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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO Unidade Auditada: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - CHC-UFPR Município - UF: Curitiba - PR Relatório nº: 201505179 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO PARANÁ RELATÓRIO DE AUDITORIA Senhor Chefe da CGU-Regional/PR, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201505179, apresentamos os resultados dos exames realizados sob atos e consequentes fatos de gestão, ocorridos na supra-referida, no período de 01/03/2014 a 31/07/2015. I ESCOPO DO TRABALHO Os trabalhos foram realizados na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, filial Complexo do Hospital de Clínicas - UFPR, no período de 01 a 31 de julho de 2015, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao serviço público federal, objetivando o acompanhamento preventivo dos atos e fatos de gestão ocorridos no período de abrangência do trabalho, qual seja, 01/03/2014 a 31/07/2015. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames, realizados por amostragem, sobre as áreas da Unidade de Imagem e Radioterapia. II RESULTADO DOS EXAMES 1 GESTÃO OPERACIONAL 1.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 1.1.1 EFICIÊNCIA DOS RESULTADOS OPERACIONAIS

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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1

SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

Unidade Auditada: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - CHC-UFPR

Município - UF: Curitiba - PR

Relatório nº: 201505179

UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO

PARANÁ

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Senhor Chefe da CGU-Regional/PR,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201505179,

apresentamos os resultados dos exames realizados sob atos e consequentes fatos de

gestão, ocorridos na supra-referida, no período de 01/03/2014 a 31/07/2015.

I – ESCOPO DO TRABALHO

Os trabalhos foram realizados na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, filial

Complexo do Hospital de Clínicas - UFPR, no período de 01 a 31 de julho de 2015, em

estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao serviço público federal,

objetivando o acompanhamento preventivo dos atos e fatos de gestão ocorridos no

período de abrangência do trabalho, qual seja, 01/03/2014 a 31/07/2015. Nenhuma

restrição foi imposta aos nossos exames, realizados por amostragem, sobre as áreas da

Unidade de Imagem e Radioterapia.

II – RESULTADO DOS EXAMES

1 GESTÃO OPERACIONAL

1.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

1.1.1 EFICIÊNCIA DOS RESULTADOS OPERACIONAIS

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1.1.1.1 INFORMAÇÃO

Informações gerais sobre os fluxos administrativos da Unidade de Imagem e

Radioterapia

Fato

No presente relatório consta o resultado da análise da Unidade de Imagem e

Radioterapia do CHC (UNIR), tendo como escopo os fluxos administrativos e de

controle, a produção de exames e condições da infraestrutura do Serviço, bem como a

avaliação dos fatores que levam a formação de filas e longos tempos de espera para

alguns procedimentos.

A UNIR está vinculada à Gerência de Atenção à Saúde e é responsável pela realização

dos exames de Raio-X, Tomografia Computadorizada, Ultrassonografia, Mamografia,

Ressonância Magnética e Cintilografia. Ressalte-se que o Serviço de Radioterapia

atualmente somente presta serviço de irradiação de hemocomponentes e não tem

atendimento direto ao paciente e não tem fila de espera, por isso não foi objeto de

análise no momento.

As ecografias/ultrassons, as biópsias de mama e as ressonâncias são

realizadas/acompanhadas por médicos. Os demais exames são realizados por técnicos

ou médicos residentes. Os médicos são responsáveis pelos laudos, alguns são realizados

por residentes e supervisionados pelos médicos e outros são elaborados pelo próprio

médico. Sendo assim, respeitando as exceções acima, a produção médica é composta

pela quantidade de laudos realizados e/ou supervisionados e não da realização do exame

em si.

A seguir serão abordados os fluxos individualizados para cada tipo de exame realizado

pela Unidade.

A – DESCRIÇÃO DO FLUXO DE ATENDIMENTO DE PACIENTES PARA

EXAMES:

A.1) Exames de Radiologia:

O Serviço realiza aproximadamente 105 tipos de RX. Os exames são agendados pela

Central de Agendamento para 15 a 20 dias antes da consulta de retorno. Não há fila de

espera.

Os exames de radiologia da especialidade de ortopedia são agendados no mesmo dia da

consulta (uma hora antes da mesma) a pedido dos médicos, que não solicitam laudos,

com exceção do raio-x de tórax para fins cirúrgicos, cujo laudo é encaminhado para o

anestesiologista.

A.2) Exames de Tomografia Computadorizada:

O Serviço realiza aproximadamente 24 tipos de Tomografia Computadorizada. Os

exames são agendados pela Central de Agendamento e o tempo de espera pode variar

conforme o tipo (parte do corpo). Exemplos: para pelve, que não tem muita demanda,

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~20 dias de espera; abdômen ~3 meses; coluna somente para o próximo ano; tórax, caso

não seja atendimento emergencial, somente vagas para o próximo ano.

As agendas são abertas para um intervalo de seis meses. No final de junho/2015 não

havia mais vaga para este ano em alguns tipos de exames e somente em julho seria

aberta a agenda para janeiro/2016. No caso de o paciente não conseguir agendar para o

2º semestre/2015, ele é orientado a ligar em julho/2015 a fim de verificar a abertura de

novas vagas, caso positivo ele deve se dirigir ao CHC com sua guia para realizar (ou

tentar) o agendamento.

Voltando ao exemplo da tomografia de tórax: na data de 23 de junho os pacientes que

necessitavam realizar a tomografia foram orientados a voltar no dia seguinte para tentar

agendar para o dia 21/12/2015 porque haveria duas vagas disponíveis nesta data. Caso o

paciente retorne dia 24 e ainda assim não consiga uma dessas duas vagas, o mesmo é

orientado a voltar no dia seguinte e assim por diante até que consiga o agendamento.

Esta situação leva o paciente a chegar cada vez mais cedo no CHC na tentativa de

garantir um agendamento para seu exame. No dia 29 de junho já não havia mais vaga

para dezembro e os pacientes foram encaminhados ao Serviço a fim de conseguir uma

vaga extra ou são orientados a ligar em julho para acompanhar a abertura da agenda

para janeiro de 2016.

As vagas são ofertadas pela UNIR conforme a capacidade operacional disponível. A

Central de Agendamentos só é responsável pelo agendamento do exame conforme a

oferta do serviço, sem ter ingerência sobre as datas e disponibilidades.

A.3) Exames de Ultrassonografia/Ecografia:

O Serviço realiza aproximadamente 37 tipos de Ultrassonografia/Ecografia. Segue a

mesma rotina de agendamento dos exames de Tomografia. Para alguns tipos os

agendamentos são realizados de imediato, mas para outros o prazo é maior e a oferta

não fica disponível no SIH, neste caso para que o paciente consiga o agendamento é

necessário que o mesmo retorne de tempos em tempos ao HC para consultar a

disponibilidade das vagas. Os pacientes com justificativa médica (emergência) são

encaminhados direto ao Serviço para que seja encaixado numa das vagas extras. Em

março os exames extavam sendo agendados para setembro/2015. Os laudos são

emitidos no momento do exame. Os exames levam em média seis meses para serem

agendados.

A.4) Exames de Mamografia.

O Serviço realiza cinco variações de mamografia. Os exames são agendados pela

Central de Agendamento e o exame é agendado para 30 dias antes da consulta agendada

de retorno. Não há fila de espera.

A.5) Exame de Ressonância Magnética.

Este exame começou a ser realizado no CHC em janeiro de 2014, antes o mesmo era

realizado por meio de contrato com clínica particular (CETAC). Mesmo nesta época já

havia fila de espera.

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O Serviço realiza aproximadamente 20 tipos de Ressonância Magnética. A agenda é

realizada manualmente pela UNIR. Em março de 2015 começou o processo de inserção

das informações necessárias no SIH para que a agenda pudesse ser gerida por ele e o

agendamento pudesse ser repassado à Central de Agendamento. Mas por escassez de

agentes administrativos não há previsão da conclusão dos trabalhos (posição

Julho/2015).

O agendamento segue o seguinte fluxo: paciente recebe do médico a Autorização de

Procedimento de Alto Custo – APAC (o exame foi solicitado via SIH e consta no

prontuário médico, como todos os demais); o paciente se dirige a UNIR, deixa a APAC

e recebe um protocolo para voltar tempo depois (em março de 2015 o retorno era para

março de 2016), para realizar o agendamento do exame.

As APACs são registradas em planilhas e todo mês são selecionadas de 100 a 130

pacientes do final da fila (mais antigos) e que tem consulta agendada para ocupar as

vagas. A UNIR não realiza a confirmação do paciente nos dias próximo ao exame e por

isso ocorre a falta de pacientes. Caso sobre vaga no dia por desistência ou impedimento

do paciente em realizar o exame, as mesmas são destinadas aos internados.

Pelo controle da UNIR há aproximadamente 1200 pessoas em fila de espera.

A.6) Exames de Cintilografia.

Este exame era realizado no HC por voluntários e também por contrato com clínica

particular (CERMEM) até metade de 2012. Após esse período os exames passaram a ser

realizados por clínicas conveniadas pela Prefeitura Municipal de Curitiba. O CHC tem

uma cota mensal na Contratualização para realização do exame em seus pacientes. A

UNIR mensalmente seleciona os pacientes, encaminha as APACs para a Gestão

Municipal que autoriza a realização dos exames. Esse valor é abatido do repasse mensal

para o CHC. A autorização demora 30 dias, então as autorizações são enviadas para

realização dos exames do mês seguinte.

A cota mensal é de R$ 25.600,00 e os valores dos exames variam de R$ 66,00 a R$

906,00.

Segundo informações da UNIR, a realização do exame não é registrada no SIH pela

ausência de laudo, pois o paciente não retorna a UNIR com o laudo e sem o mesmo não

há como lançar a realização no SIH. Ainda, não há prejuízo no fechamento mensal para

o faturamento, pois o valor é abatido do repasse mensal pelo Gestor Municipal.

A UNIR não acompanha a realização do exame pelo paciente. Caso o paciente não

retorne solicitando nova vaga ou informando que não pode realizar o exame, a UNIR

entende que o exame foi realizado. Segundo informações da Chefe da UNIR houve

apenas dois casos em que o paciente informou a não realização do exame e é muito

difícil o paciente desistir de realizá-lo.

Em consulta ao Sistema em 30/06/2015 constavam 1290 registros de solicitações, sendo

a mais antiga em 01/06/2010 e a mais recente em 27/02/2015. Destas, 30 foram

excluídas e 1256 estão com status de não agendada.

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A UNIR procura selecionar as APACs pelo ano de solicitação, mas demanda 60% do

valor para as solicitações com justificativa médica (em média um mês de espera) e 40%

para as solicitações normais (há casos de priorização de pacientes que recorrem à

Ouvidoria).

Na seleção dos pacientes da fila de espera a UNIR prioriza os pacientes que tem

consultas agendadas para os próximos cinco ou seis meses. No caso de necessitar de

mais vagas para atender esses pacientes, estuda a viabilidade de utilizar as vagas

destinadas aos pacientes com justificativas médicas.

Na devolução das autorizações pelo Gestor Municipal, a UNIR entra em contato com o

paciente para que o mesmo se dirija a UNIR para buscar a guia (entregue via protocolo)

e obter as informações relativas à realização do exame. É dado um prazo para que o

paciente busque a guia, pois a autorização tem validade. No caso de se aproximar a

expiração da vigência sem que o paciente tenha vindo buscar a guia, a UNIR seleciona

em sua fila de espera outros pacientes para fazer a substituição. Essas APACs são

novamente enviadas para a Prefeitura que realiza a autorização em caráter de urgência a

fim de que o HC não perca a vaga e possa dar vazão a sua fila.

A.7) Considerações sobre o fluxo de atendimento:

O CHC não dispõe de serviço institucionalizado de busca do paciente, ou seja, o CHC

não possui como prática rotineira o contato junto ao paciente para oferecer a vaga

disponível para o exame. Nos casos em que o paciente não vai à Central de

Agendamento ou diretamente ao Serviço, dependendo do caso, ou desiste da busca, ele

fica praticamente inativo no SIH, com status de exame não agendado. Segundo

informações dos responsáveis entrevistados, a demanda diária é muito alta e não chega a

“sobrar” vagas, com raras exceções, para ser ofertadas aos pacientes cadastrados.

Os exames com agendamento na Central de Agendamento não geram fila de espera, o

que se tem é o prazo de espera para o agendamento do exame. Por exemplo, a

tomografia de tórax em junho não há mais vagas para serem agendadas para 2015,

somente em julho sendo abertas as vagas para agendamentos a partir de janeiro/2016.

Percebe-se que, tal prática causa distorção ao tratamento isonômico dos pacientes.

Exemplificando, caso o paciente A procure o serviço no dia 20/06 ele é informado que

não há mais vagas (pelo menos até o final de 2015) e pede para retornar a partir de

julho. Outro paciente B procurado o serviço no dia 01 de julho e consegue o

agendamento do exame para 02 de janeiro de 2016, caso o paciente A citado

anteriormente retorne no dia 02 de julho, o agendamento dele irá ocorrer depois da data

do paciente B (nota-se que, o paciente A procurou o CHC antes do B, mesmo assim, foi

preterido no atendimento).

Tal evento ocorre em função da ausência de agenda única ou mecanismos de

busca/contato de pacientes, no propósito de priorizar o atendimento por ordem de

chegada.

Já os exames de Ressonância e Cintilografia que são agendados pela UNIR têm fila de

espera relacionada em planilhas e é controlada pelo Setor. Como dito anteriormente, os

dados dos exames de Ressonância Magnética estão sendo configurados no SIH e no

Sistema Radiológico Informático RISPAX (arquivamento eletrônico das imagens), mas

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ainda tem agenda controlada de forma manual, bem como a Cintilografia que não é

realizada no CHC e não tem agenda disponível na Central de Agendamento.

Outro fato que agrava a lenta vazão da fila de espera é que não há confirmações prévias

com os pacientes em dias próximos da data marcada e não há um aproveitamento

efetivo das vagas com os pacientes em fila de espera, ou seja, mesmo que haja a

desistência do paciente não há tempo hábil para chamar outro paciente que está

aguardando. Ressalte que muitas vezes o exame é agendado com cinco ou seis meses de

antecedência. Nestes casos o Serviço aproveita as vagas “ociosas” para dar vazão às

requisições com justificativas médicas, solicitações da Ouvidoria, demandas judiciais ou

até mesmo solicitações de funcionários que estejam aguardando a marcação do exame.

O fato demonstra que o Serviço não “perde” as vagas, somente não consegue dar vazão

a fila de espera que é longa (exemplo: Ressonância ~1200). Neste caso as vagas são

aproveitadas pelas demandas de emergências e Ouvidoria ou internados, mas pelo fluxo

complexo não há tempo hábil para colocar alguém que está na fila.

A seguir serão abordadas informações de produção de exames e procedimentos que

levam a formação de filas de espera.

B) INFORMAÇÕES GERENCIAIS SOBRE PRODUÇÃO:

Conforme levantamento realizado em 19 de junho de 2015 com dados extraídos do

relatório “Lista Situação de Exames Requisitados Agendados por período” do SIH,

tendo como escopo as ocorrências de agendamento, realização e cancelamento de

exames entre 01 de janeiro de 2010 (incluindo solicitações anteriores a 2010 que

continuavam na situação de não agendada até jan/2010) a 19 de junho de 2015, têm-se

as seguintes informações:

OBS – as informações gerenciais do presente item estão sujeitas as pequenas

divergências em função do critério de montagem de planilhas gerenciais do SIH. Tais

divergências não prejudicaram a análise.

