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APSUS | 2017 2ª EDIÇÃO APS A TUTORIA NA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ af apsotila apsus 2017 02.indd 1 19/06/17 14:07

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apsus | 20172ª edição

apsA tutoriA nA

sECRETaRIa DE EsTaDO Da saÚDE DO paRaNÁ

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SeCretAriA de eStAdo dA SAÚde do PArAnÁ

MIChElE CapuTO NETOSecretário de Estado da Saúde

sEzIfREDO pazDiretor Geral

JulIaNO sChMIDT GEvaERDSuperintendente de Atenção à Saúde

MONIquE COsTa BuDkDepartamento de Atenção Primária à Saúde

aNa lIDIa laGNERCoordenação - Tutoria

MaRIa EMI shIMazakIConsultora

fERNaNDa saBaTIN MaChaDODENICE YOshIE hIGashIYaMa

Colaboração

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suMÁRIO

apREsENTaçãO DO sECRETÁRIO........................................................6

INTRODuçãO ........................................................................................7

1. OfICINa: TuTORIa Na aps...............................................................9

1.1. Os objetivos ...................................................................................................................9

2. a TuTORIa ........................................................................................9

2.1. A tutoria na atenção primária à saúde no Paraná ............................................9

2.2. A tutoria na APS e o selo da qualidade ...............................................................12

3. a aTENçãO pRIMÁRIa À saÚDE ................................................... 17

3.1. A complexidade da demanda na atenção primária à saúde .......................17

3.2. Os macroprocessos da APS ....................................................................................25

4. a GEsTãO Da qualIDaDE Na aps ............................................... 35

4.1. A avaliação da qualidade na APS ........................................................................ 35

4.2. O plano para correção das não conformidades ............................................105

4.2.1 O PdcA .....................................................................................................................105

4.2.2. O plano de ação para correção das não conformidades........................109

a IMplaNTaçãO Da TuTORIa Na aTENçãO pRIMÁRIa À saÚDE .....111

TERMO DE aDEsãO MuNICIpal Da TuTORIa Na aps ...................112

TERMO DE COMpROMIssO Das EquIpEs DE saÚDE paRa a IMplaNTaçãO Da TuTORIa Na aps ..................................113

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apREsENTaçãO DO sECRETÁRIO

O processo de TUTORIA na APS foi implementado no Estado do Paraná com o objetivo de apoiar as equipes de Atenção Primária em Saúde, estabelecendo padrões e protocolos, organizando processos de trabalho com vistas a garantir a segurança do usuário e da equipe, o gerenciamento de processos e a melhoria dos indicadores de saúde da população.

A tutoria é a segunda etapa da vertente de capacitação do programa Apsus, de qualificação da Atenção Primária à Saúde. Na primeira fase, o Estado realizou nove oficinas temáticas sobre diretrizes importantes da política estadual de saúde, com a capacitação de mais de 38 mil profissionais de todas as regiões do Paraná.

A Secretaria de Estado da Saúde definiu um Instrumento para avaliação da Qualidade da APS o qual contempla três níveis e, para que a Unidades de Saúde sejam contempladas com o selo de qualidade (Bronze, Prata e Ouro), passam por uma avaliação criteriosa que verifica mais de 100 itens, entre estrutura e processos de trabalho. A tutoria é mais do que um processo de treinamento e de aconselhamento, inclui o processo socrático de desenvolver competências no qual o tutor orienta, incentiva e desperta a motivação das pessoas sob sua responsabilidade. A concessão do selo é resultado deste trabalho.

O processo de Tutoria na APS já está presente em 712 Unidades de 308 municípios paranaenses. Em 2017, a intenção é expandir para todo o Estado, com o apoio das 22 Regionais de Saúde.

Esta estratégia é uma ferramenta que visa contribuir com as equipes de saúde, revendo conceitos e sugerindo mudanças no processo de trabalho. A garantia da excelência da atenção, através do Selo de Qualidade, além de ser um grande desafio, é um compromisso que impulsiona a consolidação e o fortalecimento da Atenção Primária em Saúde no Paraná.

Michele Caputo Neto

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INTRODuçãO

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA) utiliza, desde janeiro de 2011, o Mapa Estratégico e o Painel de Bordo como ferramentas do seu planejamento estratégico. A SESA definiu no seu Mapa Estratégico a implantação das Redes de Atenção à Saúde para enfrentar o desafio de mudar o sistema de saúde do Paraná, com o objetivo de atender às necessidades de saúde da população, que tem alta prevalência de condições crônicas. Para a implantação das Redes de Atenção à Saúde, tem papel preponderante a Atenção Primária organizada em todos os municípios do Paraná, com definição de sua área de abrangência, conhecendo o seu território e os seus determinantes sociais da saúde, atuando com ações de promoção, prevenção e cuidado dos cidadãos em todo o seu ciclo de vida. Essa concepção de Atenção Primária é baseada na experiência nacional e internacional, que apresenta fortes evidências onde países que investiram na Atenção Primária têm melhores resultados sanitários que aqueles que optaram por um sistema focado na atenção ao evento agudo, um sistema hospitalocêntrico (Mendes, 2009).

Para que a APS no Paraná pudesse exercer o papel de coordenação do cuidado do cidadão, a SESA definiu como uma ação estratégica a implantação de um programa de apoio aos municípios, o APSUS, que propôs a melhoria da Atenção Primária à Saúde em todo Paraná. O APSUS tem três componentes: o componente de investimento na melhoria da estrutura das Unidades de Saúde (construção, reforma, ampliação, equipamentos e transporte sanitário); o componente de custeio para as equipes (incentivo estadual mensal) e o componente de educação permanente. Esse último foi desenvolvido de 2011 a 2014 por meio de nove oficinas do APSUS, assim como foram realizados vários cursos e capacitações técnicas para as equipes da APS. Nesse período foram capacitados mais de 35 mil profissionais da saúde.

A capacitação por meio das nove oficinas do APSUS promoveu o alinhamento conceitual das equipes da APS com a proposta de implantação das Redes de Atenção à Saúde definida pela SESA. Contudo, é necessário mais para que as equipes da APS se tornem efetivamente as coordenadoras do cuidado dos cidadãos em seu território, e para isso é necessário ir além da discussão dos conceitos, é preciso organizar os micro e macroprocessos da APS nas unidades de atenção primária, com envolvimento de toda a equipe e dos gestores municipais.

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Em razão disso, a SESA buscou elaborar uma metodologia que promove a aplicação dos conceitos na realidade de cada equipe, estabelecendo padrões e protocolos, organizando os processos de trabalho, garantindo segurança ao usuário e à equipe que o atende e, por consequência, a melhoria da atenção, da satisfação dos usuários e dos indicadores.

Denominamos esse processo de Tutoria.

Em 2014, a Tutoria inaugurou uma nova fase do Programa APSUS. Essa fase de dá por adesão dos municípios e suas equipes da APS. Depois que os municípios aderem à Tutoria, as equipes são preparadas para a aplicação do questionário de autoavaliação e posteriormente a Regional de Saúde junto com os gestores e equipes discutem as não conformidades dos serviços, elaboram plano de adequação das mesmas, executam e monitoram a implementação do plano de ação, com vistas a correção das não conformidades. Ao final deste processo, as equipes passam por avaliação externa e quando atingem o padrão de qualidade solicitado recebem a certificação da equipe.

A Tutoria está planejada em etapas, com objetivo de apoiar as equipes para que cumpram os atributos e funções da APS, além dos princípios da qualidade. A primeira, tem foco no gerenciamento dos riscos, visando à segurança dos cidadãos e das equipes; a segunda, no gerenciamento dos processos para a melhoria do cuidado; e a terceira, no gerenciamento dos resultados para melhorar os indicadores de saúde da população. Ao final de cada etapa de avaliação há uma certificação com selo bronze, prata ou ouro. Essa certificação, além de dar visibilidade ao processo, tem como objetivo incentivar as equipes e criar um padrão de qualidade da APS no Paraná.

Em janeiro de 2017 o Paraná contava com 1.812 Centros de Saúde/Unidades Básicas de Saúde e 849 Postos de Saúde (Postos de apoio) e 24 Unidade Móvel terrestre, totalizando 2.685 pontos de Atenção Primária em Saúde nos 399 municípios e, em novembro/16 com 2.243 Equipes de Saúde da Família, representando uma cobertura populacional de 67,34%, 1.264 equipes de saúde bucal e 256 Núcleos de Apoio à saúde da Família. Para o ano de 2017, a SAS, propôs como meta 50% de todas as Unidades de Saúde/Centros de Saúde do Estado do Paraná desenvolvendo o processo de Tutoria, isto significa mais de 900 UBS desenvolvendo um padrão de qualidade na APS.

eSte é o noSSo deSAfio! MAiS SAÚde PArA todo o PArAnÁ

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1. OfICINa: TuTORIa Na aps

1.1. Os OBJETIvOs

Possibilitar a compreensão sobre:

• Os fundamentos da tutoria na APS;• Os fundamentos da APS;• A avaliação da qualidade na APS;• A metodologia para monitoramento e avaliação.

2. a TuTORIa

2.1. A tutoria na atenção primária à saúde no Paraná¹

A evolução da tutoria ao longo dos tempos

A Tutoria não é um processo recente e nem um fenômeno da modernidade. Esse método foi criado por Sócrates há 2.500 anos e consistia em um exercício diário e constante de aprendizagem, na busca do autoconhecimento. A palavra Tutoria tem origem no latim e significa proteção.

No século XIX, os universitários ingleses adotaram a palavra “coach” como um sinônimo de tutor. A palavra inglesa “coach” significa: coche, carruagem, carro de passageiros, ônibus, mas pode significar também treinador, técnico e o ato de preparar pessoas. Os universitários ingleses passaram a utilizar o termo, pois sentiam-se guiados pelos professores, durante a vida acadêmica, em seus desenvolvimentos pessoais e acadêmicos.

Da antiguidade para o presente, o processo socrático passou por mudanças: o mundo corporativo dos negócios adotou a palavra “coaching” (CHIAVENATO, 2002), mas a academia permaneceu com o termo tutoria (MINTZBERG, 2006).

¹Texto elaborado por Maria Emi Shimazaki, 2014, para a oficina – tutoria na APS, SESA Paraná.

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Para Mintzberg (2006), a tutoria personaliza o processo de aprendizagem, proporciona a conexão do discente com o docente e permite um apoio contínuo durante toda a cadeia do aprendizado – sala de aula e trabalho. Para esse autor, o resultado esperado para a Tutoria vai além da obtenção de conhecimento e da melhoria de competências técnicas, ajudando as pessoas a se tornarem seres humanos mais sensatos, criativos, engajados e éticos.

Assim, a Tutoria ou coaching é mais do que um processo de treinamento e de aconselhamento, inclui o processo socrático de desenvolver competências (técnica, relacional e comunicacional), no qual o tutor orienta, incentiva e desperta a motivação das pessoas sob sua responsabilidade (CHIAVENATO, 2002).

Na academia, a Tutoria desempenha uma função de mediação - entre o aluno, o material didático, o professor e a escola - na busca de uma comunicação cada vez mais ativa e personalizada, respeitando a autonomia na aprendizagem de cada aluno (MASUDA, 2005).

O tutor tem a função primordial de estimular e orientar o aluno na organização de sua atividade acadêmica e de autoaprendizagem, oferecendo o suporte necessário para que possa superar os problemas que encontrar em seu percurso, tanto no que diz respeito à compreensão dos temas específicos em estudo quanto na adaptação ao processo de Tutoria.

A Tutoria pode ser realizada de forma presencial ou a distância.

a TuTORIa pREsENCIal:

• É a Tutoria realizada com a presença do tutor e dos alunos.• Tem a importante função de promover a transição do aluno de uma posição mais passiva para uma

posição mais ativa, em que ele passa a ser o agente de sua própria aprendizagem.• Visa criar hábitos, comportamentos e estratégias de estudo para alcançar metas estabelecidas

dentro de um cronograma.• As sessões de tutoria presencial podem constituir-se de grupos de estudo, que se espera que se

multipliquem aos poucos, independentemente da presença de um tutor formal.

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a TuTORIa a DIsTâNCIa:

• Na Tutoria a distância, o tutor atua fisicamente longe dos alunos e, para tanto, faz uso de meios de comunicação, em especial, a Internet.

• A função é compatibilizar a teoria e a prática, entender as dificuldades encontradas pelo aluno e colaborar na busca de soluções, independentemente do calendário da disciplina que está sendo ministrada, já que se trata de atendimento individual.

• O objetivo é o de não oferecer respostas prontas, mas sim apresentar alternativas, orientar na procura do caminho certo, conduzir o raciocínio, indicar caminhos para uma análise mais profunda, sugerir novas fontes de consulta, promover comparações com situações previamente experimentadas no cotidiano.

• Na Tutoria a distância, o tutor, embora distante do aluno, deve acompanhar o seu desenvolvimento, para que possa rapidamente propor correções de rumo, quando for necessário.

Nas organizações, o objetivo do coaching é apoiar o desenvolvimento de competências e melhorar o desempenho das equipes (CHIAVENATO, 2005). Para tanto, é preciso que o coach tenha competência para:

a) desenvolver método para melhorar o desempenho das equipes:

• Observar o comportamento das pessoas e da equipe; • Fazer perguntas para estimular a reflexão: “Por que esta tarefa é feita desta maneira?”, “Pode ser

melhorado?”, “Que outras abordagens poderiam ser feitas?”; • Mostrar interesse nas pessoas e no trabalho, respeitando as individualidades; • Ouvir atentamente e procurar entender as suas aspirações e as carências.

b) Criar um clima de apoio e suporte para as pessoas/equipe:

• Estimular a participação das pessoas, por meio de ideias, sugestões, troca de experiências; • Oferecer ajuda e assistência às pessoas no processo de aprendizagem; • Incentivar as pessoas com vibração e entusiasmo, sem fazer ameaças; • Usar os erros como oportunidade de aprendizagem;

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• Reduzir os obstáculos, analisando os fatores críticos de sucesso e eliminando as barreiras e dificuldades encontradas;

• Reconhecer o valor da contribuição de cada pessoa para as metas alcançadas e recompensar da melhor forma possível.

c) influenciar as pessoas e mudar os seus comportamentos:

• Tornar as pessoas “sujeitos” da ação; • Dividir tarefas difíceis em etapas mais simples e de dificuldade crescente; • Tornar-se referência para

as pessoas em valores positivos, liderança e trabalho em equipe; • Incentivar a melhoria contínua.

2.2. a TuTORIa Na aps E O sElO Da qualIDaDE

A SESA do Paraná desenvolveu, em parceria com o COSEMS, o APSUS - Programa de Fortalecimento da Qualidade da APS em todo o Estado, destinado às equipes da APS.

Em 2011/2014 realizou uma série de oficinas com o propósito de homogeneizar conceitos e fundamentos da APS como coordenadora das Redes de Atenção à Saúde. Essas oficinas alcançaram cerca de 35.000 profissionais da APS, caracterizando-se como uma das estratégias educacionais de maior abrangência no Estado.

No entanto, as oficinas não são suficientes para que as equipes desenvolvam competência na implementação dos macroprocessos da APS.

Por esse motivo, a SESA, em 2014, introduziu a Tutoria na APS, com o objetivo de apoiar as equipes no gerenciamento dos micros e macroprocessos prioritários, para que assumam a coordenação das Redes de Atenção à Saúde.

Para tanto, foi preciso transformar a teoria em prática do dia a dia, na rotina do trabalho da equipe e de cada um dos seus membros.

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Para esse desafio, inicialmente, duas Regionais de Saúde e quatro municípios (dois municípios por Regional de Saúde) foram convidados e participaram. Os profissionais das Regionais de Saúde foram capacitados e desempenharam o papel de tutores. Os Secretários Municipais de Saúde assumiram o compromisso e designaram um grupo de trabalho, que se apropriou da metodologia, e selecionaram uma unidade de saúde, em cada município, para a Tutoria. Para a seleção da unidade de saúde foram propostos apenas dois critérios: a liderança do gerente e a motivação da equipe para a mudança dos micro e macroprocessos na unidade.

Para o desenvolvimento da Tutoria, seguindo os fundamentos da APS e da gestão da qualidade, foi estabelecido o Selo da Qualidade, como estratégia motivacional para as equipes. O Selo da Qualidade é um instrumento que congrega vários outros: Manual de Acreditação da Organização Nacional de Acreditação (ONA), Programa de Melhoria da Qualidade do Ministério da Saúde (PMAQ), Metas de Segurança da Qualidade da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as oficinas do APSUS, da SESA do Paraná.

esse instrumento apresenta três níveis:

I) o selo bronze que tem por objetivo aferir o gerenciamento de risco, para garantir segurança ao cliente; II) o selo prata que visa aferir o gerenciamento dos processos, para garantir valor aos clientes finais; III) o selo ouro que deve aferir os resultados, para garantir efetividade das ações desenvolvidas pela equipe para a sociedade.

Para início das atividades, houve capacitação dos tutores e dos coordenadores da APS dos municípios.

na sequência:

• Visita aos municípios para pactuação dos compromissos com os Secretários Municipais de Saúde e equipes de saúde das unidades selecionadas para a participação da Tutoria;

• Aplicação do instrumento do Selo Bronze pelas próprias equipes, com o apoio dos tutores; • Aferição do percentual das conformidades e não conformidades apresentadas em relação ao padrão

estabelecido pelo Selo Bronze; • Elaboração do plano para a correção das não conformidades, pelas equipes, apoiadas pelas

coordenações municipais, tutores e validados pelos respectivos Secretários Municipais de Saúde;

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• Desenvolvimento das ações do plano; • Reuniões de monitoramento e apoio técnico pelos tutores, junto às equipes, coordenadores

municipais e os Secretários Municipais de Saúde; • Auditoria pelos tutores nas equipes sob sua responsabilidade; • Capacitação dos tutores para a avaliação final, para a aferição do Selo Bronze; • Avaliação cruzada, ou seja, outros tutores, sem pertinência com as equipes, realizaram a aplicação do

Instrumento do Selo Bronze e avaliaram o percentual de não conformidades; • Os tutores evidenciaram para as equipes as não conformidades e estabeleceram um prazo de no

máximo 15 dias para a correção; • Por fim, os tutores retornaram para avaliação final; • Foram certificadas as equipes que alcançaram 100% de conformidades no Selo Bronze.

Em 2014 apenas 4 municípios participaram, no entanto, ao longo do tempo, mais 11 municípios aderiram à Tutoria, totalizando 15 municípios. No ano de 2016, dos 399 municípios do Estado do Paraná, 308 municípios aderiram ao processo de Tutoria.

Todo este processo de trabalho envolveu motivação, planejamento e envolvimento dos profissionais das equipes e gestores municipais, houve a necessidade de realizar um dimensionamento das equipes, de todo trabalho realizado pelas mesmas, mostrando assim um panorama das ações realizadas, deficiências de cada segmento, pontos positivos e negativos no processo de trabalho de cada UBS. A busca pelo Selo de Qualidade motivou a pactuação de metas, reorganização do processo de trabalho e elaboração de POPs e Protocolos envolvendo todos os profissionais das equipes e gestão municipal com vistas ao atendimento seguro, ao gerenciamento de riscos, a melhoria do acesso e acolhimento dos cidadãos através da diferenciação do ambiente de trabalho, organização das atividades, qualidade nos atendimentos, otimização dos resultados e, consequentemente, a melhora dos indicadores de saúde.

Ao final de 2016, 211 Unidades de Saúde solicitaram passar pelo processo de avaliação de Qualidade na APS, sendo que 124 Unidades de Saúde atingiram o Padrão de Qualidade solicitado pelo Instrumento Selo Bronze, e 05 Unidades de Saúde efetivaram o processo de Qualidade do Instrumento Selo Prata, totalizando 129 Unidades de Saúde com Selo de Qualidade em Saúde.

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A tutoria possibilitou às equipes o alcance dos resultados, mesmo em cenários não satisfatórios. O trabalho em campo, ou seja, nas unidades de saúde, assessorando diretamente os profissionais/equipe na execução das ações diárias, aplicando as ferramentas da qualidade e as tecnologias da gestão da clínica, contribuiu para as equipes identificarem as não conformidades relacionadas à segurança, definirem o padrão de qualidade e efetivarem a mudança.

A Tutoria é o reconhecimento da complexidade da APS e da necessidade de uma nova abordagem para as equipes de saúde, a partir da personalização do processo de aprendizagem, da aplicação dos fundamentos na prática cotidiana dos serviços e do monitoramento dessa aplicação em tempo real.

Segundo Chiavenato (2002), em um mundo de rápidas mudanças e muitas turbulências, é imprescindível aprender e inovar. Não basta fazer apenas o que sempre foi feito, assim, as atividades tópicas e esporádicas de treinamento e desenvolvimento de recursos humanos não são suficientes.

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É preciso muito mais. Por isso, a Tutoria ganha força e espaço nos meios acadêmicos e nas empresas, por ser uma solução relativamente simples, que agrega valor inestimável às pessoas, em um processo de compartilhamento de conhecimento, de horizontalização da comunicação e do fomento ao espírito de aprendizado colaborativo.

O desejo é que o aprendizado colaborativo aplicado no dia a dia das equipes tenha como resultado um melhor padrão de qualidade na atenção aos cidadãos e melhores indicadores de saúde para a população paranaense.

REfERÊNCIas

ALMEIDA, M. R. D. de G. O Tutor no Veredas. Belo Horizonte: SEE, 2002, (mimeo).

ARREDONDO, S. C. e ARETIO, L. G. El profesor tutor e la tutoria em el modelo UNED. In: ARETIO,

L. G. (org.) La Educación a distancia y la UNED. Madrid: UNED, 1996.

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BIELSCHOVSKi, Carlos Eduardo. Projeto Didático Pedagógico dos Cursos do CEDERJ. CEDERJ: Rio de Janeiro, 2000.

CHIAVENATO, Idalberto. Construção de talentos. Rio de Janeiro: Campos, 2002.

CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005

DUARTE, M. A Tutoria CEDERJ – Orientação para os novos tutores. CEDERJ: Rio de Janeiro, 2003.

MACEDO, M. V. Orientação para a tutoria presencial no Curso de Ciências Biológicas a Distância do CEDERJ. CEDERJ: Rio de Janeiro, 2002.

MASUDA, M.O. Educação à Distância na Universidade do Século XXI. Comissão de Tutoria da

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MINTZBERG, Henry. MBA? Não obrigado: uma visão crítica sobre a gestão e o desenvolvimento de gerentes. Porto Alegre: Bookman, 2006.

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SHIMAZAKI, M.E. Seminário – PRÓ-HOSP. Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, julho, 2006.

SHIMAZAKI, M.E. A tutoria no curso de gestão hospitalar do PRO-HOSP. In: ESCOLA DE SAÚDEPÚBLICA DE MINAS

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UNIVERSITAT OBERTA DE CATALUNYA. Un nuevo concepto de formación universitaria. Espanha:UOC-Universidad Virtual. Documento eletrônico consultado em 14/8/2012. http://www.uoc.edu/web/esp/launiversidad/comoseestudia/tutores.htm

3. a aTENçãO pRIMÁRIa À saÚDE

3.1. a COMplEXIDaDE Da DEMaNDa Na aTENçãO pRIMÁRIa À saÚDE²

Um dos problemas mais prevalentes na análise da APS é a visão estereotipada de que os cuidados primários são simples. Na realidade, os cuidados primários tratam das condições de saúde mais frequentes, mas isso não significa que essas condições são, necessariamente, mais simples. Há condições simples que se apresentam na APS, mas, também, há outras condições que são de manejo muito complexo.

