma regulamentadora de segurana e sade nos trabalhos
em espaos confinados:Esta Norma tem como objetivo estabelecer os
requisitos mnimos para identificao de espaos confinados, seu reconheci-
mento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurana e sade dos trabalhadores.
ResumoVimos nessa aula, os assuntos dos quais tratam as Normas Regulamentado-ras. Por apresentar uma grande quantidade de informaes, no possvel
apresentar todas as normas na ntegra.
Atividades de aprendizagem1. Relacione as colunas:
(1) NR 5 ( ) Segurana na construo civil.
(2) NR 6 ( ) Cores e sinalizao de segurana.
(3) NR 15 ( ) Comisso Interna de Preveno de Acidentes.
(4) NR 18 ( ) Proteo contra incndios.
(5) NR 23 ( ) Limites de tolerncia para agentes insalubres.
(6) NR 26 ( ) Equipamentos de proteo individual.
(7) NR 33 ( ) Segurana em espaos confinados.
Leia as NormasRegulamentadoras na ntegra em:
www.mte.gov.br
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Aula 3 Riscos ambientais e a legislao
Objetivos
Reconhecer os agentes presentes no ambiente de trabalho que po-
dem trazer prejuzo sade e qualidade de vida do trabalhador
na empresa.
Identificar os fatores geradores de acidentes no trabalho.
3.1 Higiene do trabalho a cincia que tem como objetivo reconhecer, avaliar e controlar todos os
fatores ambientais de trabalho que podem causar doenas ou danos sade
dos trabalhadores.
3.2 Riscos ambientaisConsideram-se riscos ambientais, segundo a NR 9, os agentes fsicos, qumicos
e biolgicos existentes nos ambientes de trabalho que, em funo de sua
natureza, concentrao ou intensidade e tempo de exposio, so capazes
de causar danos sade do trabalhador.
Para alguns autores, os agentes ergonmicos e os agentes mecnicos, apesar
de no estarem contemplados na NR 9 como riscos ambientais, devem ser
avaliados num ambiente de trabalho, pois tambm so considerados agentes
causadores de danos sade do trabalhador.
3.2.1 Agentes fsicos
So representados pelas condies fsicas no ambiente de trabalho, tais comorudo, calor, frio, vibrao e radiaes que, de acordo com as caractersticas do
posto de trabalho, podem causar danos sade do trabalhador. Os agentes
fsicos tm seus limites de tolerncia estabelecidos pela NR 15.
Voc encontrar uma srie deartigos relacionados Seguranae Higiene do Trabalho, nosendereoswww.segurancaetrabalho.com.br/download
http://www.higieneocupacional.com.br/downloads-diversos.php.
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3.2.1.2 Calor
Sobrecarga trmica a quantidade de energia que o organismo deve dissipar
para atingir o equilbrio trmico.
Os trabalhadores expostos a trabalhos de fundio, siderurgia, indstriasde vidro esto propensos a problemas como desidratao, cibras, choques
trmicos, catarata e outros. Esses problemas, geralmente, aparecem devido
exposio excessiva a situaes trmicas extremas com desgaste fsico que
poder tornar-se irreparvel, se medidas de controle no forem adotadas. A
exposio ao calor vai depender de variveis como a temperatura, a umidade
e a velocidade do ar, bem como do calor radiante e da atividade exercida
(Figura 3.2).
Figura 3.2: CalorFonte: CTISM
So medidas de controle para atenuar a exposio ao calor: Aclimatao
(adaptao lenta e progressiva do indivduo a atividades que o exponham ao
calor), limitao do tempo de exposio, educao e treinamento, controle
mdico e medidas de conforto trmico (ventilao, exausto), etc.
3.2.1.3 Frio
O corpo humano, quando exposto a baixas temperaturas, perde calor para
o meio ambiente. Se as perdas de calor forem superiores ao calor produzido
pelo metabolismo do trabalhador, haver a vasoconstrio na tentativa de
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doena chamada dedos brancos, ou seja, a perda da sensibilidade na ponta
dos dedos das mos.
So exemplos de vibraes localizadas as provenientes do vibrador de concreto,
do martelete pneumtico e da motosserra.
So medidas de controle para atenuar a exposio a vibraes a reduo das
vibraes das mquinas por meio de dispositivos tcnicos que limitam, tanto
a intensidade das vibraes, como a transmisso das vibraes, como o caso
dos calos e sapatas de borracha.
3.2.1.5 Radiaes ionizantes
So provenientes de materiais radioativos como o caso dos raios alfa, beta
e gama ou produzida artificialmente em equipamentos (Figura 3.4).
Figura 3.4: Radiaes ionizantesFonte: CTISM
Os raios alfa e beta possuem menor poder de penetrao no organismo,
portanto, oferecem menor risco.
Os raios x e gama possuem alto poder de penetrao no organismo, podendo
produzir anemia, leucemia, cncer e alteraes genticas.
Do ponto de vista do estudo das condies ambientais, as radiaes ioni-
zantes de maior interesse de uso industrial so os raios x, gama e beta, e de
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uso no industrial so os raios alfa e nutrons, cada um com uma faixa de
comprimento de onda.