Quadro U.1 – Exames por Situação – jan/2010* a Jun/2015:

Descrição do

Exame:

Qt. Com

situação em

branco****

Qt.

Solicitada

Qt. Agenda

futura*****

Qt.

Realizada

Qt.

Canc.**

Qt. Não

Agendada

RX 1980 334531 28 256428 47579 28.517

Tomografia

Computadorizada 765 83445 01 56084 23419 3.176

Ultrassom 1076 99623 33 55663 30142 12.709

Mamografia 10 17127 03 10475 5322 1.317

Ressonância

Magnética 837 19520 06 12743 1331 4.603

Cintilografia 0 1289 0 0*** 31 1.256

Total Geral 555.535 71 391393 107825 51.581

*solicitações anteriores ou do ano de 2010 realizadas em 2010.

**podendo ser: Cancelada, Excluída ou Paciente Não Compareceu.

*** exames realizados de cintilografia não são registrados no SIH.

****falta de preenchimento das informações no SIH.

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******número baixo em função do corte em jun/2015.

Fonte – SIH

Quadro U.2 – Exames realizados por ano –jan/2010 a Jun/2015 Descrição do

Exame: 2010 2011 2012 2013 2014 2015 TOTAL

RX 53273 45520 40216 48306 46552 22561 256428

Tomografia

Computadorizada 10491 11386 9051 8857 10644 5655 56084

Ultrassom 10675 10495 9979 10031 9701 4782 55663

Mamografia 2144 2308 1695 2003 1518 807 10475

Ressonância

Magnética 2054 2203 2113 2956 2180 1237 12743

Cintilografia*

Total Geral 78637 71912 63054 72153 70595 35042 391393

*as realizações de cintilografia não são registradas no SIH

Fonte – SIH

As informações dos quadros U.1 e U.2 demonstram que:

os exames da unidade mais realizados são: RX – 65% das realizações; seguidos

da tomografia e ultrassom com 14% e ~3% das realizações são de mamografia e

ressonância;

o índice de cancelamento ficou em 19% em relação às solicitações, sendo que a

mamografia 31%; ultrassom 30% e TC 28% foram as que apresentaram índices

maiores; o RX ficou com índice de 14% e a RM com 6,8%. Como a cintilografia

é controlada fora do SIH o número apresentado não é confiável;

há leve oscilação na produção de um ano para outro sendo que a média de 2010

a 2014 foi de 46773 para RX; 10086 para TC; 10176 para ultrassom; 1934 para

mamografia e 2300 para RM;

o ano de 2015 está acompanhando a média de produção, com exceção da mamografia

que realizou somente 42% para uma meta de 50% - 807 realizações para uma média de

1934 exames. ##/Fato##

1.1.1.2 CONSTATAÇÃO

Deficiência nos fluxos administrativos e de controle e falta de otimização no uso

dos recursos humanos e patrimoniais vêm gerando ineficácia na gestão da Unidade

de Imagem e Radioterapia.

Fato

O presente item tem como objetivo descrever a análise realizada sobre os fluxos

administrativos e de controle da Unidade de Imagem e Radioterapia. Também foi

realizada análise sobre o “tamanho da fila de espera” destes exames, comparativamente

com a capacidade produtividade instalada (médicos, técnicos de saúde, equipamentos e

salas), de forma a verificar a possibilidade de otimizar o uso dos recursos no propósito

de ampliar o atendimento para reduzir a fila.

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Considerando a interdependência dos fluxos e dos fatores de produção para a

mensuração da capacidade produtiva, inicialmente foram realizadas análises individuais

e, posteriormente, uma análise conjuntural.

A) DEFICIÊNCIA NO CONTROLE DA FILA DE EXAMES:

Seguem quadros contendo informações sintéticas dos exames da UNIR sobre o ano de

solicitação, ano do agendamento, ano da realização do exame e ano do cancelamento. O

quadro tem como objetivo ilustrar o fluxo quantitativo e cronológico entre o ano da

solicitação e o ano do atendimento, demonstrando que não há controle sobre a “fila de

pacientes” – isto é, primeiro que entra (primeira solicitação) deve ser o primeiro que é

atendido (excetuando as emergências).

Quadro U.3.1 – Comparativo Ano Solicitação X Ano Agenda, Realização e

Cancelamento - RX:

Qt. Geral de Situação. Ano Solicitação (Coluna) X Ano Agenda (Linha)

Ano Qt.

Solicitaç

ão

Qt.

Agenda

Qt.

Real

Qt. Cancel

ado Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010

2007 59 09 2007 02 02

55

2008 692

75 2008

03 01

03 685

2009 7336 675 2009 11 50 51 85 625 6510

2010 66488 62253 53273 9522 2010 44 171 448 1132 6123 55003

2011 61826 54359 45520 10430 2011 77 502 22299 7033 47607

2012 54995 50349 40216 9938 2012 168 1673 6932 42099 01

2013 59379 56071 48306 7245 2013 804 6927 46340

2014 56880 54318 46552 6688 2014 4691 44990

2015 26876 26684 22561 2997 2015 20887

Ano Solicitação (Coluna) X Ano Realização

(Linha) Ano Solicitação (Coluna) X Ano Cancelamento (Linha)*

Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010 Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010**

2007 01 01

48 2007 01 01 07

2008 03 01 613 2008 01 01 01 72

2009 09 24 29 53 543 5999 2009 02 27 22 32 83 509

2010 22 109 309 830 5531 46598 2010 22 87 3177 1269 593 4374

2011 49 365 1823 5425 39426 2011 33 3519 462 1677 4736

2012 121 1346 5546 33908 14 2012 1203 329 1335 7071

2013 649 5578 40559 2013 150 1298 5797

2014 3862 39126 2014 770 5918

2015 17848 2015 2997

*podendo ser: Cancelada, Excluída ou Paciente Não Compareceu.

**incluídos os cancelamentos anteriores a 2010.

Fonte – SIH

Quadro U.3.2 – Comparativo Ano Solicitação X Ano Agenda, Realização e

Cancelamento - TC:

Qt. Geral de Situação. Ano Solicitação (Coluna) X Ano Agenda (Linha)

Ano Qt.

SolicitQt.

Agenda Qt.

Real Qt.

CancelAno 2015 2014 2013 2012 2011 2010

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Qt. Geral de Situação. Ano Solicitação (Coluna) X Ano Agenda (Linha)

ação ado

Até

2007 05

Até

2007 02 03

2008 90 2008 06 03 13 68

2009 2316 131 2009 01 06 22 29 198 2060

2010 14829 14174 10491 3517 2010 05 22 40 108 2166 12041

2011 15814 15628 11386 4091 2011 04 41 182 1872 13250 2

2012 14921 14016 9051 4910 2012 28 160 2205 11997

2013 14552 14118 8857 5040 2013 72 2322 11661

2014 14709 14867 10644 4214 2014 1651 12309

2015 6209 7466 5655 1516 2015 5701

Ano Solicitação (Coluna) X Ano Realização

(Linha)

Ano Solicitação (Coluna) X Ano Cancelamento

(Linha)*

Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010 Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010

**

Até

2007 01 2010

Até

2007 01 01

2008 01 06 46 2008 05 03 06 23

2009 03 10 08 123 1360 2009 01 03 13 19 66 704

2010 04 13 21 43 1534 9081 2010 01 09 19 65 548 2920

2011 01 21 108 1108 9722 2011 05 27 74 697 3471

2012 19 92 1468 7884 2012 11 73 614 4126

2013 52 1540 7248 2013 18 731 4315

2014 1170 8968 2014 324 3371

2015 4408 2015 1155

*podendo ser: Cancelada, Excluída ou Paciente Não Compareceu.

**incluídos os cancelamentos anteriores a 2010.

Fonte – SIH

Quadro U.3.3 – Comparativo Ano Solicitação X Ano Agenda, Realização e

Cancelamento – Ultrassom:

Qt. Geral de Situação. Ano Solicitação (Coluna) X Ano Agenda (Linha)

Ano Qt.

Solicit

ação

Qt. Agenda

Qt.

Real

Qt. Cancel

ado Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010

2007 42 42 2007 01 40

2008 592 592 2008 03 43 09 15 35 487

2009 6132 6132 239 2009 05 28 43 59 438 5559

2010 17617 16411 10675 5197 2010 27 76 134 466 4582 11126

2011 18537 16938 10495 4815 2011 56 219 639 4821 11203

2012 16691 14874 9979 5087 2012 114 536 4170 10054

2013 18747 15840 10031 6003 2013 555 4914 10371

2014 16156 12941 9701 6277 2014 3642 9299

2015 5289 3144 4782 2529 2015 3144

Ano Solicitação (Coluna) X Ano Realização

(Linha)

Ano Solicitação (Coluna) X Ano Cancelamento

(Linha)*

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Qt. Geral de Situação. Ano Solicitação (Coluna) X Ano Agenda (Linha)

Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010 Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010**

2007 01 26 2007 01 14

2008 01 04 03 05 22 326 2008 02 39 06 10 12 162

2009 02 12 22 31 278 3538 2009 03 16 20 29 159 2019

2010 15 35 73 276 3189 6785 2010 11 45 886 448 1323 3241

2011 25 110 412 3176 7006 2011 33 1047 233 1412 3320

2012 63 305 2783 6491 2012 298 228 1317 3188

2013 326 3139 6738 2013 174 1668 3561

2014 2260 6095 2014 1111 3229

2015 2090 2015 897

* - podendo ser: Cancelada, Excluída ou Paciente Não Compareceu.

** - incluídos os cancelamentos anteriores a 2010.

Fonte – SIH

Quadro U.3.4 – Comparativo Ano Solicitação X Ano Agenda, Realização e

Cancelamento - Mamografia:

Qt. Geral de Situação. Ano Solicitação (Coluna) X Ano Agenda (Linha)

Ano Qt.

Solicit

ação

Qt. Agenda

Qt.

Real

Qt. Cancel

ado Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010

2007 01 2007 01

2008 61 2008 02 59

2009 1055 14 2009 05 07 55 988

2010 3645 3365 2144 783 2010 02 05 19 48 1166 2318

2011 2919 3348 2308 955 2011 01 11 53 676 2127

2012 2784 2497 1695 763 2012 11 31 782 1773

2013 3169 2950 2003 1180 2013 28 750 2086

2014 2683 2476 1518 1190 2014 565 1679

2015 810 1164 807 437 2015 552

Ano Solicitação (Coluna) X Ano Realização

(Linha)

Ano Solicitação (Coluna) X Ano Cancelamento

(Linha)*

Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010 Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010

**

2007 2007 01

2008 40 2008 04 17

2009 01 36 725 2009 04 11 25 253

2010 03 01 08 31 825 1379 2010 05 234 79 466 527

2011 01 03 36 484 1447 2011 231 16 186 465

2012 08 12 511 1180 2012 104 18 266 498

2013 17 433 1448 2013 10 308 648

2014 352 1069 2014 194 628

2015 425 2015 125

*podendo ser: Cancelada, Excluída ou Paciente Não Compareceu.

**incluídos os cancelamentos anteriores a 2010.

Fonte – SIH

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Quadro U.3.5 – Comparativo Ano Solicitação X Ano Agenda, Realização e

Cancelamento – RM:

Qt. Geral de Situação. Ano Solicitação (Coluna) X Ano Agenda (Linha)

Ano Qt.

Solici

tação

Qt. Agenda

Qt.

Real

Qt. Canc

elado Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010

2007 01 2007 01

2008 19 2008 02 01 16

2009 374 2009 02 09 31 332

2010 2792 2340 2054 2010 01 05 21 45 439 1985

2011 3190 2487 2203 2011 01 16 98 500 2015 06

2012 3149 2407 2113 2012 07 41 609 1852

2013 4064 3413 2956 2013 47 524 2680

2014 3884 2640 2180 2014 436 2049

2015 2047 1630 1237 2015 1138

Ano Solicitação (Coluna) X Ano Realização

(Linha) Ano Solicitação (Coluna) X Ano Cancelamento (Linha)*

Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010 Ano 2015 2014 2013 2012 2011 2010

2007 01 2007

2008 01 15 2008 02 01

2009 02 04 22 315 2009 05 09 17

2010 02 11 24 408 1717 2010 01 03 10 21 31 268

2011 01 04 85 458 1771 2011 12 13 43 243

2012 01 26 564 1627 2012 06 15 47 223

2013 25 483 2293 2013 25 48 378

2014 354 1660 2014 90 381

2015 856 2015 282

*podendo ser: Cancelada, Excluída ou Paciente Não Compareceu.

Fonte – SIH

As informações dos Quadros U.3.1 a U.3.5 demonstram que:

Entre 60 a 70% das solicitações de RX são atendidas no mesmo ano e ~10% no

ano seguinte.

Os exames de TC apresentam uma tendência de elevação do índice de

agendamento/realização no mesmo exercício, visto que em 2015, 71% das

solicitações já foram realizadas; em 2014, 61% das solicitações foram atendidas

no mesmo ano; em 2013 e 2012 o índice ficou em 50% da realização do exame

no mesmo ano da solicitação; em 2011 e 2010 esse índice ficou em 61%.

De 35% a 39% dos exames de ultrassonografia são realizados no mesmo ano da

solicitação; e de 14%~18% dos exames são realizados no ano seguinte.

De 2010 a 2013, 60% das mamografias eram realizadas até o ano seguinte da

solicitação; em 2014 e jun/2015 o índice ficou em 52%, aumentando o intervalo

entre a solicitação e realização dos exames.

Na realização das RM pode-se observar que a cada ano o índice de realização de

exames no mesmo ano da solicitação vem caindo de 61% em 2010, 55% em

2011, 52% em 2012, 56% em 2013, 42% em 2014 e 2015.

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Os quadros demonstram que somente o RX apresenta uma situação mais

confortável em relação ao tempo de atendimento das solicitações; os dados da

TC demostram uma prioridade maior ao atendimento das solicitações recentes

em detrimento das antigas; em junho/2015 a produção estava em 6209 de

exames, 41% em relação à produção dos anos anteriores que teve média de

14968 exames por ano.

Em todos os exames foi possível observar que algumas solicitações podem levar

mais de cinco anos para serem atendidas, bem como a existência de exames

solicitados em 2011 a 2013 ainda sendo agendados/realizados em 2015,

demonstrando que não está sendo observada a priorização sobre as requisições

mais antigas.

Cabe destacar que a requisição/solicitação do exame não tem prazo de validade e a

qualquer momento ela pode ser utilizada. Tal situação pode prejudicar a análise

gerencial dos quadros anteriores. A utilização da solicitação antiga pode ocorrer em

pelo menos duas situações:

quando um paciente retorna ao CHC seja para mesma especialidade ou por outra

qualquer e há a disponibilização da vaga e ele decide por realizar o exame, a requisição

utilizada é a mesma, mesmo que seja de, por exemplo, 5 anos atrás; e

quando o paciente tem uma requisição e aguarda uma vaga eletiva, porém o quadro se

agrava justificando um exame de urgência, o CHC irá usar a mesma requisição. Neste

caso tem-se uma requisição antiga sendo atendida numa vaga prioritária.

