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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIDADE DIDÁTICA

ENFRENTANDO OS DESAFIOS DA INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR

SANDRA APARECIDA VOLPATO ROSSI

MARINGÁ

2016

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO–PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2016

Título: Enfrentando os Desafios da Inclusão no Ensino Regular

Autor: Sandra Aparecida Volpato Rossi

Disciplina/Área:

Pedagogia/Gestão Escolar

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual João de Faria Pioli - Ensino Fundamental e Médio

Município da escola: Maringá

Núcleo Regional de Educação: Maringá

Professor Orientador: Ercília Maria Angeli Teixeira Paula

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Maringá – UEM

Relação Interdisciplinar:

Todas as disciplinas que compõe o currículo escolar da Educação Básica

Resumo:

Esta proposta de intervenção pedagógica aborda como ocorre o Processo de Inclusão Escolar de alunos com deficiência no sistema regular de ensino, bem como a legislação que garante a Educação Inclusiva, com destaque no papel do Gestor Escolar na construção de uma escola para todos. O presente projeto será desenvolvido no primeiro semestre de 2017, no Colégio João de Faria Pioli – Ensino Fundamental e Médio, envolvendo a participação dos diretores, equipe pedagógica e professores, oportunizando momentos de reflexão teórica e prática, estudo dos instrumentos legais existentes e o papel fundamental do Gestor Escolar na construção dessa proposta pedagógica inclusiva. A metodologia utilizada nesse estudo será a pesquisa qualitativa, no qual será realizado a revisão bibliográfica sobre o processo de inclusão escolar, identificação e análise das concepções apresentadas pela comunidade escolar a respeito do tema, e principalmente buscar refletir coletivamente ações que

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resultem em uma mudança na prática pedagógica. Com o objetivo de buscar subsídios para a formação dos professores, ocorrerá na implementação dessa unidade didática um curso de extensão semipresencial aberto aos profissionais da escola, tendo como tema norteador “Enfrentando os desafios da inclusão no Ensino Regular”, no intuito de refletir e discutir coletivamente como se dá esse processo no interior de nossa escola, auxiliando na reorganização das práticas pedagógicas na perspectiva da inclusão.

Palavras-chave:

Inclusão escolar, Gestão Escolar, Legislação, Educação Especial, Ensino Regular

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público:

Professores, equipe pedagógica e diretores

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO........................................................................................... 05

ENCONTRO I

APRESENTAÇÃO DO CURSO........................................................................ 09

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL........................................................... 09

PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL......................... 09

ENCONTRO II

PRINCIPAIS DOCUMENTOS QUE NORTEIAM A EDUCAÇÃO INCLUSIVA. 24

EDUCAÇÃO ESPECIAL: DA EDUCAÇÃO SEGREGADA A EDUCAÇÃO

INCLUSIVA....................................................................................................... 24

ENCONTRO III

RESPONSABILIDADE DOS PROFESSORES NAS ESTRATÉGIAS DE

INCLUSÃO........................................................................................................ 37

TRABALHO COLABORATIVO......................................................................... 37

ENCONTRO IV

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO NA REDE

PÚBLICA ESTADUAL DE ENSINO.................................................................. 52

GESTÃO ESCOLAR: ENFRENTANDO OS DESAFIOS DA INCLUSÃO......... 52

ENCONTRO V

FEEDBACK - ELENCAR ASPECTOS FAVORAVÉIS E TAMBÉM

DIFICULDADES INERENTES AO PROCESSO DE INCLUSÃO

ESCOLAR......................................................................................................... 63

REFERÊNCIAS................................................................................................ 66

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Esta unidade didática foi elaborada de acordo com as orientações do

Programa de Desenvolvimento Educacional, PDE, em parceria com a

Universidade Estadual de Maringá (UEM) e visa atender as necessidades de

implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica, construído para

trabalhar com a comunidade escolar do Colégio Estadual João de Faria Pioli,

através da temática, “Enfrentando os Desafios da Inclusão no Ensino Regular”.

o analisar o Projeto Político Pedagógico da escola, observou-se

que a instituição caminha para a construção de uma escola

inclusiva. Por conseguinte, percebe-se que alguns aspectos

devem ser reformulados, dentre eles a formação continuada do professor.

Sendo assim a proposta do projeto de intervenção foi voltada para a promoção

de momentos de estudo sobre as práticas educacionais inclusivas, mediante a

formação continuada da equipe escolar, com a finalidade de proporcionar

mudanças de valores e atitudes.

Existe hoje um movimento muito forte para a integração dos alunos com

algum tipo de deficiência nas escolas comuns, visando defender o direito de

todos estarem estudando juntos, de uma escola de qualidade para todos,

tornando-se um grande desafio para a educação brasileira na atualidade. O

movimento da Educação Inclusiva tem como foco atender as diferentes

situações de inclusão, não somente de alunos que apresentam deficiência,

mas de todos os alunos que enfrentam barreiras de acesso à escolarização,

por meio da restruturação das escolas em seus mais variados aspectos, que

vão desde a organização dos espaços físicos até a formação dos professores,

no intuito de responder as necessidades básicas de aprendizagem de todas as

crianças.

pesar das políticas públicas vigentes e de todo trabalho já

realizado com os profissionais da educação referentes a

temática, observa-se ainda nas escolas de ensino regular uma

A

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certa resistência em relação a inclusão, talvez se justifique pela falta de

conhecimento e de segurança para o envolvimento nesse processo.

Lamentavelmente, hoje mesmo com as novas configurações, ainda se verifica

a presença de barreiras atitudinais construídas ao longo da história da

Educação Especial, nos mais diversos meios da sociedade, inclusive no

ambiente escolar. Tais barreiras tornam-se o grande obstáculo para a

transformação do sistema regular de ensino em um ambiente mais

democrático, justo e inclusivo.

Neste contexto, a necessidade urgente de fomentar reflexões e

consequentemente estudos sobre a temática, no qual todos os envolvidos

nesse processo aceitem o desafio, persistam e sobretudo acreditem que a

inclusão é possível, pois agora não se trata apenas de integrar o aluno, mas

pensar, principalmente nas condições que favoreçam sua inserção e sua

permanência na escola.

iante dessa realidade e considerando que é cada vez maior o

número de matrículas de alunos de inclusão nas escolas

paranaenses, provocando muitos dilemas e preocupações

expressados por professores frente a situações de inclusão, surgiu o interesse

em aprofundar as questões relevantes que envolvem as intervenções

educacionais voltadas à inclusão, com suas diversas interrogações: Quais as

ações do gestor para realizar a inclusão do aluno com deficiência? Existe um

movimento coletivo no intuito de superar as dificuldades encontradas no

cotidiano da escola? Existem barreiras e preconceitos em relação ao tema para

os profissionais da educação? Os profissionais da educação possuem algum

conhecimento sobre a legislação da educação Especial? As ações

pedagógicas proporcionadas atendem as necessidades dos alunos? Entre

outras.

Sendo assim, na tentativa de responder a estas questões e colaborar

com a organização do trabalho pedagógico e com a gestão escolar

democrática, esta proposta de intervenção pedagógica abordará como ocorre o

processo de inclusão escolar de alunos com deficiência no sistema regular de

ensino, bem como a legislação que garante a Educação Inclusiva, com

destaque no papel do Gestor Escolar na construção de uma escola para todos.

O presente projeto será desenvolvido no primeiro semestre de 2017, na

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referida escola, envolvendo a participação dos diretores, equipe pedagógica e

professores.

A metodologia utilizada nesse estudo será a pesquisa qualitativa que,

segundo Minayo (1994):

(...) a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis (MINAYO, 1994, p. 21).

erá realizada uma revisão bibliográfica sobre o processo de

inclusão escolar, identificação e análise das concepções

apresentadas pela comunidade escolar a respeito do tema, e

principalmente buscar refletir coletivamente ações que resultem em uma

mudança na prática pedagógica.

Com o objetivo de buscar subsídios para a formação dos professores,

ocorrerá na implementação dessa unidade didática um curso de extensão

semipresencial aberto aos profissionais da escola, tendo como tema norteador

“Enfrentando os Desafios da Inclusão no Ensino Regular”, no intuito de refletir e

discutir coletivamente como se dá esse processo no interior de nossa escola,

auxiliando na reorganização das práticas pedagógicas na perspectiva da

inclusão.

implementação da Unidade Didática será por meio de quatro

grupos de estudos, com sete horas cada, das quais 04 (quatro)

horas serão presenciais e 03 (três) horas serão com atividades

complementares, ainda acontecerá um quinto encontro de 04 (quatro) horas

para feedback e conclusão dos estudos, perfazendo um total de 32 (trinta e

duas) horas. Os temas desenvolvidos serão:

Encontro I:

Apresentação do curso

História da Educação Especial

S

A

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Princípios e concepções da Educação Especial

Encontro II:

Principais documentos que amparam a Educação Inclusiva

Educação Especial: Da educação segrega a Educação Inclusiva

Encontro III:

Responsabilidade da equipe de professores nas estratégias de Inclusão

Trabalho Colaborativo

Encontro IV:

Organização do Trabalho Pedagógico na Rede Pública Estadual de

Ensino

Gestão Escolar: Enfrentando os Desafios do cotidiano da Inclusão

Encontro V:

Feedback – Elencar Aspectos Favoráveis e também dificuldades

inerentes ao Processo de Inclusão Escolar

Os encontros serão organizados levando em conta o calendário escolar

de 2017. Este projeto será desenvolvido sob a orientação da professora, Drª

Ercília Maria Angeli Teixeira Paula. O suporte didático utilizado no

desenvolvimento deste Projeto de Intervenção Pedagógica na escola será o

conhecimento adquirido nos cursos gerais, cursos específicos, encontros de

área, seminários, cursos de suporte tecnológico, encontros de orientação,

simpósios, atividades e eventos acadêmicos, bem como as bibliografias

indicadas.

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APRESENTAÇÃO DO CURSO

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

1. Socializar com o grupo o “PORQUE” da escolha do Tema: Gestão

Escolar: Enfrentando os Desafios da Inclusão no Ensino Regular.

2. Apresentar aos professores o cronograma do curso, constando dias,

horários, temas que serão abordados, carga horária e as orientações

metodológicas.

3. Investigar as concepções dos profissionais da educação sobre o

processo de inclusão escolar, bem como, identificar experiências já

vivenciadas concernentes ao tema.

4. Realizar uma breve abordagem da História e evolução da Educação

Especial, dando ênfase às variadas concepções e princípios marcados

ao longo do tempo.

Carga Horária: 07 horas - 04 h presenciais

03 h atividades complementares

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1º Momento: DINÂMICA DE APRESENTAÇÃO PESSOAL

presentação da coordenadora do curso e dos professores que

participarão do mesmo, através de uma Dinâmica de Grupo,

oportunizando que cada um fale seu nome, tempo de serviço na

Educação e socialize com o grupo qual foi seu maior DESAFIO enfrentado

durante sua carreira. Será entregue uma lembrancinha de boas-vindas para

cada um.

