segundo bimestre – sociologia

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Segundo Bimestre sociologia

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Material da professora Luciane

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Segundo Bimestre – sociologia

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AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

• “Desde que nascemos, começamos a aprender as regras e os procedimentos que devemos seguir na vida em sociedade. À medida que a criança cresce e passa a entender melhor o mundo em que vive, percebe que em todos os grupos de que participa existem certas regras importantes, certos padrões de comportamento que a sociedade considera fundamentais. Essas regras, instituídas pelos nossos antepassados, sofreram modificações ao longo do tempo. A sociedade exerce pressão sobre cada indivíduo para que todas elas sejam cumpridas”.

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1- O que é INSTITUIÇÃO SOCIAL

• São todas aquelas estruturas sociais ou formas de organização estáveis como a Família, a Igreja, a Escola ou uma Empresa, que são baseadas em regras e procedimentos padronizados, socialmente reconhecidos, aceitos, sancionados e seguidos pela sociedade.

• Em outras palavras, poderíamos dizer também que são os modos de pensar, de sentir e agir que a pessoa, ao nascer, já encontra estabelecidos e cuja mudança se faz muitas vezes com dificuldades. E mais, elas existem para satisfazer necessidades e servem como formas de controle social.

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2- Grupo Social e Instituição Social

• Não é difícil de entender, veja só:

• Os grupos sociais são reuniões de indivíduos com objetivos comuns, em processo de interação. Enquanto as instituições sociais se referem às regras e procedimentos que se aplicam a diversos grupos.

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3- Interdependência entre as Instituições

• Nenhuma instituição existe isolada das outras. Há sempre uma relação de interdependência, no sentido de que qualquer alteração em determinada instituição pode acarretar mudanças maiores ou menores nas outras. Ex: a libertação dos escravos, a mulher no trabalho fora de casa, a Internet, a questão salarial, etc.

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4- Principais tipos de Instituições

• Não descartando as demais, consideramos que as principais instituições sociais são: a Família, o Estado, as instituições Educacionais, e Igreja e as instituições Econômicas.

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4.1 – A Família

• É aquele tipo de agrupamento social cuja estrutura varia em alguns aspectos no tempo e no espaço. Essa variação pode se referir ao número e à forma de casamento, ao tipo de família e aos papéis familiares.

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Números de casamentos

• Neste caso, a família pode ser monogâmica ou poligâmica.

• A família monogâmica é aquela em cada marido e cada mulher tem apenas um cônjuge.

• A família poligâmica é aquela em que cada esposo pode ter dois ou mais cônjuges. Entre os esquimós e algumas tribos do Tibet ocorre a poliandria (casamento de uma mulher com dois ou mais homens). Já em certas tribos africanas, entre os mórmons e os muçulmanos, ocorre a poliginia (casamento de um homem com várias mulheres).

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Formas de casamento

• Temos a endogamia e a exogamia. • Endogamia quer dizer casamento permitido apenas

dentro do mesmo grupo, da mesma tribo. Esta era uma forma muito comum entre os povos primitivos, e encontrada ainda hoje no sistema de castas da Índia e curiosamente em algumas famílias do Nordeste brasileiro.

• Exogamia trata-se da união com alguém fora do grupo, entre pessoas de religião, raça ou classe social diferentes. É encontrado na maioria das sociedades modernas.

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Tipos de famílias e suas funções

• Entre várias possibilidades, vamos classificar a família em dois tipos básicos:

• Conjugal ou nuclear – é o grupo que reúne marido, mulher e filhos;

• Consangüínea ou extensa – além do casal e seus filhos, reúne outros parentes, como avós, netos, genros, noras, primos e sobrinhos.

• Entre as principais funções da família podem ser destacadas: • Sexual ou reprodutiva – satisfação dos impulsos sexuais dos

cônjuges e a perpetuação da espécie humana; • Econômica – assegurar os meios de subsistência e bem-estar de

seus membros; • Educacional – transmissão dos valores e padrões culturais da

sociedade.

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Papéis familiares

• Nos últimos anos percebeu-se uma transformação profunda quanto aos papéis familiares. O pai já não é mais o “chefe da família” e nem a mãe a “rainha do lar”. Ou seja, os filhos são criados por pai e mãe que trocam constantemente de papéis entre si.

