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PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAPORÉ SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO REGIMENTO ESCOLAR DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO GUAPORÉ Dezembro, 2012

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PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAPORÉ

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

REGIMENTO ESCOLAR

DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

GUAPORÉ

Dezembro, 2012

2

APRESENTAÇÃO

O Regimento escolar é um instrumento legal que formaliza e reconhece as

relações dos sujeitos envolvidos no processo educativo. Contém um conjunto de

normas e definições de papéis, servindo como documento administrativo e

normativo para as escolas da rede municipal de ensino, de educação infantil e

ensino fundamental. Sua base está fundamentada nos propósitos, princípios e

diretrizes definidas no Projeto Político Pedagógico de cada escola, na legislação

pátria e, mais especificamente, na legislação educacional.

A construção do Regimento Escolar levou em conta o que determina a LDB

9394/96, segundo a qual os sistemas de ensino definirão as normas da gestão

democrática do ensino público na educação básica de acordo com as suas

peculiaridades, e foi organizado, durante o ano de 2012, por comissão formada por

representantes da Secretaria Municipal de Educação e das Unidades Escolares,

conforme Portaria Nº1115/2012.

Essa comissão elaborou um documento preliminar que foi apresentado, em

reunião, aos representantes das Unidades Escolares, para que realizassem,

juntamente com a comunidade escolar (alunos, pais e profissionais da educação) e

comunidade local, a análise e a discussão do mesmo. Em seguida, a comunidade

escolar foi convidada a encaminhar sugestões para que o documento final fosse

resultado da corresponsabilidade de todos os envolvidos nesta proposta.

Assim, o documento “Regimento Escolar da Rede Municipal de Ensino” é o

resultado do trabalho de uma comissão de educadores e de reconhecidas

contribuições de todos os profissionais da Rede Municipal. A redação desse

documento constituiu-se num processo democrático, visando ao aprimoramento da

qualidade da educação e contribuindo na formação de um cidadão capaz de atuar

com dignidade, competência e responsabilidade para consigo mesmo e para com os

outros na sociedade em que vive.

3

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 2

TÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................. 5

CAPÍTULO I – DO ÓRGÃO GERENCIADOR E ADMINISTRADOR ........................ 5

CAPÍTULO II – DO PATRIMÔNIO E DO REGIME FINANCEIRO ........................... 5

TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO ........................................... 6

TÍTULO III – DOS OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DOS NÍVEIS E MODALIDADES

DE ENSINO ................................................................................................................. 7

CAPÍTULO I – DOS OBJETIVOS ............................................................................ 7

Seção I - Da Educação Infantil ............................................................................. 7

Seção II - Do Ensino Fundamental ....................................................................... 8

Seção III - Da Educação de Jovens e Adultos ...................................................... 9

Seção IV - Da Educação Especial ........................................................................ 9

TÍTULO IV – DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ADMINISTRATIVA ............ 10

CAPÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO ....................................................................... 10

CAPÍTULO II – DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS ..................................................... 11

Seção I - Do Conselho Escolar ........................................................................... 12

Seção II - Do Conselho de Classe ...................................................................... 13

TÍTULO V – DOS DIREITOS E DEVERES ............................................................... 14

CAPÍTULO I – DO DIRETOR, DA EQUIPE PEDAGÓGICA E DO CORPO

DOCENTE E DEMAIS SERVIDORES LOTADOS NA ESCOLA ........................... 14

CAPÍTULO II – DAS PROIBIÇÕES........................................................................ 15

CAPÍTULO III – DOS DIREITOS E DEVERES DO EDUCANDO .......................... 17

CAPÍTULO V – DOS DIREITOS E DEVERES DOS PAIS ..................................... 19

TÍTULO VI – DO REGIME DISCIPLINAR AOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO .... 20

TÍTULO VII – DO REGIME DISCIPLINAR AOS EDUCANDOS ............................... 21

CAPÍTULO I – DAS FINALIDADES ....................................................................... 21

CAPÍTULO II – DA AÇÃO DISCIPLINAR ............................................................... 21

Seção I - Das Faltas Disciplinares ...................................................................... 21

Seção II - Das Medidas Educativas Disciplinares ............................................... 25

4

TÍTULO VIII – DO REGIME DE FUNCIONAMENTO ................................................ 26

CAPÍTULO I – DO ANO LETIVO ........................................................................... 26

CAPÍTULO II – DA MATRÍCULA E REMATRÍCULA .............................................. 27

CAPÍTULO III – DA TRANSFERÊNCIA ................................................................. 29

CAPÍTULO IV – DA FREQUÊNCIA ....................................................................... 30

CAPÍTULO V – DO PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO .. 32

CAPÍTULO VI – DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ................................................... 33

TÍTULO IX – DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR, ESTRUTURA E

FUNCIONAMENTO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO ...................................................... 33

CAPÍTULO I – DO CURRÍCULO............................................................................ 33

CAPÍTULO II – DA AVALIAÇÃO ............................................................................ 34

Seção I - Da Avaliação do Aproveitamento Escolar do Educando ..................... 34

Subseção I - Da Recuperação de Estudos ...................................................... 36

Subseção II - Do Registro dos Resultados da Avaliação ................................ 36

Subseção III - Da Promoção e continuidade dos estudos ............................... 37

Seção II - Da Avaliação do Desempenho dos Profissionais da Educação ......... 38

Seção III - Da Avaliação Institucional ................................................................. 38

CAPÍTULO III – DA ESCRITURAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO ESCOLAR .............. 39

TÍTULO X – DISPOSIÇÕES GERAIS ....................................................................... 40

5

TÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I – DO ÓRGÃO GERENCIADOR E ADMINISTRADOR

Art. 1º As unidades de ensino da rede pública municipal são vinculadas técnica e

administrativamente à Secretaria Municipal de Educação, sediada na Av. Sílvio

Sanson, n.º 1135, tendo como mantenedora a Prefeitura Municipal de Guaporé.

Art. 2.º As Unidades Escolares Municipais são públicas e gratuitas e se

fundamentam nas diretrizes básicas emanadas da política educacional traçadas pela

Secretaria Municipal de Educação.

CAPÍTULO II – DO PATRIMÔNIO E DO REGIME FINANCEIRO

Art. 3º Os bens móveis e imóveis adquiridos ou incorporados à unidade de ensino

fazem parte do seu patrimônio e integram o acervo patrimonial do Município.

§1.º Todos os bens da unidade de ensino são patrimoniados, sistematicamente

atualizados e a cópia dos registros encaminhada ao departamento responsável na

Prefeitura.

§ 2.º Os bens móveis inservíveis não podem ser doados, nem transferidos a

terceiros, sendo de responsabilidade do diretor da unidade de ensino comunicar, por

escrito, à Secretaria Municipal de Educação a existência dos mesmos para

recolhimento.

6

§ 3.º Os bens móveis adquiridos através de doações, aquisições da Associação de

Pais e Mestres ou programas governamentais de destino direto à escola deverão ser

incorporados ao patrimônio municipal.

Art. 4º A escola é mantida através de convênios com Entidades Públicas ou

Privadas, por serviços e dotações da Prefeitura Municipal, por contribuições diretas

da comunidade, por pais e convênios com Estado/União (FNDE).