DINÂMICA DE GRUPO

As maiores histórias – Motivação e Autoconfiança

O objetivo dessa dinâmica é estimular a motivação através de histórias e

vivencias em sala de aula além de promover a autoconfiança e o

relacionamento interpessoal entre os participantes.

Materiais: Um certificado ou "prêmio" divertido para cada professor.

Desenvolvimento: Peça aos professores que pensem em sua maior

realização em sala de aula até hoje. Pode ser sua maior experiência como

educador ou mesmo uma pequena vivencia com alunos que tenha sido

especialmente desafiadora.

Após um curto período de tempo, peça aos professores que tomem mais

alguns minutos para identificar o que, especificamente, fizeram que tornou

esta sua maior realização em sala de aula e qual o efeito que esses esforços

tiveram sobre os alunos.

Peça a cada participante que fique de pé e conte ao grupo sobre sua maior

façanha.

Dê a cada vencedor um "prêmio" em reconhecimento de sua realização.

Tempo de aplicação: 15 minutos

A

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2º Momento: CRONOGRAMA DO CURSO

xpor aos cursistas o cronograma do curso, contendo carga horária, os

temas a serem abordados em cada encontro e a metodologia adotado

para o curso semipresencial.

CRONOGRAMA DO CURSO DE EXTENSÃO

Encontro Atividade Metodologia Carga horária 1° ENCONTRO Apresentação do

curso e participantes Cronograma do curso Concepções da comunidade escolar Educação especial: algumas considerações Paradigma do século 21 Educação especial – evolução conceitual

Dinâmica de grupo Apresentação de slides Pesquisa através de questionário Leitura e reflexão do texto Leitura de texto Assistir e analisar o vídeo e o texto Sugestões de atividades para o professor Para saber mais: sugestão de material complementar

4 h presenciais 3 h atividades complementares

2º ENCONTRO Poema: cada um corre do jeito que pode- Rubens Alves Principais documentos que norteiam a educação especial Da educação segregada a educação inclusiva

Reflexão coletiva Apresentação de slides e debate Leitura de texto Problematizando e avaliando através de discussão em grupos pequenos

4 h presenciais

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A Escola que é de Todas as Crianças Vídeo: políticas públicas

Leitura de texto Assistir e analisar baseado no texto Sugestões de atividades para o professor Para saber mais: sugestão de material complementar

3 h atividades complementares

3º ENCONTRO Literatura em vídeo: “quando a escola é de vidro” Responsabilidade da equipe de professores nas estratégias de inclusão Filme: “escritores da liberdade”

Apresentação do vídeo e contextualização com a realidade Leitura dos textos em dupla Questões para reflexão da realidade escolar Assistir e analisar o filme Sugestões de atividades para o professor Para saber mais: sugestão de material complementar

4 h presenciais 3 h atividades complementares

4º ENCONTRO Respeito a diversidade Organização do trabalho pedagógico especializado na rede pública O papel do gestor escolar para a construção de escolas inclusivas Artigo: a relação da gestão escolar e a educação inclusiva Vídeo: Por dentro da

Dinâmica de grupo Leitura e reflexão do texto apresentado em multimídia Leitura em pequenos grupos Avaliando e refletindo sobre a realidade escolar Plenária Ler o texto, assistir o vídeo e analisar Elaboração de

4 h presenciais 3 h atividades complementares

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Escola – DEEIN Estudo de caso

5º ENCONTRO Vídeo: Imagens da Paraolimpíadas 2016 Apresentação e análise dos estudos de caso

Reflexão coletiva Feedback – possibilidades e dificuldades inerentes ao processo de inclusão Avaliação do curso

4 h presencial

3º Momento: EDUCAÇÃO ESPECIAL: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

erá disponibilizado para leitura o texto: Educação Especial: Algumas

considerações, apresentando a história da Educação Especial ao

longo do tempo, destacando os conceitos de inclusão e as concepções

marcadas em cada época.

EDUCAÇÃO ESPECIAL: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Sandra Aparecida Volpato Rossi

Tratar sobre a Educação Especial no contexto das práticas pedagógicas

inclusivas significa compreendê-la como uma modalidade que perpassa todos

os níveis e etapas de ensino, que necessita de uma proposta pedagógica que

assegura recursos necessários para a efetivação do processo de ensino e da

aprendizagem. A Educação Especial oferece suporte para que cada aluno

consiga acessar o currículo escolar comum, de acordo com o desenvolvimento

de suas capacidades cognitivas, culturais e sociais.

Para o desenvolvimento de um trabalho escolar que realmente seja

pautado nos princípios da escola inclusiva é necessário conhecermos o

percurso da Educação Especial e as diversas concepções e tratamento dado

aos indivíduos com algum tipo de deficiência ao longo da história.

De acordo com Gugel (2007) na história da humanidade, a imagem que

S

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muitos deficientes carregavam era a imagem de deformação do corpo e da

mente. O nascimento de indivíduos com deficiência era encarado como castigo

de Deus; sendo eles abandonados pelos pais dentro de cestos ou em lugares

considerados sagrados. Nesse período, a Igreja foi uma grande defensora dos

deficientes, pois os acolhiam. Ainda, segundo Gugel (2007), com o

aparecimento do cristianismo no Império Romano, a Igreja, de acordo com sua

doutrina, foi contrária a essa prática de abandonar os filhos com algum tipo de

deficiência e criou os primeiros hospitais de caridade que abrigavam indigentes

e indivíduos deficientes.

No Brasil, há também relatos de crianças com deficiência que eram

“abandonadas em lugares assediados por bichos que muitas vezes as

mutilavam ou matavam” (JANNUZZI, 2004, p.9). Tendo em vista esse

abandono foram criadas as rodas dos enjeitados ou dos expostos, nas quais

crianças recém-nascidas com algum tipo de deficiência eram abandonadas

pelos pais e acolhidas por instituições de caridades que proporcionavam todo

cuidado necessário. A imagem a seguir demonstra como eram essas rodas dos

rejeitados.

Imagem 1: Roda dos expostos

Fonte: http://mimiteixeira.blogspot.com.br/2013/09/roda-dos-exposto.html

Para minimizar essa rejeição a Igreja ofereceu um atendimento

assistencialista a essas pessoas. No início da segunda metade do século XIX,

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pessoas com deficiências viviam sob o modelo de segregação. Os hospitais e

asilos de caridade, com objetivos de abrigar, proteger e educar, acabavam

excluindo-os da convivência social. Conforme Bruno (2006), as raízes

históricas e culturais do fenômeno deficiências sempre foram marcadas por

forte rejeição, discriminação e preconceito. Um modelo dessas instituições é o

Hospital Provisório de Alienados da cidade de São Paulo que foi fundado em

14 de maio de 1852, hoje conhecido como Hospital Juquery.

Imagem 2: Asilo Provisório de Alienados da Cidade de São Paulo

Fonte: http://www.crpsp.org.br/linha/expandir.aspx#

Os estudos de Jannuzzi (1985; 2004) e Mazzotta (2005) apontam que no

Brasil, as primeiras iniciativas para a educação de pessoas com deficiência,

surgiram no final do Século XIX, sob influência europeia da educação

destinada aos deficientes. Nesse período foi criada a comunicação de sinais

(LIBRAS) para os surdos e a criação do sistema de leitura e escrita para os

cegos (BRALLE). Nesse sentido, foi fundado o Instituto dos Meninos Cegos,

em 1854, atual Instituto Benjamim Constant - IBC e o Instituto dos Surdos-

Mudos, em 1857, hoje denominado Instituto Nacional da Educação dos surdos

– INES. Apenas os cegos e surdos eram contemplados com ações educativas.

A Libra (Língua Brasileira de Sinais) é uma língua natural usada pela

maioria dos surdos no Brasil, possui sua própria estrutura e gramática através

do canal visual – gestual, sendo composto por movimentos das mãos,

conforme mostra a figura sendo complementada pelas expressões faciais e

corporais.

Imagem 3: Língua de Sinais

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BONET, Pablo. Reduction de las letras y arte para ensenar a hablar los mudos. Disponível em: http://www.ampid.org.br/ampid/Artigos/PD_Historia.php

Finalmente, percebe-se as possibilidades de aprendizagem da pessoa

com deficiência, passando então a buscar alternativas para oferecer uma

atenção especializada e não só institucional como era feito nos hospitais e

abrigos, mas também em escolas e salas especiais. Neste período uma nova

abordagem surgiu, a Normalização, que era pautada no pressuposto de que

toda pessoa deficiente, tem o direito de experimentar um estilo de vida que

seria comum ou normal. Pessoas com deficiência deveriam participar das

mesmas atividades sociais, educacionais e de lazer que os demais. Segundo

Lima (2002, p. 24):

O princípio da normalização consiste em proporcionar às pessoas com necessidades especiais, as mesmas condições e oportunidade sociais, educacionais e profissionais, assim como para qualquer outra pessoa, bem como o respeito que deve existir para com as diferenças de qualquer pessoa, respeitando-se a individualização de cada um.

Neste período, crianças e jovens deficientes conquistaram direito à

educação escolar, frequentando a mesma escola que os alunos não

deficientes.

A ideia da Integração surgiu a partir de 1988, por meio da Constituição

Federal em seu artigo 208, que faz referência ao atendimento educacional

especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente no sistema

regular de ensino. O princípio da integração visa criar meios para integrar o

alunos com deficiência no ensino regular, nesse modelo, o aluno que é

responsável de se ajustar ao novo ambiente de ensino inserido. Na prática a

Integração escolar não obteve êxito.

Segundo Sassaki (1997, p, 32), no modelo integrativo “a sociedade em

geral ficava de braços cruzados e aceitava receber os portadores de deficiência

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desde que eles fossem capazes de moldar-se aos tipos de serviços que ela

lhes oferecia; isso acontecia inclusive na escola”. Para o mesmo autor, embora

os pesquisadores e a sociedade fizeram severas críticas a respeito dos

princípios de normalização e integração, ambos proporcionaram os elementos

e condições necessárias para a instauração do paradigma da inclusão. Assim,

foi no limite das vertentes normalizadora e integradora que fecundou a semente

para a inclusão.

Sassaki (2006) afirma que no início da década de 90 do século passado,

a sociedade vivenciou uma fase de transição entre integração e inclusão, e que

acertos e redefinições foram sendo gestados, contudo, o processo ainda não

foi concretizado. O mesmo autor (2006, p.41) pondera, entendendo ser

“compreensível que, na prática, ambos os processos sociais coexistam por

mais algum tempo até que, gradativamente, a integração esmaeça e a inclusão

prevaleça”.

O movimento da inclusão prevê a reestruturação do sistema

educacional como um todo, no sentido de favorecer a acessibilidade

arquitetônica e realizar as adequações no currículo, métodos e recursos e tem

em vista a contemplação das diferentes possibilidades de aprendizagens.

