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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

ANGELA MARIA MARIGLIANI CAMARGO

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E PROCESSUAL EM ARTE: realidade e desafio

GUARAPUAVA - PR

2011

2

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

ANGELA MARIA MARIGLIANI CAMARGO

A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E PROCESSUAL EM ARTE: realidade e desafio

Plano de trabalho apresentado ao PDE – 2010 para Proposta de Intervenção Didática- Educação Básica, Ensino Médio, a ser aplicado nos colégios estaduais Antonio Tupy Pinheiro e Professor Amarílio, município de Guarapuava-PR, na disciplina de Arte, sob a orientação da professora Daiane Solange S. Cunha.

UNICENTRO GUARAPUAVA-PR

GUARAPUAVA - PR 2011

3

1. IDENTIFICAÇÃO

1.1 PROFESSOR PDE: Angela Maria Marigliani Camargo

1.2 ÁREA: Arte

1.3 NRE: Guarapuava

1.4 PROFESSOR ORIENTADOR: Daiane Solange Stoeberl da Cunha

1.5 IES VINCULADA: UNICENTRO

1.6 ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Antonio Tupy Pinheiro e C.E. Prof.

Amarílio

1.7 PÚBLICOS OBJETO DA INTERVENÇÃO: professores de Arte

2. TEMA DE ESTUDO

Avaliação

3. TÍTULO

A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E PROCESSUAL EM ARTE: realidade e desafio

4

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 5

1 A ARTE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE -------------------------------------------- 7

2 O ATO AVALIATIVO E SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA DESDE... ---------------- 12

3 AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E ARTE ------------------------------------------- 16

4 AS DIFERENTES CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO --------------------------------- 19

5 A CONCEPÇÃO DA AVALIAÇÃO EM ARTE DE ACORDO COM AS

DIRETRIZES CURRICULARES DO PARANÁ -------------------------------------------

23

6 PARA AVALIAR EM ARTE: INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS ------------------- 28

7 ABORDAGENS AVALIATIVAS EM ARTE E AS ALTERNATIVAS --------------- 31

8 A PROVA ESCRITA-------------------------------------------------------------------------------- 33

8.1 A EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS EM ARTE-------------------------------------------- 33

8.2 A PESQUISA EM ARTE------------------------------------------------------------------------- 34

8.3 TRABALHOS DE ARTE EM GRUPOS------------------------------------------------------ 34

8.4 O RELATÓRIO EM ARTE----------------------------------------------------------------------- 35

8.5 O PAINEL EM ARTE----------------------------------------------------------------------------- 35

9 A ARTE SUAS LINGUAGENS E A AVALIAÇÃO ------------------------------------- 37

9.1 MÚSICA ----------------------------------------------------------------------------------------- 37

9.2 DANÇA ------------------------------------------------------------------------------------------ 38

9.3 TEATRO ----------------------------------------------------------------------------------------- 39

9.4 ARTES VISUAIS ------------------------------------------------------------------------------ 40

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ---------------------------------------------------------------- 41

11 REFERÊNCIAS -------------------------------------------------------------------------------- 43

ANEXOS .............................................................................................................. 46

5

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

APRESENTAÇÃO Prezado (a) Professor (a):

A produção didático-pedagógica a seguir faz parte do projeto de intervenção

nos Colégios Antonio Tupy Pinheiro e Professor Amarílio – NRE Guarapuava.

O material pedagógico proposto será utilizado para embasamento teórico das

atividades de pesquisa e para utilização dos professores, sendo uma produção

pedagógica denominada Unidade Temática.

Com atividades orientadas para reflexão sobre a ação da prática avaliativa de

sala de aula e com fundamentação teórica, os professores de Arte poderão interagir

com seus pares, questionar, pesquisar e complementar sobre a avaliação

diagnóstica e processual e sua aplicação. O material apresenta embasamento

teórico, metodológico e atividades voltadas ao que julgamos necessárias e de

interesse dos professores de Arte de todas as séries, níveis e modalidades de

ensino fundamental e médio, pedagogos (as) e gestores escolares.

O projeto sugere alguns encaminhamentos pedagógicos direcionados aos

objetivos que elegemos aplicar nos referidos colégios sobre: “Avaliação

Diagnóstica e Processual em Arte: realidade e desafio”. Sua efetivação indicará

a concepção da escola e do sujeito que queremos formar pelo acesso ao

conhecimento e participação na sua aprendizagem.

Os objetivos propostos são: identificar as concepções e encaminhamentos na

avaliação em Arte, analisar a compreensão dos docentes sobre avaliação em arte,

analisar as concepções apresentadas na DCE-PR, investigar bibliograficamente

quais as concepções de avaliação em Arte; compreender os aspectos pedagógicos

e avaliativos da disciplina, analisar a avaliação como sistema organizado do

currículo e sua função escolar.

Durante o desenvolvimento do projeto, os professores devem refletir sobre

avaliação escolar, considerando a realidade em que atuam, para que, frente às

6

orientações, propor novos desafios e transformação da realidade educacional.

Nesta UNIDADE, apresentaremos somente algumas orientações sobre

avaliação diagnóstica e processual, sugerimos que o (a) professor (a) amplie seus

conhecimentos teóricos e didáticos pedagógicos que apontam caminhos numa

dimensão formadora e um modelo dialético com ações educacionais que

possibilitem debates adequados por educadores e educandos sobre a avaliação e o

processo de ensino e aprendizagem.

Os estudos, as atividades e a compreensão sobre a avaliação constituirão a

importância, o desenvolvimento e a funcionalidade da avaliação da aprendizagem

contínua, que necessita ser intencional e planejada.

Angela Maria Marigliani Camargo

Guarapuava, 10 de Agosto de 2011

7

1 A ARTE NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

A humanidade se constrói culturalmente e desenvolve-se em períodos, o

passado interage com o presente pelas ações críticas e criativas dos sujeitos.

A arte em sua trajetória histórica se apresenta com uma importante função no

desenvolvimento e na formação do ser humano e da sociedade através de ações e

atos que estimulam a cultura artística e social.

Nas várias maneiras de arte como: expressão corporal com rituais próprios

em festas, guerra etc., encenações, louvores, gestos, atos, representações,

produção e imitação dos sons, uso de cores, traços, desenhos, criação de adornos,

enfeites, construção de objeto, utensílio e ferramentas, a edificação de templos e

das moradias, a arte, se mostra como uma prática necessária integrando o homem e

a humanidade por elementos artísticos, culturais, científicos. Mediadora e utilitária

nas relações humanas é um meio de sobrevivência e comunicação, propõe formas

diferentes de ver o mundo possibilitando transformações para a emancipação do

sujeito compondo uma sociedade mais crítica, ativa, sensível, atuante social e

culturalmente.

No período do descobrimento do Brasil pelos portugueses, conforme DIAZ e

LIBLIK (2006), a arte se apresentava como uma imensa riqueza cultural e

diversidade, porém, não foi valorizada pelos colonizadores que a percebia somente

como adornos. Os colonizadores deram prioridade e preferiram a exploração do

meio rural como, por exemplo, os engenhos e as fazendas de gados.

Muito importante para o ser humano e sua sobrevivência era o trabalho

manual e as atividades de auto-sustentação, realizados em casa. Homens e

mulheres executavam tarefas e produziam objetos utilitários que representavam a

cultura da época. O tecer, tingir, bordar, fazer cerâmicas, abrolho e rendas eram

funções das mulheres, os homens faziam ferraduras, armas e facas entre outros

objetos.

Durante a colonização, o Ensino permaneceu por 150 anos sob a

responsabilidade dos jesuítas, que utilizavam o Método Escolástico para ensinar,

valorizando a formação do indivíduo, estabelecendo normas e princípios próprios

sobre os estudos. Nesta época, as mulheres eram educadas com aulas de boas

maneiras e prendas domésticas, o canto orfeônico e a música instrumental eram

atividades apenas para os sujeitos doutrinados e que descendiam dos

colonizadores. O teatro foi utilizado para catequizar os índios e também como

8

argumento para influenciar os senhores de engenho.

O estilo Barroco, conhecido também por jesuítico ou joanino, alterou a forma

de execução de objetos, adornos, obras, arquiteturas e na prática da cantaria (arte

de esculpir a pedra esteticamente).

Marques de Pombal, nomeado como administrador da Colônia, no período

entre 1750 a 1777, expulsou em 1759, os jesuítas do território brasileiro e realizou

uma reforma na educação. A Reforma Pedagógica, chamada Reforma Pombalina,

criou as escolas de música e os estudos literários que eram baseados no Iluminismo

e nas idéias de Verney, Locke e Bacon.

Em 1808, com a chegada da família real ao Brasil, muitas obras e ações com

modelos europeus vieram influenciar no desenvolvimento para atender as

necessidades culturais e materiais da corte portuguesa, onde muitos benefícios

surgiram, como: a criação da Imprensa Régia, o 1º jornal - A Gazeta do Rio - 1808, a

criação da Biblioteca Pública - 1810, a 1ª Revista - 1812, a criação do Museu

Nacional - 1818. Neste período, houve a iniciativa do ensino de desenho e Manoel

Dias utilizou o modelo vivo em suas aulas de arte.

A DCE- Arte do Paraná (2008) relata sobre os colégios- seminários de Olinda

e o Franciscano do Rio de Janeiro, introduziram em seus currículos pedagógicos o

desenho associado à matemática e da harmonia na música, sendo uma maneira de

priorizar a razão na educação e na arte conforme os princípios do Iluminismo.

No ano de 1816, chegou ao Brasil a Missão Francesa. DIAZ e LIBLIK (2006)

descrevem que se constituía por pintor de história, pintor de gênero e de batalha,

escultor, gravador, compositor, mecânico, serralheiro, ferreiro, curtidores,

carpinteiros e secretário os quais criaram Academia de Belas Artes, onde se

ensinava artes e ofícios artísticos.

Neste período, inicia o Ensino da Arte Erudita no Brasil, fundamentada no

culto à beleza clássica com cópia e reprodução de obras consagradas, a criação da

Escola de Ciências, Artes e Ofícios, em 1820, que depois se tornou Academia Real

de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura, em 1826, transformou-se na Escola

Imperial das Belas Artes. O artista Lebreton, chefe da Missão Francesa, objetivava

unir as Belas Artes à indústria, aproximando a burguesia e a elite. Com as

acentuadas diferenças entre as classes sociais, à educação de ambas

apresentavam modelos distintos entre o trabalho manual e trabalho intelectual. A

dicotomia (duas faces de uma situação e opostas entre si), fez no passado e faz

9

atualmente parte da história da educação brasileira.

O estilo barroco brasileiro, edificado pelos artistas locais, foi substituído pelo

estilo Neoclássico trazido pelos franceses e a arte no Brasil Império passou a ser

percebida como Belo Ideal, com cópias e desenhos figurados de estampas que

foram padrões de ensino determinantes até o ano de 1855.

O ensino de desenho, da dança e da música nas escolas tornou-se facultativo

pelo Decreto nº 2883, de 01 de fevereiro de 1862.

No ano de 1881, com o objetivo de tornar as mulheres úteis para a sociedade,

cria-se a classe de desenho para mulheres.

Na Escola de Belas Artes, George Grimm, no ano de 1882, desenvolve a

prática do desenho ao ar livre. Nos Estados Unidos, França, Alemanha e em outros

países, o ensino do desenho torna-se popularizado e adequado as necessidades

das indústrias e suas utilidades.

