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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
ZÉLIA MARIA GOMES MESQUITA
BULLYING: UMA VIOLÊNCIA QUE AFETA A VIDA
TELÊMACO BORBA-PR2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
ZÉLIA MARIA GOMES MESQUITA
BULLYING: UMA VIOLÊNCIA QUE AFETA A VIDA
Material Didático-Pedagógico elaborado para definir
diretrizes de ação do Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE Secretaria de Estado da Educação
do Paraná através do Núcleo Regional de Ponta
Grossa, em parceria com a Universidade Estadual de
Ponta Grossa.
TELÊMACO BORBA- PR
2011
SUMÁRIO
1- Apresentação..................................................................................................4
2 - Bullying não bullying....................................................................................5
3 - Características do agressor e da vítima.....................................................6
4 - Caracterizando os envolvidos......................................................................7
5 - Aspectos Legais............................................................................................8
6 – Papel da Família............................................................................................9
7 – Papel da Escola...........................................................................................10
8 – Papel da Sociedade....................................................................................12
9 – Os valores de paz e suas definições........................................................13
10 - Atividades...................................................................................................16
10.1 – Dinâmicas de grupo..............................................................................17
10.1.1 – Dinâmica – Dinâmica das Flores...................................................17
10.1.2 – Escolha dos Bichos “mais”.............................................................18
10.2 – Músicas.................................................................................................20
10.3 – Filmes...................................................................................................21
10.4 – Histórias................................................................................................21
10.5 – Leituras.................................................................................................24
Referências Bibliográficas...............................................................................25
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1 - Apresentação
Esta unidade didática é uma produção resultante dos estudos realizados
no Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE e visa minimizar e
prevenir o fenômeno bullying nas escolas, onde ele está mais acentuado, pois
são nelas que as vítimas e agressores se encontram.
Sou professora há 29 anos. Desde o início, trazia essa angústia em
amenizar os casos de violência que presenciava.
Quando criança muitas vezes me envolvia, para defender os colegas
que eram apelidados, intimidados e sofriam também de outras práticas
vexatórias. Mais tarde, me dei conta que quando agia dessa forma, estava
cometendo bullying. Mas, quando era provocada, como diz o ditado “não
levava desaforo para casa”, sempre resolvia por meio de agressões.
Hoje percebo que essa ameaça, antes chamada de violência, vem
acontecendo cada vez mais acentuada, causando dor e angústia, diante de
nossos olhos e muitas vezes não queremos acreditar. Até comentamos “na
nossa época não existia violência”. Será?
O motivo por escolher o tema bullying é a preocupação em ajudar os
alunos envolvidos e ajudar os professores que em suas salas de aulas,
vivenciam cotidianamente várias formas de violência, prejudicando o bom
andamento do trabalho pedagógico e posteriormente atrapalhando a
aprendizagem dos alunos.
No início, a minha preocupação era em relação aos alunos envolvidos
com o fenômeno bullying, que abrange um conjunto de atitudes agressivas,
intencionais e repetidas sem motivo aparente que causam sofrimento para
ambas as famílias: vítimas e agressores e que sempre terão reflexo no
ambiente escolar.
Devemos estar cientes que a principal função da escola é criar e
oportunizar uma aprendizagem de qualidade. Mas, não podemos esquecer que
para que isso se torne efetivo é necessário um ambiente saudável e acolhedor,
canalizando aspectos positivos que resultem na melhoria da autoestima de
todos os envolvidos no processo escolar.
5
2 - Bullying e não bullying
Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/_b61aG4QSDts/S9DuJK80EEI/AAAAAAAAAAU/btXrw0p32Tc/s1600/bullying-
research-image.jpg. Acesso em 15/08/2011.
O Bullying pode acontecer em qualquer contexto onde pessoas
convivem, tais como escolas, famílias, vizinhos e no próprio local de trabalho.
