seguranca e equipamentos compatíveis com irmn

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Seguran¸ca e Equipamentos Compat´ ıveis em IRMN Universidade de S˜ ao Paulo - FFCLRP - DF Introdu¸ ao ` a Imagens por Ressonˆ ancia Magn´ etica Mardegan A.; Oliveira, A. L.; Senra Filho, A. C. S. Kajihara, D.; Rodrigues, E. M.; Faria, E. P. Ribeir˜aoPreto 13/06/2011

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Resumo sobre Segurança e Equipamentos Compatíveis em IRMN. Desenvolvido durante a discipina de Ressonância Magnética ministrada para o curso de Física Médica da USP campus Ribeirão Preto.

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Page 1: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

Seguranca e Equipamentos Compatıveis em

IRMNUniversidade de Sao Paulo - FFCLRP - DF

Introducao a Imagens por Ressonancia Magnetica

Mardegan A.; Oliveira, A. L.; Senra Filho, A. C. S.

Kajihara, D.; Rodrigues, E. M.; Faria, E. P.

Ribeirao Preto

13/06/2011

Page 2: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

Sumario

1 Panorama Geral 5

1.1 Seguranca e Compatibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

1.1.1 Seguranca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

1.1.2 Compatibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

2 Normas de Seguranca 7

2.1 Estabelecer, implementar e manter polıticas de seguranca

atual MR e Procedimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

2.2 Problemas do campo magnetico estatico: Restricao de Acesso

ao Local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

2.2.1 Zoneamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

2.3 Pessoal RM e do Pessoal nao-RM . . . . . . . . . . . . . . . . 15

2.4 Pacientes e funcionarios nao-RM: Triagem . . . . . . . . . . . 16

2.5 RM selecao de pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

2.6 Dispositivo de rastreamento de objetos . . . . . . . . . . . . . 20

2.7 Tecnologos RM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

2.8 Questoes relacionadas com a gravidez . . . . . . . . . . . . . . 22

2.8.1 Os cuidados de saude gestacoes praticante . . . . . . . 22

2.8.2 Gravidez: Paciente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

2.9 Seguranca Pediatrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

2.9.1 Sedacao e monitoramento de problemas . . . . . . . . . 25

2.10 Triagem: Questoes Pediatrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

2.11 Seguranca da famılia que acompanha paciente . . . . . . . . . 27

2.12 Variavel no tempo Gradiente do Campo Magnetico: Problemas

Relacionados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

2.12.1 Tensoes induzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

2

Page 3: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

2.13 Consideracoes Auditivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

2.14 Assuntos Termicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

2.15 Uso de Drogas e Pastilhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

2.16 Problemas Relacionados Criogenia . . . . . . . . . . . . . . . . 31

2.17 Claustrofobia, Ansiedade, Sedacao Analgesica e Anestesia . . . 32

2.18 Seguranca de Agentes de Contrastes . . . . . . . . . . . . . . . 32

2.18.1 Administracao de agente de contraste . . . . . . . . . . 32

2.18.2 Reacao de agente de contraste . . . . . . . . . . . . . . 33

2.19 Doenca renal, agentes de contraste a base de gadolınio MR e

A fibrose nefrogenica sistemica (FNS) . . . . . . . . . . . . . . 34

2.20 Pacientes que nao tem ou podem ter clips para aneurismas

intracranianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

2.21 Pacientes nos quais nao tem ou podem ter Marcapasso

Cardıacoo ou Desfibrilador Implantavel . . . . . . . . . . . . . 37

2.22 Prontidao de Emergencia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

3 Uma Referencia de Seguranca: MRI Safety 40

3.1 Lista de Informacoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

3.2 Definicoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

3.3 Terminologias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

3.3.1 MR Conditional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

3.3.2 MR Conditional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

3.3.3 MR Unsafe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

4 Estudo de Caso: Estimulacao Cardıaca 45

4.1 Dispositivos de Estimulacao Cardıaca: . . . . . . . . . . . . . 45

4.2 Marcapasso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

4.3 Desfibriladores cardioversores implantaveis . . . . . . . . . . . 46

3

Page 4: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

4.4 Dispositivos atuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

4.5 Danos - danos possıveis e revisao da literatura sobre cada caso 47

4.6 Efeitos Biologicos e Tecnicos em IRMN . . . . . . . . . . . . . 48

4.6.1 Movimento de materiais ferromagneticos em campo

magneticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

4.6.2 Aquecimento das regioes proximas ao eletrodo . . . . . 49

4.6.3 Alteracoes no ritmo cardıaco . . . . . . . . . . . . . . . 50

4.6.4 Alteracoes nas funcoes dos dispositivos . . . . . . . . . 50

4.6.5 Distorcoes na Imagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

4.7 SAR - definicao, medida, limites, influencia . . . . . . . . . . . 52

4.8 IRM - Porque e indicada para o caso especıfico de imagem

toracica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

4.9 Campo - diferenca das intensidades, qual e o mais indicado e

por que . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

4.10 Conclusao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

4

Page 5: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

1 Panorama Geral

A utilizacao de aparelhos dignostico de ressonancia magnetica tem

sido amplamente difundida pelo mundo devido ao seu grande potencial de

aplicacoes biomedicas e seu metodo nao invasivo e, relativamente, seguro.

Mas, o conceito de seguranca esta vinculado, em primeira analise, ao nao

uso de radiacoes ionizantes. Todavia, ha outras interacoes que ocorrem

durante um procedimento clınico que devem ser controladas para que nao

tenha efeitos nocivos ao paciente e nem para os trabalhadores que aplicam

as tecnicas de IRMN.

A ANVISA (Agencia de Vigilancia Sanitario) cuida para a regularizacao

de clınicas que utilizam aparelhos de IRMN. A norma que limita e define

as grandezas de controle, que sao utilizadas no Brasil, sao regulamentadas

por orgaos de controle internacionais, como exemplo as normas, que serao

analisadas a seguir, dadas por:

Para Campos de Alta frequencia: IEEE Standard for Safety

Levels with Respect to Human Exposure to Radio Frequency

Eletromagnetic Fields, 3 kHz to 300 GHz.

Para Campos de Baixa Frequencia: IEEE Standard for

Safety Levels with Respect to Human Exposure to Radio Frequency

Eletromagnetic Fields, 0-3 kHz.

A ANVISA nao cria suas proprias normas para a regulamentacao em

ambito nacional de aparelhos de ressonancia magnetica. Ha o estudo

de normas internacionais que se enquadram, nos limites de aplicabilidade

pratica e socioeconomica, no quadro nacional e assim ha a adocao de tais

procedimentos de seguranca e controle. Em primeira analise iremos expor os

fatores que definem a seguranca e a compatibilidade de aparelhos biomedicos

5

Page 6: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

para os procedimentos clınicos de ressonancia magnetica. Veja os assuntos

discutidos na secao 1.1.

Os perigos que sao relacionados com o uso de ressonancia magnetica

esta vinculado com fatores que envolvem o campo estatico B0, o campo de

gradiente e campos de radiofrequencia de excitacao. Pode haver interacoes

com risco a seguranca com aparelhos medicos, condutores e materiais

ferromagneticos.[3] Manter as condicoes de seguranca em RM e um desafio

diario para a equipe de trabalhadores da unidade de RM. Os tipos de

aparelhos medicos e dispositivos biomedicos sao pouco documentados e

aumentam sua utilizacao a cada semana, o que acaba por dificultar e

aumentar a responsabilidade de orgao de fiscalizacao sobre os efeitos nocisos

e danos que, podem, ser causados pela utilizacao dos mesmos em ambientes

de alto campo magnetico.

Ate o momento os efeitos causados pela utilizacao de radiacao

eletromagnetica nao ionizante tem correlacao em curta duracao, ou seja, sao

de efeitos imediatos ou curtos em tempo. Mas, o uso prolongado nao tem

resultados estatısticos que comprovem o dano a longo prazo, por esta razao as

normas descrevem procedimentos de seguranca que relacionam cuidados com

efeitos que surgem de imediato ao procedimento clınico. Maiores informacoes

veja a secao 4.6

1.1 Seguranca e Compatibilidade

Segundo a norma IEEE Standard for Safety Levels with Respect to Human

Exposure to Radio Frequency Eletromagnetic Fields, 3 kHz to 300 GHz o

conceito de seguranca e compatibilidade esta descrita como:

6

Page 7: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

1.1.1 Seguranca

Este e o conceito que condiz com os limites da utilizacao de campos

magneticos intensos, tanto em magnitude como em variacao temporal, que

provocam efeitos nocivos ao ser humano. Efeitos estes sao classificados em

curto prazo, como por exemplo na inducao de despolarizacao de membrana

ou estımulo no cortex frontal o que revela uma sensacao visual momentanea.

1.1.2 Compatibilidade

Este e o conceito que condiz com a aplicacao de implantes biomedicos

metalicos que nao provocam dano ao paciente, como por exemplo o

deslocamento transversal ao ser colocado no campo magnetico ou acabar por

induzir uma distorcao muito intensa na imagem como um todo e debilitar o

diagnostico medico. Veja um exemplo disto na figura 1.

O que revela, na imagem vista, que os implantes de coluna do paciente

sao compatıveis com a ressonancia magnetica por nao oferecer um ruıdo tao

intenso ao ponto de comprometer o exame como um todo e tambem, como o

implante tem um tempo de colocacao longo (o que foi visto neste paciente)

os pinos nao iriam se deslocar ou provocar dor.

2 Normas de Seguranca

Como referencia as normas reconhecidas pela ANVISA para a aplicacao de

seguranca em ambito nacional de clınicas de ressonancia magnetica, usamos

a norma dada por [1], [2].

Existem dois grupos de discriminacao de exposicao permitida listadas nas

normas referenciadas. Esses grupos sao definidos como: grupo livre e grupo

controlado. Estao listados tabelas que definem limites de exposicao tanto de

7

Page 8: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

grupos livres como para grupos controlados.

Antes, ha a definicao de cada grupo referido acima. As definicoes sao

expostas abaixo.

