segurança social escola de communicaçao e artes 17 de agosto 2011 karin de rooij, unicef

30
Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

102 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Segurança Social

Escola de Communicaçao e Artes

17 de Agosto 2011

Karin de Rooij, UNICEF

Page 2: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Ser criança em Moçambique…

Direito à vida (art. 6)

Direito a um nome (art. 7)

Direito à saúde e serviços de saúde

(art. 24)

Direito à educação (art. 28)

Protecção contra a exploração/abuso sexual (art. 24)

Direito a segurança social (art. 26)

Mortalidade <5 anos: 141/1,000Zambézia: 205/1,000Malária: 33% das mortes

Registo <5 anos: 31%Tete: 11%

Subnutrição crónica: 44%Cabo Delgado: 59%

44% crianças entre 13-17 anos estão no ensino primário

70% dos alunos conhecem de casos de abuso sexual nas suas escolas (MINED, 2008).

55% vivem abaixo da linha de pobreza (18 MT/dia).

52% raparigas <18 anos casadas

HIV: 11% raparigas 15-25 anos vs. 4% rapazes.

22% crianças 5-14 anos trabalham

Page 3: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

3

Conceito de pobrezaPARP defina a pobreza como: um fenómeno multidimensional, e o seu combate não se circunscreve apenas nos elementos da pobreza absoluta, ela estende-se ao conceito mais abrangente: “Impossibilidade por incapacidade, ou por falta de oportunidade de indivíduos, famílias e comunidades de terem acesso a condições mínimas, segundo as normas básicas da sociedade”.

A pobreza é multidimensional Como operacionalizá-la? Na práctica, diferentes médidas de pobreza são

utilizadas para capturar diferentes dimensões

Page 4: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Destaques de IOF

Fonte: MPD/DNEAP

2002/03 2008/09

Taxa de pobreza de consumo (%) 54.1 54.7 ↔

Desigualdade (Gini) 0.42 0.41 ↔

Posse de bens (0 - 8) 1.25 1.70 ↑

Taxa de escolarização primária líquida (%) 66.8 76.5 ↑

Taxa de escolarização secundária líquida (%) 8.2 22.0 ↑

Acceso a um posto de saúde (<45 mins a pé) 54.4 65.2 ↑

Desnutrição crónica (%) 47.1 46.4 ↔

Page 5: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Resultados IOF: Pobreza de consumo

Fonte: MPD/DNEAP

Incidência da pobreza de consumo (1996/97 – 2008/09)

Diferença, pontos %

Taxa, % 1996-97 a 2002-03 a

  1996-97 2002-03 2008-09 2002-03 2008-09Nacional 69.4 54.1 54.7 -15.3 0.8

Urbano 62.0 51.5 49.6 -10.5 -0.7

Rural 71.3 55.3 56.9 -16.0 1.4

Norte 66.3 55.3 46.5 -11.0 -9.3

Centro 73.8 45.5 59.7 -28.3 14.2

Sul 65.8 66.5 56.9 0.7 -8.2

Niassa 70.6 52.1 31.9 -18.5 -20.0

Cabo Delgado 57.4 63.2 37.4 5.8 -25.2

Nampula 68.9 52.6 54.7 -16.3 1.0

Zambezia 68.1 44.6 70.5 -23.5 26.2

Tete 82.3 59.8 42.0 -22.5 -18.3

Manica 62.6 43.6 55.1 -19.0 11.5

Sofala 87.9 36.1 58.0 -51.8 21.6

Inhambane 82.6 80.7 57.9 -1.9 -22.8

Gaza 64.6 60.1 62.5 -4.5 2.4

Maputo Provincia 65.6 69.3 67.5 3.7 2.5

Maputo Cidade 47.8 53.6 36.2 5.8 -16.0

Page 6: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Resultado IOF: Pobreza não monetária

Fonte: MPD/DNEAP

Posse de bens duráveis pelos agregados familares

Page 7: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Resultado IOF: Pobreza não monetária

Fonte: MPD/DNEAP

Proporção da população (> 5 anos) a estudar

37.330.8

37.5

30.7

35.7

27.3

30.123.9

44.041.8

48.441.5

40.832.6

0 10 20 30 40 50

Nacional

Sul - rural

Centro - rural

Norte - rural

Sul - urbano

Centro - urbano

Norte - urbano

IAF02 IOF08

Page 8: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Resultado IOF: Pobreza não monetária

Fonte: MPD/DNEAP

% agregados familiares (2002/03 – 2008/09)