Para caracterizá-lo e saber diferenciar a violência do bullying, a Revista
Comunidade Escola (Revista Mais, 2010, p.38) fez o seguinte paralelo:
É bullying quando Não é bullying quando
Há agressão física ou psicológica
repetitiva e intencional, sempre contra
a mesma criança;
As agressões são casuais e pontuais
e logo as crianças estão brincando
juntas;A agressão é sem motivo; As brigas têm motivo: um brinquedo
um jogo, um esporte;Há desequilíbrio de poder: o agressor
é mais forte, ou mais velho que a
vítima;
Os papéis de vítima e agressor se
alternam;A vítima sente medo, angústia e
humilhação.
O sentimento é de alegria, mesmo
quando se trata de apelidos.
Para reverter esse quadro, podemos contar com a cartilha informativa
sobre o bullying, lançado em 20 de outubro 2010, pelo Conselho Nacional de
6
Justiça, que vai orientar pais e educadores no combate ao bullying. Nessa
cartilha, Silva (2010, p. 11) ressalta que:
O bullying existe em todas as escolas, o grande referencial entre elas é a postura que cada uma tomará frente aos casos de bullying. Por incrível que pareça os estudos apontam para uma postura mais efetiva contra ao bullying entre as escolas públicas, que já contam com uma orientação mais padronizada perante os casos. (acionamento dos Conselhos Tutelares Delegacias da Criança e do Adolescente etc.)
3 - Características do agressor e da vítima
Disponível em: http://www.blogandogospel.com/o-que-e-bullying-como-evita-lo-video-e-fotos/. Acesso em 15/08/2011.
É momento de saber e identificar este fenômeno que ocorre
mundialmente, para evitar sofrimento nas pessoas envolvidas. A Revista
Comunidade Escolar traz para nosso conhecimento sobre “Principais Sinais de
Bullying”, retirado da Gazeta do Povo1, algumas características:
Agressor
- Costuma ter amigos bajuladores e que têm medo dele.
- É impaciente, agressivo e pode ter problemas de autoestima.
- É mandão e vingativo.
- Já teve problemas de comportamento na escola.
- Já foi vítima do bullying. Vítima
- Fica entristecida ou se isola.
1 Segundo a Revista Comunidade Escola, estas informações foram retiradas do Jornal Gazeta do Povo. “Bullying: o mal menosprezado.” Publicado em 20/09/2009 por Adriana Czelusniak.
7
- Não quer mais ir à escola.
- Tem mais falta e perde rendimento escolar.
- Chega em casa com roupas sujas e rasgadas por causa de brigas.
- Fica aborrecida quando navega na internet- pode estar sofrendo ameaças
ou ofensas.
- Diz que não tem amigos ou que ninguém gosta dela.
- Apresenta sinais físicos (diarréia, vômitos, dores abdominais, asma, insônia
e pesadelos), emocionais (como tristeza e depressão) ou sociais (como
isolamento e não participação em atividades de grupo).
(Nº 11, Nov/2010. Ano 5- p. 11)
4 - Caracterizando os envolvidos
Disponível em: http://www.blogandogospel.com/o-que-e-bullying-como-evita-lo-video-e-fotos/. Acesso em 15/08/2011.
A ABRAPIA (Associação Brasileira de Proteção a Infância e a
Adolescência) apresenta algumas características que podem ser destacadas e
a forma como esses alunos envolvem-se com o fenômeno bullying:
• Alvos de bullying- são aqueles alunos que só sofrem bullying.
• Alvos/ autores de bullying- são aqueles alunos que ora sofrem, ora
praticam bullying.
• Autores de bullying- são aqueles alunos que só praticam bullying.
• Testemunhas de bullying- são aqueles alunos que não sofrem nem
praticam bullying.
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5 - Aspectos legais
Disponível em: http://blogdoindependencia.blogspot.com/2010/09/lei-torna-obrigatoria-notificacao-de.html. Acesso em 15/08/2011.
• Cartilha Informativa sobre o bullying, lançada em 20 de outubro de 2010,
pelo Conselho Nacional de Justiça por Ana Beatriz Barboza Silva.
• Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabeleceu as Diretrizes
e Bases Nacionais da Educação Nacional (LDBN), preconiza que “todo
cidadão tem direito a escolarização”, bem, como, também assegura, ao
preceituar: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana tem como
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (LBDN, título II,
art. 2º).
• Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990 que dispõe sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente, que estabelece “Estar a salvo de qualquer
tratamento desumano, violento, vexatório ou constrangedor” (ECA, cap. II,
art. 18º).
6 - Papel da família
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Disponível em: http://ctviva.com.br/blog/a-familia-sobria/. Acesso em 15/08/2011.
Atualmente é primordial a escola estar em constante sintonia com a
família. Mas para que isso aconteça é necessário que a família sinta-se parte
da escola, estando cada vez mais próxima. São poucas as escolas que têm
esse privilégio de ter a participação dos pais. Quando ambos tiverem
consciência que um depende do outro para alcançar o maior objetivo que é um
futuro melhor para o filho e educando e, posteriormente, para toda a sociedade,
poderão perceber a força desta união família/escola.
Hoje em dia os pais devem estar cada vez mais atentos aos filhos, saber
sobre suas atitudes e comportamentos, porque quando os pais acompanham
seus filhos e são parceiros, os jovens sentem-se seguros e sabem que podem
contar com o apoio, quando necessário.
No que diz respeito ao papel da família, concordo com Chalita (2008,
p.168) quando diz:
Quando a família abre mão desse aprendizado, abre também espaço para a violência, para as atitudes que enfraquecem e isolam atrás de grades, muralhas e guaritas. A violência que invade ou nasce no espaço familiar se expande para todos os outros segmentos da sociedade como uma teia de relações destrutivas que se reproduz e contamina os ambientes e as pessoas. (CHALITA, 2008 pg. 168)
Somos vítimas de um mundo conturbado, onde as pessoas não
valorizam mais aspectos como a amizade, respeito, colaboração,
responsabilidade, disciplina, honestidade, paciência, dedicação, partilha e
companheirismo. Essas são atitudes que devem começar dentro do seio
familiar, porque por meio dessa conscientização não haverá espaço para
agressores e nem para vítimas do fenômeno bullying que está assustando
cada vez mais as pessoas.
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Percebe-se que, muitas vezes, o papel da família tem sido transferido
para a escola. Está na hora de cada um assumir a sua responsabilidade e agir
para que consequências mais graves deixem de acontecer.
Nossos jovens estão mostrando por meio de ações incorretas que estão
precisando de ajuda. Todos são responsáveis e devem tentar reverter essa
situação, porém os pais devem estar cientes sobre qual é a sua função em
relação ao seu filho: que é de educar e direcionar o caminho que este deverá
escolher.
7 - Papel da escola
Disponível em: http://fanaticosporcristo.blogspot.com/2010/08/11-coisas-que-as-escolas-nao-ensinam.html. Acesso em 15/08/2011.
Percebemos a necessidade do diálogo, a escola não deve ser
considerada o espaço exclusivo do professor, que só ele possui o saber. Paulo
Freire ao discutir as histórias de dominação, mostra que quem detém a
dominação do saber, detém, por consequência, o poder sobre todas as outras
esferas. Então cabe a ele saber orientar e reconstruir o saber do outro, no
sentido do respeito total ao outro, aos seus saberes. É somente o diálogo que
leva ao crescimento de ambas as partes e Chalita (2008, p.191) afirma que:
Além da forma, é preciso um professor que se comunique adequadamente com os alunos. A comunicação é o elemento humanizador que aproxima as pessoas, cria identificação e
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cumplicidade, clarifica as semelhanças e esclarece as diferenças. Por meio do diálogo as pessoas aprendem sobre as outras. Aprendem a compreender e a ser compreendidas, a confiar e a se tornarem confiáveis. (CHALITA, 2008 pag. 191)
Ao analisarmos a fala de Chalita, verificamos a importância do professor
diante a escola, porque ele é o articulador não só do conteúdo, mas é
responsável pela boa convivência dentro da sala de aula onde as proximidades
das pessoas é constante. E quando se cria um ambiente escolar favorável a
todos, certamente não haverá abertura para intrigas, diferenças, enfim para
que ocorram casos de bullying.