LIVRE: A exposicao de indivıduos que nao tem conhecimento

ou controle da sua exposicao. Pode ocorrer em salas, corredores,

Figura 1: (a) Imagem no qual o paciente continha um aparelho dentario

movel que acabava por danificar a imagem; (b) O mesmo paciente apos a

retirada do aparelho dentario incompatıvel; (c) Outro paciente com pinos

colocados na coluna.

8

Page 9: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

ambientes livres que nao sao diretamente relacionados ao aparelho

de ressonancia magnetica.

CONTROLE: As pessoas que estao conscientes do potencial

de exposicao como uma concomitante do emprego, por outras

pessoas conscientes, ou como o resultado acidental de passagem

transitoria por areas onde a analise mostra os nıveis de exposicao

podem ser superiores aos valores da Tabela 2, mas nao devem

exceder os valores na Tabela 1.

As tabelas referenciadas acima sao as dadas em 2 e 3.

Alem destas limitacoes de exposicao maxima permitidas (MPE) [1], ha

tambem limites para SAR em cada grupo definido anteriormente.

A definicao de SAR (Specific Absorption Rate) e dada como:

A acrescimo no tempo de energia (dW ) absorvida por incremento

de massa (dm) contida no elemento de volume (dV ) dado por uma

densidade (ρ)

SAR =d

dt

(dWdm

)=

d

dt

( dWρdV

)(1)

SAR e expresso por unidade de Watts por kilograma (W/kg)

Na resolucao da FDA (Food and Drog Administration - USA) e estipulado

os limites de SAR. Veja a tabela 4 [4]

Existem riscos potenciais no MR ambiente, nao so para o paciente,

mas tambem para os familiares acompanhantes, profissionais de saude, e

outros que encontram se apenas ocasionalmente ou raramente em os campos

magneticos de scanners de MR, como seguranca ou pessoal de limpeza,

bombeiros, polıcia, etc. Ha relatos na literatura medica e mıdia impressa

9

Page 10: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

Figura 2: Tabela para Maximo Exposicao Permitida (MPE) para grupo

controlado

Figura 3: Tabela para Maximo Exposicao Permitida (MPE) para grupo livre

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Page 11: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

Figura 4: Tabela para SAR para ambos grupos

detalhando a ressonancia magnetica (MRI) incidentes negativos envolvendo

pacientes, equipamentos e pessoal, que destacou a necessidade para uma

revisao de seguranca por um grupo de especialistas. Para este efeito, o

Colegio Americano de Radiologia (ACR), originalmente formado o Blue

Ribbon Panel on MR Safety. Primeiramente constituıda (2001), a Panel

foi encarregada de revisar existentes MR praticas seguras e orientacoes e

emissao de novas conforme for apropriado para os exames de RM. Publicado

inicialmente em 2002, o ACR MR Orientacoes Praticas Seguras estabelecido

de normas industriais de fator para a seguranca e praticas responsaveis em

clınica e ambientes de pesquisa de MR. Estes foram posteriormente revista e

atualizada em Maio de 2004. Depois revisao substancial feedback do campo

e bases instaladas, bem como as alteracoes que havia acontecido em toda a

industria MR desde a publicacao da versao 2004 deste documento, a Panel

extensivamente revisou, modificou e atualizou todo o documento, no perıodo

2006-2007.

Finalmente, ha muitas questoes que impacta com a seguranca em RM

e que deve ser consideradas durante o planejamento local para a instalacao

da RM. Estas questoes nao tinha sido historicamente tratadas nas versoes

anteriores do ACR. Pela primeira vez, incluımos neste artigo, como anexos

em separado, as secoes que abordam questoes bem como, cryogen ventilacao

11

Page 12: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

de emergencia, incluindo os locais e percursos, de linhas 5 gauss , a

implantacao consideracoes, vias de acesso do paciente, etc. No entanto,

apesar sua abordagem aqui, estas questoes, e muitas outras, devem ser

revistas com profissionais mais experientes de planejamento de locais de RM

e familiarizados com a seguranca do paciente e as consideracoes do fluxo de

pacientes antes de cometer a construcao de um projeto local especıfico. Neste

sentido, contando com a ajuda de uma firma de arquitetura com experiencia

nesta area, e faze-lo no inıcio da concepcao do processo de planejamento,

pode revelar-se mais valiosos.

2.1 Estabelecer, implementar e manter polıticas de

seguranca atual MR e Procedimentos

1. Todos os locais de RM, clınica e de pesquisa, independentemente do

formato ou da intensidade do campo magnetico, incluindo as instalacoes

para fins de diagnostico, investigacao, intervencao e / ou cirurgico,

devem manter polıticas de seguranca em RM.

2. Essas polıticas e procedimentos devem ser revistos em simultaneo

com a introducao de quaisquer alteracoes significativas nos parametros

de seguranca do ambiente da RM (por exemplo, adicionando mais

rapido ou mais forte gradiente de recursos ou superior RF ciclo de

estudos) e atualizado conforme necessario. Neste processo de revisao,

as normas nacionais e internacionais e as recomendacoes devem ser

levados em consideracao antes de estabelecer diretrizes locais, polıticas

e procedimentos.

12

Page 13: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

3. Cada local de RM tera o nome de um diretor medico cujas

responsabilidades incluem assegurar que as orientacoes praticas seguras

de RM serao criadas e mantidas atualizadas e adequada para o local. E

da responsabilidade da administracao do local garantir que as polıticas

e procedimentos que resultam dessas diretrizes de seguranca de RM

serao aplicadas e cumpridas em todo o tempo por todo o pessoal do

local.

4. Os procedimentos devem ser estabelecidos para assegurar que todo

e qualquer evento adverso, incidente de seguranca MR, ou ?near

incidentes? que ocorrem no local de RM sao relatados ao diretor medico

em tempo habil (por exemplo, dentro de 24 horas ou um dia util de sua

ocorrencia) e utilizado nos esforcos de melhoria contınua da qualidade.

Deve-se salientou que a Food and Drug Administration (FDA), que

cabe aos locais tambem relatar eventos adversos e incidentes com eles

atraves do seu programa MedWatch. A ACR suporta esse requisito e

sente que ele esta no melhor interesse final de todos os locais de RM,

para criar e manter esta base de dados consolidada de tais eventos para

ajudar a todos nos aprendemos sobre eles e como melhor evitar-los no

futuro.

2.2 Problemas do campo magnetico estatico: Restricao

de Acesso ao Local

2.2.1 Zoneamento

O Local da RM e conceitualmente dividida em quatro zonas:

13

Page 14: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

Figura 5: Croqui de uma sala de IRMN com suas regioes bem definidas como

estipulado pelas normas de seguranca.

a Zona I: Esta regiao inclui todas as areas que sao livremente acessıvel

ao publico em geral. Esta area e normalmente fora do ambiente de RM

e e a area atraves da qual os pacientes, profissionais de saude e outros

empregados tem acesso ao local da RM.

b Zona II: Esta area e a interface entre o local do publico, Zona I(nao

controlada) e as Zonas estritamente controladas III e IV. Tipicamente,

os pacientes sao recebidos na Zona II e nao sao livres para se mover

ao longo da Zona II a vontade, mas sim sob a supervisao de pessoal

da RM. E na Zona II, que as respostas as questoes do historico do

paciente, as questoes de seguro medico, etc, sao normalmente obtidas.

14

Page 15: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

c Zona III: Esta area e a regiao em que o livre acesso dos individuos do

publico, objetos ferromagneticos ou equipamentos que podem resultar

em ferimentos graves ou morte como resultado da interacao entre os

indivıduos ou os equipamentos e o ambiente da RM em especıfico o

scanner. Todos os acessos a Zona III deve ser estritamente restrito, com

acesso a regioes dentro dela, controlada e sob a orientacao do pessoal

RM. Esta funcao do pessoal da RM e de responsabilidade do director

medico da RM, do pessoal de nıvel 2 da RM ou do medico responsavel

do dia para o local de RM. Na Zona III, devem ser marcadas como

sendo potencialmente perigosas a area dentro da qual a forca do campo

magnetico estatico e superior a 5 gauss.

d Zona IV: Local onde se encontra o equipamento de RM, tambem devem

ser demarcadas e claramente marcados como sendo potencialmente

perigoso devido a presenca de muito forte campos magneticos. Todas

a instalacoes de RM devem proporcionar observacao visual direta da

Zona IV, por pessoal de nıvel 2 ou medicos.Tambem deve ser indicado

por uma luz vermelha quando o equipamento estiver em funcionamento.

2.3 Pessoal RM e do Pessoal nao-RM

a Todas as pessoas que trabalham dentro no mınimo na Zona III deve ser

documentado como tendo concluıdo com sucesso, pelo menos, uma das

palestras de seguranca em RM ao vivo ou pre-gravado, apresentacoes

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Page 16: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

aprovadas pelo diretor medico de RM. Estes indivıduos devem ser

referidos como trabalhador de RM. Existem dois nıveis de pessoal RM:

1. Trabalhador nıvel 1 de RM: Aqueles que passaram no mınimo

de ensino em seguranca, para garantir a sua propria seguranca

como trabalho dentro da Zona III, serao doravante referidos como

trabalhador nıvel 1 RM.

2. Trabalhador nıvel 2 de RM: Aqueles que tem sido mais

extensivamente treinado e educado nos aspectos mais amplos de

questoes de seguranca em RM, incluindo, por exemplo, questoes

relacionadas com o potencial de carga termica ou queimaduras e

excitacao neuromuscular direta da rapida variacao de gradientes,

sera doravante referida como trabalhador de nıvel 2. E da

responsabilidade dos medicos a qualificacao desse profissional.

b Todos aqueles que nao tem cumprido o ensino ou treinamento de

seguranca e considerado como pessoa do publico.