• Da mesma forma, os índices de divórcio cresceram acentuadamente. Nos EUA, por exemplo, a proporção de divórcio em relação ao número de casados quadruplicou em apenas trinta anos.

• Ao mesmo tempo, o número de filhos de mães solteiras subiu bastante também. Por outro lado a função nuclear reprodutiva está igualmente ameaçada: a fertilidade caiu tão drasticamente na Itália, Espanha e Alemanha que esses países estão em via de perder 30% da população em cada geração.

• A nova família é também monoparental. Em muitos casos, os filhos moram só com o pai ou só com a mãe.

• Uma curiosidade, no entanto. Apesar das transformações verificadas especialmente nos últimos trinta anos, o modelo de família nuclear parece continuar predominando.

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A instituição familiar no Brasil

• Em primeiro lugar devemos destacar que as mudanças ocorridas nos últimos anos estão relacionadas com o tipo de vida característico da sociedade industrial. Outro ponto a considerar, agora do ponto de vista legal, é a aprovação da Lei do Divórcio em 1977. Tanto é que o objetivo do casamento deixa de ser apenas a constituição de um lar, com muitos filhos, de preferência, e passa a ser o estabelecimento de uma comunhão de vida entre os cônjuges.

• Outra inovação é o fato da responsabilidade da família passar a caber igualmente aos dois integrantes do casal, com os mesmos direitos, e não mais apenas ao pai como “chefe da família”. Bem como, em caso de separação, a guarda dos filhos não cabe mais exclusivamente à mãe, mas ao cônjuge que estiver em melhores condições.

• Com toda justiça, cabe destacar que todas essas mudanças apenas dão cunho legal às transformações que estão ocorrendo na sociedade brasileira, na qual a mulher vem assumindo um papel destacado na estrutura familiar.

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4.2 – A Igreja

• Uma coisa é fato, todas as sociedades conheceram e conhecem alguma forma de religião. E enquanto a origem de todas as outras instituições pode ser encontrada nas necessidades físicas do homem, a religião não corresponde a nenhuma necessidade material específica. De certa forma, cada povo tem nas crenças religiosas um fator de estabilidade social e de obediência às normas sociais da sociedade. Por isso, dizemos que a religião sempre desempenhou uma função importante e indispensável.

• Bom, geralmente, todas as religiões têm seu lugar de culto: igrejas, templos, mesquitas, sinagogas, etc. E assim como a família, a religião, ou as religiões também sofreram muitas mudanças.

• As religiões ocidentais sofreram profundas mudanças com o desenvolvimento da economia industrial, sendo que o progresso da ciência e da arte deu ao homem uma nova visão de si mesmo e da vida em geral. De certa forma, a partir desta nova situação, as várias religiões no mundo têm procurado conciliar suas doutrinas com o conhecimento científico.

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• Outra tendência é dar mais ênfase aos valores sociais do que aos dogmas religiosos. Prova disso é o surgimento, na Igreja Católica, da doutrina da Teologia da Libertação.

• Por outro lado, há também grupos conservadores que defendem o apego à tradição, como a TFP, algumas igrejas “renovadas” (Evangélicas), entre eles o movimento da Renovação Carismática (Igreja Católica) etc.

• Percebe-se também um crescimento exagerado das mais diferentes seitas religiosas. Tal crescimento, possivelmente deve-se a fatores como: instabilidade social, dificuldades econômicas, crescimento demográfico, miséria e insegurança. Tais incertezas acentuam as crises existenciais dos seres humanos, que se voltam para a religião, na tentativa de encontrar uma saída para seu desamparo e sua angústia.

• Devido à situação do mundo atual citada acima, percebe-se também diversas formas de renovação religiosa no cristianismo, no islamismo e no judaísmo nas últimas duas décadas.

• Enfim, é inegável que a Religião continua sendo uma das principais instituições a influir no comportamento humano. Porém, ela não constitui condição imprescindível da ordem social.

• Uma curiosidade: das grandes religiões, o islamismo é a que mais cresce no mundo.

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4.3 – O Estado

• Todos os recursos recolhidos pelo Estado, teoricamente deveriam ser investidos em investimentos de infraestrutura e preste os serviços sociais básicos à população, além, claro, manter a máquina administrativa do Estado.