Em 1979, a Assembleia Mundial da Saúde instou todos os países membros a definir e pôr em prática estratégias nacionais, regionais e globais, tendentes a alcançar a meta de “Saúde para Todos no ano 2000”. Entretanto, quando a Organização Mundial da Saúde propôs sua agenda para operacionalização das metas acordadas em Alma-Ata, os países industrializados já as haviam alcançado em grande parte, enquanto a maioria dos países em desenvolvimento ainda estava longe de atingi-las. Isso gerou problemas de conceituação e, por consequência, de implementação (VUORI, 1984).

²MENDES, EV. A complexidade da demanda na APS. Brasília: CONASS, 2014.

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As variações na interpretação da APS se explicam, ademais, pela história mesma de como se gestou e evoluiu esse conceito e pela ambiguidade de algumas de suas definições formais estabelecidas nos foros internacionais, pelo uso diferenciado que fazem do termo algumas escolas do pensamento sanitário e pela tentativa de se instituir uma concepção positiva de processo saúde/doença em momento de nítida hegemonia de uma concepção negativa da saúde.

Por isso, há três interpretações principais da APS (MENDES, 2002): a APS como atenção primária seletiva, a APS como o nível primário do sistema de atenção à saúde e a APS como estratégia de organização do sistema de atenção à saúde. Essas três decodificações dos cuidados primários são encontradas em vários países e, até mesmo, convivem dentro de um mesmo país ao mesmo tempo.

A interpretação da APS como atenção primária seletiva entende-se como um programa específico destinado a populações e regiões pobres a quem se oferece, exclusivamente, um conjunto de tecnologias simples e de baixo custo, providas por pessoal de baixa qualificação profissional e sem a possibilidade de referência a níveis de atenção de maior densidade tecnológica (UNGER e KILLINGSWORTH, 1986; WALSH e WARREN, 1979). A interpretação da APS como o nível primário do sistema de atenção à saúde conceitua-a como o modo de organizar e fazer funcionar a porta de entrada do sistema, enfatizando a função resolutiva desses serviços sobre os problemas mais comuns de saúde, para o que a orienta de forma a minimizar os custos econômicos e a satisfazer as demandas da população, restritas, porém, às ações de atenção de primeiro nível (INSTITUTE OF MEDICINE, 1994). É uma interpretação muito comum em países desenvolvidos e, em geral, está relacionada à oferta de médicos especializados em medicina geral ou de família (ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD, 2007). A interpretação da APS como estratégia de organização do sistema de atenção à saúde compreende-a como uma

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forma singular de apropriar, recombinar e reordenar todos os recursos do sistema para satisfazer às necessidades, demandas e representações da população, o que implica aarticulação da APS como parte e como coordenadora de uma RAS. Por isso, há quem sugira que a APS deve ocupar o banco do motorista para dirigir o sistema de atenção à saúde (SALTMAN e BOERMAN, 2006) e quem proponha redes de atenção à saúde baseadas na APS (ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD, 2010).

Não obstante, a declaração política de que a APS no SUS é uma estratégia (estratégia de saúde da família), essas três concepções se apresentam na prática social em nosso país. Mas, incontestavelmente, a concepção da atenção primária seletiva ou da medicina simplificada ainda influencia, fortemente, a visão prevalente de APS como um nível de atenção de baixa complexidade no qual se ofertam serviços de saúde simples.

A normativa do SUS expressa essa visão de APS como baixa complexidade ao instituir três níveis de atenção: atenção primária, atenção secundária e atenção terciária. Essa divisão baseia-se no grau de densidade das tecnologias utilizadas, mas nada tem a ver com a complexidade da atenção à saúde nesses níveis.

Para que se possa avançar para uma APS que seja efetivamente uma estratégia de reordenamento do SUS, há que se romper com essa visão simplificadora de cuidados primários. A APS nada tem de simples, nem representa um conjunto de serviços de baixa complexidade.

A APS deve estar preparada para solucionar a quase totalidade dos problemas mais frequentes que se apresentam no nível dos cuidados primários. Mas não basta essa preocupação quantitativa, por mais importante que ela seja, nos sistemas de atenção à saúde. É necessário que haja uma preocupação com a qualidade da atenção prestada para que se gere valor para as pessoas usuárias.

Essa visão simplificada, quase ingênua, da APS, expressa, em boa parte, uma incompreensão da natureza complexa da demanda por cuidados primários. Em geral, a demanda na APS é reduzida aos cuidados dos eventos agudos (demanda espontânea) e das condições crônicas (demanda programada); algumas vezes, trabalha-se, além disso, com a demanda por cuidados preventivos.

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Para se ter uma dimensão da complexidade da APS, há que se examinar os atributos e as funções dos cuidados primários quando se integram à RAS, bem como aprofundar a compreensão da natureza complexa da demanda neste nível de atenção.

A Crise da APS no Plano Micro da Clínica

A visão simplificada da APS e, especialmente, o desconhecimento da complexidade da demanda nos cuidados primários tem sido, em boa parte, responsável pela crise que se instalou no plano micro da clínica.

Há uma crise instalada nas microrrelações clínicas entre a equipe de saúde, especialmente o médico, e as pessoas usuárias, que transparece em todos os níveis dos sistemas de atenção à saúde, mas com especial relevância nos cuidados primários à saúde. A maioria dos estudos que se relatam, em seguida, foi realizada em consultas de médicos de APS.

Nos Estados Unidos, 62% a 65% dos portadores de hipertensão arterial, de colesterol elevado e de diabetes não mantêm essas condições de saúde sob controle (ROUMIE et al, 2006). Em boa parte, esses resultados desfavoráveis se devem a um modelo de atenção à saúde concentrado excessivamente na atenção uniprofissional, propiciada pelos médicos, por meio de consultas rápidas. Essas consultas foram denominadas de consultas de 15 minutos (BODENHEIMER e LAING, 2007), uma vez que estudos demonstraram que, nos Estados Unidos, a duração média de uma consulta médica de adultos é de 16,2 minutos e a de crianças é de 14,2 minutos (FERRIS et al, 1998; MECHANIC et al, 2001). Na Inglaterra, o tempo médio da consulta médica é de 8 minutos (HOWIE et al, 1999).

Há uma inconsistência estrutural entre o tempo curto da consulta médica e o incremento das tarefas da atenção à saúde. Por exemplo, hoje em dia, a atenção ao diabetes é muito mais complexa e consumidora de tempo que há uma década. Além disso, estudos avaliativos mostraram que há dificuldades das pessoas usuárias em captar as informações em consultas de menos de 18 minutos (BEISECKER e BEISECKER, 1990); que as consultas necessitam de um tempo mínimo de 20 minutos para envolver as pessoas usuárias efetivamente nas decisões clínicas (KAPLAN SH et al, 1995); e que a duração das consultas é um preditor forte da participação das pessoas usuárias nas decisões clínicas referentes à sua saúde (DEVEUGELE et al, 2004).

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Há evidências de que esse modelo de atenção centrado na atenção uniprofissional, prestada pelo médico, em tempo curto, é fonte de muitos problemas por várias razões. Estimou-se que um médico de APS gastaria 7,4 horas por dia de trabalho para prover todos os serviços preventivos recomendados para um painel de 2.500 pessoas e mais 10,6 horas diárias adicionais para prestar uma atenção de qualidade aos portadores de condições crônicas desse painel (YARNALL et al, 2003; OSTBYE et al, 2005). Somente para elaborar um bom plano de cuidado, um médico gastaria, em média, 6,9 minutos (BODENHEIMER, 2007). Além disso, há o que os criadores do Chronic Care Model denominaram de “tirania do urgente” em que a atenção aos eventos agudos sobrepõe-se ao cuidado das condições crônicas programadas em agendas sobrecarregadas (WAGNER et al, 1996). Os médicos de família devem cuidar, em cada consulta, de 3,05 problemas em média; mas isso varia de 3,88 problemas nas pessoas idosas a 4,6 problemas nos portadores de diabetes (BEASLEY et al, 2004). Como resultado disso tudo, menos de 50% dos cuidados baseados em evidência são realmente prestados (BODENHEIMER, 2008); 42% dos médicos de APS manifestam não ter tempo suficiente para atender bem às pessoas (CENTER FOR STUDYING HEALTH SYSTEM CHANGE, 2008); os médicos devotam apenas 1,3 minutos em orientações a pessoas portadoras de diabetes, utilizando uma linguagem técnica imprópria para atividades educativas, quando necessitariam de 9 minutos para essas atividades (WAITZKIN, 1984); três em cada quatro médicos falham em orientar as pessoas em relação à prescrição de medicamentos, o que implica em não adesão (MORRIS et al, 1997); e a atenção médica em consulta curta determina baixa satisfação das pessoas e relações empobrecidas entre os médicos e as pessoas usuárias (DUGDALE, 1999).

Além disso, outros estudos refletem o que tem sido denominado da regra dos 50% da relação médico-pessoa usuária nas consultas médicas. Em um estudo, 50% das pessoas usuárias deixaram a consulta sem compreender o que o médico lhes disse (ROTER et al, 1989); em um outro estudo, em torno de 50% das pessoas usuárias solicitadas pelos médicos a manifestar o que entenderam de suas orientações, mostraram uma compreensão equivocada (SCHILLINGER et al, 2003); e um terceiro estudo mostrou que 50% das pessoas usuárias atendidas nas consultas médicas não foram capazes de entender as prescrições de medicamentos realizadas (SCHILLINGER et al, 2005).

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As evidências mencionadas demonstram, de forma inquestionável, a falência de uma das principais instituições sustentadoras dos sistemas fragmentados de atenção à saúde, a consulta médica de curta duração.

Por tudo isso, o manejo dos fatores de riscos biopsicológicos individuais e das condições crônicas estabelecidas convoca, na APS, uma clínica que se estrutura com diferenciais significativos em relação à clínica hegemônica que foi construída, historicamente, para dar conta das condições agudas e das agudizações de condições crônicas. A emergência das condições crônicas exigiu mudanças significativas na atenção à saúde que redundaram em alguns movimentos fundamentais que se manifestaram, de forma especialmente significativa, no campo dos cuidados primários à saúde. Esses movimentos, imprescindíveis à construção de uma resposta social adequada às condições crônicas, em seu conjunto, são muito profundos. De outra forma, a clínica para as condições crônicas traz elementos essenciais de diversos modelos de atenção à saúde, como o Modelo da Atenção Crônica, o Modelo da Pirâmide de Risco e o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MENDES, 2012). Em um, incorpora-se a questão fundamental do manejo das condições crônicas por estratos de riscos; noutro, integram-se os seus elementos essenciais, a organização da atenção à saúde, o desenho do sistema de prestação de serviços, o suporte às decisões, o sistema de informação clínica, o autocuidado apoiado e as relações com a comunidade.

A clínica da APS, para dar conta dos fatores de risco biopsicológicos e das condições crônicas estabelecidas, poderia se aproximar de uma nova clínica que incorpora um conjunto de mudanças na atenção à saúde. Concomitantemente às transformações na atenção à saúde, vai se dar uma mudança substancial na gestão da APS que abarca, além da gestão das pessoas e dos recursos materiais e financeiros, processos de microgestão localizados na intimidade das relações entre os profissionais de saúde e as pessoas usuárias, o campo da gestão da clínica. Aqui, também, pode-se falar em uma nova forma de gestão da saúde que não substitui a gestão dos meios, mas a completa, a gestão da clínica.

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Os Atributos e as Funções da APS nas RAS A interpretação da APS como estratégia de organização do sistema de atenção à saúde implica exercitá-la de forma a obedecer a certos atributos e a desempenhar algumas funções consideradas na Figura 1.

figura 1: os atributos e as funções da APS nas redes de atenção à saúde.

Fontes: Mendes (2002); Starfield (2002).

Só haverá uma APS de qualidade quando os seus sete atributos estiverem sendo operacionalizados, em sua totalidade. Os primeiros quatro são os atributos essenciais e os três últimos os atributos derivados. O primeiro contacto implica a acessibilidade e o uso de serviços para cada novo problema ou novo episódio de um problema para os quais se procura atenção à saúde. A longitudinalidade constitui a existência do aporte regular de cuidados pela equipe de saúde e seu uso consistente ao longo do tempo, em um ambiente de relação mútua de confi ança e humanizada entre equipe de saúde,indivíduos e famílias. A integralidade significa a prestação, pela equipe de saúde, de um conjunto de serviços que atendam às necessidades da população adscrita nos campos da promoção, da prevenção, da cura, do cuidado, da reabilitação e da paliação, a responsabilização pela oferta de serviços em outros pontos de atenção à saúde e o reconhecimento adequado dos problemas biológicos, psicológicos e sociais que causam as doenças. A coordenação conota a capacidade de garantir a continuidade da

Primeiro contatoLongitudinalidade

Integralidadecoordenação

Focalização na famíliaOrientação comunitáriacompetência cultural

aTRIBuTOs

Resolubilidadecoordenação

Responsabilização

fuNçõEs

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atenção, através da equipe de saúde, com o reconhecimento dos problemas que requerem seguimento constante e se articula com a função de centro de comunicação das RAS. A focalização na família impõe considerar a família como o sujeito da atenção, o que exige uma interação da equipe de saúde com esta unidade social e o conhecimento integral de seus problemas de saúde e das formas singulares de abordagem familiar. A orientação comunitária significa o reconhecimento das necessidades das famílias em função do contexto físico, econômico e social em que vivem, o que exige uma análise situacional das necessidades de saúde das famílias em uma perspectiva populacional e a sua integração em programas intersetoriais de enfrentamento dos determinantes sociais proximais e intermediários da saúde. A competência cultural convoca uma relação horizontal entre a equipe de saúde e a população, que respeite as singularidades culturais e as preferências das pessoas e das famílias (STARFIELD, 2002).

A presença dos sete atributos da APS é importante para a garantia dos resultados e da qualidade da atenção. Há evidências, produzidas em nosso país, de que a heterogeneidade da qualidade da APS está, em geral, associada à ausência de um ou mais desses atributos.

Da mesma forma, uma APS como estratégia só existirá se ela cumprir suas três funções essenciais: a resolubilidade, a coordenação e a responsabilização. A função de resolubilidade, inerente ao nível de cuidados primários, significa que ela deve ser resolutiva, capacitada, portanto, cognitiva e tecnologicamente, para atender a mais de 85% dos problemas de sua população. A função de coordenação expressa o exercício, pela APS, de centro de comunicação das RAS, o que significa ter condições de ordenar os fluxos e contrafluxos das pessoas, dos produtos e das informações entre os diferentes componentes das redes. A função de responsabilização implica o conhecimento e o relacionamento íntimo, nos microterritórios sanitários, da população adscrita, o exercício da gestão de base populacional e a responsabilização econômica e sanitária em relação a essa população adscrita (MENDES, 2012).

Quando se quiser verifi car se há uma APS efi ciente, efetiva e de qualidade, articulada em uma RAS, há que se procurar verifi car em que medida ela cumpre esses sete atributos e essas três funções. É o que procura fazer, em relação aos atributos, o instrumento de avaliação da APS, o Primary Care Assessment Tool, PCATool (STARFIELD et al, 2001; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

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3.2 Os MaCROpROCEssOs Da aps³

Para melhor entendimento sobre os macroprocessos da APS, Mendes (2014) utiliza a metáfora da construção de uma casa, conforme se vê na Figura 2. Primeiro, há que se construir um alicerce que garantirá a solidez da APS. Isso signifi cará implantar mudanças estruturais e de macro e microprocessos da APS. A partir desse alicerce vão se edifi cando as paredes, o teto, o telhado, a porta e a janela.

figura 2: A construção social da APS.

Macroprocessos de Autocuidado Apoiado

Macroprocessos de Atenção Domiciliar

Macroprocessos de Demandas Administrativas

Macroprocessos de Atenção Preventiva

Macroprocessos de Atenção às Condições Crônicas não Agudizadas, às Pessoas Hiperutilizadoras e às Enfermidades

Macroprocessos de Atenção aos Eventos Agudos

Intervenções na Estrutura e Macroprocessos e Microprocessos Básicos da Atenção Primária à Saúde

7

6

5

4

3

2

1

76

54

32

1

³Texto adaptado do original: MENDES, EV. A construção social da APS. Brasília: CONASS, 2014.

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Construindo a casa da APS

1. o alicerce da casa:

As intervenções na estrutura, nos macroprocessos e nos microprocessos básicos da APS. Nesse momento as condições estruturais devem ser consideradas, partindo-se de um diagnóstico estrutural da APS e elaborando-se um plano de intervenções. No aspecto da infraestrutura, pode-se necessitar de reformas ou, até mesmo, da construção de uma nova unidade. Ainda nesse plano infraestrutural será necessário garantir consultórios para consultas individuais da equipe multiprofissional, espaço para atividades de grupo que suportam as novas tecnologias a serem incluídas, sala e ou consultório para primeiro atendimento a eventos agudos e outros espaços fundamentais para a organização dos macroprocessos assistenciais.

Em relação a recursos humanos, deverá ser garantida uma equipe multiprofissional que além de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde e equipe de saúde bucal, agregue novos profissionais como assistente social, farmacêutico clínico, fisioterapeuta, nutricionista, profissional de educação física e psicólogo. A atuação desses profissionais não será de mero apoio ou matriciamento, mas de efetiva inserção como membros da equipe multiprofissional. Esses novos profissionais podem estar dimensionados em uma relação de uma para cada três equipes de ESF.

Todos os equipamentos e materiais necessários para o desenvolvimento da carteira de serviços da APS devem ser garantidos.

Os recursos financeiros deverão garantir a possibilidade de contratos de gestão com as equipes, envolvendo uma parte de pagamento por desempenho.

Os macroprocessos básicos da APS deverão ser implantados por meio de oficinas tutoriais. Os macroprocessos básicos são aqueles que vão dar suporte ao atendimento das diversas demandas da população. São eles: a territorialização, o cadastramento das famílias, a classificação de riscos familiares, o diagnóstico local, a estratificação de risco das condições crônicas, a programação e o monitoramento por estratos de riscos, a agenda e a contratualização.

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A implantação dos macroprocessos deverá ser monitorada e alguns deles devem ser auditados temporariamente. Há, contudo, um marcador que indica se esses macroprocessos foram implantados eficazmente, que é agenda implantada com hora marcada para as pessoas usuárias. Os microprocessos básicos da APS são aqueles que garantem condições para a prestação de serviços de qualidade, especialmente no aspecto da segurança das pessoas usuárias. São eles: recepção, acolhimento e preparo; vacinação; curativo; farmácia; coleta de exames; procedimentos terapêuticos; higienização e esterilização; e gerenciamento de resíduos.

A implantação dos microprocessos básicos envolve o mapeamento desses microprocessos, o seu redesenho, a elaboração dos procedimentos operacionais padrões (POP’s); a implantação dos POP’s; e a auditoria periódica, interna e externa, dos POP’s.

2. os macroprocessos da atenção aos eventos agudos:

Na metáfora da casa, esse momento corresponde à construção de uma parede. Ele é feito por meio de oficinas tutoriais, cursos breves e auditorias.

Os eventos agudos são o somatório das condições agudas, das agudizações das condições crônicas e das condições gerais e inespecíficas que se manifestam de forma aguda. Apesar de se apresentarem em três formas de demandas diferentes o padrão da resposta social é único e informado por um modelo de atenção aos eventos agudos.

Esses modelos de atenção estabelecem-se por níveis: promoção da saúde, prevenção das condições de saúde e gestão das condições de saúde. Aqui é fundamental adotar-se uma classificação de risco para os eventos agudos baseada em algoritmos decisórios construídos por sinais de alertas (MENDES, 2011). Tem-se usado, crescentemente, no Brasil o Sistema de Classificação de Risco de Manchester adotado em vários países.

A organização dos macroprocessos da atenção aos eventos agudos implica implantar os processos de acolhimento e de classificação de risco. Ou seja, organizar, sob a égide da atenção centrada na pessoa, um acolhimento eficaz e humanizado. Mas a organização dos macroprocessos da atenção aos eventos agudos significa, também, capacitar as equipes de APS para o atendimento às urgências menores (verdes e azuis) e o primeiro atendimento às urgências maiores (amarelo, laranja e vermelho).

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3. os macroprocessos da atenção às condições crônicas não agudizadas, às pessoas hiperutilizadoras e às enfermidades:

Na metáfora da casa esses macroprocessos correspondem à construção de uma outra parede. Esses macroprocessos são colocados juntos porque, não obstante incorporarem três diferentes padrões de demanda, a resposta social pela APS é da mesma natureza.

A implantação desses macroprocessos exige um modelo de atenção às condições crônicas. Na literatura internacional os mais comumente utilizados são o Modelo de Atenção Crônica (WAGNER, 1998) e o Modelo da Pirâmide de Riscos (DEPARTMENT OF HEALTH, 2 005). Com base nesses modelos e no Modelo da Determinação Social da Saúde de Dahlgren e Whitehead, Mendes (2011) propôs o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) para ser utilizado no SUS e que se estrutura em cinco níveis: a promoção da saúde, a prevenção das condições de saúde, a gestão das condições de saúde menos complexas, a gestão das condições de saúde mais complexas e a gestão de caso.

As condições crônicas não agudizadas (estabilizadas ou não), as pessoas hiperutilizadoras e as enfermidades exigem respostas sociais articuladas de forma inovadora e que se expressam em um conjunto variado de tecnologias de intervenção.

A organização desses macroprocessos exige implantar os seguintes processos: a elaboração e o monitoramento dos planos de cuidado; a gestão de riscos da atenção com foco na segurança das pessoas usuárias; a educação permanente dos profissionais de saúde; a educação em saúde; a gestão de caso; os grupos operativos; a educação popular em saúde; o mapa de recursos comunitários; e os novos formatos da clínica: a atenção contínua, a atenção compartilhada em grupo, a atenção por pares, o matriciamento entre generalistas e especialistas e a atenção a distância.

4. os macroprocessos da atenção preventiva:

Na metáfora da casa esses macroprocessos correspondem à construção do teto da casa.

O foco desses macroprocessos é na prevenção dos fatores de risco proximais e dos fatores de risco individuais, biopsicológicos.

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Os cuidados preventivos da APS envolvem um amplo leque de tecnologias como rastreamento de doenças, vacinação, prevenção de fatores de risco proximais, prevenção de fatores de risco individuais biopsicológicos, estratégias comportamentais e de motivação aplicadas em intervenções de modificação de estilos e hábitos de vida, orientação nutricional, orientação à atividade física, controle do tabaco, do álcool e de outras drogas e outros.