3.2.1.6 Radiaes no ionizantes
As radiaes no ionizantes so radiaes eletromagnticas cuja energia no suficiente para ionizar os tomos dos meios nos quais incide ou os quais
atravessa. So consideradas pela legislao como no ionizantes, as radiaes
infravermelhos, micro ondas, ultravioleta e laser (Figura 3.5).
Figura 3.5: Radiaes no ionizantesFonte: CTISM
Os efeitos das radiaes no ionizantes sobre o organismo humano depen-
dem dos seguintes fatores: tempo de durao da exposio, intensidade da
exposio, comprimento de onda da radiao e regio do espectro em que
se situam.
Encontramos as radiaes no ionizantes em:
a) Raios infravermelhos
Trabalhos com solda eltrica, com solda oxiacetilnica, trabalhos commetais e vidros incandescentes, isto , que ficam da cor laranja e emitem
luz quando superaquecidos; e tambm nos fornos e fornalhas. Em tra-
balhos a cu aberto, o trabalhador fica exposto ao sol, que uma fonte
natural emissora de raios infravermelhos.
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b) Micro ondas
As micro ondas so encontradas em formas domsticas ou industrial.
Sero produzidas em estaes de radar, radiotransmisso, fornos eletr-
nicos. As micro ondas causam nos seres humanos efeitos como catarata,
inibio do ritmo cardaco, hipertenso arterial, intensificao da ativida-
de da glndula tireide, debilitao do sistema nervoso central, reduo
da capacidade do olfato, aumento da histamina no sangue e pode causar
at a morte do indivduo.
c) Ultravioleta
So produzidas na indstria em processos de solda eltrica, processos
de fotos-reproduo, esterilizao do ar e da gua, produo de luz flu-
orescente, sopragem de vidro, operaes com metal quente (acima de
1000C), dispositivos usados pelos dentistas, processos de aluminotermia
(atividade qumica com o emprego de alumnio em p), lmpadas espe-
ciais. O sol tambm emite raios ultravioleta.
Em pequenas doses (mais ou menos 15 minutos dirios de exposio ao
sol), o ultravioleta necessrio ao homem porque o responsvel pela
produo da vitamina D no organismo humano, mas em quantidades
excessivas, pode causar graves prejuzos sade.
d) Laser
Esta sigla, em ingls, vem de Light Amplification by Stimulated Emission
of Radiation que, em portugus, pode ser traduzido por: amplificao
da luz por emisso estimulada de radiao.
O laser um feixe de luz direcional convergente, isto , que se concentra
em um s ponto. muito utilizado em indstrias metalrgicas para cortar
metais, para soldar e tambm em equipamentos para medies a grandes
distncias.
Os laser so usados na indstria, na medicina, em pesquisas cientficas,
em levantamentos geolgicos e outros.
O seu maior efeito no homem sobre os olhos, podendo causar grandes
estragos na retina, que a membrana sensvel do olho, em alguns casos
irreversveis, pode provocar cegueira.
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3.2.1.7 Presses anormaisSo locais de trabalho onde o trabalhador tem de suportar a presso do
ambiente diferente da atmosfrica. As presses anormais podem causar
embolia, aneurisma, derrame. Esto relacionadas a servios de mergulho,
construo de tneis ou de fundaes submersas, de pontes, escavaes dereas de alicerces.
3.2.1.8 Umidade
Est presente em locais de trabalho onde o trabalhador desenvolve sua ati-
vidade em ambiente alagado ou encharcado, com umidade excessiva, capaz
de produzir danos sade, tais como problema de pele e fuga de calor do
organismo.
3.2.2 Agentes qumicos
Os agentes qumicos so substncias compostas ou produtos que podempenetrar no organismo humano pela via respiratria na forma de gases e
vapores, poeiras, fumos, nvoas, neblinas, ou que pela natureza da atividade
de exposio possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo humano
atravs da pele ou por ingesto.
Considerando o disposto na NR 9 e NR 15, os agentes qumicos podem ser
divididos em:
Agentes qumicos com limite de tolerncia gases e vapores: so
as substncias qumicas, cujos limites de tolerncia esto previstos no
anexo 11, da NR 15.
Agentes qumicos de avaliao qualitativa: produtos qumicos cujas
atividades e operaes so consideradas insalubres em decorrncia de
inspeo no local de trabalho e definidas pelo anexo 13, da NR 15.
Poeiras minerais: so os aerodispersides: fumos, poeiras, fibras, fuma-
as, nvoas e neblinas, representadas por partculas slidas ou lquidas em
disperso no ar, com limites de tolerncia definidos pelo anexo 12, da NR 15.
3.2.2.1 Classificao dos agentes qumicos
Os agentes qumicos podem ser classificados em:
a)Poeiras: So partculas slidas com dimetros maiores que 0,5 (meio
mcron), dispersas no ar por ao mecnica, ou seja, por ao do vento,
de lixadeiras, servios de raspagem e abraso, polimento, acabamento,
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escavao, colheita, etc.; podem causar pneumoconioses (estado mrbido
decorrente da infiltrao de poeiras instaladas que conferem endurecimento
(fibrose ao pulmo) ou ainda alergias e irritaes nas vias respiratrias.
b)Fumos: So partculas slidas dispersas no ar com dimetro inferior a 1m,originadas da condensao de gases provenientes de alguma queima, como
no processo de soldagem. Os fumos tambm podem causar pneumoconioses
ou envenenamento por metais pesados (caso do saturnismo provocado pelo
chumbo em fundies).
c)Nvoas:So partculas lquidas dispersas no ar por ruptura mecnica,
ou seja, por ao do vento, de jatos de esguicho, de spray, nvoas de
pinturas, nvoas de cido sulfrico, etc. Podem provocar efeitos diversos,
conforme a natureza do lquido disperso (pinturas a pistola Figura 3.6).