Os quadros seguintes demonstram o tempo médio em dias entre a data da solicitação e a

data da realização, corroborando a situação relatada da deficiência no controle da fila de

espera. Outra situação levantada nas análises foi o intervalo entre a solicitação e a

realização do exame. O resultado demonstra que o paciente não prioritário pode levar

anos a ser atendido.

A título de ilustração foram apurados os intervalos de tempo entre a data da solicitação

e a da realização dos Serviços de RX e Tomografia Computadorizada. Foi possível

constatar intervalo de 4078 dias de uma tomografia realizada em 2015 e solicitada em

16/01/2004; intervalos acima de 1800 dias para exames de RX. Mas também ficou

evidenciado que 76% dos exames de RX realizados de 2010 a junho/2015 foram

realizados em menos de 22 dias e 53% em menos de um dia, em média.

Quadro U.4 - média de tempo em dias – intervalo entre solicitação e realização de

exame do RX: Ano de

realização

Total

realizado Média de tempo em dias

2010 53179

628 dias para 669 – variando de 501 a 1008 dias;

231 dias para 7.368 exames – variando de 101 a 500 dias;

79 dias para 3.582 exames – variando de 61 a 100 dias;

24 dias para 12.109 exames – variando de 02 a 60 dias.

0,07 dias para 29.443 exames – variando de 0 a 01 dia.

08 exames foram registrados com inconsistências.

2011 45431

589 dias para 647 – variando de 501 a 948 dias;

235 dias para 6.408 exames – variando de 101 a 500 dias;

79 dias para 3.955 exames – variando de 61 a 100 dias;

24 dias para 9.470 exames – variando de 02 a 60 dias.

0,06 dias para 24.922 exames – variando de 0 a 01 dia.

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Ano de

realização

Total

realizado Média de tempo em dias

28 exames foram registrados com inconsistências.

2012 40197

1112 dias para 29 – variando de 1000 a 1418 dias;

632 dias para 980 – variando de 501 a 998 dias;

230 dias para 6.218 exames – variando de 101 a 500 dias;

80 dias para 3.109 exames – variando de 61 a 100 dias;

22 dias para 8.241 exames – variando de 02 a 60 dias.

0,09 dias para 21.585 exames – variando de 0 a 01 dia.

35 exames foram registrados com inconsistências.

2013

48294

1158 dias para 180 – variando de 1000 a 1719 dias;

687 dias para 2096 – variando de 501 a 999 dias;

254 dias para 6.422 exames – variando de 101 a 500 dias;

78 dias para 3.332 exames – variando de 61 a 100 dias;

21 dias para 11.196 exames – variando de 02 a 60 dias.

0,10 dias para 25.048 exames – variando de 0 a 01 dia.

19 exames foram registrados com inconsistências.

2014 46551

2262 dias para 04 – variando de 2153 a 2539 dias;

1239 dias para 341 – variando de 1000 a 1993 dias;

673 dias para 1535 – variando de 501 a 999 dias;

252 dias para 6.634 exames – variando de 101 a 500 dias;

79 dias para 2574 exames – variando de 61 a 100 dias;

20 dias para 11.438 exames – variando de 02 a 60 dias.

0,07 dias para 24.013 exames – variando de 0 a 01 dia.

11 exames foram registrados com inconsistências.

2015 22581

2222 dias para 06 – variando de 2051 a 2813 dias;

1312 dias para 130 – variando de 1000 a 1961 dias;

654 dias para 594 – variando de 501 a 999 dias;

220 dias para 3159 exames – variando de 101 a 499 dias;

79 dias para 1162 exames – variando de 61 a 100 dias;

19 dias para 5936 exames – variando de 02 a 60 dias.

0,08 dias 11.587 exames – variando de 0 a 01 dia.

06 exames foram registrados com inconsistências.

Fonte - SIH

Os dados mostram que:

78% dos exames realizados em 2010 foram realizados com uma variação de tempo de

até 24 dias (55% em até um dia).

76% dos exames realizados em 2011 foram realizados com uma variação de tempo de

até 24 dias (55% em até um dia).

74% dos exames realizados em 2012 foram realizados com uma variação de tempo de

até 24 dias (54% em até um dia).

75% dos exames realizados em 2013 foram realizados com uma variação de tempo de

até 24 dias (52% em até um dia).

76% dos exames realizados em 2014 foram realizados com uma variação de tempo de

até 24 dias (52% em até um dia).

78% dos exames realizados em 2015 foram realizados com uma variação de tempo de

até 24 dias (51% em até um dia).

Quadro U.5 - média de tempo em dias – intervalo entre solicitação e realização de

exames de T.C.: Ano de

realização

Total

realizado Média de tempo em dias

2010 10491

588 dias para 52 – variando de 501 a 1223 dias;

144 dias para 3353 exames – variando de 61 a 500 dias;

28 dias para 2232 exames – variando de 04 a 60 dias.

1 dia para 4701 exames – variando de 0 a 03 dias.

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Ano de

realização

Total

realizado Média de tempo em dias

95 exames foram registrados com inconsistências.

2011 11386

649 dias para 136 – variando de 501 a 989 dias;

137 dias para 3.919 exames – variando de 61 a 100 dias;

21 dias para 2564 exames – variando de 04 a 60 dias.

1 dia para 4749 exames – variando de 0 a 03 dias.

66 exames foram registrados com inconsistências.

2012 9050

1126 dias para 06 – variando de 1000 a 1420 dias;

644 dias para 980 – variando de 503 a 965 dias;

145 dias para 2.684 exames – variando de 61 a 485 dias;

21 dias para 1850 exames – variando de 04 a 60 dias.

1 dia para 4.340 exames – variando de 0 a 03 dias.

111 exames foram registrados com inconsistências.

2013 8857

1241 dias para 26 – variando de 1000 a 1609 dias;

657 dias para 118 – variando de 503 a 965 dias;

155 dias para 3.161 exames – variando de 61 a 499 dias;

24 dias para 1677 exames – variando de 04 a 60 dias.

1 dia para 3756 exames – variando de 0 a 03 dias.

119 exames foram registrados com inconsistências.

2014 10644

1293 dias para 28 – variando de 1000 a 1861 dias;

680 dias para 111 – variando de 503 a 999 dias;

160 dias para 3.034 exames – variando de 61 a 500 dias;

20 dias para 2.512 exames – variando de 04 a 60 dias.

1 dia para 4.834 exames – variando de 0 a 03 dias.

125 exames foram registrados com inconsistências.

2015 5654

4078 dias para 01 exame

1264 dias para 16 – variando de 1000 a 1841 dias;

682 dias para 42 – variando de 508 a 993 dias;

156 dias para 1.324 exames – variando de 61 a 500 dias;

20 dias para 1.331 exames – variando de 04 a 60 dias.

0 dia para 2.910 exames – variando de 0 a 03 dias.

30 exames foram registrados com inconsistências.

Fonte: SIH

Os dados mostram que:

66% dos exames realizados em 2010 foram realizados com uma variação de tempo de

até 28 dias (45% em até 03 dias).

64% dos exames realizados em 2011 foram realizados com uma variação de tempo de

até 21 dias (42% em até 03 dias).

68% dos exames realizados em 2012 foram realizados com uma variação de tempo de

até 21 dias (48% em até 03 dias).

61% dos exames realizados em 2013 foram realizados com uma variação de tempo de

até 24 dias (42% em até 03 dias).

69% dos exames realizados em 2014 foram realizados com uma variação de tempo de

até 20 dias (45% em até 03 dias).

75% dos exames realizados em 2015 foram realizados com uma variação de tempo de

até 20 dias (51% em até 03 dias).

B) ELEVADO ÍNDICE DE CANCELAMENTO, GERANDO RETRABALHO:

No período de março de 2014 a fevereiro de 2015 ocorreram 107327 registros de

exames do Serviço de Imagem e Radioterapia no SIH. O quadro abaixo mostrará a

quantidade de exames por situação:

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Quadro U.6 - registros de exames da UNIR por situação: Tipo de

exame Qt total Situação e Motivo

RX 65176

7848 não agendados; 31 sem situação indicada – em branco; 46095

realizados; 1202 não realizados. Dos não realizados 5752 foram excluídos

pela Unidade executante; 2671 o paciente faltou e 2779 foram cancelados:

938 a pedido do paciente; 451 por problemas com o paciente; 178 por

erros no agendamento; 255 a pedido da unidade solicitante; 10 por

problemas técnicos; 874 por outros motivos e 73 sem identificação do

motivo.

Tomografia

Computadori

zada

15442

737 não agendados; 150 sem situação indicada – em branco; 10649

realizados; 3906 não realizados. Dos não realizados 428 foram excluídos

pela Unidade executante; 932 o paciente faltou e 2546 foram cancelados:

134 a pedido do paciente; 46 por problemas com o paciente; 30 por erro no

agendamento; 152 a pedido da unidade solicitante; 35 por problemas

técnicos; 2121 por outros motivos e 28 sem identificação do motivo.

Ultrassom 19406

3266 não agendados; 252 sem situação indicada – em branco; 24

agendados; 9602 realizados e 6262 não foram realizados. Dos não

realizados 1609 foram excluídos pela Unidade executante; 1909 o paciente

faltou e 2744 foram cancelados: 416 a pedido do paciente; 187 por

problemas com o paciente; 94 por erro no agendamento; 907 a pedido da

unidade solicitante; 185 por problemas técnicos; 875 por outros motivos e

80 sem identificação do motivo.

Mamografia 3052

460 não agendados; 04 sem situação indicada – em branco; 1447

realizados; 1141 não realizados: Dos não realizados 321 foram excluídos

pela Unidade executante; 198 o paciente faltou e 622 foram cancelados: 71

a pedido do paciente; 05 por problemas com o paciente; 08 por erro no

agendamento; 160 a pedido da unidade executante e 378 por outros

motivos.

Ressonância 4251

1519 não agendados; 183 sem situação indicada – em branco; 2256

realizados; 296 não realizados: Dos não realizados 185 foram excluídos

pela Unidade executante; 72 o paciente faltou e 36 foram cancelados: 22 a

pedido da unidade solicitante e 14 por motivos diversos.

Fonte - SIH

Não há dados de realização de Cintilografia no SIH.

Os dados demonstram que, no período de mar/2014 a fev/2015:

Raio X - 70% dos exames solicitados foram realizados. Dos exames não realizados:

23% não foram realizados pela falta do paciente; 64% dos exames não realizados (87%

das causas de cancelamentos e os excluídos) foram motivados pelo próprio CHC. Os

demais cancelamentos foram a pedido do paciente ou por motivos de saúde do mesmo;

Tomografia Computadorizada - das TC solicitadas, 69% foram realizadas e das não

realizadas 71% as causas foram dadas pelo CHC e em 24% o paciente faltou;

Ultrassonografia - foram realizadas 49% das solicitações. A falta do paciente foi 30%

das causas da não realização, enquanto que a não realização motivada pelo CHC ficou

em 60%;

Mamografia - 47% dos exames solicitados foram realizados e o índice de falta do

paciente foi de 17% e a não realização motivada pelo CHC foi de 76%; e

Ressonância Magnética - realizou 53% das solicitações. A falta do paciente causou 24%

das não realizações e 74% das não realizações foram motivadas pelo CHC.

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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 16

Nesse período o índice de falta do paciente médio foi de 23~24%, enquanto que a

Mamografia apresentou melhor índice com 17% e a Ultrassonografia pior com 30%.

A média de realização em relação à solicitação dos exames foi de 58%.

Cabe destacar que 620 solicitações não têm indicação de “situação” no SIH, ou seja, não

foi indicada se a mesma está aguardando agendamento, se foi cancelada, excluída ou

realizada. Das 620 solicitações, 252 são de Ultrassom, 183 de RM, 150 de TC, 31 de

RX e quatro de Mamografia.

A falta de identificação da situação prejudica a análise dos dados, mas prejudica ainda

mais o paciente que se estiver aguardando o agendamento do exame poderá não ser

atendido, ao contrário, poderá aumentar a lista de pacientes “inativos” no SIH.

Percebeu-se na análise dos dados que os cancelamentos e/ou exclusões não estavam

justificados, sendo assim não há informações gerenciais que possam ajudar a

diagnosticar os reais motivos da não realização dos exames.

A não realização do exame na data marcada, seja qual for o motivo, gera prejuízo ao

HC, considerando:

atrasa o andamento da fila em função da perda de tempo pelo retrabalho. O

corpo administrativo se envolve no trabalho burocrático de cancelar e reagendar

pacientes; e

inconveniência e desconforto ao paciente: muitos dos exames requerem preparo

prévio, como jejum, ingestão de medicamentos, anestesia, internação, etc. O

cancelamento prejudica o paciente que teve que submeter a tais processos, bem

como, gera custos extras ao hospital pela necessidade de preparar novamente o

paciente.

C) EVOLUÇÃO DA FILA DE ESPERA:

A situação dos exames da Unidade de Imagem e Radioterapia (ilustrado numericamente

nos quadros U.3.1~U.3.5) apresentou a seguinte evolução entre janeiro de 2010 a junho

de 2015:

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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 17

C.1) Exames de Raio X:

Gráfico U.1 – Comparação Solicitação X Realização X Cancelamento

Gráfico U.2 – Evolução do quantitativo de pacientes em fila – Jan/2010 a Jun/2015

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

1/1

/20

10

4/1

/20

10

7/1

/20

10

10

/1/2

01

0

1/1

/20

11

4/1

/20

11

7/1

/20

11

10

/1/2

01

1

1/1

/20

12

4/1

/20

12

7/1

/20

12

10

/1/2

01

2

1/1

/20

13

4/1

/20

13

7/1

/20

13

10

/1/2

01

3

1/1

/20

14

4/1

/20

14

7/1

/20

14

10

/1/2

01

4

1/1

/20

15

4/1

/20

15

Solicitação Realização Cancelamento

10000

15000

20000

25000

30000

35000

1/1

/20

10

4/1

/20

10

7/1

/20

10

10

/1/2

01

0

1/1

/20

11

4/1

/20

11

7/1

/20

11

10

/1/2

01

1

1/1

/20

12

4/1

/20

12

7/1

/20

12

10

/1/2

01

2

1/1

/20

13

4/1

/20

13

7/1

/20

13

10

/1/2

01

3

1/1

/20

14

4/1

/20

14

7/1

/20

14

10

/1/2

01

4

1/1

/20

15

4/1

/20

15

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Gráfico U.3 – Aumento ou redução da fila – Jan/2010 a Jun/2015

As informações dos gráficos U.1, U.2 e U.3 demonstram que:

para todo período o número de solicitações superou o número de realizações

(U.4);

em janeiro de 2010 a unidade possuía 8.087 pacientes em fila e em junho de

2015 a unidade possuía 30.543pacientes em espera (U.2), assim, a média de

acumulação foi de 340,24 pacientes por mês (22.456 pacientes / 66 meses);

o quantitativo de pacientes em fila atingiu o pico em abril de 2013 (32.854),

apresentando comportamento decrescente a partir desta data (U.2);

o gráfico U.1 demonstra correlação entre o número de solicitações e o número

de realizações, demonstrando o controle da demanda por parte da unidade

executante;

entre Jan/2010 a Mai/2012 ocorreu um aumento acentuado de pacientes em fila

– para o patamar dos ~30.000. Após esta data, a fila se manteve neste patamar,

com leve tendência de baixa; e

conforme informações prestadas pela Unidade, esta “fila” não seria real, mas em

boa parte formada por solicitações, praticamente, inativas de pacientes no SIH,

visto que no desinteresse do paciente em realizar o exame a solicitação fica

parada no SIH.