A concretização da inclusão vai além da permanência física do aluno na

escola regular. Trata-se de repensar práticas arraigadas e construir ações

educativas caracterizadas pelo direito universal à aprendizagem. Neste sentido,

Mantoan (2003, p.16) faz referência a um novo paradigma da inclusão que está

surgindo das interfaces e das novas conexões que se formam entre saberes

outrora isolados e partidos. Paradigma este que nos faz problematizar nossa

sociedade racional, de espírito científico, da busca incessante pela “verdade”.

Pietro (2006) considera que a inclusão é um processo sem volta, algo

que está se efetivando. Para ela, a inclusão é uma possibilidade que se abre

para o aperfeiçoamento da educação escolar e para o benefício de todos os

alunos com e sem deficiências. Ensinar é marcar um encontro com o outro e a

inclusão escolar provoca, basicamente, uma mudança de atitude diante do

outro, para esse que é alguém especial e que requer do educador ir além do

trabalho escolar. Portanto, incluir não consiste em uma escolha individual, diz

respeito a uma responsabilidade social e humana.

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REFERÊNCIAS

BRUNO, Marilda M. Garcia. Saberes e Práticas da Inclusão. Brasília: MEC/S EESP. 4ª ed. 2006. BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988. GUGEL, Maria Aparecida. A pessoa com deficiência e sua relação com a história da humanidade. Disponível em: http://www.ampid.org.br/ampid/Artigos/PD_Historia.php Acesso em: 09/11/2016 JANNUZZI, Gilberta S. de M. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas: Autores Associados, 2004. LIMA, Terezinha de Fatima Aguiar de. Procedimentos didático-metodológicos utilizados pelos professores da APAE no processo de alfabetização dos alunos portadores de deficiência mental moderada. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia. Uberlância, 2002. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar – o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. PIETRO, Rosangela Gavioli. Atendimento escolar de alunos com necessidades especiais; um olhar sobre as políticas públicas de educação no Brasil. In: Mantoan, Maria Tereza Eglér. Pietro, R. G.; Arantes, V.A.(Org.) Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus 2006, p.31-73. SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma Sociedade para Todos. Rio de Janeiro, WVA,7ª EDIÇÃO, 2006.

UNESCO, Declaração de Salamanca, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 27 de maio de 2016.

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4º Momento: REFLEXÃO DO TEXTO

pós a Leitura coletiva do texto abrir para debate e reflexão sobre

as diversas concepções de deficiência nos diferentes contextos

históricos. Debater entre os participantes sobre as concepções

que permanecem até hoje. Aplicação do questionário inicial (nova concepção

de ser humano).

5º Momento: CONCEPÇÕES DA COMUNIDADE ESCOLAR

omo atividade desta oficina, será distribuído aos professores um

questionário, na qual deverá ser respondido individualmente, no

intuito de realizar uma pesquisa sobre os conhecimentos que

possuem a respeito da Inclusão Escolar e sua Legislação, além de verificar as

concepções e experiências no processo de inclusão.

Pesquisa com os professores do regular a respeito da Inclusão Educacional (concepção inicial)

1- Formação: _________________________________________ 2- Tempo de atuação na área: ___________________________ 3- O que é INCLUIR? __________________________________ 4- Quais são as principais dificuldades para a inclusão dos alunos

especiais no ensino regular? __________________________ 5- Nos três últimos anos você realizou algum curso de capacitação

continuada na área da Educação Especial? ( ) sim ( ) não Quais?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6- Você já trabalhou com alunos de Inclusão? 7- ( ) Sim ( ) Não 8- Se sim, você procurava com que frequência a professora da sala de

recursos? ( ) com frequência ( ) algumas vezes ( ) nunca

7- E o professor de educação especial da SRM apresentou um trabalho colaborativo, mantendo um contanto com você?

( ) com frequência ( ) algumas vezes ( ) nunca

A

C

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8- Em relação ao progresso / desempenho escolar do aluno com necessidades educativas especiais pode-se dizer que:

( ) o aluno apresenta progresso satisfatório em seu processo de ensino e aprendizagem. ( ) o aluno apresenta progresso abaixo do esperado em seu processo de ensino e aprendizagem. ( ) o aluno não apresenta progresso em seu processo de ensino e aprendizagem.

9- Para o aluno de inclusão o mais importante é (classifique por ordem de prioridade):

( ) Atitudes dos professores ( ) Avaliação com acompanhamento dos alunos ( ) Metodologias diferenciadas de ensino ( ) Formação específica para trabalhar com alunos com necessidades educativas especiais ( ) Materiais e recursos apropriados ( ) Colaboração entre professores (sala regular ou sala de recursos) ( )Técnicos especializados (professores, psicólogos, terapeutas entre outros). ( ) Socialização ( ) Currículo flexível ( ) Envolvimento da família no processo educativo

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Duração: 3 horas

Leitura do Texto: O Paradigma do Século 21

Romeu Kazumi Sassaki

Revista da Educação Especial, out/2005. (Acesso em 18/09/2016)

Em anexo: Link http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao1.pdf

Assista o vídeo:

A história da Educação Especial – Evolução Conceitual

Duração: 4’46’’

Publicado em 17 de set de 2012

Licença: Licença padrão do YouTube

Música: "I Still Haven't Found What I'm Looking For" por U2 (Google Play •

iTunes) (Acesso em 30/10/2016)

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wNW19fSHq_o

Após a reflexão do texto e análise do vídeo responda:

- Considerando o percurso da Educação Especial podemos considerar que

os avanços foram significativos?

- Faça um quadro comparativo apontando as diferenças entre Integração e

Inclusão.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA O TRABALHO DO PROFESSOR

ugere-se a aplicação de uma atividade em sua realidade escolar, no

intuito de identificar através de uma sondagem qual a concepção de

inclusão que seus alunos apresentam e os conhecimentos que já

possuem sobre a temática.

Contextualize a imagem apresentada.

Você já vivenciou alguma situação semelhante a da imagem? Conte como foi...

Fonte: http://marciaserante.blogspot.com.br/2010/07/historia-em-quadrinhos-

sobre-pessoas.html

Você pode elaborar painéis para expor os resultados nas atividades do Colégio

como Mostra Cultural, entrega de boletins, reuniões pedagógicas e outros.

S

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23

Vídeo: As cores das flores

Duração: 4’08”

Publicado em15 de maio de 2011

Licença: Licença padrão do YouTube

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=s6NNOeiQpPM

Leitura do texto:

Uma escola para todos: Reflexões sobre a prática educativa

Soraia Napoleão Freitas

Revista da Educação Especial, páginas 37 a 40, dezembro/2006.

Disponível em: (Acesso em 02/12/2016)

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao3.pdf

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PRINCIPAIS DOCUMENTOS QUE NORTEIAM A EDUCAÇÃO

INCLUSIVA

EDUCAÇÃO ESPECIAL: DA EDUCAÇÃO SEGREGADA A

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

1. Ampliar os conhecimentos sobre as Legislações que amparam a

Educação Especial.

2. Compreender a história da Educação Especial no foco educacional, por

meio de uma breve abordagem sobre a educação segregada até a

educação inclusiva.

3. Conhecer quem são os alunos de inclusão, analisar as dificuldades mais

frequentes encontradas por eles ao longo do tempo e identificar as que

perduram até hoje.

Carga Horária: 07 horas - 04 h presenciais

03 h atividades complementares

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1º Momento: REFLEXÃO EM GRUPO

ara iniciar os estudos, será disponibilizado para leitura o Poema de

Rubens Alves “Cada um corre do jeito que pode”. Neste poema o

autor destaca o sentido da palavra "Curriculum", no latim, quer dizer

"corrida", "lugar onde se corre", relacionando-a com a nossa realidade, na qual

o trabalho está voltado a um currículo único, pré-determinado para todos. A

leitura será feita por um dos cursistas e em seguida será aberto para reflexão e

debate.

POEMA: Cada Um corre do Jeito que Pode

Rubem Alves

Havia crianças com Síndrome de Down. E todas elas trabalhavam com a mesma

concentração que as outras crianças. Pareciam-me integradas nas tarefas

escolares, como as crianças ditas “normais”. Perguntei ao diretor sobre o segredo

daquele milagre.

Ele me deu uma resposta curiosa. Não me citou teorias psicológicas sobre o

assunto. Sugeriu-me ler um incidente do livro Alice no País das Maravilhas, de

Lewis Carroll. Fazia muitos anos que eu lera aquele livro. E eu o lera como literatura

do absurdo, coisa para crianças.

Alice, seduzida por um coelho que carregava um relógio, seguiu-o dentro de um

buraco que, sem que ela disso suspeitasse, era a entrada de um mundo fantástico.

De repente, ela se viu dentro de um mundo completamente desconhecido e maluco,

com o chapeleiro e o gato que ria.

No incidente que nos interessa, encontramos Alice e seus amigos completamente

molhados – haviam caído dentro de um tanque. Agora, tinham um problema comum

a resolver: ficar secos. O que fazer? A turma da Alice, que era formada pelo pássaro

Dodô – esse pássaro existiu de verdade, mas foi extinto –, um rato, um caranguejo,

uma marmota, um pombo, uma coruja, uma arara, um pato, um macaco, todos

P

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26

diferentes, cada um do jeito como seu corpo determinava, todos eles pensando

numa coisa só: o que fazer para ficar secos.

O pássaro Dodô sugeriu uma corrida. Correndo o corpo esquenta e fica seco. Mas

Alice queria saber das regras. O pássaro Dodô explicou: “Primeiro, marca-se o

caminho da corrida, num tipo de círculo (a forma exata não tem importância), e

então os participantes são todos colocados em lugares diferentes, ao longo do

caminho, aqui e ali. Não tem nada de ‘um, dois, três, já’. Eles começam a correr

quando lhes apetece e abandonam a corrida quando querem, o que torna difícil

dizer quando a corrida termina”.

Notem a desordem: um círculo de forma inexata, os participantes são colocados em

lugares diferentes, aqui e ali, e não tem “um, dois, três, já”, começam a correr

quando lhes apetece e abandonam a corrida quando querem.

Assim, a corrida começou. Cada um corria do jeito que sabia: para a frente, para

trás, pros lados, aos pulinhos, em ziguezague… Depois que haviam corrido por

mais ou menos meia hora, o pássaro Dodô gritou: “A corrida terminou”! Todos se

reuniram ao redor do Dodô e perguntaram: “Quem ganhou”? “Todos ganharam”,

disse Dodô. “E todos devem ganhar prêmios”.

Acho que o Lewis Carroll estava expondo, de forma humorística, as suas ideias para

a reforma dos currículos da Universidade de Oxford, ideias essas que ele não tinha

coragem de tornar públicas, por medo de perder seu lugar de professor de

matemática.