Figura 3.6: NvoaFonte: CTISM
d)Neblinas: So partculas lquidas dispersas no ar com dimetro menor que
0,5, originadas da condensao de gases provenientes de algum processo
trmico como o, cozimento de produtos alimentcios. Podem causar os
efeitos da umidade (ver riscos fsicos), ou outros efeitos diversos, em razo
da natureza do lquido que foi evaporado. Por exemplo, uma neblina decidos pode se formar dentro de um galpo de galvanizao (tratamento
superficial de metais), irritando os olhos, a pele e as vias respiratrias das
pessoas.
e)Gases: So elementos ou substncias que, na temperatura normal, esto em
estado gasoso. Podem ser asfixiantes (gs de cozinha, acetileno, argnio,
gs carbnico) ou txicos (monxido de carbono, amnia, cloro).
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f)Vapores: So elementos ou substncias que, em temperaturas acima da
normal, esto em estado gasoso. Podem causar efeitos diversos, conforme
sua natureza (vapores da gasolina).
g)Substncias, compostos ou produtos qumicos em geral: Seus efeitosesto relacionados natureza de sua composio, podendo ser corrosivos,
custicos, irritantes, alergnicos, etc. Como exemplo podem-se citar os
cidos, os lcalis (soda), detergentes, desumidificantes, sabes e outros.
3.2.2.2 Penetrao dos agentes qumicos no organismoA penetrao de substncias txicas no organismo humano se d atravs de:
a)Via respiratria: Nas operaes de transformao de um produto pelo
processamento industrial, dispersam-se na atmosfera substncias, como
gases, vapores, nvoa, fumo e poeiras. o principal meio de acesso destesagentes para dentro do nosso organismo.
Exemplos: pintura, pulverizao, cidos, fumos de solda.
b)Via cutnea (pele): Por contato com a pele que absorve a substncia txica.
A pele tem vrias funes; entre elas a principal a proteo contra as
agresses externas. H vrios grupos de substncias qumicas que pene-
tram principalmente, pelos poros. Uma vez absorvida, a substncia txica
entra na circulao sangunea, provocando alteraes, as quais podero
criar quadros de anemia, alteraes nos glbulos vermelhos e problemas
da medula ssea.
c)Via digestiva: Normalmente a ingesto de substncias txicas pode ser
considerada um caso acidental, sendo, portanto, pouco comum.
Os poucos casos encontrados so decorrentes de maus hbitos como roer
as unhas ou limp-las com os dentes, fumar ou alimentar-se nos locais
de trabalho.
3.2.3 Agentes biolgicosOs agentes biolgicos so micro organismos presentes no ambiente de trabalho
que podem penetrar no organismo humano pelas vias respiratrias atravs
da pele ou por ingesto.
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Figura 3.7: Agentes mecnicosFonte: CTISM
3.3 Fatores geradores de acidentes no trabalho3.3.1 Arranjo fsico inadequadoAcidentes podem ocorrer devido confuso causada pelo mau aproveitamento
do espao no local de trabalho gerado por:
Mquinas em posies inadequadas.
Materiais maldispostos.
Mveis sem boa localizao.
3.3.2 Ordem e limpeza precrias sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de ordem fsica exercem
influncias de ordem psicolgica sobre as pessoas, interferindo de maneira
positiva ou negativa no comportamento humano conforme as condies em
que se apresentam.
3.3.3 Mquinas e equipamentos sem proteoA falta de proteo pode estar presente em correias, polias, correntes, eixos
rotativos, etc.
Nesses elementos podem aparecer pontos de agarramento, ou seja, locais do
maquinrio que prendem a pessoa pelas mos ou pelas roupas, puxando-as
contra o mecanismo, causando ferimentos diversos (Figura3.8).
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Figura 3.8: Ponto de agarramento em uma furadeira de bancadaFonte: CTISM
3.3.4 Ferramentas inadequadas ou defeituosasPara cada tipo de servio deve haver uma ferramenta apropriada e em boas
condies de uso. O improviso cria uma srie de condies que levam ao aci-
dente, como exemplos de improviso: fixar um prego utilizando-se da lateral
de um alicate, abrir uma lata com uma chave de fenda.
3.3.5 Iluminao inadequadaA iluminao fraca ou ofuscante afeta a viso, colocando as pessoas em
posio de no visualizarem adequadamente o que esto fazendo.
3.3.6 Eletricidade um dos fatores de risco mais graves. A pessoa s sabe da existncia da ele-
tricidade quando j tocou no condutor (Figura 3.9), o que pode causar parada
cardaca, parada respiratria, queimaduras, fulgurao (claro ou perturbao
no organismo vivo por descarga eltrica, especialmente pelo raio).