Entre o período de 1882 e 1883, novos modelos educacionais são

implantados na reforma do ensino, considerando que o ensino da arte era uma base

adequada para a educação popular, para o desenvolvimento industrial, educação

técnica e artesanal para o povo.

Conforme a DCE de Arte do Paraná (2008), Antonio Mariano de Lima, em

1886, expandiu o ensino artístico e profissional com a criação da Escola de Belas

Artes e Indústria e atuou no desenvolvimento das artes plásticas e da música, o

trabalho artesanal era substituído pelo industrial. A partir desta escola, surgiu a

Escola Profissional Feminina, em 1917, com formação exclusiva para as mulheres

com os cursos de corte e costura, bordados, arranjo de flores, pintura, desenho,

entre outros.

DIAZ e LIBLIK (2006) descrevem que, com a Proclamação da República, em

1889, o Brasil busca sua identidade nacional. Neste contexto, a arte é proposta

como acessório e o desenho era considerado como um instrumento para aprender a

ver, descobrir, criar e instruir o povo. Aplicadas como ofício, o desenho e a arte

passam a ter funcionalidade e utilizadas nas mais diversas profissões. O desenho

não era para produzir beleza, mas para enriquecer o país. A industrialização e o

tecnicismo reduzem tudo à técnica.

A Semana da Arte Moderna, em 1922, foi um importante período para a arte

com os movimentos sociais nacionalistas que objetivavam a valorização da arte

brasileira, suas raízes e a cultura popular, relata a DCE de Arte do Paraná (2008).

10

No ano de 1935, Mário de Andrade criou os Parques Infantis para os filhos

dos operários, onde a arte se propagou nas artes plásticas e teatro.

Em 1948, foi criada, por Augusto Rodrigues, a Escolinha de Arte no Rio de

Janeiro, que era organizada em ateliês livres de artes plásticas, com referência na

pedagogia da Escola Nova da livre expressão de formas, na individualidade,

inspiração e sensibilidade.

Durante a década de 1950, a arte foi chamada para contribuir com o

Programa Sputnik do governo soviético. Conforme DIAZ e LIBLIK (2006), neste

período, realizaram-se pesquisas espaciais e muito se investiu na formação de

cientistas originais e criativos.

Entre 1882 e 1959, a arte passou a ser aplicada nas escolas primárias do

país, utilizando a Manual Geometria Popular de autoria de Abílio Cesar, cópia do

método de Walter Smith, onde o mestre mostra como se desenha no quadro e só

depois o aluno reproduz no caderno.

As produções e movimentos artísticos nas artes plásticas, na música, no

teatro e no cinema, a partir da década de 1960, apresentaram um caráter ideológico

e buscavam uma nova realidade social. Com o Ato Institucional nº5 (AI-5), vários

artistas e movimentos artísticos foram reprimidos pelo regime militar.

Em 1971, a Lei Federal nº 5692/71 institui a obrigatoriedade do Ensino de Arte

(disciplina de Educação Artística) no Ensino Fundamental a partir da 5ª série e no

Ensino Médio, na época chamado de 1º e 2º Graus. Neste período, o ensino da arte

esteve sujeito a censura militar. Nas artes plásticas eram ensinadas artes manuais e

técnicas, na música os hinos de festas cívicas e pátrios.

Com a nova Constituição, em 1988, a pedagogia histórico - crítica de Saviani

da PUC São Paulo e a Teoria da Libertação fundamentada em Paulo Freire com

vistas à educação popular, propunham ao educando acesso ao conhecimento da

cultura para a transformação social.

O Currículo Básico para o Ensino de 1º Grau e o Documento de

Reestruturação do Ensino de 2º Grau da Escola Pública do Paraná, em 1990,

baseado na teoria histórico-crítica trouxe propostas para o ensino da Arte e a

formação do aluno pelo saber estético, trabalho artístico e de humanização dos

sentidos.

Entre os anos de 1997 a 1999, os PCN- Parâmetros Curriculares Nacionais

formulados pelo MEC direcionou o ensino nas escolas do país. Os PCNs - de Arte

11

orientava o trabalho com projetos e temas. No Ensino Médio, a Arte passou a

compor a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, juntamente com as

disciplinas de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna e Educação Física.

As Diretrizes Curriculares Nacionais - DCNs e os Parâmetros Curriculares

Nacionais do Ensino Fundamental e Médio - PCNs do MEC, indicavam a Arte como

estética para analisar as relações de trabalho e de mercadoria, com estilo

motivacional e de sensibilização, conforme cita a DCE - Paraná (2008).

Entre os anos de 2003 a 2008, ocorreu à elaboração das DCEs do Paraná,

um trabalho coletivo da SEED - Secretaria de Estado da Educação e professores da

rede. A metodologia na disciplina de Arte propõe a compreensão e o aprendizado de

situações educacionais que demandam de sensibilidade, criatividade, produção e

interação com as demais disciplinas do currículo o que oportuniza ao aluno acesso

ao conhecimento sistematizado em Arte. É organizada por séries, níveis de ensino e

em conteúdos desenvolvidos nas linguagens de artes visuais, teatro, música e

dança com articulação entre elas.

A Lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, estabeleceu a

obrigatoriedade do ensino de música na educação básica, o que veio fortalecer o

ensino desta área/ linguagem da disciplina Arte.

No Paraná, atualmente (em 2011), a rede estadual de ensino segue orientada

pelas DCEs – Diretrizes Curriculares da Educação Básica e sua proposta

pedagógica vêm sendo aplicada nas escolas e colégios.

As DCEs de Arte que vigoram, conduzem o conhecimento e as dimensões

artísticas, filosóficas e científicas que interagem com políticas, valorizando a

disciplina de Arte e seu ensino, oportunizando efetiva participação no

desenvolvimento e na transformação da sociedade e sua história.

Ainda há muito que se fazer pela disciplina de Arte e sua compreensão como

campo de conhecimento. São necessárias reflexões e ações neste sentido para que

a arte não fique reduzida apenas ao belo, a terapia, a comunicação ou

entretenimento.

12

2 O ATO AVALIATIVO E SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA DESDE...

De acordo com Luckesi (2010), as práticas avaliativas escolares

provas/exames, originaram-se sob a égide da modernidade e se sistematizou entre

o séc. XVI a XVII, período dominado pela sociedade burguesa alicerçados na

exploração do indivíduo e pela apropriação do trabalho alheio, sem dar o devido

valor ao homem que era explorado para garantir o capital e sustentar a base da

burguesia em sua sociedade seleta, utilizava-se de diferentes mecanismos, entre

eles, o meio escolar. Sem transpor a intenção do ato de avaliar que atendia o

modelo social da época, julgava-se somente os resultados obtidos nas

provas/exames e não considerava a necessidade de novos encaminhamentos

pedagógicos pós avaliação sobre a aprendizagem em processo. A avaliação era um

fim em si mesmo, sem o objetivo de encaminhar novas orientações para o

crescimento intelectual do educando. A avaliação seletiva impunha a condição do

aluno em ser excluído ou incluído, considerava apenas os conhecimentos

verificados nas provas/exames, que sustentavam as condições de uma sociedade

do sim e não, do aprovo e reprovo, do certo e errado, dos escolhidos e não

escolhidos.

A metodologia da proposta avaliativa provas/exames, era sistematizada

pelas pedagogias jesuíticas do séc.XVI, comênica do séc. XVII e lassalista do início

séc. XVII e final do séc. XVIII.

A prática que conhecemos é herdeira dessa época, do momento histórico da cristalização da sociedade burguesa, que se constitui pela exclusão e marginalização de grande parte dos elementos da sociedade. (LUCKESI, 2010, p.169).

Segundo análise, DIAZ e LIBLIK (2010), nas décadas de 20 a 30, no Brasil,

predominou como tendência pedagógica a Escola Tradicional que adotara parte do

método jesuítica. O ensino era pela transmissão do conhecimento, centrado na

figura do professor na memorização e na repetição. A avaliação era através de

provas escritas e orais, os resultados valorizados por notas, boletins, quadro de

honra e prêmios. O professor era centralizador, autoritário e temido, por vezes,

impunha castigos corporais articulados aos resultados da avaliação e o desempenho

intelectual dos alunos. As aulas de Arte eram entendidas como lazer e o aluno ao ser

punido não podia participar.

No ano de 1930, a avaliação teve a denominação de avaliação da

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aprendizagem, atribuída por Ralph Tyler, educador norte americano, que se dedicou

ao ensino e sua eficiência, segundo Luckesi (2010).

O período de 1930 a 1945 foi o chamado de tyleriano da avaliação da

aprendizagem, ideia que foi sendo divulgada por pesquisadores e aceita no mundo

todo. Tyler, repensando a prática avaliativa, propôs ideias de que o ensino deveria

ser norteado pela avaliação, oportunizando ao aluno uma maneira eficiente de

aprender e ao professor uma prática funcional de ensinar.

A avaliação da aprendizagem ocorre durante o processo, diagnosticando as

condições reais de aprendizagem do educando, decidindo educador e educando

coletivamente sobre um novo encaminhamento pedagógico para ensinar mais e

aprender melhor.

Reconhecida desde 1930, a avaliação da aprendizagem, verificada pelas

mudanças comportamentais do educando, oportuniza ao aluno o direito de

acompanhar sua aprendizagem e ao professor de ensinar, propondo diferentes

práticas educativas individuais e coletivas para o auto-desenvolvimento do

educando. A avaliação deve ter o objetivo de mostrar ao educador definições claras

sobre um ensino significativo e que constantemente acolhe situações didáticas e

busquem condições de sustentação pedagógica e mudanças em sua prática para

melhor compreensão dos conteúdos pelo educando. “Defino a avaliação da

aprendizagem como um ato amoroso, no sentido de que a avaliação, por si, é um

ato acolhedor, interativo, inclusivo” (LUCKESI, 2010, p.172).

No período entre 1940 e 1970, surgiram no Brasil diferentes instrumentos,

recursos, propostas e métodos educativos com objetivo de obter informações sobre

o aprendizado e avaliar os resultados na tentativa de medir os diversos aspectos da

aprendizagem em arte. Neste período, tentava evitar-se que os critérios do professor

fossem impostos aos alunos, a concepção de avaliação focava na medida de

resultados, considerando as condutas artísticas relacionadas com os modelos de

ensino da época. A arte na escola muda sua importância no processo de

aprendizagem, visando à distinção entre arte e criatividade.

(...) os conhecimentos e habilidades não amadurecem por si mesmas, de maneira natural, mas sim que se requer uma aprendizagem vinculada a um processo de ensino (HERNÁNDEZ, 2000. p.155).

No ano de 1970, no Brasil, os estudos sobre avaliação de Ralph, Tyler e

Benjamin Bloom são considerados benfeitores na avaliação educacional. A avaliação

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utilizava-se de instrumentos específicos direcionados para as Empresas Indústrias e

Comércio, fortalecendo o modelo empresarial. Neste momento, na educação,

objetivava-se a organização, neutralidade e a obediência.

A pedagogia tecnicista propunha a avaliação com objetivos instrucionais e

visava à produtividade do aluno. A partir das fichas de registros e dos conselhos de

classe, os professores decidiam através de notas, conceitos ou a combinação de

ambos o avanço dos alunos.

Segundo análise de Hernández (2000), a partir dos anos 70, há uma

resignificação do ensino em arte que reencaminha seus conteúdos com vistas aos

aspectos culturais e conceituais de relação entre as disciplinas afins.