Parágrafo único – As contribuições espontâneas recebidas diretamente pela Escola

deverão ser registradas e documentadas pela direção, sendo depositadas em conta

específica, gerenciadas pelas Associações Círculo de Pais e Mestres. A devida

prestação de contas deverá ser feita conforme regimento próprio da Associação.

TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO

Art. 5º A Educação Municipal tem o fim de cumprir com sua função social, inspirada

nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, visando o

desenvolvimento do educando no preparo para o exercício da cidadania,

expressando opiniões e assumindo responsabilidades pessoais.

Art. 6º Cada escola que compõe a rede municipal e ensino tem a finalidade de

efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os dispositivos

constitucionais Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional - LDBEN nº 9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei

nº 8.069/90 e, a Legislação do Sistema Municipal de Ensino.

7

Parágrafo Único – Os objetivos da escola, atendendo suas características e

peculiaridades, constarão no seu Plano de Gestão Anual e Projeto Político

Pedagógico.

TÍTULO III – DOS OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DOS NÍVEIS E MODALIDADES

DE ENSINO

CAPÍTULO I – DOS OBJETIVOS

Art. 7º Os objetivos do ensino devem convergir para os fins mais amplos da

educação nacional, expressos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –

LDBEN.

Art. 8º A rede municipal de ensino, em conformidade com a sua organização, pode

ofertar:

I. Educação Infantil, em jornada integral e parcial

II. Ensino Fundamental de 9 anos, em jornada integral e parcial

III. Educação de Jovens e Adultos – EJA – na etapa fundamental

IV. Educação Especial

Seção I - Da Educação Infantil

Art. 9º Na Educação Infantil, as Unidades de Ensino propõem-se a favorecer e a

incentivar o desenvolvimento das potencialidades físicas, psicológicas, sócioafetivas

e intelectuais da criança, complementando a ação da família e da comunidade, por

meio de:

8

I. Desenvolvimento de uma imagem positiva de si, de modo a atuar de forma

cada vez mais independente, confiante em suas capacidades e percepção de

suas limitações.

II. Conhecimento progressivo de seu próprio corpo, suas potencialidades e seus

limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde

e bem-estar.

III. Estabelecimento de vínculos afetivos e de troca entre adultos e crianças,

fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades

de comunicação e interação social.

IV. Observação e exploração do ambiente, estimulando a curiosidade para que

possa perceber-se como integrante, dependente e agente transformador do

meio ambiente, valorizando atitudes que contribuem para sua conservação.

V. Utilização das diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita)

ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a

compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos,

necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de

significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva.

VI. Conhecer algumas manifestações culturais, de interesse, respeito e

participação, valorizando a diversidade, através da brincadeira.

VII. Atividades concretas que proporcionem a construção matemática,

comunicação e exploração do ambiente natural;

VIII. Conhecimento dos princípios de convivência, respeitando a diversidade,

favorecendo para o inter-relacionamento harmonioso.

IX. Conhecimento de hábitos saudáveis objetivando saúde e bem estar social.

Seção II - Do Ensino Fundamental

Art. 10 O ensino fundamental, obrigatório e gratuito, com duração de 9 (nove) anos,

tem por objetivos:

I. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos a

leitura, a escrita e o cálculo.

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II. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.

III. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimento e habilidades a partir da problematização de

situações contextualizadas, levando em conta a visão de mundo do aluno.

IV. A capacidade de análise, da síntese e com espírito crítico que propiciam ao

cidadão a criação de alternativas para a solução de problemas.

V. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana,

de diálogo e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Seção III - Da Educação de Jovens e Adultos

Art. 11 A oferta da modalidade Educação de Jovens e Adultos – EJA – etapa

fundamental tem por objetivos:

I. O direito à escolarização àquele que não teve acesso ou continuidade de

estudo na idade própria.

II. A garantia de igualdade de condição para o acesso e a permanência na

unidade de ensino.

III. A oferta de educação igualitária e de qualidade, numa perspectiva processual

e formativa.

IV. A oportunidade educacional apropriada, considerando as características do

educando, seu interesse, condição de vida e de trabalho.

V. O respeito o ritmo próprio de cada educando no processo ensino

aprendizagem.

Seção IV - Da Educação Especial

Art. 12 A oferta da educação especial é realizada na sala de aula regular articulada

com a Sala de Recursos Multifuncionais, perpassando todos os níveis, etapas e

modalidades, assegurando estratégias que promovam a acessibilidade ao espaço

físico e ao processo de ensino-aprendizagem.

10

§ 1.º Entende-se por Salas de Recursos Multifuncionais os ambientes dotados de

equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos, destinados à oferta

do atendimento educacional especializado aos educandos matriculados na rede

regular pública de ensino que apresentem deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação.

§ 2.º O atendimento nas salas de recursos multifuncionais é feito nas escolas de

Ensino Fundamental e, é descrito no PPP de cada escola, dadas suas

especificidades.

TÍTULO IV – DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ADMINISTRATIVA

CAPÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO

Art. 13 A organização das unidades de ensino da rede pública municipal deve

atender às necessidades socioeducacionais e outras dos educandos com estrutura

física adequada, recursos material e humano, nas diferentes faixas etárias, etapas,

níveis de ensino e modalidades, podendo funcionar nos turnos diurnos (matutino e

vespertino) e noturno.

Art. 14 A oferta do ensino deve ser organizada e adequada às condições do

educando, observado o cumprimento das Resoluções 004, 005 e 006/2010, do

Conselho Municipal de Educação.

Art. 15 A rede municipal de ensino compreende o seguinte regime:

I. Anual para o Ensino Fundamental de 9 anos: anos iniciais, do 1º ao 5º ano, e

anos finais, do 6º ao 9º ano.

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II. Anual para a Educação Infantil, na faixa etária 4 meses a 5 anos de idade.

Art. 16 Na organização administrativa, técnica e pedagógica deve ser preservada a

flexibilidade necessária para o bom funcionamento da unidade de ensino e garantida

a participação de toda a comunidade escolar na tomada de decisão, no

acompanhamento e na avaliação do processo ensino-aprendizagem.

Art. 17 A organização técnica, pedagógica e administrativa da unidade de ensino

abrange:

I. órgãos colegiados

II. gestão escolar (direção, vice-direção e coordenação pedagógica)

III. corpo docente

IV. corpo discente

V. serviço de secretaria escolar

VI. serviços complementares de apoio pedagógico (atendentes de creche e

monitores de educação)

VII. serviços de apoio operacional (servente, cozinheiro, vigilante e outros lotados

na escola)

Parágrafo único – No documento SGQE – Sistema de Gestão da Qualidade de

Ensino, instituído pelo Decreto 4138/2009, constam as atribuições dos profissionais

que integram o ambiente escolar, bem como os procedimentos operacionais de cada

cargo e função.

CAPÍTULO II – DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

Art. 18 O segmento social organizado e reconhecido como órgão colegiado de

representação da comunidade escolar é legalmente instituído por estatuto e

regulamento próprios.