Figura 3.9: EletricidadeFonte: CTISM
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3.3.7 Probabilidade de incndio ou explosoA maioria dos materiais nossa volta pode se tornar inflamvel ou explosivo,
dependendo de seu estado. Alm dos combustveis e explosivos bastante
conhecidos como gasolina, querosene, madeira, papel, tecidos, dinamite,
existem outros menos tradicionais como limalha de ao, farinha de trigo,acar, poeira vegetal e outros.
Quando pulverizadas, essas substncias podem formar uma mistura inflamvel
com o ar.
3.3.8 Armazenamento inadequadoUma pilha de materiais malfeita pode desabar, atingindo pessoas ou at
paredes, fazendo ruir um edifcio.
Para cada tipo de material h um modo adequado de armazenamento, quedeve ser feito por pessoas treinadas e habilitadas, seguindo as recomenda-
es previstas nas normas regulamentadoras e outras normas estabelecidas
pela empresa.
3.4 LegislaoO pagamento do Adicional de Insalubridade est previsto na Consolidao
das Leis do Trabalho em seu captulo V, ao trabalhador que exera seu ofcio
em condies de insalubridade. Essas condies esto regulamentadas na
Portaria n 3214178 do MTb, de 8 de junho de 1978, atravs da NR 15.
O art. 192 da CLT estabelece que o exerccio de trabalho em condies insa-
lubres, acima dos limites de tolerncia estabelecidos pelo Ministrio do Tra-
balho, assegura o percentual do adicional podendo variar de 10, 20 ou 40%
do salrio mnimo.
De acordo com o artigo 194, O direito do empregado ao adicional de insa-
lubridade ou de periculosidade cessar com a eliminao do risco sua sade
ou integridade fsica, nos termos dessa seo e das normas expedidas peloMinistrio do Trabalho.
O artigo 191 define que A eliminao ou a neutralizao da insalubridade
ocorrer:
Para mais detalhes acesse osite:www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto-lei/Del5452.htm
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Com a adoo de medidas que conservem o ambiente de trabalho den-
tro dos limites de tolerncia.
Com a utilizao de EPIs (Equipamentos de Proteo Individual) que di-
minuam a intensidade ou concentrao do agente agressivo abaixo doslimites de tolerncia.
3.4.1 Monitoramento das medidas de controleDe acordo com a Portaria 24, de 29 de Dezembro de 1994, as empresas so
obrigad as a implantar um Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacio-
nal PCMSO (NR 7). Essa medida, alm de monitorar as condies de sade
de cada trabalhador, permite ao empresrio verificar a eficcia das medidas
de controle da insalubridade.
ResumoNessa aula apresentamos os principais agentes ambientais presentes nos
ambientes de trabalho que podem se no forem tomadas as medidas preventi-
vas, causar danos sade e integridade fsica dos trabalhadores. Reconhecer
os agentes, quantific-los e, sobretudo, controlar a exposio dos trabalha-
dores a esses agentes condio fundamental para o exerccio profissional
com qualidade.
Atividades de aprendizagem1. Relacione as colunas:
(1) Risco fsico ( ) Poeiras
(2) Risco qumico ( ) Postura inadequada
(3) Risco biolgico ( ) Bactrias
(4) Risco de acidentes ( ) Frio
(5) Risco ergonmico ( ) Raios ultravioleta (solda arco eltrico)
( ) Nvoas de pinturas
( ) Vibraes
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( ) Vapores orgnicos (solvente, tintas)
( ) Fumos metlicos (solda)
( ) Raios infravermelhos(solda oxiacetilnica)
( ) Calor
( ) Partes mveis desprotegidas
( ) Rudo
( ) Esforo fsico intenso
( ) Empilhamento inadequado
( ) Leses por esforos repetitivos
( ) Fungos
( ) Choque eltrico
( ) Queimaduras
2. O exerccio de trabalho em condies acima dos limites de tolerncia
estabelecidos pelo Ministrio do Trabalho, denominado
a)trabalho perigoso.
b)trabalho oneroso.
c)trabalho insalubre.
d)trabalho virtuoso.
e)todas esto incorretas.
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3. O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosi-
dade cessar:
I - Com a eliminao do risco sua sade ou integridade fsica.
II - Com a adoo de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro
dos limites de tolerncia.
III - Com a utilizao de EPI que diminuam a intensidade ou concentrao do
agente agressivo abaixo dos limites de tolerncia.
Est(o) correta(s):
a)I somente.
b)I e II somente.
c)I e III somente.
d)II e III somente.
e)Todas esto corretas.
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e-Tec Brasil
Aula 4 Mapa de riscos ambientais
Objetivos
Reconhecer os riscos presentes nas atividades profissionais.
Elaborar um mapa de riscos ambientais, reconhecendo os riscos
presentes no ambiente de trabalho.
4.1 Inspeo de seguranaSo vistorias e observaes que se fazem nas reas de trabalho para descobrir
situaes de risco sade e integridade fsica do trabalhador. As inspees
de segurana so fontes de informaes que auxiliam na determinao de
medidas que previnem a ocorrncia dos acidentes de trabalho. Devem ser
aplicadas em toda extenso para proporcionar resultados compensadores.
Quando bem processadas e envolvendo todos os que devem assumir sua parte
de responsabilidade, as inspees atingem seus objetivos, que so:
Possibilitar a determinao de meios prevencionistas antes da ocorrncia
de acidentes.
Ajudar a fixar nos trabalhadores a mentalidade da segurana e da higie-
ne do local de trabalho.