2.4 Pacientes e funcionarios nao-RM: Triagem

a Todo individuo do publico que pretenda entrar na zona III deve passar

primeiro por um processo de rastreio de seguranca.

b As formas de processo de selecao e triagem de pacientes, pessoal do

16

Page 17: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

publico e pessoal da RM deve ser essencialmente identicas.

c Os detectores de metal O uso em ambientes MR de detectores de

metais convencionais, que nao fazem qualquer distincao entre materiais

ferrosos e nonferromagnetic nao e recomendado. As razoes para esta

recomendacao contra o uso convencional do detector de metais incluem,

entre outros:

1. Eles tem variado e ajustes de sensibilidade variavel.

2. As habilidades dos operadores podem variar.

3. Os detectores de metal convencional de hoje nao e possıvel

detectar, por exemplo, um 2 × 3 mm, potencialmente perigoso

ferromagneticos fragmento de metal na orbita ou perto da medula

espinhal ou do coracao.

4. Os detectores de metal convencional de hoje nao se diferenciam

entre ferromagneticos e nonferromagnetic objetos metalicos,

implantes ou corpos estranhos.

5. Detectores de metal nao deve ser necessario para a deteccao

de grandes objetos metalicos, tais como tanques de oxigenio na

maca com os pacientes. Esses objetos sao totalmente esperada

para ser detectado e fisicamente excluıdos durante o processo

de triagem de rotina do paciente. No entanto, sistemas de

deteccao ferromagneticos sao atualmente disponıveis, que sao

simples de operar, capaz de detectar ate mesmo pequenos objetos

ferromagneticos externos ao paciente.

17

Page 18: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

d Qualquer indivıduo submetido a uma cirurgia de RM deve remover

todos os facilmente desmontaveis objetos metalicos pessoais ou

dispositivos (por exemplo, relogios, joias corpo, telefones pagers,

celulares, piercings [se removıvel], diafragmas e itens de vestuario

que podem conter fixadores metalicos, ganchos, zıperes, solta os

componentes metalicos, ou fios metalicos). Portanto, e aconselhavel a

exigir que os pacientes ou sujeitos de pesquisa usar uma bata fornecida

pelo site, sem fechos de metal, quando viavel.

e Todos os pacientes que tem uma historia de trauma de orbita por

um potencial corpo estranho ferromagnetico para que procurasse

atendimento medico devem ter suas orbitas limpas, quer por simples

filmes de raios-X orbita ou por meio de revisao de um radiologista e

avaliacao do CT ou imagens por ressonancia magnetica.

f Os pacientes e ou voluntarios devem responder questionarios de triagem

de seguranca antes de entrar a zona III. Familiares ou responsaveis

de pacientes nao-responsivos ou de pacientes que nao pode prover

sua propria historia medica completarao o questionario de rastreio de

seguranca antes da sua introducao a zona III.

g Triagem de pacientes para os quais um exame de RM e considerada

clinicamente indicado ou necessario, mas que sao inconscientes ou

sem resposta, que nao podem fornecer suas proprias historias de

confianca quanto antes eventuais exposicoes ao trauma, cirurgia ou

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Page 19: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

objetos estranhos metalicos, e para quem tais historias nao podem ser

seguramente obtido a partir de outros seram submetidos a exames

para verificar a existencia de materiais estranhos e tambem serao

acompanhados por tecnicos no exame de RM a fim de verificar alguma

lesao termica no paciente.

h Para os implantes que estao fortemente ferromagneticos, uma obvia

preocupacao e que as forcas magneticas de translacao e rotacao sobre

o implante, que pode se mover ou deslocar o dispositivo de sua posicao

implantado. Se um implante demonstrou fracas forcas ferromagnetico

no teste formal, pode ser prudente esperar varias semanas para a

cicatrizacao fibroso que, em conjunto, pois isso pode ajudar a ancorar

o implante na posicao e ajudar a resistir a tais pouco atrativos forcas

magneticas que podem surgir em ambientes MR.

2.5 RM selecao de pessoal

Todo trabalhador em RM deve ser submetido a um processo de selecao como

parte do processo de entrevista de emprego para garantir sua seguranca

no ambiente de RM e para a protecao do individuo do publico sob a

sua supervisao, toda trabalhador deve comunicar imediatamente ao medico

qualquer trauma, procedimento ou cirurgia que experimentam ou sofreu o

qua um objeto ferromagnetico metalico ou outro dispositivo pode ter sido

introduzido dentro ou sobre ele.

19

Page 20: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

2.6 Dispositivo de rastreamento de objetos

Objetos ferrosos, incluindo aqueles trazidos pelos pacientes, visitantes,

empreiteiros, devem ser impedidos de entrar Zona III, sempre que possıvel.

Como seguranca deveria ter neste local um ima forte ( 1000gauss) para fazer

um teste externo superficial a fim de detectar algum objeto ferromagnetico.

a Todos os dispositivos portateis metalicos ou parcialmente metalico

que estao no exterior (por exemplo, cilindros de oxigenio) devem

identificados como sendo ferromagneticos ou nao, antes de permitir-los

em zona III. Para todo o dispositivo ou objeto a verificacao e

identificacao positiva deve ser por escrito. Exemplos de dispositivos que

precisam ser positivamente identificados incluem extintores de incendio,

tanques de oxigenio, e clips de aneurisma.

b Dispositivos externos ou objetos que demonstraram ser ferromagneticos

e incompatıveis no ambiente de RM pode ainda, sob determinadas

circunstancias, ser posta em Zona III, se, por exemplo, eles sao

considerados necessarios pelo tecnico e adequado no atendimento ao

paciente. Eles so devem ser levados para Zona III sob a supervisao

dos trabalhadores de RM. Estes dispositivos devem ser adequadamente

protegido para assegurar que eles nao vem, inadvertidamente perto do

scanner de RM.

c Dispositivos desconhecidos, deve ser testado com um forte ıma de

mao (≥ 1000 Gauss) para as propriedades ferromagneticas antes de

20

Page 21: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

permitir-lhes a entrada para Zona III. Os resultados desses testes, bem

como a data, hora e nome do testador, e a metodologia utilizada para

esse dispositivo em particular, devem ser documentadas por escrito. Se

o dispositivo nao foi testado, ou se a sua compatibilidade MR ou status

de seguranca e desconhecida, nao deve ser permitido o acesso irrestrito

a Zona III.

d Todos os objetos metalicos portatil ou parcialmente metalica que

devem ser trazidos para Zona IV devem ser devidamente identificados

e devidamente rotulados utilizando o FDA de rotulagem. Os itens

que sao inteiramente nao-metalicos devem ser identificados com um

quadrado verde ”MR rotulo seguro”. Itens que sao ferromagneticos

devem ser claramente identificados como ”Nao MR seguro ”e rotulados

de forma adequada com os correspondentes etiqueta vermelha redonda

com um corte com ele. Objetos com um ”MR condicional”rating deve

ser afixada com uma etiqueta MR triangular amarelo condicional antes

de ser levado para a zona IV.

Figura 6: Simbolos de controle de seguranca para ressonancia magnetica.

21

Page 22: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

2.7 Tecnologos RM

1. Tecnologos em RM devem ser registrados pela ARRT (Registro

Americano de tecnologos radiologicos)). Alem disso, todos os

tecnologos em RM devem ser treinados como trabalhadores de nıvel

2 durante sua orientacao antes de ser permitido o livre acesso a zona

III.

2. Todos os tecnologos em RM vao manter a certificacao atual na

American Heart Association suporte basico de vida a nıvel profissional

de saude.

3. Exceto para a cobertura de emergencias, havera um mınimo de 2

tecnologos ou um tecnico de MR e um outro indivıduo com a designacao

do pessoal MR no imediato Zona II atraves de Zona IV ambiente MR.

2.8 Questoes relacionadas com a gravidez

2.8.1 Os cuidados de saude gestacoes praticante

Profissionais de saude gravidas tem permissao para trabalhar em torno

do ambiente de RM em todas as fases da gravidez. Atividades

aceitaveis incluem, mas nao estao limitados a, o posicionamento pacientes,

digitalizacao, arquivamento, injecao de contraste, e entrando a sala de

ressonancia magnetica em resposta a uma emergencia. Embora permitida

para trabalhar em torno do ambiente de RM, profissionais de saude que

estao gravidas serao orientadas para nao permanecer dentro do scanner de

ressonancia magnetica durante a aquisicao de dados reais ou digitalizacao.

22

Page 23: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

2.8.2 Gravidez: Paciente

Os dados presentes nao sao conclusivos sobre os efeitos deleterios da exposicao

de imagens de RM no desenvolvimento do feto. Portanto, nao ha atencao

especial e recomendada para o primeiro. No entanto, como acontece com

todas as intervencoes durante a gravidez, e prudente examinar mulheres em

idade reprodutiva para a gravidez, antes de permitir-lhes acesso a ambientes

de ressonancia magnetica. Se a gravidez for estabelecida, deve considerar-se

a reavaliacao dos riscos potenciais versus os benefıcios do estudo pendentes

para determinar se a realizacao do exame de RM solicitada pode esperar em

seguranca ate o final da gravidez.

a Gestantes podem ser aceites se submeter a exames de imagem em

qualquer fase da gravidez, a relacao risco-benefıcio para o paciente

autoriza que o estudo seja realizado. O radiologista devera conferir

com o medico assistente e do documento que se segue no relatorio da

radiologia ou prontuario do paciente:

1. As informacoes solicitadas a partir do estudo de RM nao pode ser

adquirida atraves de meios nao-ionizante (ultra-sonografia, por

exemplo).

2. Os dados sao necessarios para afetar o atendimento do paciente

ou do feto durante a gravidez.

3. O medico assistente nao sente que e prudente esperar ate que a

paciente nao esta mais gravida para a obtencao desses dados.

23

Page 24: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

b Agentes de contraste de RM nao deve ser rotineiramente aplicados

durante a gravidez pacientes. Esta decisao deve ser feita numa base caso

a caso e o medico ira avaliar a relacao risco-benefıcio para o paciente.