Através do diálogo o professor faz com que todos reflitam sobre seu
comportamento e as consequências que podem acontecer e levar ao extremo
dentro dos muros escolares e que acarretará por toda vida. Portanto, mesmo
assim, infelizmente, é impossível que não haja conflito entre os alunos. A esse
respeito Ortega e Del Rey, (2002, p.21) comenta:
O combate da violência escolar deve contar com instrumentos de melhoria das relações que, atuando de forma preventiva no processo de convivência escolar, terminem por evitar a violência juvenil.(ORTEGA DEL REY, 2002, p.21)
Acredito que quase todos que passaram pela escola, são vítimas de
apelidos, exclusão e fofocas por parte de agressores.
O papel da escola frente ao bullying é extremamente importante, porque
é nela que convivem milhares de pessoas todos os dias. E para que essa
convivência seja saudável é necessário criar laços de um bom relacionamento,
sendo o ambiente escolar o melhor lugar para se efetivar a melhoria das
relações humanas, onde o diálogo é o elo para uma boa interação entre todos
os personagens deste grande palco que é a escola. E o principal ator deste
espetáculo é o professor, pois é a partir de seus exemplos, que poderemos
mudar o dramático destino de crianças envolvidas nesse tão temido fenômeno
chamado bullying.
8 - Papel da sociedade
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Disponível em: http://anajulianevesmendonca.blogspot.com/2009/09/regras-de-convivencia-na-sociedade.html. Acesso em 15/08/2011.
A sociedade se educa para formar cidadãos. Todavia a dinâmica social só acontece com o exercício da cidadania, que confere ao indivíduo, o direito de participar. É na prática da cidadania que tomamos consciência de que somos sujeitos de direitos e deveres e temos, portanto, o direito de ter direitos e deveres. Os excluídos dessa dinâmica se convertem em perigo para a sociedade. Restam a eles apenas um aglomerado de regras e de obrigações e o desejo de contrariá-las. (CHALITA, 2008, pag. 227)
O homem para tentar viver melhor em sociedade, precisou criar regras,
para poder viver e ter uma boa convivência. Não é uma tarefa impossível de
ser realizada, porém precisamos de consenso e respeitar o limite de cada um,
ao menos procurar ter uma convivência social básica.
É essencial que o Estado decrete formas de providências para proteger:
crianças, jovens, enfim a sociedade em geral. Este combate deve ter a
participação efetiva de todas as autoridades locais e da comunidade escolar
para que juntos possam refletir sobre suas expectativas e necessidades de se
chegar a uma validade ideal para se viver com dignidade, que é um sonho e
direito de todo cidadão, principalmente a criação de mecanismos capazes de
promover a igualdade num país que convive com um sistema capitalista
excludente, dominado pelo progresso e pela competição, levando os jovens a
cometer atitudes violentas para vencer essas indiferenças.
A sociedade deve buscar e cobrar implementações de políticas públicas
voltadas para o interesse coletivo, analisando o conceito de democracia e
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cidadania, empenhando recursos em campanhas de prevenção ao bullying, por
meio de ações que devem sempre ser tratadas como prioridades pela
administração pública.
9 - Os subvalores de paz e suas definições
Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-Y_pwhSSPLbE/ThSlhqUv9GI/AAAAAAAAAAo/_JPBf4HsTEc/s1600/paz.jpg. Acesso em 15/08/2011.
Com toda a problemática trazida pela violência, principalmente o
bullying, torna-se necessário encontrarmos uma saída, uma tentativa para
podermos solucionar esta ferida social. Encontramos em Mesquita subsídios
para alicerçamos ações que direcionem a paz.