-700

-200

300

800

1300 1

/1/2

01

0

4/1

/20

10

7/1

/20

10

10

/1/2

01

0

1/1

/20

11

4/1

/20

11

7/1

/20

11

10

/1/2

01

1

1/1

/20

12

4/1

/20

12

7/1

/20

12

10

/1/2

01

2

1/1

/20

13

4/1

/20

13

7/1

/20

13

10

/1/2

01

3

1/1

/20

14

4/1

/20

14

7/1

/20

14

10

/1/2

01

4

1/1

/20

15

4/1

/20

15

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C.2) Exames de Tomografia Computadorizada:

Gráfico U.4 – Comparação Solicitação X Realização X Cancelamento

Fonte - SIH

Gráfico U.5 – Evolução do quantitativo de pacientes em fila – Jan/2010 a Jun/2015

Fonte - SIH

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800 ja

n-1

0

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

Solicitação Realização Cancelamento

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

jan

-10

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

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Gráfico U.6 – Aumento ou redução da fila – Jan/2010 a Jun/2015

Fonte - SIH

As informações dos gráficos U.4, U.5 e U.6 demonstram que:

para todo período o número de solicitações superou o número de realizações

(U.4);

em janeiro de 2010 a Unidade possuía 2.411 pacientes em fila e em junho de

2015 a unidade possuía 4.073pacientes em espera (U.5), assim, a média de

acumulação foi de 25,18 pacientes por mês (1.662 pacientes / 66 meses);

o quantitativo de pacientes em fila atingiu o pico em setembro de 2013 (5.124),

apresentando comportamento decrescente a partir desta data (U.5);

o gráfico U.4 demonstra correlação entre o número de solicitações e o número

de realizações, demonstrando o controle da demanda por parte da unidade

executante;

entre Out/2013 a Jan/2014 ocorreu uma redução da “fila” – do patamar de 5.000

para 4.000, fato este ocorrido em função da redução do quantitativo de

solicitações (média de 1.055 para este período contra uma média de 1.227 para

todo o período em análise).

-600

-500

-400

-300

-200

-100

0

100

200

300

400

jan

-10

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

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C.3) Exames de Ultrassom (Ecografia):

Gráfico U.7 – Comparação Solicitação X Realização X Cancelamento

Fonte - SIH

Gráfico U.8 – Evolução do quantitativo de pacientes em fila – jan/2010 a jun/2015

Fonte - SIH

0

500

1000

1500

2000

2500

jan

-10

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

Solicitação Realização Cancelamento

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

jan

-10

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

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Gráfico U.9 – Aumento ou redução da fila – jan/2010 a jun/2015

Fonte - SIH

As informações dos gráficos U.7, U.8 e U.9 demonstram que:

para todo período o número de solicitações superou o número de realizações

(U.7) – exceto maio de 2015;

em janeiro de 2010 a unidade possuía 6.766 pacientes em fila e em junho de

2015 a unidade possuía 14.056 pacientes em espera (U.8), assim, a média de

acumulação foi de 110,45 pacientes por mês (7.290 pacientes / 66 meses);

o quantitativo de pacientes em fila atingiu o pico em setembro de 2014 (16.539),

apresentando comportamento decrescente a partir desta data (U.8);

o gráfico U.7 demonstra correlação entre o número de solicitações e o número

de realizações, demonstrando o controle da demanda por parte da Unidade

executante; e

a partir de nov/2014 ocorreu uma redução da “fila” – do patamar de 16.000 para

14.000, fato este ocorrido em função da redução do quantitativo de solicitações

(média de 945 para este período contra uma média de 1.407 para todo o período

em análise).

-500

-300

-100

100

300

500

jan

-10

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

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C.4) Exames de Mamografia:

Gráfico U.10 – Comparação Solicitação X Realização X Cancelamento

FONTE - SIH

Gráfico U.11 – Evolução do quantitativo de pacientes em fila – jan/2010 a jun/2015

Fonte - SIH

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450 ja

n-1

0

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

Solicitação Realização Cancelamento

1000

1200

1400

1600

1800

2000

jan

-10

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

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Gráfico U.12 – Aumento ou redução da fila – jan/2010 a jun/2015

Fonte - SIH

As informações dos gráficos U.10, U.11 e U.12 demonstram que:

para todo período o número de solicitações superou o número de realizações

(U.10) – exceto março a maio de 2015;

em janeiro de 2010 a unidade possuía 1.117 pacientes em fila e em junho de

2015 a unidade possuía 1.344 pacientes em espera (U.11), assim, a média de

acumulação foi de 3,44 pacientes por mês (227 pacientes / 66 meses);

o quantitativo de pacientes em fila atingiu o pico em março de 2014 (2.021),

apresentando comportamento decrescente a partir desta data (U.11);

o gráfico U.10 demonstra correlação entre o número de solicitações e o número

de realizações, demonstrando o controle da demanda por parte da unidade

solicitante;

a partir de abr/2014 ocorreu uma redução da “fila” – do patamar de 2.000 para

1.400, fato este ocorrido em função da redução do quantitativo de solicitações

(média de 197 para este período contra uma média de 242 para todo o período

em análise – percebe-se uma queda acentuada nas solicitações a partir de

dez/2014); e

conforme informações prestadas pela Unidade, esta “fila” não seria real, mas em

boa parte formada por solicitações, praticamente, inativas de pacientes no SIH,

visto que no desinteresse do paciente em realizar o exame a solicitação fica

parada no SIH.

-400

-300

-200

-100

0

100

200

300

jan

-10

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

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C.5) Exames de Ressonância Magnética:

Gráfico U.13 – Comparação Solicitação X Realização X Cancelamento

FONTE - SIH

Gráfico U.14 – Evolução do quantitativo de pacientes em fila – jan/2010 a jun/2015

FONTE - SIH

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500 ja

n-1

0

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

Solicitação Realização Cancelamento

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

jan

-10

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 26

Gráfico U.15 – Aumento ou redução da fila – jan/2010 a jun/2015

Fonte - SIH

As informações dos gráficos U.13, U.14 e U.15 demonstram que:

para todo período o número de solicitações superou o número de realizações

(U.13);

em janeiro de 2010 a unidade possuía 394 pacientes em fila e em junho de 2015

a Unidade possuía 5.446 pacientes em espera (U.14), assim, a média de

acumulação foi de 76,55 pacientes por mês (5.052 pacientes / 66 meses);

o quantitativo de pacientes em fila se encontra em tendência ascendente, com

oscilações negativas mínimas (U.14); e

o gráfico U.13 demonstra correlação entre o número de solicitações e o número

de realizações, demonstrando o controle da demanda por parte da unidade

executante.

D – MENSURAÇÃO DA CAPACIDADE OPERACIONAL DO SERVIÇO DE

IMAGEM E RADIOTERAPIA

D.1) Histórico de produção e capacidade produtiva dos médicos:

D.1.1) Escala de serviços:

Em março de 2015, a escala de serviço presencial dos médicos vinculados a UNIR

estava assim distribuída. Vale descrever que, na coluna CH Semanal consta a jornada

semanal do servidor e na coluna CH Presencial consta a jornada em serviço presencial:

Obs.: neste item, para o serviço de Ultrassonografia é utilizado o termo Ecografia, que

trata do mesmo exame.

-50

0

50

100

150

200

jan

-10

abr-

10

jul-

10

ou

t-1

0

jan

-11

abr-

11

jul-

11

ou

t-1

1

jan

-12

abr-

12

jul-

12

ou

t-1

2

jan

-13

abr-

13

jul-

13

ou

t-1

3

jan

-14

abr-

14

jul-

14

ou

t-1

4

jan

-15

abr-

15

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Quadro U.7. – distribuição dos médicos da UNIR

Médico CH

Semanal Escala/exames

CH

Presenci

al

Cumpriment

o de CH

presencial na

UNIR

N.R.S. 40 12h terça, 6h tarde quarta e 6h sexta manhã

Tomografia + sobreaviso.

24

60%

S.A.O. 20 6h segunda tarde e 6h quinta manhã

Tomografia + sobreaviso. 12 60%

A.M.G.T.C. 40

6h segunda manhã Tomografia.

6h terça tarde, 6h quarta manhã e 6h quinta

tarde Ecografia + sobreaviso.

24 60%

K.R.V.F. 40

6h quarta manhã Tomografia

6h segunda tarde, 6h terça tarde e 6h quinta

manhã Ecografia + sobreaviso.

24 60%

A.A.Z. 40 6h quinta tarde e 12h sexta Ecografia

6h quarta tarde RX + sobreaviso. 24 60%

C.S.M. 20 3h segunda tarde 6h terça manhã 3h quinta

manhã Ecografia + sobreaviso. 12 60%

L.G.G.L. 20 4h segunda tarde, 4h quarta tarde e 4h sexta

manhã Ecografia + sobreaviso. 12 60%

J.A.L. 40

6h segunda manhã, 6h quarta tarde, 6h

quinta tarde e 6h sexta tarde RX +

sobreaviso.

24 60%

L.A.L.F. 20 6h terça manhã e 6h sexta manhã RX +

sobreaviso. 12 60%

M.C.Z. 20 6h terça manhã e 6h terça tarde RX +

sobreaviso. 12 60%

M.A.S. 20 6h quarta noite e 6h quinta noite RX +

sobreaviso. 12 60%

M.H.L. 20 4h terça manhã, 4h quarta manhã e 4h sexta

manhã Mamografia + sobreaviso. 12 60%

R.A.Y.B. 20

7h terça tarde 2h10min quarta tarde 4h

quinta tarde e 6h50min sexta tarde

Ressonância.

20 100%

A.R.C.F.

20

7h segunda tarde, 7h quarta tarde e 6h quinta

manhã Ressonância.

Mar a out/2014 – servidora saiu em licença

maternidade em novembro.

20 100%

D.B.B. 20

5h segunda manhã, 5h terça manhã, 5h

quarta manhã e 5h sexta manhã

Ressonância.

20 100%

Os médicos do Serviço de Imagem e Radioterapia que não cumprem 100% de carga

horária presencial estão escalados para “sobreaviso” no restante de sua carga horária. Os

médicos são escalados para “sobreavisos” de uma semana a cada 45 dias, dependendo

do percentual de horas a ser cumprida na complementação de sua carga horária. Vale

salientar que, não há previsão de cumprimento da jornada em sobreaviso pelo servidor

federal, conforme Lei nº 8.112/90.

Quadro U.8. – distribuição das escalas dos médicos que tem sobreaviso da UNIR Dia da

semana CH Presencial

CH horária

contratada*

Diferença entre CH a

contratada e a CH escalada

Segunda-feira 06 horas pela manhã - 25 40 +28=68 horas 68-31 = 37

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Dia da

semana CH Presencial

CH horária

contratada*

Diferença entre CH a

contratada e a CH escalada

horas à tarde

Terça-feira 24 horas pela manhã - 18

horas à tarde 40 +28=68 horas 68 – 42 = 26

Quarta-feira

16 horas pela manhã - 28

horas à tarde

06 horas à noite

40 +28=68 horas 68 – 50 = 18

Quinta-feira 12 horas pela manhã - 22 à

tarde - 06 horas à noite 40 +28=68 horas 68 – 40 = 28

Sexta-feira 29 pela manhã - 12 horas à

tarde 40 +28=68 horas 68 – 41 = 27

Total 204 horas com escala

presencial

340 horas

contratadas 136 sobreaviso

*cinco servidores de 40 horas e sete de 20 horas

O quadro U.8 demonstra que a Unidade de Imagem e Radioterapia dispõe de uma escala

de médicos (excluindo os que cumprem toda a CH presencial) de no máximo 204 horas

semanais, no entanto se toda a carga horária fosse presencial o HC poderia contar com

até 340 horas, 40% a mais.

A escala de sobreaviso atual dispõe ao HC 136 horas que equivalem a ~11 plantões de

12 horas que poderiam ser utilizadas para cobertura com plantões noturnos e finais de

semana de forma presencial sem a necessidade de utilizar pagamento de APH.

Levantamento de produção médica de março de 2014 a fevereiro de 2015 extraído do

SIH demonstrou que há registros de realização de exames de ecografia nos finais de

semana para alguns médicos. Não há registro de realização de exames de radiologia e

tomografia, ainda que haja escala de sobreaviso para esses Serviços. Cabe destacar que

dos Serviços que tem escala de sobreaviso (TC, ecografia e RX) somente os exames de

ecografia e alguns do raio-x há a participação dos médicos, nos demais exames de raio-

x e nas tomografias a participação dos médicos é no laudo. Sendo assim, os registros de

realização de laudos nos finais de semanas foram desconsiderados para efeito de

sobreaviso de médicos, pois de fato são registros no SIH realizados pelos técnicos

administrativos da Unidade, conforme informação da UNIR.

Seguem abaixo os registros encontrados no levantamento. Foram observadas as catracas

dos médicos que tiveram produção registrada no SIH nos finais de semana nos meses de

janeiro e fevereiro de 2015 e é pertinente destacar que os registros nas catracas nos dias

úteis foram realizados normalmente, porém nos finais de semana não há registro. Tal

situação fragiliza a comprovação da presença do médico no CHC. Ainda, o SIH permite

o registro de produção em nome do médico responsável, mesmo que o procedimento

tenha sido realizado somente por médico residente.

Quadro U.9 – registro do SIH do Serviço de Ultrassonografia de mar/2014 a fev/2015. Data Médico Catraca

22/03/2014 – sábado

A.M.G.T. Não analisada

04/05/2014 – domingo

11/05/2014 – domingo

15/06/2014 – domingo

28 e 29/06/2014 – sábado e domingo

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Data Médico Catraca

26 e 27/07/2014 – sábado e domingo

13 e 14/09/2014 – sábado e domingo

04 e 05/10/2014 – sábado e domingo

01 e 02/11/2014 – sábado e domingo

08 e 09/11/2014 – sábado e domingo

16/11/2014 – domingo

06 e 07/12/2014 – sábado e domingo

17 e 18/01/2015 – sábado e domingo A.M.G.T. Sem registro de catraca

07/02/2015 – sábado A.M.G.T. Registro de saída às 8h30min.

09/03/2014 – domingo A.A.Z. Não analisada

31/05/2014 – sábado

09 e 10/08/2014 – sábado e domingo

A.A.Z. Não analisada 16 e 17/08/2014 – sábado e domingo

26/10/2014 – domingo

14/12/2014 – domingo

31/01/2015 – sábado A.A.Z. Sem registro de catraca

28/02/2015 – sábado A.A.Z.

01 e 02/03/2014 – sábado e domingo

C.S.M. Não analisada

06/04/2014 – domingo

12/04/2014 – sábado

19 e 20/04/2014 – sábado e domingo

24/05/2014 – sábado

15/06/2014 – domingo

19 e 20/07/2014 – sábado e domingo

11 e 12/10/2014 – sábado e domingo

15/11/2014 – sábado

29 e 30/11/2014 - sábado e domingo

10 e11/01/2015 - sábado e domingo C.S.M. Sem registro de catraca

09/03/2014 – domingo

K.R.V.F. Não analisada

15 e 16/2014 - sábado e domingo

13/04/2014 – domingo

17 e 18/05/2014 - sábado e domingo

14 e 15/06/2014 - sábado e domingo

22/06/2014 – domingo

23/08/2014 – sábado

06 e 07/09/2014 - sábado e domingo

27/09/2014 – sábado

22 e 23/11/2014 - sábado e domingo

21/12/2014 – domingo

14 e 15/02/2015 - sábado e domingo K.R.V.F. Sem registro de catraca para

todos os dias.