A decisao de administrar um contraste a base de gadolınio para

pacientes gravidas devem ser acompanhadas de uma analise de

risco-benefıcio bem documentado e pensativo. Esta analise deve ser

capaz de defender uma decisao de administrar o contraste agente com

base no benefıcio potencial enorme para o paciente ou feto superam os

riscos teoricos, mas potencialmente real de exposicao a longo prazo do

desenvolvimento do feto aos ıons do gadolınio livre.

Estudos tem demonstrado que a RM de contraste a base de gadolınio

passam a barreira placentaria e entra na circulacao fetal. De la,

eles sao filtrados nos rins fetais e entao excretados para o lıquido

amniotico. Neste local as moleculas gadolınio-quelato estao em um

espaco relativamente protegidos e podem permanecer neste lıquido

amniotico para um perıodo de tempo indeterminado antes finalmente

sendo reabsorvida e eliminada. Nao esta claro o impacto que tais ıons

livres do gadolınio podem ter se eles seriam liberados em qualquer

quantidade no fluido amniotico. Certamente, o deposito para o feto em

desenvolvimento poderia aumentar preocupacoes sobre possıveis efeitos

secundarios adversos.

O risco para o feto com a administracao de gadolınio Agentes de

contraste de RM permanece desconhecido e pode ser prejudicial.

c E recomendavel que gestantes submetidas a um exame de RM

por escrito, documentando que o consentimento informado que

24

Page 25: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

compreendem os riscos e benefıcios potenciais do processo de RM a ser

realizada, estao cientes do diagnostico alternativo, opcoes disponıveis

para eles (se houver), e desejo continuar.

2.9 Seguranca Pediatrica

2.9.1 Sedacao e monitoramento de problemas

As criancas formam o maior grupo que exige a sedacao para a RM,

grande parte devido a sua incapacidade de permanecer imovel durante

as verificacoes. Protocolos de sedacao pode variar de instituicao para

instituicao, de acordo com os procedimentos realizados (vs diagnostico

de intervencao), o complexidade da populacao de pacientes (pre-escolares

saudaveis vs prematuros), o metodo de sedacao (vs leve sedacao geral

anestesia), e as qualificacoes do prestador de sedacao. Aderencia aos

padroes de mandatos de cuidados apos a sedacao orientacoes elaboradas pela

American Academy of Pediatrics, a Sociedade Americana de Anestesiologia, e

comum Comissao de Acreditacao de Organizacoes de Saude (JCAHO). Alem

disso, os prestadores de sedacao devem cumprir os protocolos estabelecidos

pelo Estado-indivıduo e a instituicao a praticar. Estas orientacoes exigem as

seguintes disposicoes:

a Preprocedural historia clınica e exame para cada paciente

b Orientacoes de jejum adequado para a idade

c Treinamento e credenciamento de profissionais de sedacao

25

Page 26: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

d Intraprocedural e monitores pos-procedimento com adaptadores de

tamanho adequado para criancas (compatıvel com o campo magnetico)

e Metodo de observacao do paciente (janela, porta fechada)

f Equipamentos de reanimacao incluindo fornecimento de oxigenio e de

succao

g Sistema uniforme de manutencao de registros e graficos (com avaliacao

contınua e gravacao de sinais vitais)

h Localizacao e protocolo para a recuperacao e alta

i Programa de garantia de qualidade que acompanha as complicacoes e

morbidade. Para os recem-nascidos e da populacao jovem em idade

pediatrica, a atencao especial e necessaria no controle da temperatura

corporal para a hipo e hipertermia, alem de outros sinais vitais.

Controle da temperatura equipamento que esta aprovado para uso

no local de RM esta se tornando mais prontamente disponıveis.

Comercialmente disponıveis, MR-aprovado unidades de isolamento de

transporte neonatal e outros dispositivos de aquecimento tambem estao

disponıveis para uso durante exames de imagem.

2.10 Triagem: Questoes Pediatrica

As criancas podem nao ser fieis, especialmente nos casos de criancas mais

velhas e adolescentes, devem ser questionadas tanto na presenca dos pais ou

26

Page 27: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

responsaveis e, separadamente, para maximizar a possibilidade de que todos

os perigos potenciais sao revelados. Portanto, e recomendado que as criancas

sejam vestida antes de entrar Zona IV ajudar a assegurar que nenhum objeto

metalico, brinquedos, etc, inadvertidamente,encontrar o caminho para Zona

IV. Almofadas, bichos de pelucia e outros confortos itens trazidos de casa

representam riscos reais e devem ser desencorajados a entrada na zona IV.

Se for inevitavel, cada item como devem ser cuidadosamente verificados com o

poderoso ıma de mao a fim de assegurar que nao contem nenhum componente

metalico desagradavel.

2.11 Seguranca da famılia que acompanha paciente

Paciente menor de idade pode solicitar que os outros acompanham para seu

exame de RM. Aqueles que acompanham ou permanecer com o paciente

devem ser rastreados usando os mesmos criterios como qualquer outra pessoa

entrar Zona IV. Em geral, seria prudente limitar os adultos que acompanham

a um unico indivıduo. Somente um tecnico, medico responsavel MR deve

fazer excecoes criterios de selecao. Protecao para os ouvidos e assento

condicional e recomendado para acompanhar os membros da famılia dentro

da sala de RM.

2.12 Variavel no tempo Gradiente do Campo Magnetico:

Problemas Relacionados

2.12.1 Tensoes induzidas

Quais pacientes que necessitam de um cuidado extra:

Pacientes com fios implantados ou mantidos em anatomicamente ou

funcionalmente areas sensıveis (miocardio, por exemplo, ou epicardio,

27

Page 28: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

eletrodos implantados no cerebro) devem ser considerados com maior risco,

especialmente a partir de sequencias mais rapidas de ressonancia magnetica,

tais como eco-planares imagem (que pode ser utilizado em sequencias como

a sequencia difusao de imagem, a imagem funcional, cintilografia ponderada,

angiografico por RM, etc.) A decisao e delimitar a dB / dt (taxa de variacao

do campo magnetico) e forca maxima do campo magnetico dos subsistemas

de gradiente durante o exame.

2.13 Consideracoes Auditivas

1. Devem ser incentivado a usar protecao auditiva todos os pacientes e os

voluntarios que vao passar por algum exame de imagem de RM.

2. Todos os pacientes ou voluntarios, nos quais utilizarao sequencias de

pesquisa(ou seja, sequencias de ressonancia magnetica que ainda nao

tenham sido aprovados pela Food and Drug Administration), devem ter

dispositivos de protecao auditiva antes do inıcio de qualquer sequencia

de RM. Sem protecao auditiva em vigor,as sequencias de RM que

nao sao aprovados pela FDA nao deve ser realizados em pacientes ou

voluntarios.

2.14 Assuntos Termicos

1. Todos os materiais desnecessarios ou condutores devem ser removidos

do sistema RM antes do inıcio da imagem. Nao e suficiente para

apenas ”desligar”ou desconectar e deixa-lo dentro do MR scanner

com o paciente durante o exame. Todas as conexoes eletricas ou

dispositivos de monitoramento, devem ser verificados visualmente pelo

28

Page 29: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

tecnico (varredura) antes de cada utilizacao para garantir a integridade

do isolamento termico e eletrico.

2. Tensoes e correntes electricas pode ser induzida em materiais

condutores electricos que estao dentro do gerador de imagens durante o

exame de RM, isso pode resultar no aquecimento do material por perdas

resistivas. Esse calor pode ser suficiente para causar lesao ao tecido

humano. Quanto maior o potencial de tensoes induzidas ou correntes,

maior o potencial de lesao termica resultante para tecidos adjacentes.

A FDA registrou varios relatos de ferimentos graves, incluindo o coma

e a lesao neurologica permanente, em pacientes com estimuladores

neurologicos implantados submetidos a exames de imagem de RM. As

lesoes nesses casos resultaram de aquecimento das pontas dos eletrodos.

3. Quando os materiais eletricamente condutores sao obrigados a estar

dentro do furo do scanner de ressonancia magnetica com o paciente

durante a imagem latente, os cuidados devem ser tomados como colocar

isolamento termico (incluindo ar, almofadas, etc) entre o paciente e o

material eletricamente condutivo.

4. E importante para garantir os tecidos do paciente nao formar grandes

lacos condutores. Portanto, o cuidado deve ser tomado para assegurar

que os bracos do paciente ou pernas nao estao posicionados de tal

maneira a formar um de grande calibre loop dentro do gerador de

29

Page 30: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

imagens de RM durante o processo de criacao de imagens.

5. Grampos de pele superficial e suturas metalicas.

6. Para pacientes com tatuagens extensas ou escuras.

7. Como mencionado acima, foi demonstrado que o circuito de ressonancia

pode ser estabelecido durante a RM entre as energias de RF

transmitidos e comprimentos especıficos de longos fios condutores de

eletricidade ou conduz, que pode assim agir como antenas eficientes.

Isso pode resultar em aquecimento de as pontas dos fios ou leva a

temperaturas superiores a 90o C em poucos segundos.

8. O potencial para estabelecimento de aquecimento substancial e

dependente de multiplos fatores, incluindo, entre outros, o campo

magnetico estatico forca do scanner de ressonancia magnetica (como

o que determina a radiofrequenciastransmitida [RF] em que funciona

o dispositivo), o comprimento, orientacao e indutancia do condutor

eletrico no volume de RF irradiadas sendo estudado. Praticamente

todos os comprimentos de chumbo pode produziraquecimento substancial.

Inumeros fatores podem afetar o potencial de aquecimentodos tecidos

por qualquer dica dada.

Por isso, e fundamental para reconhecer que de todos os implantes

eletricamente condutivo, que e especificamente fios ou cabos, que

30

Page 31: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

representam o maior risco potencial para o estabelecimento de

deposicao de poder substancial consideracoes / aquecimento. Outra

consideracao importante e que, como um resultado direto do exposto,

ja foi demonstrado in vitro que o aquecimento de certos implantes

ou fios podem ser clinicamente insignificante em, por exemplo, 1,5

Tesla, mas bastante significativa de 3,0 Tesla. No entanto, ele tambem

tem sido demonstrada que os implantes especıficos podem mostrar

sem problemas significativos termico ouaquecimento de 3,0 Tesla, mas

podem calor clinicamente significativa ou muitosigni icativa nıveis em

segundos a, por exemplo, 1,5 Tesla.