Os fatores de risco proximais são ligados aos comportamentos e estilos de vida. Por essa razão as ações em relação a esses fatores de risco envolvem mudanças de comportamento das pessoas que os apresentam. A mudança comportamental para estilos de vida saudáveis é um grande desafio para a prevenção das condições de saúde e depende de esforços das pessoas e do apoio por parte dos profissionais de saúde. Para aumentar a efetividade dos processos de mudança, deve-se levar em consideração o contexto cultural, a motivação das pessoas para mudarem e o incremento da autonomia.

Mudança de comportamento é uma decisão pessoal, mas que pode ser apoiada por uma equipe de saúde bem preparada na APS. Os fatores de risco individuais biopsicológicos abarcam alguns fatores não modificáveis e outros modificáveis. Dentre eles mencionamse: idade; sexo; fatores hereditários; fatores biológicos como hipertensão arterial, dislipidemias, alterações glicêmicas prédiabéticas, lesões pré-clínicas e respostas imunológicas; e fatores psicológicos como depressão.

Os cuidados preventivos na atenção primária à saúde não se limitam à prevenção primária, secundária e terciária, segundo o modelo da história natural das doenças. Recentemente foi incorporado à APS um novo conceito, o de prevenção quaternária. A prevenção quaternária volta-se à proteção das pessoas usuárias em relação ao excesso de intervenções de rastreamento de doenças, à medicalização dos fatores de risco, à solicitação de exames em demasia, ao excesso de diagnósticos, às medicalizações desnecessárias de eventos vitais e adoecimento autolimitados, aos pedidos de exames e tratamentos solicitados pelas pessoas usuárias e à medicina defensiva (JAMOULLE e GUSSO, 2012).

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A organização desses macroprocessos implica implantar os seguintes processos: as tecnologias de prevenção de fatores de risco proximais como controle do tabagismo, reeducação alimentar, atividades físicas, controle do álcool e outras drogas, manejo do sobrepeso ou obesidade; rastreamentos suportados por evidências científicas; controle de fatores de risco individuais modificáveis; e prevenção quaternária. Para que esses processos sejam efetivos as equipes da APS devem dominar tecnologias de mudança de comportamentos como modelo transteórico de mudanças, entrevista motivacional, grupos operativos e técnicas de solução de problemas (MENDES, 2012).

5. os macroprocessos das demandas administrativas:

Na metáfora da casa esses macroprocessos correspondem à construção do teto. A demanda administrativa é aquela que tem caráter não clínico, como atestados médicos, renovação de receitas e análise de resultados de exames. Os atestados médicos são de vários tipos: atestado de doença, atestado de saúde, atestado de vacina, atestado médico administrativo, atestado médico judicial e atestado de óbito (LIMA et al, 2013).

Como as demandas administrativas consomem muito tempo e recursos da APS é necessário que elas sejam organizadas para aumentar a eficiência. A organização dos macroprocessos das demandas administrativas faz-se por meio do mapeamento dos processos de pedidos de atestado, de entregas e análises de exames complementares e de renovações de receitas, de redesenho desses processos, de elaboração dos POP’s relativos a eles, da implantação dos POP’s e de sua auditoria periódica, interna e externa.

6. os macroprocessos da atenção domiciliar:

Na metáfora da casa esses macroprocessos correspondem à colocação das portas. A atenção domiciliar é uma categoria ampla que se baseia na interação dos profissionais de saúde com a pessoa, sua família e com o cuidador, quando está presente, e se constitui em um conjunto de atividades realizadas no domicílio de forma programada e continuada, segundo a necessidade das pessoas e famílias atendidas.

Envolve ações promocionais, preventivas, curativas e reabilitadoras. A atenção domiciliar pode ser prestada por diferentes modalidades de cuidados, como a assistência domiciliar, a visita domiciliar, a internação domiciliar, o acompanhamento domiciliar e a vigilância domiciliar (LOPES e OLIVEIRA,

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1998). A assistência domiciliar liga-se a qualquer atendimento no domicílio realizado por profissionais que integram a equipe de saúde, não levando em conta a complexidade ou o objetivo do atendimento. A visita domiciliar prioriza o diagnóstico da realidade do indivíduo e as ações educativas, sendo geralmente programada e utilizada com o intuito de subsidiar intervenções. A internação domiciliar envolve a utilização de aparato tecnológico em domicílio, de acordo com as necessidades de cada situação específica. O acompanhamento domiciliar é o cuidado no domicílio para pessoas que necessitem de contatos frequentes e programáveis com a equipe, como pessoas portadoras de condições crônicas que geram dependência, idosos frágeis ou egressos de internações hospitalares. A vigilância domiciliar faz-se por ações de promoção, prevenção, educação e busca ativa em relação à população adscrita à APS (MAHMUD et al, 2012).

A organização dos macroprocessos da atenção domiciliar é realizada em relação aos seus principais componentes envolvidos na APS: visita domiciliar, assistência domiciliar, internação domiciliar com uso de tecnologias de suporte, acompanhamento domiciliar e vigilância domiciliar. Para cada um desses processos faz-se o mapeamento dos processos, o redesenho desses processos, a elaboração dos POP’s, a implantação e sua auditoria periódica, interna e externa.

7. os macroprocessos do autocuidado apoiado:

Na metáfora da casa esses macroprocessos significam a colocação das janelas. As condições crônicas que dominam a carga de doenças em todo o mundo têm no autocuidado apoiado um fundamento essencial. Pessoas portadoras de condições crônicas só conseguirão estabilizálas se participarem ativamente, em estreita colaboração com as equipes da APS, da atenção à sua saúde. Isso significa que em relação a pessoas portadoras de condições crônicas não cabe utilizar-se a categoria paciente.

O autocuidado apoiado sustenta-se no princípio de que as pessoas portadoras de condições crônicas conhecem tanto quanto, ou mais, de sua condição e de suas necessidades de atenção, que os profissionais de saúde (DEPARTMENT OF HEALTH, 2005).

O autocuidado apoiado foi definido como a prestação sistemática de serviços educacionais e de intervenções de apoio para aumentar a confiança e as habilidades das pessoas usuárias dos sistemas de atenção à saúde em gerenciar seus problemas, o que inclui o monitoramento regular das condições

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de saúde, o estabelecimento de metas a serem alcançadas e o suporte para a solução desses problemas (INSTITUTE OF MEDICINE, 2003). Os principais objetivos do autocuidado apoiado são gerar conhecimentos e habilidades dos portadores de condições crônicas para conhecer o seu problema; para decidir e escolher seu tratamento; para adotar, mudar e manter comportamentos que contribuam para a sua saúde; para utilizar os recursos necessários para dar suporte às mudanças; e para superar as barreiras que se antepõem à melhoria da sua saúde.

O autocuidado apoiado sustenta-se em alguns pilares: a informação e a educação para o autocuidado, a elaboração e o monitoramento de um plano de autocuidado e o apoio material para o autocuidado (LORIG et al, 2006). Assim, a organização dos macroprocessos do autocuidado apoiado faz-se sobre esses três componentes desenhando esses processos (já que não há tradição de utilização das tecnologias de autocuidado entre nós), elaborando os POP’s a eles referentes, implantando os POP’s e os auditando periodicamente, interna e externamente.

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35SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

4. a GEsTãO Da qualIDaDE Na aps

4.1. a avalIaçãO Da qualIDaDE Na aps⁴

Para avaliar a qualidade na APS, instituiu-se o “Instrumento para Avaliação da Qualidade na Atenção Primaria à Saúde”. A aplicação do Instrumento possibilita: verificar o estágio de desenvolvimento alcançado pelas UAPS; identificar as não conformidades; desenvolver planos para correção das não conformidades ou para melhoria contínua.

Para a elaboração do Instrumento utilizou-se como referências: o Manual Brasileiro de Acreditação – ONA (2014); o Plano Diretor de Atenção Primária à Saúde – Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (2010); o Instrumento de Avaliação da Qualidade na Atenção Primária – Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia – MG (2011/2012); o Instrumento de Avaliação Externa do PMAQ – Ministério da Saúde (2013); o Programa Nacional de Segurança do Paciente – Ministério da Saúde (2013); os guias de estudo das oficinas do APSUS, da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (2013 e 2014).

oS SeLoS

Para avaliação das Unidades de Atenção Primária à Saúde, referentes à Gestão da Qualidade foram propostos três selos: bronze, prata e ouro. Cada selo reflete o nível de qualidade em que a equipe de saúde se encontra:

• O Selo Bronze: reúne os itens que visam garantir a segurança do cidadão e da equipe; • O Selo Prata: abrange os itens que visam ao gerenciamento dos processos, com o propósito de

agregar valor aos cidadãos; • O Selo Ouro: congrega os itens que visam aos resultados para a comunidade. O objetivo proposto

é que a equipe de saúde conquiste o Selo Ouro da Qualidade. Os Selos Bronze e Prata são apenas etapas intermediárias.

⁴Texto elaborado por Maria Emi Shimazaki (2014).

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ36

oS eiXoS de AnÁLiSe

O Instrumento considera para cada Selo dois grandes eixos de análise:

• A Gestão da Unidade: infraestrutura, recursos humanos, recursos materiais e tecnológicos, gerenciamento de risco, entre outros;

• Os Atributos da Atenção Primária à Saúde: primeiro contato, longitudinalidade, integralidade, coordenação, focalização na família, orientação comunitária e competência cultural.

A forMA de VerifiCAção

Os Itens de Avaliação apresentam o que se espera em cada grande eixo de análise. É uma frase afirmativa que expressa a meta a ser alcançada.

A Forma de Verificação é um orientador para se comprovar se o item de avaliação foi cumprido, e é de uso do Avaliador.

Quanto à resposta, será sim ou não. Possivelmente, os avaliadores serão convocados muitas vezes pelos participantes para debater o “não”, especialmente quando o “sim” deixa de ser alcançado por um aspecto mínimo exigido pelo item de avaliação. Nessas situações, os avaliadores deverão relembrar aos participantes os princípios da proposta e os objetivos de sua utilização. Deverá ser salientado que uma resposta “não”, traz o foco para aquilo que precisa ser aprimorado até que os parâmetros sejam alcançados.

Os itens de avaliação respondidos como “sim”, certamente, não serão alvo de intervenções. Forçar uma resposta “sim” quando a situação é de “quase sim”, poderá comprometer ainda mais o desempenho em relação a este item de avaliação em uma nova avaliação. Os avaliadores poderão reforçar para os participantes a compreensão do “não” como “ainda não” e incentivá-los a ver nesses casos uma grande chance de, com pouco esforço, modificar o panorama em uma próxima avaliação.

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37SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

O INsTRuMENTO paRa avalIaçãO Da qualIDaDE Na aTENçãO

pRIMÁRIa À saÚDE

regional de Saúde:

Município:

nome unidade de Atenção Primária à Saúde (uAPS):

equipe de Saúde da família:

nome do gerente da unidade de Saúde:

nome do avaliador:

data da avaliação:

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

A1 Atributo – GeStão dA unidAde

1. A unidade de saúde possui placa na entrada para identificação da unidade de acordo com o padrão da SMS.

Verificar se há placa na entrada, segundo o padrão definido pela SMS.

2. A unidade de saúde possui quadro com a identificação dos profissionais, dias e horários que estão em atendimento na unidade, em local visível à população.

Verificar a existência do quadro e, se está em local visível para a população.

sElOBRONzEa

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ38

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

3. A unidade de saúde possui sinalização interna dos serviços prestados.

Verificar sinalização de acordo com padronização da SMS, SESA ou MS.

4. A unidade de saúde garante acessibilidade a pessoas com deficiência e idosos.

Verificar se há banheiro adaptado, com vaso, acessórios com pia, dispensador para sabonete e papel em nível adequado, barras de apoio, portas com abertura para fora e área que permita manobra de cadeira de rodas. Plano de contingência para gerenciamento de risco onde não houver possibilidade de reforma.

5. Os pisos, paredes e teto da unidade de saúde são de superfícies lisas e laváveis.

Verificar se os pisos, paredes e teto das unidades são lisos e laváveis.

6. A unidade tem computadores com acesso à internet, disponíveis, na recepção e consultórios.

Verificar a existência dos computadores na recepção, consultórios e o acesso à internet.

7. A unidade de saúde possui atendimento em saúde bucal.

Verificar a existência de consultório de saúde bucal equipado e registro de manutenção.

8. O número de consultórios da UAPS permite o atendimento aos cidadãos de forma adequada.

Verificar a existência de consultório em número suficiente, para realizar as atividades da equipe.

9. A UAPS possui sala para realização de curativo e sutura de pacientes.

Verificar a existência de sala equipada para a realização das atividades. POP para atividades de risco.

10. Existem pias exclusivas para lavagem das mãos em todas as salas necessárias e lembretes visíveis de higienização das mãos próximos às pias.

Verificar existência de pias exclusivas para lavagem das mãos, sabonete líquido, toalhas de papel e lembretes de higienização das mãos próximo às pias.

11. Os profissionais têm acesso ao álcool gel nos pontos de cuidado dos pacientes.

Verificar existência de frascos com álcool gel, identificados (identificação do produto, data, prazo de validade e se embalado na unidade, nome do profissional responsável).

12. A equipe dispõe de materiais adequados para o processamento, desinfecção e esterilização de artigos médico odontológico e realiza controle de qualidade de esterilização.

Verificar:a) existência de POP de desinfecção,

armazenamento e distribuição de materiais.

b) se a equipe tem conhecimento do POP.c) registro dos testes de controle de qualidade

de esterilização.

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39SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

13. A equipe dispõe de procedimentos adequados de limpeza e desinfecção de superfícies, descritos em POP.

Verificar a existência de POP de limpeza e desinfecção, se o mesmo é de conhecimento da equipe e se a equipe executa as atividades conforme POP.

14. A UAPS dispõe de geladeira exclusiva para guarda das vacinas, com termômetro, controle de temperatura e higienização adequados.

Verificar:a) existência de geladeira exclusiva para sala

de vacina, com termômetro.b) POP de sala de vacina, controle de

temperatura e higienização afixado em local visível e próximo à geladeira.

15. A UAPS tem definido um plano de contingência para queda de energia na sala de vacina.

Verificar se a UAPS possui plano de contingência afixado em local visível na sala de vacina. O Plano deve contemplar sábados, domingos, feriados e período noturno.

16. A equipe conhece o fluxo de encaminhamento para acidentes biológicos.

Verificar se o fluxo está afixado em local visível e se há o conhecimento desse pela equipe (técnico de enfermagem, enfermeiro, serviço gerais, dentista).

17. A UAPS possui materiais (embalagens e lixeiras) e condições estruturais adequados para o gerenciamento correto dos resíduos gerados.

Verificar se a Unidade possui lixeiras com tampa/pedal para o descarte dos resíduos sólidos e recipientes para os resíduos líquidos e perfuro-cortantes em quantidade suficiente, além de locais para armazenamento temporário e final dos resíduos gerados.

18. A equipe gerencia os resíduos gerados corretamente.

Verificar se a equipe segrega, acondiciona, armazena e encaminha corretamente os resíduos gerados.

19. A equipe acondiciona os medicamentos de acordo com as normas da Vigilância Sanitária.

Verificar se os medicamentos estão dentro do prazo de validade, acondicionados em local limpo e seco, na temperatura adequada a cada um e, se houver medicamento controlado, se está armazenado em armário trancado.

20. Todos os profissionais estão com crachás de identificação.

Verificar se 100% dos profissionais está com crachá de identificação.

21. Todos os profissionais estão com uniforme, conforme padronização.

Verificar se 100% dos profissionais está uniformizado conforme categoria profissional.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ40

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

22. Os profissionais dispõem e utilizam de Equipamentos de Proteção Individual - EPI básicos para o trabalho.

Verificar:a) a existência na Unidade de Saúde de lista

com os EPIs fornecidos por categoria profissional.

b) o controle de recebimento e perda desses.c) a utilização adequada do EPI por 100% dos

profissionais.

23. Os profissionais seguem as regras de biossegurança.

Observar a utilização de jaleco fechado, sapato fechado, cabelos presos, brincos pequenos, esmalte claro e unhas curtas.

24. Os profissionais estão:a) habilitados ao exercício profissional

conforme legislação.b) cadastrados no CNES.c) cadastrados no sistema BMJ –

Segunda Opinião.

Verificar:a) a existência de documentação exigida pela

SMS e conselhos de classe para 100% dos profissionais da equipe (cópias do certificado do conselho de classe, carteira trabalho para CLT, ou comprovante de contratação para os profissionais estatutários).

b) relação de profissionais com o CNES.c) Solicitar, aleatoriamente, para que

3 profissionais acessem o sistema/plataforma BMJ – Segunda Opinião.

25. Todos os profissionais estão com o cartão de vacinas atualizado.

Verificar controle das vacinas para 100% dos profissionais (cópia do cartão ou declaração assinada pelo profissional). Hepatite B, Influenza, dT adulto e Febre Amarela.

26. Todas as profissionais da Unidade do sexo feminino com Citologia Oncótica.

Verificar controle da Citologia Oncótica para 100% das profissionais (cópia do resultado do exame com intervalo máximo de 3 anos ou declaração assinada pela profissional).

27. O Coordenador da Unidade de Saúde gerencia a escala de férias e/ou folga, horas extras, atestados médicos dos profissionais da unidade.

Verificar controle d a escala de férias, folgas, horas extras e atestados médicos dos profissionais da unidade.

28. Os profissionais têm controle do patrimônio da unidade.

Eleger 3 itens aleatórios, verificar no inventário de patrimônio da unidade e conferir o número, caso não tenha, solicitar documento de controle patrimonial.

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41SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

A2 Atributo – PriMeiro ContAto

29. A UAPS funciona de forma ininterrupta, todos os dias úteis.

Verificar:a) se há um quadro de horário de

funcionamento da unidade visível para os usuários.

b) se há escala dos profissionais em local visível para os usuários.

30. A equipe possui o mapa da sua área de abrangência no qual estão discriminadas as microáreas de responsabilidade dos ACS.

Verificar:a) se há um mapa com microáreas

atualizadas, disponível para a equipe da APS.

b) se 100% dos profissionais da equipe conhecem o mapa.

c) mapeamento das condições crônicas, áreas de vulnerabilidade e principais condições agudas.

31. A equipe tem identificado no mapa os equipamentos sociais da área de abrangência (escolas, creches, cursos profissionalizantes, associações, ambulatórios, igrejas, hortas comunitárias, etc.) – Mapa inteligente.

Verificar a identificação desses equipamentos sociais no mapa da área de abrangência.

32. A equipe tem uma padronização para a identificação segura dos pacientes.

Verificar documento que comprove a padronização.

33. Os profissionais da UAPS utilizam no mínimo 3 marcadores para identificar um paciente antes de fornecer qualquer, ou, fazer qualquer procedimento.

Verificar se existe a conferência de, no mínimo, três marcadores para identificar o paciente (por exemplo: nome completo, data de nascimento e nome da mãe).

34. É exigido o Cartão SUS para todos os atendimentos na unidade.

Verificar se ao recepcionar o cidadão é solicitado o Cartão SUS para todos.

35. A equipe realiza classificação de risco para as condições agudas, conforme protocolo de classificação de risco, todos os dias da semana, em todos os turnos.

Verificar registros que comprovem a realização da classificação de risco em todos os turnos, todos os dias da semana.

36. A equipe realiza atendimento às condições agudas todos os dias da semana e em todos os turnos.

Verificar disponibilidade na agenda médica e do enfermeiro para atendimento a cidadãos com condição aguda, todos os dias da semana e em todos os turnos.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ42

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

37. A equipe dispõe de equipamentos e insumos em condições adequadas indicadas para o primeiro atendimento nos casos de urgências e emergências.

Verificar:a) a padronização pela SMS dos

equipamentos e insumos para atendimento de urgências e emergências.

b) a existência dos equipamentos e insumo na Unidade.

c) se estão em condições de uso com segurança (identificação adequada dos medicamentos e insumos com data de validade, equipamentos com funcionamento adequado).

38. A equipe realiza atendimento de urgência e emergência em saúde bucal, adotando Protocolo de Classificação de Risco, todos os dias da semana e em todos os turnos.

Verificar registros da realização da classificação de risco, diariamente em todos os turnos.

39. Existe agendamento de atendimento para saúde bucal todos os dias da semana.

Verificar registro que comprove o agendamento.

A3 Atributo - LonGitudinALidAde

40. As crianças, da área de responsabilidade da equipe, com até um ano de vida são identificadas e estratificadas por grau de risco, seguindo a linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar:a) o número de crianças menores de 1 ano

identificadas pela equipe.b) 100% de crianças menores de um ano

estratificadas por grau de risco.c) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco das crianças (sortear 3 crianças acompanhadas na UAPS e verificar no prontuário).

41. As crianças, da área de responsabilidade da equipe, com até um ano de vida estão em acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecida na linha guia da Rede Mãe Paranaense e são identificados os casos de sífilis congênita.

Verificar:a) o número de consultas programadas para

esta faixa etária, conforme o grau de risco.b) na agenda, a comprovação da marcação

das consultas.c) no prontuário, o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 crianças, verificação).

d) no prontuário registro de acompanhamento e tratamento das crianças com sífilis congênita.

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43SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

42. As crianças e adolescentes estão vacinados de acordo com o Calendário Estadual de Imunização. Os cidadãos de áreas endêmicas da dengue estão vacinados conforme preconizado pela SESA.

Verificar:a) se o aprazamento está organizado por mês.b) se as doses foram aplicadas de acordo

com o aprazamento (sortear 3 fichas de meses anteriores e observar se não há aprazamento com data anterior a da avaliação).

c) se os cidadãos, conforme faixas etárias foram vacinados contra Dengue.

d) Verificar % de vacinação da Dengue realizada no município.

43. A equipe realiza busca ativa das crianças e adolescentes faltosos à vacinação.

Verificar se há registro da busca ativa, no prontuário da criança/ adolescente faltoso.

44. As gestantes da área são captadas e estratificadas por grau de risco a cada consulta de pré-natal e identificados os casos de sífilis na gestação, seguindo a linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar:a) o número de gestantes identificadas pela

equipe.b) se 100% de gestantes estratificadas por

grau de risco.c) a % de gestantes captadas antes de 12

semanas de gestação.d) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco da gestante (sortear 3 gestantes acompanhadas na UAPS e verificar no prontuário).

e) registro de acompanhamento e tratamento das gestantes com sífilis.

45. As gestantes têm 7 ou mais consultas de pré-natal, conforme a linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar planilha de programação, agenda e prontuário, comprovando o acompanhamento das gestantes, conforme o grau de risco (verificar no prontuário das gestantes de alto risco, atendidas no último trimestre).

46. A equipe realiza busca ativa das gestantes faltosas ao pré-natal.

Verificar se há registro da busca ativa, no prontuário das faltosas (verificar prontuário de 3 gestantes faltosas).

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ44

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

47. A consulta de puerpério das gestantes atendidas na Unidade é realizada até 42 dias após o parto, conforme a linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar:a) planilha de programação, agenda e

prontuário, o acompanhamento das puérperas (verificar no prontuário de 3 puérperas, atendidas no último trimestre).

b) registro em prontuário se a puérpera está recebendo alta da maternidade com plano de alta, contra referência ou no mínimo com anotação na carteira da gestante relatando possíveis intercorrências que possa ter apresentado durante a internação.