Encorajar os prprios trabalhadores a agirem inspecionando o seu am-
biente de trabalho.
Melhorar o entrelaamento entre o servio de segurana e os demaisdepartamentos da empresa.
Divulgar e consolidam nos trabalhadores o interesse da empresa pela
segurana do trabalho.
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Despertar nos trabalhadores a necessria confiana na administrao e
angariar a colaborao de todos para a preveno de acidentes.
4.1.1 Modalidades de inspeo
As inspees classificam-se em:
Inspees gerais: so feitas em todos os setores da empresa e abran-
gem todos os aspectos de Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho.
til para incio de mandato dos cipeiros.
Inspees parciais: limitam-se a determinadas reas, setores ou ativida-
des, onde j se sabe que existem problemas.
Inspees de rotina: feitas pela CIPA e pelos setores de segurana e
manuteno a partir de prioridades estabelecidas, visando melhor or-ganizao do trabalho. Tambm so assim classificadas, as inspees fei-
tas pelos prprios trabalhadores em suas mquinas e ferramentas.
Inspees peridicas: so feitas normalmente pelos setores de manu-
teno e engenharia e se destinam a levantar os riscos existentes em
ferramentas, mquinas, equipamentos e instalaes eltricas.
Inspees eventuais: no tm data ou perodo determinados; podem
ser feitas por vrios tcnicos e visam solucionar problemas considerados
urgentes.
Inspees oficiais: so aquelas realizadas por agentes de rgos oficiais
e das empresas de seguro.
Inspees especiais: so realizadas por tcnicos especializados com
aparelhos de teste e medio. Por exemplo, as medies de rudo am-
biental, de temperatura, etc.
4.1.2 PeriodicidadeSomente inspees sistemticas diminuem os riscos reduzindo os acidentese leses. Riscos no descobertos ou novos riscos podem estar presentes. S
atravs da vigilncia contnua, educao e treinamentos cuidadosos podem-se
descobrir prticas inseguras no trabalho, para depois serem corrigidas de
forma satisfatria.
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4.1.3 Etapas nas inspees de segurana
a)Observao
Saber observar o que se pretende ver.
Observar o lado humano e material.
Analisar dados j conhecidos e a experincia do dia-a-dia.
Procurar a colaborao das pessoas envolvidas na atividade.
Esclarecer aos envolvidos os motivos da observao.
b)Informao
Comunicar qualquer irregularidade aos responsveis.
Mostrar as irregularidades e discutir a melhor medida a adotar, e a me-
lhor atitude a ser tomada.
c) Registro
Registrar os itens observados em formulrios especiais (relatrio de ins-
peo);
Devem constar o que foi observado, o local de observao e as recomen-
daes.
d) Encaminhamento
Os registros das inspees so importantes para fins estatsticos e para
possibilitar o encaminhamento, quer seja de um pedido de reparo ou de
uma solicitao de compra.
O registro de inspeo desencadeia o processo de atendimento das so-
licitaes.
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e) Acompanhamento
Aps o registro feito e encaminhado, deve-se acompanhar o processo
at a execuo final.
4.2 Mapa de riscosMapa de riscos uma representao grfica dos pontos de riscos encontra-
dos em cada setor. uma maneira fcil e rpida de representar os riscos de
acidentes do trabalho.
utilizado para indicar todos os pontos de riscos que a CIPA encontrar e,
tornar possvel sua visualizao no ambiente por todos os trabalhadores do
local, pelo Servio de Segurana e Medicina do Trabalho, pela administrao
da empresa e at mesmo por visitantes.
4.2.1 Elaborao do mapa de riscos ambientaisA Inspeo de Segurana etapa bsica para a elaborao do mapa de riscos
ambientais.
Aps o exame desse mapa, poderemos estudar as medidas necessrias ao
saneamento daquele ambiente e elaborar o plano de trabalho, para obtermos
a implantao das medidas corretivas.
Para a elaborao do mapa de riscos, convencionou-se atribuir uma cor
para cada tipo e risco e represent-lo em crculos. Para evidenciar o grau
de risco, utilizam-se trs tamanhos:
Grande: risco grave.
Mdio: risco mdio.
Pequeno: risco leve.
Quando num mesmo ponto h a incidncia de mais de um risco de igual gra-
vidade, utiliza-se o mesmo crculo, dividindo-o em partes, conforme exemplo
(Figura 4.1).
Para saber mais sobremapa de riscos, acesse:
www.areaseg.com/sinais/mapaderisco.html
www.saudeetrabalho.com.br/download/mapa-comsat.pdf
http://www.uff.br/enfermagemdotrabalho/mapaderisco.htm
www.segurancaetrabalho.com.br/download/mapa-ambientais.pdf
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Figura 4.1: Representao da gravidade e da cor correspondente a cada risco ambientalFonte: CTISM
4.2.2 Etapas de elaborao do mapa
a)Conhecer o processo de trabalho no local analisado:
Os instrumentos e materiais de trabalho.
As atividades exercidas.
O ambiente.
b)Identificar os riscos existentes no local analisado.
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c)Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficcia:
Medidas de proteo coletiva.
Medidas de organizao do trabalho.
Medidas de proteo individual.
Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatrios, vestirios, armrios,
bebedouro, refeitrio, rea de lazer.
d)Identificar os indicadores de sade:
Queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos
mesmos riscos.