Assim, e importante seguir diretrizes de seguranca estabelecidas, com

cuidado e precisao,aplicando-a, e apenas, a intensidade de campo

magnetico estatico em que haviam sido testadas. MR varredura em

cada mais forte e / ou mais fraco magnetica intensidades de campo do

que os testados pode resultar em aquecimento significativoem nenhum

deles tinha sido observada na intensidade do campo testado (s).

2.15 Uso de Drogas e Pastilhas

Contraste metalico em tracadores de RM.

2.16 Problemas Relacionados Criogenia

1. Para sistemas supercondutores, no caso de um sistema de tempera,

e imperativo que todo o pessoal e os doentes sejam retirados da

sala de ressonancia magnetica, o mais rapidamente possıvel e com

seguranca que o acesso ao local sera imediatamente restrito a todos os

indivıduos ate a chegada do pessoal de manutencao do equipamento.

31

Page 32: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

Isso e especialmente verdadeiro se os gases criogenicos sao observados

(aparecimento subito de branco ”nuvens”ou ”nevoa”em torno ou acima

do scanner de ressonancia magnetica). E especialmente importante

garantir que todo o pessoal de resposta de polıcia e bombeiros

sao impedidos de entrar na sala com ressonancia magnetica seus

equipamentos (machados, tanques de ar, pistolas, etc) ate que possa

ser confirmada que o campo magnetico foi dissipada com exito, porque

nao pode ainda ser um campo magnetico estatico consideravel se apesar

de um saciar saciar ou parcial do ima.

2.17 Claustrofobia, Ansiedade, Sedacao Analgesica e

Anestesia

Adultos e pacientes pediatricos, sedacao, analgesia e anestesia, por qualquer

motivo, devem ser estabelecidas e seguidas pela ACR , Sociedade Americana

de Anestesiologistas (ASA) e Normas JCAHO.

2.18 Seguranca de Agentes de Contrastes

2.18.1 Administracao de agente de contraste

Em nenhum paciente deve ser administrado agentes de contraste sem

prescricao de um medico devidamente licenciado. Tecnologos em RM

podem administrar contraste aprovados pela FDA a base de gadolınio

por via periferica IV em bolus ou como um processo lento ou contınuo

injecao, conforme indicado pelas ordens de um medico local devidamente

licenciado. A administracao destes agentes deve ser realizada de acordo

com a polıtica de ACR. A ACR aprova a injecao de contraste e nıveis de

diagnostico de radiofarmacos pelo certificado e / ou licenciados radiologico

32

Page 33: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

tecnologos e enfermeiros radiologicos, sob a direcao do medico radiologista

ou o seu representante medico, deve tambem ser previamente aprovada

por escrito pelo diretor medico do departamento de radiologia ou servico

de tais indivıduos. Tal processo de aprovacao deve seguir as polıticas e

procedimentos estabelecidos, e os tecnologos radiologicos e enfermeiros que

foram assim aprovados devem manter a documentacao de educacao medica

atualizada com materiais injetados e os procedimentos realizados.

2.18.2 Reacao de agente de contraste

a De acordo com o Manual ACR sobre meios de contraste, eventos

adversos apos a injecao intravenosa de gadolınio parecem ser mais

comum em pacientes que tiveram reacoes anteriores a um agente

de contraste de RM. Em um estudo, 16 (21%) dos 75 pacientes

que ja apresentaram reacoes adversas ao contraste reagiu as injecoes

subsequentes do gadolınio. Pacientes com asma tambem parecem ser

mais propensos a ter uma reacao adversa a administracao de uma

agente de contraste a base de gadolınio. Pacientes com alergias tambem

parecia estar em maior risco (v 2,0-3,7 vezes, em comparacao com

pacientes sem alergias).

b Atualmente, nao existem polıticas bem definidas para os pacientes

de alto risco a uma reacao adversa a Agentes de contraste em RM.

No entanto, se as seguintes recomendacoes sugeriu: pacientes que ja

reagiram a um agente de contraste pode ser injetado com um outro

agente se eles sao reestudados, e pacientes em situacao de risco podem

33

Page 34: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

ser medicadas com corticoides e, ocasionalmente, antihistamınicos.

c Todos os pacientes com asma ou com casos de doencas respiratorias

alergicas, devem ser seguidos mais de perto como eles estao em um

risco comprovadamente maior de reacao adversa

2.19 Doenca renal, agentes de contraste a base de

gadolınio MR e A fibrose nefrogenica sistemica

(FNS)

Recentemente, tem sido observado que, durante um perıodo de 4 anos, 20

pacientes na Dinamarca e cinco na Austria, desenvolveu uma doenca muito

rara que e visto apenas em pacientes com insuficiencia renal grave. Elas foram

diagnosticadas com esta doenca originalmente conhecido como fibrosante

nefrogenica dermopatia (NFD) e agora mais amplamente reconhecido como

nephrogenic fibrose sistemica (FNS). E associado com a deposicao de

tecido e aumento de colageno, muitas vezes resultando em espessamento e

endurecimento da pele e fibrose que pode acometer outras partes do corpo,

incluindo o diafragma, coracao, pulmao, vasculatura pulmonar, e musculos

esqueleticos. Nao existe cura definitiva, apesar de alguns relatos existem,

pelo menos, respostas parciais para varias terapias, tais como a plasmaferese,

photopheresis extracorporea e talidomida. A doenca e progressiva e pode ser

fulminante em cerca de 5% dos casos e podem mesmo estar associado a um

desfecho fatal. E geralmente vista em pacientes de meia-idade, mas tambem

sido observada em idosos, bem como a populacao pediatrica. Pode haver uma

predilecao especial para pacientes com doenca hepatica simultaneas, mas isto

ainda nao esta claramente definida.

34

Page 35: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

2.20 Pacientes que nao tem ou podem ter clips para

aneurismas intracranianos

1. No caso em que nao esta claro se o paciente tem ou nao tem um clip

no lugar, as radiografias devem ser obtidas. Alternativamente, caso

existam, os filmes de cranio simples, CT, ou o exame de RM que pode

ter ocorrido no passado recente (ou seja, posterior a suspeita data da

cirurgia) devem ser revistos para avaliar um possıvel clipe de aneurisma

intracraniano.

2. No caso de um paciente e identificado para ter um clipe de aneurisma

intracraniano em vigor, o exame de RM nao deve ser realizado ate que

possa ser documentado que o tipo de clipe de aneurisma dentro que o

paciente esta seguro ou MR MR condicional. Toda a documentacao

do tipos de clipes implantado, datas, etc, devem ser por escrito e

assinada por um medico licenciado. Telefone ou historias verbais

fornecidas por um nao-medicos nao sao aceitaveis. Copias de fax da

agente relatorios, declaracoes do medico, etc, sao aceitaveis, desde que

a assinatura legıvel do medico acompanha a documentacao necessaria.

A historia escrita do clipe em si ter sido devidamente testados para

as propriedades ferromagneticas (e descricao da metodologia de analise

utilizados) antes da implantacao do cirurgiao e tambem considerado

aceitavel se o teste segue o teste de flexao metodologia estabelecida

pelo ASTM International.

3. Todos os clipes de aneurisma intracranianos implantados que estao

35

Page 36: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

documentados como sendo composto de titanio (ou o comercialmente

puro ou os tipos de titanio) pode ser aceito para digitalizar sem

qualquer outro teste.

4. Todos os clipes de aneurisma intracraniano nontitanium fabricados em

1995 ou mais tarde, para os quais a rotulagem do fabricante do produto

continua em compatibilidade pode ser aceito para exame sem testes

adicionais.

5. Clipes fabricados antes de 1995 necessitam de pre-teste (de acordo com

a metodologia do teste de deflexao ASTM) antes da implantacao ou

revisao individual de ressonancia magnetica anterior do clipe ou do

cerebro em que caso especıfico, se disponıvel. Ao avaliar o tamanho do

artefato associado com o clipe em relacao a forca do campo estatico em

que foi estudado, o tipo de sequencia e os parametros selecionados RM,

um parecer pode ser emitido por um trabalhador nıvel quanto ao fato

de o clipe mostrar significativamente propriedades ferromagneticas ou

nao. O acesso ao scanner de ressonancia magnetica, em seguida, seria

basear-se no parecer.

6. Um paciente com um clip (ou outro implante) pode ter seguranca

submetidos a um exame de RM previa, em qualquer dado magnetico

estatico campo de forca. Este fato por si so nao e prova suficiente

de seguranca do implante de RM e nao deve ser invocada apenas

para determinar a seguranca MR ou status de compatibilidade desse

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Page 37: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

clipe de aneurisma (ou outro implante). As variacoes na intensidade

do campo magnetico estatico, o campo magneticoestatico gradiente

espacial, a orientacao do clipe de aneurisma (ou outro implante) ao

campo magnetico estatico ou gradiente de campo estatico, taxa de

movimento atraves do gradiente de campo espacial estatica, etc, sao

todas as variaveis que sao virtualmente impossıveis de controlar ou

reproduzir. Estas variaveis podem nao resultaram em um efeito adverso

em uma circunstancia, mas pode resultar em lesao significativa ou

morte em uma exposicao subsequente. Por exemplo, um paciente que

ficou cego de interacoes entre o corpo estranho metalico em sua retina

e os campos estaticos do scanner RM.

7. Disponibilidade de qualquer restricao ou dados pre-teste antes da

RM clip em questao, uma avaliacao do risco-benefıcio e analise deve

ser feita em cadacaso individualmente. Alem disso, para pacientes

com clipes intracraniana sem ferromagneticos disponıveis, se a relacao

risco-benefıcio favorecem o desempenho do estudo em RM, o paciente

ou responsavel deve informar por escrito o consentimento informado,

que inclui a morte como um risco potencial do procedimento RM antes

que o paciente esta autorizado a passar um exame de RM.