48. A equipe realiza busca ativa das puérperas faltosas à consulta puerperal.

Verificar se há registro da busca ativa, no prontuário das faltosas.

49. As mulheres na faixa etária preconizada estão com o exame de citologia de colo de útero realizado conforme as Diretrizes Para o Rastreamento do Câncer de Colo do Útero - INCA/MS.

Verificar:a) se há aprazamento para coleta de exame

de citologia oncótica mensal.b) se os exames foram realizados de acordo

com o aprazamento (sortear 3 prontuários de meses anteriores e observar registro de realização do exame).

50. A equipe realiza busca ativa das mulheres faltosas ao exame de citologia de colo de útero.

Verificar se há registro da busca ativa, no prontuário das faltosas.

51. As mulheres na faixa etária preconizada estão com o exame de mamografia realizado conforme as Diretrizes Para o Rastreamento do Câncer de mama - INCA/MS.

Verificar:a) se há aprazamento para mamografia.b) se os exames foram realizados de acordo

com o aprazamento (sortear 3 prontuários de meses anteriores e observar registro de realização do exame).

52. A equipe realiza busca ativa das mulheres faltosas ao exame de mamografia.

Verificar se há registro da busca ativa, no prontuário das faltosas.

53. Os diabéticos da área são identificados e estratificados por grau de risco, seguindo a Linha Guia do Diabetes.

Verificar:a) o número de diabéticos identificados pela

equipe.b) se no mínimo 70 % de diabéticos estão

estratificados por grau de risco.c) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

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45SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

54. Os diabéticos, da área de responsabilidade da equipe, estão em acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecida na Linha Guia do Diabetes.

Verificar:a) o número de consultas programadas,

conforme o grau de risco.b) na agenda, a comprovação da marcação

das consultas.c) no prontuário, o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação).

55. A equipe realiza busca ativa dos diabéticos faltosos aos atendimentos.

Verificar se há registro da busca ativa, no prontuário dos faltosos.

56. Os hipertensos da área são identificados e estratificados por grau de risco, seguindo a Linha Guia de Hipertensão através do risco cardiovascular global.

Verificar:a) o número de hipertensos identificados

pela equipe.b) 70 % de pacientes estratificados por grau

de risco.c) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

57. Os hipertensos, da área de responsabilidade da equipe, estão em acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecida na Linha Guia de Hipertensão.

Verificar:a) o número de consultas programadas,

conforme o grau de risco, nos relatórios.b) na agenda a comprovação da marcação

das consultas.c) no prontuário o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação).

58. A equipe realiza busca ativa dos hipertensos faltosos aos atendimentos.

Verificar se há registro da busca ativa, no prontuário dos faltosos.

59. As pessoas com transtorno mental da área são identificadas e estratificadas por grau de risco, seguindo o Caderno da 8ª Oficina APSUS.

Verificar:a) o número de pacientes identificados pela

equipe.b) se no mínimo 70% de pacientes

identificados estão estratificados por grau de risco.

c) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ46

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

60. As pessoas com transtorno mental, da área de responsabilidade da equipe, estão em acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecido na 8ª Oficina APSUS.

Verificar:a) o número de consultas programadas,

conforme o grau de risco, nos relatórios.b) na agenda a comprovação da marcação

das consultas.c) no prontuário o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação).

61. A equipe realiza busca ativa das pessoas com transtorno mental faltosos aos atendimentos.

Verificar se há registro da busca ativa, no prontuário dos faltosos.

62. As pessoas com dependência de álcool e/ou substâncias psicoativas da área são identificadas e estratificadas por grau de risco, seguindo a 8ª Oficina APSUS.

Verificar:a) o número de pacientes identificados pela

equipe.b) 70 % de pacientes estratificados por grau

de risco.c) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

63. As pessoas com dependência de álcool e/ou substâncias psicoativas, da área de responsabilidade da equipe, estão em acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecida na 8ª Oficina APSUS.

Verificar:a) o número de consultas programadas,

conforme o grau de risco, nos relatórios.b) na agenda a comprovação da marcação

das consultas.c) no prontuário o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação).

64. A equipe realiza busca ativa das pessoas com dependência de álcool e/ou drogas psicoativas faltosas aos atendimentos.

Verificar se há registro da busca ativa, no prontuário dos faltosos.

65. Os idosos da área são identificados e rastreados conforme Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável – VES 13, segundo a 9ª Oficina do APSUS - Saúde do Idoso.

Verificar:a) o número de idosos identificados.b) 100% dos idosos rastreados por grau de

risco.c) se há registro no prontuário que comprove

o rastreamento de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

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47SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

66. Os idosos da área de responsabilidade da equipe estão em acompanhamento de acordo com o rastreamento de risco estabelecido na 9ª Oficina do APSUS - Saúde do Idoso.

Verificar:a) o número de consultas programadas,

conforme o grau de risco, nos relatórios.b) na agenda a comprovação da marcação

das consultas.c) no prontuário o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação).

67. A equipe realiza busca ativa dos idosos faltosos aos atendimentos.

Verificar se há registro da busca ativa, no prontuário dos faltosos.

68. A equipe possui protocolo para identificar fatores de risco no domicílio relacionados à queda de idoso.

Verificar existência de protocolo.

69. A equipe possui protocolo para identificar fatores de risco ambientais relacionado à queda de pacientes na UAPS.

Verificar existência de protocolo (por exemplo: prevenção de queda de maca).

70. A equipe possui protocolo para prevenir a Lesão por Pressão. Verificar existência de protocolo.

71. Os cidadãos com tuberculose, residentes no território, são diagnosticados e tratados pela equipe e tem tratamento concluído.

Verificar o número de casos, e, nos respectivos prontuários, se há registro do acompanhamento e conclusão do tratamento.

72. Os cidadãos com hanseníase, residentes no território, são diagnosticados e tratados pela equipe.

Verificar o número de casos, e, nos respectivos prontuários, se há registro do acompanhamento.

73. Os cidadãos residentes no território de responsabilidade da equipe estão estratificados segundo o grau de risco para a saúde bucal, conforme Linha Guia de Saúde Bucal.

Verificar:a) o número de pacientes que iniciaram

tratamento nos últimos 6 meses.b) número de gestantes identificadas pela

equipe.c) 100% das gestantes da UBS com risco

estratificado.d) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados e verificar no prontuário).

74. A equipe garante agenda para a continuidade do tratamento de um cidadão que iniciou seu tratamento em saúde bucal.

Verificar:a) % de pacientes que concluíram o

tratamento nos últimos 6 mesesb) o agendamento dos atendimentos.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ48

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

75. Os casos de dengue, chikungunya e zika vírus de cidadãos residentes no território são atendidos e acompanhados pela equipe, conforme Protocolo do MS.

Verificar:a) se há casos de dengue, chikungunya e zika

vírus no território, verificar registros no prontuário do paciente;

b) se há notificação dos casos no SINAN.c) se não houver casos, solicitar relatório ou

registro em ata de ações realizadas para identificação de criadouros e controle do vetor.

A4 Atributo - inteGrALidAde

76. A equipe realiza teste rápido para sífilis e HIV e orienta a fase pré-analítica dos exames de apoio diagnóstico.

Verificar:a) registro de testes rápidos realizados e

checar anotação no prontuário de 3 pacientes.

b) se a equipe dispõe de formulários que orientem o preparo do paciente para a coleta. (Exame de sangue, urina, endoscopia, ultrassom).

77. A equipe viabiliza aos usuários os resultados dos exames laboratoriais no tempo determinado no contrato com o laboratório.

Verificar:a) se os profissionais recebem o retorno do

resultado dos exames laboratoriais no tempo adequado (conforme contrato com o laboratório), para dar continuidade ao tratamento do paciente.

b) se os resultados dos exames são analisados, anotados nos prontuários e informados aos pacientes, em caso de alteração.

78. A equipe viabiliza, às gestantes estratificadas como risco intermediário e alto risco, consultas no pré-natal de risco, conforme a linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar:a) se a equipe agenda as consultas no

pré-natal de risco, conforme a linha guia (sortear 3 gestantes de alto risco e 3 de risco intermediário para verificação).

b) se 100% das gestantes de alto risco são encaminhadas para consulta de pré-natal de risco (sortear 3 gestantes de alto risco para análise do prontuário).

79. As gestantes estão vinculadas às maternidades de referência, de acordo com sua estratificação de risco.

Verificar se 100% das gestantes estão vinculadas às maternidades conforme grau de risco. Ver registro das vinculações no prontuário de 3 gestantes (1 Baixo Risco, 1 Intermediário e 1 Alto Risco).

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49SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

80. A equipe realiza o seguimento das mulheres com citologia de colo uterino com resultado alterado.

Verificar:a) existência de registro de agendamento das

mulheres com citologia de colo uterino com resultado alterado para o centro de referência.

b) no prontuário o registro do acompanhamento.

81. A equipe viabiliza transporte sanitário de urgência e ou SAMU para o usuário que necessita ser transferido para um serviço adequado para a resolução do problema.

Verificar registro de transferência para o transporte sanitário de urgência.

82. A equipe viabiliza transporte sanitário eletivo para o usuário que necessita deste atendimento: fisioterapia, tratamento ambulatorial oncológico, terapia renal substitutiva, etc.

Verificar registro de transferência para o transporte sanitário.

83. A lista da REMUNE (Relação Municipal de Medicamentos) está disponível para o médico, enfermeiro, dentista e farmacêutico.

Verificar se a lista está disponível e é de fácil acesso para o médico, enfermeiro, farmacêutico e dentista.

84. A equipe realiza o controle e descarte de medicamentos vencidos com a assistência farmacêutica, de acordo com as normas da vigilância sanitária.

Verificar o registro de controle de medicamentos vencidos e condições de descarte.

85. Todos os medicamentos utilizados na UAPS são padronizados pela SMS.

Verificar se não existe medicamento fora da padronização da SMS (por exemplo: amostras grátis).

86. Os medicamentos e imunobiológicos são passíveis de rastreabilidade na UAPS, do almoxarifado à disponibilização ao usuário.

Verificar documento que comprove a rastreabilidade dos medicamentos e imunobiológicos na UAPS e os dispensados aos usuários (por exemplo: planilha com controle dos lotes dos medicamentos armazenados e dispensados na unidade).

A5 Atributo - CoordenAção

87. Todos os profissionais da UAPS, NASF, Academia de Saúde, assistência farmacêutica, entre outros tem acesso ao prontuário eletrônico do paciente conforme nível de permissão e preenchem corretamente os atendimentos realizados.

Verificar:a) registro de consulta de todos os

profissionais de nível superior.b) registro de atendimentos prestados,

procedimentos realizados e visitas domiciliares.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ50

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

88. As crianças menores de 1 ano possuem carteiras com registros atualizados.

Verificar se as carteiras da criança são disponibilizadas e preenchidas corretamente (vacina em dia e curva de crescimento e desenvolvimento).

89. As gestantes possuem as carteiras devidamente preenchidas.

Verificar se as carteiras de gestante são disponibilizadas e preenchidas corretamente (consultas, exames, vacinas).

90. O preenchimento, digitação e a atualização do E-SUS é de responsabilidade da equipe da UAPS.

Verificar:a) se o E-SUS está disponível na UAPS

e é digitado pela equipe e/ou SMS. b) se os dados estão atualizados.c) antes de relatório do E-SUS confirmando

a atualização.

91. O preenchimento e atualização do CNES são de responsabilidade da equipe na UAPS/SMS.

Verificar se o CNES da UAPS está atualizado comparando com a relação de profissionais que atuam na unidade.

92. Os relatórios do E-SUS e/ou os indicadores pactuados pela SMS são discutidos pela equipe. Verificar documentação que comprove.

93. São realizadas notificações de todas as doenças e agravos de notificação compulsória.

Verificar:a) registro de notificações com dados padronizados pela Vigilância em Saúde (semana epidemiológica, data de notificação, nº do SINAN, tipo de agravo, nome e nº do prontuário).b)registro em prontuário do cidadão se as notificações referentes às situações de violência sexual e tentativa de suicídio foram realizadas em até 24 horas.

94. A equipe alimenta os sistemas de informação sob sua responsabilidade.

Verificar os registros do SISPRENATAL WEB, SISCAN, E-SUS, SINAN e SISVAN.

95. A equipe realiza o monitoramento das internações por condições sensíveis da APS ocorridas em seu território.

Verificar se há redução das internações por complicação de hipertensão e diabetes no último semestre.

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51SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

A6 Atributo – CentrALizAção fAMiLiAr

96. As famílias da área de abrangência estão classificadas segundo o grau de risco.

Verificar no prontuário familiar ou planilha se as famílias estão identificadas de acordo com a classificação por grau de risco.

97. As equipes de UAPS e NASF desenvolvem junto às famílias ações abordando a saúde da criança e adolescente.

Verificar documentação que comprove.

98. As equipes de UAPS e NASF desenvolvem junto às famílias ações abordando os cuidados no pré-natal, parto e puerpério.

Verificar documentação que comprove.

99. As equipes de UAPS e NASF/Academia da Saúde desenvolvem junto às famílias, ações relacionadas à alimentação saudável, atividade física, prevenção do tabagismo, alcoolismo, entre outros.

Verificar documentação que comprove.

100. As equipes de UAPS e NASF/Academia da Saúde desenvolvem ações junto às famílias, relacionadas aos cuidados com a hipertensão e/ou diabetes.

Verificar documentação que comprove.

101. As equipes de UAPS e NASF realizam visitas domiciliares às famílias. Verificar documentação que comprove.

A7 Atributo – orientAção CoMunitÁriA

102. A UAPS tem Conselho Local ou representante no Conselho Regional e/ou Municipal de Saúde.

Verificar documentação que comprove.

103. A equipe identifica as principais lideranças da comunidade.

Verificar registro contendo a relação nominal e endereço das lideranças comunitárias

104. As equipes da UAPS e NASF /Academia da Saúde realizam trabalhos intersetoriais (escolas, CREAS, CRAS, igrejas entre outros) e/ou participa de eventos de relevância para a comunidade.

Verificar registro de participação nos eventos.

105. A comunidade tem algum mecanismo de manifestar formalmente a sua opinião em relação à UAPS.

Verificar se há mecanismos para a manifestação da comunidade (por exemplo: ouvidoria, pesquisa, caixa de sugestões, etc.).

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ52

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

b1. Atributo - GeStão de unidAde

1. A possui: a) placa na entrada para identificação da UAPS

unidade de acordo com o padrão da SMS;b) quadro com a identificação dos profissionais,

dias e horários que estão em atendimento na unidade, em local visível à população;

c) sinalização interna dos serviços prestados.

Verificar:a) se há placa na entrada, segundo o padrão

definido pela SMS;b) a existência do quadro e, se está em local

visível para a população;c) a existência de sinalização de acordo com

padronização da SMS.

2. A UAPS garante acessibilidade a pessoas com deficiência e idosos.

Verificar:a) se há banheiro adaptado, com vaso,

acessórios com pia, papel higiênico, dispensador para sabonete, papel toalha em nível adequado, barras de apoio, porta que permita manobra de cadeira de rodas, portas com abertura para fora e tamanho adequado para passagem da cadeira de rodas;

b) se há rampa de acesso, com barras de segurança.

3. A unidade possui:a) pisos, paredes e tetos da unidade de saúde

com superfícies lisas e laváveis;b) computadores com acesso à internet,

disponíveis, na recepção e consultórios;c) consultório de saúde bucal equipado e em

funcionamento;d) o número de consultórios da UAPS permite o

atendimento aos cidadãos de forma adequada;e) sala para realização de curativo e sutura de

pacientes.

Verificar: a) se os pisos, paredes e tetos das unidades

são lisos e laváveis;b) a existência dos computadores na

recepção, consultórios e o acesso à internet;c) a existência de consultório de saúde bucal

equipado e registro de manutenção.d) a existência de consultório em número

suficiente, para realizar as atividades da equipe;

e) a existência de sala equipada para a realização das atividades.

sElOpRaTaB

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53SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

4. A unidade possui: a) pias exclusivas para lavagem das mãos em

todas as salas necessárias;b) lembretes visíveis de higienização das mãos

próximos às pias;c) álcool gel nos pontos de cuidado dos

pacientes.

Verificar existência de: a) pias exclusivas, sabonetes líquidos, toalhas

de papel;b) lembretes próximos às pias exclusivas para

lavagem das mãos;c) frascos com álcool gel, identificados

(identificação do produto, data, prazo de validade e se embalado na unidade, nome do profissional responsável).

5. A equipe dispõe de materiais adequados para o processamento de desinfecção e esterilização de artigos médico-odontológicos.

Verificar: a) existência de POP de desinfecção,armazenamento e distribuição de materiaisb) se o Procedimento Operacional Padrão

(POP) está disponível para os profissionais que realizam os procedimentos de desinfecção, armazenamento e distribuição dos materiais;

c) se a equipe tem conhecimento das técnicas adequadas descritas no POP, verificar registro de treinamento;

d) Verificar se a equipe tem um protocolo de monitoramento para controle de qualidade de esterilização.

6. A equipe dispõe de procedimentos adequados de limpeza e desinfecção de superfícies, descritos em forma de POP.

Verificar:a) se o POP para limpeza e desinfecção da

unidade (bancadas, pisos, paredes e equipamentos) está disponível para os profissionais que realizam o procedimento;

b) se o profissional responsável realiza o procedimento de acordo com o POP;

c) Registro em ata sobre treinamento do referido POP.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ54

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

7. A UAPS dispõe de geladeira exclusiva para guarda das vacinas, com termômetro e controle de temperatura e higienização adequadas.

Verificar a existência de: a) geladeira exclusiva para guarda das

vacinas, com termômetro e controle de temperatura;

b) procedimentos Operacionais Padrões para controle de temperatura e higienização da geladeira deverão estar acessíveis dentro da sala de vacina;

c) os controles de temperatura e higienização da geladeira afixados em local visível próximo da geladeira;

d) plano de contingência afixado em local visível na unidade.

8. A equipe conhece o fluxo de encaminhamento para acidentes biológicos.

Verificar: a) se o fluxo está afixado em local visível;b) se há o conhecimento deste pela equipe

da UAPS.

9. A equipe: a) possui materiais (embalagens e lixeiras)

e condições estruturais adequados para o gerenciamento correto dos resíduos gerados;

b) gerencia os resíduos gerados corretamente; c) Plano Local de Gerenciamento de Resíduos de

Serviços de Saúde – PGRSS.

Verificar: a) se a Unidade possui lixeiras com tampa/

pedal para o descarte dos resíduos sólidos e recipientes para os resíduos líquidos e perfuro-cortantes em quantidade suficiente, além de locais para armazenamento temporário e final dos resíduos gerados;

b) se a equipe segrega, acondiciona, armazena e encaminha corretamente os resíduos gerados e presença de abrigo fechado para resíduos infectantes;

c) se a equipe possui Plano Local de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS.

10. A unidade dispõe de:a) controle de insetos e pragas periodicamente;b) limpeza do reservatório de água

periodicamente.

a) solicitar protocolo de ações e registro de atividades desenvolvidas para controle de insetos e pragas;

b) solicitar registro de limpeza do reservatório de água (a cada 6 meses).

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55SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

11. Todos os profissionais da unidade de saúde:a) estão com crachás de identificação;b) estão com uniforme;c) dispõem e utilizam de Equipamentos de

Proteção Individual - EPI básicos para o trabalho;

d) seguem as regras de biossegurança;e) estão habilitados ao exercício profissional

conforme legislação;f) estão com o cartão de vacinas atualizado;g) do sexo feminino com Citologia Oncótica.

Verificar se 100% dos profissionais:a) estão com crachá de identificação;b) estão uniformizados;c) dispõem e utilizam de Equipamentos de

Proteção Individual - EPI básicos para o trabalho;

d) utilizam sapatos fechados, cabelos presos, brincos pequenos, esmalte claro, unhas curtas;

e) apresentam documentação exigida pela SMS e conselhos de classe: cópias do certificado do conselho de classe, carteira trabalho para CLT, ou comprovante de contratação dos profissionais estatutários;

f) controle das vacinas: Hepatite B, Influenza, dT adulto (tétano e difteria) e Febre Amarela (verificar cópia do cartão ou declaração do profissional);

g) controle da Citologia Oncótica (cópia do resultado do exame com intervalo máximo de 3 anos ou declaração do profissional).

12. O Coordenador da Unidade de Saúde gerencia a escala de férias e/ou folga, horas extras, atestados médicos dos profissionais da unidade.

Verificar a escala de férias e/ou folga, horas extras, atestados médicos dos profissionais da unidade de modo que as atividades desenvolvidas não sejam prejudicadas.

13. Os profissionais da UAPS têm controle do patrimônio da unidade.

Eleger 3 itens aleatórios, verificar no inventário de patrimônio da unidade e conferir o número, caso não tenha, solicitar documento de controle patrimonial.

14. A equipe tem um diagnóstico da situação de saúde da população residente no território sob sua responsabilidade.

Verificar se há:a) registro dos perfis demográfico,

epidemiológico e social da população;b) conhecimento destes perfis pela equipe.

15. A equipe tem uma programação/ planejamento local anual para responder às necessidades em saúde da população residente no território sob sua responsabilidade.

Verificar:a) se há registro da programação/

planejamento local;b) se a equipe conhece a programação/

planejamento;c) se a programação/ planejamento está em

execução;d) se a programação/ planejamento é

monitorado.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ56

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

16. A equipe tem metas pactuadas.

Verificar:a) registro da pactuação das metas

pela equipe;b) se há conhecimento das metas

pelos profissionais.

17. A equipe realiza reunião periódica para monitoramento das metas pactuadas. Verificar documento que comprove.

18. A equipe:a) participa de ações de educação permanente

de forma sistemática e regular;b) está cadastrada e acessa o sistema

rotineiramente o sistema/plataforma BMJ - Segunda Opinião.

Verificar:a) lista de presença em capacitações

municipais e/ou estaduais, certificados ou livros atas;

b) todos os profissionais da UAPS devem participar de no mínimo 3 capacitações num período de 12 meses.

c) Solicitar, aleatoriamente, para que 3 profissionais acessem o sistema/plataforma BMJ - Segunda Opinião.

19. A equipe conta com linhas guias/protocolos clínicos para o atendimento das principais condições de saúde.

Verificar:a) se as Linhas Guias/Protocolos Clínicos

estão disponíveis nos consultórios dos profissionais;

b) se os profissionais conhecem as Linhas Guias/Protocolos Clínicos.

20. A equipe de saúde bucal conta com a Linha Guia de Saúde Bucal para atendimento das principais condições de saúde.

Verificar:a) se as Linhas Guias/Protocolos Clínicos

estão disponíveis nos consultórios dos profissionais;

b) se os profissionais conhecem as Linhas Guias/Protocolos Clínicos e utilizam no dia a dia.

21. A equipe conhece os custos da UAPS.

Verificar:a) registro dos custos da UAPS;b) se há conhecimento dos custos pelos

profissionais;c) se a equipe gerencia os custos, ou seja, se

há alguma ação de programação e/ou de monitoramento.