“Curriculum”, no latim, quer dizer “corrida”, “lugar onde se corre”. Uma corrida, para

fazer sentido, tem de ser entre iguais, não faz sentido por araras, ratos e

caranguejos correndo juntos. Não faz sentido colocar os “diferentes” a correr junto

com os “iguais”. Aquilo a que se dá o nome de integração em nossas escolas é

colocar os “portadores de deficiência” correndo a mesma corrida dos chamados de

“normais”. Nessa corrida, os “deficientes” estão condenados a perder. A corrida do

pássaro Dodô é diferente: cada um corre do jeito que sabe e pode, todos ganham e

todos recebem prêmios…

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Fonte: Publicado originalmente no Portal Aprendiz

(http://portal.aprendiz.uol.com.br/2011/09/06/cada-um-corre-do-jeito-que-pode/).

2º Momento: Quem são os alunos de inclusão?

Para iniciar os estudos sobre Inclusão escolar, será disponibilizado o vídeo

que apresenta quem são os alunos de inclusão no ensino regular.

Assista o vídeo:

Institucional DEEIN

Fonte: TV Paulo Freire

Duração: 5’47”

Publicado em 18 de novembro de 2010

Licença: Licença padrão do YouTube

Disponível em: (Acesso em 01/11/2016)

https://www.youtube.com/watch?v=2JKyWoEVMQ0

3º Momento: PRINCIPAIS DOCUMENTOS QUE AMPARAM A

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

ando continuidade aos estudos, será apresentado por meio de slides

as leis nacionais e estaduais que amparam a Educação Inclusiva,

dando ênfase aos objetivos das Políticas Públicas de Educação D

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Especial, citados no documento elaborado pelo Ministério da Educação, que

será disponibilizado para leitura:

Objetivos da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da

Educação Inclusiva, item IV, (2008)

Disponível em:

http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf

(Acesso em 23/09/2016)

Durante a leitura será aberto espaço para reflexão e debate.

4º Momento: DA EDUCAÇÃO SEGREGADA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

este momento, os participantes serão organizados em pequenos

grupos, para realizar a leitura e reflexão do texto: Da Educação

segregada a Educação Inclusiva.

Da Educação segregada a Educação Inclusiva

Sandra Aparecida Volpato Rossi

Ao estudar a história da Educação Especial e Inclusiva percebe-se que

sempre houveram muitas discussões sobre o atendimento escolar oferecido

aos alunos com deficiência. Em diferentes períodos históricos surgiram novos

paradigmas, que ainda podem ser observados em nosso meio com uma outra

configuração.

Conhecer o percurso da Educação Especial no Brasil nos faz

compreender a urgência de mudança de paradigmas, já que historicamente o

período de exclusão foi muito grande. Regressando na década de 70, como

lembra Fernandes (1999), o modelo educacional adotado no Brasil, tinha

ênfase terapêutico, com pouco investimento nas atividades acadêmicas, pois a

deficiência era vista como uma doença.

N

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29

Para Bueno (1993, p.107) as primeiras instituições voltadas para o

atendimento das pessoas deficientes, foram: “O Imperial Instituto dos Meninos

Cegos, em 1854 para atender as crianças cegas do Império e o Instituto

Nacional da Educação dos Surdos, em 1857, ambos localizados no Rio de

Janeiro”.

Para Glat (1989) somente no início do século XX, em 1926, foi fundado o

Instituto Pestalozzi, no Rio Grande do Sul, para dar atendimento as pessoas

com deficiência mental, em seguida foi fundada em 1954 a primeira Associação

de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE. Essas instituições especializadas

na época, não se preocupavam com o trabalho educacional, tinham um caráter

assistencialista e não acadêmico, como declara Glat (1989, s/p):

Nas instituições especializadas o trabalho era organizado com base em um conjunto de terapias individuais (fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, etc.) e pouca ênfase era dada à atividade acadêmica, que não ocupava mais do que uma pequena fração do horário dos alunos.

A psicóloga e educadora russa, Helena Antipoff, é amplamente reconhecida no Brasil, pois foi pioneira na introdução da educação especial onde fundou a primeira Sociedade Pestalozzi e influenciou na implantação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE.

Imagem: Helena Antipoff, psicóloga e educadora russa

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-RDvk27F49DQ/UqpBMgQDpgI/AAAAAAAAAW4/1Ok17pMrnD8/s1600/pestalozzi.jpg

Constata-se que em alguns momentos da história da educação em

nosso país houve separação de ensino: o regular e o especial, e era renegado

o direito dos deficientes em ingressar na escola comum, pois não havia

expectativa alguma de que os alunos com deficiência se desenvolvessem

academicamente.

De acordo com Glat (1985; 1995) e Kadlec e Glat (1984) os trabalhos

acadêmicos nessas instituições apresentaram avanços a partir do momento

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que foram desenvolvidos novos métodos e técnicas de ensino, atrelados na

Pedagogia e Psicologia da Aprendizagem, focado nos comportamentos dos

indivíduos, que permitiram a aprendizagem e o desenvolvimento acadêmico

desses sujeitos, até então alijados do processo educacional. “O deficiente pode

aprender”. A partir da constatação de que o deficiente pode aprender,

despertou nos educadores a necessidade de compreender o processo de

aprendizagem de cada indivíduo, pois até então a preocupação maior centrava-

se no como ensinar.

Porém, até esse momento a Educação Especial ainda funcionava como

um serviço paralelo ao ensino regular. Então foram implantadas as classes

especiais, buscando garantir o ingresso desses alunos no ensino regular.

Bueno (1993) e Fernandes (1999) colocam que as classes especiais serviram

mais como espaços de segregação para aqueles que não se ajustavam no

sistema regular de ensino, do que uma oportunidade de ingresso na escola

comum, pois a maioria dos alunos com deficiências ainda continuavam em

instituições privadas.

O atendimento dado as pessoas com deficiência foi muito questionado

no início da década de 80, pois já existia um movimento mundial contra a

marginalização das minorias, despertando para a necessidade de se criar

caminhos para a inserção de todos os alunos, inclusive os com deficiência no

ensino regular.

O primeiro passo dado foi através da Constituição Federal de 1988

(BRASIL,1988) que em seu artigo 208, faz referência ao atendimento

educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente no

sistema regular de ensino, provocando mudanças nas políticas educacionais. A

partir daí parte dos alunos de classes e escolas especiais eram integrados em

classes comuns recebendo na medida de suas necessidades, atendimento

paralelo em salas de recursos ou outras modalidades especializadas.

Foi na década de 90, com a luta pela ampliação e qualidade da

educação oferecida aos alunos com deficiência, que surgiu a proposta da

Educação Inclusiva no intuito de superar o modelo de atendimento que

tradicionalmente vinha sendo oferecido aos mesmos.

A Educação Inclusiva é tratada em vários documentos legais, podemos

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destacar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL,1996) que define

princípios democráticos que tratam da educação inclusiva, e descreve a

necessidade de oferecer oportunidades iguais para todos e a percepção de que

a escola deve atender as diferentes potencialidades. Também é embasada

nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica

(RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, 11 de setembro de 2001) que institui Educação

Especial como:

Art. 3º Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica.

O grande desafio da educação atual, no que se refere a inclusão é

ofertar a rede regular de ensino suporte constante e definitivo para alunos,

professores e demais membros envolvidos no processo educacional, quer seja,

quanto a capacitação de recursos humanos, adaptações necessárias nas

estruturas arquitetônicas, disponibilização de recursos e materiais didáticos -

pedagógicos compatíveis com as deficiências existentes em cada escola,

implantando no plano de ação projeto de apoio as famílias, instrumentos de

monitoramento do trabalho desenvolvido através de pesquisas quantitativas e

qualitativas entre outros.

A inclusão vem se tornando um fato real em nossas escolas, visto que a

procura de vagas para alunos com deficiência e o número de matriculas nas

escolas comuns, vem aumentando gradativamente. Os alunos com deficiência

inseridos na rede regular comum contam com programas de apoio específicos,

como: Salas de recursos multifuncionais, professor interprete, professor de

apoio educacional especializado, professor itinerante para cegos, professor de

apoio à comunicação alternativa e tradutor e interprete de língua brasileira de

sinais, que visam garantir o acesso, o avanço e a permanência dos mesmos na

escola (BRASIL, 2001).

Repensar os princípios e as concepções existentes no processo de

inclusão, implica reconhecer que fazemos parte de uma sociedade que

mantém arraigadas concepções tradicionais e preconceituosas, bem como pelo

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receio de lidar com o novo.

Se acreditarmos que há possibilidades de superar as mazelas sociais e

étnicas que promovem o impedimento e situações de preconceito e exclusão

as quais podem afetar a todos, independentemente de qual seja a diversidade,

encontraremos soluções e caminhos que façam com que as políticas públicas

deixem de ser meramente um papel para se tornarem ações concretas.

Para os alunos que os pais optaram em manter seus filhos em

instituições que atendem crianças com deficiências, que hoje possuem escola

de educação básica na modalidade de educação especial que tem como foco

principal o desenvolvimento integral dos alunos, de acordo com as Diretrizes

Nacionais Curriculares (BRASIL, 2001) e respeitam suas especificidades.

Essas mantenedoras contam com os mesmos direitos que são assegurados

aos alunos da rede regular, esses aspectos promovem a dignidade e a

cidadania.

REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, 2001. BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96. Brasília: 1996. BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988. BUENO, J.G.S. Educação especial brasileira: integração/segregação do aluno diferente. 2. ed. São Paulo: EDUC, 1993. FERNANDES, E. M. “Educação para todos - Saúde para todos”: a urgência da adoção de um paradigma multidisciplinar nas políticas públicas de atenção à pessoas portadoras de deficiências. Revista do Benjamim Constant, 5 (14), pg. 3-19, 1999. GLAT, R. Um enfoque educacional para educação especial. Fórum Educacional, 9 (1), pp.88-100, 1985. GLAT, R. Somos iguais a vocês: depoimentos de mulheres com deficiência mental. Rio de Janeiro: Agir Editora, 1989. GLAT, R. A integração social do portador de deficiência: uma reflexão. Rio de Janeiro: Editora Sette Letras, 1995. KADLEC, V. P. S. e GLAT, R. A criança e suas deficiências: métodos e técnicas de atuação psicopedagógico. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1984.

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4º Momento: REFLEXÃO DO TEXTO

pós estudar a Legislação vigente, os objetivos das políticas públicas

para a educação inclusiva e recordar toda a história da Educação

Especial, analise com seu grupo as seguintes questões:

As leis propostas nos documentos legais estão realmente sendo

aplicadas?

Recordando a história da Educação Especial, foi identificado a presença

de atitudes do passado em nosso contexto atual?

Como você avalia o trabalho que vem sendo desenvolvido com os

alunos de inclusão?

O que ainda precisa ser melhorado no ambiente escolar para receber de

forma digna alunos com deficiência?