12

Art. 19 A unidade de ensino deve contar, no mínimo, com os seguintes órgãos

colegiados:

I - conselho escolar, constituído nos termos da legislação vigente

II - conselho de classe de série/ano, constituído nos termos deste Regimento.

Parágrafo único – Nas escolas de Educação Infantil, a Associação de Pais e Mestres

cumpre o papel do Conselho Escolar.

Art. 20 A unidade de ensino deve incentivar a organização do grêmio estudantil, que

tem regulamento próprio aprovado em assembleia de educandos.

Parágrafo único – O grêmio estudantil é órgão máximo de representação dos

educandos da unidade de ensino, com o objetivo de defender interesses individual e

coletivo, incentivando a cultura literária, artística e desportiva dos associados.

Seção I - Do Conselho Escolar

Art. 21 O conselho escolar, articulado com a gestão escolar e fundamentado nos

princípios legais que regem a gestão democrática da educação, constitui-se em

colegiado de natureza consultiva, deliberativa, fiscalizadora e mobilizadora, formado

por representantes de todos os segmentos da comunidade escolar.

Art. 22 São atribuições do conselho escolar:

I. Elaborar o seu regimento, em conformidade com os princípios e diretrizes da

política educacional da Secretaria Municipal de Educação, da proposta

pedagógica da unidade de ensino e da legislação vigente, zelando pela sua

divulgação e seu cumprimento.

II. Participar do processo de construção da proposta pedagógica da unidade de

ensino.

III. Primar pela gestão democrática no cotidiano da unidade de ensino.

13

IV. Discutir com a comunidade escolar e deliberar sobre as metas e os objetivos

propostos e alcançados pela unidade de ensino em cada ano letivo, de

acordo com a proposta pedagógica.

V. Promover atividade sociocultural que sirva para integrar a comunidade escolar

à comunidade local e complementar e enriquecer as atividades pedagógicas.

VI. Divulgar e garantir o cumprimento da legislação educacional vigente

VII. Realizar assembleias ordinárias e/ou extraordinárias, por segmento, quando

necessário, e definir prioridades dos recursos destinados à unidade de

ensino.

VIII. Colaborar com a unidade de ensino, quando solicitado, para análise e

proposição de solução de problemas administrativos e pedagógicos, antes de

encaminhar para a esfera superior.

IX. Participar da elaboração de normas de convivência na unidade de ensino.

X. Organizar e coordenar o processo de eleição para representantes do

conselho escolar, bem como eleger, entre os membros eleitos, o presidente, o

vice-presidente, o secretário e o tesoureiro.

Seção II - Do Conselho de Classe

Art. 23 O Conselho de Classe é um espaço de integração entre os professores das

diversas disciplinas e/ou séries que fazem parte do currículo da Escola e Equipe

Gestora.

Parágrafo único – A sistematização do Conselho de Classe é descrita do Sistema de

Gestão da Qualidade de Ensino – SGQE – da rede municipal, o qual detalha os

procedimentos para sua realização.

14

TÍTULO V – DOS DIREITOS E DEVERES

CAPÍTULO I – DO DIRETOR, DA EQUIPE PEDAGÓGICA E DO CORPO DOCENTE

E DEMAIS SERVIDORES LOTADOS NA ESCOLA

Art. 24 Ao diretor, à equipe pedagógica e ao corpo docente, além dos direitos

assegurados pelo Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Municipais Nº

3004/2009 e Plano de Carreira do Magistério Público Municipal Nº 3224/2011 e são

garantidos os seguintes direitos:

I. Ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no

desempenho da função.

II. Participar da elaboração e implementação da proposta pedagógica e dos

regulamentos internos da unidade de ensino.

III. Participar de grupos de estudo, encontro, curso, seminário e outros eventos

ofertados pela secretaria municipal de educação e pela própria unidade de

ensino, tendo em vista o constante aperfeiçoamento profissional.

IV. Utilizar-se das dependências e dos recursos material e humano da unidade

de ensino, para o desenvolvimento de atividades diversas.

V. Participar de associações e/ou agremiações afins.

VI. Ter acesso às orientações e normas, bem como participar da avaliação

institucional, conforme orientação da secretaria municipal de educação.

Art. 25 São deveres da direção, da equipe administrativa, pedagógica, docentes e

demais servidores:

I. Possibilitar que a unidade de ensino cumpra a sua função, no âmbito de sua

competência.

II. Desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de

igualdade de condições para o acesso e a permanência do educando na

unidade de ensino.

15

III. Colaborar com as atividades de articulação da unidade de ensino com as

famílias e a comunidade.

IV. Cumprir as diretrizes definidas na proposta pedagógica da unidade de ensino,

no que lhe couber.

V. Manter o ambiente favorável ao desenvolvimento do processo pedagógico a

todos os alunos

VI. Manter os pais ou responsáveis e os educandos informados sobre o

desempenho escolar, nas datas previstas em plano de gestão anual ou

sempre que se fizer necessário.

VII. Cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar.

VIII. Ser assíduo, comparecendo pontualmente à unidade de ensino nas horas

efetivas de trabalho e, quando convocado, para outras atividades

programadas.

IX. Zelar pela conservação e preservação das instalações da unidade de ensino.

X. Manter atualizados os registros nos documentos escolares sob sua

responsabilidade.

XI. Organizar e confeccionar materiais para a prática pedagógica no período

reservado para planejamento individual ou coletivo, conforme cronograma de

cada unidade escolar.

CAPÍTULO II – DAS PROIBIÇÕES

Art. 26 Aos profissionais que atuam na escola é vedado:

I. Tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico e

o andamento geral da unidade de ensino.

II. Retirar e utilizar qualquer documento, material e equipamento pertencente à

unidade de ensino, sem a devida permissão do diretor.

III. Discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente

qualquer membro da comunidade escolar.

16

IV. Ausentar-se da unidade de ensino no seu horário de trabalho sem a prévia

autorização do diretor ou, na sua ausência, do responsável pela unidade de

ensino.

V. Expor educandos, colegas de trabalho ou qualquer pessoa da comunidade a

situações constrangedoras.

VI. Receber pessoas estranhas ao funcionamento da unidade de ensino durante

o período de trabalho sem a prévia autorização do diretor.

VII. Ocupar-se, durante o período de trabalho, de atividades não vinculadas à sua

função ou ausentar-se da sala de aula ou de setor para atividades alheias à

função, sem a devida autorização da equipe gestora.

VIII. Transferir a outra pessoa o desempenho do encargo que lhe foi confiado.

IX. Divulgar assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da unidade

de ensino, por qualquer meio de publicidade, sem prévia autorização do

conselho escolar ou do diretor.

X. Promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas

de qualquer natureza, que envolvam o nome da unidade de ensino, sem a

prévia autorização do conselho escolar ou do diretor.

XI. Comparecer ao trabalho e aos eventos da unidade de ensino embriagado ou

com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxica.

XII. Usar telefone celular ou qualquer aparelho sonoro de uso pessoal durante as

aulas.

XIII. Fumar nas salas de aula e em outras dependências da unidade de ensino.

XIV. Trajar-se com shorts, roupas curtas e decotadas, ou outras impróprias para a

função. Na educação infantil, é permitida bermuda até o joelho.