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57SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

b2. Atributo - PriMeiro ContAto

22. A UAPS funciona de forma ininterrupta, todos os dias úteis.

Verificar se há um quadro de horário visível na unidade, para funcionamento ininterrupto, contendo: o nome dos profissionais, as respectivas categorias profissionais e o horário de entrada e saída de cada profissional.

23. A equipe possui o mapa da sua área de abrangência no qual estão identificadas:a) as microáreas de responsabilidade dos ACS;b) os equipamentos sociais da área de

abrangência: escolas, creches, cursos profissionalizantes, associações, ambulatórios, igrejas, hortas comunitárias, etc;

c) os grupos com condições crônicas;d) os grupos com condições agudas;e) mapeamento das áreas de maior

vulnerabilidade: concentração de violência, migrantes/refugiados, indígenas, assentamentos, acampados.

Verificar se o mapa atualizado apresenta:a) as microáreas de responsabilidade dos ACS;b) os equipamentos sociais da área de

abrangência: escolas, creches, cursos profissionalizantes, associações, ambulatórios, igrejas, hortas comunitárias;

c) os grupos com condições crônicas: hipertensos, diabéticos, transtorno mental e idosos (todos de alto risco), gestantes, gestantes adolescente, crianças de alto risco até dois anos, TB, MH, acamados, famílias vulneráveis, entre outras;

d) os grupos com condições agudas: dengue, parotidites, meningites, varicela, sífilis congênita, coqueluche, sarampo.

e) o grupo de maior vulnerabilidade; concentração de violência, migrantes/refugiados, indígenas, assentamentos, etc.

24. A população residente no território de responsabilidade da equipe está cadastrada na unidade.

Verificar:a) se 100% da população residente em

territórios de alta vulnerabilidade tem cadastro na unidade;

b) se 100% das famílias de risco estão cadastradas na unidade;

c) se 100% dos cidadãos com condições crônicas estão cadastrados na unidade e têm Cartão SUS.

25. A equipe:a) tem uma padronização para a identificação

segura dos pacientes;b) utiliza no mínimo 3 marcadores para

identificar um paciente antes de fornecer qualquer, ou, fazer qualquer procedimento;

c) exige o Cartão SUS para todos os atendimentos na unidade.

Verificar:a) documento que comprove a padronização;b) a existência de conferência de, no mínimo,

três marcadores para identificar o paciente (por exemplo: nome completo, data de nascimento e nome da mãe);

c) se ao recepcionar o cidadão é solicitado o Cartão SUS para todos.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ58

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

26. A equipe:a) realiza classificação de risco para as condições

agudas, conforme protocolo;b) realiza classificação de risco, todos os dias da

semana, em todos os turnos;c) realiza atendimento à condição aguda todos os

dias da semana e em todos os turnos;d) dispõe de equipamentos em condições

adequadas indicados para primeiro atendimento nos casos de urgências e emergências;

e) realiza atendimento de urgência e emergência em saúde bucal, adotando um Protocolo de Classificação de Risco, todos os dias da semana e em todos os turnos.

Verificar:a) registros que comprovem a realização da

classificação de risco em todos os turnos, todos os dias da semana;

b) disponibilidade na agenda médica e do enfermeiro para atendimento a cidadãos com condição aguda, todos os dias da semana e em todos os turnos;

c) disponibilidade de materiais e equipamentos para o primeiro atendimento de cidadãos com parada cardiorrespiratória e choque anafilático;

d) registro de capacitação da equipe para realizar esses atendimentos (ver registro de capacitação ou certificação – ACLS);

e) a equipe realiza atendimento de urgência na unidade (ver se houve caso na unidade no semestre; caso positivo, verificar o registro no prontuário dos pacientes);

f) registros da classificação de risco e do atendimento pelo dentista.

27. A equipe garante o acesso do cidadão com condição crônica, na unidade, conforme o preconizado nas linhas guias.

Verificar:a) se equipe dispõe de agenda que garanta

o atendimento da condição crônica, conforme linhas guias, no dia e horário mais adequado ao cidadão;

b) se o atendimento é realizado com hora marcada;

c) se o tempo de espera para o atendimento na unidade é inferior à1 hora.

28. A equipe tem fluxos e padrões definidos para a identificação das diferentes demandas das pessoas que acessam a unidade – condição aguda, condição crônica, hiperutilizadores, demanda administrativa, entre outras.

Verificar: a) a existência de fluxos definidos para cada

demanda;b) a existência de POP para a identificação de

cada demanda e o fluxo de atendimento;c) se há profissionais responsáveis por

identificar e orientar os cidadãos que demandam a unidade.

29. O agendamento odontológico para condições crônicas é realizado de acordo com a estratificação de risco, segundo a Linha Guia de Saúde Bucal.

a) Verificar estratificação de risco do usuário com agendamento do mesmo, sortear 3 usuários de condições crônicas;

b) Agenda programada para gestantes, crianças, hipertensos, diabéticos e idosos.

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59SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

b3. Atributo – LonGitudinALidAde

30. As crianças da área de responsabilidade da equipe, com até dois anos de vida estão identificadas, estratificadas e acompanhadas de acordo com o risco estabelecido na linha guia da Rede Mãe Paranaense e são identificados os casos de sífilis congênita.

Verificar:a) se 100% de crianças até dois anos estão

estratificadas por grau de risco;b) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco das crianças (sortear 3 crianças acompanhadas na UAPS e verificar no prontuário);

c) o número de consultas programadas conforme o grau de risco, nos relatórios;

d) na agenda a comprovação do agendamento das consultas;

e) no prontuário o registro de acompanhamento e tratamento das crianças com sífilis congênita (sortear o prontuário de 3 crianças para verificação).

31. As crianças da área de responsabilidade da equipe, com até dois anos de vida, estratificadas como alto risco tem plano de cuidados monitorado pela equipe.

Verificar:a) o número absoluto de crianças com até

dois anos estratificadas como alto risco;b) se 100% das crianças até dois anos

estratificadas como alto risco têm plano de cuidados monitorado pela equipe;

c) se há registro no prontuário do plano de cuidados e do monitoramento (sortear 3 crianças de alto risco acompanhadas na UAPS e verificar no prontuário).

32. As crianças e adolescentes estão vacinados de acordo com a o Calendário Estadual de Imunização. Os cidadãos de áreas endêmicas da dengue estão vacinados conforme preconizado pela SESA.

Verificar:a) se o aprazamento está organizado por mês; b) se as doses de vacinas foram aplicadas

de acordo com o aprazamento (sortear 3 fichas de meses anteriores e observar se não há aprazamento com data anterior a da avaliação);

c) se há registro da busca ativa, no prontuário de crianças e adolescentes faltosos;

d) Verificar se os cidadãos, conforme faixa etária foram vacinados contra Dengue.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ60

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

33. As gestantes da área são captadas e estratificadas por grau de risco a cada consulta de pré-natal e identificados os casos de sífilis na gestação, seguindo a linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar:a) o número de gestantes identificadas pela

equipe;b) número de gestantes captadas pela equipe

antes de 12 semanas de gestação;c) número de gestantes adolescentes (10 a

19 anos);d) se 100% das gestantes estão estratificadas

por grau de risco;e) % de gestantes captadas antes de 12

semanas de gestação;f) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco da gestante (sortear 3 gestantes acompanhadas na UAPS e verificar no prontuário);

g) no prontuário, o registro de acompanhamento e tratamento das gestantes com sífilis.

34. As gestantes realizam 7 ou mais consultas de pré-natal conforme linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar:a) se no mínimo 80% das gestantes realizam

7 ou mais consultas de pré-natal;b) a planilha de programação, agenda

e prontuário comprovando o acompanhamento das gestantes, conforme o grau de risco na unidade (verificar no prontuário das gestantes de alto risco, atendidas no último trimestre);

c) se há busca ativa das faltosas às consultas (verificar no prontuário de 3 faltosas).

35. As gestantes da área de responsabilidade da equipe estratificadas como alto risco têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar: a) o número absoluto de gestantes

estratificadas como alto risco;b) se 100% das gestantes estratificadas

como alto risco têm plano de cuidados monitorado pela equipe;

c) se há registro no prontuário do plano de cuidados e do monitoramento (sortear 3 gestantes de alto risco acompanhadas na UAPS e verificar no prontuário).

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61SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

36. A equipe:a) realiza consulta de puerpério das gestantes

atendidas na Unidade até 42 dias após o parto, conforme linha guia da Rede Mãe Paranaense;

b) realiza visita domiciliar de enfermagem (enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem) para puérperas e recém–nascidos que tiveram alta hospitalar até o 5º dia e agendam consulta na UAPS.

Verificar:a) a planilha de programação, agenda

e prontuário comprovando o acompanhamento;

b) se no mínimo 70% das puérperas realizam consulta puerperal (verificar no prontuário de 3 puérperas, atendidas no último trimestre);

c) se a puérpera está recebendo alta da maternidade com plano de alta, contra referência ou no mínimo com anotação na carteira da gestante relatando possíveis intercorrências que possa ter apresentado durante a internação;

d) registro em prontuário de visita domiciliar até o 5º dia pós-alta hospitalar;

e) se há registro da busca ativa, no prontuário das faltosas.

37. As mulheres na faixa etária preconizada estão como exame de citologia de colo de útero realizado conforme Diretrizes para o Rastreamento do Câncer de Colo de Útero-INCA/MS.

Verificar:a) se há aprazamento para coleta de exame

de citologia oncótica mensal; b) se os exames foram realizados de acordo

com o aprazamento (sortear 3 prontuários de meses anteriores e observar registro de realização do exame);

c) se há registro da busca ativa, no prontuário das faltosas;

d) se no mínimo 70% das mulheres na faixa etária preconizada realizam os exames.

38. As mulheres na faixa etária preconizada estão com o exame de mamografia realizada conforme Diretrizes Para o Rastreamento do Câncer de Mama - INCA/MS.

Verificar:a) se há aprazamento para mamografia; b) se os exames foram realizados de acordo

com o aprazamento (sortear 3 prontuários de meses anteriores e observar registro de realização do exame);

c) se há registro da busca ativa, no prontuário das faltosas;

d) se no mínimo 70% das mulheres na faixa etária preconizada realizam os exames.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ62

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

39. Os diabéticos da área estão identificados e estratificados de acordo com o risco estabelecido na Linha Guia de diabetes.

Verificar: a) o número de diabéticos identificados;b) se no mínimo 70% dos diabéticos estão

estratificados por grau de risco;c) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

40. Os diabéticos, da área de responsabilidade da equipe, estão em acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecida na Linha Guia de Diabetes.

Verificar: a) número de consultas programadas

conforme o grau de risco, nos relatórios; b) na agenda a comprovação da marcação

das consultas;c) no prontuário o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação);

d) se há registro da busca ativa dos faltosos às consultas no prontuário.

41. Os diabéticos da área de responsabilidade da equipe estratificados como alto risco têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar: a) o número absoluto de diabéticos

estratificados como alto risco;b) se 100% destes têm plano de cuidados

monitorado pela equipe;c) se há registro no prontuário do plano de

cuidados e do monitoramento (sortear 3 pacientes de alto rico acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

42. Os hipertensos da área estão identificados e estratificados de acordo com o risco estabelecido Linha Guia de Hipertensão.

Verificar:a) o número de hipertensos identificados;b) se no mínimo 70% estão estratificados por

grau de risco;c) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

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63SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

43. Os hipertensos da área de responsabilidade da equipe estão em acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecida Linha Guia de Hipertensão.

Verificar:a) número de consultas programadas,

conforme o grau de risco, nos relatórios;b) na agenda a comprovação do

agendamento das consultas;c) no prontuário o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação);

d) se há registro da busca ativa dos faltosos às consultas no prontuário.

44. Os hipertensos da área de responsabilidade, da equipe, estratificados como alto risco, têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar:a) o número absoluto de hipertensos

estratificados como alto risco;b) se 100% destes têm plano de cuidados

monitorado pela equipe;c) se há registro no prontuário do plano de

cuidados e do monitoramento (sortear 3 pacientes de alto rico acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

45. Os cidadãos com transtornos mentais da área estão identificados e estratificados de acordo com o risco estabelecido no caderno da 8ª oficina APSUS – Saúde Mental.

Verificar:a) o número de cidadãos com transtornos

mentais identificados;b) se no mínimo 70% estão estratificados por

grau de risco;c) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

46. Os cidadãos com transtornos mentais, da área de responsabilidade da equipe, estão em acompanhamento de acordo com a programação no caderno da 8ª oficina – APSUS – saúde mental.

Verificar:a) o número de consultas programadas,

conforme o grau de risco, nos relatórios; b) na agenda a comprovação do

agendamento das consultas;c) no prontuário o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação);

d) se há registro da busca ativa dos faltosos às consultas no prontuário.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ64

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

47. Os cidadãos com transtornos mentais da área de responsabilidade da equipe estratificados como alto risco têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar:a) o número absoluto de cidadãos

com transtornos mentais estraticados como alto risco.

b) se 100% destes, têm plano de cuidados monitorado pela equipe.

c) se há registro no prontuário do plano de cuidados e do monitoramento (sortear 3 pacientes de alto rico acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

48. Os cidadãos com dependência de álcool e/ou drogas psicoativas da área estão identificados e estratificados de acordo com o risco estabelecido no caderno da 8ª oficina - Saúde Mental.

Verificar:a) o número de cidadãos com dependência

de álcool e/ou drogas psicoativas identificados;

b) se no mínimo 70% dos cidadãos identificados, estão estratificados por grau de risco;

c) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

49. Os cidadãos com dependência de álcool e/ou drogas psicoativas, da área de responsabilidade da equipe, estão em acompanhamento de acordo com a estratificação de risco estabelecido no caderno da 8ª oficina - Saúde Mental.

Verificar:a) o número de consultas programadas,

conforme o grau de risco, nos relatórios; b) na agenda a comprovação do

agendamento das consultas;c) no prontuário o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação);

d) se há registro da busca ativa dos faltosos às consultas no prontuário.

50. Os cidadãos com dependência de álcool e/ou drogas psicoativas, da área de responsabilidade da equipe estratificados como alto risco, têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar:a) o número absoluto de cidadãos com

dependência de álcool e/ou drogas psicoativas estratificados como alto risco;

b) se 100% destes têm plano de cuidados monitorado pela Equipe;

c) se há registro no prontuário do plano de cuidados e do monitoramento (sortear 3 pacientes de alto rico acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

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65SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

51. Os idosos frágeis e em risco de fragilidade da área estão identificados e estratificados (IVCF 20) de acordo com as recomendações da Linha Guia de Saúde do Idoso.

Verificar:a) o número de idosos identificados;b) se no mínimo 70% dos idosos frágeis e em

risco de fragilidade estão estratificados por grau de risco;

c) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

52. Os idosos, da área de responsabilidade da equipe, estão em acompanhamento de acordo com o estrato de risco para fragilidade definido conforme recomendação da Linha Guia de Saúde do Idoso e planilha de programação para Saúde do Idoso.

Verificar: a) número de consultas programadas,

conforme o grau de risco, nos relatórios;b) na agenda a comprovação do

agendamento das consultas;c) no prontuário o registro dos

acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação);

d) se há registro da busca ativa dos faltosos às consultas no prontuário.

53. Os idosos frágeis, da área de responsabilidade da equipe, têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar:a) o número absoluto de idosos frágeis;b) se 100% de idosos frágeis que têm plano

de cuidados monitorado pela equipe;c) se há registro no prontuário do plano de

cuidados e do monitoramento (sortear 3 idosos frágeis acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

54. A equipe possui protocolo para identificar fatores de risco no domicílio relacionados à queda de idoso.

Verificar:a) a existência de protocolo;b) se os profissionais da equipe conhecem o

protocolo.

55. A equipe possui protocolo para identificar fatores de risco ambientais relacionado à queda de pacientes na UAPS.

Verificar:a) a existência de protocolo;b) se os profissionais da equipe conhecem o

protocolo.

56. A equipe possui protocolo para prevenir a Lesão por Pressão.

Verificar:a) a existência de protocolo;b) se os profissionais da equipe conhecem o

protocolo.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ66

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

57. Os cidadãos com tuberculose, residentes no território, são diagnosticados e têm o tratamento concluído.

Verificar:a) o número de casos, e, nos respectivos

prontuários, se há registro do acompanhamento;

b) % de pacientes com o tratamento concluído;

c) anotação de investigação dos contatos;d) se a UBS realiza busca ativa dos

sintomáticos respiratórios e, se há registro no prontuário do paciente do sintomático respiratório.

58. Os cidadãos com hanseníase, residentes no território, são diagnosticados e tratados pela equipe.

Verificar:a) o número de casos, e, nos respectivos

prontuários, se há registro do acompanhamento;

b) % de pacientes com o tratamento concluído;

c) se equipe realiza acompanhamento dos cidadãos com tratamento concluído;

d) Se a equipe realiza investigação e acompanhamento de comunicantes;

e) Se a equipe realiza busca ativa para detecção de casos novos de hanseníase.

59. Os cidadãos residentes no território de responsabilidade da equipe estão estratificados e acompanhados segundo o grau de risco para a saúde bucal, conforme a Linha Guia de Saúde Bucal

Verificar:a) número de pacientes que iniciaram

tratamento nos últimos 6 meses;b) número de gestantes e crianças de 0 a 3

anos identificadas pela equipe;c) % de pacientes com risco estratificado;d) 100% de gestantes com risco estratificado;e) 100% das crianças de 0 a 3 anos com risco

estratificados;f) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco sortear 3 pacientes acompanhados e verificar no prontuário;

g) % de pacientes que concluíram o tratamento nos últimos 6 meses;

h) agenda de atendimento.

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67SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

60. Os casos de dengue, chikungunya e zika vírus de cidadãos residentes no território são atendidos e acompanhados pela equipe, conforme Protocolo do MS.

Verificar:a) se há casos de dengue, chikungunya e zika

vírus no território;b) a notificação dos casos no SINAN;c) se não houver casos, solicitar relatório ou

registro em ata de ações realizadas para identificação de criadouros e controle do vetor;

d) % de internação por dengue de pacientes notificados com dengue, no território no período de 12 meses.

61. As pessoas em situação de violência da área de responsabilidade da equipe são atendidas e acompanhadas pela equipe.

Verificar:a) fluxos de atendimento;b) se a equipe tem conhecimento dos

protocolos de atendimento integral às pessoas em situação de violência;

c) disponibilidade da contracepção de emergência (pílula do dia seguinte) na UBS;

d) registro no prontuário do usuário, quanto aos encaminhamentos realizados junto às redes de atenção à saúde e de proteção social.

e) registro no prontuário do paciente do plano de cuidado de pessoas em situação de violência.

62. Os profissionais da UAPS utilizam critérios para solicitação de exames laboratoriais de acordo com as linhas guias.

Verificar nos prontuários se os profissionais da UAPS utilizam de critérios definidos nas linhas guias para a solicitação de exames de apoio diagnóstico (sortear 3 gestantes e 3 hipertensos para verificação).

63. A equipe realiza teste rápido para sífilis e HIV, orienta a fase pré-analítica dos exames de apoio diagnóstico e coleta exames de forma segura.

Verificar:a) registro de testes rápidos realizados

e checar anotação no prontuário de 3 pacientes;

b) se a equipe dispõe de formulários que orientem o preparo do usuário para a coleta exame de sangue, urina, endoscopia, ultrassom;

c) a existência de POP para a coleta de exame laboratorial disponível no local em UBS que realiza a coleta do exame;

d) se o profissional responsável pela coleta conhece o POP.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ68

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

64. A equipe monitora os resultados dos exames laboratoriais.

Verificar:a) se os profissionais recebem o retorno do

resultado dos exames laboratoriais no tempo adequado (conforme contrato com o laboratório);

b) se os resultados dos exames são analisados, anotados nos prontuários e informados aos pacientes, em caso de alteração (verificar registro nos prontuários de 3 gestantes e 3 hipertensos).

65. A equipe viabiliza ultrassonografia mamária para as mulheres com alteração identificada.

Verificar registro:a) no prontuário, de solicitação de

ultrassonografia;b) de monitoramento das mulheres com

resultados alterados.

66. A equipe viabiliza encaminhamento de mulheres com resultado de biopsia de colo uterino alterado e monitora este encaminhamento.

Verificar no prontuário registro de monitoramento das mulheres com resultados alterados.

67. Todas as gestantes estão vinculadas às maternidades de acordo com o grau de risco e, as estratificadas como risco intermediário e alto risco são encaminhadas de forma adequada para consultas no pré-natal de risco, conforme a linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar:a) se 100% das gestantes estão vinculadas às

maternidades conforme grau de risco. Ver registro das vinculações no prontuário de 3 gestantes (1 Baixo Risco, 1 Intermediário e 1 Alto Risco);

b) se 100% das gestantes de alto risco são encaminhadas para consultas no pré-natal de risco. Ver registro dos encaminhamentos e checar no prontuário de 3 gestantes de alto risco;

c) o preenchimento adequado das guias de encaminhamento para o pré-natal de alto risco;

d) se há alguma comunicação entre a equipe e a maternidade de risco.

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69SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

68. Os hipertensos e diabéticos estratificados como alto risco são encaminhados de forma adequada para consultas no Centro de Especialidades ou MACC conforme a Linha Guia de Hipertensão e a Linha Guia de Diabetes.

Verificar: a) registro dos encaminhamentos e checar no

Prontuário de 3 hipertensos de alto risco e 3 diabéticos com controle metabólico ruim;

b) o preenchimento adequado das guias de encaminhamento para o Centro de Especialidades / MACC;

c) percentual de hipertensos e diabéticos estratificados com alto risco encaminhados para o Centro de Especialidades.

69. Os cidadãos com transtorno mental e/ou dependentes de álcool e/ou drogas psicoativas de alto risco são encaminhados de forma adequada para consultas no Centro de Especialidades, MACC ou CAPS conforme estabelecido no Caderno da 8ª Oficina APSUS – Saúde Mental.

Verificar:a) registro dos encaminhamentos e checar no

prontuário de 3 cidadãos com transtorno de alto risco e 3 cidadãos com dependência de alto risco;

b) o preenchimento adequado das guias de encaminhamento para o Centro de Especialidades, MACC ou CAPS;

c) percentual de cidadãos com transtorno mental e/ou dependentes de álcool e/ou drogas psicoativas de alto risco encaminhados para o Centro de Especialidades.

70. Os idosos frágeis são encaminhados de forma adequada para consultas no Centro de Especialidades ou MACC conforme orientações da Linha Guia de Idoso.

Verificar: a) registro dos encaminhamentos e checar no

prontuário de 3 idosos frágeis;b) o preenchimento adequado das guias

de encaminhamento para o Centro de Especialidades.

71. Os cidadãos com problemas bucais que necessitam de encaminhamento para especialidades odontológicas, são referenciados de forma adequada para consultas no CEO conforme a Linha Guia de Saúde Bucal.

Verificar:a) registro dos encaminhamentos e checar no

prontuário de 3 pacientes;b) o preenchimento adequado das guias de

encaminhamento para o CEO;c) registro de encaminhamentos para

universidades, consórcios ou outros, no município que não há CEO.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ70

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

72. Os profissionais da UAPS dispõem de medicamentos padronizados pela REMUME e utilizam critérios para prescrição de medicamentos de acordo com as linhas guias.