Duração: 3 horas

Leitura: A escola que é de todas as crianças

Meire Cavalcante

Revista Nova Escola

Disponível em: (Acesso em 06/12/2016)

http://acervo.novaescola.org.br/imprima-essa-

pagina.shtml?http://acervo.novaescola.org.br/formacao/escola-todas-

criancas-424474.shtml?page=all

A

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34

Assista o vídeo:

Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva

Duração: 15’06”

Publicado em 20 de abril de 2013

Licença: Licença padrão do YouTube (Acesso em 02/10/2016)

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=krYIZ_6UtrQ

Após aprofundar os seus conhecimentos sobre Políticas Públicas vigentes e

sobre as transformações ocorridas no sistema educacional ao longo do

tempo escreva o que seria “Escolas Inclusivas” para você.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA O TRABALHO DO PROFESSOR

ugere-se a aplicação de uma atividade em sua realidade escolar,

apresentando alguns direitos já garantidos por Lei que poderá ser

ilustrado pelos alunos e expostos em murais da escola.

S

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35

Alguns DIREITOS já garantidos!!!

Fonte: Adaptado pela autora

Lei Brasileira de Inclusão, nº 13.146/2015, Capítulo IV, Do Direito à

Educação

I - Sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o

aprendizado ao longo de toda a vida;

II - Aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de

acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e

de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão

plena;

X - Adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e

continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento

educacional especializado;

XV - Acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a

atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar;

XVI - Acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais

integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades

concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino;

XVII - Oferta de profissionais de apoio escolar;

BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão, nº 13.146/2015, Capítulo IV, Do Direito

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à Educação. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-

2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em 02/10/2016.

Assista o Vídeo:

Educação Inclusiva traz benefícios enormes para todos os alunos

Série exibida no Jornal Nacional/Rede Globo

Duração: 6’00”

Publicado em 26 de novembro de 2015

Licença: Licença Globo Play (Acesso em 10/10/2016)

Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/4629276/

Leitura do texto:

O direito de ser, sendo diferente, na escola - por uma escola das diferenças

Maria Teresa Eglér Mantoan

Disponível em: (Acesso em 30/08/2016)

https://nucleodireitoshumanoseinclusao.files.wordpress.com/2011/08/aee_o_dir

eito_de_ser-sendo-diferente.pdf

Page 38: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA … · conhecimento adquirido nos cursos gerais, cursos específicos, encontros de área, seminários, cursos de suporte tecnológico,

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RESPONSABILIDADE DA EQUIPE DE PROFESSORES NAS

ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO

TRABALHO COLABORATIVO ENTRE O PROFESSOR

ESPECIALISTA E OS PROFESSORES DAS DISCIPLINAS

1. Compreender e analisar a organização da Escola Inclusiva e o papel dos

professores de área e dos professores de Educação Especial que atuam

no ensino regular.

2. Possibilitar mudanças na forma de agir e pensar diante dos

enfrentamentos cotidianos.

3. Reconhecer a importância do Trabalho coletivo como estratégia

pedagógica para o acesso, permanência e a aprendizagem do estudante

público-alvo da Educação Especial.

Carga Horária: 07 horas – 04 h presenciais

03 h atividades complementares

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1º Momento: REFLEXÃO DA REALIDADE ESCOLAR

erá exibido o vídeo da literatura brasileira “Quando a Escola é Vidro”,

escrita pela autora Ruth Rocha, que compõe uma estória onde a

autora utilizando a metáfora do vidro descreve a escola em vários

aspectos: seriação, o modelo tradicionalista do ensino, a exclusão, os aspectos

pedagógicos, a interação entre outros. Após abre-se um debate, fazendo um

paralelo sobre a forma de organização da escola atual e a apresenta na

história.

Assista o vídeo:

Quando a escola de vidro – Ruth Rocha

Duração: 7’’44

Publicado em 20 de maio de 2011

Licença: Licença padrão do YouTube (Acesso em 21/09/2019)

Música: "Cai, Cai Balão" por Reginaldo Frazatto Jr., MPBaby (Google Play •

iTunes)

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V3Hvy85Rxbg

S

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39

2º Momento: RESPONSABILIDADE DA EQUIPE DE PROFESSORES

NAS ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO

ara dar continuidade ao assunto e buscando compreender e analisar a

organização da Escola Inclusiva e o papel dos professores de área e

dos professores de Educação Especial que atuam no ensino regular, o

grupo será organizado em dupla para realizar a leitura dos textos.

Papel do Professor que Atua no Ensino Regular

Sandra Aparecida Volpato Rossi

Os professores da educação básica, principalmente os dos anos finais

do ensino fundamental encontram dificuldades para direcionar os trabalhos em

salas de aulas tão heterogenias. Trabalhar com alunos inclusos não é tarefa

fácil, e os educadores são desafiados diariamente a aprender, a respeitar e a

lidar com a diversidade de seu alunado. Nesse contexto, cabe ao professor

valorizar a heterogeneidade da sala de aula, e através delas buscar oportunizar

a troca de experiências e a valorização das diferenças, permitindo o

desenvolvimento de importantes valores e o crescimento de cada um.

A educação inclusiva, a partir do reconhecimento e valorização da diversidade como fator de enriquecimento do processo educacional, tem provocado mudanças na escola e na formação docente, propondo uma reestruturação da escola que beneficie a todos os alunos. A organização de uma escola prevê o acesso à escolarização e o atendimento às necessidades educacionais especiais. (BERTUOL, p.17,2010)

A presença desses alunos em sala de aula vem sendo um grande

desafio enfrentado pelos profissionais da Educação. Muitos professores

alegam não estarem preparados para atender as diferentes necessidades

apresentadas e consideram que não dispõem de formação para tal. Em meio a

isso, os professores são levados a questionarem quais os saberes necessários

para se trabalhar com alunos deficientes, o que fazer e como fazer. Sendo

P

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40

levados a buscarem meios para trabalhar nessa nova perspectiva da educação

inclusiva. Tardif (2002) observa: Assim, o professor, cuja função é ensinar, tem

também a necessidade de aprender. Aprender é adquirir conhecimentos,

construir saberes que são ferramentas para desenvolver seu trabalho. O

professor vai aprendendo a ensina enfrentando cotidianamente diversas

situações que lhe possibilitem construir tais ferramenta.

Ouve-se diariamente relatos de professores, que o ensino que oferecem

na sala de aula é insuficiente para atender aos alunos com deficiência. Outras

reclamações são feitas, muitas com respaldo, como a falta de capacitação e de

materiais didáticos adequados para o atendimento desses alunos. Todos esses

sentimentos são compreendidos, mas ocorrem porque o trabalho está voltado a

um currículo único, pré-determinados para todos, conforme figura abaixo:

Figura 1 – charge - reflexão

Fonte:

http://3.bp.blogspot.com/_syzg9_5HBww/S6GuU3us72I/AAAAAAAAAAw/dO3y

bd922vs/s320/imagem2.bmp

Cabe então ao professor, repensar a prática da inclusão, fazendo um

levantamento de quais as habilidades os alunos de inclusão já apresentam,

partindo daí para a elaboração dos planos que precisam ser colocados em

prática. É primordial que os professores acreditem que todos os alunos de

inclusão podem aprender, mas considerem que cada um aprende de uma

forma, então os conteúdos são os mesmos, porém há necessidade da

diversificação da metodologia aplicada e dos materiais utilizados e oferta de

oportunidades para todos se desenvolverem e gerarem seu próprio

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41

conhecimento.

Maria Teresa Mantoan (2003), afirma no seu artigo "Caminhos

pedagógicos da Inclusão": A inclusão não prevê a utilização de práticas de

ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência e/ou dificuldade de

aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for, de fato, de

boa qualidade, o professor levará em conta esses limites e explorará

convenientemente as possibilidades de cada um.

Neste sentido, o professor da sala comum precisa fazer uma reavaliação

das práticas pedagógicas e metodológicas utilizadas, pois a qualidade da

aprendizagem do aluno está intimamente relacionada com a qualidade da

mediação e dos processos didáticos utilizados e também pela capacidade de

analisar e refletir sobre a sua prática continuamente, buscando novos saberes

que possam minimizar ou superar os problemas encontrados no cotidiano

escolar.

O papel do educador é ajudar o aluno a realizar as atividades propostas

que o aluno ainda não tem capacidade de fazer sozinho, sendo o orientador,

um mediador durante o processo de aprendizagem, para assim,

gradativamente o estudante sentir-se capaz de realizar sozinho e desenvolver

sua autonomia. A dinâmica utilizada pelo professor deve levar se em conta os

diferentes estilos, ritmos e interesses de aprendizagem de seu alunado.

Assim sendo, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na

Educação Básica, Resolução CNE/CEB Nº 2 (BRASIL,2001) asseguram a

flexibilização e adaptações curriculares necessárias para a qualidade da

aprendizagem do aluno, conforme estabelecido no artigo 8:

Flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a frequência obrigatória.

Na prática pedagógica inclusiva as adaptações curriculares tornam-se

fundamentais para um bom ensino e aprendizagem, isto implica em

planejamento de ações que favoreçam o acesso ao currículo, promovendo

ajustes necessários para atender a todo e qualquer aluno. De acordo com o

MEC as adaptações curriculares são:

Respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema

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educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais: a) de acesso ao currículo; b) de participação integral, efetiva e bem-sucedida em uma programação escolar tão comum quanto possível; (BRASIL, 1998, p. 7)

Imagem: Adaptações Curriculares

Fonte: SUGESTÕES PARA ADAPTAÇÃO DE TEXTOS DIDÁTICOS PARA ALUNOS COM BAIXA VISÃO – IBC Instituto Benjamin Constant

http://www.ibc.gov.br/index.php?blogid=1&archive=2009-05

O professor do ensino regular é peça fundamental no processo de

inclusão e a qualificação profissional dos educadores é imprescindível para o

avanço desta importante reforma educacional, ou seja, na construção de uma

educação inclusiva. A falta de informação e de conhecimento dos professores é

um obstáculo para o processo de inclusão escolar. Desta forma, é necessário e

urgente que se cumpra o que está previsto em lei, assegurando aos

educadores estruturas adequadas para um bom trabalho, como também

investimentos na formação continuada. Para a atualização dos conhecimentos

da equipe escolar uma boa alternativa é a implantação de espaços de

discussão, análise e reflexão sobre a realidade da escola, com troca de

experiências e criação de ações que poderão contribuir para a melhoria da

qualidade do ensino oferecido. Conforme descrito na LDBEN n. 9.394/1996

(BRASIL, 1996), capítulo V da Educação Especial que estabelece:

Os sistemas de ensino “assegurarão aos educandos com necessidades especiais [...] professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.

Cabe ressaltar que apesar das políticas públicas vigentes e de todo

trabalho já realizado com os profissionais da educação referentes ao processo

de inclusão, ainda se observa uma certa resistência em relação a inclusão,

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talvez se justifique pela falta de conhecimento e de segurança para o

envolvimento nesse processo. Lamentavelmente, ainda hoje se verifica a

presença preconceitos e de atitudes discriminatórias em sala de aula, sendo

essas barreiras atitudinais um obstáculo para a transformação do sistema

regular de ensino em um ambiente mais democrático, justo e inclusivo. Torna-

se importantíssimo a visão de inclusão apresentada pelo professor em sala de

aula, sua postura positiva influência nas relações pessoais e sociais do grupo,

despertando assim nos educandos novas formas de pensar e agir na

sociedade. A forma de trabalhar do professor inclusivo, também pode

influenciar sobre os outros profissionais da escola, mostrando através de seu

trabalho que incluir é possível e que devemos inovar e criar novas formas de

ensinar, abandonando o que temos o hábito de fazer e buscar caminhos para

desenvolver o que é proposto nessa nova configuração da educação.