Mesquita (2003, p. 60) estabelece os valores:
Da paz e suas definições:
• SILÊNCIO INTERIOR: é esvaziar a mente e deixar fluir a energia que
vem do coração que é a voz de Deus.
• CALMA: é a serenidade obtida com aquietamento da mente e o
mergulho profundo em nosso interior.
• CONTENTAMENTO: é o sentimento de alegria. Por meio do
autoconhecimento e do encontro da paz interior, aprendemos a
conhecer o verdadeiro estado de contentamento.
• TRANQUILIDADE: é a conquista do equilíbrio interior.
• PACIÊNCIA: é a capacidade de esperar com tranquilidade. Ela brota do
amadurecimento do ser e da clareza da mente. Não deve ser confundida
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com lentidão.
• AUTOCONTROLE: é o domínio dos nossos impulsos e atos inferiores.
• TOLERÂNCIA: é a tendência de admitir modos de pensar, agir e sentir
diferentes do nosso. Ser tolerante exercita nossa capacidade de amar o
próximo, ajuda a superar o egoísmo. Tolerar não é suportar, é
compreender e respeitar.
• CONCENTRAÇÃO: é a atenção no que se está fazendo em dado
momento. A concentração da mente em determinado ponto leva à
compreensão e a vivências profundas.
• AUTOACEITAÇÃO: é viver sem culpas, é o fruto da coragem de vencer
nossa ignorância. É a consciência de que temos dons e podemos
contribuir com o crescimento de todos.
• AUTOESTIMA: é a valorização de si mesmo, imprescindível para a
evolução humana. Sem a autoestima o indivíduo despreza as
oportunidades que a vida lhe oferece, vendo tudo negativamente.
• DESPRENDIMENTO: é estar liberto, em total desapego. O apego
estreita a mente e restringe o amor. Já o desprendimento se alcança
quando se vive em harmonia com os aspectos materiais e espirituais.
Sem o desprendimento, não há transformação.
• AUTOCONFIANÇA: é a fé em si mesmo, a energia que impulsiona no
caminho da vitória, ultrapassando-se as dificuldades e as fraquezas. Só
pode ter fé em Deus aquele que tem fé em si mesmo.
Da não violência e suas definições:
• COOPERAÇÃO: é fazer em conjunto, trabalhar por algo comum.
• FRATERNIDADE: é o reconhecimento de que todos têm a mesma
origem divina e os anseios são basicamente os mesmos.
• ALTRUÍSMO: é a vitória sobre o egoísmo. É a satisfação de realizar
algo sem a preocupação de satisfazer o ego.
• RESPEITO À CIDADANIA: é a consciência de que nosso bem-estar
está ligado ao bem estar social.
• CONCÓRDIA: é a apreciação lúcida e paciente de uma opinião ou
situação.
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• FORÇA INTERIOR: é o cultivo dos valores humano, que fortalece o
caráter do ser. E também a manifestação consciente do Deus interno.
• UNIDADE: é a consciência da interdependência em relação ao todo.
Tudo interage e se comunica, ninguém vive isolado.
• PATRIOTISMO: é o amor pela terra em que vivemos e o oferecimento
de nossos dons para o crescimento e o desenvolvimento dela.
• RESPONSABILIDADE CÍVICA: é a colaboração ativa com o
crescimento de uma nação, quer como indivíduo, quer como empresa,
quer como organização governamental. É uma alternativa positiva e
crítica ao sistema e da omissão que nada resolve.
• SOLIDARIEDADE: é a identidade de sentimentos com nosso
semelhante.
• RESPEITO À NATUREZA: é a consciência da importância de todas as
formas de vida e da interdependência delas.
• RESPEITO ÀS RELIGIÕES: é o despertar do respeito às diferenças, a
abertura para novos conhecimentos, que não dá espaço ao julgamento.