Verificar:a) se a REMUME está disponível e é de fácil

acesso para os profissionais;b) nos prontuários, se os profissionais utilizam

de critérios definidos nas linhas guias para a prescrição de medicamentos (sortear 3 hipertensos de alto risco para verificação);

c) a inexistência de medicamento fora da padronização da SMS (por exemplo: amostras grátis).

73. Os profissionais monitoram o uso adequado de medicamentos de uso contínuo pelos pacientes.

Verificar: a) se há aprazamento para dispensar

medicamentos de uso contínuo para os hipertensos e diabéticos;

b) se há controle quanto à correta utilização dos medicamentos;

c) se há busca ativa dos faltosos.

74. A equipe acondiciona e descarta, se necessário, os medicamentos de acordo com as normas da Vigilância Sanitária.

Verificar:a) se os medicamentos estão dentro do prazo

de validade, acondicionados em local limpo e seco, na temperatura adequada a cada um e, se houver medicamento controlado, em armário trancado;

b) o registro de controle de medicamentos vencidos e condições de descarte;

c) POP para descarte de medicamentos.

75. Os medicamentos e imunobiológicos são passíveis de rastreabilidade na UAPS, do almoxarifado à dispensa ao usuário.

Verificar documento que comprove a rastreabilidade dos medicamentos e imunobiológicos na UAPS e os dispensados aos usuários (por exemplo: planilha com controle dos lotes dos medicamentos armazenados e dispensados na unidade).

76. A equipe monitora a utilização do transporte sanitário eletivo pelos pacientes (fisioterapia, tratamento ambulatorial oncológico, terapia renal substitutiva, etc.).

Verificar:a) se há registro do quantitativo de pacientes

que utilizam o transporte;b) se há registro de absenteísmo em relação

ao transporte sanitário eletivo e os motivos.

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71SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

77. A equipe viabiliza e monitora a utilização do transporte sanitário de urgência pelos pacientes.

Verificar:a) se há registro do quantitativo de paciente

que necessitaram de transporte sanitário de urgência.

b) planilha de registro de pacientes transportados.

c) registro em prontuário (checar 3 prontuários).

78. A equipe dispõe de veículo para a realização de atividade(s) externa(s), como por exemplo: visitas domiciliares, busca ativa, acompanhamento e supervisão do território e outros.

Verificar se há registro da utilização de veículo para as atividades externas da equipe.

b5. Atributo - CoordenAção

79. O preenchimento e atualização do CNES são de responsabilidade da equipe na UAPS/SMS.

Verificar se o CNES da UAPS está atualizado comparando com a relação de profissionais que atuam na unidade.

80. O preenchimento, digitação, atualização e monitoramento de dados do E-SUS é de responsabilidade da equipe da UAPS.

Verificar:a) se o e-SUS está disponível na UAPS e é

digitado pela equipe e/ou SMS;b) se os dados estão atualizados;c) registro de monitoramento dos dados pela

equipe;d) em caso de digitação centralizada verificar

se está atualizado através de relatórios.

82. Todos os profissionais da UAPS, NASF, Academia de Saúde, assistência farmacêutica, entre outros, tem acesso ao prontuário eletrônico do paciente conforme nível de permissão e preenchem corretamente os atendimentos realizados.

Verificar:a) registro de consulta de todos os

profissionais de nível superior;b) registro de atendimentos prestados,

procedimentos, visitas domiciliares, entre outros realizados por toda equipe.

83. Os prontuários são preenchidos adequadamente.

Verificar o preenchimento em 3 prontuários de gestantes e 3 de hipertensos.

84. As crianças menores de dois anos possuem carteiras com registros atualizados.

Verificar se as carteiras são disponibilizadas e preenchidas corretamente (vacina em dia, curva de crescimento e desenvolvimento, consultas médicas e odontológicas).

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ72

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

85. As gestantes possuem as carteiras devidamente preenchidas.

Verificar se as carteiras são disponibilizadas e preenchidas corretamente: consultas médicas/odontológicas, exames, vacinas, estratificação de risco, vinculação de maternidade, etc.

86. A equipe participa das investigações dos óbitos infantis, fetais e maternos ocorridos nos últimos 12 meses em sua área de responsabilidade.

Verificar se há registro da participação da equipe na investigação em todos os óbitos infantis, fetais e gestantes nos últimos 12 meses ocorridos em sua área de responsabilidade.

87. A equipe realiza as notificações compulsórias de doenças infectocontagiosas e outros agravos, participa da investigação e realiza os bloqueios, se necessários.

Verificar o registro:a) das notificações de investigações;b) dos bloqueios realizados;c) reuniões de equipe com planejamento de ações de prevenção dos agravos.

88. A equipe realiza as notificações de acidentes do trabalho.

Verificar o registro:a) das notificações e investigações;b) reuniões de equipe com planejamento de ações de prevenção dos agravos.

89. A equipe realiza notificação imediata de casos de pessoas em situação de violência.

Verificar:a) registro das notificações em prontuário do

paciente, bem como encaminhamentos realizados.

b) se as notificações referentes às situações de violência sexual e tentativa de suicídio são realizadas em até 24 horas.

90. Redução das internações sensíveis a APS ocorridas no seu território.

Verificar se há redução das internações por complicações de hipertensão e diabetes no último semestre.

b6. Atributo – CentrALizAção nA fAMíLiA

91. As famílias da área de abrangência estão classificadas segundo o grau de risco.

Verificar planilha de controle das famílias e se as mesmas estão identificadas de acordo com a classificação de risco.

92. A equipe realiza o genograma para as famílias de alto risco.

Verificar o registro do genograma para as famílias de alto risco.

93. As equipes da UAPS e NASF desenvolvem junto às famílias ações abordando os cuidados no pré-natal, parto e puerpério.

Verificar documentação que comprove.

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73SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

94. As equipes da UAPS e NASF viabilizam a participação da família no pré-natal, em especial da pessoa que acompanhará a gestante no parto.

Verificar registro da participação familiar.

95. As equipes da UAPS e NASF desenvolvem junto às famílias ações abordando a saúde da criança e do adolescente.

Documentação que comprove atividades referentes à saúde da criança e atividades voltadas para os adolescentes abordando saúde sexual e reprodutiva (Livro de registro, atas, fotos, etc.).

96. As equipes da UAPS e NASF viabilizam a participação da família na puericultura, em especial no incentivo ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável, conforme faixa etária.

Verificar registro da participação familiar.

97. As equipes da UAPS e NASF/ Academia da Saúde desenvolvem junto às famílias, ações relacionadas à alimentação saudável, atividade física, prevenção do tabagismo, alcoolismo, entre outros.

Verificar documentação que comprove.

98. As equipes da UAPS e NASF/ Academia da Saúde, desenvolvem ações junto às famílias relacionadas aos cuidados com a hipertensão e/ou diabetes.

Verificar documentação que comprove.

99. As equipes da UAPS e NASF/ Academia da Saúde orientam a família do idoso com relação aos cuidados necessários para prevenção de quedas e úlcera de pressão.

Verificar registro das orientações prestadas à família.

100. As equipes da UAPS e NASF realizam visitas domiciliares às famílias. Verificar documentação que comprove.

101. As equipes da UAPS e NASF realizam atendimento domiciliar aos pacientes acamados e egressos de internação hospitalar.

Verificar documentação que comprove.

b7. Atributo – orientAção CoMunitÁriA

102. A equipe identifica as principais lideranças da comunidade.

Verificar registro contendo a relação nominal e endereço das lideranças comunitárias.

103. As equipes da UAPS e NASF/ Academia da Saúde participam de eventos de relevância para a comunidade.

Verificar registro de participação nos eventos.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ74

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

104. A comunidade tem algum mecanismo de manifestar formalmente a sua opinião em relação à UAPS.

Verificar se há mecanismos para a manifestação da comunidade (por exemplo: ouvidoria, pesquisa, caixa de sugestões, etc.).

105. A UAPS tem Conselho Local ou representante no Conselho Regional e ou Municipal de Saúde. O Coordenador da UAPS e/ou equipe participa das reuniões do Conselho Local, Regional e/ou Municipal de Saúde.

Verificar documentação que comprove.

106. O planejamento/ programação local foi aprovado pelo Conselho Municipal e ou Regional de Saúde.

Verificar ata do conselho municipal de saúde aprovando o planejamento/programação local de saúde da UBS

107. As metas pactuadas pela equipe foram apresentadas ao Conselho Municipal/Regional/ Local de Saúde.

Verificar registro que comprove a apresentação.

108. A equipe desenvolve ações na comunidade buscando a erradicação dos focos domiciliares de Aedes Aegypti.

Verificar registro de ações.

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75SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

C1. Atributo - GeStão de unidAde

1. A UAPS possui: a) placa na entrada para identificação da unidade

de acordo com o padrão da SMS;b) quadro com a identificação dos profissionais,

dias e horários que estão em atendimento na unidade, em local visível à população;

c) sinalização interna dos serviços prestados.

Verificar:a) se há placa na entrada, segundo o padrão

definido pela SMS;b) a existência do quadro e, se está em local

visível para a população;c) a existência de sinalização de acordo com

padronização da SMS.

2. A UAPS garante acessibilidade a pessoas com deficiência e idosos.

Verificar:a) se há banheiro adaptado, com vaso,

acessórios com pia, papel higiênico, dispensador para sabonete, papel toalha em nível adequado, barras de apoio, porta que permita manobra de cadeira de rodas, portas com abertura para fora e tamanho adequado para passagem da cadeira de rodas;

b) se há rampa de acesso, com barras de segurança.

3. A unidade possui:a) pisos, paredes e tetos da unidade de saúde

com superfícies lisas e laváveis;b) computadores com acesso à internet,

disponíveis, na recepção e consultórios;c) consultório de saúde bucal equipado e em

funcionamento;d) o número de consultórios da UAPS permite o

atendimento aos cidadãos de forma adequada;e) sala para realização de curativo e sutura de

pacientes.

Verificar: a) se os pisos, paredes e tetos das unidades

são lisos e laváveis;b) a existência dos computadores na

recepção, consultórios e o acesso à internet;c) a existência de consultório de saúde bucal

equipado e registro de manutenção;d) a existência de consultório em número

suficiente, para realizar as atividades da equipe;

e) a existência de sala equipada para a realização das atividades;

f) POP para atividades de risco.

sElOOuROC

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ76

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

4. A unidade possui: a) pias exclusivas para lavagem das mãos em

todas as salas necessárias;b) lembretes visíveis de higienização das mãos

próximos às pias;c) álcool gel nos pontos de cuidado dos

pacientes.

Verificar existência de: a) pias exclusivas, sabonetes líquidos, toalhas

de papel;b) lembretes próximos às pias exclusivas para

lavagem das mãos;c) frascos com álcool gel, identificados

(identificação do produto, data, prazo de validade e se embalado na unidade, nome do profissional responsável).

5. A equipe dispõe de materiais adequados para o processamento de desinfecção e esterilização de artigos médico-odontológicos e realiza controle de qualidade de esterilização.

Verificar: a) existência de POP de desinfecção,

armazenamento e distribuição de materiaisb) se o Procedimento Operacional Padrão

(POP) está disponível para os profissionais que realizam os procedimentos de desinfecção, armazenamento e distribuição dos materiais;

c) se a equipe tem conhecimento das técnicas adequadas descritas no POP, verificar registro de treinamento;

d) Verificar se a equipe tem um protocolo de monitoramento para controle de qualidade de esterilização.

6. A equipe dispõe de procedimentos adequados de limpeza e desinfecção de superfícies, descritos em forma de POP.

Verificar: a) a existência de POP de limpeza e

desinfecção da unidade (bancadas, pisos, paredes e equipamentos;

b) se o POP para limpeza e desinfecção da unidade está disponível para os profissionais que realizam o procedimento;

c) se a equipe tem conhecimento das técnicas adequadas descritas no POP e realizam os procedimentos de acordo com o POP;

d) Registro em ata sobre treinamento do referido POP.

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77SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

7. A UAPS dispõe de:a) geladeira exclusiva para guarda das vacinas,

com termômetro e controle de temperatura e higienização adequados.

b) plano de contingência para queda de energia na sala de vacina.

Verificar a existência de: a) geladeira exclusiva para guarda das

vacinas, com termômetro e controle de temperatura;

b) procedimentos Operacionais Padrões para controle de temperatura e higienização da geladeira acessível e dentro da sala de vacina;

c) controles de temperatura e higienização da geladeira afixados em local visível próximo da geladeira;

d) POP de atendimento na sala de vacina em local acessível dentro da sala de vacina;

e) os profissionais de enfermagem conhecem o POP e realizam os procedimentos para vacinação de acordo com o POP;

f) plano de contingência afixado em local visível na unidade. O Plano deve contemplar sábados, domingos, feriados e período noturno.

8. A equipe conhece o fluxo de encaminhamento para acidentes biológicos.

Verificar: a) se o fluxo está afixado em local visível;b) se há o conhecimento deste pela equipe

da UAPS.

9. A equipe: a) possui materiais (embalagens e lixeiras)

e condições estruturais adequados para o gerenciamento correto dos resíduos gerados;

b) gerencia os resíduos gerados corretamente; c) Plano Local de Gerenciamento de Resíduos de

Serviços de Saúde – PGRSS.

Verificar: a) se a Unidade possui lixeiras com tampa/

pedal para o descarte dos resíduos sólidos e recipientes para os resíduos líquidos e perfuro-cortantes em quantidade suficiente, além de locais para armazenamento temporário e final dos resíduos gerados;

b) se a equipe segrega, acondiciona, armazena e encaminha corretamente os resíduos gerados e presença de abrigo fechado para resíduos infectantes;

c) se a equipe possui Plano Local de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS;

d) se a equipe operacionaliza o PGRSS local;e) se a equipe monitora o PGRSS local.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ78

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

10. A unidade dispõe de:a) controle de insetos e pragas periodicamente;b) limpeza do reservatório de água

periodicamente.

Verificar:a) solicitar protocolo de ações e registro de

atividades desenvolvidas para controle de insetos e pragas;

b) solicitar registro de limpeza do reservatório de água (a cada 6 meses).

11. Todos os profissionais da unidade de saúde:a) estão com crachás de identificação;b) estão com uniforme;c) dispõem e utilizam de Equipamentos de

Proteção Individual - EPI básicos para o trabalho;

d) seguem as regras de biossegurança;e) estão habilitados ao exercício profissional

conforme legislação;f) estão com o cartão de vacinas atualizado;g) do sexo feminino com Citologia Oncótica

em dia.

Verificar se 100% dos profissionais:a) estão com crachá de identificação;b) estão uniformizados;c) dispõem e utilizam de Equipamentos de

Proteção Individual - EPI básicos para o trabalho;

d) utilizam sapatos fechados, cabelos presos, brincos pequenos, esmalte claro, unhas curtas;

e) apresentam documentação exigida pela SMS e conselhos de classe: cópias do certificado do conselho de classe, carteira trabalho para CLT, ou comprovante de contratação dos profissionais estatutários;

f) controle das vacinas: Hepatite B, Influenza, dT adulto (tétano e difteria) e Febre Amarela (verificar cópia do cartão ou declaração do profissional);

g) controle da Citologia Oncótica (cópia do resultado do exame com intervalo máximo de 3 anos ou declaração do profissional).

12. O Coordenador da UAPS:a) gerencia a escala de férias e/ou folga, horas

extras, atestados médicos dos profissionais da unidade;

b) tem controle do patrimônio da unidade.

Verificar:a) escala de férias e/ou folga, horas extras,

atestados médicos dos prossionais da unidade de modo que as atividades desenvolvidas não sejam prejudicadas;

b) 3 itens aleatórios, vericar no inventário de patrimônio da unidade e conferir o número, caso não tenha, solicitar documento de controle patrimonial.

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79SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

13. A equipe tem um diagnóstico da situação de saúde da população residente no território sob sua responsabilidade.

Verificar se há:a) registro dos perfis demográfico,

epidemiológico e social da população;b) conhecimento destes perfis pela equipe;c) se a equipe conhece os quantitativos das

pessoas com condições crônicas prioritárias (gestantes, crianças, hipertensos, diabéticos e idosos).

14. A equipe tem uma programação/ planejamento local anual para responder às necessidades em saúde da população residente no território sob sua responsabilidade.

Verificar:a) se há registro da programação/

planejamento local;b) se a equipe conhece a programação/

planejamento;c) se a equipe operacionaliza a programação/

planejamento;d) se a equipe monitora as metas da

programação/ planejamento;e) se a equipe avalia os resultados.

15. A equipe dispõe de um painel de indicadores e metas, resultantes da programação/planejamento local.

Verificar:a) disponibilidade de painel com registro de

indicadores e metas;b) se os prossionais da UAPS conhecem este

painel de indicadores.

16. A equipe tem um contrato de gestão, firmado com a SMS, a partir das metas que constam no painel de indicadores.

Verificar:a) disponibilidade de painel com registro de

indicadores e metas;b) se os prossionais da UAPS conhecem este

painel de indicadores.

17. A equipe monitora de forma sistemática e periódica as metas que constam no plano de gestão.

Verificar:a) registro do monitoramento das metas e

periodicidade;b) registro de reuniões da equipe para

discussão das metas.

18. Há uma programação anual para educação permanente da equipe, centrada nos principais problemas de saúde da população e conta com a participação dos profissionais da UAPS. A equipe está cadastrada e acessa rotineiramente o sistema BMJ - Segunda Opinião.

Verificar:a) programação anual.b) lista de presença dos profissionais nas

atividades educacionais realizados no ano;c) avaliação quanto ao aproveitamento

dos profissionais nas ações de educação permanente.

d) Solicitar, aleatoriamente, para que 3 profissionais acessem o sistema/plataforma BMJ - Segunda Opinião.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ80

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

19. A equipe de Atenção Primária, Saúde Bucal, NASF e Academia de Saúde conta com linhas guias/protocolos clínicos para o atendimento das principais condições de saúde.

Verificar:a) se as Linhas Guias/Protocolos Clínicos

estão disponíveis nos consultórios dos profissionais.

b) se os profissionais conhecem as Linhas Guias/Protocolos Clínicos.

c) se os profissionais utilizam sistemática e rotineiramente as Linhas Guias/Protocolos Clínicos.

20. Há controle de absenteísmo dos profissionais da equipe.

Verificar:a) registro contendo o percentual de

absenteísmo dos profissionais, no mês;b) % de absenteísmo dos profissionais no

ano, total e por categoria profissional.

21. Há pesquisa de satisfação dos profissionais com o trabalho da equipe na UAPS.

Verificar:a) registro da pesquisa de satisfação;b) % de satisfação da população.

22. A equipe gerencia os contratos de prestação de serviços na unidade.

Verificar na unidade:a) as cópias dos contratos de serviços

prestados por terceirizado;b) se possui planilha para o gerenciamento

dos mesmos.

23. A equipe tem controle dos materiais de consumo da unidade.

Verificar:a) planilha para controle mensal de consumo

de materiais e medicamentos;b) curva ABC dos medicamentos.

24. A equipe realiza periodicamente análise da potabilidade e qualidade da água.

Verificar:a) laudo com a data em que a caixa de água

foi lavada.b) planilha de controle e laudo da

potabilidade da água.

25. A equipe controla os custos da UAPS.

Verificar:a) planilha para controle mensal de custo

da UAPS.b) plano de ação para o controle do custo.c) monitoramento das ações.

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81SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

C2. Atributo - PriMeiro ContAto

26. A UAPS funciona de forma ininterrupta, todos os dias úteis.

Verificar:a) se há um quadro de horário visível para a

população.b) escala dos profissionais em local visível

para a população.

27. A equipe possui o mapa da sua área de abrangência no qual estão identificadas:a) as microáreas de responsabilidade dos ACS;b) os equipamentos sociais da área de

abrangência: escolas, creches, cursos profissionalizantes, associações, ambulatórios, igrejas, hortas comunitárias, etc;

c) os grupos com condições crônicas;d) os grupos com condições agudas;e) mapeamento das áreas de maior

vulnerabilidade: concentração de violência, migrantes/refugiados, indígenas, assentamentos, acampados.

Verificar se o mapa atualizado apresenta:a) todas as microáreas de responsabilidade

dos ACS;b) os equipamentos sociais da área de

abrangência: escolas, creches, cursos profissionalizantes, associações, ambulatórios, igrejas, hortas comunitárias;

Verificar se os ACS têm mapas de suas microáreas contendo:

c) os grupos com condições crônicas: hipertensos, diabéticos, transtorno mental e idosos (todos de alto risco), gestantes, gestantes adolescente, crianças de alto risco até dois anos, TB, MH, acamados, famílias vulneráveis, entre outras;

d) os grupos com condições agudas: dengue, parotidites, meningites, varicela, sífilis congênita, coqueluche, sarampo.

e) o grupo de maior vulnerabilidade; concentração de violência, migrantes/refugiados, indígenas, assentamentos, etc.

28. A população residente no território de responsabilidade da equipe está cadastrada na unidade.

Verificar:a) se no mínimo 80% da população residente

no território de responsabilidade da equipe está cadastrada na unidade;

b) se 100% da população residente em territórios de alta vulnerabilidade tem cadastro na unidade;

c) se 100% das famílias de risco estão cadastradas na unidade;

d) se 100% dos cidadãos com condições crônicas prioritárias, usuários do SUS, estão cadastrados na unidade e têm Cartão SUS.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ82

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

29. A equipe:a) tem uma padronização para a identificação

segura dos pacientes;b) utiliza no mínimo 3 marcadores para

identificar um paciente antes de fornecer qualquer, ou, fazer qualquer procedimento;

c) solicita o Cartão SUS para todos os atendimentos na unidade.

Verificar:a) documento que comprove a padronização;b) se é realizada a de conferência de, no

mínimo, três marcadores antes da realização de qualquer atendimento ou procedimento (por exemplo: nome completo, data de nascimento e nome da mãe);

c) se para 100% dos cidadãos é solicitado o Cartão SUS na recepção.

30. A equipe:a) realiza classificação de risco para as condições

agudas, conforme protocolo de classificação de risco, todos os dias da semana, em todos os turnos;

b) realiza atendimento à condição aguda todos os dias da semana e em todos os turnos;

c) dispõe de equipamentos em condições adequadas indicados para primeiro atendimento nos casos de urgências e emergências;

d) atendimento de urgência e emergência em saúde bucal, adotando um Protocolo de Classificação de Risco, todos os dias da semana e em todos os turnos;

e) monitora os indicadores relacionados às condições agudas.

Verificar:a) registros que comprovem a realização

da classificação de risco aos cidadãos com condições agudas de acordo com o protocolo;

b) disponibilidade na agenda médica e do enfermeiro para atendimento a cidadãos com condição aguda, todos os dias da semana e em todos os turnos;

c) disponibilidade de materiais e equipamentos para o primeiro atendimento de cidadãos com parada cardiorrespiratória e choque anafilático;

d) registro de capacitação da equipe para realizar esses atendimentos (ver registro de capacitação ou certificação – ACLS);

e) se a equipe realiza atendimento de urgência na unidade (ver se houve caso na unidade no semestre; caso positivo, verificar o registro no prontuário de 3 pacientes);

f) registros da classificação de risco de cidadãos com condições agudas em saúde bucal, conforme Linha Guia;

g) se 100% dos cidadãos são atendidos no tempo determinado pelo protocolo clínico.