06/04/2014 – domingo

L.G.G.L. Não analisada

20/04/2014 - domingo

05/07/2014 – sábado

02/08/2014 – sábado

20 e 21/09/2014 - sábado e domingo

18 e 19/10/2014 - sábado e domingo

25 e 26/10/2014 - sábado e domingo

15 e 16/11/2014 - sábado e domingo

24/01/2015 – sábado L.G.G.L. Sem registro de catraca

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Data Médico Catraca

10/05/2014 – sábado

M.H.L. Não analisada 17/05/2014 – sábado

07 e 08/06/2014 - sábado e domingo

12 e 13/07/2014 - sábado e domingo

04/01/2015 – domingo M.H.L. Sem registro de catraca

21 e 22/02/2015 - sábado e domingo M.H.L. Não analisada

Ainda que não tenha sido possível analisar as catracas de todo o período, observou-se

que:

não há registro de produção dos serviços de tomografia computadorizada e

radiologia no período;

em consequência de não produção dos serviços de tomografia e radiologia não

houve registro de produção dos médicos escalados para sobreaviso destes

serviços – N.R.S, J.A.L, M.C.Z, L.A.L.F, M.A.S e S.A.O; e

com exceção de um registro de saída de A.M.G.T, não houve registro de catraca

para nenhum plantonista nos meses de janeiro e fevereiro de 2015.

D.1.2) Produção médica:

Quadro U.10 - distribuição da CH dos médicos da UNIR x produção SIH no período de

março/2014 a fevereiro/2015

Médico/

CH Escala presencial Produção de exames

Média de

procedimentos

Mês

(1)

Semana

(2)

N.R.S.

40h

24 horas na TC +

sobreaviso

3981 tomografias.

24 horas = 17 minutos por tomografia. 332 83

S.A.O.

20h

12 horas na TC +

sobreaviso.

2819 tomografias.

12 horas = 12 minutos por tomografia. 235 59

A.M.G.T

.C

40h

6 horas na TC +

18 horas na

Ecografia +

sobreaviso

445 TC e 3351 ecografias.

6 horas = 40 minutos por tomografia

18 horas = 15 minutos por ecografia

37 TC

279 Eco

9 TC

70 Eco

K.R.V.F.

40h

6 horas na TC +

18 horas na

Ecografia +

sobreaviso

334 tomografias e 3984 ecografias.

6 horas = 51 minutos por tomografia

18 horas = 20 minutos por ecografia

28 TC

332 Eco

07 TC

83 Eco

A.A.Z.

40h

18 horas na

Ecografia + 6

horas no RX +

sobreaviso.

3051 ecografias e 2002 RX.

18 horas = 17 minutos por ecografia

6 horas = 09 minutos por RX

254 Eco

167 RX

64 Eco

42 RX

C.S.M.

20h

12 horas na

Ecografia +

sobreaviso.

4797 procedimentos, sendo 4264

ecografias e 553 laudos de tomografia.

O médico ajuda na Tomografia no seu

turno

12 horas = 7 minutos por exame.

355 Eco

46 TC

88 Eco

12 TC

L.G.G.L.

20h

12 horas na

Ecografia +

sobreaviso

4293 ecografias.

12 horas = 8 minutos por ecografia. 258 89

J.A.L.

40h

24 horas no RX +

sobreaviso

1995 RX.

24 horas = 34 minutos por RX. 166 42

L.A.L.F.

20h

12 horas no RX +

sobreaviso

4116 RX.

12 horas = 8 minutos por RX. 343 86

M.C.Z. 12 horas no RX + 4732 RX. 394 99

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Médico/

CH Escala presencial Produção de exames

Média de

procedimentos

Mês

(1)

Semana

(2)

20h sobreaviso 12 horas = 7 minutos por RX.

M.A.S.

20h

12 horas no RX +

sobreaviso

4352 RX.

12 horas = 8 minutos por RX 363 91

M.H.L.

20h

12 horas na

Mamografia +

sobreaviso

2077 Mamografias.

12 horas = 17 minutos por mamografia. 173 43

R.A.Y.B.

20h 20 horas na RM

372 de Ressonância e 91 de tomografia.

O médico ajuda na Tomografia no seu

turno

20 horas = 120 minutos por exame.

31 RM

8 TC

8 RM

2TC

A.R.C.F.

20h

20 horas na RM

Mar a out/2014 –

servidora saiu em

licença

maternidade em

novembro.

681 de ressonância e 71 de tomografias.

A médica ajuda na Tomografia no seu

turno

20 horas = 52 minutos por exame

85 RM

8 TC

21 RM

2 TC

D.B.B.

20h 20 horas na RM

1572 de ressonância e 462 de tomografia.

A médica ajuda na Tomografia no seu

turno

20 horas = 28 minutos por exame

131 RM

40 TC

33 RM

10 TC

(1) – Para produção Mensal = Produção Anual / 12;

(2) – Para produção Semanal = Produção Mensal /4.

O quadro demostra que:

somente os médicos da ressonância magnética cumprem toda a carga horária de

forma presencial;

em março a Chefe da UNIR informou que a M.C.Z. estava cumprindo toda a

carga horária presencial, mas na escala consta apenas 12 horas presenciais.

somente as quartas e quintas-feiras há escala para médico no período da noite.

com exceção dos médicos da ecografia e RM que realizam/supervisionam os

exames, os demais médicos somente fazem os laudos.

Conforme demonstrado no Quadro U.9, não há evidencias da presença dos médicos nas

ocasiões de sobreaviso.

Pode ser observada acentuada discrepância entre a produção médica. Enquanto um

médico gasta em média 12 minutos para laudar uma tomografia outro pode levar até 51

minutos. Da mesma maneira a RM pode levar de 28 a 120 minutos para sua realização e

emissão de laudo, como segue:

Quadro U.11 – tempos médios comparativos entre os médicos por especialidade Médico Média de procedimentos

N.R.S. 24 horas semanais = 83 laudos = 17 minutos por tomografia

S.A.O. 12 horas semanais = 59 laudos = 12 minutos por tomografia

A.M.G.T.C. 06 horas semanais = 09 laudos = 40 minutos por tomografia

K.R.V.F. 06 horas semanais = 07 laudos = 51 minutos por tomografia

A.A.Z. 18 horas semanais = 70 exames + laudos = 15 minutos por ecografia

C.S.M. 18 horas semanais = 83 exames + laudos = 13 minutos por ecografia

L.G.G.L. 06 horas semanais = 64 exames + laudos = 17 minutos por ecografia

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Médico Média de procedimentos

J.A.L. 12 horas semanais = 89 exames + laudos = 08 minutos por ecografia

L.A.L.F. 12 horas semanais = 88 exames + laudos ecos + 12 laudos de TC = 07 minutos por

exame

M.C.Z. 18 horas semanais = 42 laudos = 09 minutos por RX

M.A.S. 24 horas semanais = 42 laudos = 34 minutos por RX

M.H.L. 12 horas semanais = 86 laudos = 08 minutos por RX

R.A.Y.B. 12 horas semanais = 99 laudos = 07 minutos por RX

A.R.C.F. 12 horas semanais = 91 laudos = 08 minutos por RX

D.B.B. 12 horas semanais = 43 laudos = 17 minutos por Mamografia

N.R.S. 20 horas semanais = 08 exames + laudos RM + 02 laudos de TC = 120 minutos por

exame.

S.A.O.

20 horas semanais = 21 exames + laudos RM + 02 laudos de TC = 52 minutos por

exame.

Produção de mar a out/2014 – servidora saiu em licença maternidade em novembro.

A.M.G.T.C. 20 horas semanais = 33 exames + laudo RM + 10 laudos de TC = 28 minutos por

exame.

Observou-se das informações acima que:

como já descrito, somente os exames de ecografia e ressonância são realizados

ou supervisionados diretamente por médicos, nos demais exames a participação

médica é no laudo. A ecografia tem tempo médio de 13,25 minutos (com

variação de 8min a 17min) de realização e laudo;

para a RM foram encontrados tempos médicos de 28, 52 e 120 minutos, portanto

sem parâmetro. Os laudos de RX tem tempo médio de 8 minutos, com exceção

do J. L. que gasta 34 minutos por laudo. A Tomografia tem tempo médio de 14

minutos para dois médicos e 45 minutos para outros dois. Em comparação aos

demais exames o tempo de 45 minutos está fora do padrão. O laudo de

Mamografia está levando 17 minutos, um pouco alto em comparação com os

demais, mas dentro de um padrão.

A UNIR desenvolveu um controle interno para registrar contagem diária da produção de

laudos dos médicos, tendo em vista que o registro do laudo no SIH é mais moroso e

pode ter um atraso de até dois meses em função da deficiência na quantidade de

digitadores. Ressalte que os médicos e residentes elaboram os laudos a mão e depois os

mesmos são digitados no SIH.

Quadro U.12 – Produção registrada diariamente em controle interno da UNIR x SIH

Médico Serviço

Qt de laudos pelo CI Total

CI

Produçã

o SIH

janeiro/2015 fevereiro/2015 Jan e

fev/2015

N.R.S.

Tomografia

03 sem residentes*

89 com residentes

26 sem residentes

315 com residentes 433 561

S.A.O. 03 sem residentes

89 com residentes

16 sem residentes

265 com residentes 373 547

A.M.G.T.C. 02 sem residentes

71 com residentes

03 sem residentes

18 com residentes 94 112

K.R.V.F. 00 sem residentes

35 com residentes

26 sem residentes

14 com residentes 75 60

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Médico Serviço

Qt de laudos pelo CI Total

CI

Produçã

o SIH

janeiro/2015 fevereiro/2015 Jan e

fev/2015

C.S.M. 09 sem residentes

35 com residentes

00 sem residentes

42 com residentes 86 79

K.R.V.F. Ecografia

32 sem residentes

75 com residentes

Férias a partir do dia 19

40 sem residentes

91 com residentes

Férias a partir do dia 26

238 510

A.M.G.T.C. Ecografia 02 sem residentes

193 com residentes

01 sem residentes

46 com residentes

Férias a partir do dia 09

242 492

C.S.M.

Ecografia

46 sem residentes

161 com residentes

35 sem residentes

113 com residentes

Férias a partir do dia 26

355 725

A.A.Z.

08 sem residentes

22 com residentes

Férias até dia 24

27 sem residentes

135 com residentes 192 419

L.G.G.L. 106 sem residentes

45 com residentes

87 sem residentes

46 com residentes 284 647

M.A.S.

RX

386 sem residentes

00 com residentes

296 sem residentes

00 com residentes 682 684

A.A.Z. 00 sem residentes

42 com residentes

02 sem residentes

120 com residentes 164 186

M.C.Z. 726 sem residentes

00 com residentes

372 sem residentes

00 com residentes 1098 1122

J.A.L. 00 sem residentes

172 com residentes

00 sem residentes

97 com residentes 271 284

L.A.L.F.

77 sem residentes

27 com residentes

férias de 13 a 24.

95 sem residentes

136 com residentes 335 454

M.H.L.

Mamografia

Férias de

26/01 a

14/02.

0 sem residente

67 com residente

0 sem residente

57 com residente 124 277

R.A.Y.B.**

Ressonância

33 sem residentes

12 com residentes

04 sem residentes

30 com residentes 79

49 RM

D.B.B.*** 01 sem residentes

95 com residentes

06 sem residentes

88 com residentes

190+

21

144 e 48

TC

*os médicos residentes pré-laudam os exames para depois serem revisados pelos médicos.

** não emitiu laudos de tomografia em jan e fev.

*** emitiu 15 laudos de tomografia em janeiro e 06 em fevereiro com residentes.

As diferenças nas quantidades mensais se devem ao fato de que o registro o SIH é

posterior, então a produção lançada em janeiro e fevereiro no SIH pode refletir a

produção médica cumulativa com meses anteriores. O objetivo deste controle é o de dar

conhecimento de forma rápida ao Chefe da UNIR em relação à produção diária de cada

médico, mas não é observado para fins de faturamento ou produção hospitalar.

Observa-se discrepância significativa na produção médica de um mês para o outro. No

mês de fevereiro a quantidade de laudos realizados pelos médicos da tomografia N.R.S.

e S.A.O. triplicaram em relação ao mês anterior. Em compensação a A.M.G.T.C., em

fevereiro, produziu 1/3 de laudos de tomografia em relação a janeiro. Situação

semelhante à M.C.Z. que produziu em fevereiro 50% do que produziu em janeiro. O

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R.A.Y.B. apresentou uma produção muito baixa tanto em janeiro como fevereiro.

Aparentemente não existe meta mensal estabelecida e a quantidade de exames a ser

laudada fica a critério de cada médico.

D.1.3) Considerações Finais sobre a produção médica:

Sinteticamente, as informações levantadas ao longo dos itens D.1.1 e D.1.2 demonstram

que:

conforme escala, o índice de frequência presencial foi de 60%, com exceção dos

médicos da RM que cumpre jornada 100% presencial. Assim, mesmo

desconsiderando a grande oscilação na produtividade dos médicos, pode-se

estimar um aumento médio de 67% na produtividade, alocando os profissionais

em regime presencial;

em relação ao regime de sobreaviso, o mesmo não possui respaldo legal,

somente sendo possível mediante pagamento de APH (isto é, além do

cumprimento da jornada regular). Eventuais necessidades de plantões poderão

ser cobertos por tal regime.;

deve ser avaliado o custo x benefício dos plantões, alocando os profissionais em

horários de maior produtividade e mantendo os plantonistas em quantitativo

compatível com as demandas.

há muita discrepância no tempo gasto por cada profissional para elaboração (em

muitos casos supervisão, visto que os mesmos são elaborados pelos médicos

residentes) dos laudos de 12 a 51 minutos na TC, de 8 a 17 minutos para RX e o

da RM que pode levar de 28 minutos até duas horas pela média do mesmo

serviço;

discrepância, também, pode ser observada na produção diária registrada pela

UNIR em controle próprio: enquanto em janeiro M.C.Z. fez 726 laudos, em

fevereiro fez apenas 372, praticamente 50% do mês anterior; J.A.L. em janeiro

laudou 172 exames e em fevereiro 97 (52% do mês anterior);

não há meta mensal estabelecida para produção de laudos e a quantidade é

definida a critério do profissional; e

o Quadro U.10 demonstra uma média de 184 laudos de Tomografia produzidos

semanalmente (média mar/2014 a fev/2015), frente a uma média de 219 exames

realizados semanalmente (Quadro U.3.2 – média semanal entre 2010 a 2015).

Tais informações demonstram que a diferença de produtividade entre os exames

realizados e a produtividade de emissão de laudos vem gerando fila de espera

para emissão de laudos.

Considerando as informações levantadas e o histórico entende-se que a capacidade de

atendimento dos médicos, de forma isolada, poderá ser ampliada em 40% (340 horas em

regime presencial, ao invés de 204 horas), além do potencial de aumento da

produtividade individual, considerando a existência de grande oscilação no tempo

médio dos exames.

Percebe-se uma subutilização do regime de plantão em sobreaviso, podendo manter

plantões com APH (conforme inciso II, art. 300 da Lei nº 11.907/2009, a única previsão

legal para a jornada em sobreaviso é o plantão sobreaviso com percepção de APH – o

que deve ser tratado como jornada extraordinária).