XV. Utilizar o horário de planejamento para acessar sites estranhos a sua função

(sites de relacionamento, dentre outros).

Art. 27 Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto neste Regimento serão

apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se conforme documentos

previstos no documento SGQE.

17

CAPÍTULO III – DOS DIREITOS E DEVERES DO EDUCANDO

Art. 28 São direitos do educando:

I. Participar das atividades escolares desenvolvidas em sala de aula e outras de

caráter recreativo, esportivo e/ou de confraternização destinadas a sua

formação, promovidas pela unidade de ensino.

II. Organizar e participar de associações e grêmios com finalidade educativa.

III. Receber assessoramento e apoio especializado, quando apresentar

necessidades educacionais especiais.

IV. Receber atendimento e acompanhamento domiciliar, em casos de doenças

graves ou gestação de risco, devidamente comprovadas por meio de atestado

médico, que o incapacitem de frequentar as aulas no ensino fundamental.

V. Receber continuamente informações sobre o seu aproveitamento escolar e

sua frequência às aulas, quando solicitadas.

VI. Ter assegurada a recuperação paralela de estudos, no decorrer do ano letivo,

e quaisquer outras avaliações, mediante metodologias diferenciadas que

possibilitem sua aprendizagem.

VII. Ser tratado com respeito, atenção e cortesia pelas equipes de serviço de

apoio administrativo, operacional, pedagógico, docente e dos demais

estudantes.

VIII. Recorrer à administração, ou setor competente da unidade de ensino, quando

se sentir prejudicado.

Art. 29 São deveres do educando:

I. Acatar as normas regimentais e os regulamentos internos da escola.

II. Respeitar e tratar com cortesia a todos os membros integrantes da

comunidade escolar.

III. Ser pontual e assíduo no comparecimento às aulas e no cumprimento dos

demais deveres.

18

IV. Zelar pela conservação do prédio, mobiliário da unidade de ensino e de todo

material de uso coletivo ou individual, responsabilizando-se pela indenização

de qualquer prejuízo causado voluntariamente ao patrimônio da unidade de

ensino, dos profissionais que nela atuam e do colega.

V. Permanecer em sala de aula durante o horário das aulas, mantendo atitudes

de respeito e atenção.

VI. Solicitar autorização ao diretor ou, na falta dele, ao profissional designado

pelo diretor, quando necessitar ausentar-se da unidade de ensino, desde que

solicitado por escrito pelos pais ou responsáveis.

VII. Comunicar à direção o seu afastamento temporário da unidade de ensino por

motivo de doença ou outros.

VIII. Justificar eventuais ausências apresentando atestado médico e/ou justificativa

dos pais ou responsáveis.

IX. Observar, fielmente, os preceitos de higiene pessoal, bem como zelar pela

limpeza e conservação das instalações, dependências, materiais e móveis da

escola.

X. Abster-se de atos que perturbem a ordem, ofenda aos bons costumes ou

importem em desacato às leis, às autoridades escolares e aos colegas.

XI. Responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os

pertencentes à biblioteca da escola.

XII. Respeitar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal,

deslocando-se no prazo previsto para as atividades e locais determinados.

XIII. De acordo com a lei 1244/2008, não é permitido aos educandos o uso de

celular, mp3, câmera digital no ambiente escolar (a escola não se

responsabiliza por objetos de valor, bem como dinheiro).

XIV. Comparecer devidamente uniformizado à escola de ensino fundamental

§ 1º O uso do uniforme é fundamental e imprescindível para a segurança e bom

funcionamento da unidade escolar, de acordo com a Lei 3226/2011, e é de

responsabilidade da família. Ao aluno que comparecer à escola e não estiver

19

devidamente uniformizado será emprestado uniforme reserva, o qual deverá ser

devolvido limpo, no dia seguinte.

§ 2º O uniforme da escola é padrão, portanto não serão permitidas mudanças de

forma voluntária no modelo definido pela comunidade escolar de cada unidade

escolar.

CAPÍTULO V – DOS DIREITOS E DEVERES DOS PAIS

Art.30 São direitos dos pais ou responsável legal do educando regularmente

matriculado:

I. Receber informações relacionadas à frequência, ao comportamento e ao

desempenho escolar do seu filho.

II. Participar da elaboração da proposta pedagógica da escola.

III. Ser tratado com respeito e cortesia por todo o pessoal da unidade de ensino.

IV. Recorrer às autoridades competentes quando julgar prejudicados os direitos e

interesses do seu filho.

V. Ser atendido, dentro das possibilidades da unidade de ensino, fora dos

horários estipulados para reuniões de pais, quando assim se fizer necessário.

Art. 31 São deveres dos pais ou responsáveis do educando:

I. Zelar pela matrícula de seu filho dentro dos prazos estipulados pela

Secretaria Municipal de Educação, priorizando as escolas próximas à

residência do educando.

II. Acompanhar o desempenho escolar de seu filho, zelando pela frequência e

assiduidade para evitar prejuízos no processo de ensino-aprendizagem.

III. Tratar com respeito e civilidade todo o pessoal da escola.

IV. Participar das reuniões para as quais for convocado ou convidado.

20

V. Encaminhar seu filho a serviços especializados (psicólogo, fonoaudiólogo,

assistente social) e a médicos, quando se fizer necessário, com a

colaboração do gestor da escola, por meio do encaminhamento ao conselho

tutelar, que acionará a rede de saúde.

VI. Exigir do seu filho o cumprimento das tarefas escolares diárias.

VII. Conscientizar o seu filho quanto à adequada utilização do material didático

que lhe for confiado, bem como a conservação dos bens patrimoniais da

unidade de ensino.

VIII. Comparecer à unidade de ensino, quando convocado, em casos de

desrespeito, indisciplina, violência, danos ao patrimônio público, porte de

objetos e substâncias não permitidas ao ambiente escolar.

IX. Responsabilizar-se pelos danos causados voluntariamente;

X. Observar os preceitos de higiene pessoal e de seus pertences, objetivando

bom convívio interpessoal.

TÍTULO VI – DO REGIME DISCIPLINAR AOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO

Art. 32 Aos servidores na função de direção escolar, de coordenação, de docência,

de apoio educacional, de secretaria e de serviços operacionais aplica-se o regime

disciplinar próprio previsto no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos

Municipais Nº 3004/2009, através dos instrumentos de registro do Sistema de

Gestão da Qualidade de Ensino.

21

TÍTULO VII – DO REGIME DISCIPLINAR AOS EDUCANDOS

CAPÍTULO I – DAS FINALIDADES

Art. 33 Para uma convivência democrática e a concretização dos objetivos da

comunidade escolar é necessária a construção de princípios para qualificar as ações

e relações de todos que dela fazem parte, embasados na Informação Nº 797/2012,

da Comissão de Legislação e Normas, do Conselho Estadual de Educação.

Art. 34 A ação disciplinadora ao educando na escola, em princípio, tem caráter

preventivo e orientador.