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83SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

31. A equipe garante o acesso do cidadão com condição crônica, na unidade, conforme o preconizado nas linhas guias.

Verificar:a) se equipe dispõe de agenda que garanta

o atendimento da condição crônica, conforme linhas guias, no dia e horário mais adequado ao cidadão;

b) se o atendimento é realizado com hora marcada;

c) se o tempo de espera para o atendimento na unidade é inferior à 1 hora.

32. A equipe tem fluxos e padrões definidos para a identificação das diferentes demandas das pessoas que acessam a unidade – condição aguda, condição crônica, hiperutilizadores, demanda administrativa, entre outras.

Verificar: a) a existência de fluxos definidos para cada

demanda;b) a existência de POP para a identificação de

cada demanda e o fluxo de atendimento;c) se há profissionais responsáveis por

identificar e orientar os cidadãos que demandam a unidade.

33. O agendamento odontológico para condições crônicas é realizado de acordo com a estratificação de risco, segundo a Linha Guia de Saúde Bucal.

Verificar:a) se a agenda odontológica está em

consonância com a estratificação de risco, preconizada na Linha Guia;

b) Agenda programada para gestantes, crianças, hipertensos, diabéticos e idosos.

34. A equipe disponibiliza agendamento por telefone ou internet para os cidadãos.

Verificar registro que comprove a disponibilização do agendamento por telefone ou internet.

35. Os cidadãos conhecem o ACS responsável pelo território onde residem.

Verificar com no mínimo 3 cidadãos com condição crônica prioritária que residem no território há mais de 90 dias, atendidos na unidade no momento da entrevista:

a) se foram visitados pelos ACS;b) se conhecem o ACS do seu território.

36. Os cidadãos conhecem membros da equipe responsável pelo território onde residem.

Verificar com no mínimo 3 cidadãos com condição crônica prioritária que residem no território há mais de 90 dias, atendidos na unidade no momento da entrevista se conhece algum profissional da sua equipe.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ84

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

C3 Atributo - LonGitudinALidAde

37. As crianças da área de responsabilidade da equipe, com até dois anos de vida estão identificadas, estratificadas e acompanhadas de acordo com o risco estabelecido na linha guia da Rede Mãe Paranaense e são identificados os casos de sífilis congênita.

Verificar:a) se no mínimo 90% tem aleitamento

exclusivo até os 90 dias de vida;b) se 100% de crianças até dois anos estão

estratificadas por grau de risco;c) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco das crianças (sortear 3 crianças acompanhadas na UAPS e verificar no prontuário);

d) nos relatórios, se 80% das crianças menores de dois anos apresentam o número de consultas programadas conforme o grau de risco preconizado na linha guia;

e) na agenda a comprovação do agendamento das consultas;

f) no prontuário, o registro dos acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 crianças e verificar);

g) no prontuário o registro de acompanhamento e tratamento das crianças com sífilis congênita (sortear o prontuário de 3 crianças para verificação);

h) se há registro da busca ativa de faltosos às consultas no prontuário.

38. As crianças da área de responsabilidade da equipe, com até dois anos de vida, estratificadas como alto risco tem plano de cuidados monitorado pela equipe.

Verificar:a) o número absoluto de crianças até dois

anos estratificadas como alto risco;b) se 100% das crianças até dois anos

estratificadas como alto risco têm plano de cuidados monitorado pela equipe;

c) se há registro no prontuário do plano de cuidados e do monitoramento (sortear 3 crianças de alto risco acompanhadas na UAPS e verificar no prontuário);

d) se no mínimo em 70% há adesão do plano de cuidados, por parte da família;

e) a % de crianças menores de dois anos com alto risco, que apresentaram crescimento e desenvolvimento adequado para a idade;

f) se houve redução das internações e mortes de crianças menores de dois anos, de alto risco, acompanhadas com plano de cuidados.

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85SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

39. As crianças menores de um ano que apresentam os critérios de inclusão para a gestão de caso estão em acompanhamento pelo gestor de caso.

Verificar:a) registro do plano de cuidados e do

monitoramento pelo gestor de caso;b) % de adesão ao plano de cuidados;c) redução das internações e mortes das

crianças acompanhadas pela gestão de caso.

40. As crianças e adolescentes estão vacinadas de acordo com a o Calendário Estadual de Imunização. Os cidadãos de áreas endêmicas da dengue estão vacinados conforme preconizado pela SESA.

Verificar:a) se o aprazamento está organizado por mês; b) se no mínimo 95% das crianças estão

com a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal preconizado pelo Estado do Paraná;

c) se há registro da busca ativa, no prontuário de criança e adolescente faltoso;

d) Verificar se os cidadãos, conforme faixa etária foram vacinados contra Dengue;

e) se há casos de reações adversas e se há registro no prontuário.

41. As gestantes da área são captadas e estratificadas por grau de risco a cada consulta de pré-natal e identificados os casos de sífilis na gestação, seguindo a linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar:a) o número de gestantes identificadas pela

equipe;b) número de gestantes captadas pela equipe

antes de 12 semanas de gestação;c) número de gestantes adolescentes (10 a

19 anos);d) se 100% das gestantes estão estratificadas

por grau de risco;e) % de gestantes captadas antes de 12

semanas de gestação;f) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco da gestante (sortear 3 gestantes acompanhadas na UAPS e verificar no prontuário);

g) no prontuário, o registro de acompanhamento e tratamento das gestantes com sífilis.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ86

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

42. As gestantes realizam 7 ou mais consultas de pré-natal conforme linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar:a) se no mínimo 80% das gestantes realizam

7 ou mais consultas de pré-natal;b) a planilha de programação, agenda

e prontuário comprovando o acompanhamento das gestantes, conforme o grau de risco na unidade (verificar no prontuário das gestantes de alto risco, atendidas no último trimestre);

c) se há busca ativa das faltosas às consultas (verificar no prontuário de 3 faltosas).

43. As gestantes da área de responsabilidade da equipe estratificadas como alto risco têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar: a) o número absoluto de gestantes

estratificadas como alto risco;b) se 100% das gestantes estratificadas

como alto risco têm plano de cuidados monitorado pela equipe;

c) se há registro no prontuário do plano de cuidados e do monitoramento (sortear 3 gestantes de alto risco acompanhadas na UAPS e verificar no prontuário);

d) se no mínimo em 70% há adesão do plano de cuidados, por parte da gestante;

e) a % de gestante com alto risco, que apresentaram evolução adequada para a idade gestacional;

f) se houve redução das internações e mortes de gestantes de alto risco acompanhadas com plano de cuidados.

44. As gestantes que apresentam os critérios de inclusão para a gestão de caso estão em acompanhamento pelo gestor de caso.

Verificar:a) registro do plano de cuidados e do

monitoramento pelo gestor de caso;b) % de adesão ao plano de cuidados;c) redução das internações e mortes das

gestantes acompanhadas pela gestão de caso.

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87SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

45. A equipe:a) realiza consulta de puerpério das gestantes

atendidas na Unidade até 42 dias após o parto, conforme linha guia da Rede Mãe Paranaense;

b) realiza visita domiciliar de enfermagem (enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem) para puérperas e recém–nascidos que tiveram alta hospitalar até o 5º dia e agendam consulta na UAPS.

Verificar:a) a planilha de programação, agenda

e prontuário comprovando o acompanhamento;

b) se no mínimo 70% das puérperas realizam consulta puerperal (verificar no prontuário de 3 puérperas, atendidas no último trimestre);

c) se a puérpera está recebendo alta da maternidade com plano de alta, contra referência ou no mínimo com anotação na carteira da gestante relatando possíveis intercorrências que possa ter apresentado durante a internação;

d) registro em prontuário de visita domiciliar até o 5º dia pós-alta hospitalar;

e) se há registro da busca ativa, no prontuário das faltosas.

f) se as puérperas são orientadas quanto ao planejamento familiar.

46. As mulheres na faixa etária preconizada estão como exame de citologia de colo de útero realizado conforme Diretrizes para o Rastreamento do Câncer de Colo de Útero-INCA/MS.

Verificar:a) se há aprazamento para coleta de exame

de citologia oncótica mensal; b) se os exames foram realizados de acordo

com o aprazamento (sortear 3 prontuários de meses anteriores e observar registro de realização do exame);

c) se há registro da busca ativa, no prontuário das faltosas;

d) se a equipe tem o registro das mulheres com exames alterados;

e) se as mulheres que apresentam exames alterados são monitoradas pela equipe (verificar registro no prontuário).

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ88

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

47. As mulheres na faixa etária preconizada estão com o exame de mamografia realizada conforme Diretrizes Para o Rastreamento do Câncer Mama - INCA/MS.

Verificar:a) se há aprazamento para mamografia; b) se os exames foram realizados de acordo

com o aprazamento (sortear 3 prontuários de meses anteriores e observar registro de realização do exame);

c) se há registro da busca ativa, no prontuário das faltosas;

d) se a equipe tem o registro das mulheres com exames alterados;

e) se as mulheres que apresentam exames alterados são monitoradas pela equipe (verificar registro no prontuário).

48. Os diabéticos da área estão identificados, estratificados e acompanhados de acordo com o risco estabelecido na Linha Guia de Diabetes.

Verificar: a) o número de diabéticos identificados;b) se no mínimo 70% dos diabéticos

acompanhados pela UAPS estão estratificados por grau de risco;

c) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário);

d) se 70% dos diabéticos apresentam o número de consultas programadas conforme o grau de risco preconizado na linha guia;

e) na agenda, a comprovação do agendamento das consultas;

f) no prontuário, o registro dos acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 diabéticos para verificação);

g) se há registro da busca ativa dos faltosos às consultas no prontuário.

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89SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

49. Os diabéticos da área de responsabilidade da equipe estratificados como alto risco têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar: a) o número absoluto de diabéticos

estratificados como alto risco;b) se 100% destes têm plano de cuidados

monitorado pela equipe;c) se há registro no prontuário do plano de

cuidados e do monitoramento (sortear 3 pacientes de alto rico acompanhados na UAPS e verificar no prontuário);

d) se no mínimo em 70% há adesão do plano de cuidados, por parte do diabético.

e) a % de diabéticos com controle metabólico adequado.

f) se houve redução das internações e mortes dos pacientes acompanhados com plano de cuidados.

50. Os hipertensos da área estão identificados, estratificados e acompanhados de acordo com o risco estabelecido Linha Guia de Hipertensão.

Verificar:a) o número de hipertensos identificados;b) se no mínimo 70% estão estratificados por

grau de risco;c) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário);

d) se 80% dos hipertensos apresentam o número de consultas programadas conforme o grau de risco preconizado na linha guia;

e) na agenda, a comprovação do agendamento das consultas;

f) no prontuário, o registro dos acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação);

g) se há registro da busca ativa dos faltosos às consultas no prontuário.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ90

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

51. Os hipertensos da área de responsabilidade, da equipe, estratificados como alto risco, têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar:a) o número absoluto de hipertensos

estratificados como alto risco;b) se 100% destes têm plano de cuidados

monitorado pela equipe;c) se há registro no prontuário do plano de

cuidados e do monitoramento (sortear 3 pacientes de alto rico acompanhados na UAPS e verificar no prontuário);

d) se no mínimo em 70% há adesão do plano de cuidados, por parte do paciente;

e) o % de hipertensos com controle pressórico adequado;

f) se houve redução das internações e mortes dos pacientes acompanhados com plano de cuidados.

52. Os cidadãos com transtornosmentais da área estão identificados, estratificados e acompanhados de acordo com o risco estabelecido no caderno da 8ª oficina APSUS – Saúde Mental.

Verificar:a) o número de cidadãos com transtornos

mentais identificados;b) se no mínimo 70% estão estratificados por

grau de risco;c) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário);

d) o número de consultas programadas, conforme o grau de risco, nos relatórios;

e) na agenda, a comprovação do agendamento das consultas;

f) no prontuário, o registro dos acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação);

g) se há registro da busca ativa dos faltosos às consultas no prontuário.

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91SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

53. Os cidadãos com transtornos mentais da área de responsabilidade da equipe estratificados como alto risco têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar:a) o número absoluto de cidadãos com

transtornos mentais estratificados como alto risco;

b) se 100% destes, têm plano de cuidados monitorado pela equipe;

c) se há registro no prontuário do plano de cuidados e do monitoramento (sortear 3 pacientes de alto rico acompanhados na UAPS e verificar no prontuário);

d) se no mínimo em 70% há adesão do plano de cuidados, por parte do paciente.

54. Os cidadãos com dependência de álcool e/ou drogas psicoativas da área estão identificados, estratificados e acompanhados de acordo com o risco estabelecido no caderno da 8ª oficina - Saúde Mental.

Verificar:a) o número de cidadãos com dependência

de álcool e/ou drogas psicoativas identificados;

b) se no mínimo 70% dos cidadãos identificados, estão estratificados por grau de risco;

c) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário);

d) na agenda, a comprovação do agendamento das consultas;

e) no prontuário, o registro dos acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação);

f) se há registro da busca ativa dos faltosos às consultas no prontuário.

55. Os cidadãos com dependência de álcool e/ou drogas psicoativas, da área de responsabilidade da equipe estratificados como alto risco, têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar:a) o número absoluto de cidadãos com

dependência de álcool e/ou drogas psicoativas estratificados como alto risco;

b) se 100% destes têm plano de cuidados monitorado pela Equipe;

c) se há registro no prontuário do plano de cuidados e do monitoramento (sortear 3 pacientes de alto rico acompanhados na UAPS e verificar no prontuário);

d) se no mínimo em 70% há adesão do plano de cuidados, por parte do paciente.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ92

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

56. Os idosos frágeis e em risco de fragilidade da área estão identificados e estratificados (IVCF 20) e acompanhados de acordo com as recomendações da Linha Guia de Saúde do Idoso.

Verificar:a) o número de idosos identificados;b) se no mínimo 70% dos idosos frágeis e em

risco de fragilidade estão estratificados por grau de risco;

c) se há registro no prontuário que comprove a estratificação de risco (sortear 3 pacientes acompanhados na UAPS e verificar no prontuário).

d) o número de consultas programadas, conforme o grau de risco, nos relatórios;

e) na agenda, a comprovação do agendamento das consultas;

f) no prontuário, o registro dos acompanhamentos (sortear o prontuário de 3 pacientes para verificação);

g) se há registro da busca ativa dos faltosos às consultas no prontuário.

57. Os idosos frágeis, da área de responsabilidade da equipe, têm plano de cuidados monitorados pela equipe.

Verificar:a) o número absoluto de idosos frágeis;b) se 100% de idosos frágeis que têm plano

de cuidados monitorado pela equipe;c) se há registro no prontuário do plano de

cuidados e do monitoramento (sortear 3 idosos frágeis acompanhados na UAPS e verificar no prontuário);

d) se no mínimo em 70% há adesão do plano de cuidados, por parte do paciente.

58. A equipe possui protocolo para identificar fatores de risco no domicílio relacionados à queda de idoso.

Verificar:a) a existência de protocolo;b) se os profissionais da equipe conhecem o

protocolo;c) se os profissionais realizam orientação para

prevenção de quedas (verificar registro da atividade) e de vigilância no domicílio com fatores de risco.

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93SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

59. A equipe possui protocolo para identificar fatores de risco ambientais relacionado à queda de pacientes na UAPS.

Verificar:a) a existência de protocolo;b) se os profissionais da equipe conhecem o

protocolo;c) a sinalização dos desníveis na unidade.

60. A equipe possui protocolo para prevenir a Lesão por Pressão.

Verificar:a) a existência de protocolo;b) se os profissionais da equipe conhecem o

protocolo;c) se os profissionais realizam orientação para

os pacientes acamados e cuidadores para prevenção de úlcera de pressão (verificar registro da atividade).

61. Os cidadãos com tuberculose, residentes no território, são diagnosticados e têm o tratamento concluído.

Verificar:a) o número de casos, e, nos respectivos

prontuários, se há registro do acompanhamento;

b) se no mínimo 90% dos pacientes têm o tratamento concluído;

c) anotação de investigação dos contatos;d) se a UBS realiza busca ativa dos

sintomáticos respiratórios e, se há registro no prontuário do paciente do sintomático respiratório.

62. Os cidadãos com hanseníase, residentes no território, são diagnosticados e tratados pela equipe.

Verificar:a) o número de casos, e, nos respectivos

prontuários, se há registro do acompanhamento;

b) se no mínimo 90% dos pacientes têm o tratamento concluído;

c) se equipe realiza acompanhamento dos cidadãos com tratamento concluído;

d) Se a equipe realiza investigação e acompanhamento de comunicantes;

e) Se a equipe realiza busca ativa para detecção de casos novos de hanseníase.

af apsotila apsus 2017 02.indd 93 19/06/17 14:07

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ94

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

63. Os cidadãos residentes no território de responsabilidade da equipe estão estratificados e acompanhados segundo o grau de risco para a saúde bucal, conforme a Linha Guia de Saúde Bucal.

Verificar:a) número de pacientes que iniciaram

tratamento nos últimos 6 meses;b) número de gestantes e crianças de 0 a 3

anos identificadas pela equipe;c) % de pacientes com risco estratificado;d) 100% de gestantes com risco estratificado;e) 100% das crianças de 0 a 3 anos com risco

estratificados;f) se há registro no prontuário que comprove

a estratificação de risco sortear 3 pacientes acompanhados e verificar no prontuário;

g) % de pacientes que concluíram o tratamento nos últimos 6 meses;

h) o agendamento dos atendimentos.

64. Os casos de dengue, chikungunya e zika vírus de cidadãos residentes no território são atendidos e acompanhados pela equipe, conforme Protocolo do MS.

Verificar:a) se há casos de dengue, chikungunya e zika

vírus no território;b) a notificação dos casos no SINAN;c) se não houver casos, solicitar relatório ou

registro em ata de ações realizadas para identificação de criadouros e controle do vetor;

d) número de pacientes internados por dengue, chikungunya e zika vírus no território.

65. As pessoas em situação de violência da área de responsabilidade da equipe são atendidas e acompanhadas pela equipe.

Verificar:a) fluxos de atendimento;b) se a equipe tem conhecimento dos

protocolos de atendimento;c) indicação para pílula do dia seguinte;d) se a equipe orienta e encaminha a pessoa

em situação de violência a outros serviços da Rede de Proteção Social

e) registro no prontuário do paciente do plano de cuidado de pessoas em situação de violência.

af apsotila apsus 2017 02.indd 94 19/06/17 14:07

95SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

C4. Atributo - inteGrALidAde

66. A equipe:a) utiliza critérios para solicitação de exames

laboratoriais de acordo com as linhas guias;b) realiza teste rápido para sífilis e HIV, orienta

a fase pré-analítica dos exames de apoio diagnóstico e coleta exames de forma segura;

c) monitora os resultados dos exames laboratoriais.

Verificar:a) nos prontuários se os profissionais da UAPS

utilizam de critérios definidos nas linhas guias para a solicitação de exames de apoio diagnóstico (sortear 3 gestantes e 3 hipertensos para verificação);

b) registro de testes rápidos realizados e checar anotação no prontuário de 3 pacientes;

c) se a equipe dispõe de formulários que orientem o preparo do usuário para a coleta exame de sangue, urina, endoscopia, ultrassom;

d) a existência de POP para a coleta de exame laboratorial disponível no local, nas UBSs que realizam a coleta do exame e, se o profissional responsável pela coleta conhece o POP;

e) se a coleta é realizada todos os dias na UAPS;

f) se os profissionais recebem o retorno do resultado dos exames laboratoriais no tempo adequado (conforme contrato com o laboratório);

g) se os resultados dos exames são analisados, anotados nos prontuários e informados aos pacientes, em caso de alteração (verificar registro nos prontuários de 3 gestantes e 3 hipertensos).

67. A equipe viabiliza ultrassonografia mamária para as mulheres com alteração identificadas.

Verificar registro:a) no prontuário, de solicitação de

ultrassonografia;b) de monitoramento se o exame foi

realizado;c) de monitoramento das mulheres com

resultados alterados.

68. A equipe viabiliza encaminhamento de mulheres com resultado de biopsia de colo uterino alterado e monitora este encaminhamento.

Verificar:a) no prontuário, registro de encaminha-

mento para o centro de referência;b) registro de monitoramento das mulheres

com resultados de biópsia alterada.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ96

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

69. Todas as gestantes estão vinculadas às maternidades de acordo com o grau de risco e, as estratificadas como risco intermediário e alto risco são encaminhadas de forma adequada para consultas no pré-natal de risco, conforme a linha guia da Rede Mãe Paranaense.

Verificar:a) se 100% das gestantes estão vinculadas às

maternidades conforme grau de risco. Ver registro das vinculações no prontuário de 3 gestantes (1 Baixo Risco, 1 Intermediário e 1 Alto Risco);

b) se 100% das gestantes de alto risco são encaminhadas para consultas no pré-natal de risco. Ver registro dos encaminhamentos e checar no prontuário de 3 gestantes de alto risco;

c) o preenchimento adequado das guias de encaminhamento para o pré-natal de alto risco;

d) se há alguma comunicação entre a equipe e a maternidade de risco. Checar registro que comprove o contato;

e) se a equipe da UAPS e os especialistas desenvolvem planos de cuidados integrados. Checar registro que comprove.

70. Os hipertensos e diabéticos estratificados como alto risco são encaminhados de forma adequada para consultas no Centro de Especialidades ou MACC conforme a Linha Guia de Hipertensão e a Linha Guia de Diabetes.

Verificar: a) registro dos encaminhamentos e checar no

Prontuário de 3 hipertensos de alto risco e 3 diabéticos com controle metabólico ruim;

b) o preenchimento adequado das guias de encaminhamento para o Centro de Especialidades / MACC;

c) % de hipertensos e diabéticos estratificados com alto risco encaminhados para o Centro de Especialidades;

d) se há alguma comunicação entre a equipe e especialistas para trocar informações sobre os pacientes de alto risco encaminhados. Checar registro que comprove o contato;

e) se a equipe da UAPS e os especialistas desenvolvem planos de cuidados integrados. Checar registro que comprove.

af apsotila apsus 2017 02.indd 96 19/06/17 14:07

97SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

71. Os cidadãos com transtorno mental e/ou dependentes de álcool e/ou drogas psicoativas de alto risco são encaminhados de forma adequada para consultas no Centro de Especialidades, MACC ou CAPS conforme estabelecido no Caderno da 8ª Oficina APSUS – Saúde Mental.