De 1980 a 1990, a avaliação se apresenta como uma prática incorporada

para melhorar aprendizagem, apontando avanços e fragilidades. O professor se

utiliza da avaliação e seus resultados para reorganizar novos encaminhamentos

pedagógicos, visando um ensino competente e crítico para uma prática escolar

transformadora, definido pela Pedagogia Progressista que se compõe de momentos

distintos como: a Escola Libertadora, com práticas avaliativas em grupo, e a auto-

avaliação eram consideradas importantes, bem como os conteúdos culturais

universais aliados as experiências dos alunos; a Escola Libertaria, com a avaliação

informal, considerando a autogestão, a pedagogia do trabalho e a valorização do

coletivo na transformação do social; a Escola Crítico Social dos Conteúdos com o

ensino da arte democratizado e a avaliação objetiva a formação do sujeito crítico e

competente e compromissado com as mudanças sociais. O processo avaliativo com

a participação do aluno e do professor pelo diálogo, interagindo a favor da

aprendizagem. Os instrumentos avaliativos são diversos, com provas, pesquisa,

trabalhos, apresentações etc. sempre articulados com os conteúdos, objetivos,

métodos e estratégias.

Sob os desígnios das Tendências Pedagógicas explicamos atualmente o

ensino da Arte e a avaliação da aprendizagem, com procedimentos renovados pelos

contextos históricos presente e suas exigências culturais, seus propósitos políticos e

sociais com métodos e abordagens que atendem a contemporaneidade.

Além de teóricos, há documentos oficiais como Leis, Deliberações e Diretrizes

(Nacional e Estadual) que orientam a avaliação escolar.

A LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394/96, orienta a avaliação e o ensino da arte conforme segue:

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Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: § V- a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. (BRASIL, 2011) Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. § 2

o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,

constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (Redação dada pela Lei nº 12.287, de 2010) (Brasil, 2011). A Deliberação de 007/99 do Conselho Estadual de Educação do Paraná no Capítulo I Da Avaliação do Aproveitamento delibera: Art. 8. ° - A avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, deverá adotar procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno. Parágrafo único. A aprendizagem de que trata este artigo deverá levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas (PARANÁ, 2011).

A Secretaria da Educação do Estado do Paraná apresenta a avaliação da

aprendizagem com a concepção diagnóstica e processual.

É diagnóstica por ser referência do professor ao planejar as aulas e avaliar os alunos; e processual por fazer parte de todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento) das aulas bem como a auto-avaliação dos alunos DCE de Arte (2008).

O professor Fernando Hernández (2000), relata que, nas últimas décadas,

são significativas as mudanças no ensino de arte, sua aprendizagem e avaliação; o

saber está em constante movimento, às informações estão sendo produzidas a cada

instante e o aluno é atualizado em saberes por diversas maneiras como: internet,

televisão, rádio e outros meios que o torna um indivíduo globalizado capaz de

buscar as informações e conhecimentos necessários sem a intervenção da escola.

No processo avaliativo em arte, são necessários critérios para conduzir uma

avaliação que gere pesquisa sobre o ensino pelo professor e a aprendizagem do

aluno. Os objetivos da avaliação em arte são para obter informações do processo

educacional vivenciado pelo aluno, estabelecer valores através dos resultados e tê-

los como norteadores do replanejamento, dar como concluída uma aprendizagem e

determinar sua sequência na formação escolar. A disciplina de arte exige pesquisa

vinculada a avaliação, portanto, não há uma única forma de expressar

aprendizagem nas linguagens e áreas que abrangem a matéria.

16

3 AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E A ARTE

LIBLIK e DIAZ (2006) e LUCKESI (2010) apresentam:

Escola Tradicional como uma pedagogia norteada pela transmissão de

conteúdos, centrada no intelecto e na figura do professor. A arte compreendida como

ideal, a serviço do belo, para adorno e enfeite. A avaliação a partir de cópias de

modelos que se assemelham fielmente, período entre as décadas de 20 a 30, que

usavam como instrumentos avaliativos provas orais e escritas e prevalecia o

julgamento dos resultados. Como método utilizava-se a reprodução, modelos

prontos, cópia fiel, visão real, regras impostas e repetição. Os conteúdos

desenvolvidos com informações agrupadas, padrões técnicos e acervo da cultura e

memória, desenho geométrico e perspectiva, a prática com a repetição de exercícios

até a perfeição.

Escola Nova ou Escolanovista

A pedagogia renovada ou escolanovista, encaminha a produção do

conhecimento, as diferenças individuais dos educandos, a espontaneidade e

sentimentos. A arte de livre expressão se preocupa com o processo. A avaliação

durante as décadas de 30 a 50 valoriza os aspectos psicomotores e afetivos, auto

avaliação e originalidade, utiliza-se do método de manifestação centrada nos

interesses e necessidade individuais e livre expressão, valorizando o processo em

detrimento do resultado. Os conteúdos são desenvolvidos pela livre expressão,

criatividade e a partir dos interesses dos alunos. A prática era através do uso de

sucatas em trabalhos artísticos e instrumentos musicais, utilização de técnicas para

recorte e colagem, o uso das cores valorizadas no trabalho artístico, os desenhos a

mão livre e a utilização de diferentes materiais na elaboração dos trabalhos de arte

como semente, tecidos, linhas, entre outros.

Escola Tecnicista

A pedagogia tecnicista utiliza-se de meios técnicos, simulação de práticas

empresariais, apreensão dos conteúdos para o mercado de trabalho e a arte como

acessório. A avaliação entre as décadas de 50 a 70 propunha: testes, cópias de

trabalhos de objetos mensuráveis e observáveis, o desempenho do aluno valorizado

17

pela avaliação. O método era focado no ensino por etapas e passos pré

determinados a partir de técnicas, os conteúdos desenvolviam o domínio de

materiais e habilidades técnicas e comportamentais. A arte era para formar o aluno,

buscando atender o mercado de trabalho. A prática de sala de aula desenvolvia-se

com ampliação e redução de desenhos, desenhos inacabados para completar, na

música a valorização de hinos pátrios. Os valores sociais e as necessidades

empresariais eram claramente refletidos no âmbito escolar.

Escola Construtivista

A arte era apresentada como expressão e produto.

A avaliação, nas décadas de 80 a 90, desenvolvia- se durante o processo de

aprendizagem do aluno e seu produto final (individual e coletivo) utilizava

instrumentos variados. O método era pela valorização nos processos ligados aos

resultados, os conteúdos eram desenvolvidos conforme o processo de produção,

criação e acervo cultural.

O ensino da arte era efetuado por diferentes metodologias de pesquisas de

técnicas e materiais. O estudo da História da Arte acontecia através de leitura e

releitura de obras de arte e a função estética da Arte ocorria por estudos de

documentos históricos.

Escola Progressista

A arte era proporcionada como conhecimento, expressão e cultura.

A avaliação nos anos 90 e até hoje, almeja a formação do educando em

processo pelos conhecimentos curriculares e extracurriculares, os conteúdos são

voltados aos acervos culturais locais articulados as práticas sociais, o método é de

valorização de modelos de grupos sociais e seu processo de formação. A arte na

escola deve ser democratizada, respeitando as diferentes abordagens pedagógicas

e seu sentido.

Em Luckesi (2010), a Pedagogia Progressista subdivide em: pedagogia

libertadora, libertária e crítico social dos conteúdos, as quais se apresentam com

práticas educacionais distintas e formuladas para atender o modelo social.

As tendências pedagógicas seguintes se apresentam para traduzir o atual

projeto histórico da sociedade:

A pedagogia libertadora, inspirada nas práticas pedagógicas de Paulo

18

Freire, tem como princípios o conceito da transformação, pela

emancipação das camadas populares voltadas a educação de jovens e

adultos;

A pedagogia libertária encaminha que a escola deve ser um instrumento

de conscientização e organização política dos educandos;

A pedagogia dos conteúdos sócios culturais direciona a prática

educacional pela transmissão e assimilação dos conteúdos de

conhecimentos sistematizados, na transformação destes conteúdos em

prática social e nas ideias do professor Demerval Saviani de igualdade e

oportunidades para todos na educação.

Com o dinamismo das Tendências Pedagógicas concluímos que a avaliação

em arte na sua trajetória histórica construiu e reconstruiu práticas de sucesso,

algumas presentes em nosso meio escolar até hoje. Algumas destas práticas já

foram superadas ou transformadas pelo tempo e pela necessidade de atender a

outros momentos e valores culturais, políticos econômicos da sociedade.

19

4 - AS DIFERENTES CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO

No texto a seguir, LUCKESI aponta que as variáveis determinam os

parâmetros da avaliação. O referido autor foi consultado sobre avaliação em Arte e

me respondeu por e- mail, em 29/10/2010.

Segue na íntegra:

“A avaliação segue o planejamento e a execução do ensino”. As variáveis que

você define como objeto de sua ação na prática de ensino serão os parâmetros para

a avaliação. Caso, você adote informação; essa deve ser a variável na avaliação.

Caso você adote informação e habilidades, esses serão os parâmetros da

avaliação. O mesmo ocorrerá, se você decidir por valores e atitudes. A avaliação

está a serviço do planejado e do executado. Ela não existe por si; está sempre a

serviço de. Desse modo, há uma articulação constitutiva entre avaliação e

planejamento da ação. Agora, o que você vai definir como condutas a serem

aprendidas em sua prática de ensino (planejar e executar) dependerá da teoria

pedagógica que estiver utilizando sobre educação artística. Ela lhe dará a dimensão

do que ensinar e aprender nessa área de ensino. A avaliação se definirá a partir daí.

Atenciosamente

Cipriano Luckesi.

Após estudos/leituras e análises concluímos que, sejam por diferentes

métodos ou instrumentos avaliativos, cabe ao professor a tarefa de garantir a

aprendizagem do aluno e, para tal, necessita articular sua prática pedagógica ao

compromisso de ensinar novamente o que aluno ainda não aprendeu.

Dessa forma, o professor necessita ter uma ampla visão sobre avaliação e

sua influência no processo da aprendizagem artística para que ao avaliar considere

todos os aspectos do conhecimento do aluno, procedimentos, elaboração das

tarefas, utilização do material, produção, criação entre outras atividades que possam

ser levadas em conta numa avaliação em Arte.

A seguir, os autores em suas definições sobre avaliação levam–nos a pensar

sobre a mesma, não como mero instrumento de medição, conforme está posta na

maioria das escolas atualmente, mas como um meio de propiciar a aprendizagem

socialmente significativa para o aluno.

Seguem alguns pontos de divergências significativas entre: funções,

20

definição, instrumentos e critérios, como se efetiva e observações sobre avaliação

escolar descrita por autores, que devem ser considerados para reflexão da prática

de sala de aula:

Autor- José Carlos Libâneo (1992).

Função da avaliação - Diagnóstica e de Controle

Definição - Tanto o professor como os alunos são analisados quanto o nível de qualidade do trabalho escolar através da avaliação, que é uma reflexão do aprendizado.

Como se efetiva - A avaliação deve seguir passo a passo o processo de ensino e aprendizagem.

Instrumentos – Os testes rápidos, a revisão da matéria, a correção das tarefas de casa e breves dissertações devem ser no começo da atividade/aula. Os exercícios, estudo dirigido, trabalhos em grupo observação deve-se praticar durante a atividade/aula. A verificação formal por meio de provas dissertativas, provas de questões objetivas, argüição oral como prova de aproveitamento devem ser aplicadas ao final da atividade/aula.

Critérios – Os critérios são de caráter formal quando verificamos o rendimento escolar através de provas escritas, dissertações, questões objetivas, e de caráter informal quando o acompanhamento é realizado através de situações cotidianas como observação e conversas sobre a aprendizagem.