Diante do exposto, concluímos que muitas são as dificuldades

encontradas pelos professores no processo de inclusão escolar. Ainda não

existem caminhos perfeitos e adequados para a docência na educação

inclusiva, mas, cabe a cada um, encarar os desafios de forma a contribuir para

que no espaço escolar, aconteçam avanços e transformações, ainda que

pequenas, mas que possam propiciar o início de uma inclusão escolar possível.

REFERÊNCIAS

BERTUOL, Glaci de Lima. Salas de Recursos e Salas de Recursos Multifuncionais: apoios especializados à inclusão escolar de alunos com deficiência/necessidades educacionais especiais. 2010. Monografia, (Especialização em História da Educação) UNIOESTE/ Cascavel-SP.

BRASIL. Lei n.o 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Ministério da Educação – Imprensa Oficial, 1996.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações Curriculares: estratégias para educação de alunos com necessidades especiais. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto; Secretaria de Educação Fundamental, 1998.

BRASIL. Parecer n.º 17, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial, na Educação Básica. Brasília: Conselho Nacional de Educação, 2001.

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44

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Inclusão: revista da educação especial, v. 4, n 1, janeiro/junho 2008. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Caminhos Pedagógicos da Inclusão. Educação on-line, 2003.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

Papel do professor de Educação Especial que atua no Ensino Regular

Sandra Aparecida Volpato Rossi

As transformações de atitudes sociais que vêm acontecendo no

decorrer dos anos e a implantação de novas leis têm oportunizado uma

reflexão sobre o papel da Educação Especial e o reconhecimento e

valorização da diversidade humana na perspectiva inclusiva, proporcionando

direitos iguais para todas as pessoas independente de suas limitações. A

efetivação desses direitos tem como base um sistema de educação inclusivo

em todos os segmentos educacionais, implicando importantes modificações

pedagógicas no processo educacional.

Sabemos que, em conformidade com as leis vigentes, as

transformações no processo educacional estão ainda em construção e

demandam uma série de ações urgentes, como o reconhecimento e

erradicação dos obstáculos e o desprendimento do foco na condição de

deficiência para a condição de capacidade, priorizando a organização do

espaço e as medidas de apoio necessárias para o pleno desenvolvimento do

aluno.

Essas mudanças são amparadas pela Política Nacional de Educação

Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, elaborada pelo MEC, visando

constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para

todos os alunos, por meio de serviços e apoios educacionais especializados

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que serão ofertados pelas escolas ou pela comunidade em geral, que

complementem os trabalhos educacionais desenvolvidos com os alunos

deficiente inserido na rede regular de ensino.

Esses apoios, quando ofertados no ensino regular, são denominados

pela legislação (Res. CNE/CEB n. 01/02 e Del. CEE 02/03) de serviço de

apoio pedagógico especializados, podendo ser no turno ou no contra turno do

aluno e são constituídos de recursos humanos, físicos, materiais e

pedagógicos, realizados em sala de aula ou em contra turno. As redes de

apoio existentes são compostas pelo Atendimento Educacional Especializado

(AEE) e pelos profissionais da educação especial (intérprete, professor de

Braille, etc.) da saúde e da família.

O sucesso da inclusão educacional está relacionado a qualidade do

atendimento especializado ofertado pela rede regular de ensino, e tem no

professor especializado o suporte para a implementação desses serviços.

Segundo as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional

Especializado na Educação Básica, Resolução nº 4 (BRASIL, 2009) em seu

Art. 12, o professor para atuar na modalidade da educação especial, deve ter

formação inicial que o habilite para o exercício da docência e formação

específica para a Educação Especial.

Com base nos documentos oficiais, após 2003 o professor da Educação

Especial que atua nas SRM das escolas públicas possui papel essencial na

efetivação da educação inclusiva, pois é considerado como agente condutor

que assegura e assessora essas políticas dentro das escolas. Muitas são as

funções no contexto do processo de inclusão e a Resolução nº 4 (BRASIL,

2009) em seu Art. 13 descreve as atribuições do professor de AEE:

I – Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial; II – Elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III – Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais; IV – Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola; V – Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade; VI – Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e

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de acessibilidade utilizados pelo aluno; VII – Ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação; VIII – Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.

O trabalho do professor especialista tem início pelo estudo antecipado

das condições individuais do aluno, das condições do ambiente, das

circunstancias sociais e pedagógicas, que permeiam o processo de ensino e

aprendizagem, afim de auxiliar a elaboração do planejamento da proposta

pedagógica. Cabe ao professor da educação especial a elaboração de ações,

métodos e estratégias que supriram os conteúdos defasados percebidos na

avaliação do contexto escolar, que servirão de orientação para o professor da

sala comum em relação ao trabalho a ser desenvolvido.

A elaboração de ações pedagógicas da SRM devem respeitar as

particularidades específicas de cada aluno, que são atreladas a uma série de

fatores sócio emocional e físico, além de valorizar os conhecimentos que o

aluno apresenta, para assim propor um plano de intervenção pedagógica, com

recursos e matérias pedagógicos e de acessibilidade, que venham

complementar ou suplementar a escolarização dos alunos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e alta habilidades, inseridos nas

classes comuns do ensino regular. Intervenções pedagógicas que vão desde

oferecer acompanhamento em sala de aula para ensinar o uso de recursos

destinado ao aluno para o professor da sala comum, até a mediação em

avaliação do aluno.

Neste contexto, a forma pedagógica de agir, a maneira de orientar e a

mediação utilizada, podem ser compreendidas como uma estratégia

pedagógica a favor da aprendizagem do aluno, oportunizando a superação

das defasagens e a construção de novos conhecimentos. Segundo Vygotsy

(1991), “o aluno que ontem não conseguia sozinho, e hoje consegue com

ajuda, amanhã conseguirá sem nenhuma intervenção. Mas para que isso

ocorra é preciso dedicação, paciência e um olhar atencioso do mediador”.

Assim sendo, cabe aos profissionais envolvidos atuar mutuamente em

benefício do aluno, por meio de um trabalho colaborativo que vise organizar

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estratégicas pedagógicas e procedimentos de ensino para o atendimento ao

estudante. Brizolla (2009) destaca:

A Educação Especial e o ensino comum devem estabelecer um trabalho de cooperação, pois, se de um lado a Educação Especial dispõe de serviços e recursos especializados para o atendimento das especificidades dos educandos com necessidades educacionais especiais, por outro lado, o ensino comum responsabiliza-se pela escolarização desses alunos. Nesse sentido, é estabelecida uma relação de parceria e colaboração entre os níveis educacionais e a modalidade de Educação Especial, na qual uma categoria depende da outra para a realização do trabalho pedagógico, ou seja, cooperam.

A execução do trabalho colaborativo envolve então os professores de

disciplinas que atuam em sala comum e o professor especializado, bem como

ainda requer a colaboração de diversos agentes da escola, dando apoio

adequado aos professores, viabilizando espaço e momentos para que possam

trocar experiências, analisar e acompanhar o processo de aprendizagem do

aluno. O maior desafio tanto do professor de sala comum quanto do professor

de educação especial é promover a autonomia e a independência de seus

alunos. Nesta parceria ainda é imprescindível que a família cumpra com sua

função colaborando para o desenvolvimento integral do aluno.

A articulação entre o ensino comum e a educação especial é

fundamental nesse novo contexto educacional. A educação inclusiva

pressupõe um repensar nas mudanças e transformações necessárias para

que te fato se concretize em nossas escolas aquilo que está assegurado por

lei, pois não basta assegurar a matrícula do aluno com deficiência no ensino

regular, é necessário que a escola favoreça o ato de ensinar e de aprender e

sobretudo assume seu papel social e ofereça uma escola para todos.

No entanto, se observa que ainda em nossas escolas a aprendizagem

do alunos com deficiência torna-se responsabilidade isolada do professor do

atendimento em contra turno nas salas de Recursos multifuncionais, com

pouquíssimo envolvimento dos professores de disciplinas, que atendem em

sala comum, além de outros aspectos bem recorrentes e contraditórios em

instituições que se propõe a trabalhar a inclusão, como: resistência a inclusão,

incoerência entre o discurso e a prática, inadequação na formação profissional

e outros.

Portanto, é tempo de mudar esse quadro e garantir a pessoa com

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necessidades especiais direitos iguais à educação e a oportunidade de

integrar-se na sociedade.

REFERÊNCIAS BRASIL. Resolução nº 4 de 2 de outubro de 2009, que Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial, Brasília: MEC, 2009. BRASIL. Decreto Federal nº 7611/11, Casa Civil, 2011. BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Versão preliminar, 2007.

BRIZOLLA, F. Para além da formação inicial ou continuada, a form(a)ção permanente: o trabalho docente cooperativo como oportunidade para a formação docente dos professores que atuam com alunos com necessidades educacionais especiais. Universidade Federal do Paraná, setor litoral, 2009, V Seminário Nacional de Pesquisa em Educação Especial: formação de Professores em foco, São Paulo, SP, 2009.

VYGOTSKY, l. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

3º Momento: REFLEXÃO DO TEXTO

pós aprofundar seus conhecimentos sobre a importância do trabalho

coletivo e das responsabilidades da equipe de professores nas

estratégias de inclusão, respondam as questões abaixo.

Na sua formação inicial teve alguma disciplina que o preparasse para

a intervenção com alunos especiais?

Você já teve alguma experiência com o processo de inclusão em sala

de aula?

Quais são as dificuldades e possibilidades mais frequentes para a

inclusão dos alunos com deficiência no ensino regular?

Na formação continuada em sua escola, existem momentos para

pensar coletivamente sobre o processo de inclusão, com trocas de

experiências, colocação de dúvidas e anseios frente a diversidade e

construção de ações coletivas para tornar a escola um ambiente

inclusivo?

Como é encaminhado o trabalho com os alunos de inclusão? Existe

uma organização própria da escola? Explique.

A

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49

Na elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola, o processo

de inclusão foi considerado? Justifique.

Muitas são as atribuições do professor de AEE, mas algumas são fundamentais para o bom desenvolvimento do trabalho com o aluno. Quais são elas?

m seguida, os participantes serão organizados em dois grandes

grupos, formando grupo A e B. Caberá ao grupo A elaborar um cartaz

contento as principais características do professores de áreas e ao

grupo B realizar a mesma atividade, mas com as características dos

professores da Educação Especial que atuam no ensino regular. Será

disponibilizado materiais para a realização da atividade, que no final será

exposta ao grande grupo.