2.21 Pacientes nos quais nao tem ou podem ter

Marcapasso Cardıacoo ou Desfibrilador Implantavel

Recomenda-se que a presenca de pacemakers ou desfibriladores cardioversores

implantaveis (ICDs) e considerada uma contra-indicacao relativa para a RM.

Ressonancia magnetica de pacientes com marca-passos e CDI (”pacientes

37

Page 38: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

dispositivo”) nao e rotina. Caso uma ressonancia magnetica for considerada,

deve ser feito caso a caso e local-a-local, e somente se o local e composto por

indivıduos com conhecimentos adequados em cardiologia e especializacao na

mao.

O circuito de protecao de marca-passos e ICDs e sua resistencia a

interferencia eletromagnetica (EMI) tem sido melhorado ao longo dos anos.

Por isso, recentemente dispositivos modernos podem ser mais seguros no

ambiente MRI. No entanto, a comissao evita o termo ”moderno”quando se

refere a um determinado dispositivo, reconhecendo que todos os aparelhos

atualmente comercializados contem componentes que podem ou nao ser

resistente as forcas e EMI no local de ressonancia magnetica.

O comite observa que varios mortes ocorreram em circunstancias mal

e incompletamente caracterizados quando os pacientes foram submetidos

a ressonancia magnetica do dispositivo. Essas mortes podem ter ocorrido

como resultado da inibicao de marca passo, insuficiencia de capturar ou

falha do dispositivo (resultando em assistolia prolongada), e / ou rapido

cardıaca estimulacao ou estimulacao assıncrona (resultando na iniciacao de

taquicardia ou fibrilacao ventricular).

Idealmente, os pacientes devem ser informados dos riscos associados com

o processo e deve fornecer autorizacao por escrito prospectivo informado

antes do inıcio da RM. Assim, a atribuicao de uma relacao risco-benefıcio

para o desempenho de MRI em um paciente dispositivo e difıcil. Enquanto

o risco pode ser baixo, os pacientes dispositivo que sao considerados para a

ressonancia magnetica devem ser avisados que as arritmias potencialmente

fatais podem ocorrer durante a ressonancia magnetica e mau funcionamento

do dispositivo serios podem ocorrer, exigindo substituicao do aparelho.

No caso de qualquer exame de ressonancia magnetica ser contemplada em

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Page 39: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

um paciente com um marca passo ou CDI, e recomendavel que a radiologia e

o pessoal da cardiologia e um carrinho de choque totalmente abastecido deve

estar prontamente disponıveis durante todo o procedimento no caso de uma

arritmia significativa na RM. O cardiologista deve estar familiarizado com a

historia do paciente e do dispositivo implantado. Todos estes doentes devem

ser ativamente monitorados para funcao cardıaca e respiratoria durante o

exame. No mınimo, ECG e pulso oximetria deve ser usado. Na conclusao

do exame, o cardiologista deve examinar o dispositivo para confirmar que a

funcao esta compatıvel com seu estado antes do exame. O acompanhamento

deve incluir uma selecao de dispositivo do paciente em um tempo remoto

(1-6 semanas) apos a verificacao para confirmar a funcao apropriada.

Caso uma ressonancia magnetica (ou a entrada na area ıma) ser realizada

inadvertidamente em um paciente com um pacemaker ou CDI, o cardiologista

do paciente deve ser contatado antes da alta do paciente do local de

ressonancia magnetica. A importancia da analise do dispositivo antes a do

paciente deixar a RM nao pode ser exagerada.

2.22 Prontidao de Emergencia

Ha muitos fatores a considerar quando se tenta assegurar que uma instalacao

de ressonancia magnetica e adequada e apropriadamente preparada para lidar

com qualquer um dos diversos tipos de emergencias que possam acontecer

nos diversos tipos de scanners de RM.

39

Page 40: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

3 Uma Referencia de Seguranca: MRI Safety

3.1 Lista de Informacoes

E um banco de dados encontrado no site www.mrisafety.com que contem

informacoes sobre milhares de implantes e dispositivos. Nesse banco de dados

e levado em consideracao o tipo de objeto, seu status, a intensidade de campo

magnetico mais alta que foi utilizada nos testes.

3.2 Definicoes

Objeto

Implante, dispositivo ou material que foi submetido a uma avaliacao em um

procedimento de RM ou num ambiente de RM.

Status

Essa informacao diz respeito aos resultados dos testes realizados para o

objeto, no qual e avaliado as interacoes com o campo magnetico ( deflexao,

torque ) e aquecimento relacionado com a RM.

3.3 Terminologias

Algumas terminologias foram estabelecidas pela ASTM ( American Society

for Testing and Materials ) e utilizadas pela FDA ( Food and Drug

Administration ), como MR Safe, MR Conditional e MR Unsafe.

40

Page 41: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

3.3.1 MR Conditional

Seguro

O objeto e considerado seguro para o paciente ser submetido a um

procedimento de RM ou um individuo num ambiente de RM. O objeto

foi submetido a testes para demonstrar que e seguro ou e feito de

material considerado seguro em relacao ao meio ambiente de RM ou a um

procedimento de RM ( plastico, silicone, vidro )

3.3.2 MR Conditional

Condicional 1

O objeto e aceitavel para o paciente ou indivıduo no ambiente de RM, apesar

do fato de interagir com o campo magnetico. Esse objeto e considerado

fracamente ferromagnetico, e e considerado seguro pois sua interacao com

o campo magnetico e considerada fraca em relacao as forcas in vivo ou

contra-forcas presentes no objeto. Exemplo: Protese valvar cardıaca e aneis

de anuloplastia, que interagem com o campo magnetico, mas essa interacao

e menor do que a forca exercida sobre o implante pelo coracao batendo.

Condicional 2

Objetos fracamente ferromagneticos como bobinas, filtros, stents, clipes,

proteses cardiacas, ou outros implantes se tornam firmemente incorporados

no tecido seix semanas depois de colocados, Portanto, e improvavel que esses

objetos sejam movidos ou desalojados por interacoes com o campo magnetico.

Alem disso, ate hoje, nao houve relato de nenhuma lesao a um paciente ou

indivıduo em associacao com um procedimento de RM com essas bobinas,

stents, filtros, proteses cardiacas ou similares.

41

Page 42: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

Condicional 3

Certos adesivos transdermais com folha metalica ( Deponit, nitroglicerina

transdermal ) ou outros componentes metalicos, embora nao sejam atraıdos

ao sistema de RM, houve relatos sobre aquecimento excessivo durante

procedimentos de RM. Esse aquecimento excessivo pode produzir desconforto

ou queimar um paciente ou individuo que esteja usando o adesivo transdermal

com componente metalico. Portanto, e recomendado que o adesivo seja

previamente removido ao se fazer um procedimento de RM, e um novo

adesivo deve ser colocado imediatamente apos o exame. Esse procedimento

so deve ser feito em consulta com o medico pessoal do paciente ou indivıduo

responsavel pela prescricao do medicamento transdermal.

Condicional 4

Colete cervical pode ter componentes ferromagneticos , no entanto, as

interacoes com campo magnetico nao foram determinadas. No entanto,

nao houve relatos de pacientes lesionados que utilizaram o colete cervical

num procedimento de RM. Ainda podem existir problemas em relacao a

aquecimento relacionados com a RM, entao as orientacoes fornecidas ao

adquirir esse produto devem ser seguidas cuidadosamente. Coletes cervicais

feitos de metais condutores podem aquecer excessivamente durante um

procedimento de RM, resultando numa lesao seria ao paciente. Esses coletes

cervicais foram avaliados numa RM de 3 Tesla.

Condicional 5

Esse objeto e aceitavel para um paciente submetido a um procedimento

de RM ou um indivıduo num ambiente de RM apenas se orientacoes

ou recomendacoes especıficas forem seguidas. As informacoes de um

42

Page 43: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

determinado objeto pode ser encontrada no site www.mrisafety.com

Condicional 6

Um paciente com esse implante/ dispositivo pode ser submetido a um

procedimento de RM imediatamente apos sua colocacao sobre as seguintes

condicoes:

• Campo magnetico estatico de 3 Tesla ou menos

• Gradiente espacial de campo magnetico de 720 Gauss/cm ou menos

Em testes nao-clınicos, o implante/dispositivo produziu um aumento de

temperatura de ate 3.0 graus Celsius.

A qualidade da imagem pode ser comprometida se a area de interesse for

na mesma area ou proximo a posicao do implante / dispositivo.

Condicional 7

Esse dispositivo nao deve ser utilizado durante um procedimento de RM, ou

seja, nao deve estar dentro do aparelho de RM para nao ser exposto a RF.

Condicional 8

Um paciente com esse implante/ dispositivo pode ser submetido a um

procedimento de RM imediatamente apos sua colocacao sobre as seguintes

condicoes:

• Campo magnetico estatico de 3 Tesla ou menos

• Gradiente espacial de campo magnetico de 720 Gauss/cm ou menos

43

Page 44: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

Em testes nao-clınicos, o implante/dispositivo produziu um aumento de

temperatura de ate 4.0 graus Celsius.

A qualidade da imagem pode ser comprometida se a area de interesse for

na mesma area ou proximo a posicao do implante / dispositivo.

3.3.3 MR Unsafe

Nao-seguro 1

O objeto e considerado por representar um risco potencial ou real ao

paciente ou indivıduo num ambiente de RM principalmente com resultado do

movimento ou deslocamento do objeto. Portanto, em geral, a presenca desse

objeto e considerada contra-indicada para um procedimento de RM e/ou um

indivıduo entrar num ambiente de RM.

Nao-seguro 2

Esse objeto apresenta apenas pequenas interacoes com o campo magnetico

que, tendo em vista a aplicacao in vivo desse objeto, e improvavel que

represente um risco ou perigo associado com movimento ou deslocamento.