Observação - Nos diversos momentos em que o aluno deve ser avaliado, há circunstâncias que não precisam avaliar através de provas e dar notas. O processo de avaliação em suas várias formas pode ser mais formal e mais sistemático e outro com menos formalidade e menos sistemático.

Autor - Pedro Demo (2006)

Função da avaliação - Como classificatória

Definição: Quando a avaliação não classifica, não avalia.

Como se efetiva? Considerando a nota é preciso avaliar duas capacidades, uma diagnóstica que é refletir sobre a atual condição do aluno e seu aprendizado e a outra o professor com o dever de interferir com novas práticas pedagógicas garantindo, portanto, o aprendizado ao aluno.

Instrumentos - Se o aluno pesquisar e desenvolver textos e registros diversos, semanalmente sobre o que aprendeu e o professor considerar como avaliações ao final do mês haverá um amplo acervo de documentos, relatos e textos de significativa importância que tornará a prova desnecessária e ociosa.

Critérios - A aula e a prova são recursos pedagógicos necessários e não o único meio da didática. A aprendizagem deve ser o maior objetivo da escola. Para se dar o aprendizado é preciso ter pesquisa e preparação voltada ao professor e aluno em suas necessidades didáticas, oferecer aula apenas não

21

justifica a aprendizagem dos alunos.

Observação - Para acompanharmos o desenvolvimento do aluno na sua aprendizagem, os motivos que o levaram a não aprender e como podemos recuperá-lo, é necessário classificar sua posição.

Autor - Carlos Cipriano Luckesi (2010)

Função da avaliação - O referido autor defende a função diagnóstica desde 1984.

Definição: “Com a função classificatória, a avaliação não auxilia em nada o avanço e o crescimento. Somente com uma função diagnóstica ela pode servir para essa finalidade" (2010, p.35).

Como se efetiva? "Como diagnóstica, ela será um momento dialético de "senso" do estágio em que se está e de sua distância em relação à perspectiva que está colocada como ponto a ser atingido á frente. (2010, p.35).

Instrumentos - "Provas e exames que classificam, implicam em julgamento, com conseqüente exclusão; avaliação diagnóstica pressupõe acolhimento, tendo em vista transformação” (2010, p.171). Os instrumentos de coleta de dados para a avaliação sejam eles quais forem devem auxiliar na aprendizagem do educando. (2010. p178).

Critérios - A avaliação como um ato amoroso, oferece condições para o aluno se encontrar no processo de ensino e para atingir melhores resultados na aprendizagem.

Observação - Todos os exercícios que são realizados na ação avaliativa podem e precisam ser considerados como exercícios de aprendizagem.

Autora - Jussara Hoffmann (2010)

Função da avaliação - A autora defende a avaliação formativa e mediadora desde 1991.

Definição: O aluno deve aprender mais e melhor, em todas as aulas, isto é, avaliar.

Como se efetiva - Cada aluno deve ter um tipo de provocação, diferente e ajustada ao seu desenvolvimento intelectual. O ambiente de aprendizagem deve ser rico em oportunidades de convivência, de diálogo aberto, de desafios constantes e com diversos recursos.

Instrumentos - Todos os trabalhos individuais produzidos pelo aluno como teste, textos, questionários, exercícios escritos, cadernos e muitos outros são considerados instrumentos de avaliação.

Critérios - As respostas dos alunos devem ser consideradas como ponto de partida para que o professor o provoque para um novo conhecimento, também é necessário desenvolver muitas tarefas sequenciais, gradativamente e

22

articuladas às anteriores, para acompanhamento da aprendizagem individual.

Observação - A avaliação não pode ser um momento terminal do processo educativo como é atualmente, deve ser uma busca constante na compreensão dos problemas do aluno e estimular outras oportunidades de conhecimento.

Autoras- Marília Diaz e Ana Maria Petraistis Liblik (2010)

Função da avaliação - É mediar o processo ensino e aprendizagem na sua execução.

Definição: Avaliar implica em particularidades, questões próprias ao contexto e necessariamente planejar, escolher métodos para ensinar e avaliar que são ações pedagógicas interligadas.

Como se efetiva - Necessitamos ter estratégias, ler e refletir sobre avaliação e suas questões prioritárias, com possibilidades de discutir em todos os ambientes e instâncias do espaço escolar.

Instrumentos- Refletir sobre a aprendizagem como um caminho percorrido, a partir de registros que vão além da memória e se tornam documentos avaliativos justos e coerentes.

Critérios - È necessário exercitar a tolerância visando à educação para a paz, para uma escola ligada ao seu tempo atual e rico de sentido e significado. A avaliação não pode ser um fim em si mesma.

Observação - O rumo para todas as ações em sala de aula deve ser o da alteridade (qualidade do que pertence ao outro, o que é ou está no outro), e a avaliação também segue este norte.

Autor- Celso Vasconcelos (2008)

Função da avaliação - Acompanhamento do processo educacional

Definição - É um processo contínuo que visa um diagnóstico.

Como se efetiva - A prática de sala de aula precisa mudar, com conteúdos mais significativos e uma metodologia muito mais participativa, com oportunidades e condições para o diálogo, apresentando novas ideias e alternativas e considerando a compreensão com o erro e pesquisa.

Instrumentos - Os elementos para avaliação devem ser tirados da aprendizagem em processo, do trabalho cotidiano, da construção e produção do conhecimento do aluno, e que não se tenha um momento determinado para fazer prova.

Critérios - Os critérios devem ser comuns entre todos os educadores da escola e sempre ficar claro para pais e alunos como são utilizados na avaliação.

Observação - Não se muda a avaliação apenas com a leitura de textos ou cursos. A modificação vem de uma metodologia de ação-reflexão-ação é necessário analisarmos todas as dificuldades para uma posterior transformação.

23

5 A CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO EM ARTE DE ACORDO COM AS

DIRETRIZES CURRICULARES DO PARANÁ.

Ao buscar caminhos para avaliação, o educador estará proporcionando

necessariamente caminhos para aprendizagem (grifo meu).

As DCEs de Arte – PR apresentam a prática avaliativa como diagnóstica e

processual, que redimensiona a prática avaliativa, superando o ato de avaliar para

apenas classificar o aluno através de notas, conceito e médias que estabelecem

uma simples medição do aprendizado, para uma avaliação com coletas de dados e

resultados para verificar o estágio de aprendizagem e a sequência de ensino

necessária na efetivação do não aprendido. A avaliação da aprendizagem como

diagnóstica analisa o que o aluno apreendeu e o que lhe falta como conhecimento

significativo, há uma interação aluno e professor na busca de um processo completo

de ensino e aprendizagem. Como processual, o professor ao observar sua prática

de sala de aula, deve constatar se está atingindo seu objetivo de ensino e

oportunizando o aprendizado a todos, percebendo os avanços e fragilidades.

Para que ocorra a avaliação diagnóstica e processual faz-se necessária

observação e registros (pelo professor e aluno) sistematicamente durante todo o

processo de aprendizagem, das dificuldades, dos progressos na apropriação da

aprendizagem e propor um diálogo professor e aluno socializando os problemas

encontrados, apresentá-los, refleti-los e discuti-los individual e coletivamente para a

solução dos problemas.

É necessário considerar o que os alunos apresentam, conhecimentos extra-

escolares, adquiridos em outros espaços como igreja, família, grupos, entre outros,

os quais articulados aos conhecimentos escolares definem habilidades diferentes no

percurso escolar. Na disciplina de arte, as facilidades ou dificuldades em aprender

as linguagens artísticas do teatro, da dança, das artes visuais e da música estão

relacionadas com as habilidades. As tendências e habilidades de cada indivíduo

devem ser diagnosticadas para o professor planejar e replanejar as aulas de acordo

com as necessidades, forma e profundidade de explicação do professor relativo ao

saberes que cada aluno já possui.

Para que uma avaliação se torne um meio de acompanhamento do processo

de ensino e aprendizagem, deve conter atividades teóricas, práticas e instrumentos

que objetivem resultados sobre o que foi ensinado.

24

Outra dimensão da avaliação definida por Lev Semenovich Vigotsky é a zona

de desenvolvimento proximal.

A distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou em colaboração com outro colega, é denominado de zona de desenvolvimento proximal (DCEs, 2008, p.82).

Todo conhecimento adquirido pelo indivíduo é importante como referência

para o professor em suas aulas e deve ser socializado entre os pares. Nas DCEs de

Arte do Paraná, a concepção diagnóstica e processual de avaliação considera que a

ação avaliativa pertence a todos os momentos da prática pedagógica.

Para Luckesi (2010), toda prática avaliativa serve a um modelo pedagógico e

atende a um padrão de sociedade. A avaliação escolar, ao atender um padrão de

sociedade conservadora, será autoritária e ao acolher uma sociedade democrática

será de transformação, oportunizando a participação dos sujeitos, visando os seus

interesses e o pleno desenvolvimento intelectual.

As ações avaliativas não são atividades neutras, estão sob a orientação de

uma concepção teórica da educação e são delimitadas pelo modelo de mundo e da

teoria pedagógica em prática. A avaliação educacional e a avaliação da

aprendizagem escolar devem ser um meio de transformação do sujeito e suas ações

e não um fim em si mesmas.

A qualidade e a ampliação dos conhecimentos do educando devem ser

consideradas não somente pelo que se ensina em sala de aula e na escola, mas

também pelos conhecimentos adquiridos além do âmbito escolar e devem ser

considerados como expressivos. A qualidade do processo de ensino e aprendizagem

está inteiramente atrelada à avaliação, bem como a reprovação ou aprovação, a

terminalidade dos estudos e a permanência ou não do aluno na escola pela evasão.

A democratização da avaliação só será efetiva se sua utilidade for

diagnóstica, como um instrumento com os resultados para o entendimento do nível

de aprendizagem em que está o educando, objetivando tomar decisões significativas

e coletivas aluno e professor, para que o aluno prospere, avance no seu processo de

aprendizagem e o professor reorganize seu processo de ensinagem.

O que é avaliação diagnóstica?

Uma avaliação diagnóstica é aquela que não é apenas um instrumento para

aprovar ou reprovar o educando, e sim um meio que define através dos resultados

25

obtidos pelo instrumento avaliativo caminhos acertados para a aprendizagem.

Para compreender a avaliação diagnóstica é preciso compreender a

concepção pedagógica que se propõe. Neste caso, com a pedagogia histórico-

crítica:

(...) esta concepção está preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente de conhecimentos e habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro desta sociedade que se caracteriza pelo modo capitalista de produção. (LUCKESI, ano 2010, p. 20).

Uma avaliação da aprendizagem para ser diagnóstica deve ser planejada

como um meio para auxiliar na aprendizagem e preocupada com o desenvolvimento

do aluno. A auto-compreensão do sistema de ensino, do professor e do aluno

compõe as funções e o propósito da avaliação diagnóstica. Ao sistema de ensino,

possibilita saber se seu objetivo está sendo alcançado, ao professor, o

acompanhamento quanto ao rendimento dos alunos, seu trabalho e irregularidade,

ao aluno, a conscientização de qual nível de aprendizagem se encontra, apontando

seus limites e necessidades de avanços.

A partir da análise de LUCKESI (2010), a avaliação para cumprir sua função

diagnóstica deve ter:

Objetivos claros e coerentes com o que se quer obter como resultados

da aprendizagem;

O conteúdo como uma amostra adequada que deve ser medido pelos

resultados da aprendizagem;

Os resultados da aprendizagem devem ter itens adequados e

significativos para se medir.