53.6

48.8

47.6

35.0

69.7

31.5

78.7

92.0

76.3

88.8

75.4

86.3

0 20 40 60 80 100% agregados

Sul - rural

Centro - rural

Norte - rural

Sul - urbano

Centro - urbano

Norte - urbano

IOF08IAF02

IOF08IAF02

IOF08IAF02

IOF08IAF02

IOF08IAF02

IOF08IAF02

36.3

38.6

27.1

21.7

32.3

25.7

77.5

56.6

62.2

62.7

49.1

55.0

0 20 40 60 80% agregados

Sul - rural

Centro - rural

Norte - rural

Sul - urbano

Centro - urbano

Norte - urbano

IOF08IAF02

IOF08IAF02

IOF08IAF02

IOF08IAF02

IOF08IAF02

IOF08IAF02

Acceso a uma fonte de agúa melhoradaAcesso a um posto de saúde (<45 mins)

Page 9: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Resultado IOF: desnutrição

Fonte: MPD/DNEAP

Desnutrição moderada entre crianças menores de cinco anos (%)

Page 10: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Resultados MICS (2008): Pelo menos dois Privações Severas, por quintil

Lowest Second Middle Fourth Highest0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%91%

65%

41%33%

5%

Page 11: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Resultados MICS (2008): Desnutrição Crónica, por quintil

Lowest Second Middle Forth Highest0%

10%

20%

30%

40%

50%

60% 51% 52%47%

38%

26%

Page 12: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Resultado MICS (2008): Taxa Bruta de Escolarização Secondária, por quintil

2003 20080%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

1%3%2%

6%2%

8%5%

21%22%

49%

Lowest

Second

Middle

Fourth

Highest

Page 13: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Resultado MICS (2008): Accesso a Água e Saneamento

Total Urban Rural Wealth Quintile:

Lowest Second Middle Fourth Highest0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

48%

77%

34%

13%24%

51%59%

91%

19%

47%

6%0% 0%

8%17%

71%

Access to safe water Access to improved sanitation

Page 14: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Conclusões

Estagnação (nacional) da pobreza de consumo desde 2002

Estagnação da reducao de Inequidade (Coeficiente Gini) desde 2002

Estagnação da reducao de Desnutrição Crónica e Aguda

Melhorias significativos de pobreza não monetária Tendências positivas do longo prazo – conforme

esperado Corresponde com as areas da prioridade do Governo e

da comunidade internacional (educação, saúde etc.)

Adaptado de Fonte: MPD/DNEAP

Page 15: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Resposta do PARPCrescimento Económico Inclusivo e Reduçao de

Pobreza

Aumento de Producao e

Produtividade Agrária

Promoçao de

Emprego

Desenvolvimento Humano e

Social

Macro-economia e Gestao de Finanças

PúblicasGovernaçao

Assuntos Transversais

Page 16: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Sistema de Seguranca Social

Segurança Social Obrigatório (contributivo-INSS)

Segurança Social Complementar (contributivo-sector Privado)

Segurança Social Básica (nao contributivo-Governo)

A Segurança Social é um Direito Humano e uma ferramenta poderosa no combate à

Pobreza

Page 17: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Eixos de Segurança Social Básica

Accao Social Directo Programa Subsidio Social Básica, Programa Apoio Socila

Directa, Servicos Sociais

Accao Social Produtiva Programa de Trabalhos Públicos, Componente

Complementar aos Programas de Geracao de rendimentos (insumo, formacao, micro-credito)

Accao Social de Saúde

Accao Social de Educacao

Page 18: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Seguranca Social Básica

A Segurança Social Básica é um dos Pilares da Protecção Social em Moçambique.

Consiste em Programas que visam atenuar o impacto das vulnerabilidades e riscos que os grupos populacionais mais pobres enfrentam.

As Programas providenciam assistencia às famílias sem capacidade de, por meios próprios, sair de situação de pobreza absoluta.

Page 19: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Vulnerabilidade

Vulnerabilidades: A dependência da agricultura de subsistência com

baixos níveis de produtividade A exposição aos choques ligados a desastres

naturais e mudanças climatéricas Baixos níveis de emprego assalariado no sector

formal As flutuações de preços O alastramento do HIV e SIDA A insegurança alimentar O fraco acesso aos serviços básicos de qualidade

Page 20: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

O que são riscos?

No seu dia a dia todas as pessoas enfrentam situações de risco. Os riscos são uma constante na vida de qualquer um de nós, desde o nascimento à morte.Possibilidade que determinado acontecimento tenha lugar

Impacto negativo que o acontecimento possa gerar

A ocorrência de um risco com impacto negativo caracteriza um evento adverso ou um choque.