Duração: 3 horas

Assista o Filme:

Assista o filme “Escritores da liberdade”

Duração: 1’43’’39 Publicado em 26 de agosto de 2016 Licença: Licença padrão do YouTube (Acesso em 14/10/2016) Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3S_Mn3zaT2g

E

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Após assistir ao filme, analise as seguintes questões:

1 – Porque a diretora não deixa os alunos de Erien usar os livros novos da

biblioteca?

2- Os livros são capazes de mudar a vida das pessoas? E a escola? Explique.

3- Erin, consegue mostrar aos alunos que a exclusão e o preconceito podem

afetar a todos, independentemente da cor da pele, da origem étnica, da religião,

da deficiência? Explique.

4 – Quais foram as estratégias utilizadas pela professora Erin para transformar

a sua turma? Escreva.

5 – A visita da Srª Miep Gies foi uma das cenas mais marcantes do filme, que

na sua fala diz: “Não sou uma heroína, fiz a coisa certa [...] mesmo com

pequenas atitudes podemos ascender uma luz em uma sala escura”. Pensando

em nossas salas de aula, o que seria ascender uma luz? Explique:

6 - Que lições de vida podemos extrair do filme “Escritores da liberdade”

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA O TRABALHO DO PROFESSOR

professor poderá sugerir aos seus alunos a literatura “Estrelas

tortas”, Walcyr Carrasco, que conta a história de uma menina que

sofreu um acidente de carro e perde os movimentos das pernas,

ficando paralítica e passando a utilizar cadeiras de rodas para se movimentar.

Poderá ser explorado com os alunos que todos somos sujeitos a uma situação

como essa e ainda solicitar que os mesmos façam uma pesquisa dos tipos de

acessibilidades existentes em sua comunidade.

Literatura: “Estrelas tortas”

Walcyr Carrasco

Referência: São Paulo, Moderna, 2005.

O

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51

Leitura do texto:

Fortalecimento do Trabalho Colaborativo entre o professor Especialista (AEE) e

os professores das disciplinas

Disponível em:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/formacao_acao/1semestr

e_2015/roteiro_deein_fortalecimento_trabalho_colaborativo.pdf

Acesso em 02/10/2016

Saiba mais acessando o Site: DIVERSA: Educação Inclusiva na prática

Este site apresenta um rico material sobre a à educação inclusiva do Brasil e

do mundo e servem como fonte de informação e formação para educadores,

gestores escolares e técnicos de secretarias de educação.

Disponível em:

http://diversa.org.br/artigos/?gclid=Cj0KEQjw4_DABRC1tuPSpqXjxZwBEi

QAhMIp69oXRisFF6RdScAblC8hJ6s8ajshGXO_nsOifB1gkZoaAtOB8P8HA

Q

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52

GESTÃO ESCOLAR: ENFRENTANDO OS DESAFIOS DO

COTIDIANO DA INCLUSÃO

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

ESPECIALIZADO NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE

ENSINO

1. Compreender a importância do gestor escolar como articulador do processo de inclusão, pautado em uma gestão democrática.

2. Elencar as atribuições do gestor escolar para uma escola inclusiva.

3. Construir ações coletivas favoráveis à efetivação da inclusão no espaço

escolar.

4. Despertar questionamentos e inquietações para que ocorram mudanças

significativas no que tange à inclusão escolar dos alunos com

deficiência.

Carga Horária: 07 horas - 04 h presenciais

03 h atividades complementares

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1º Momento: DINÂMICA DE GRUPO

rganizar os cursistas para a Dinâmica de grupo, que tem como

objetivo reconhecer a diversidade presente no grupo e a

importância da aceitação e respeito a essas diferenças.

Dinâmica: Respeito às diferenças

Desenvolvimento: O aplicador deverá posicionar-se no meio da sala e

fazer uma faixa no chão, separando lado direito e lado esquerdo. Deverá

explicar ao grupo que cada pergunta tem apenas duas alternativas para

escolher e dependo da opção que fizer deverá se dirigir para o lado direito

ou esquerdo da faixa, conforme predeterminado antecipadamente.

Perguntas simples, como: Azul ou vermelho? Noite ou dia? Macarrão ou

feijoada? E assim por diante. Dependo da escolha pessoal de cada um,

hora estará de um lado, hora do outro, percebendo que o grupo de pessoas

são diferentes em cada pergunta.

Será bem divertido, pois se movimentam e interagem entre si. Ao final, faz-

se a pergunta: O que a dinâmica mostrou para vocês?

Relacionar a dinâmica com a realidade encontrada em sala de aula,

destacando a necessidade de refletir sobre a nossa postura frente a

diversidade existente no ambiente escolar.

Tempo: 15 minutos

O

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2º Momento: ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

ESPECIALIZADO NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE ENSINO

os participantes será indicada a leitura do texto: Organização do

Trabalho Pedagógico Especializado na rede pública estadual de

ensino (Anexo VII, Escolas da Rede estadual, Semana Pedagógica –

julho de 2014/). Que será apresentado em multimídia para coletivamente fazer

a leitura e a relação do texto com a realidade da escola.

Disponível em: (Acesso em 04/09/2016)

http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?co

nteudo=1379

3º Momento: GESTÃO ESCOLAR PARA UMA ESCOLA INCLUSIVA

ara dar continuidade ao assunto e buscando compreender qual o papel

do gestor escolar no processo de inclusão, será feito a leitura em

pequenos grupos do texto: O Papel do Gestor Escolar para uma Escola

Inclusiva.

Papel do Gestor para uma Escola Inclusiva

Sandra Aparecida Volpato Rossi

O Paradigma da inclusão hora colocado pela contemporaneidade,

é um grande desafio para a educação brasileira. Entretanto, não existem

formulas ou receitas prontas para identificar as barreiras apresentadas

no processo de inclusão escolar, nem mesmo para a elaboração de

ações que assegurem o acesso e a permanência do educando na

escola. Existem caminhos que devem ser percorridos com muita

reflexão coletiva, para responder de forma positiva a esse desafio posto

pelas políticas públicas atuais.

Gerir a política da Educação Inclusiva é um desafio para o gestor

escolar. Cabe ao gestor promover a mudança organizacional da escola,

A

P

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55

para que a mesma proporcione um ensino de qualidade para todos os

alunos. O gestor escolar necessita tomar providências administrativas

necessárias para a implementação da inclusão na instituição e ainda

apoiar o corpo docente para a aquisição de atitudes inclusivas. As ações

e medidas adotadas devem ser coletivamente elaboradas pela equipe

escolar, tendo como foco o aluno. Segundo Sage (1999, p.138)

O diretor deve ser o principal revigorador do comportamento do professor que demonstra pensamento e ações cooperativas a serviço da inclusão. É comum que os professores temam inovações e assumam riscos que sejam encarados de forma negativa e com desconfiança pelos pares que estão aferrados aos modelos tradicionais. O diretor é de fundamental importância na superação dessas barreiras previsíveis e pode fazê-lo através de palavras e ações adequadas que reforçam o apoio aos professores.

Muitos são os documentos oficiais que tratam da relação entre a

gestão escolar e a educação inclusiva, mas em alguns casos essa

relação não está explícita nesses documentos. A proposta de gestão

democrática vem ao encontro das necessidades apresentadas pelo

sistema de ensino inclusivo, ambas necessitam do comprometimento e

participação de todos que atuam direta e indiretamente na educação.

Assim, a escola é um espaço propício à troca de experiências e aberto

às possibilidades de transformação.

Aos gestores escolares cabe a responsabilidade de gerir seus

trabalhos pautados em uma gestão democrática e participativa, sendo

esses um dos caminhos possíveis para a construção de uma escola

para todos. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 (BRASIL,

1996) encontramos a regulamentação da gestão democrática das

escolas públicas e a transformação do Projeto Político Pedagógico da

escola, que deverá ser construído coletivamente. Carneiro (2006, p.32)

afirma que

O projeto político pedagógico não pode ser construído como um fim em si mesmo. Ele é verdadeiramente o início de um processo de trabalho. A partir do projeto político pedagógico a escola vai estruturar seu trabalho, avaliando e reorganizando suas práticas. Mais uma vez o papel do gestor se apresenta em destaque, uma vez que para estruturar, avaliar e reorganizar as práticas educativas é necessária uma liderança firme capaz de buscar os caminhos para tais encaminhamentos.

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Todavia, sendo o Projeto Político Pedagógico da escola

considerado um instrumento de inteligibilidade e o norteador das ações

e das estratégias da unidade escolar, a reformulação do mesmo deve

ser o passo inicial coletivo para a formulação de uma proposta

pedagógica inclusiva, cabendo ao gestor a responsabilidade de

promover a participação de toda comunidade escolar na elaboração

desse documento, através de momentos de estudos e reflexões coletiva

sobre a identidade da escola, seus objetivos, orientações, ações e

formas de avaliar os processos de aprendizagens, considerando e

respeitando às necessidades educacionais da demanda escolar,

analisadas e registradas no documento.

Outro documento que fornece subsídios para a prática

pedagógica inclusiva são os Parâmetros Curriculares Nacionais –

Adaptações Curriculares: estratégias para educação de alunos com

necessidade especiais (BRASIL,1998), que apresenta um conjunto de

ações a serem desenvolvidas para garantir o acesso e a permanência

do aluno de inclusão na escola, além das adaptações curriculares

necessárias para que a escola atenda as especificidades do aluno e se

torne realmente inclusiva. Essas adaptações devem ser elaboradas

coletivamente e registradas no Projeto Político da Escola.

Oferecer o atendimento educacional especializado de qualidade,

requer um trabalho colaborativo e reflexivo entre os professores e

demais profissionais da escola, para que ele esteja em consonância com

a realidade da escola e principalmente com o que está previsto nas

políticas públicas vigentes, podemos destacar o documento elaborado

pelo MEC, intitulado Política Nacional de Educação Especial na

Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2001), que não faz menção

especifica ao papel do gestor escolar, mas, ao propor uma mudança

estrutural e cultural da escola, manifesta as possibilidades de ação da

gestão escolar. O documento apresenta os marcos históricos e

normativos da Educação Especial, quem são os estudantes atendidos e

os objetivos e as diretrizes da política nacional de educação especial na

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perspectiva da educação inclusiva.

Diante do exposto, percebemos a relevância do papel do gestor e

suas atribuições no processo de inclusão escolar, sendo ele é o principal

articulador das mudanças necessárias para a realização das práticas

educativas inclusivas. A maneira como o gestor se posiciona frente à

inclusão influencia consideravelmente a posição de toda comunidade

escolar, acaba servindo de espelho. Por isso ele precisa ter consciência

de que pode contribuir com o entendimento de que o ensino oferecido

na escola deve ser para todos, e não permitir que haja separação de

ensino: o regular e o especial.

Assim a escola torna-se um espaço oportuno para construir

ideias de respeito e valorização do ser humano, capaz de conviver com

as diferenças e desenvolver atitudes que transformem a vida em

sociedade. Questão esta, que demanda o envolvimento coletivo, requer

uma preparação adequada e mudanças atitudinais de todos que atuam

direta e indiretamente na educação, além de ser muito complexo, pois

envolve uma série de fatores, desde a formação continuada dos

educadores, à adequação de materiais e recursos pedagógicos

escolares.