Planejamento e avaliação ajustados ao uso dos resultados.

Fiel construção para compreensão.

Sua utilização para o educando e o sistema de ensino, com objetivo de

melhoria na aprendizagem.

Para a função diagnóstica da avaliação da aprendizagem, o professor deve

utilizar instrumentos com objetivos fiéis ao que se ensinou com questões claras para

uma interpretação precisa e comunicação facilitada para compreensão do educando.

Os dados obtidos nos instrumentos necessitam ser lidos com atenção e

compreensão justa ao processo de aprendizagem do aluno e sua situação para

promover avanço e crescimento. O aluno deve ter uma auto compreensão de seu

26

nível/estágio de aprendizagem. Professor e aluno devem discutir a condição de

ensino e aprendizagem que obtiveram, com visão participativa para superar os

desvios e agir em comum acordo sem o autoritarismo do professor que torna a

avaliação antidemocrática. “(...) a avaliação só faz sentido se favorecer a

aprendizagem” (DEMO, 2010, p. 2).

A avaliação no processo subsidia o aprendizado e o desenvolvimento do

aluno, a reelaboração do conhecimento e os resultados.

(...) A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a auto-avaliação dos alunos (DCE, 2008, p.81).

Analisando DEMO (2010), estabelecer um período de provas ou parar a aula

para aplicar uma prova torna-se desnecessário mediante o teor da reconstrução

constante do conhecimento e aprendizagem. A avaliação com tempo e hora

marcada não revela a aprendizagem em processo.

A avaliação da aprendizagem em processo pressupõe que:

Se sistematicamente o aluno estiver elaborando seus conhecimentos e

processando- os para novos conhecimentos, comprovará o aprendizado ou não;

O produto do esforço pessoal do aluno em sua aprendizagem é essencial e

único, ao reconstruir o conhecimento o aluno o produz por habilidade própria

meios de se expressar o que aprendeu, não cabe estabelecer lugar, hora ou

período para ser avaliado;

A nota que compila a avaliação deve ser de formas variadas e refletir a

complexibilidade do processo de reconstrução do conhecimento do aluno;

A dinâmica e a dialética pela reconstrução constante do conhecimento

consideram as notas da avaliação em processo provisórias, podendo ser

alterada a qualquer momento em que o conhecimento também altere;

O último e melhor desempenho do aluno considerado o mais importante,

portanto, não é necessária a média das notas, não é o acúmulo de notas que

importa e sim a evolução positiva do aluno em seu aprendizado;

A nota deve revelar o aprendizado em seu estágio. Se houver diminuição é

importante diagnosticar as razões e retomar o processo, visando o avanço e

crescimento do educando no seu processo de aprendizagem. “Cultiva a

aprendizagem do aluno, não sua aula, que, mal ou bem, está já codificada nos

27

livros didáticos de sobra, como regra” (DEMO, 2010, p.60).

O professor precisa, através da avaliação da aprendizagem, saber como o

aluno aprende e suas motivações, do que mais gosta e menos gosta o que mais o

afeta e suas aversões para assim facilitar e garantir sua aprendizagem. O professor

deverá acompanhar o rendimento do aluno além da preocupação com a aula e os

conteúdos a serem ensinados. O processo avaliativo deve, além de garantir a

aprendizagem, não estimular a reprovação do aluno. A nota deixa de ser real se for

somente nota, a partir da complexibilidade do que foi avaliado, ela deixa de ser

ineficiente e passa a ser diagnóstica, capaz de revelar a realidade com clareza,

retrata os problemas de aprendizagem, apura o potencial e as fragilidades do aluno,

avalizando para a reconstrução da aprendizagem.

A avaliação com as funções: diagnóstica e processual apresentam uma

aprendizagem em construção, professor e aluno em suas ações cotidianas de

ensino e aprendizagem se interagem numa contínua prática avaliativa, onde os

saberes artísticos em dança, artes visuais, teatro e música são acompanhados (se o

aluno já os domina) ensinados e desenvolvidos (se o aluno não dominou).

“Certamente, avaliar dessa maneira dá muito trabalho” (DEMO, 2010, p.55).

28

6 INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS PARA AVALIAR EM ARTE

Os instrumentos de avaliação em arte são os mesmos de todas as disciplinas,

o que deve ser adequado é o contexto histórico, a faixa etária e os conteúdos

propostos. A avaliação deve ter objetivos relacionados aos conteúdos ensinados e

previamente planejados, para que a ação educativa se efetive e promova o

educando.

Para se avaliar em arte nas suas diferentes manifestações/linguagens é

preciso cuidado, o fazer artístico de cada aluno deve ser considerado sem

julgamento que venha desconstruir uma iniciativa por mais simples que seja. Os

alunos produzem conforme seus saberes e conhecimentos aprendidos, o professor

deve fundamentar o repertório cultural do aluno com conceitos/conteúdos para

avanço no seu desenvolvimento intelectual. “Acompanhar o processo de criação dos

alunos é mais importante que exigir resultados em produções isoladas” (ARSLAN e

IAVELBERG, 2006, p.88).

O processo avaliativo no ensino da Arte, muito mais que nas demais

disciplinas, tanto podem contribuir para o desenvolvimento do aluno e seu potencial

criativo, como pode inibi-lo.

O professor, muitas vezes, se depara com a dificuldade de o que avaliar em

arte, o processo ou a produção, a criatividade ou conhecimento. Ao se propor

instrumentos avaliativos, os mesmos devem ter a concepção formativa ou

diagnóstica para orientar a aprendizagem em processo articulada com o

conhecimento adquirido (SULU, In: ZAGONEL, 2009).

Segundo DEMO (2010), a avaliação faz parte das atividades humanas e

aplica-se em todos os setores como empresa, política, economia, etc. e efetivada

com muita frequência.

Avaliar é uma prática que ocorre entre os seres humanos cotidianamente,

muitas vezes sem darmos conta que estamos sendo avaliados ou avaliando

situações, coisas, objetos, momentos, períodos, locais, alimentos, trajes, tipos,

credos, atitudes, hábitos, condições, entre outros.

Na educação, avaliar é também para o professor ter clareza e certeza do que

ensinou e do que o aluno aprendeu. Ao elaborar um instrumento avaliativo, o

professor precisa saber o que perguntar e o que deseja saber como resposta e,

assim, através dos resultados, ter evidente o que foi aprendido e o que necessita ser

29

revisto em sala de aula.

Cada objeto de estudo/ conteúdo, necessita de um ou mais instrumentos de

avaliação a fim de considerar as diferentes formas de aprendizagem dos alunos.

“Avaliação é a reflexão transformada em ação” (HOFFMANN, 2005, p.17).

Os critérios são referências para elaboração do instrumento avaliativo e seu

entendimento de como desenvolver a avaliação no ensino e aprendizagem.

Em LUCKESI (2010), para que a avaliação cumpra sua função diagnóstica é

necessário estabelecer critérios e, ao construirmos os instrumentos avaliativos

alguns cuidados são essenciais como:

Estar cientes que estamos solicitando ao educando que manifeste sua

aprendizagem;

Articular os conteúdos planejados, ensinados e aprendidos pelo aluno do

período que se toma para avaliar;

Avaliar os conteúdos essenciais e significativos da aprendizagem;

Utilizar no instrumento de avaliação as habilidades-práticas que foram

desenvolvidas em sala de aula;

Usar uma linguagem compreensível pelo aluno, com clareza no que se deseja

pedir;

Selecionar exercícios inteligentes que auxiliem aprendizagem do aluno

enquanto respondem.

São necessários múltiplos instrumentos avaliativos individuais e coletivos para

verificação do processo de aprendizagem, pelos quais o professor obterá o

diagnóstico preciso para replanejar e acompanhar o desenvolvimento da

aprendizagem durante o ano letivo e atingir os objetivos de uma avaliação

diagnóstica relata a DCEs (2008).

Os instrumentos de avaliação da aprendizagem devem, além de

diversificados, ter abordagens diferenciadas sobre o conteúdo tais como:

Provas: orais e escritas com atividades teóricas e práticas (individual ou em

grupo);

Relatórios (trabalhos) de visitas a locais que objetivam a aprendizagem

proposta como: igrejas, museus, bienal, etc.;

Seminários;

Simpósios;

30

Debates;

Painéis representativos;

Registros através de gráficos, portfólio, áudio e visual;

Pesquisas: bibliográficas, de campo;

Produções de textos (oral e escrito);

Releituras;

Desenhos de observação;

Transposição estilística de imagens;

Visitas a museus, galerias de arte;

Apresentações artísticas;

Auto avaliação.

Os instrumentos avaliativos, para ARSLAN e IAVELBERG (2006), armazenam

informações e referências do aluno no cotidiano de sala de aula e extra-escolar, que

demonstram o estágio/nível de aprendizagem individual e coletiva da turma. Em

muitos casos, no ensino da Arte, é necessário acompanhar o processo de

desenvolvimento do aluno em suas criações, o fazer arte do que avaliar os

resultados isolados, os passos do desenvolvimento numa tarefa revelam a

sequência da aprendizagem e apresentam o aluno em seu nível de conhecimento,

podendo o professor intervir para progredir.

Os critérios de avaliação acompanham o ensino de conteúdos, devem ser

pensados por ciclos de escolaridade e necessitam de práticas avaliativas

específicas, ajustadas as suas peculiaridades.

Em Arte, os critérios de avaliação dependem do conteúdo, projeto ou

sequência didática com ações próprias para avaliar o fazer arte no processo de

produção, a criatividade, o conhecimento extra-escolar e escolar articulado no

construir a aprendizagem.

Assim sendo, entendemos que a principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do sujeito pela medição da efetiva construção do conhecimento, a aprendizagem por parte de todos os alunos (VASCONCELOS, 2008, p.57).

31

7 ALTERNATIVAS E ABORDAGENS AVALIATIVAS EM ARTE

O PORTFÓLIO

Como instrumento avaliativo, traz todo o percurso da trajetória de

aprendizagem, armazenam trabalhos que expressam a produção do aluno e suas

etapas, trabalhos acabados ou não servem como referência.

O portfólio é uma medida que permite a constatação de grandes avanços quando utilizado como avaliação contínua, processual e também quando se configura uma política baseada não só na observação, mas em pesquisa, objetivos pedagógicos, troca, respeito mútuo e escuta sensível (DIAZ e LIBLIK 2006, p.69).

Para propor um portfólio como atividade avaliativa, segundo Hernández

(2000), é preciso ter:

O propósito - todo trabalho selecionado para compor o portfólio deve

ter especificado o porquê da escolha e suas evidências;

O conteúdo do portfólio e as evidências;

Artefatos - são os documentos produzidos no decorrer do trabalho, em

sala de aula e os realizados por iniciativa própria considerando também

evidências (trabalhadas em outras disciplinas e que colaboraram na

aprendizagem do tema). Reproduções - são documentos que

completam o trabalho de sala de aula e de acontecimentos diversos

que contribuem na compreensão do tema, por exemplo: anotações de

visitas a museus, galerias, páginas da internet, gravações áudio

visuais, etc. Atestados – são documentos produzidos por outras

pessoas que não o aluno e que apresentam informações para o

aprendizado como: comentários realizados por docentes, ou por outras

pessoas que compõem o processo formativo do aluno;

Produções são documentos preparados para dar formatação ao

portfólio e são organizados da seguinte forma: a explicação de metas

que é realizada no início do curso tem a função de explicar o propósito

do portfólio no qual o aluno se manifesta de modo pessoal o que vai

realizar dando referência e sentido às atividades realizadas. As

reflexões - são momentos que acontecem quando na elaboração,

organização ou revisão do portfólio apresentam-se tática dialética com

32

a informação que o aluno usa; as anotações são informações que

acompanham cada documento, descrevem sobre o trabalho, tendo

como exemplo o que é como é, por que é e sua evidência;

O continente reflete sua finalidade, selecionadas e argumentadas às

evidências que refletem o processo de aprendizagem, deve-se pensar

um lugar para arquivo deste material, um local que possibilite

compartilhar com os demais alunos e docente para receber a

avaliação. Há diversas formas de organização como: uma caixa, um

cartaz, CD ROM, quebra cabeça, entre outros.