CAPÍTULO II – DA AÇÃO DISCIPLINAR

Seção I - Das Faltas Disciplinares

Art. 35 Para cada nível de gravidade serão aplicadas as medidas disciplinares

cabíveis, conforme as especificações desse documento ou análise e deliberação da

Comissão Disciplinar do Conselho Escolar.

Art. 36 São faltas disciplinares moderadas:

I. Ausentar-se das aulas sem prévia justificativa ou autorização da direção ou

dos professores da escola.

II. Atrasar-se, reincidentemente, no horário de entrada passado o período de

tolerância ou no retorno do intervalo de recreio sem justificativa.

III. Ter acesso, circular ou permanecer em locais restritos do prédio escolar (sala

de aula em horário do recreio, por exemplo).

22

IV. Ocupar-se, durante a aula, de qualquer atividade que lhe seja alheia.

V. Ausentar-se dos prédios escolares, sem prévia justificativa ou autorização da

direção ou dos professores da escola.

VI. Utilizar, sem a devida autorização, computadores, aparelhos de fax, telefones

ou outros equipamentos e dispositivos eletrônicos de propriedade da escola.

VII. Utilizar, em salas de aula ou demais locais de aprendizado escolar,

equipamentos eletrônicos como telefones celulares, pagers, jogos portáteis,

tocadores de música ou outros dispositivos de comunicação e entretenimento

que perturbem o ambiente escolar ou prejudiquem o aprendizado.

VIII. Comportar-se de maneira a perturbar o processo educativo, como, por

exemplo, fazendo barulho excessivo em classe, na biblioteca ou nos

corredores da escola.

IX. Ativar injustificadamente alarmes e extintores de incêndio ou qualquer outro

dispositivo de segurança da escola.

X. Produzir ou colaborar para o risco de lesões em integrantes da comunidade

escolar, resultantes de condutas imprudentes ou da utilização inadequada de

objetos cotidianos que podem causar danos físicos, como isqueiros, fivelas de

cinto, guarda-chuvas, braceletes etc.

XI. Manter contato físico inadequado para o ambiente escolar em atitudes

decorrentes de namoros, demonstrações excessivas de carinho ou amizade.

Parágrafo único – A escola não se responsabiliza por perdas ou furtos de aparelhos

eletrônicos e/ou aparelhos celulares, visto que o porte desses aparelhos pelos

alunos em ambiente escolar fere legislação estadual vigente, bem como as normas

disciplinares da instituição.

Art. 37 São faltas disciplinares graves:

I. Desrespeitar, desacatar ou afrontar diretores, professores, funcionários ou

colaboradores da escola.

II. Causar dano a computadores, aparelhos de fax, telefones ou outros

equipamentos e dispositivos eletrônicos de propriedade da escola utilizados

23

indevidamente ou sem autorização prévia.

III. Danificar ou destruir equipamentos, materiais ou instalações escolares;

escrever, rabiscar ou produzir marcas em qualquer parede, vidraça, porta ou

quadra de esportes dos edifícios escolares.

IV. Empregar gestos ou expressões verbais que impliquem insultos ou ameaças

a terceiros, incluindo hostilidade ou intimidação mediante o uso de apelidos

racistas ou preconceituosos.

V. Promover brincadeiras que impliquem risco de ferimentos, mesmo que leves,

em qualquer membro da comunidade escolar.

VI. Comparecer à escola sob efeito de substâncias nocivas à saúde e à

convivência social.

VII. Expor ou distribuir materiais dentro do estabelecimento escolar que violem as

normas ou políticas oficialmente definidas pela Secretaria Municipal de

Educação ou pela escola.

VIII. Expor ou distribuir materiais de cunho comercial dentro do ambiente escolar

sem autorização da direção.

IX. Exibir ou distribuir textos, literatura ou materiais difamatórios, racistas ou

preconceituosos, incluindo a exibição dos referidos materiais na internet.

X. Violar as normas adotadas pela Secretaria Municipal de Educação ou direção

escolar no tocante ao uso da internet escolar, acessando-a, por exemplo, para

violação de segurança ou privacidade, ou para acesso a conteúdo não

permitido ou inadequado para a idade e formação dos alunos.

XI. Danificar ou adulterar registros e documentos escolares, através de qualquer

método, inclusive o uso de computadores ou outros meios eletrônicos.

XII. Emitir comentários ou insinuações de conotação sexual agressiva ou

desrespeitosa, ou apresentar qualquer conduta de natureza sexualmente

ofensiva.

XIII. Estimular ou envolver-se em brigas, manifestar conduta agressiva que

impliquem em ferimentos, mesmo que leves, a qualquer membro da

comunidade escolar.

XIV. No transporte escolar, comportar-se de modo a representar risco de danos ou

24

lesões a si mesmo, aos colegas, aos passageiros, aos condutores, ao veículo

ou aos passantes, como correr pelas vias de maneira imprudente, atirar

objetos pelas janelas, dentre outros.

XV. Ameaçar, intimidar ou agredir fisicamente qualquer membro da comunidade

escolar.

XVI. Participar, estimular ou organizar incidente de violência grupal ou

generalizada.

XVII. Apropriar-se de objetos que pertencem a outra pessoa, sem a devida

autorização ou sob ameaça.

XVIII. Incentivar ou participar de atos de vandalismo que provoquem dano

intencional a equipamentos, materiais e instalações escolares ou a pertences

da equipe escolar, estudantes ou terceiros.

XIX. Consumir, portar, distribuir ou vender substâncias controladas, bebidas

alcoólicas ou outras drogas lícitas ou ilícitas no recinto escolar.

XX. Portar, facilitar o ingresso ou utilizar qualquer tipo de arma, ainda que não seja

de fogo, no recinto escolar.

XXI. Sair da escola sem a devida autorização dos pais de acordo com as normas.

XXII. Apresentar qualquer conduta proibida pela legislação brasileira, sobretudo

que viole a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente –

ECA – e/ou o Código Penal.

Art. 38 Além das condutas acima descritas, também são passíveis de apuração e

aplicação de medidas disciplinares as condutas que professores ou a direção

escolar considerarem incompatíveis com a manutenção de um ambiente escolar

saudável ou inapropriadas ao ensino-aprendizagem.

Parágrafo único – Na caracterização da falta, deverão ser consideradas a idade do

aluno e a reincidência do ato, sendo encaminhado o fato às instâncias cabíveis.

Art. 39 Em situações disciplinares de emergência, que necessitem de uma atitude

imediata, sem que haja tempo hábil para a prévia consulta de todos os membros da

25

Comissão Disciplinar, é permitido à direção escolar conduzir a situação com o auxílio

somente dos membros da referida comissão presentes na escola na ocasião, sendo

o fato levado a conhecimento dos demais membros, posteriormente, através de

reunião.

Seção II - Das Medidas Educativas Disciplinares

Art. 40 As medidas educativas disciplinares devem ser aplicadas ao educando,

observando-se a idade, grau de maturidade, histórico disciplinar e gravidade da falta.

Art. 41 O não cumprimento dos deveres e a incidência em atos indisciplinares

podem acarretar ao educando as medidas educativas disciplinares, conforme a

seguinte gradação:

I. Ao educando que cometa ato indisciplinar moderado ou descumprir com seus

deveres previstos neste Regimento, aplica-se:

a) advertência verbal pela direção ou coordenação pedagógica.

b) advertência por escrito, com ciência dos pais ou responsável.

c) convocação dos pais ou responsável, quando já tiver recebido as

advertências a e b.