No entanto, a presenca desse objeto e considerada contra-indicada para

um procedimento de RM ou um indivıduo num ambiente de RM. Riscos

potenciais de se realizar um procedimento de RM num paciente ou individuo

com esse objeto estao relacionadas com possıveis correntes induzidas,

aquecimento excessivo ou outra condicao potencialmente perigosa. Portanto,

nao e aconselhavel realizar um procedimento de RM em um paciente ou

indivıduo com esse objeto.

Como exemplo: Cateter cardiovascular, cateter Swan-Ganz de termodiluicao

(nao apresentam interacao com o campo magnetico, mas tem aquecimento)

[21] [22]

44

Page 45: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

4 Estudo de Caso: Estimulacao Cardıaca

4.1 Dispositivos de Estimulacao Cardıaca:

4.2 Marcapasso

O coracao pode, em determinadas situacoes, (Doenca do no sinusal,

Bloqueio Atrioventricular, Hipersensibilidade do Seio Carotıdeo ou outras),

perder a capacidade de gerar um numero adequado de batimentos

cardıacos, transformando-se em um ”coracao lento”, por curtos perıodos ou

constantemente. Estas situacoes podem provocar tonturas, cansaco facil,

palpitacoes, desmaios ou, as vezes, nada provocar. Cabe ao medico dar valor

a estes sintomas e indicar a necessidade do implante de marcapasso.

O marca passo artificial e um aparelho que substitui o marcapasso

natural, quando este apresenta defeito. Ele permite, portanto, que o

coracao volte a contar com um numero de batimentos eficientes, e com

isso pode proporcionar o desaparecimento dos sintomas. De um modo

geral, o marcapasso e um aparelho eletronico composto de duas partes:

1. caixa do marcapasso (gerador) que produz estımulos eletricos e 2. fio

de comunicacao (cabo-eletrodo), que leva estes estımulos ao coracao para

garantir os batimentos cardıacos.

Existem diversos tipos de marcapasso. Alguns utilizam um unico

cabo-eletrodo e produzem sempre o mesmo numero de batimentos cardıacos

(frequencia fixa); outros podem proporcionar variacao dos batimentos

cardıacos conforme as necessidades. Para isso, as vezes, sao necessarios dois

cabos-eletrodos. O gerador fica localizado embaixo da pele, geralmente no

peito, proximo ao ombro. Menos frequentemente, ele pode estar localizado

em outras regioes do corpo (barriga ou abaixo da mama). O cabo-eletrodo,

45

Page 46: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

que sai do gerador, pode chegar ao coracao por uma grande veia e ser fixado

na sua parede interna (endocardico). Tambem pode ser levado por debaixo da

pele e ser fixado no lado externo do coracao (epicardico). Esta fixacao pode

ocorrer na cavidade superior (atrio direito - marcapasso atrial), na cavidade

inferior (ventrıculo - marcapasso ventricular) ou em ambas (atrio e ventrıculo

- marcapasso atrio-ventricular). [5]

Da literatura [6], encontramos como materiais constituintes do gerador,

aco inoxidavel, cobre, alumınio, ouro, platina, irıdio, tantalo, lıtio, estanho,

ceramica, plasticos e silicone; para os eletrodos, temos aco inoxidavel, isolacao

de poliuretano, irıdio, titanio, platina.

4.3 Desfibriladores cardioversores implantaveis

Os desfibriladores cardioversores implantaveis sao uma alternativa no

tratamento de pacientes com risco elevado de morte subita, como as arritmias

cardıacas malignas.

Trata-se de um dispositivo implantavel a semelhanca de um marcapasso,

com funcoes adicionais de cardioversor/desfibrilador e marcapasso antitaquicardia.

Ou seja, ele reconhece o tipo de taquicardia e inicia o tratamento eletrico mais

adequado.

Os desfibriladores atuais incluem multiplas zonas de deteccao de

taquicardia baseadas na frequencia, com terapias especıficas (extra-estimulos,

bursts, rampas) marcapasseamento de demanda com sensores, diagnosticos

e armazenamento dos eventos em canais atriais e ventriculares (nos

equipamentos de dupla camara).

Muitas vezes, conseguem eliminar a taquicardia apenas com estimulacao

de marcapasso antitaquicardia, evitando-se o choque, o que traz mais

conforto ao paciente, economiza energia e aumenta a longevidade dos

46

Page 47: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

aparelhos. [7]

4.4 Dispositivos atuais

Os dispositivos atuais possuem menos componentes ferromagneticos e

circuitos melhorados, que fornecem protecao adicional do ambiente da IRM,

sendo mais indicados atualmente [6]. Os dispositivos antigos nao eram

preparados para os campos de IRM e estudos sobre o uso deste tipo de exame

para pacientes sao recentes, uma vez que a tecnica se iniciou em 1977.[8]

4.5 Danos - danos possıveis e revisao da literatura

sobre cada caso

Pacientes com marcapasso geralmente sao indicados a nao ficarem em

ambientes de IRM pois os campos eletromagneticos podem causar danos

e se acredita que podem trazer falhas no funcionamento dos dispositivos.

Algumas interacoes previstas na literatura sao: movimento do dispositivo,

aquecimento excessivo, inducao de ritmo inapropriado, inibicao da producao

de estımulos e outras interacoes com a bateria do dispositivo, por exemplo.

Dentre estas interacoes, as mais preocupantes sao o aquecimento excessivo e

as interacoes com o campo magnetico (como torques e translacoes) [6]

Com o crescimento da tecnica de ressonancia magnetica, cresceu

a preocupacao com os pacientes dependentes e/ou nao-dependentes de

marcapassos ou outros dispositivos artificiais de estimulacao e muitos autores

fizeram experimentos in vitro e in vivo alem de analisar casos reportados.

Ainda ha muita discussao sobre o assunto, mas e perceptıvel que ha uma

tendencia em deixar a proibicao de pacientes com estes dispositivos apenas

para casos extremos e sem conhecimento previo das condicoes da maquina

47

Page 48: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

de ressonancia e dos dispositivos em si.

4.6 Efeitos Biologicos e Tecnicos em IRMN

Artigos publicados mostram relatos de casos, experimentos in vitro e in vivo,

experimentos utilizando objetos simuladores (materiais equivalentes ao tecido

biologico). Existem relatos de morte de pacientes portadores de marcapasso

que foram submetidos a exames de RM, porem os dados relacionados as

mortes sao poucos tornando se impossıvel relacionar a morte exclusivamente

a presenca do marcapasso. [13]

Possıveis alteracoes que podem ocorrer nos exames, que foram estudadas

foram: aquecimento das regioes proximas aos eletrodos, efeitos da forca

e torque nos dispositivos, distorcoes nas imagens, alteracoes nos ritmos

cardıacos e alteracoes nos dispositivos.

Os efeitos que a ressonancia magnetica, com relacao a utilizacao de

campos magneticos, pode ocasionar no sistema biologico serao discutidos

segundo os fatores:

1. Movimento de materiais ferromagneticos em campo magneticos

2. Aquecimento das regioes proximas ao eletrodo

3. Alteracoes no ritmo cardıaco

4. Alteracoes nas funcoes dos dispositivos

5. Ruıdo Acustico

6. Efeitos Bio-Estimulaveis

7. Distorcoes na Imagem

48

Page 49: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

4.6.1 Movimento de materiais ferromagneticos em campo magneticos

Um estudo testou marcapassos classificados como antigos (anteriores a 2000)

e novos (posteriores a 2000), e em todos eles foi testado o torque e a forca

atuante. Para os dispositivos novos, a forca e o torque foram de 3 a 5 vezes

inferiores aquelas observadas nos dispositivos antigos. Sendo consideradas

baixas para causar qualquer sensacao de desconforto. [12]

4.6.2 Aquecimento das regioes proximas ao eletrodo

Foi realizada avaliacao in-vitro, com 21 modelos de marcapasso e 22 tipos

de eletrodos, registrando a temperatura nas pontas dos eletrodos. Geradores

foram programados para o modo assıncrono (modo em que o marcapasso

desconsidera a frequencia cardıaca do paciente e aplica o numero de PPM

definido pelo usuario). A variacao maxima de temperatura registrada nos

eletrodos foi de 8.9◦C com taxa de absorcao (SAR) de 0.6W/kg, e para o

SAR de 1.3W/kg a variacao foi de 23.5◦C. Essa variacao de temperatura nao

e elevada o suficiente para causar danos no tecido. [14]

Avaliou se em tecidos simuladores os efeitos da RM na presenca de 25

eletrodos e 11 marcapassos implantaveis. Nos primeiros 90 segundos de

exame, foi observado um aumento Maximo na temperatura de 63.1◦C. Porem

no decorrer do exame apenas 7 eletrodos tiveram variacao de temperatura

acima de 15◦C. [15]

Em testes realizados tanto in vitro como in vivo, verificou se que a

variacao da temperatura nao foi suficiente para ocasionar fibrose ou necrose

as areas proxima as pontas dos eletrodos. [12]

Estudos in vitro para 0,5T mostraram aumento de temperatura de 23,5◦C,

enquanto que para 1,5T foi de 88,8 ◦C. E os estudos em animais revelaram

aumento da temperatura nos eletrodos de 20,4◦C para 1,5T e SAR igual a

49

Page 50: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

3,8W/Kg. Ainda com base nesses estudos constataram que para minimizar o

aquecimento dos eletrodos devido as RF, o SAR deve ser limitado a 1,5W/Kg.

[16]

Ha aquecimentos dos eletrodos, pois ao implantarmos um gerador de

pulsos de marcapasso no corpo humano, que e um elemento que possui

alta condutividade eletrica, alteram se as propriedades eletromagneticas dos

tecidos proximos. Com isso, ao aplicarmos uma RF, correntes eletricas sao

induzias nas partes metalicas do marcapasso levando a risco de aquecimento

dos tecidos adjacentes. Porem de acordo com os estudos publicados o

aumento de temperatura nao e suficiente para que ocorram danos aos tecidos

adjacentes ao aparelho.