A avaliação do portfólio de arte, conforme Hernández (2006), o professor

deve qualificar o saber do aluno explicitado nos documentos, às apreciações do

docente dependem da clareza inicial dos propósitos apresentados e da

aprendizagem que cada aluno expressou pelas evidências em consonância com a

da finalidade do curso.

Podemos ainda avaliar o portfólio através de questionamentos como:

apresenta metas e reflexões claras? O que o aluno aprendeu? Deve aprofundar em

algum conteúdo ou é suficiente? O documento tem sentido e é identificado?

33

8 A PROVA ESCRITA DE ARTE

Ao propor uma prova escrita como instrumento de avaliação, a mesma deve

ser bem planejada e elaborada. O professor precisa saber o que irá solicitar através

de questões desafiadoras e motivadoras que demonstrem o(s) conteúdo(s)

ensinado(s) até o momento.

ATIVIDADE

1-Lembre-se da aula sobre objetos considerados de arte e conte com

suas palavras o que você aprendeu.

2-O que caracteriza um objeto para ser considerado arte?

3-Qual a origem dos objetos que representam a arte?

4-Todos os objetos são arte?

5-Escreva alguns exemplos que você conhece.

AVALIAÇÃO - Aluno e professor podem reconhecer o que foi

ensinado e aprendido através dos resultados da prova.

8.1 A EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS DE ARTE

A exposição de trabalhos após uma aula, um projeto ou uma pesquisa para

finalizar uma tarefa solicitada pelo professor, trará motivação aos alunos

estimulando-os a fazer comentários sobre o tema/conteúdo e dos resultados obtidos.

A análise coletiva, a questões, as levantadas, as discussões entre o grupo

produzirão novos conhecimentos.

ATIVIDADE: Vamos fazer uma exposição de objetos de arte?

1-Separe objetos comuns que você tem em casa como enfeites bibelôs, imãs

de geladeira, flores de plástico, botons, acessórios, etc..

2-Monte uma exposição com estes objetos. Após a observação dos mesmos,

discutir sobre as semelhanças entre os objetos, a forma, as cores, o material

utilizado e em que local eles estavam dispostos na casa. Discutir se realmente

todos são objetos de arte e qual a origem dos mesmos.

34

AVALIAÇÃO- Os diferentes trabalhos realizados com base na mesma

proposta podem ser relevados e demonstrados pelo professor nas diferentes

criações, influências e produções.

8.2 A PESQUISA EM ARTE

A pesquisa como instrumento avaliativo solicitada pelo professor é um

trabalho com atividades definidas em pról da elaboração do conhecimento e de

colaborar ou descartar algum conhecimento já existente no processo de

aprendizagem.

A arte de cada região

1-Em cada parte do Brasil encontramos objetos considerados arte que se

identificam com o local.

2-Se nos referirmos à região Nordeste do Brasil como Recife ou Bahia, quais

objetos de arte que encontraremos?

3-E se pensarmos na região Norte, como Manaus ou Acre?

4-E na região Sul, Sudeste ou Centro-oeste?

Nossa! Quanta diversidade!

5-E na sua cidade, qual a arte mais comum?

Vamos pesquisar?

AVALIAÇÃO - A pesquisa deve ser socializada em sala de aula para que

todos tenham conhecimento dos dados levantados e para que todos possam

debater (professor e alunos) a respeito do que foi pesquisado em busca de

uma conclusão coletiva.

8.3 TRABALHOS DE ARTE EM GRUPOS

A partir das considerações de DIAZ e LIBLIK (2010), os trabalhos em grupo

devem ter temas estabelecidos e ser tarefa coletiva dos envolvidos, com a

participação dos elementos do grupo em todo processo de desenvolvimento da

proposta, não somente onde cada aluno faz uma parte, como: um digita outro

35

pesquisa, outro faz a capa, etc. Os componentes do grupo devem refletir sobre o

trabalho, tema e elaboração conjuntamente.

ATIVIDADE:

1- Divida a sala em cinco grupos, um para cada região geográfica do país;

2- Cada grupo deve elaborar uma pesquisa sobre reproduções de obra de arte,

objetos considerados arte e que são comuns a esta região. Pesquisar em

livros, revistas, internet, ir a campo pesquisando na casa de amigos, parentes e

vizinhos.

3- Fotografem os objetos de arte que encontraram durante a pesquisa.

AVALIAÇÃO - É necessário que as pesquisas e as conclusões do grupo,

sejam unificadas e disponibilizadas a todos da turma e ao professor para

verificação, análise e considerações sobre o objeto de estudo em questão. O

professor deve acompanhar o desenvolvimento da tarefa fazendo perguntas

sobre o tema.

8.4 O RELATÓRIO EM ARTE

É a sistematização de um conjunto de informações, com a utilidade de

apresentar os dados coletados, com resultados parciais ou totais da atividade

artísticas e suas linguagens/ manifestações.

ATIVIDADE

Como parte da conclusão desta atividade é necessário relatar a respeito dos

motivos que levam a diferenciação entre a arte de uma e de outra região e

qual a relação com as pessoas, classe social, costumes, meios de vida,

crenças, entre outros fatores sociais.

AVALIAÇÃO - O professor fará a verificação do conteúdo aprendido e

descrito no relatório pelo aluno, considerando a totalidade ou parte do

conhecimento relatado, os resultados motivam novas atividades

36

8.5 O PAINEL EM ARTE

O painel é um instrumento de avaliação que pode ser utilizado com diferentes

propostas e materiais, devem ser visualmente e esteticamente aprazíveis aos que

contemplam facilitando a compreensão e o aprendizado. “Painéis são atividades que

dão alegria aos alunos e dão vida ao espaço escolar” (DIAZ; LIBLIK, 2010, p.70).

ATIVIDADE:

1-Organize um painel com as fotografias e apresente também para a turma os

objetos que pesquisaram. Discutam a forma e se há excesso de

sentimentalismo na criação, e também discutir sobre as semelhanças entre os

objetos, as cores, o material utilizado e em que local eles estavam dispostos

na casa. Discutir se, realmente, todos eram objetos de arte e qual a origem

dos mesmos.

AVALIAÇÃO - O professor deve analisar através do material apresentado

como cartazes, frases, fotos, etc. a relação com o conteúdo proposto e como

esta atividade favoreceu no aprendizado.

Para cada linguagem da disciplina de Arte, existem diferentes formas de

avaliar com instrumentos e critérios próprios, considerando continuamente o

processo de produção individual e coletivo de aprendizagem.

37

9 A AVALIAÇÃO EM ARTE E A ESPECIFICIDADE DAS LINGUAGENS:

9.1 NA MÚSICA

Conforme Portella, citado por Zagonel (2009), ao planejar as aulas de

arte/música, o professor já deve ter selecionado sua concepção de música, quais as

formas musicais e o que os alunos terão que experimentar e praticar nesta

linguagem.

Na educação musical é necessário reconhecer o que cada aluno traz como

conhecimento, habilidades, ações, conceitos, etc. sobre linguagem musical, para ser

avaliado. A avaliação deve considerar o que o aluno aprendeu e realizou

musicalmente a partir do conteúdo e proposta do professor.

Seguem algumas possibilidades de avaliação em música com propostas

individuais ou em grupo:

Na avaliação da execução ou interpretação musical o aluno pode trazer sua

musicalidade através de um instrumento musical, sons do corpo, voz ou cantar,

também pode ser avaliado a criatividade ao relacionar seu emocional à musicalidade

e expressar inovando o que aprendeu.O professor deve estabelecer critérios claros

desta avaliação.

Ao avaliar a composição musical que é a imitação sonora e experimentação

musical, o professor deve considerar a criatividade do aluno na utilização dos

elementos musicais, escolhas culturais e decisões musicais, considerando o

desenvolvimento musical do aluno e não o produto final. As composições musicais

podem ser com representações gráficas escolhidas pelos alunos a para atribuírem a

determinados sons, produzidos pelo corpo, voz, objetos como: panelas, plásticos,

latas, madeiras, entre outros. Nesta avaliação, o professor precisa entender o que o

aluno está produzindo e o que está aprendendo, para interagir numa reflexão e

análise sobre a música e o que está propondo.

Ao avaliar a apreciação musical, envolvemos a percepção de sons e silêncios,

a música ouvida individualmente ou em grupo, o aluno como ouvinte amplia seu

repertório e conhecimento em músicas de ouvir em festas, em casa, em cerimônias,

em funerais, religiosas, militares, músicas do passado, músicas de outras culturas,

etc.

38

Pela apreciação musical o aluno poderá modificar sua análise de “isso é

música de velho” ou “é do túnel do tempo”. Ao avaliar uma apreciação musical o

professor não deverá fragmentar a música em harmonia, ritmo e melodia para que a

experiência musical seja igual a do cotidiano do aluno.

A entrevista é um instrumento eficaz para a avaliação da apreciação. Os

alunos, individualmente ou em grupos, respondem sobre as músicas ouvidas e

sobre a letra da música o que dará ao professor uma visão do desenvolvimento dos

alunos.

A expressão corporal é outro instrumento de avaliação que leva o aluno a se

expressar com o corpo, o ritmo, o andamento ou o fraseado da música. O professor

analisa os gestos e os comentários dos alunos que expressam a música.

A grafia pelo desenho enquanto ouvem a música que explicam a mesma e os

comentários acrescidos pode ser um instrumento avaliativo da apreciação musical.

“O grande desafio do professores é ensinar música “de dentro” da música, ou seja,

ensinar música musicalmente”, conforme Portella, citado por Zagonel (2009).

9.2 NA DANÇA

De acordo com Tadra, Viol, Ortolan, Maçaneiro, citados por Zagonel (2009),

ao avaliar em dança o professor deve considerar a aprendizagem no processo e não

o fim. A criatividade em desempenhar a dança supera o bonito e feio, o certo e

errado. São consideradas todas as possibilidades de fazer e compreender os

conteúdos de dança propostos. O aluno é ensinado e avaliado simultaneamente. O

professor deverá construir a avaliação em dança através da observação como

prática permanente e o uso constante do corpo e suas possibilidades, com análise

do processo como um todo, onde os dados significativos revelam a aprendizagem. A

criatividade no desenvolvimento dos conteúdos de dança deve propor que a ação e

reação aconteçam concomitantemente. Com estímulos do professor, o aluno

desenvolve-se e a avaliação não pode ser comparativa, pois, cada aluno tem seu

modo próprio de criar.

A improvisação é experimentar, criar movimentos com o próprio corpo, com

outros corpos e objetos em espaços diferentes. O professor deve apresentar

estratégias que facilitem o aprendizado da dança, caso contrário, o aluno terá gestos

mecânicos, sem sentido, nem transformação. O aluno tem uma maneira própria de

39

exteriorizar o que lhe foi ensinado, de forma espontânea, pessoal e única.