II. Ao educando que cometa ato indisciplinar grave, aplica-se:

a) suspensão temporária de participação em programas extracurriculares e/ou

b) suspensão das aulas por, no máximo, 3 (dias) dias letivos.

c) transferência assistida para outra unidade de ensino, quando viável, de acordo

com as decisões do conselho escolar e mediante garantia de vaga em outra escola.

d) aos alunos que possuírem, durante o ano letivo, advertência a e b, a participação

em viagens de estudos e eventos esportivos será passível de avaliação pela direção

e equipe pedagógica.

26

Art. 42 A aplicação de qualquer medida educativa disciplinar implica, além do

registro em documento próprio, do Sistema de Gestão da Qualidade de Ensino, a

comunicação oficial ao educando ou ao seu responsável.

§ 1º Em casos de medidas educativas disciplinares, que importem em suspensão,

deverá o diretor, a equipe pedagógica e a docente providenciar atividades

pedagógicas a serem cumpridas pelo educando na própria escola, durante o período

de suspensão.

§ 2º Em caso de infrações graves ou após as possibilidades citadas acima serem

esgotadas, o caso será encaminhado ao Conselho Tutelar, quando necessária

medida de proteção ou em casos mais complexos.

Art. 43 A aplicação das medidas disciplinares previstas não isenta os educandos ou

seus responsáveis do ressarcimento dos danos materiais causados ao patrimônio

escolar e da adoção de outras medidas judiciais cabíveis.

Art. 44 Em qualquer caso, é garantido amplo direito de defesa ao educando e aos

seus responsáveis, sendo indispensável a respectiva oitiva.

TÍTULO VIII – DO REGIME DE FUNCIONAMENTO

CAPÍTULO I – DO ANO LETIVO

Art. 45 O ano letivo deve ser organizado com carga horária mínima de oitocentas

horas, distribuídas por um período mínimo de duzentos dias de trabalho

educacional, de acordo com a proposta pedagógica da unidade de ensino.

27

Parágrafo único – Como trabalho educacional consideram-se os dias em que forem

desenvolvidas atividades regulares de sala de aula ou outras programações

didático-pedagógicas, planejadas pela unidade de ensino, desde que haja presença

dos professores e com controle de frequência do educando.

Art. 46 O calendário escolar será elaborado, anualmente, de acordo com as

diretrizes estabelecidas pela Secretaria Municipal de Educação e Conselho

Municipal de Educação, explicitando os dias letivos, os períodos de férias, dias de

estudo, dentre outros.

Parágrafo único – O calendário escolar deverá ser aprovado pelo Conselho

Municipal de Educação, homologado e decretado pelo Prefeito Municipal, com, no

mínimo, um mês de antecedência à sua vigência.

Art. 47 A jornada parcial será ofertada, no mínimo, em quatro horas diárias e a

jornada integral igual ou superior a sete horas diárias.

Parágrafo único – Na Educação Infantil, as atividades pedagógicas serão ofertadas

pela manhã, sendo a matrícula direcionada, preferencialmente, a este turno.

Art. 48 A escola funcionará de segunda a sexta-feira, no horário definido pela

escola, conforme as peculiaridades de cada comunidade escolar.

Parágrafo único – A escola não funcionará aos sábados, domingos e feriados

fixados em Lei ou por determinação da Secretaria Municipal de Educação.

CAPÍTULO II – DA MATRÍCULA E REMATRÍCULA

Art. 49 A matrícula é o ato formal que vincula o educando à unidade de ensino,

conferindo-lhe a condição de educando.

28

Parágrafo único – É vedada a cobrança de taxas e/ou contribuições de qualquer

natureza vinculadas à matrícula e a presença de aluno na escola sem a efetivação

da matrícula.

Art. 50 A matrícula deve ser requerida pelo responsável legal ou pelo próprio

educando quando maior de idade, sendo necessária a apresentação dos

documentos requisitados pela escola.

Art. 51 A realização de matrículas serão efetuadas da seguinte forma:

I. Na Educação Infantil:

a) anterior à matrícula, deve haver a inscrição junto à secretaria municipal de

educação, a qual designa a escola, segundo critérios de zoneamento ou

pela existência da vaga.

b) na primeira quinzena de dezembro, com ingresso no próximo ano letivo.

c) para o ingresso no decorrer do ano letivo, dar-se-á preferência até o final do

primeiro semestre, conforme período de chamada estipulado pela secretaria

municipal de educação.

II. No Ensino Fundamental:

a) na primeira quinzena de dezembro, com ingresso no próximo ano letivo.

b) mediante atestado de vaga, dar-se-á o ingresso a qualquer período do ano.

Art. 52 As vagas disponíveis nas unidades de ensino serão, preferencialmente,

direcionadas aos residentes próximos da unidade, mediante comprovante de

residência, em nome do responsável, do último mês que anteceder a matricula

escolar.

Parágrafo único – Considerando que terá preferência o aluno que já possuir familiar

matriculado na unidade escolar

29

Art. 53 No ato da matrícula, o educando ou seu responsável deve ser informado

sobre as normas contidas neste Regimento e sobre os princípios expressos na

Proposta Político Pedagógica da escola.

Art. 54 O candidato impossibilitado de apresentar documento comprobatório de

escolarização anterior deve ser classificado nos termos da legislação vigente, para

efeito de localização no ano/ série ou etapa correspondente ao seu nível de

conhecimento.

Art. 55 Os educandos com necessidades educacionais especiais devem ser

matriculados em todos os níveis e modalidades de ensino, respeitado o seu direito a

atendimento adequado, pelos serviços de apoio especializados.

Art. 56 A idade mínima para o ingresso na Educação de Jovens e Adultos, no

Ensino Fundamental, é de quinze (15) anos.

Art. 57 A rematrícula é reservada para o ano subsequente para alunos já assistidos

pela escola.

Parágrafo único – A rematrícula não é automática, necessitando a confirmação da

permanência do aluno na escola no ano seguinte pelo seu responsável.

Art. 58 O período reservado para rematrículas será a segunda quinzena de

novembro.

CAPÍTULO III – DA TRANSFERÊNCIA

Art. 59 A matrícula por transferência ocorre quando o educando, ao se desvincular

de uma unidade de ensino, vincula-se a outra, para prosseguimento dos estudos em

curso.

30

Art. 60 A unidade de ensino recebe e expede, em qualquer época do ano, a

transferência do educando.

Art. 61 Ao educando do ensino fundamental, transferido para outra unidade de

ensino é fornecida uma guia de transferência e o histórico escolar dos estudos

anteriores.

Art. 62 Nas transferências escolares, a escola verificará como os estudos

considerados equivalentes podem vir a ser aproveitados e complementados, bem

como outros aparentemente diversos possam vir a sê-lo, tendo em vista sua

significação e importância no conjunto das disciplinas que compõem o currículo da

escola.