Acidentes de trabalho ocorridos.
Doenas profissionais diagnosticadas.
Causas mais frequentes de ausncias ao trabalho.
e) Conhecer os levantamentos ambientais j realizados no local.
f)Elaborar o mapa de riscos, sobre o layout da empresa, indicando
atravs de crculo:
O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada.
O nmero de trabalhadores expostos ao risco, que deve ser anotado den-
tro do crculo.
A especificao do agente (por exemplo: qumico-slica, hexano, cido
clordrico, ou ergonmico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve seranotada tambm dentro do crculo.
A intensidade do risco, de acordo com a percepo dos trabalhadores,
que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes
dos crculos.
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Aps discutido e aprovado pela CIPA, o mapa de riscos completo ou setorial
dever ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visvel e de
fcil acesso para os trabalhadores.
No caso das empresas da indstria de construo, o mapa de riscos do esta-belecimento dever ser realizado por etapa de execuo dos servios, devendo
ser revisto sempre que um fato novo e superveniente modificar a situao de
riscos estabelecida.
4.2.3 UtilizaoUma vez preenchido o Mapa de Riscos, o mesmo dever ser analisado, obser-
vando-se:
Os riscos de maior gravidade e os que merecem prioridade no saneamen-
to das irregularidades.
Que, medida que forem sendo corrigidas as irregularidades, os crculos
indicativos do problema devem ser retirados do mapa.
Se o problema foi apenas atenuado, retira-se o crculo, substituindo-o
por outro menor, desde que a atenuao signifique reduo no risco
encontrado.
Se novos riscos forem sendo encontrados, deve-se adicionar no mapa os
crculos correspondentes.
4.2.4 Classificao dos riscosA classificao de alguns riscos ambientais est apresentada na Figura 4.2.
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Figura 4.2: Classificao dos principais riscos ocupacionais em grupo, de acordo coma sua natureza e a padronizao das cores correspondentesFonte: CTISM
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ResumoComo vimos, o Mapa de Riscos Ambientais uma ferramenta muito importante
para a segurana do ambiente industrial. Um mapa bem elaborado garante
menos riscos aos trabalhadores, gerando confiabilidade e bem estar a todos.
Atividades de aprendizagem1. Cite e explique as modalidades de inspeo de segurana.
2. Qual a utilidade de um mapa de riscos ambientais em uma indstria?
3. Atravs da ordem das etapas de elaborao do mapa descritas nessa
aula, elabore um mapa de riscos para uma industrial qualquer.
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Aula 5 Comisso Interna de Prevenode Acidentes
Objetivos
Compreender a constituio da Comisso Interna de Preveno de
Acidentes (CIPA) e suas finalidades.
5.1 CIPASignifica Comisso Interna de Preveno de Acidentes. Foi criada na dcada de
40, pelo governo federal, objetivando reduzir o grande nmero de acidentes detrabalho nas indstrias. um grupo de pessoas, constitudo por representantes
dos empregados e do empregador especialmente treinados para colaborar
na preveno de acidentes. A participao efetiva dos trabalhadores nessa
comisso um dos pilares de sustentao de qualquer programa voltado
preveno de acidentes.
A CIPA considera o fato de o acidente de trabalho ser fruto de causas que
podem ser eliminadas ou atenuadas ora pelo empregador, ora pelo prprio
empregado ou, ainda, pela ao conjugada de ambos. O objetivo dessa unio
encontrar meios e solues capazes de oferecer mais segurana ao local de
trabalho e ao trabalhador.
As empresas privadas e pblicas e os rgos governamentais que possuam
empregados regidos pela Consolidao das Leis Trabalhistas CLT ficam
obrigados a organizar e manter em funcionamento uma CIPA, na qual haja
pelo menos uma pessoa com curso de CIPA.
A CIPA normatizada pela Norma Regulamentadora NR 5 e sua composi-
o baseada no nmero de funcionrios e na classe da empresa. Consta,no Quadro I da referida norma, que a CIPA deve ser constituda por processo
eleitoral. Uma vez organizada ela deve ser registrada no rgo regional do
Ministrio do Trabalho, em at 10 dias aps a eleio.
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5.1.1 Atribuies da CIPAA CIPA tem as seguintes atribuies:
Discutir os acidentes ocorridos.
Sugerir medidas de preveno de acidentes, julgadas necessrias, por
iniciativa prpria ou sugestes de outros empregados, encaminhando-as
ao Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho (SESMT)
e ao empregador.
Promover a divulgao e zelar pela observncia das normas de Segurana
e Medicina do Trabalho ou de regulamentos e instrumentos de servio,
emitidos pelo empregador.
Despertar o interesse dos empregados pela preveno de acidentes e dedoenas ocupacionais e estimul-los permanentemente a adotar com-
portamento preventivo durante o trabalho.
Promover anualmente em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de
Preveno de Acidentes de Trabalho (SIPAT).
Participar da Campanha Permanente de Preveno de Acidentes promo-
vida pela empresa.
Registrar em livro prprio as atas das reunies da CIPA e enviar cpias
mensais, ao SESMT e ao empregador.
Investigar ou participar, com o SESMT, da investigao de causas, cir-
cunstncias e consequncias dos acidentes e das doenas ocupacionais,
acompanhando a execuo das medidas corretivas.