Na criação as reações serão diferentes na medida em cada aluno transmitirá

impulsos e impressões distintas internas expressadas a partir de uma organização

própria. Ao professor cabe à função de estimular a busca de novas estratégias e

orientação para experimentar outras possibilidades. A dança se avalia pela

observação dos processos corporais na história de vida de cada corpo que se

movimenta. É importante que os alunos avaliem os colegas e assim estarão se auto-

avaliando.

9.3 NO TEATRO

Na proposta de Dória, citado por Zagonel (2009), o teatro é uma atividade

desenvolvida em etapas nos seus processos de realização, várias disciplinas além

de Arte podem desenvolver os jogos teatrais ou jogos dramáticos. Na escola, a

avaliação em teatro deve ter objetivos claros dos trabalhos, o aluno e professor

devem refletir sobre a atividade e os encaminhamentos propostos. Os critérios para

avaliar o teatro são: participação do aluno, frequência e cooperação em grupo. O

aluno deve compreender e expressar-se com habilidade a linguagem dramática, ter

atenção e concentração, observação, articulação da fala, expressão do corpo,

obedecer às regras de jogos e se desempenhar bem no contexto dramático.

O teatro como uma ação coletiva, avalia se o aluno sabe organizar-se em

grupos, expande sua capacidade de ver ouvir e interagir com os demais permitindo

uma ação coletiva, atuando na construção grupal do espaço cênico, se possui uma

boa comunicação entre os participantes e observadores. Compreender as diferentes

formas de teatro nas diferentes regiões e épocas como fonte de cultura e

conhecimento. O aluno deve sentir que suas ideias são importantes para o professor

e que podem ser utilizadas na criação artística.

A improvisação teatral é fundamentada na experimentação, espontaneidade e

liberdade de expressão. Todas as pessoas são capazes de atuar no palco, mas é

necessário ter a orientação correta para que a experiência se realize. O professor

não deve julgar o trabalho do aluno de modo a inibi-lo, porém orientá-lo a atingir o

objetivo proposto com liberdade de criar e de inventar

O jogo teatral dramático é uma atividade originada do real comportamento

dos seres humanos, atendendo a faixa etária dos participantes. Não tem o objetivo

40

de espetáculo de teatro, é um trabalho coletivo, não há espaço ou platéia, mas um

espaço único de interação. O professor deve no início do trabalho, alimentar o jogo

dramático com ideias, leituras, lendas, entre outros. O ambiente deve propiciar a

criação e a construção juntamente com os alunos/participantes. A avaliação deste

trabalho é perceber se os objetivos propostos estão sendo atingidos e se todos

conseguem se compreender e contribuir com a atividade criando.

O grupo de teatro deve ser cooperativo, o processo de criação necessita de

regras claras, combinadas e flexíveis para compreender cada participante em suas

eventuais fragilidades. O professor deve conduzir o processo de criação, motivando

e subsidiando o estudo para aumentar o repertório de conhecimento em arte do

grupo, oportunizar um ambiente saudável de criação, respeito e ajuda mútua. A

avaliação deve ser considerada pela participação do aluno nos trabalhos em grupo,

frequência, cooperação, disponibilidade para as atividades, cumprimento de tarefas

dentro, etc. “Teatro é, antes de tudo, prazer de jogar, de brincar, de inventar, de

imaginar” (DÓRIA, In: Zagonel, 2009).

9.4 NAS ARTES VISUAIS

Segundo Bueno (In: Zagonel, 2009), nas linguagens visuais, o aluno precisa

conhecer a composição de uma obra através de seus elementos básicos, a história

da arte e as manifestações artísticas. Há dificuldades de avaliar em artes visuais

quando não se tem definido o real objetivo sobre o conteúdo proposto. A atividade

deve ser fundamentada teoricamente para assim saber o que avaliar. Os alunos se

apresentam com diferenças culturais e intelectuais e a todos devemos ensinar e

avaliar. As artes em suas linguagens oportunizam a compreensão de todos os

alunos ao possibilitar entender e interpretar atitudes. A avaliação em artes visuais

pode ser através de: como o aluno apresenta seu trabalho, os argumentos que

utiliza para a discussão em grupo ou mesmo a auto-avaliação, o material utilizado e

sua criatividade, a pesquisa, o desempenho; tudo pode ser considerado desde a

produção, a criação, a experimentação e a utilização e exploração de diferentes

materiais. “Avaliar uma produção em artes visuais pode significar uma análise de

41

personalidade, de realidade, de pensamento próprio, ou seja, podemos analisar

nossos alunos além do trabalho que nos é apresentado” (BUENO In: ZAGONEL,

2009).

42

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Inicialmente, considera-se que a escola necessite definir qual concepção de

avaliação que orientará o processo educacional, no Projeto Político Pedagógico, na

Proposta Pedagógica Curricular e no Plano de Trabalho Docente, deve constar a

fundamentação sobre a avaliação escolar. A concepção de avaliação adotada e que

direciona sua realização e implica no desenvolvimento do processo educacional, nos

encaminhamentos dos conteúdos das linguagens específicas em arte e nas

diferentes formas de abordagens do processo de ensino e avaliação.

Professor e aluno devem entender e dialogar sobre as formas de realização

da aprendizagem e avaliação em processo. A função diagnóstica e processual vem

garantir o bom desenvolvimento intelectual do educando, respeitando a etapa em

que se encontra o seu processo de aprendizagem, articulando passado cultural e

social adquiridos e o conhecimento artístico/científico, repassados pela escola

Compete aos professores da disciplina de Arte considerar o processo de

ensino e a avaliação da aprendizagem, como situações didáticas importantes em

sala de aula, para que as consequências destas ações pedagógicas proporcionem

um desempenho educacional satisfatório.

Este material de apoio divulga a avaliação da aprendizagem diagnóstica e

processual orientada pela Seed e outras abordagens sobre avaliação, de diferentes

autores para embasamento teórico sobre o ensino da arte, sua importância na

história da humanidade, as propostas de avaliação em arte desenvolvida durante a

história da educação, as tendências pedagógicas, suas influências na disciplina e as

diferentes concepções de avaliação no processo educacional.

Como proposta de estudo, o referido material abrange e oferece suporte,

orientando os professores de arte sobre a concepção de avaliação da aprendizagem

das Diretrizes Curriculares Educacionais do PR - Seed, que considera ideal a

avaliação da aprendizagem diagnóstica e processual.

O educador e educando devem articular-se em situações do ensinar e

aprender e avançar nos conhecimentos, conteúdos e práticas escolares.

O ato avaliativo deve ser para investigar o aprendizado de modo que sirva

ao processo de inclusão e da necessidade de reorganizar a prática do professor e o

43

conhecimento do aluno.

A avaliação da aprendizagem é uma ação pedagógica de expressiva

importância, necessita ser planejada e organizada com os critérios e instrumentos

adequados e diversificados, de fácil compreensão pelos educandos para sua

efetivação e possibilitando superar as etapas do aprendizado. Os atos de ensinar,

aprender e avaliar compõe o processo educacional e não devem ser segmentados.

São ações articuladas entre si e fundamentais, que demandam de métodos e

metodologias para complementar.

As alternativas de avaliação necessitam de propostas metodológicas

adequadas para avaliar arte em suas linguagens: música dança teatro e artes

visuais, com exigências específicas sobre seus conteúdos.

A avaliação da aprendizagem e sua prática deve ser amplamente discutida

com o coletivo da escola. O professor não pode ser o único a debater sobre o

assunto, que demanda de estudos, análises e pesquisa para atender a

representação dos anseios da sociedade escolar, a valorização do ensino e

aprendizagem e a manutenção dos alunos na escola que, muitas vezes, ainda são

excluídos pela avaliação.

Com informações históricas, conceituais e pedagógicas em Arte, a ação de

ensinar e avaliar, devem se concluir com o aprender sobre o conhecimento escolar

significativo e socialmente organizado.

44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL, Ministério da Educação Secretaria de Educação Média e Tecnológica:

Parâmetros curriculares nacionais- Ensino Médio. Brasília. 2011.

BUENO, Luciana E. B. Linguagem das artes visuais. Curitiba: Ibepex, 2009.

DEMO, Pedro; Mitologias da avaliação. 3. ed. Campinas, SP: Autores Associados,

2006.

HERNÁNDEZ, Fernando; Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de

Trabalho. Tradução: Jussara Haubert Rodrigues. Consultoria, supervisão e revisão

técnica Mirian Celeste Martins. reimp. Porto Alegre, RS: Artmed, 2000.

HOFMANN, Jussara. Avaliar respeitar primeiro educar depois. 2. ed. Porto

Alegre, RS: Mediação, 2010.

IAVELBERG, Rosa; Para gostar de aprender arte - sala de aula e a formação de

professores. reimp 2007. Porto Alegre, RS: artemed, 2006.

LEI 9394, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasil: Brasil S/A, 1996.

LIBÂNEO, José C.; Didática. 5. reimp. São Paulo, SP: Cortez, 1992.

LIBLIK, Ana Maria Petraitis; Diaz Marília; A Avaliação em Artes Visuais no Ensino

Fundamental. Curitiba, PR: UFPR, 2006.

LUCKESI, Cipriano C.; Avaliação da Aprendizagem Escolar. 21. ed. São Paulo,

SP: Cortez; 2010.

PARANÁ, Secretaria de Estado e da Educação: Diretrizes Curriculares da

Educação Básica Arte. Paraná. 2011.

SAVIANI, Demerval; Pedagogia Histórico Crítica: primeiras aproximações. 6. ed.

Campinas, SP: Autores Associados, 1997.

VASCONCELOS, Celso dos S.; Avaliação Concepção Dialética - Libertadora do

Processo de Avaliação Escolar. 18 ed. São Paulo, SP: Libertad, 2008.

ZAGONEL, Bernadete (Org,). Metodologia do Ensino de Artes. São Paulo:

IBPEX, 2009.

45

SITES:

WWW.artenaescola.org.br - acesso em 31/03/2011as 8h45min.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm acesso em 18 /05/2011.

http://celepar7cta.pr.gov.br/seed/deliberacoes.nsf/bb7cccb67074826503256f480065

3a4b/b15be00846f01f20032569f1004972fb/$FILE/_88himoqb2clp631u6dsg30dpd64

sjie8_.pdf acesso em 18 de maio de 2011.

http://www.youtube.com/watch?v=iiJWUcR0g5M&feature=related – acesso em 31/05/2011. http://www.youtube.com/watch?v=HLiQ6HNEge4&feature=related acesso em 31/05/2011.

46

ANEXOS

47

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO

PROJETO.

A referida Unidade Didática compõe-se de atividades que demandam de

encontros presenciais com a participação dos professores de arte, pedagogos (as) e

diretores da rede estadual de educação.

A fundamentação teórica será através de texto desta Unidade Didática, de

documentos oficiais Leis, Deliberações, PPP, PPC e PTD do colégio e de estudos e

análise autores e estudiosos que embasaram a pesquisa sobre avaliação da

aprendizagem, em forma de textos e vídeo. Por meio de uma abordagem dialética,

serão realizadas pesquisas através de questionário, entrevistas, grupos de

estudos/apoio com os professores de Arte, Pedagogos (as) e Gestores escolares

que atuam na rede estadual e nos colégios Antonio Tupy Pinheiro e Professor

Amarílio.

Atividade I

• Visitas, Pesquisa de Campo, participação de Semana Pedagógica e Reuniões

Pedagógicas nas escolas.

Estratégias/Metodologias

• Dispor sobre o projeto aos professores, direção e pedagogos dos colégios

citados.