• USO ADEQUADO DO TEMPO: é aproveitar todo momento como se
fosse único, executando-se as atividades de acordo com o tempo
proposto pela natureza.
• USO ADEQUADO DO DINHEIRO: é a consciência de que o dinheiro
deve circular. Ele gera possibilidade e não pode ser usado como
instrumento de poder, ganância nem desperdício. Não deve ser o
objetivo principal de uma realização.
10 - ATIVIDADES
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Disponível em: http://2.bp.blogspot.com/_QD03O_ZWf-I/TBvPIWWrZ7I/AAAAAAAAAJI/XGO_aLf4V1U/s1600/dinamica.jpg. Acesso em 15/08/2011.
As atividades que serão desenvolvidas foram planejadas com o objetivo
de oportunizar a reflexão dos alunos em relação aos colegas, professores,
família e sociedade em que vivem.
Sentimos necessidade de estarmos em contato com pessoas, assim nas
Dinâmicas de Grupo teremos a oportunidade de trocar experiências e de
desfazer muitas barreiras que nos distanciam.
Nada mais gratificante do que proporcionar um ambiente tranquilo onde
se possa pensar. Por isso trabalharemos com Músicas que fazem parte da
nossa vida desde o útero materno.
Ao assistir a um Filme, podemos nos identificar, sonhar com o que
desejamos, buscamos ou no que devemos mudar. No entanto, deve-se
verificar a faixa etária que estará presente, para que em seguida possa-se
discutir e destacar os pontos importantes do filme.
Contar Histórias é uma arte. Com elas aprendemos a pensar e crescer.
E por falar em arte, sabemos que a arte de ouvir está ficando de lado. Então
está nas mãos dos professores despertarem o interesse em escutar histórias,
desenvolvendo o caráter, o raciocínio, a imaginação e a criatividade, só
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teremos esses atributos, se despertarmos o hábito da Leitura, no qual podemos
ir além dos nossos sonhos ampliando o entendimento de mundo.
Essas estratégias foram pensadas e organizadas para motivar os
alunos, criando um ambiente, onde predominem a cooperação, o diálogo e o
respeito às diferenças entre as pessoas.
10.1- DINÂMICA DE GRUPO
10.1.1- DINÂMICA - DINÂMICA DAS FLORES
A dinâmica consiste em promover um momento de confraternização entre os
alunos.
Providencie um cartãozinho com a imagem das seguintes flores: orquídea,
margarida, rosa, e girassol. Esses cartõezinhos deverão ser entregues aos
membros anteriormente.
Duas pessoas deverão ler a mensagem abaixo (como um jogral). Pedir a todos
que estejam atentos à leitura.
1 – Dentre as obras da criação de nosso Deus destacamos as flores. As flores
fazem parte da lembrança de bons momentos e das principais celebrações da
vida. Elas têm o poder de transformar um dia comum em uma data especial,
um ambiente simples em aconchegante e um momento qualquer em
inesquecível.
2 - Gostaríamos de destacar nesse momento as ORQUÍDEAS. Elas são um
demonstrativo do amor do Pai celestial, trazendo a lembrança da beleza,
perfeição e pureza espiritual. Ao pensarmos na beleza das orquídeas,
lembramos da beleza de cada aluno aqui presente. Sabemos que nos
tornamos mais bonitos quando estamos felizes e sorridentes. Se você tem o
cartão com a imagem de uma orquídea, coloque-se em pé e distribua sorrisos
aos que estão ao seu redor.
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3 – Dentre as tantas flores, gostaríamos de falar agora da MARGARIDA.
Sempre tão delicada, nos remete à lembrança da inocência e do amor leal. Ao
criá-la, nosso bom Deus nos deu a oportunidade de trazer a cada um de nós o
sentimento de lealdade ao nosso irmão. Se você tem o cartão com a imagem
de uma margarida, coloque-se em pé e demonstre seu sentimento de lealdade,
apertando a mão dos que estão ao seu redor.