§ 1º Na verificação da transferência escolar, caso a escola de destino detecte a

ausência de determinados componentes curriculares ou a necessidade de

complementação de conteúdos que compõem o seu currículo, os mesmos poderão

ser cursados ou complementados via adaptação de estudos.

§ 2º O controle de frequência ocorre a partir da data da efetivação da matrícula,

sendo exigida a frequência mínima de 75% do total da carga horária restante do ano

letivo.

CAPÍTULO IV – DA FREQUÊNCIA

Art. 63 A unidade de ensino deve fazer o controle sistemático da frequência do

educando as atividades escolares, cabendo ao diretor e/ou coordenador pedagógico

acompanhar e agir nos casos de infrequência do educando.

31

§ 1.º Cabe ao professor registrar a frequência no diário de classe e encaminhar ao

diretor, semanalmente, relação dos educandos infrequentes.

§ 2.º Cabe à unidade de ensino comunicar à família a infrequência do educando.

Art. 64 É obrigatória, ao educando, a frequência mínima de 75% (setenta e cinco por

cento) do total da carga horária do ano/série ou etapa, para cada nível de ensino.

Art. 65 Esgotados todos os recursos junto à família, o diretor da unidade de ensino

deve notificar a Secretaria Municipal de Educação e esta, informar ao conselho

tutelar do município e ao representante do Ministério Público a relação dos

educandos que apresentem quantidade de faltas acima de 50% (cinquenta por

cento) do limite prescrito em lei, que é de 25% (vinte e cinco por cento) do total de

horas de efetivo trabalho escolar.

Parágrafo único – As notificações aos órgãos citados deverão ser feitas através da

FICAI (Ficha de Controle do Aluno Infrequente), para alunos do Ensino Fundamental

na forma digitalizada, e em Instrumento do Sistema de Gestão da Qualidade de

Ensino, para alunos da Educação Infantil.

Art. 66 Em qualquer nível/etapa de ensino, é assegurado ao educando que

apresentar impedimento de frequência, amparado por legislação específica

(enfermos, gestantes, militares e outros), o direito a tratamento especial, como forma

alternativa de cumprimento da carga horária e das avaliações que atendam os

mínimos exigidos para promoção.

Parágrafo único – tratamento especial a que se refere o caput deste artigo consiste

em:

I. proporcionar estudos e atividades para execução em casa, enquanto durar o

impedimento de frequência às aulas.

32

II. desconsiderar as faltas para efeito de promoção, embora registradas no diário

de classe.

CAPÍTULO V – DO PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Art. 67 A classificação no ensino fundamental é o procedimento que a unidade de

ensino adota, em qualquer época do ano, para posicionar o educando na série/ano

ou etapa segundo o seu nível de conhecimento, podendo ser realizada:

I. Por promoção, para educandos que cursaram, com aproveitamento, a

série/ano anterior, na própria unidade de ensino.

II. Por transferência, para os educandos procedentes de outras unidades de

ensino, que adotem a mesma forma de organização didática.

III. Independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o educando na série/ano ou etapa compatível com seu grau de

desenvolvimento e experiência.

Art. 68 A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem e

compete à equipe pedagógica coordenar o processo.

§ 1º Na reclassificação, devem ser considerados os componentes curriculares da

base nacional comum e adotados os mesmos procedimentos da classificação.

§ 2º A equipe pedagógica deve comunicar, com a devida antecedência, ao

educando e/ou seus responsáveis os procedimentos próprios do processo a ser

iniciado, a fim de obter o devido consentimento.

33

CAPÍTULO VI – DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Art. 69 A alimentação escolar é gratuita, sendo disponibilizada pela Secretaria

Municipal de Educação, oferecendo Nutricionista, como técnico responsável.

Parágrafo único – Para cada modalidade e nível de ensino, serão seguidas as

orientações específicas, conforme legislação vigente e sistematizadas no Sistema

de Gestão da Qualidade do Ensino.

TÍTULO IX – DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR, ESTRUTURA E

FUNCIONAMENTO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

CAPÍTULO I – DO CURRÍCULO

Art. 70 O currículo nos diferentes níveis, etapas e modalidades de ensino deve

atender ao que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, bem como

as demais legislações pertinentes.

Parágrafo único – O currículo da rede municipal de ensino configura-se em um

documento único para todos os níveis educacionais, denominado Plano de Estudos.

Art. 71 Os componentes curriculares que compõem os Planos de Estudos são

referenciais de caráter pedagógico, considerando, a partir do tema estruturante, as

competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo educando.

§ 1º Os planos de estudo se efetivam no decorrer do desenvolvimento das

atividades escolares, conforme o plano de trabalho do professor.

34

CAPÍTULO II – DA AVALIAÇÃO

Art. 72 A avaliação constitui um dos elementos para a reflexão e transformação da

prática escolar e tem como princípio o aprimoramento da qualidade do ensino.

Art. 73 A avaliação no ensino fundamental, independentemente da modalidade de

oferta, deve abranger, no mínimo, os seguintes aspectos:

I. avaliação do aproveitamento e desempenho escolar do educando.

II. avaliação do desempenho dos profissionais da educação.

III. avaliação institucional.

Seção I - Da Avaliação do Aproveitamento Escolar do Educando

Art. 74 A avaliação do processo de ensino-aprendizagem, responsabilidade da

unidade de ensino e do professor, deve ser realizada de forma contínua e mediadora

para o desempenho do educando, interrelacionada com o currículo, focalizando os

diversos aspectos do desenvolvimento do educando, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período letivo.

Art. 75 A avaliação, coerente com as concepções e finalidades educativas

expressas na proposta pedagógica da escola, é realizada em função das

competências e habilidades descritas no Plano de Estudos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, de forma contínua e mediadora, que respeite e valorize

as singularidades dos alunos e contemple aspectos pertinentes com a realidade e

necessidades dos mesmos, devendo:

I. Assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser contínua,

cumulativa e diagnóstica, com vistas a:

a) identificar potencialidades e dificuldades de aprendizagem e detectar

problemas de ensino.

35

b) subsidiar decisões sobre a utilização de estratégias e abordagens de acordo

com as necessidades dos alunos, criar condições de intervir de modo

imediato e o mais longo prazo para sanar dificuldades e redirecionar o

trabalho docente.

c) manter a família informada sobre o desempenho dos alunos;

d) reconhecer o direito do aluno e da família de discutir os resultados de

avaliação, inclusive em instâncias superiores à escola, revendo

procedimentos sempre que as reivindicações forem procedentes.

II. Utilizar vários instrumentos e procedimentos, tais como a observação, o

registro descritivo e reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os

portfólios, exercícios, provas, questionários, dentre outros, tendo em conta a

sua adequação à faixa etária e às características de desenvolvimento do

educando.

III. Assegurar tempos e espaços diversos para que os alunos com menor

rendimento tenham condições de ser devidamente atendidos ao longo do ano

letivo e devidos registros da oferta.

IV. Prover, obrigatoriamente, períodos de recuperação paralela ao período letivo,

como determina a Lei nº 9.394/96.

Art. 76 A elaboração, aplicação e julgamento dos instrumentos avaliativos devem

ser de competência do professor, respeitadas as normas estabelecidas

coletivamente pela comunidade escolar e explicitadas na proposta pedagógica da

escola.