• Demonstrar a importância desta pesquisa.

• Contatar com os professores de Arte e informar sobre a participação na

implementação do projeto na escola.

Resultados Esperados (Objetivos):

• Incentivar a participação e o envolvimento dos professores de Arte, direção e

equipe pedagógica.

Atividade II

QUESTIONÁRIO

Como prática social inicial num Encontro, os participantes deverão responder

o questionário que segue. Com os conhecimentos e saberes expressados pelos

48

professores sobre Avaliação da Aprendizagem Diagnóstica e Processual em Arte,

serão organizados os Encontros com uma proposta de estudos e análises.

Responder:

1-Por que você avalia?

2- O que é avaliação?

3- Qual é o objetivo de avaliar em Arte?

4- Como é sua prática avaliativa?

5- Você utiliza algum método para avaliar em Arte? Qual (is)?

6-Em que momentos do processo de ensino e aprendizagem você avalia?

7-Como você registra os dados coletados da avaliação na disciplina de Arte?

8-Como se dá a relação professor e aluno no processo avaliativo?

9- A avaliação em Arte, seu processo e características diferenciam das demais disciplinas?

10- Qual é a sua compreensão por avaliação diagnóstica e processual?

11- E quanto à avaliação processual?

12-É possível gerar uma compreensão da concepção de avaliação em Arte por meio de discussões e estudos coletivos?

13-Observações:

14-O que você achou do questionário?

Atividade III

ENTREVISTA

A entrevista que será individual e coletiva e servirá para o participante expor

as relações com a escola e o processo pedagógico, o sistema educacional e as

dificuldades encontradas para está atividade.

Dentre inúmeras questões sobre avaliação que angustiam professores,

pedagogos e diretores, a entrevistas terá o objetivo de expor sobre as concepções e

49

características da avaliação em Arte, como: Em que momentos do trabalho

pedagógico a avaliação deve ser aplicada? As metodologias avaliativas são

apropriadas? Houve alguma mudança significativa de como se avaliava antes e

como se avalia atualmente? O professor tem fundamentação teórica sobre e como

avaliar em Arte?A prática avaliativa da escola é orientada pelo PPP? O professor de

Arte tem conhecimento do PPP, PPC da escola? Como está à avaliação no Plano do

Trabalho Docente do professor, tem conformidade com o PPP da escola e com os

demais documentos que envolvem seu trabalho pedagógico? Qual a importância da

visão histórica da disciplina de Arte e avaliação num conceito político e social.

Atividade IV 1º ENCONTRO – REUNIÃO – GRUPO DE APOIO

Será um encontro/reunião, com a participação dos professores de Arte,

pedagogos (as) e gestores participantes, para apresentação sobre a proposta do

projeto de pesquisa e seu objeto de estudo, esta atividade será através dos slides

que seguem:

TEMA DE ESTUDO

Avaliação

TÍTULO

A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E

PROCESSUAL EM ARTE: realidade e desafio

50

Pretende a pesquisa apontar como a Avaliação Diagnóstica e Processual em Arte, orientada pela Seed –Paraná é compreendida e aplicada pelos professores da disciplina e de que maneira contribui no processo educacional.

JUSTIFICATIVA DO TEMA DE ESTUDO

• A avaliação na disciplina de Arte e suas práticas de diferentes concepções afetam as funções didático-pedagógicas do professor e conseqüentemente o aluno. O projeto pretende fazer encaminhamentos com estudos e atividades pedagógicas que visem à avaliação escolar orientada em sua prática de sala de aula, analisando a realidade e propondo desafios.

OBJETIVO GERAL

• Identificar as concepções e encaminhamentos na avaliação em

Arte.

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Específicos:• Analisar a compreensão dos docentes sobre

avaliação em arte, focando as concepções apresentadas pela Seed - DCE-Paraná.

• Investigar bibliograficamente quais as atuais concepções de avaliação em Arte;

• Compreender os aspectos pedagógicos e avaliativos da disciplina de Arte;

• Analisar a avaliação como sistema organizado do currículo e sua função escolar;

• Descrever a concepção e as características da avaliação no âmbito escolar;

• Desenvolver grupo de estudo com os professores da disciplina de Arte e discussão sobre avaliação.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO/PLANO DE AÇÃO:

• Será utilizado como material de apoio umaprodução pedagógica denominada UNIDADETEMÁTICA, a qual apresentará texto defundamentação teórica para os estudos eatividades propostas de pesquisas, reunião,entrevistas, questionário, grupo de estudos,relatórios dos professores de Arte dos colégios:Antonio Tupy Pinheiro e Professor Amarílio. Paraimplementação e o desenvolvimento do projetoserão utilizadas as horas atividade dosprofessores participantes e demais horáriosorganizados pelos professores e autorizadospela direção das escolas.

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Fundamentação Teórica

• A escola, com suas influências educacionais, produz um padrão de sociedade com características peculiares à época, o processo de ensino e aprendizagem, as concepções, as regras e a avaliação a serviço da sociedade, definem o perfil cultural, político e econômico. A avaliação continuamente está a serviço de uma determinada tendência pedagogia a qual revela o modelo social de um período, considerando suas necessidades próprias e de participação dos sujeitos.

“(...) a aprendizagem, não necessariamente se dá no tempo/espaço desejado. Óbvio que este caminho é de duplo sentido e não apenas mão única. Aprende-se em todos os espaços, com os alunos, com os professores, com familiares, nas igrejas, nas praças, em festas, no silêncio da noite ao se refletir sobre o dia e durante o dia, no agito dos afazeres cotidianos“(Diaz e Liblik, 2006, p.1 e 2).

PLANO DE AÇÃO

A implementação será durante as horasatividades, nos horários organizadosautorizados pelo diretor (a) doscolégios e em horários extra- escolaresde disponibilidade dos professores epedagogos para atuarem no grupo deestudos/apoio.

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Atividade I• Visitas, Pesquisa de campo Participação de

Semana Pedagógica e Reuniões Pedagógicas Estratégias/Metodologias• Dispor sobre o projeto aos professores, direção

e pedagogos.• Demonstrar a importância da pesquisa. • Contatar com os professores de Arte e informar

sobre a participação.Resultados Esperados (Objetivos)• Incentivar a participação e o envolvimento dos

professores de Arte, direção e equipe pedagógica.

Atividade II

Grupo de Apoio.

Estratégia/Metodologia

• Aplicação de questionário individual para professores de Arte, que atuam nas turmas, séries e níveis de ensino, nos três períodos escolares: manhã, tarde e noite

Resultados Esperados /Objetivos

• Levantar dados sobre a compreensão dos docentes a respeito de avaliação em Arte.

Atividade III

Grupo de Apoio

Estratégias/Metodologias

• Entrevistas

• Aberta individual e coletiva.

• Expressar oral e livremente.

Resultados Esperados/Objetivos

• Expor sobre a concepção e as características da avaliação em Arte.

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Atividade IV

1º Encontro/Reunião/Grupo de Apoio.

Estratégias /Metodologias

• Apresentação sobre as atuais concepções e características da prática de avaliação em Arte através de slides.

Resultados Esperados/Objetivos

• Compreensão da proposta do projeto de pesquisa e seu objeto de estudo.

Atividade V

2º e 3º Encontros/Grupo de Apoio.

Estratégias /Metodologias

• Estudos direcionados.

• Fundamentação nas Leis( nacional) Deliberações e Instruções (estadual), que regulamentam a avaliação o ensino e sua prática.

Resultados Esperados/Objetivos

• Analisar os aspectos legais, sobre avaliação na disciplina de Arte.

Atividade VI

4º Encontro/Grupo de Apoio.

Estratégias /Metodologias

• Estudos direcionados.

• Análise das Diretrizes Curriculares de Arte do PR

Resultados Esperados/Objetivos

• Entender a proposta de avaliação em Arte orientada pela DCE-PR

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Atividade VII

5º, 6º e 7º Encontros/Grupo de Apoio.

Estratégias /Metodologias

• Leituras, estudos e análise de literaturas específicas de autores que abordam o tema como: Luckesi, Jussara Hoffmann, Diaz e Liblik, Libâneo, Celso Vasconcelos e Pedro Demo.

• Vídeo – Luckesi sobre Avaliação(site em anexo).

Resultados Esperados/Objetivos

• Embasar teoricamente sobre as concepções deavaliação e sua prática escolar.

Atividade VIII

8º Encontro/Grupo de Apoio

Estratégias /Metodologias

• Relatório individual

• Sistematização sobre a compreensão quanto aos encaminhamentos pedagógicos do projeto.

Resultados Esperados/Objetivos

• Expressar livremente sobre o entendimento posterior aos encaminhamentos deste projeto.

Atividade V

Serão realizados dois Encontros, o 2º e 3º do Grupo de Apoio, para estudos e

análises, das Leis, Deliberações e Instruções que regulamentam a avaliação o

ensino e sua prática, com objetivo de fundamentar-se teoricamente e analisar os

aspectos legais, sobre avaliação na disciplina de Arte.

São os instrumentos de estudos:

A LDBEN- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394/96.

A Deliberação de 007/99 do Conselho Estadual de Educação do Paraná no

Capítulo I Da Avaliação do Aproveitamento.

56

Atividade VI

No 4º Encontro do Grupo de Apoio, serão realizados estudos e análise da

DCE de Arte, da Secretaria da Educação do Estado do Paraná - Diretrizes

Curriculares de Arte do PR (2008), para compreensão desta proposta de avaliação

em Arte orientada pelo referido documento atualizado e postado no portal

diaadiaeducação.pr.gov.br.

Atividade VII

No 5º, 6º e 7º Encontros do Grupo de Apoio, serão desenvolvidas estratégias

leituras, estudos e análise de vídeo, para embasamento teórico sobre as diferentes

concepções de avaliação da aprendizagem e sua prática escolar. A atividade será

através de filme e das literaturas específicas de autores que abordam o tema como:

Luckesi, Jussara Hoffmann, Diaz e Liblik, Libâneo, Celso Vasconcelos e Pedro

Demo, Fernando Hernández.

Os textos selecionados são:

Luckesi (2010, p 81 a 84) - Proposição de um encaminhamento: a avaliação

diagnóstica.

Jussara Hoffmann - Capítulo 23 - Práticas avaliativas e instrumentos de

avaliação. (2010, p.59 a 173).

Celso Vasconcelos - Capítulo V - Em Busca de Algumas Alternativas (2008, p. de. 65 a 102).

Os vídeos sobre Avaliação da Aprendizagem de Carlos Cipriano Luckesi

http://www.youtube.com/watch?v=iiJWUcR0g5M&feature=related – acesso em 31/05/2011 http://www.youtube.com/watch?v=HLiQ6HNEge4&feature=related acesso em 31/05/2011.

Atividade VIII

No 8º Encontro do /Grupo de Apoio, será realizado um relatório individual

com a sistematização sobre a compreensão quanto aos encaminhamentos

pedagógicos do projeto, com o objetivo de expressar-se livremente sobre o

entendimento posterior aos encaminhamentos deste projeto.

O referido material deverá conter considerações sobre a implementação.

57

Avaliação:

Considerando que os estudos e as reflexões, modifiquem as práticas avaliativas

de sala de aula, os alunos, por conseguinte serão beneficiados por diferentes

metodologias, pelo processo de ensino e aprendizagem e através da concepção de

avaliação da aprendizagem proposta neste projeto, a qual atende as necessidades

peculiares de cada educando e sugere novos encaminhamentos pedagógicos ao

professor.