Realizar, quando houver denncia de risco ou por iniciativa prpria e
mediante prvio aviso ao empregador e ao SESMT, inspeo nas depen-
dncias da empresa, dando conhecimento dos riscos encontrados a estese ao responsvel pelo setor.
Sugerir a realizao de cursos, treinamentos e campanhas que se julga-
rem necessrios para melhorar o desempenho dos empregados quanto
Segurana e Medicina do Trabalho.
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Preencher os Anexos I e II (Ficha de Informaes da Empresa e Ficha
de Anlise de Acidente) e mant-los arquivados, de maneira a permitir
acesso a qualquer momento, sendo de livre escolha o mtodo de arqui-
vamento.
Enviar trimestralmente cpia do Anexo I ao empregador.
Convocar pessoas, no mbito da empresa, quando necessrio, para to-
mada de informaes, depoimentos e dados ilustrativos e/ou esclarece-
dores, por ocasio da investigao dos acidentes do trabalho, e/ou outras
situaes.
ResumoA CIPA uma comisso composta por representantes do empregador e dosempregados, e tem como misso a preveno da sade e da integridade
fsica dos trabalhadores e de todos aqueles que interagem com a empresa.
Boa parte desses esforos concentram-se na conscientizao dos funcion-
rios, em todos os nveis. Sem essa conscientizao, o esforo do Servio de
Segurana e da CIPA esbarram em dificuldades intransponveis.
A Segurana do Trabalho comea com o trabalhador. Da a necessidade de
inform-lo e trein-lo atravs de cursos, palestras e textos elucidativos.
Atividades de aprendizagem1. Descreva como constituda a Comisso Interna de Preveno de Aci-
dentes (CIPA) e diga suas finalidades.
2. A sigla CIPA representa:
a)Conselho Interno de Preveno de Acidentes.
b) Comisso Interna de Preveno de Acidentes.
c)Conselho Interno Prevencionista Acidentrio.
d)Comisso Interna Prevencionista Acidentria.
e)Nenhuma das anteriores.
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3. Os representantes do empregador, participantes da CIPA so:
a)Eleitos pelos empregados.
b)Indicados pelos empregados.
c)Indicados pelo empregador.
d)Eleitos pela direo da empresa.
e)Indicados pelo Ministrio do Trabalho.
4. O mandato dos membros da CIPA, representantes dos empregados, tem
a durao de:
a)Um ano com direito a uma reeleio.
b)Dois anos com direito reeleio.
c)Um ano sem direito a uma reeleio.
d)Cinco anos.
e)Trs anos.
5. So atribuies da CIPA:
a)Discutir os acidentes ocorridos.
b)Sugerir medidas de preveno de acidentes.
c)Promover a divulgao e zelar pela observncia das normas de segurana.
d)Despertar o interesse dos empregados pela preveno de acidentes e dedoenas ocupacionais
e)Todas as alternativas anteriores esto corretas.
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6. Os representantes dos empregados, participantes da CIPA so:
a)Eleitos pelos empregados.
b)Indicados pelos empregados.
c)Indicados pelo empregador.
d)Eleitos pela direo da empresa.
e)Indicados pelo Ministrio do Trabalho.
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Aula 6 Preveno e combate aincndios
Objetivos
Identificar os procedimentos a serem adotados na ocorrncia de
um princpio de incndio e as atitudes a serem tomadas.
Identificar o tipo de fogo e o tipo de agente extintor.
6.1 Tcnicas de preveno e combateao princpio de incndio
6.1.1 Como o fogo se forma?Fogo a consequncia de uma reao qumica denominada combusto que
libera s calor ou calor e luz. Para que haja combusto ou incndio, devem
estar presentes trs elementos interligados: o primeiro o combustvel, ou
seja, aquilo que vai queimar e transformar-se; o segundo o calor que faz
comear o fogo; o terceiro o oxignio, um gs que existe no ar que respi-
ramos e que chamado comburente. Nos locais de trabalho existem esses
trs elementos essenciais ao fogo: ar (comburente) madeiras, papis, lcool,
etc. (combustvel) e chamas de maarico, lmpadas, cigarros acesos (calor).
Faltando um dos trs elementos do tringulo, no haver fogo (Figura 6.1).
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Figura 6.1: Tringulo do fogoFonte: CTISM
6.1.2 Tcnicas de preveno de incndioA proteo contra incndios comea com as medidas que a empresa e todos
que nela trabalham tomam para evitar o aparecimento do fogo. Conclui-se
que a palavra de ordem prevenir e, sendo necessrio, combater o fogo com
rapidez e eficincia. Existem algumas maneiras bsicas de evitar, combater e
eliminar incndios:
Armazenamento de material: manter sempre, se possvel, a substn-
cia inflamvel longe de fonte de calor e de comburente, como no caso
de operaes de solda e oxi-corte tubos de acetileno separados ou
isolados dos tubos de oxignio. Manter no local de trabalho a mnima
quantidade de inflamveis. Possuir um depsito fechado e ventilado para
armazenamento de inflamveis e, se possvel, longe da rea de trabalho.
Proibir que se fume nas reas onde existam combustveis ou inflamveis.
Manuteno adequada.
Instalao eltrica apropriada: fios expostos ou descascados devem
ser evitados, pois podem ocasionar curtos-circuitos que sero origem de
focos de incndio.