4.6.3 Alteracoes no ritmo cardıaco

Avaliacao de geradores programados para o modo assıncrono (AOO, VOO

ou DOO) nao mostraram alteracoes em seus modos de estimulacao. [14]

Em exames extratoracicos em pacientes nao dependentes de marcapassos,

como esperado, nao se observou nenhuma inibicao do marcapasso ou inducao

de arritmias, indicando que nao houve inibicao do marcapasso por exemplo.

[16]

Nos estudos in vivo, nenhuma arritmia foi detectada durante o exame.

Ja nos estudos in vitro, foi detectado um barulho durante o imageamento,

que foi interpretado como fibrilacao ventricular. [12]

4.6.4 Alteracoes nas funcoes dos dispositivos

Para estudos feitos com ICDs fabricados antes de 2000 houveram danos

irreversıveis aos aparelhos. Diminuicao na voltagem na bateria tambem

foi observada em alguns dispositivos logo apos a imagem. Porem para os

50

Page 51: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

aparelhos fabricados apos 2000 nao ocorreu alteracoes nas suas funcoes, para

a grande parte dos dispositivos.

Para estudos realizados com marcapassos, a maioria deles nao apresentou

nenhuma alteracao na bateria ou limiares de parametros. Sendo que para

apenas uma marca de marcapasso ocorreu ”electric reset”, sendo possıvel

sua reprogramacao apos o exame, nao sendo essa considerada um prejuızo

real para o exame. [20]

Os efeitos da IRM nos marcapassos e ICDs dependem da intensidade

do campo eletromagnetico, da frequencia do sinal, da distancia e angulo

do dispositivo em relacao a fonte, de suas caracterısticas, assim como as

caracterısticas dos pacientes. [12]

Em estudo com campo de 3,0T foi relatada inibicao da estimulacao

cardıaca devido a perda de funcao do marcapasso. [19]

Sendo que o limiar de estimulacao diminui com o aumento da frequencia

cardıaca, a estimulacao assıncrona juntamente com o aumento da frequencia

do marcapasso, pode ocasionar a inducao da fibrilacao ventricular devido a

perda de funcao do dispositivo. [20]

4.6.5 Distorcoes na Imagem

Artefatos devido aos dispositivos e eletrodos foram observados mais em

alguns protocolos e menos em outros. Maior parte das distorcoes era

dependente do plano de imagem e protocolos utilizados. Maior parte das

distorcoes ocorreu em areas adjacentes ao gerador. Contudo, para imagens

distantes como cerebro, joelhos, entre outros, nao houve interferencia devido

a presenca do marcapasso ou outro dispositivo cardıaco utilizado. [12]

A presenca de materiais ferromagneticos pode causar variacoes no

campo magnetico nos arredores dos dispositivos implantados, resultando

51

Page 52: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

na distorcao da imagem. Tais artefatos sao mais evidentes nas sequencias

”inversao-recuperacao”e ”steady-state free precession”. A selecao de um

plano de imagem perpendicular ao plano do dispositivo, tempos de echo mais

curtos e uso de sequencias ”spin echo”ou ”fast spin echo”podem diminuir os

efeitos dos artefatos. [17]

Topicos relevantes para esse estudo:

• Dispositivos de estimulacao cardıaca - o que sao, como sao feitos

(materiais), quais os novos modelos e porque sao mais indicados os

modelos atuais;

• Danos - danos possıveis e revisao da literatura sobre cada caso;

• SAR - definicao, medida, limites, influencia;

• IRM - porque e indicada para o caso especıfico de imagem toracica;

• Campo - diferenca das intensidades, qual e o mais indicado e por que;

• Conclusao.

4.7 SAR - definicao, medida, limites, influencia

SAR, taxa de absorcao especıfica ou specific absorption rate, e a medida

da taxa na qual a energia e absorvida pelo corpo quando exposto a

radiofrequencia de um campo magnetico. E definida como a potencia

absorvida por unidade de massa do tecido e tem unidades de watts por

quilograma (ou W/Kg) [9]. SAR e geralmente medida para o corpo todo ou

para um pequeno volume amostra (tipicamente 1g ou 10g de tecido) [10]

O valor de SAR dependera, portanto, da geometria e propriedades

eletromagneticas da regiao do corpo exposta ao campo de RF, alem da

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Page 53: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

frequencia do mesmo (5). Um gerador de pulsos, parte integrante de um

marcapasso, possui alta condutividade eletrica, o que altera as propriedades

eletromagneticas do tecido adjacente, assim, deve-se levar em conta esta

alteracao para saber o limite maximo de SAR aceitavel na regiao toracica

do paciente com marcapasso implantado.

4.8 IRM - Porque e indicada para o caso especıfico de

imagem toracica

A ressonancia magnetica (RM) cresceu nos ultimos anos como um dos

principais exames complementares nao invasivos em cardiologia. Dentre as

suas principais vantagens destacam-se a excelente definicao anatomica entre

os tecidos, a possibilidade de aquisicao e reconstrucao tridimensionais, a

ausencia de radiacao ionizante e o uso de contraste nao toxico (gadolınio)

nas doses clinicamente utilizadas

4.9 Campo - diferenca das intensidades, qual e o mais

indicado e por que

Para balancear melhor qualidade na imagem e menor risco ao paciente,

varios artigos com estudos in vitro e in vivo utilizam diferentes campos

magneticos, desde 0,2T a 3,0T, com a maioria deles feitos a 1,5T. A

avaliacao da ressonancia magnetica com campos menores que 0,5 T e muito

interessante, pois campos menos intensos diminuem o torque e translacao

sobre o marcapasso e seus eletrodos e menores potencias do campo de RF

diminuem o SAR e os possıveis danos termicos aos pacientes.

As imagens foram feitas tanto na regiao toracica quanto em outras regioes

do corpo, como cabeca, e a maioria dos testes indica que se deve evitar a

53

Page 54: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

regiao toracica, mas nao necessariamente e proibida a pratica da RM nesta

regiao. Campos menores que 1,5 T sao mais indicados, embora estudos com

pacientes submetidos a exames de 3 T foram feitos com sucesso [?]

4.10 Conclusao

Tomadas as devidas precaucoes, IRM cardıacas e nao cardıacas (como de

cabeca, por exemplo) podem potencialmente ser realizadas em pacientes com

marcapasso e dispositivos de desfibrilacao cardıaca.

Tomadas as devidas precaucoes, IRM cardıacas e nao cardıacas (como de

cabeca, por exemplo) podem potencialmente ser realizadas em pacientes com

marcapasso e dispositivos de desfibrilacao cardıaca.

Precaucoes sao: limitacao do SAR (depende do campo e maquina

usados), uso de campos magneticos menores que 1.5 T, programacao do

dispositivo para minimizar ativacao ou inibicao inapropriada, regiao do corpo

selecionada para o exame (preferıvel imagens nao cardıacas), monitoracao

contınua do paciente durante todo o exame e conhecimento previo do

dispositivo de estimulacao cardıaca (modos de funcionamento, avaliacao

eletronica, limites, se e apropriado desde sua fabricacao para este tipo de

exame).

54

Page 55: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

Referencias

[1] IEEE Standard for Safety Levels with Respect to Human Exposure to

Radio Frequency Eletromagnetic Fields, 3 kHz to 300 GHz.

[2] IEEE Standard for Safety Levels with Respect to Human Exposure to

Radio Frequency Eletromagnetic Fields, 0-3 kHz

[3] Mary F. Dempsey, Barrie Condon, and Donald M. Hadley - MRI Safety

Review;

[4] IEEE EMF HEALTH AND SAFETY STANDARDS, Patrick A. Mason,

Michael R. Murphy, and Ronald C. Petersen.

[5] Instituto do Coracao :Orientacoes ao portador de marcapasso.

www.incor.usp.br/marcapasso/orientacaomp.html acessado em

03/06/11.

[6] ”Cardiac pacemaker: in vitro assessment at 1.5 T ”

[7] Hospital Santa Lucia ”Prevencao de morte subita cardıaca”.

www.santalucia.com.br/cardiologia/desfibrilador/defaultp.htm

acessado em 03/06/11.

[8] (referencia: artigo Garrido)

[9] Jianming Jin (1998). Electromagnetic Analysis and Design in Magnetic

Resonance Imaging.

[10] ref. Wikipedia, ”Specific absorption rat”. http :

//en.wikipedia.org/wiki/Specificabsorptionrate Acessado em

04/06/11.

55

Page 56: Seguranca e Equipamentos Compatíveis com IRMN

[11] Marcelo Nigri, Carlos Eduardo Rochitte, Flavio Tarasoutchi, Max

Grinberg . ”A ressonancia magnetica como metodo Propedeutico em

valvopatia”, InCor FMUSP, outubro 2005. [?] Gimbel JR. ”Magnetic

Ressonance Imaging of Implantable Cardiac Rhythm Devices at 3.0T”,

PACE. 2008;31:795-801.

[12] Roguin A, Zviman MM, Meininger GR, Rodrigues ER, Dickfeld

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safe: in vitro and in vivo assessment of safety and function at 1.5 T.

Circulation. 2004;110:475?482.

[13] ”Magnetic Resonace Imaging and Cardiac Pacemaker Safety at 1.5 T ”.

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studies in 51 patients at 0.5 T. Radiology. 2000;215: 869?79.

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[16] Sommer T, Naehle CP, Yang A, Zeijlemaker V, Hackenbroch M,

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56

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of Pacients With Permanent Pacemakers and Implantable-Cardioverter

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[18] Irnich W, Weiler G. The problems associated with asynchronous pacing

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[19] Gimbel JR. Unexpected asystole during 3T magnetic resonance imaging

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Europace. 2009;11:1241?1242.

[20] Rosatti SFC, Oliveira FF, Geraldelli W, Rosa S, Salmon CEG,

Ressonancia Magnetica em Portadores de Sistema Artificial de

Estimulacao Cardıaca.

[21] http://www.mrisafety.com

[22] Curso de Ressonancia Magnetica ? Programa de Educacao Continuada

a Distancia Site: www.portaleducacao.com.br

[23] ACR Guidance Document for Safe MR Practices: 2007

57