4 – Continuando com nossas flores, ressaltamos agora a beleza irradiante do
GIRASSOL. Sua cor forte nos faz lembrar do Sol com toda a sua glória e
altivez, esboçando o cuidado infinito do Pai Eterno por nós. Dentro de suas
pétalas cabe muita alegria. Se você tem o cartão com a imagem de um
girassol, coloque-se em pé e demonstre sua alegria distribuindo abraços aos
que estão ao seu redor.
5 – As ROSAS são as flores que mais atraem pela sua beleza. Elas podem ter
diversas cores e cada cor transmite um sentimento, seja este de amizade, paz,
encanto, admiração, gratidão, carinho e amor. Quando penso nas rosas, penso
no amor de Deus por nós. Esse amor demonstra cuidado, zelo e sacrifício por
cada um de nós. Se você tem o cartão com a imagem de uma rosa, coloque-se
em pé e demonstre seu amor ao próximo, distribuindo beijos aos que estão ao
seu redor.
6 – Por meio das flores podemos expressar nossos sentimentos aos nossos
colegas de classe.
10.1.2- ESCOLHA DOS BICHOS "MAIS"
1- Objetivos:
- Cultivar uma boa convivência no grupo, na amizade e na verdade;
- Perceber as razões da falta de fraternidade e dos conflitos que surgem no
grupo de jovens, no grupo de trabalho;
- Rever as próprias atitudes, para tentar mudar.
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2- Passos:
- Cada participante recebe um papel onde está escrito o nome de um bicho,
com algumas características, procurando interiorizá-las e expressá-las no
grupo em forma de dramatização.
Exemplo:
A cobra: É traiçoeira, perigosa, esperta e oportunista, envenena o grupo, é
fofoqueira e quer ver o circo pegar fogo.
O gato: Companheiro, prestativo, carinhoso, esperto.
A borboleta: Não é acomodada. Alegra o ambiente, integra.
O papagaio: Fala, fala, não fala nada que contribua. É inteligente, aprende
o que os outros fazem, tanto o bem como o mal.
O cavalo: Dá patadas em todos.
O pavão: Fica sempre de leque aberto. Acha que é mais bonito, mais
inteligente, aquele que sabe mais.
O boi: Sossegado, tranquilo, é esforçado e topa qualquer trabalho.
O pombo: Sempre se preocupa em conversar com os companheiros.
O urubu: Só vê carniça. É pessimista, descrente. Só gosta de coisa ruim. Quer
ver o grupo morrer.
A formiga: É operária, trabalhadeira, trabalha sempre em grupo.
Galinha d'Angola: Fala a mesma coisa o dia inteiro: "To fraco". Não acredita
em si mesma, mas tem que falar.
O bicho preguiça: Vagaroso, preguiçoso. Nunca faz nada. Está sempre
“pendurado" nos outros.
- O animador verifica se todos compreendem os diferentes papéis (animais),
podendo acrescentar outros, se necessário.
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- O animador observa o que cada animal expressa características positivas ou
negativas. Nunca as duas juntas.
- Colocar em papelógrafo o comportamento dos animais e afixar na parede.
- Trabalho em grupo:
a) Quais desses animais encontramos em nosso ambiente escolar?
b) Analisar 3 bichos considerados mais importantes para o grupo.
10.2- MÚSICAS
1- A paz
Roupa Nova.
Composição: Michael Jackson: versão: Nando
a) Após ouvir e assistir ao vídeo “A paz”, se expresse por meio de um desenho.
O que é paz para você? Em seguida apresente para o grande grupo.
2- Tradução: Português
Imagine: John Lennon
1- Assistir ao vídeo e ouvir a música
2- Dividir a sala em dois grupos. Grupo 1 e grupo 2.
3- Orientar o grupo 1 que irá desenhar como os componentes veem o mundo
hoje.
4- O grupo 2, ficara encarregado de desenhar o mundo com o qual todos
sonham.
5- Para finalizar os dois grupos apresentarão, comentando sobre o que
desenharam.