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Instalaes eltricas bem projetadas: instalaes eltricas mal-proje-
tadas podero provocar aquecimento nos fios e ser origem de incndios.
Pisos antifasca: em locais onde h inflamveis, os pisos devem ser anti-
fasca porque um simples prego no sapato poder ocasionar um incndio.
Manuteno de equipamentos: os equipamentos devem sofrer manu-
teno e lubrificao constantes, para evitar aquecimento por atrito em
partes mveis, criando a perigosa fonte de calor.
Ordem e limpeza: os corredores com papis e estopas sujas de leo,
graxa pelo cho, so lugares onde o fogo pode comear a se propagar,
dificultando a sua extino.
Decoraes, mveis, equipamentos de escritrio: devem merecerateno, porque podem contribuir para aumentar o volume de material
combustvel representado por mveis, carpetes, cortinas e forros falsos.
Instalao de para-raios: os incndios ocasionados por raios so bem
comuns. Todas as edificaes devem possuir proteo adequada, insta-
lando-se um sistema de para-raios.
6.1.3 Combate a incndiosMesmo que as medidas prevencionistas sejam adequadas, saber como comba-
ter o fogo tambm importante. Os incndios, em seu incio, so muito mais
fceis de se controlarem. Quanto mais rpido o ataque s chamas, maiores
sero as possibilidades de reduzi-las. A principal preocupao no ataque con-
siste em romper o tringulo do fogo: o combustvel, o comburente e o calor.
Como os incndios so de diversos tipos, as solues e os equipamentos de
combate tambm sero diferentes. Um erro na escolha de um extintor pode
tornar intil o esforo de combater as chamas ou pode piorar a situao,
aumentando-as, espalhando-as, ou criando novos focos de fogo.
6.1.4 Tipos de equipamentos para combatea incndios
Os mais utilizados so extintores, hidrantes e chuveiros automticos.
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6.1.6 Providncias a serem tomadas em casode incndio
Toda a rea deve ser evacuada.
Manter a calma, para evitar o pnico; ningum deve tentar ser heri.
Usar extintores ou os meios disponveis para apagar o fogo.
Os curiosos e as pessoas de boa vontade s atrapalham.
A brigada deve intervir e, orientada pelo chefe, isolar a rea e dar com-
bate ao fogo.
A brigada no tem todos os recursos e no domina todas as tcnicas de
combate ao fogo. Portanto, deve ser chamado, imediatamente, o Corpode Bombeiros (193).
Antes de dar combate ao incndio, deve ser desligada a entrada de fora
e ligada a emergncia.
Acionar o boto de alarme mais prximo ou telefonar para o Corpo de
Bombeiros quando no conseguir a extino do fogo.
Fechar portas e janelas, confinando o local do sinistro.
Isolar os materiais combustveis e proteger os equipamentos, desligando-os
da rede eltrica.
Comunicar o fato chefia envolvida ou ao responsvel do mesmo prdio.
Existindo muita fumaa no ambiente ou local atingido, usar um leno
como mscara (se possvel molhado), cobrindo o nariz e a boca.
Armar as mangueiras para extino do fogo, se for o caso.
Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possvel, man-
ter molhadas as roupas, cabelos e calados.
Sair dos lugares onde h muita fumaa.
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No suba, procure sempre descer pelas escadas.
No corra nem salte, evite quedas que podem ser fatais.
No tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratao.
Se suas roupas se incendiarem, jogue-se no cho e role lentamente. Elas
se apagaro por abafamento.
6.1.7 Todo incndio igual?Parece difcil pensar que algum v se preocupar com teorias sobre tipos de
incndio, quando estiver numa situao de risco. Entretanto, esse um conhe-
cimento muito importante e til porque somente conhecendo a natureza do
material que queima, poderemos descobrir a forma correta de extingui-lo e
utilizar o agente extintor adequado.
Diferentes tipos de materiais provocam diferentes tipos de incndios e requerem
tambm diferentes tipos de agentes extintores. Em funo do tipo de material
que se queima, existem quatro classes de incndios descritas a seguir (Figura 6.2):
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Figura 6.2: Quadro indicativo das classes de fogo* Com a corrente eltrica desligada a classe C se torna um fogo de classe A ou B.Fonte: CTISM
Nos fogos classe A, em seu incio, podero ser usados ainda p qumico
seco ou gs carbnico.
A extino de incndios tipo D requer a utilizao de ps especiais, de
acordo com o metal envolvido no incndio.
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Para a extino do fogo, podemos utilizar o sistema hidrulico ou os extin-
tores de incndio.
O sistema hidrulico constitudo por hidrantes, que so dispositivos exis-
tentes em redes hidrulicas, facilmente identificveis pela porta vermelhacom visor e chuveiros automticos, que so sistemas de encanamento de
gua acionados automaticamente, quando ocorre elevao da temperatura,
evitando a propagao do fogo.
6.1.8 Dicas de preveno de incndios No use cestos de lixo como cinzeiros.
No jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armrios,
mesas, prateleiras.
Respeite as proibies de fumar e acender fsforos em locais sinalizados.
Evite o acmulo de lixo em locais no apropriados.
Coloque os materiais de limpeza em recipientes prprios e identificados.
Mantenha desobstrudas as reas de e