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D.2) Capacidade produtiva conforme infraestrutura física e equipamentos

disponíveis:

A seguir serão descritos a infraestrutura física, os equipamentos e as dificuldades

encontradas na gestão de cada Serviço, segundo informações obtidas da UNIR.

D.2.1 – Serviço de Radiologia Geral

O Serviço de Radiologia dispõe de três salas (em março de 2015, uma encontrava-se em

reforma). Os exames somente são cancelados por falta de insumos ou problemas com o

paciente. Neste caso a própria UNIR reagenda o paciente. O Serviço de Radiologia, seja

raio-x simples ou contrastado, não apresenta fila de espera real (mas sim solicitações

“inativas” no SIH) e mais de 70% das solicitações são atendidas em até 24 dias.

O Serviço funciona com 38 técnicos/tecnólogos em radiologia, porém um com

afastamento para tratamento médico há mais de um ano; seis auxiliares de operador de

radiologia, sendo que um atua como técnico em radiologia em regime de plantão; três

auxiliares/técnicos de enfermagem e uma recepcionista, além de quatro médicos. O

Serviço funciona em regime de 24 horas com atendimento aos eletivos de segunda a

sexta-feira em período integral. No período noturno (inclusive final de semana) o

Serviço funciona com um técnico plantonista e nos finais de semana durante o dia com

três técnicos atendendo o Serviço, sendo dois em leitos e um no saguão.

Em média são agendados 10 pacientes por hora das 7h às 19h. A produção diária que

varia de 180 na segunda-feira a 100 exames na sexta-feira, inclui eletivos, internados,

emergências e UPA. São aproximadamente 103 tipos de exames de radiologia que são

realizados entre simples e contrastados. Nem todos os exames são laudados, mas para

aqueles que necessitam os laudos são realizados por residentes com supervisão médica

ou somente por médicos.

Conforme quadro U.3.1, a média de atendimento nos últimos 5 anos foi de 971 exames

semanais, perfazendo uma média de 194 exames por dia ou 16 exames por hora (em um

regime de 12 horas).

Os técnicos são distribuídos para atender o saguão (três salas na Seção de Radiologia

Geral), os leitos e o centro cirúrgico.

As dificuldades encontradas na gestão do Serviço são:

técnicos demoram em liberar a sala, por exemplo, enquanto avalia a necessidade

de refazer o exame o paciente fica na sala e atrasa os demais pacientes;

exames para atender os pacientes da Ortopedia devem ser realizados momentos

antes da consulta médica, tal exigência médica tumultua e praticamente

interrompe o atendimento das demandas das demais Clínicas nos dias de

atendimento da Ortopedia.

dificuldades em preencher as escalas de técnicos tendo em vista que a jornada

acordada é de 20 horas enquanto a legislação exige 24 horas. Ressalte-se que

esse assunto foi tratado em Relatório específico.

atrasos dos servidores em ocupar seus postos de trabalho no início da jornada e

com saídas antecipadas.

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os exames são laudados de forma manuscrita pelos médicos e depois digitados

por administrativos no SIH. Na primeira quinzena de julho/2015 havia 80 laudos

de RX contrastados e 130 simples para serem inseridos no SIH.

D.2.2 – Serviço de Tomografia Computadorizada

O Serviço de Tomografia Computadorizada – TC dispõe de um equipamento com

capacidade de realizar em média seis exames por hora. Cabe destacar que segundo o

fabricante a realização é de quatro exames por hora, mas o Serviço implementou

algumas iniciativas de preparação do paciente que otimiza a permanência do mesmo

dentro da sala de exame. Outra informação importante é de que o tempo é de exame e

não de paciente, visto que um paciente pode realizar até cinco exames (partes do corpo)

no mesmo horário.

O Serviço funciona 24 horas, porém a maior demanda acontece nos dias úteis das sete

às dezessete horas. Os exames são realizados por cinco técnicos/tecnólogos em

radiologia de segunda a sexta-feira em período integral (12 horas – sendo três pela

manhã e dois pela tarde). São agendados por período (manhã e tarde) 15 exames

eletivos e realizados em média 05 exames em pacientes internados e 10 exames em

pacientes em situação de encaixe – emergência e UPA, totalizando em média 60 exames

por dia de atendimento (ou 300 exames semanais). Cabe destacar que em função da não

confirmação da agenda do exame há cerca de 30% de não comparecimento dos

pacientes no dia marcado (eletivos), segundo informações da Chefe da UNIR. No

período noturno e nos finais de semana um técnico em radiologia atende o Serviço em

regime de plantão (cinco técnicos de 12 horas).

Ainda que a produção média de realização de exames possa alcançar 300 exames por

semana, a produtividade médica (emissão de laudos baseados nos exames) foi de 184

laudos semanais (para o período de mar/2013 a fev/2015, conforme Quadro U.10),

gerando “fila na geração de laudos”.

Desconsiderando as grandes oscilações de tempo médio (já descrita no item D.1.3), caso

os médicos atuem 100% em regime presencial, se dedicando à emissão de laudos, o

potencial produtivo para emissão de laudos seria de 307 (184x1,67), estando mais

coerente com a produção semanal.

Segundo informações da UNIR a maioria dos pacientes internados é atendida das 7h00

às 17h00, pois depende do corpo de voluntários do HC para ajudar no acompanhamento

e locomoção dos pacientes. O equipamento da TC fica, praticamente, ocioso no período

noturno e nos finais de semana. Questionada sobre a possibilidade de atender os

pacientes internados nesses períodos com a finalidade de disponibilizar mais vagas

eletivas nos dias úteis, a UNIR informou que o assunto já foi discutido algumas vezes,

mas a possibilidade esbarra na falta de auxiliares de enfermagem nos Serviços em que

os pacientes se encontram internados, pois são eles os responsáveis pelo translado dos

pacientes.

As dificuldades encontradas na gestão do Serviço são:

administrar os estoques de exames aguardando laudo médico – em julho/15 o

estoque era de 1139 exames;

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ainda que não haja subespecialidade para os médicos radiologistas, internamente

os médicos acabam por adotar esta prática e isso é uma das causas do atraso na

emissão dos laudos;

atraso nos laudos pelo não cumprimento da carga horária estabelecida na escala

dos médicos; conforme informações da UNIR;

não cumprimento da jornada integral em regime presencial (os médicos têm

40% da escala em regime de “sobreaviso”);

acúmulo de serviço para os digitadores e assistentes administrativos, pois

precisam digitar todos os laudos no SIH, pois os médicos os fazem de forma

manuscrita;

estoque em julho/2015 de 1106 laudos de TC aguardando para serem digitados

na Central de Distribuição – cumulativamente com outros 510 laudos de RX e

RM que aguardam na fila; e

alguns técnicos têm resistência em registrar sua produção no SIH, contrariando o

Ofício Circular n° 07/2014-DAS/HC, de 30/09/2014, cuja orientação é para que

se mantenha atualizado o codnome do profissional no SIH e que a produção seja

registrada de forma a identificar de forma correta o que o profissional realizou.

D.2.3 – Serviço de Ultrassonografia

O Serviço de Ultrassonografia dispõe de três equipamentos com capacidade de realizar

20 exames por período. Os exames são realizados por cinco médicos com auxílio dos

assistentes de enfermagem. Os exames são laudados logo após a realização do exame.

O Serviço funciona de segunda a sexta-feira em período integral (12 horas), com

exceção de segunda-feira pela manhã, pois nenhum médico se dispõe a trabalhar nesse

período.

Segue quadro demonstrativo da oferta de serviços por semana:

Quadro U.13 - oferta semanal de exames do Serviço de Ultrassonografia Dia da

semana Horário Quantidade de exame Profissional

Quantidade

Total de exames

Segunda-

feira Manhã zero - 0

13 às 19 18 eletivos + 5 internados K.R.V.F. 23

13 às 17 08 eletivos + 5 internados L.G.G.L. 13

16 às 19 08 eletivos + 5 internados C.S.M. 13

Total geral 49

Terça-feira 08h30 às

14h30

08 eletivos + 5 internados (as vezes

inclui biopsia hematológica) C.S.M. 13

Total manhã 13

13 às 19 18 eletivos + 5 internados K.R.V.F. 23

13 às 19 18 eletivos + 5 internados A.M.G.T.C. 23

Total tarde 46

Total geral 59

Quarta-feira 07 às 13 18 eletivos + 5 internados A.M.G.T.C. 23

Total manhã 23

13 às 17 08 eletivos + 5 internados (inclui

biópsia) L.G.G.L.

13

Total tarde 13

Total geral 36

Quinta-feira 07 às 13 18 eletivos + 5 internados K.R.V.F. 23

10 às 13 08 eletivos + 5 internados C.S.M. 13

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Dia da

semana Horário Quantidade de exame Profissional

Quantidade

Total de exames

Total manhã 36

13 às 19 18 eletivos + 5 internados A.M.G.T.C. 23

13 às 19 18 eletivos + 5 internados A.A.Z. 23

Total tarde 46

Total geral 82

Sexta-feira 07 às 13 18 eletivos + 05 internados A.A.Z. 23

Total

manhã 23

13 às 17 08 eletivos + 5 internados L.G.G.L. 13

13 às 19 18 eletivos + 05 internados A.A.Z. 23

Total tarde 36

Total 59

Total pela manhã = 95 + total pela tarde = 190 285

Quadro U.14 – comparativo entre oferta semanal de exames x capacidade dos três

equipamentos

Dia da semana Período Capacidade do

equipamento Oferta de exames

Diferença a mais para

o equipamento

Segunda-feira Manhã 60 Zero 60

Tarde 60 49 11

Terça-feira Manhã 60 13 47

Tarde 60 46 14

Quarta-feira Manhã 60 23 47

Tarde 60 13 47

Quinta-feira Manhã 60 36 24

Tarde 60 46 14

Sexta-feira Manhã 60 23 37

Tarde 60 36 24

Total 600 285 315

Pode ser observado que:

que a oferta de serviço corresponde a 47,5% da capacidade instalada, ou seja, são

realizados aproximadamente 285 exames de ecografia quando poderiam ser realizados

em torno de 600 por dia;

segunda-feira de manhã o serviço não funciona por opção dos servidores médicos, pois

o HC dispõe de equipamentos e equipe assistencial no período;

a oferta de serviço é distribuída da seguinte forma: 18 pacientes eletivos mais cinco

internados para os médicos de 40 horas (6 horas por período) e oito eletivos mais cinco

internados para os médicos de 20 horas (4 horas por período). Essa distribuição enseja

que o médico de 6 horas gasta em média 16min por paciente enquanto que o de quatro

horas gaste em média pouco mais de 18min por paciente. Essa diferença representa dois

pacientes a mais por período de quatro horas;

a UNIR justificou que o maior despendido pelos médicos de quatro horas são em

virtude da realização de biópsias realizadas por eles, no entanto pode-se observar que as

biópsias são realizadas nas quartas-feiras e eventualmente nas terças-feiras, nos demais

dias os médicos de quatro horas realizam os mesmos procedimentos que os de seis

horas.

Segundo informações da UNIR para otimizar o uso dos equipamentos haveria a

necessidade de incrementar a equipe de auxiliares de enfermagem no Serviço.

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Conforme escala de serviço de março de 2015 da equipe de enfermagem, verificou-se

que o serviço contou com três servidores pela manhã e dois servidores pela tarde.

Conforme ilustrados nos Quadros U.13 e U.14, percebe-se que a divergência no número

de exames ofertados está relacionada com o número de médicos. Pela manhã, o número

de ofertas varia de 13 a 36 e a tarde varia de 13 a 49, apesar do quantitativo fixo da

equipe de enfermagem, significando que se pode atribuir como capacidade máxima de

produção da equipe de enfermagem, o quantitativo máximo da semana – isto é, 36x5

pela manhã e 49x5 pela tarde, totalizando 425.

D.2.4 – Serviço de Ressonância Magnética

O Serviço de Ressonância Magnética dispõe de um equipamento com capacidade de

realizar 12 exames por dia (12 horas). Os exames são realizados por três médicos (uma

encontra-se em licença maternidade) com auxílio dos assistentes de enfermagem e

técnicos. Os exames são laudados logo após a realização do exame.

O Serviço funciona de segunda a sexta-feira em período integral (12 horas), com

exceção de quinta-feira que funciona até às 16h20min. A oferta de serviço é de nove

pacientes eletivos e três internados; no caso da falta de algum paciente a vaga é ofertada

para o paciente internado no final do expediente.

O Serviço de Ressonância tem demanda reprimida e a fila ultrapassa 1000 pacientes.

Segundo a UNIR para aumentar a produtividade seria necessário viabilizar o terceiro

turno com a equipe própria.

D.2.5 – Serviço de Mamografia

O Serviço de Mamografia dispõe de um equipamento com capacidade de realizar quatro

exames por hora, perfazendo 32 exames para oito horas, perfazendo 160 exames

semanais. Os exames são realizados por um técnico de radiologia e uma médica que

lauda e faz as biópsias. Os exames são laudados logo após a realização do exame e

inseridos no SIH com um administrativo exclusivo para o Serviço.

O Serviço funciona nas terças, quartas e sextas-feiras pela manhã, ofertando em média

48 exames e não tem fila de espera. Destacando que, o número levantado no item C.4

(1400 pacientes) trata-se de “cadastro morto”.

A médica responsável pelo serviço de mamografia executa 60% da jornada em regime

presencial, ofertando 48 exames semanais. Caso a mesma atue 100% em regime

presencial, a capacidade de oferta de exames poderá ser ampliada para 80 exames

semanais.

Em relação à equipe de enfermagem, conforme escala de serviço de março de 2015, há

uma servidora escalada de segunda à sexta pela manhã (jornada de 6 horas).

Considerando que a médica somente realiza os exames nas terças, quartas e sextas pela

manhã, entende-se haver ociosidade. Assim sendo, o potencial produtivo seria

equivalente ao da médica, caso esta realizasse os exames em todos os dias da semana.

E) Considerações Finais sobre os Serviços da Unidade de Imagem e Radioterapia:

E.1) Resumo da produtividade frente à demanda:

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Segue quadro resumido com os principais indicadores de produção levantados no

presente relatório:

Quadro U.15 – Resumo dos principais indicadores

Descrição

Acumulaç

ão Mensal

de

Paciente

Oferta

média

semanal

Histórico

Produção

semanal*

Potencial

Produtivo

Médico

semanal

Potencial

Produtivo

Equipe

assistencial

semanal

Potencial

Produtivo

Equipamen

tos –

semanal

Raio-X 340

(C.1)** 600 (D.2.1) 971 (U.2) *** *** ***

Tomografia 25 (C.2) 300 (D.2.2) 212 (U.2) 307 (D.2.2) 300 (D.2.2) 300 (D.2.2)

Ultrassonogra

fia 110 (C.3) 285 (U.12) 211 (U.2) 476 (D.1.3) 425 (D.2.3) 600 (D.2.3)

Mamografia 3,44 (C.4) 48 (D.2.5) 40 (U.2) 80 (D.2.5) 80 (D.2.5) 160 (D.2.5)

Ressonância

Magnética 77 (C.5) 60 (D.2.4) 48 (U.2) 60 (D.2.4) 60 (D.2.4) 60 (D.2.4)

*total do quadro U.2/66 meses/4 semanas

**entre parênteses – indicação da informação no presente documento

***potencial produtivo não avaliado em função da dificuldade de mensuração (equipamentos

distribuídos em diversas localidades do HC – como UTI, Centro Cirúrgico, dificultando a

uniformização do uso destes).