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10.3- FILMES
1- formiguinha Z
Desenho animado sobre uma formiguinha questionadora, que busca um lugar
melhor para viver. Ela deseja, na verdade, uma transformação de maneira
espontânea e desinteressada. Ela não concorda com a discriminação no
formigueiro.
2- Ao mestre com carinho
Um professor negro vai lecionar em uma escola frequentada por adolescentes
com baixíssima autoestima, problemáticos e violentos. O filme traz mensagem
de paz e esperança.
10.4- HISTÓRIAS
1- A Fábula da Convivência
FÁBULA DA CONVIVÊNCIA
Há milhões de anos, durante uma era glacial, quando parte de nosso
planeta esteve coberto por grandes camadas de gelo, muitos animais, não
resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às
condições.
Foi, então, que uma grande quantidade de porcos-espinhos, numa
tentativa de se proteger e sobreviver, começaram a se unir, juntar-se mais e
mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos,
bem unidos, agasalhavam uns aos outros, aqueciam-se mutuamente,
enfrentando por mais tempo aquele frio rigoroso.
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Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os
companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais
calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos,
magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não suportarem mais tempo os
espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito...
Mas essa não foi a melhor solução! Afastados, separados, logo
começaram a morrer de frio, congelados. Os que não morreram voltaram a se
aproximar pouco a pouco, com jeito, com cuidado, de tal forma que, unidos,
cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente
para conviver sem magoar, sem causar danos e dores uns nos outros.
Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.
É fácil trocar palavras, difícil é interpretar o silêncio!
É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos, difícil é reter o calor!
É fácil conviver com pessoas, difícil é formar uma equipe!
(Autor desconhecido)
Para sermos uma equipe, "precisamos descobrir a alegria de conviver”.
(Carlos Drummond de Andrade)
2-Reflexão sobre o texto
- Gostaram da história?
- O que vocês entendem por convivência?
- Como os porcos conviviam no frio?
- O que aconteceu para que eles se afastassem uns dos outros?
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- Na nossa vida nós também podemos ferir outras pessoas? Como?
- Como deve ser nosso relacionamento com os outros?
2- Histórias do Tsuru
O tsuru é um dos mais conhecidos símbolos da paz. Segundo a antiga
tradição oriental, fazer mil garças em origami é um ato de esperança. Daí
surgiu o hábito de fazer uma corrente de Tsurus para realizar desejos: a
recuperação de um doente, a felicidade no casamento, a entrada para a
universidade, a conquista de um emprego.
A primeira referência sobre essa tradição foi encontrada no livro
Senbazuru Orikata (Dobradura de mil garças), de Ro Ko An, publicado em
1797.
Mas foi uma menina chamada Sadako Sassaki que imortalizou a
corrente dos mil tsurus como símbolo eterno de paz e harmonia. Sadako
nasceu em Hiroshima logo após a cidade ter sido atingida por uma bomba
nuclear, na Segunda Guerra Mundial. Por causa das radiações, essa garotinha
adquiriu uma doença fatal. Aos dez anos, ao saber da Senda do tsuru, ela
decidiu fazer mil pássaros de dobradura para ter saúde suficiente para viver.
Mas, quando chegou no pássaro de número 964, Sadako morreu. Foram seus
amigos e parentes que terminaram a corrente.
A dobradura Tsuru é bastante fácil de fazer, siga as instruções:
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Disponível em: http://www.sushiyoshi.com.br/origami_tsuru.htm. Acesso em 15/08/2011.
10.5- LEITURA
1- Se ligue em você (Luiz Antonio Gasparetto)
2- Cantinho da leitura com textos envolvendo valores: amizade,
cooperação, respeito, responsabilidade, disciplina, honestidade,
paciência, dedicação, partilha e companheirismo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://pt.scribd.com/doc/50389501/17/Dinamica-Escolha-dos-bichos-mais
http://www.sushiyoshi.com.br/origami_tsuru.htm