Riscos

Page 21: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

ConsequenciasAo nível individual: Manter se na situacao de pobreza (Re)cair na situacao de pobreza Falta de investimento no capital humano Falta de investimento na produtividade Falta de participacao na vida económica Falta de participacao na vida social

Ao nível de sociedade: Falta de crescimento económico inclusivo Falta de uma situacao de paz e estabilidade

social

Page 22: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Quadro de Seguraça Social TransformarLeis, transformaçao Social

Proteger: proporcionar

alívio de privaçao

Promover: melhorar renda e capacidades

Prevenir: prevenir privaçao depois dum choque

Page 23: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

•Impacto da Protecção Social …. o que diz a experiência Internacional

Use of Cash Transfer by Program

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Food Education Health Other Savings &Investment

South Africa OAP Zambia SCTSKenya Cash Transfer for OVC Mozambique INAS (urban)Namibia Old-Age Pension (urban) Malawi DECTMalawi FACT

Maior Parte é gasta em comida

Mas também em educação

E em saúde

Page 24: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Desenvolvimento de Capital Humano promove crescimento pro-pobre

Segurança Social

CapitalHumano

Productividade

Crescimento Pro-Pobre

Fonte: Samson, 2010

Page 25: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

… e um sistema integrado resulta num efeito multiplicador, inclusao social e equidade

Pobreza e Vulnerabilidade (Os mais pobres e vulneráveis: ultimo quintil de pobreza)

Saúde Assistencia partos

Institucionais

HIV Nutrição PVHS

Educação Distribuição livros,

alimentacao escolar, transferencias de renda,

bolsas de estudo

Proteccao Social - Transferencias Sociais (com bonus para

Educacao) - Subsidio de INsumos - Trabalhos Públicos & Micro-credito - Seguros (social, colheita, gado) - Sistema de Poupanca Communitario &

Emprestimos - - Insurance programmes (social, crop,

livestock) -

Protecção de Criança

contra abuso e negligencia, apoio

psycho social

Água e Saneamento

- ACCESSO AS SERVICOS - TRAMPOLINA - LIGACOES

Desenvolvimento da Primeira

Infancia

DEMAND

A

OFERTASUPPLY

Política Social

Quadro das politicas, legal, regulatório

Coleccao de dados & análise

Sistema de Gestao de Informação

Tecnologia

Pesquisa

M&A

Advocacia

Communicação para Desenvolvimento

Nutrição Micro nutrientes

Resposta as Calamidades

Fonte: Mayke Huijbregts

Page 26: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Seguranca Social melhora participacao no mercado de trabalho e emprego formal

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Out of LF Unemp., nosearch

Unemp.,searching

Employed

Labor force status, March 2005

CSG households Non-CSG households

n=3462 n=1795Fonte: Samson, 2010

Page 27: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Seguranca Social tem um impacto multiplo…

Segurança Social

Pobreza e inequidade

Indice de Pobreza, Indices de profundidade e severidade de pobreza e Coeficiente de Gini

Capital Humano Nutrição, Educação, Saúde

Gestão das Calamidades Ex post e Ex ante

Coesão Social Reconstrução National, Inclusão, Equidade, Paz

Macro-economia Resposta a Crise, Restructuração Económica

Fonte: Samson 2010

Page 28: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

• O Programa da Rede de Segurança Produtiva na Etiópia melhorou o consumo diário de calorias em 10%, aumentou a utilização do crédito agrícola em 12%, o uso de fertilizantes em 11% e de sementes melhoradas em 5%

• Está previsto que as crianças com mães beneficiárias do Subsídio de Apoio à Criança na África do Sul serão 3,5 cm mais altas quando forem adultas

• No sistema de transferência de dinheiro do Malawi, as novas matrículas escolares foram duas vezes superiores em termos de participação dos agregados familiares (8,3% vs 3,4%) no período de um ano

• A avaliação do Programa Bolsa-Família de Brasil é amplamente favorável, pois ele retira da extrema pobreza 4,3 milhões das 12,5 milhões famílias atendidas e foi considerado responsável por 21% da redução de desigualdade registada no Brasil (mensurada para o período 2004-2006

Qual foi o impacto ao nivel internacional?

Page 29: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Espaço Fiscal de Moçambique

Baseado nas mais recentes projeções macroeconômicas e fiscais, na hipótese de eliminação total do subsidio aos combustíveis, repriorizacao das despesas, e de ganho continuo de receitas :

Espaço Fiscal adicional para assistência social entre 1 e 1.5 % do PIB.

Page 30: Segurança Social Escola de Communicaçao e Artes 17 de Agosto 2011 Karin de Rooij, UNICEF

Com um investimento na Segurança Social, podemos todas estar no topo do mundo

Muito Obrigada