Quadro U.16 – Quadro U.14 em comparação percentual:

Descrição

Acumulaçã

o Mensal de

Paciente

Oferta

média

semanal

Histórico

Produção

semanal

Potencial

Produtivo

Médico

semanal

Potencial

Produtivo

Equipe

assistencial

semanal

Potencial

Produtivo

Equipamen

to –

semanal

Raio-X 340 (C.1) 100% - - - -

Tomografia 25 (C.2) 100% 70,66% 102,33%% 100,00% 100,00%

Ultrassonografia 110 (C.3) 100% 74,04% 59,87% 67,06% 47,50%

Mamografia 3,44 (C.4) 100% 83,33% 60,00% 60,00% 30,00%

Ressonância

Magnética

77 (C.5) 100% 80,00% 100,00% 100,00% 100,00%

No Quadro U.16 as informações estão apresentadas tendo como parâmetro referencial o

quantitativo de Oferta Média Semanal. As informações do Quadro U.16 demonstram

que:

a média de produção histórica (jan/2010 a jun/2015) ficou abaixo da oferta

média semanal para os quatro serviços analisados. Nota-se que, se quer os

serviços ofertados estão sendo aproveitados, apesar da existência da fila,

demonstrando ineficiência na gestão dos pacientes;

o histórico de produção da tomografia demonstrou rendimento médio de 70%

em relação à oferta realizada. Conforme informações prestadas pela UNIR, tal

fato provém do elevado índice de ausência do paciente (cerca de 30% dos

pacientes faltam ao exame);

considerando que a média de acumulação mensal da fila da tomografia foi de 75

pacientes, caso consiga atender 300 pacientes por mês, doravante irá ocorrer

uma redução de 63 pacientes por mês (eliminação da fila em 64 meses – 4.073

pacientes em fila/63 pacientes por mês);

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a ultrassonografia possui potencial para elevar a sua produção de forma

significativa, podendo ser ampliada para 425 exames mensais (limitada pela

equipe de enfermagem), frente a um histórico de 211 exames mensais. Com o

aumento da produção irá ocorrer à interrupção de acúmulo de pacientes em

espera (média histórica de 110) e a redução gradativa da fila (atualmente na casa

dos 14.000 pacientes registrados no SIH);

na mamografia em função da inexistência de fila real ocorre a ociosidade no uso

dos equipamentos e dos profissionais, podendo ampliar a oferta de serviços; e

na ressonância magnética onde o acúmulo de pacientes em espera apresenta

crescimento constante (gráfico U.14) – 5.446 em jun/2015 – entende-se que está

sendo ofertado o quantitativo máximo. Entretanto, a média de atendimento entre

jan/2010 a jun/2015 indica 48 pacientes atendidos, significando a não utilização

do potencial total (de 60 pacientes). Caso a média para os 66 meses fosse de 60,

outros 792 pacientes teriam sido atendidos.

Por fim, as informações levantadas ao longo do relatório demonstram que:

RX - o maior problema da Radiologia Geral envolve o não cumprimento de

carga horária dos técnicos, bem como dos médicos, que resulta em maior tempo

de espera do paciente para ser atendido no dia agendado e também demora em

alguns laudos médicos;

TC – os problemas que prejudicam o desempenho do Serviço são: jornada em

sobreaviso que não é cumprida e, por conseguinte há atraso na produção de

laudos médicos; pacientes precisam ser concentrados em horários comerciais

pela falta de equipe de enfermagem para acompanhar os pacientes internados em

período noturno e finais de semana, prejudicando a expansão dos serviços para

esses horários; há fila de espera de mais de seis meses dependendo da

especialidade e em contrapartida há ociosidade do equipamento nos períodos

noturnos e finais de semana; os exames são laudados a mão pelos médicos e há

deficiência no quadro administrativo para inserir os laudos no SIH, o que acaba

por atrasar o atendimento da demanda de forma satisfatória;

Ultrassonografia – o Serviço não funciona na segunda-feira pela manhã por

desinteresse dos médicos, pois há equipe e equipamento disponíveis; os exames

normalmente têm uma espera de seis meses para serem agendados;

RM – segundo a UNIR está em sua capacidade máxima tanto de equipamento

quanto equipe médica, que cumpre toda carga presencial; há fila de espera de

mais de 1.200 pacientes, mas para aumentar a produção haveria a necessidade de

implantar o terceiro turno com a formação de nova equipe; há deficiência no

quadro de administrativo para contatar pacientes e gerenciar a fila de espera; e

Mamografia – pelo diagnóstico levantado o Serviço não apresenta demanda

reprimida; não há atraso nos laudos; o médico consegue atender a demanda em

12 horas semanais e poderia ser aproveito em oito horas para atender os demais

Serviços da Unidade.

Cintilografia – A UNIR gerencia o exame, mas não o realiza. Há cota mensal

de valor pré-estabelecido na contratualização com o Gestor Municipal. Segundo

a UNIR, seria mais eficiente se tal cota fosse dividida entre as Clínicas que mais

demandam os exames e cada qual organizasse seus pacientes conforme suas

urgências, tendo visto que a UNIR tem pouco ingerência sobre os pacientes que

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são selecionados, pois além da gravidade dos casos que já são referenciados

pelas Clinicas, há a observação à agenda da consulta de retorno.

há produção médica registrada no SIH para o Serviço de Ultrassonografia em

ocasiões de sobreaviso, porém sem a evidência da presença do médico no HC; e

os Serviços de Tomografia e Radiologia não têm produção médica para

plantões, o que é coerente, visto que para estes serviços os médicos somente

realizam os laudos, salvos exceções em raio-x contrastado.

Ao longo da Auditoria foram observadas algumas fragilidades as quais foram

demonstradas ao Gestor por meio da Nota de Auditoria nº 201501025-08, de 14 de

agosto de 2015, cujo teor será apresentado juntamente com a manifestação do Gestor.

Organização da fila de exames:

Ficou constatada a inobservância do atendimento do paciente conforme ordem de

chegada e dificuldade de contatar pacientes para confirmação/encaixe. Com a finalidade

de garantir isonomia e maior transparência, sugere-se:

criação de uma lista única de pacientes em espera (por tipo de exame), com

definição de critérios de atendimento. Não deve ocorrer situação em que o

paciente seja impossibilitado de agendar (mesmo quão distante seja esta data);

definição de critério de atendimento de situações emergenciais, de forma a não

comprometer o atendimento eletivo;

dar transparência à fila de espera, divulgando em sítio eletrônico; e

criar facilidades de comunicação com o paciente. Considerando as facilidades da

internet, sugere-se o uso de sítios e/ou redes sociais para a comunicação.

Por meio do Ofício nº 469/2015_GAB_Super/CHC-UFPR/EBSERH, de 30 de setembro

de 2015, a Superintendência encaminha o Ofício nº 815/2015_GAS/CHC-

UFPR/EBSERH com a seguinte manifestação:

“1) Organização da lista de exames: Informamos que as listas de espera de todo o

hospital, não apenas as da radiologia, estão em processo de informatização, conforme

contrato assinado com as unidades funcionais em 14/04/2015, porém devido a

limitações de rede lógica e de sistema, em um primeiro momento as listas serão

tabuladas em planilha enquanto se desenvolve o sistema para tal, que já está em

andamento através do Convênio 147/2014 para construção de uma ferramenta de

gestão para hospitais públicos e de ensino entre a Universidade Federal do Paraná e

as empresas MV e 2iM. Ainda (...), temos a informar que: a) Criação da lista única e impossibilidade de agendamento – em relação à lista única,

infelizmente, não é o recomendado assistencialmente, neste momento, por entender que

o Hospital trata de um número significativo de situações complexas, cuja aglomeração

em mesmo momento facilita a execução por parte do técnico e avaliação por parte da

equipe médica e evita assim perda de tempo pelo grande número de variações de

ajustes de parâmetros que teriam que ser alterados em outras situações. Em atenção à

limitação de agendamento, esta direção também entende que o paciente não deve ser

impedido de agendar seu exame qualquer que seja o tempo de espera. Porém estamos

trabalhando com duas novas frentes, uma já em implantação, que é o Setor de

Regulação em Saúde o qual irá incorporar o Núcleo Interno de Regulação e que vai

gerenciar todas as filas de espera do hospital. A segunda frente de trabalho será a

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implantação de um sistema de "Call Center", hoje inviável por limitação de recursos

humanos. Neste momento é possível apenas a lista de espera para contato telefônico

nas antecipações de agenda.

b) Definição de critérios de atendimento de situações emergenciais para não comprometer

o atendimento eletivo - Informamos que até o momento não havia este entendimento

por esta direção, porém, em algumas situações esta recomendação procede como no

caso da Ultrassonografia em que se pode disponibilizar estrutura diferenciada para

situações emergenciais e eletivas. Em relação à tomografia dispomos apenas de uma

máquina, esta recomendação não pode ser acatada, pois o hospital tem também uma

porta de entrada de AVC para Trombólise que atende ao município, uma modalidade

de tratamento com necessidade de ser realizada em até 6 horas do início dos sintomas.

Além desta situação existe ainda toda uma estrutura que demanda de exames

emergenciais, pacientes internados, etc. Considerando que a estrutura do exame atende

a todas as especialidades médicas do hospital fica impossível a limitação de exames

emergenciais em relação a horário ou quadro clínico, restando, como única opção a

otimização de agenda em relação ao absenteísmo, a ser avaliada com plano de

trabalho solicitado para nova gerente da unidade.

c) Dar transparência a fila de espera - em atenção a esta recomendação a única

possibilidade de transparência entendida é o plano em andamento de informatização e

controle das filas de espera, uma vez que qualquer publicização da fila implicaria em

quebra de sigilo e exposição de nomes de pacientes.

d) Criar facilidades de comunicação com o paciente - entendemos o Call Center como

uma provável solução estando no aguardo de dimensionamento de pessoas.”.

O CHC informou que está em fase de implantação uma ferramenta que ajudará no

gerenciamento das filas de esperas e que até então o controle está sendo realizado em

planilhas Excel.

Em relação à fila única de pacientes, ainda que com a adoção dos critérios sugeridos

pela CGU, o CHC informa que não é recomendado assistencialmente, porém foi

implantado o Setor de Regulação em Saúde que incorporou o Núcleo Interno de

Regulação, responsável pelo gerenciamento das filas de espera de todo o complexo

hospitalar. Está em planejamento a implantação de um serviço de call center para

contatar os pacientes, porém por falta de recursos humanos não pode iniciar os

trabalhos.

A respeito dos critérios para o atendimento de emergência sugerido pela CGU, o CHC

informa que para alguns tipos de exames seria viável como a ultrassonografia, mas não

para a tomografia porque atende porta aberta para os casos de AVC com tempo imitado

para realização do exame. Mas considerou a possibilidade de algumas alterações no

serviço e a otimização da agenda.

Em relação à transparência da fila entende que a melhor opção seria a informatização de

todas as informações em Sistema único, pois a publicação de nomes de pacientes

implicaria em quebra de sigilo e exposição dos pacientes.

As informações do CHC apresentam algumas restrições para o implemento das

recomendações, entretanto, em linhas gerais entende possível o aperfeiçoamento dos

fluxos.

2) Revisão das causas do cancelamento:

Constatou-se que o índice elevado de cancelamento vem gerando retrabalho e impacta

de forma negativa a força de trabalho já escassa. Assim foi sugerida a definição de

critérios para o cancelamento dos exames, estabelecendo formulários padrões e rol de

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justificativas aceitáveis. Ainda trabalhar junto às unidades solicitantes o consenso de

que o cancelamento gera retrabalho, e que o mesmo deve ser uma exceção.

3) Revisão do “cadastro inativo” de pacientes em espera:

Conforme Sistema SIH, existe cerca de 30.000 pacientes sem agendamento para exames

de RX, 1.400 pacientes aguardando a mamografia e 5.000 pacientes aguardando a

ressonância magnética. Segundo informações da UNIR, esta fila não é real, sendo

“cadastro morto” dentro do sistema (no caso da RM, a fila real seria de 1.200 pacientes).

Assim sendo, recomenda-se a revisão do cadastro no propósito de baixar solicitações

inexistentes.

Em resposta o Gestor pontua que: “(...) a revisão das causas de cancelamento, bem

como a otimização de agenda em relação ao uso destes horários "vagos" está previsto

para iniciar agora com a nova chefia de Unidade, (...), que o fará nos moldes que fazia

na Unidade de Ambulatórios, onde consegue se melhorar o aproveitamento do tempo

útil de agenda aberta.

Tanto para a revisão das causas de cancelamento, quanto do cadastro inativo o CHC

informou que realizará a partir de outubro/2015 iniciará a revisão, bem como otimizará

o preenchimento de horários vagos nas agendas nos mesmos moldes do que foi

implantado no Serviço de Ambulatórios.

4) Ausência de respaldo legal para cumprimento da jornada em sobreaviso:

Conforme ilustrado no Quadro U.7 (subitem D.1.1), dos 15 médicos lotados na UNIR,

12 realizar 40% da jornada em regime de sobreaviso (136 horas semanais em

sobreaviso). Não há respaldo legal para tal regime, excetuando a realização de APH em

sobreaviso (que neste caso, requer o cumprimento da jornada regular de forma integral).

E ainda, conforme ilustrados nos Quadros U.17 e U.18, o regime presencial será

necessário para aumentar a produtividade no propósito de reduzir o número de pacientes

em espera. Assim sendo, recomenda-se o cumprimento da jornada em regime

presencial.

O Gestor pontua que: “(...) em atenção a jornada de sobreaviso, havia no hospital um

padrão de escalas que não atendiam a legislação. Algumas foram mantidas por

necessidade institucional em face da necessidade da existência do serviço ofertado.

Estas escalas estão sendo corrigidas gradativamente, pois há a necessidade de

avaliação individual do impacto que implica qualquer alteração. Especificamente no

caso da Tomografia houve retardo nesta situação, pois implicou em ajuste do protocolo

do AVC junto ao Serviço de Neurologia, rotinas junto ao Serviço de Cirurgia de

Urgência e das UTls devido ao risco de necessidades de exame com contraste, como

seria o caso de tromboembolismo pulmonar. Realizadas estas articulações e

reorganizações de fluxo, está programada para escala de novembro a finalização do

sobreaviso da escala de tomografia noturna em definitivo e resta apenas o ajuste da

escala de ecografia que se faz necessário à manutenção desta escala a ser ajustada

conforme adequação dos médicos radiologistas, de forma a ficar totalmente

presencial.”.

O CHC reconhece que o padrão de escalas adotado pelo Hospital até então não tem

respaldo legal e informa que as escalas estão sendo corrigidas gradativamente. Destaca

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que as escalas dos Serviços de Tomografia e Ultrassonografia estão nos últimos ajustes

e que a partir de novembro será finalizada as escalas noturnas para Tomografia,

restando apenas a Ultrassonografia para finalizar os ajustes de horários.