• Para retirar estes recursos da população, o Estado se baseia numa qualidade que é a essência dele mesmo: seu poder de coerção. Esse poder autoriza o Estado e recorrer a várias formas de pressão para fazer valer seu direito de cobrar impostos.

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Direito e poder do Estado

• Em qualquer sociedade, apenas o Estado tem o direito de recorrer à coação para obrigar os indivíduos a cumprir suas leis.

• É inegável que o Estado é o mais importante agente de controle social de uma sociedade. Ele exerce essas funções por meio de leis e, em última instância, pelo uso da força e da violência legítima, desde que baseado na lei.

• Nas democracias representativas, como já sabemos, o poder do Estado se distribui pelos poderes Executivo (governo, administração pública, forças armadas), Legislativo (Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores) e Judiciário (órgãos da Justiça).

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Alguns componentes do Estado

• O Estado é essencialmente um agente de controle social. Difere de outras instituições como a família e a Igreja, que também exercem controle, na medida em que tem poder para regular as relações entre todos os membros da sociedade.

• Os três componentes mais importantes do Estado são:

• Território;

• População;

• Instituições políticas (principalmente os três poderes e os diversos órgãos administrativos que compõe o governo).

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Estado, nação e governo

• Veja: a NAÇÃO é um conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculos permanentes de idioma, religião, tradições, costumes e valores; é anterior ao Estado, podendo até existir sem ele (Ex: Ciganos, Palestinos e os Judeus antes da criação do Estado de Israel). Já um ESTADO pode compreender várias nações, como é o caso do Reino Unido ou Grã-Bretanha, formada pela Escócia, Irlanda do Norte, País de Gales e Inglaterra. Logo o Estado é uma nação com um conjunto de instituições políticas, entre as quais um GOVERNO que é um componente transitório do Estado que é permanente.

• Interessante lembrar que nas democracias, a base da organização do Estado é sua Constituição, que estabelece as normas referentes aos poderes públicos e afirma os direitos e deveres dos cidadãos.

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Estado e formas de governo

• O governo pode adotar as seguintes formas: monarquia ou república. Há, no entanto, variações nestas formas de governo. Em países da Europa (Grã-Bretanha, Espanha, Suécia e Noruega) existem as chamadas monarquias institucionais (que também podem ser parlamentaristas). E em outros países a república parlamentarista e ainda a presidencialista.

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4.4 - Escola

• Em um país onde o analfabetismo ainda assusta, o processo seletivo para a universidade é excludente, falar das instituições educacionais e da própria escola, é muito sério.

• A Escola pode ser vista como um grupo social ou como instituição. Ou seja, por um lado ela é uma reunião de indivíduos com objetivos comuns e em contínua interação. Mas é também uma estrutura mais ou menos permanente que reúne normas e procedimentos padronizados, altamente valorizados pela sociedade, cujo objetivo principal é a socialização do indivíduo e a transmissão de determinados aspectos da cultura e do conhecimento.

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Objetivos da Educação

• É por meio da educação que os povos transmitem às gerações mais jovens sua herança cultural, seus conhecimentos, seu modo de vida e suas regras e valores. Ao passar por ela, os indivíduos adquirem as informações e condições necessárias para uma vida ativa (inclusive econômica) em sociedade e são preparados para conviver com os outros de acordo com as normas dos grupos sociais a que pertencem.

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O processo educativo

• Já vimos que a educação pode ser: • ¬ Informal (assistemática ou difusa); • ¬ Formal (sistemática) • A educação formal tem recebido uma atenção

especial dos governos (ou deveria) pelo fato de não ser mais possível pessoas com pouca ou sem nenhuma instrução progredir profissionalmente. A educação (formal) passa a ser cada vez mais um instrumento vital para que o indivíduo possa enfrentar os desafios da sociedade contemporânea.

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A Escola e as novas tecnologias

• Um ponto que merece muita atenção e reflexão é o uso de novas tecnologias na educação. A Internet e os diversos meios de comunicação vieram para provocar mudanças na educação. Ao mesmo tempo em que traz inúmeras vantagens, e isto é indiscutível, traz o problema da socialização, da falta de contato físico e a pesquisa direto nas fontes. Ou seja, a educação não poderá em hipótese alguma se reduzir a estes novos equipamentos. É preciso reforçar a socialização dos alunos, procurando preservar as relações humanas e evitar o individualismo.