Art. 77 Aos educandos do último ano do Ensino Fundamental, será aplicada uma

prova com questões interdisciplinares, ao final de cada semestre, conforme:

I. A nota da prova terá um peso de 20% em cada disciplina, no segundo e

terceiro trimestre.

II. As questões serão objetivas, distribuídas dentre as disciplinas da seguinte

forma: Língua Portuguesa: 8; Matemática: 8; Ciências: 6; Língua Inglesa: 6;

História: 6; Geografia: 6; Artes: 3; Ensino Religioso: 3; Educação Física: 4.

36

Subseção I - Da Recuperação de Estudos

Art. 78 A recuperação de estudos é direito de todos os educandos que apresentem

baixo rendimento, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos

básicos.

Art. 79 A recuperação de estudos deve ocorrer de forma permanente e

concomitante ao processo ensino-aprendizagem.

Parágrafo único – As escolas de ensino fundamental poderão ofertar, no

contraturno, atendimento de reforço na sala de recursos multifuncionais aos alunos

que apresentarem dificuldades de aprendizagem.

Art. 80 A recuperação deve ser organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados, considerando as diferenças

individuais e a diversidade das causas determinantes de situações de recuperação.

Art. 81 Os estudos de recuperação, organizados pela escola, poderão ser realizados

de forma individual ou coletiva, devendo ser planejados para o atendimento das

reais necessidades dos alunos e acompanhados pelo professor regente. Seus

resultados devem refletir-se na expressão dos resultados das avaliações seguintes.

Subseção II - Do Registro dos Resultados da Avaliação

Art. 82 A periodicidade dos resultados provenientes de avaliações será:

I. Na Educação Infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental: semestralmente.

II. No Ensino Fundamental, a partir do 3º ano: trimestralmente.

Art. 83 Os resultados trimestrais e finais da avaliação do processo de aprendizagem

dos alunos do Ensino Fundamental são expressos por meio de notas, que variam

numa escala de 0 (zero) a 100 (cem).

37

Art. 84 Os resultados semestrais da avaliação do processo de aprendizagem dos

alunos da Educação Infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental são expressos

por meio de relatório descritivo, de acordo com o desenvolvimento de cada criança

em cada um dos níveis.

Art. 85 A avaliação do processo de ensino, de aprendizagem e de recuperação

contínua das séries finais é de competência dos professores. Os resultados da

recuperação/avaliação contínua deverão ser devidamente registrados no Diário de

Classe do professor.

Art. 86 O educando com necessidades especiais (Deficiências, TGD e Altas

habilidades/superdotação) possui Plano Educacional Individualizado – PEI, cujo

procedimento de avaliação dá-se através de relatório descritivo, realizado pela

equipe pedagógica, de apoio e professor do educando.

Art. 87 Na Educação de Jovens e Adultos, sendo o referencial o relatório descritivo,

os conceitos serão: Ó (Ótimo), MB (Muito Bom), B (Bom), R (Regular) e I

(Insuficiente).

Art. 88 Cada escola deve promover reuniões periódicas dos conselhos de classe

para conhecimento, análise e reflexão sobre os procedimentos de ensino adotados e

resultados de aprendizagem alcançada.

Subseção III - Da Promoção e continuidade dos estudos

Art. 89 A promoção e/ou continuidade dos estudos é o resultado da avaliação do

aproveitamento escolar do educando, aliada à apuração da sua frequência.

Art. 90 No ensino fundamental, é promovido, ao final do período letivo, o educando

que obtenha média aritmética 60 (sessenta), dentre os três trimestres letivos, em

cada área de estudo ou disciplina nas avaliações ao longo do período letivo e

38

frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária total do

período letivo.

Art. 91 Aos educandos da Educação Infantil, dos 1º e 2º anos do Ensino

Fundamental, será assegurada a continuidade dos estudos no ano seguinte.

Seção II - Da Avaliação do Desempenho dos Profissionais da Educação

Art. 92 Na avaliação do desempenho dos profissionais da educação, devem ser

considerados, dentre outros, os seguintes aspectos:

I. Atuação no processo ensino-aprendizagem.

II. Integração e interrelação com a escola, com a família e com a comunidade.

III. Cumprimento das atribuições do cargo.

IV. Participação na elaboração da proposta pedagógica, no planejamento de

atividades e programas, reuniões, conselhos e outras, desenvolvidas pela

escola.

V. Assiduidade e pontualidade do profissional.

VI. Participação em estudos e capacitações, que propiciem a formação

continuada;

VII. Abertura em relação às inovações na área pedagógica e interesse para com

elas.

Parágrafo único – Os instrumentos destinados à avaliação do desempenho dos

profissionais da educação encontram-se descritos no Sistema de Gestão da

Qualidade de Ensino, respectivos a cada função.

Seção III - Da Avaliação Institucional

Art. 93 A avaliação institucional é um mecanismo de acompanhamento contínuo das

condições estruturais e de funcionamento da unidade de ensino, para o

39

aperfeiçoamento da qualidade de ensino por ela oferecido e a melhoria da

produtividade.

Art. 94 A avaliação institucional deve ser realizada por meio dos procedimentos e

instrumentos definidos no Sistema de Gestão da Qualidade de Ensino, envolvendo

os diferentes segmentos que integram a comunidade.

Parágrafo único – Os resultados da avaliação institucional devem ser consolidados

em relatórios, a serem apreciados pela comunidade escolar.

CAPÍTULO III – DA ESCRITURAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO ESCOLAR

Art. 95 Ao diretor e ao secretário da unidade de ensino cabe a responsabilidade por

toda a escrituração e expedição dos documentos escolares, com as especificações

que assegurem a clareza, a regularidade e a autenticidade da vida escolar do

educando, em conformidade com a legislação vigente.

Art. 96 Os atos escolares, para efeito de registro e arquivamento, devem ser

escriturados em livros e fichas padronizadas, conforme procedimentos do Sistema

de Gestão da Qualidade de Ensino, observando-se os regulamentos e as

disposições legais vigentes.

Art. 97 Todos os funcionários são responsáveis pela guarda e inviolabilidade dos

arquivos e dos documentos escolares.

40

TÍTULO X – DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 98 A legislação que modifique ou invalide disposições do presente Regimento

tem aplicação imediata e automática.

Art. 99 As atribuições do pessoal da escola deveres, direitos, responsabilidade e

funcionamento dos setores encontram-se normatizadas no Sistema Gestão da

Qualidade de Ensino.

Art. 100 Os casos omissos neste Regimento são resolvidos pela Mantenedora da

Escola, Direção e Conselho Escolar, respeitada a legislação vigente e terá uma

vigência mínima de três anos.

Art. 101 O presente Regimento pode ser alterado, respeitando os prazos na

legislação vigente, devendo as alterações propostas ser submetidas à apreciação do

Conselho Municipal de Educação.

Art. 102 Este Regimento entra em vigor no ano letivo seguinte ao de seu protocolo

no Conselho Municipal de Educação, para aprovação do mesmo, desde que

atendidas às normas regimentais do Órgão Normatizador.