Verificar:a) registro dos encaminhamentos e checar no

prontuário de 3 cidadãos com transtorno de alto risco e 3 cidadãos com dependência de alto risco;

b) o preenchimento adequado das guias de encaminhamento para o Centro de Especialidades, MACC ou CAPS;

c) % de cidadãos com transtorno mental e/ou dependentes de álcool e/ou drogas psicoativas de alto risco encaminhados para o Centro de Especialidades;

d) se há alguma comunicação entre a equipe e especialistas para trocar informações sobre os pacientes de alto risco encaminhados. Checar registro que comprove o contato;

e) se a equipe da UAPS e os especialistas desenvolvem planos de cuidados integrados. Checar registro que comprove.

72. Os idosos frágeis são encaminhados de forma adequada para consultas no Centro de Especialidades ou MACC conforme orientações da Linha Guia de Idoso.

Verificar: a) registro dos encaminhamentos e checar no

prontuário de 3 idosos frágeis;b) o preenchimento adequado das guias

de encaminhamento para o Centro de Especialidades;

c) % de idosos frágeis encaminhados para o Centro de Especialidades;

d) se há alguma comunicação entre a equipe e especialistas para trocar informações sobre os idosos encaminhados. Checar registro que comprove o contato;

e) se a equipe da UAPS e os especialistas desenvolvem planos de cuidados integrados. Checar registro que comprove.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ98

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

73. Os cidadãos com problemas bucais que necessitam de encaminhamento para especialidades odontológicas, são referenciados de forma adequada para consultas no CEO conforme a Linha Guia de Saúde Bucal.

Verificar:a) registro dos encaminhamentos e checar no

prontuário de 3 pacientes;b) o preenchimento adequado das guias de

encaminhamento para o CEO;c) registro de encaminhamentos para

universidades, consórcios ou outros, no município que não há CEO.

d) se há alguma comunicação entre a equipe e especialistas para trocar informações sobre os pacientes encaminhados. Checar registro que comprove o contato;

e) se a equipe da UAPS e os especialistas desenvolvem planos de cuidados integrados. Checar registro que comprove.

74. Os profissionais da UAPS dispõem de medicamentos padronizados pela REMUME e utilizam critérios para prescrição de medicamentos de acordo com as linhas guias, monitoram o uso adequado de medicamentos de uso contínuos pelos pacientes e estimulam o uso racional de medicamentos.

Verificar:a) se a REMUME está disponível e é de fácil

acesso para os profissionais;b) nos prontuários, se os profissionais utilizam

de critérios definidos nas linhas guias para a prescrição de medicamentos (sortear 3 hipertensos de alto risco para verificação);

c) a inexistência de medicamento fora da padronização da SMS (por exemplo: amostras grátis);

d) se há aprazamento para dispensar medicamentos de uso contínuo para os hipertensos e diabéticos;

e) se a equipe desenvolve ações para estimular o uso racional de medicamentos. Checar registro que comprove as ações desenvolvidas.

75. A equipe acondiciona e descarta, se necessário, os medicamentos de acordo com as normas da Vigilância Sanitária.

Verificar:a) se os medicamentos estão dentro do prazo

de validade, acondicionados em local limpo e seco, na temperatura adequada a cada um e, se houver medicamento controlado, em armário trancado;

b) o registro de controle de medicamentos vencidos e condições de descarte;

c) POP para descarte de medicamentos.

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99SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

76. Os medicamentos e imunobiológicos são passíveis de rastreabilidade na UAPS, do almoxarifado à dispensação ao usuário.

Verificar documento que comprove a rastreabilidade dos medicamentos e imunobiológicos na UAPS e os dispensados aos usuários (por exemplo: planilha com controle dos lotes dos medicamentos armazenados e dispensados na unidade).

77. A equipe monitora a utilização do transporte sanitário eletivo pelos pacientes (fisioterapia, tratamento ambulatorial oncológico, terapia renal substitutiva, etc.).

Verificar:a) se há registro do quantitativo de pacientes

que utilizam o transporte;b) se há registro de absenteísmo em relação

ao transporte sanitário eletivo e os motivos.

78. A equipe viabiliza e monitora a utilização do transporte sanitário de urgência pelos pacientes.

Verificar:a) se há registro do quantitativo de paciente

que necessitaram de transporte sanitário de urgência;

b) planilha com registro dos problemas apresentados pelos pacientes transportados;

c) registro em prontuário (checar 3 prontuários).

79. A equipe dispõe de veículo para a realização de atividade(s) externa(s), como por exemplo: visitas domiciliares, busca ativa, acompanhamento e supervisão do território e outros.

Verificar se há registro da utilização de veículo para as atividades externas da equipe.

C5. Atributo - CoordenAção

80. O preenchimento e atualização do CNES são de responsabilidade da equipe na UAPS/SMS.

Verificar:a) se o cadastro da UAPS está atualizado;b) se os profissionais da UAPS estão com o

cadastro atualizado.c) checar no site: cnes.datasus.gov.br

81. O preenchimento, digitação, atualização e monitoramento de dados do E-SUS é de responsabilidade da equipe da UAPS.

Verificar:a) se o e-SUS está disponível na UAPS e é

digitado pela equipe e/ou SMS;b) se os dados estão atualizados;c) registro de monitoramento dos dados pela

equipe;d) em caso de digitação centralizada verificar

se está atualizado através de relatórios.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ100

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

82. A equipe alimenta e monitora os sistemas de informação sob sua responsabilidade.

Verificar registro de:a) registro de discussão, pela equipe, dos

relatórios dos sistemas de informação - SISAB, SISPRENATAL WEB, SISCAN, SINAN, entre outros;

b) ações para a melhoria dos registros destes sistemas de informação.

83. Todos os profissionais da UAPS, NASF, Academia de Saúde, assistência farmacêutica, entre outros, tem acesso ao prontuário eletrônico do paciente conforme nível de permissão e preenchem corretamente os atendimentos realizados.

Verificar:a) registro de consulta de todos os

profissionais de nível superior;b) registro de atendimentos prestados,

procedimentos, visitas domiciliares, entre outros realizados por toda equipe;

c) A equipe realiza auditoria dos prontuários, a cada trimestre, para avaliar o preenchimento adequado (checar relatório da auditoria realizada no último trimestre);

d) A equipe garante o sigilo e a segurança das informações que constam do prontuário (checar as medidas adotadas).

84. As crianças menores de dois anos possuem carteiras com registros atualizados.

Verificar se as carteiras são disponibilizadas e preenchidas corretamente (vacina em dia, curva de crescimento e desenvolvimento, consultas médicas e odontológicas).

85. As gestantes possuem as carteiras devidamente preenchidas.

Verificar se as carteiras são disponibilizadas e preenchidas corretamente: consultas médicas/odontológicas, exames, vacinas, estratificação de risco, vinculação de maternidade, etc.

86. A equipe participa das investigações dos óbitos infantis, fetais e maternos ocorridos nos últimos 12 meses em sua área de responsabilidade.

Verificar se há registro da participação da equipe na investigação em todos os óbitos infantis, fetais e gestantes nos últimos 12 meses ocorridos em sua área de responsabilidade.

87. A equipe realiza as notificações compulsórias de doenças infectocontagiosas e outros agravos, participa da investigação e realiza os bloqueios, se necessários.

Verificar o registro:a) das notificações de investigações;b) dos bloqueios realizados;c) reuniões de equipe com planejamento de

ações de prevenção dos agravos.

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101SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

88. A equipe realiza notificação imediata de casos de pessoas em situação de violência.

Verificar:a) registro das notificações em prontuário do

paciente, bem como encaminhamentos realizados.

89. A equipe alcançou no mínimo 80% das metas assistenciais pactuadas.

Verificar registro do alcance das metas pactuadas pela equipe.

90. Ausência de tétano neonatal na área de responsabilidade da equipe. Verificar no SINAN.

91. Ausência de sífilis congênita na área de responsabilidade da equipe. Verificar no SINAN.

92. Houve diminuição ou ausência de mortalidade em gestantes, por causas evitáveis, acompanhadas pela equipe no semestre.

Verificar registro que comprove a redução da mortalidade materna por causas evitáveis.

93. Houve diminuição ou ausência de mortalidade infantil por causas evitáveis no território de responsabilidade da equipe no semestre.

Verificar registro que comprove a redução da mortalidade infantil por causas evitáveis.

94. Houve redução ou ausência de internações psiquiátricas de cidadãos com transtornos mentais.

Verificar no e-SUS e SIH, nos últimos 24 meses, para a população adscrita, acompanhada.

95. Redução do nº absoluto de internações por Acidente Vascular Cerebral.

Verificar no e-SUS e SIH, nos últimos 24 meses, para a população adscrita.

96. Redução do nº absoluto de internações por Infarto Agudo do Miocárdio.

Verificar no e-SUS e SIH, nos últimos 24 meses, para a população adscrita.

97. Redução do nº absoluto de internações por fraturas em idosos.

Verificar no e-SUS e SIH, nos últimos 24 meses, para a população adscrita.

98. Redução das internações sensíveis a APS ocorridas no seu território.

Verificar se há redução das internações por complicação de diabetes no último ano.

C6. Atributo – CentrALizAção nA fAMíLiA

99. A equipe utiliza as ferramentas de abordagem familiar.

Verificar:a) planilha de controle das famílias e se as

mesmas estão identificadas de acordo com a classificação de risco;

b) se as famílias de alto risco têm genograma. Checar 3 famílias de alto risco;

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ102

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

100. A equipe pactua e disponibiliza a agenda anual de atendimento para os membros da família com condições crônicas.

Verificar a agenda de 3 famílias, cujos membros tenham condição crônica prioritária de alto ou muito alto risco.

101. As equipes da UAPS e NASF desenvolvem junto às famílias ações abordando os cuidados no pré-natal, parto e puerpério.

Verificar:a) se há ações educativas individuais ou em

grupos destinadas às famílias. Checar documentação comprobatória.

b) participação de no mínimo 50% das famílias no pré-natal, em especial da pessoa que acompanhará a gestante no parto, em pelo menos 2 atendimentos. Checar registro de participação familiar.

102. As famílias das gestantes assistidas pelo pré-natal têm tratamento concluído pela SaúdeBucal.

Verificar registro do tratamento concluído das famílias, pela equipe de saúde bucal, em 3 puérperas.

103. A equipe desenvolve junto às famílias ações relacionadas à saúde da criança e do adolescente.

Verificar:a) se há ações educativas individuais ou em

grupos destinadas às famílias. Checar documentação comprobatória;

b) participação de no mínimo 50% das famílias na puericultura, em pelo menos 2 atendimentos. Checar registro de participação familiar;

c) se há ações individuais ou em grupo destinadas ao incentivo ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável, conforme faixa etária;

d) se há ações individuais ou em grupo voltadas para os adolescentes abordando saúde sexual e reprodutiva (Livro de registro, atas, fotos, etc.).

104. As equipes da UAPS e NASF/ Academia da Saúde desenvolvem junto às famílias, ações relacionadas à alimentação saudável, atividade física, prevenção do tabagismo, alcoolismo, entre outros.

Verificar documentação que comprove.

105. As equipes da UAPS e NASF/ Academia da Saúde, desenvolvem ações junto às famílias relacionadas aos cuidados com a hipertensão e/ou diabetes.

Verificar documentação que comprove.

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103SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

106. A equipe realiza atividades de apoio às famílias dos cidadãos com transtorno mental e dependentes de álcool e outras drogas, estratificados como alto risco.

Verificar registro de atividades nos prontuários.

107. A equipe desenvolve atividades de reinserção na família e na comunidade para os cidadãos com transtorno mental ou dependência de álcool ou outras drogas que passaram por internação ou foram acompanhadas pelo CAPS.

Verificar registro de ações realizadas pela equipe.

108. As equipes da UAPS e NASF/ Academia da Saúde orientam a família do idoso com relação aos cuidados necessários para prevenção de quedas e úlcera de pressão.

Verificar registro das orientações prestadas à família.

109. A equipe realiza capacitação em saúde para cuidadores de idosos frágeis e de cidadãos acamados.

Verificar registro da capacitação.

110. A equipe de saúde bucal realiza atendimentos domiciliares para cidadãos acamados.

Verificar registro dos atendimentos em 3 prontuários.

111. As equipes da UAPS e NASF realizam visitas domiciliares às famílias. Verificar documentação que comprove.

112. As equipes da UAPS e NASF realizam atendimento domiciliar aos pacientes acamados e egressos de internação hospitalar.

Verificar registro de atendimento.

C7. Atributo – orientAção CoMunitÁriA

113. A equipe identifica as principais lideranças da comunidade.

Verificar registro contendo a relação nominal e endereço das lideranças comunitárias.

114. As equipes da UAPS e NASF/ Academia da Saúde participam de eventos de relevância para a comunidade.

Verificar registro de participação nos eventos.

115. A comunidade tem algum mecanismo de manifestar formalmente a sua opinião em relação à UAPS.

Verificar se há mecanismos para a manifestação da comunidade (por exemplo: ouvidoria, pesquisa, caixa de sugestões, etc.).

116. A UAPS tem Conselho Local ou representante no Conselho Regional e ou Municipal de Saúde.

Verificar documentação que comprove.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ104

item avaliação Forma de verificação AV1 AV2 observação

117. O Coordenador da UAPS e/ou equipe participa das reuniões do Conselho Local, Regional e/ou Municipal de Saúde.

Comprovar, por meio de registro em folha de presença, se o Coordenador de Unidade de Saúde participa de todas as reuniões do Conselho Local ou Regional e quadrimestralmente das reuniões do Conselho Municipal de Saúde.Caso a UAPS não tenha representante no Conselho de Saúde, apresentar documentação que comprove discussão da equipe da UAPS sobre os temas abordados nas reuniões do Conselho de Saúde.

118. O Conselho Regional e ou Municipal de Saúde participam do planejamento local junto à equipe da UAPS.

Verificar registro que comprove a participação.

119. As metas pactuadas pela equipe foram apresentadas ao Conselho Municipal/Regional/ Local de Saúde.

Verificar registro que comprove a apresentação.

120. O Conselho Regional e ou Municipal de Saúde avaliam o desempenho da equipe e o alcance das metas pactuadas.

Verificar registro que comprove a avaliação.

121. A equipe desenvolve em parceria com o Conselho Municipal e ou Regional de Saúde ações de educação em saúde para a comunidade.

Verificar registro de ações no ano.

122. A equipe desenvolve ações na comunidade buscando a erradicação dos focos domiciliares de Aedes Aegypti.

Verificar se a equipe realiza ações de mobilização da comunidade para que esta assuma o protagonismo na erradicação do Aedes aegypti no território (checar registro de ações).

123. A equipe responde no tempo adequado as demandas (solicitações, reclamações, denúncias, elogios e sugestões) da ouvidoria.

Verificar se a equipe tem respondido à ouvidoria dentro dos prazos definidos, nos doze últimos meses.

124. A equipe utiliza instrumento para avaliar o nível de satisfação dos usuários.

Verificar:a) se é aplicado algum instrumento com

objetivo de realizar tal avaliação e análise crítica.

b) se há ações de melhoria a partir dos resultados da avaliação de satisfação.

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105SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

4.2. O plaNO paRa CORREçãO Das NãO CONfORMIDaDEs

Após a aplicação do Instrumento para Avaliação da Qualidade na Atenção Primaria à Saúde, a equipe deve analisar o percentual de itens que apresentaram conformidade. Na sequência, deve analisar minuciosamente os itens não conformes e questionar os motivos, o grau de dificuldade para correção, os recursos necessários, a qualificação da equipe, entre outros.

Após análise, a equipe deve elaborar um plano para correção das não conformidades. Mas não basta planejar, é preciso executar, monitorar e avaliar se, de fato, as não conformidades foram sanadas.

Para essa etapa, a recomendação é a utilização de duas ferramentas da qualidade – o PCDA e a Matriz 5W2H – por serem as mais utilizadas pela fácil aplicabilidade.

4.2.1 o PdCA

AO PDCA (em inglês Plan, Do, Check e Action) é uma ferramenta para facilitar o planejamento pela equipe, bem como para o controle e avaliação do plano de ação para correção das não conformidades constatadas na avaliação da qualidade.

É composto das seguintes etapas:

• Realizar o diagnóstico; • Identificar o problema e suas causas; • Identificar a causa crítica; • Elaborar o plano para o enfrentamento da causa crítica; • Definir as metas a serem alcançadas; • Definir o método para alcançar as metas propostas.

plaNEJaR - Plan -

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ106

• Gerenciar a mudança para a execução do plano; • Informar e mobilizar os profissionais para a mudança; • Capacitar os profissionais; • Estabelecer normas e rotinas; • Disponibilizar os recursos necessários para a execução do plano; • Executar as ações exatamente como foi previsto na etapa de

planejamento;

• Verificar se o executado está conforme o planejado, ou seja, se a meta foi alcançada, no prazo e com os recursos definidos;

• Identificar os desvios na meta ou no método.

• Caso sejam identificados desvios, é necessário definir e implementar soluções que eliminem as suas causas;

• Caso não sejam identificados desvios, é possível realizar um trabalho preventivo, identificando quais os desvios são passíveis de ocorrer no futuro, além de medidas para a melhoria contínua.

EXECuTaR - Do -

aGIR CORRETIvaMENTE - action -

vERIfICaR/ChECaR - check -

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107SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

Em síntese, o quadro a seguir resume as etapas e os objetivos:

PdCA etAPA obJetiVo

P

Identificação do Problema: • Qual o problema?

• Definir claramente o problema, a partir da identificação das não conformidades (cada não conformidade pode constituir-se em um problema ou um conjunto de não conformidades pode constituir-se em um único problema).

Observação: • Por que o problema ocorre?

• Investigar as causas do problema.

Análise: • Qual a causa principal do problema?

• Identificar a causa principal do problema.

Plano de ação: • O que fazer para resolver a causa do problema?

• Elaborar um plano para enfrentar a causa principal, com definição de metas.

D Execução

• Comunicar, comunicar e comunicar. • Qualificar, capacitar, treinar a equipe.

• Gerenciar a mudança. • Enfrentar a causa principal. • Realizar o que foi planejado.

C Verificação

• Monitorar o plano de ação. • Verificar se as metas foram alcançadas, no prazo e

com os recursos planejados. • Checar se houve desvios.

A

Correção • Atuar corretivamente nos desvios.

Conclusão• Avaliar os resultados: se negativos, atuar

corretivamente; se positivos, propor melhorias.• Iniciar o ciclo de melhoria contínua.

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ108

Figura 3: O ciclo do PDCA

a(ACtion)

p(PLAn)

Atuar corretivamente

C(CheCk)

D(do)

definir as metas

definir os métodos*

educar e treinar

executar a tarefa

(coletar dados)

Verificar os resultados da

tarefa executada

* Permitirão atingir as metas propostas.

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109SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

4.2.2. o plano de ação para correção das não conformidades

PLAno de Ação PArA Correção dAS não ConforMidAdeS

Selo: Coordenador UAPS:

Município: Participantes:

Data: / /

Unidade de APS:

Item de avaliação:

Situação encontrada:

Objetivo/Meta:

Estratégia para alCaNçar os

objEtivos/MEtasaçõEs a sErEM

dEsENvolvidasrECursos

NECEssários prazo rEspoNsávEl avaliação dosrEsultados

reSuLtAdo e ACoMPAnhAMento

Selo: Coordenador UAPS:

Município: Participantes:

Data: / /

Unidade de APS:

Item de avaliação:

açõEsNós CrítiCos rEpaCtuação /

Nova Estratégiaprazo dE ExECução rEspoNsávEl

PLANEJADAS EXECUTADAS

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ110

REfERÊNCIas

BITTAR. O. J. N. V. - Gestão de processos e certificação para qualidade em saúde. Revista Associação Médica. Brasil 1999; 45(4): 357-63.

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a IMplaNTaçãO Da TuTORIa Na aTENçãO pRIMÁRIa À saÚDE

O Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde – APSUS é um programa do Governo do Estado que objetiva qualificar as ações e serviços da atenção primária nos municípios. O APSUS é composto por três componentes: Investimento na melhoria da estrutura das Unidades de Saúde; Custeio mensal para as equipes e, ações de Educação Permanente.

No componente de Educação Permanente realizou, no período de 2011 a 2014, nove oficinas do APSUS, além de cursos e capacitações técnicas em temas específicos. Em continuidade ao processo de educação permanente no biênio de 2017 a 2018 será implementado o processo de Tutoria na APS. A Tutoria se dará por adesão dos municípios e suas equipes da APS. Após a adesão serão preparadas as equipes para aplicação do questionário de avaliação, posteriormente serão discutidas com os gestores e as equipes as não conformidades e a elaboração do plano de adequação destas não conformidades. Ao final do processo as equipes passarão por avaliação externa para a certificação da equipe.

A Tutoria está planejada em etapas com objetivo de apoiar as equipes para que cumpram os atributos e funções da APS, além dos princípios da qualidade. A primeira avaliação tem foco no gerenciamento dos riscos com vistas à segurança dos cidadãos e das equipes; a segunda, no gerenciamento dos processos para a melhoria do cuidado; e a terceira, no gerenciamento dos resultados para melhorar os indicadores de saúde da população. Ao final de cada etapa de avaliação há uma certificação com selo bronze, prata e ouro. Esta certificação, além de dar visibilidade ao processo, tem como objetivo incentivar as equipes e criar um padrão de qualidade da APS no Paraná.

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TERMO DE aDEsãO MuNICIpal Da TuTORIa Na aps

da adesãoO município de _______________________________________________, neste ato representado pelo seu Prefeito/a Municipal _____________________________________, faz a ADESÃO à Implantação da Tutoria na Atenção Primária e compromete-se a:

• Adotar medidas para qualificação do processo de trabalho e melhoria do acesso da população às UAPS, garantindo as condições de ambiência adequadas para a realização das ações.

• Apoiar as equipes de saúde, em especial, no que se refere ao plano de ação e cronograma elaborado pelas mesmas para viabilizar as ações propostas na Tutoria.

• Divulgar ao conselho municipal de saúde e à população as informações pertinentes ao processo da Tutoria.

______________, _____ de ___________________ de 2017.

________________________________________________________ Prefeito(a) Municipal de __________________________________________

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TERMO DE COMpROMIssO Das EquIpEs DE saÚDE paRa a IMplEMENTaçãO Da TuTORIa Na aps

da adesão

A equipe da Unidade de Atenção Primária à Saúde ______________________________, número no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES)________________ _______________________ neste ato representada pelo coordenador (a) da unidade ________________________________________________________, faz a ADESÃO à Implantação da Tutoria e compromete-se a:

• Participar de todas as atividades de capacitação e treinamento relativo à implantação do processo de Tutoria na Unidade de Saúde;

• Participar e contribuir para o diagnóstico da Unidade de Atenção Primária em Saúde, por meio do instrumento de autoavaliação;

• Elaborar em conjunto com a equipe o Plano de Ação para correção das não conformidades apontadas pelo instrumento de avaliação;

• Elaborar e implantar os Procedimentos Operacionais Padrão – POP para os vários processos de trabalho da equipe na UAPS;

• Avaliar o processo de implantação da Tutoria; • Desenvolver atividades de promoção à saúde com os usuários, na UAPS, nos domicílios e

na comunidade; • Contribuir para a melhoria dos processos de trabalho na unidade visando à melhoria do

acesso e satisfação dos usuários.

______________, _____ de ___________________ de 2017.

________________________________________________________ Coordenador da UAPS: ___________________________________________

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