5) Estudo sobre a grande oscilação na produtividade dos médicos:

Conforme ilustrado no Quadro U.11 (subitem D.1.2), percebe-se grande oscilação no

tempo médio para a realização dos exames (com variações superiores a 500%, conforme

o caso) – ressalta-se que, o tempo médio está diretamente vinculado ao número absoluto

de exames realizados, isto é, o profissional que possui tempo médio elevado

realizou/laudou poucos exames em comparação com o profissional com tempo médio

menor.

Considerando a amplitude do escopo (um ano), entende-se inconsistente a ocorrência de

tais distorções. Assim, recomenda-se a realização de estudos para verificar as causas das

grandes oscilações (especialmente relacionado ao elevado tempo médio e baixo número

de exames realizados).

Caso a causa seja baixa produtividade individual do profissional, medidas de fomento à

produção (como estabelecimento e monitoramento de metas) devem ser aplicadas.

6) Discrepância na capacidade de realização dos exames e emissão dos laudos no

serviço de Tomografia:

Conforme quadro U.12, o número de laudos emitidos (média de 184 semanais) é

inferior ao número médio de exames realizados (média de 219 semanais), gerando fila

de espera adicional aos pacientes. Os itens D.2.2 e E.1 demonstram a possibilidade de

ampliação da emissão de laudos, assim, recomenda-se o mesmo.

7) Otimização dos fatores de produção para redução/eliminação da fila de espera e

ociosidade na Tomografia:

As informações levantadas nos itens D.2.2 e E.1 demonstram que há ociosidade na

força de trabalho médica, de técnicos e de infraestrutura/equipamentos, podendo ser

ampliado ao patamar de 300 exames semanais.

Tendo em vista a quantidade de exames que estão agendados e não são realizados pela

falta do paciente – cerca de 30% ao dia – recomenda-se o estudo de viabilidade para

implantação de serviços de confirmação de agenda junto ao paciente em tempo hábil

para, no caso de cancelamento, ocorra a substituição por paciente de exame eletivo (fila

de espera).

8) Otimização dos fatores de produção para redução/eliminação da fila de espera e

ociosidade na Ultrassonografia:

As informações levantadas nos itens D.2.3 e E.1 demonstram que com os recursos

humanos e logísticos já disponíveis é possível a ampliação da oferta 425 exames

semanais, o que irá permitir a redução da fila.

Em sua manifestação o Gestor afirma que “Oscilação de produtividade e Discrepância

na capacidade de realização dos exames e emissão de laudos no serviço de tomografia:

estas variações devem-se a fatores diversos, corrigíveis ou não, a saber:

a.Variação do tipo de exame ao qual o servidor tem maior expertise, por exemplo, uma

tomografia de crânio é muito mais rápida de realização e de laudo tecnicamente mais

fácil e consequentemente mais rápido que uma tomografia de abdome;

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b.Jornada dedicada a tomografia, Ecografia ou Raio X, fazendo com que assuma

horários de menor demanda;

c.Agenda relacionada a exames com sedação que faz com se tenha naturalmente uma

produção menor;

d.Ritmo individual.

e.Bloqueios de agenda e absenteísmo de pacientes, etc.

Do exposto excetuando-se o item C e em parte o item A, os demais entendemos não ser

aceitáveis e estamos trabalhando para melhorar o gerenciamento de agenda.

Em relação a maior produção do que laudos refere-se ao fato de que há uma produção

realizada por técnicos sob a supervisão médica de residentes ou médicos de outras

áreas, que acabam por não ser laudados. O hospital já trabalhou com diversas ações

para corrigir este fato que culminou com uma, entre várias, solicitações de sindicância

e PAO, dos quais até o momento não obtivemos resultado. (processo

23075.045343/2013-58). Ainda em atenção a este item, o hospital implantou o sistema

Rispax em que o laudo é dado de forma imediata no sistema e já está em funcionamento

na Tomografia e Ressonância (na eco depende da aquisição de Nobreaks para a

instalação, com previsão para Janeiro/2016), com isso encerrou-se o sistema paralelo

de laudos que existia junto aos médicos e pretende-se reduzir a perda por exames não

saudados.

Para Ultrassonografia o gestor fez referência à mesma resposta dada para a Tomografia.

O CHC ressalta que na avaliação individual deve ser considerado o tipo de exame (e

também parte do corpo) e se há ou não necessidade de sedação, pois desconsiderar tais

fatores poderia distorcer a realidade dos fatos. Informa que os demais dados apontados

pela CGU não são aceitáveis pela Direção e que o HC, inclusive, instalou Processo

Administrativo Disciplinar para apurar algumas situações, mas que não obteve resultado

até o momento.

Informa também que foi instalado o Sistema RIS/PACS, ferramenta que possibilita o

processamento digital das imagens, dispensando os filmes, bem assim a inserção do

laudo pelo próprio médico e no momento da realização do exame. Para os exames de

tomografia e ressonância o Sistema já está em funcionamento e a partir de janeiro/2016

deve atender também os exames de ecografia/ultrassonografia. Acabando com as filas

de exames a serem laudados, bem como a inserção dos mesmos no SIH.

Especificamente sobre os pontos de otimização dos fatores de produção para

redução/eliminação da fila de espera e ociosidade na Tomografia e na Ultrassonografia

não houve manifestação, porém os remete nas informações citadas anteriormente e nas

medidas as serem adotadas de plantão presencial, agilidade nos laudos e revisão das

filas de espera e causas de inassiduidade dos profissionais envolvidos com a produção

de exames (técnicos e médicos).

9) Otimização dos fatores de produção para redução da ociosidade na

Mamografia:

As informações levantadas nos itens D.2.3 e E.1 demonstram ociosidade de recursos

humanos e equipamentos, podendo ampliar a oferta para incrementar a receita do CHC.

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10) Otimização dos fatores de produção para redução da fila de espera e

ociosidade na Ressonância Magnética:

As informações levantadas nos itens D.2.3 e E.1 demonstram que o número de demanda

é mais do que o dobro da capacidade produtiva, sendo necessária a aquisição de mais

um equipamento e duplicação da força de trabalho. Tal decisão deve ser tomada caso

demonstre que as receitas oriundas com a ampliação do serviço sejam, no mínimo,

equivalentes ao incremento da despesa.

Em relação à Otimização dos fatores da mamografia o Gestor informa que “será

reajustado no próximo mês com escala integral presencial.”.

Quanto à Ressonância magnética informa que “o aumento de produção neste setor está

na dependência de técnicos de radiologia para abertura de um 3° Turno de exames e

ampliação da agenda para sábados. Também a oferta será limitada pela

Contratualização do município que compra um número restrito e fixo de exames.”.

O CHC informou que a partir de novembro/2015 o serviço de Mamografia será

incrementado passando a funcionar em período integral todos os dias da semana. Já o

aumento da produção de exames de Ressonância seria possível com a abertura de

terceiro turno e ampliação de agenda para o sábado, mas depende da contratação de

novos técnicos de radiologia. Igualmente, a oferta é limitada pela quantidade de exames

pactuada na Contratualização com o Gestor Municipal.

11) Reavaliação de novas contratações:

Conforme consta do Edital do Concurso Público nº 04/2015-EBSERH/CHC-UFPR, está

prevista a contratação de: 2 médicos de 24 horas para o Serviço de Mamografia e 8

médicos de 24 horas para o Serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

No caso da Mamografia, considerando a inexistência de fila e a ociosidade da força de

trabalho já disponível, entende-se necessário realizar estudo de efetividade previamente

à contratação.

No caso da Radiologia, considerando que nos exames de Raio x não têm fila de espera e

a Tomografia apresenta limitação do equipamento e da equipe de enfermagem, entende-

se também necessário realizar estudo de efetividade previamente à contratação.

Em relação a esse ponto o Gestor esclarece que “(...) as novas contratações visam

atender dimensionamento realizado pelo Ministério da Educação através da EBSERH,

analisado através de portarias que dimensionaram o quantitativo de servidores

conforme postos de trabalho existentes ou a serem abertos, baseados em justificativa de

produção. Ou seja, novos médicos entram em cada serviço após ajustes com correções

de qualquer incompatibilidade de escala e com demanda que o justifique.”.

12) Fidedignidade das informações do SIH.

Conforme ilustrado no Quadro U.1, há diversos registros sem a indicação de “situação”

no SIH, ou seja, não foi indicada se a mesma está aguardando agendamento, se foi

cancelada, excluída ou realizada. Como dito anteriormente a falta de identificação da

situação prejudica a análise dos dados. Nesse sentido, sugere-se aprimorar o registro das

informações no SIH, evitando a ocorrência de situações sem preenchimento.

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O Gestor informa que “(...) o preenchimento do SIH, adequações de registro e outras

ações têm sido tomadas para melhorar o gerenciamento do Hospital, esbarrando

muitas vezes em situações limitantes de quantidade e qualidade do RH para tal, bem

como padrão cultural a ser transposto em parte por ações que vislumbram boa

resposta, mas em longo prazo e em parte sob o manto da autoridade, que muitas vezes

se faz ineficaz pela impotência de medidas punitivas.”.

O CHC está tomando medidas para corrigir as falhas no SIH, mas esbarra na falta de

recursos humanos capacitado. Outro fator que dificulta a correção é a cultura do

Hospital de não se dar a importância devida na alimentação do SIH, pois de maneira

geral essas informações não tinham relevância gerencial e por isso não era foco de

controle.

O Gestor apresentou um cronograma das ações já implantadas e em curso. Segue quadro

demonstrativo:

Em resumo o CHC se propõe a cumprir os seguintes prazos: Ação Prazo

Troca da Chefia da Unidade realizada

Escala presencial integral da equipe de Tomografia e Ressonância

Magnética a partir de novembro/2015

Escala presencial integral da equipe de Raio-X a partir de novembro/2015

Ajuste da agenda de exames de tomografia e ressonância para reduzir

períodos de ociosidade por absenteísmo a partir de dezembro/2015

Abertura da agenda permanente independente do prazo de espera a partir de outubro/2015

Controle efetivo de produção e laudos a partir de novembro/2015

Implantação progressiva do Sistema RIS/PACS para ecografia, raio-X e

mamografia a partir de dezembro/2015

Implantação do prontuário eletrônico e sistema de gestão informatizada

que vai impedir a centenas de solicitações Sem data de previsão

##/Fato##

Causa

Governança deficitária adotada pela Instituição por longo período, gerando a

desvalorização dos controles primários, seja inserção de informações no SIH,

cumprimento de horário, seja racionalização no uso dos recursos, dentre outros

essenciais para a boa gestão do Hospital.

Também foi identificada deficiência na gestão estratégica da organização, com

fragilidades na definição de objetivos e metas mensuráveis quantitativamente e

qualitativamente, considerando a capacidade produtividade instaladas, as previsões de

demandas e os custos.

Entende-se haver excesso de autonomia das Clínicas médicas e também da Unidade de

Ambulatórios (perante a Direção do CHC) na definição da agenda de serviços,

prejudicando o planejamento centralizado e a racional alocação dos recursos. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 021/2016_GAB_Super/CHC-UFPR/EBSERH, de 18 de janeiro

de 2016, o gestor informou “1 – Organização das filas de exames: já está programada

a abertura permanente das filas para agendamento sem bloqueio, que estava pendente

ainda em função da marcação de agenda de férias das equipes para o ano seguinte,

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evitando grande quantitativo de reagendamento em escalas sem margem para tal; 2 –

Revisão de causas de cancelamento; 3 – Revisão de cadastro de inativo de pacientes em

espera. Informo que estamos trabalhando em alterações no Sistema de agendamento

para obtenção automática de melhor qualificação dos cancelamentos. Informamos

ainda, que está em fase de implantação o Núcleo Interno de Regulação com o objetivo,

entre outros, de gerenciar as filas de espera do hospital e otimizar as filas

interdependentes, com planejamento de ampliação de funções e trabalho pleno a partir

de março de 2016.”. ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

As informações demonstram que o CHC vem adotando medidas a fim de otimizar o

funcionamento da Unidade e o incremento da produção de exames. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

Recomendação 1: Concluir a implantação do Sistema MV, ou viabilizar a implantação

dos módulos "Pacientes" e "Ambulatórios" do AGHU, a fim de gerenciar as filas de

esperas e as agendas de exames, bem como garantir informações mais precisas ao

paciente quanto à sua colocação na fila e o tempo previsto para o atendimento.

Recomendação 2: Aperfeiçoar da inserção de dados no SIH com a adoção de

procedimentos e revisões sistemáticas a fim de garantir a fidedignidade dos dados em

relação à produção médica e hospitalar de modo geral, bem como evite usar termos

genéricos nas ocasiões de cancelamentos e/ou exclusões de solicitação de exames.

Recomendação 3: Estabelecer indicadores e metas de desempenho que possam medir a

produção de exames da Unidade ante a capacidade produtiva disponível (RH,

equipamentos e insumos), respeitando as particularidades da realização de cada tipo de

exame.

Recomendação 4: Gerir as agendas e escalas de serviços de modo que todos os

profissionais cumpram sua jornada de trabalho de forma presencial, salvo situações em

que a esporadicidade do serviço não justifique (em função do custo) a manutenção do

servidor em regime presencial.

Recomendação 5: Dar celeridade à implantação do RISPAX de modo a atender a todos

os serviços realizados pela UNIR.

Recomendação 6: Avaliar de forma criteriosa a demanda da Unidade antes de realizar

novas contratações, especialmente no tocante à compatibilidade em relação aos outros

fatores de produção, de modo a não gerar ociosidade de um em virtude da falta de outro.

Ainda que a EBSERH tenha feito o redimensionamento de pessoal, a contratação de

pessoal deve estar aliada com a estrutura dos serviços afim de se evitar que os

contratados fiquem ociosos por falta de equipamentos ou demanda de pacientes.

III – CONCLUSÃO

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As informações levantadas demonstram deficiências nos fluxos administrativos e de

controle da Unidade de Imagem e Radiologia, causando:

- ineficiência no gerenciamento de pacientes, não permitindo que os serviços ofertados

sejam plenamente utilizados;

- falta de organização da gestão da “fila de espera” de consultas e exames, não sendo

transparente o critério preferência/ordenamento de atendimento;

- elevado número de cancelamento de iniciativa do HC, gerando retrabalho e

inconveniência aos pacientes;

- elevado número de pacientes inativos, isto é, pacientes ainda em fila que não

necessitam mais do serviço;

- falta de fidedignidade das informações de produção hospitalar registradas no Sistema

SIH;

- necessidade de ampliação da produtividade médica, considerando a capacidade

produtiva disponível;

- necessidade de otimização do uso da força de trabalho médica e de

infraestrutura/equipamentos para ampliar a produção de exames. Conforme

levantamento existe ociosidade no uso dos equipamentos;

- cumprimento da jornada em regime de sobreaviso pelos médicos sem previsão legal;

- reavaliação de novas contratações de médicos por meio de Concurso Público; e

- necessidade de otimização das escalas, alocando os profissionais conforme períodos de

alto e baixo volume de serviço.

No contexto geral, entende-se haver deficiência na gestão estratégica da Organização,

em função da ausência de definição de objetivos, metas e indicadores mensuráveis

quantitativamente e qualitativamente, considerando a capacidade produtiva instalada, as

previsões futuras de demandas, de receitas e dos custos. Também há problema com

governança em função do excesso de autonomia da Unidade executora (perante a

Direção do CHC) na definição da agenda de serviços, prejudicando o planejamento

centralizado e a racional alocação dos recursos.

Curitiba/PR, 23 de janeiro de 2017.