Princípios contidos na LDB 9394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases

da Educação) (BRASIL, 1996) e no Plano Nacional de Educação

(BRASIL, 2014) determinam que as escolas se mobilizem para

estruturar um conjunto de ações e providenciar recursos necessários

que garantam o acesso e a permanência de todos os alunos,

promovendo um ensino que respeite as especificidades da

aprendizagem de cada um. Portanto, esses documentos pressupõem

uma reorganização do sistema educacional, sendo fundamental o

envolvimento de toda comunidade escolar e o entendimento sobre os

pressupostos teóricos que norteiam a Educação Inclusiva. A Declaração

de Salamanca (1994), no item 35, concebe a inclusão como

responsabilidade coletiva da comunidade escolar ao afirmar que todos

são responsáveis:

[...] pelo sucesso ou fracasso de cada estudante. O grupo de educadores, ao invés de professores

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individualmente, deveria dividir a responsabilidade pela educação de crianças com necessidades especiais. Pais e voluntários deveriam ser convidados a assumir participação ativa no trabalho da escola (UNESCO, 1994, p. 09).

Imagem 1: Gestão Escolar

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-92om7Mnr-Zk/Ua_M43f5MgI/AAAAAAAAADY/u-

f4j29YD9c/s1600/ARTIGO15092012220909jornal.jpg

Neste sentido, para caminhar em direção a uma escola

efetivamente inclusiva, pressupõe pensar em inovações educacionais,

sendo um momento impar para a concretização do processo cuja

responsabilidade é coletiva.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n.o 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Ministério da Educação – Imprensa Oficial, 1996.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações Curriculares: estratégias para educação de alunos com necessidades especiais. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto; Secretaria de Educação Fundamental, 1998.

BRASIL. Parecer n.º 17, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial, na Educação Básica. Brasília: Conselho Nacional de Educação, 2001.

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Versão preliminar, 2007.

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BRASIL. Plano Nacional da Educação. Brasília, 2014.

CARNEIRO, Relma U. C. Formação em serviço sobre gestão de escolas inclusivas para diretores de escolas de educação infantil. Tese – Universidade Federal de São Carlos, São Paulo, 2006.

SAGE, Daniel D. Estratégias administrativas para a realização do ensino inclusivo. In: STAINBACK, Susan; STAINBACK, William (Orgs.). Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999, p. 129-141.

UNESCO, Declaração de Salamanca, 1994.

4º Momento: REFLEXÃO DO TEXTO

om a leitura dos textos pudemos conhecer uma série de atribuições

que a escola necessita para criar um ambiente inclusivo, sendo o

gestor o principal articulador de ações a serem desencadeadas na

busca de soluções frente ao desafio da inclusão escolar. Então, pense agora

na realidade da sua escola, e sinalize quais os avanços que a escola já

conquistou nos diferentes aspectos abaixo, justificando em quais necessita

melhorar.

Infraestrutura do espaço escolar

Implantação/implementação dos serviços e apoios especializados

Redimensionamento do Projeto Político Pedagógico

Envolvimento da comunidade escolar

Formação continuada/capacitação

Espaço para discutir e organizar ações que viabilizem a melhoria na

qualidade do trabalho

Avaliação do aluno

Organização do trabalho pedagógico.

m seguida, os participantes coletivamente por meio de plenária, irão

expor suas respostas, que servirão como base para a elaboração de

um texto contendo ações que a comunidade escolar poderá

desenvolver, para que a escola regular de fato seja realmente inclusiva, para

todos.

C

E

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Duração: 3 Horas

Leitura do Texto:

A relação entre gestão escolar e educação inclusiva: o que dizem os

documentos oficiais?

Thaís Cristina Rodrigues TEZANI

Disponível em: (Acesso em 20/09/2016)

http://www.fclar.unesp.br/Home/Departamentos/CienciasdaEducacao/Revi

staEletronica/edi6_artigothaistezani.pdf

Assista o vídeo:

Por Dentro da Escola - Educação Especial Inclusão

Duração: 14’34”

Publicado em 10 de novembro de 2016

Licença: Licença padrão do YouTube

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=w8EDNWyJKg0

(Acesso em 10/11/2016)

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Agora é com você!

Refletindo a realidade escolar

Após conhecer sobre a organização do trabalho pedagógico nas escolas da

rede estadual de ensino, faça a análise do trabalho que vem sendo

desenvolvido na sua escola. Escolha um dos alunos que fazem parte dos

programas de inclusão da escola para fazer um estudo de caso. Siga o roteiro

abaixo:

- Escolher o aluno de inclusão (não identificar nome)

- Buscar conhecer o diagnóstico e a história do mesmo

- Destacar suas características e habilidades

- Redes de apoio que faz parte

- Outras informações que julgar necessárias.

Em seguida, de posse dos dados elabore um Plano de aula para esse aluno,

contendo áreas envolvidas, conteúdos, objetivos, desenvolvimento, recursos e

avaliação.

Observação: Está atividade será apresentada ao grupo no último encontro,

então utilize recursos que facilitem a exposição do trabalho.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA O TRABALHO DO PROFESSOR

omo atividade a distância dessa oficina sugerir a aplicação de uma atividade contendo um caça palavras e uma frase referente ao tema para que o aluno escreva, desenhe ou represente através de figuras sua

opinião.

ESCREVA GALERA! Sugestão de frase: Nem menos nem mais, DIREITOS iguais.

C

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Leitura do texto:

Educação Inclusiva: será que sou a favor ou contra uma escola de qualidade

para todos?

Maria Tereza Eglér Mantoan

Revista da Educação Especial-Out/2005

Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao1.pdf

(acesso em 18/10/2016).

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FEEDBACK - ELENCAR ASPECTOS FAVORÁVEIS E TAMBÉM

DIFICULDADES INERENTES AO PROCESSO DE INCLUSÃO

ESCOLAR

1. Propiciar espaços para estudo, análise e debate sobre o Processo de

Inclusão.

2. Analisar os estudos de caso apresentados, buscando subsídios para

aprimorar sua prática pedagógica frente ao processo de inclusão

educacional.

3. Promover a articulação entre a teoria e a prática de cada educador

frente ao trabalho, respeitando a diversidade presente na escola.

Carga Horária: 04 horas presenciais

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1º Momento: REFLEXÃO COLETIVA

ara dar abertura aos trabalhos de hoje, será apresentado o vídeo

“ atletas paraolímpicos verdadeiros heróis”, que apresenta imagens da

Paraolimpíadas ocorrida aqui no Brasil em 2016.

Vídeo motivacional atletas paraolímpicos verdadeiros heróis

Duração: 3’21”

Publicado em 09 de abril de 2016

Licença: Licença padrão do YouTub

Música: "Hall of Fame (feat. will.i.am)" by The Script (Google Play • iTune

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5TPRSUB0IRQ

(Acesso em 15/11/2016)

P

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2º Momento: FEEDBACK – ESTUDOS DE CASOS E ÁNALISE DE

ASPECTOS FAVORÁVEIS E DIFICULDADES INERENTES AO

PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR

ar início a exposição dos estudos de caso feitos pelas cursistas,

respeitando uma sequência já pré-estabelecida pelo grupo e

obedecendo a alguns critérios já organizados nas instruções para

elaboração da atividade. Após as apresentações, no intuito de valorizar o

momento de interação e enriquecer o estudo, possibilitar a abertura para

debates ou perguntas do grupo e ainda contribuições para o aprimoramento do

trabalho.

D

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REFERÊNCIAS ALVES, Rubem. Cada Um corre do Jeito que Pode. Disponível em: http://portal.aprendiz.uol.com.br/2011/09/06/cada-um-corre-do-jeito-que-pode/. Acesso em: 20/09/2016.

BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988. BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96. Brasília: 1996. BRASIL. Lei n.o 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Ministério da Educação – Imprensa Oficial, 1996. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações Curriculares: estratégias para educação de alunos com necessidades especiais. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto; Secretaria de Educação Fundamental, 1998. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, 2001. BRUNO, Marilda M. Garcia. Saberes e Práticas da Inclusão. Brasília: MEC/S EESP. 4ª ed. 2006. BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Versão preliminar, 2007. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Inclusão: revista da educação especial, v. 4, n 1, janeiro/junho 2008. Brasília: MEC/SEESP, 2008. BRASIL. Resolução nº 4 de 2 de outubro de 2009, que Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial, Brasília: MEC, 2009. BRASIL. Decreto Federal nº 7611/11, Casa Civil, 2011. BRASIL. Plano Nacional da Educação. Brasília, 2014.

BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão, nº 13.146/2015, Capítulo IV, Do Direito à Educação. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em 02/10/2016. BRIZOLLA, F. Para além da formação inicial ou continuada, a form(a)ção permanente: o trabalho docente cooperativo como oportunidade para a formação docente dos professores que atuam com alunos com necessidades educacionais especiais. Universidade Federal do Paraná, setor litoral, 2009, V

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Seminário Nacional de Pesquisa em Educação Especial: formação de Professores em foco, São Paulo, SP, 2009. BUENO, J.G.S. Educação especial brasileira: integração/segregação do aluno diferente. 2. ed. São Paulo: EDUC, 1993. CARNEIRO, Relma U. C. Formação em serviço sobre gestão de escolas inclusivas para diretores de escolas de educação infantil. Tese – Universidade Federal de São Carlos, São Paulo, 2006. FERNANDES, E. M. “Educação para todos - Saúde para todos”: a urgência da adoção de um paradigma multidisciplinar nas políticas públicas de atenção à pessoas portadoras de deficiências. Revista do Benjamim Constant, 5 (14), pg. 3-19, 1999. GLAT, R. Um enfoque educacional para educação especial. Fórum Educacional, 9 (1), pp.88-100, 1985. GLAT, R. Somos iguais a vocês: depoimentos de mulheres com deficiência mental. Rio de Janeiro: Agir Editora, 1989. GLAT, R. A integração social do portador de deficiência: uma reflexão. Rio de Janeiro: Editora Sette Letras, 1995. GUGEL, Maria Aparecida. A pessoa com deficiência e sua relação com a história da humanidade. Disponível em: http://www.ampid.org.br/ampid/Artigos/PD_Historia.php Acesso em: 09/11/2016 JANNUZZI, Gilberta S. de M. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas: Autores Associados, 2004. KADLEC, V. P. S. e GLAT, R. A criança e suas deficiências: métodos e técnicas de atuação psicopedagógico. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1984. LIMA, Terezinha de Fatima Aguiar de. Procedimentos didático-metodológicos utilizados pelos professores da APAE no processo de alfabetização dos alunos portadores de deficiência mental moderada. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia. Uberlância, 2002. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar – o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. O direito de ser, sendo diferente, na escola: por uma escola das diferenças. Disponível em: https://nucleodireitoshumanoseinclusao.files.wordpress.com/2011/08/aee_o_direito_de_ser-sendo-diferente.pdf. Acesso em 03/09/2016.

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