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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEED/MEC UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA MÍDIAS NA EDUCAÇÃO TODA SEMANA TEM HISTÓRIA E TODA VEZ... ...UMA HISTÓRIA DIFERENTE! Aline Michelle Barros Barella Gabriele Fracasso Nome da Tutora: Franciane Coimbra

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEED/MECUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA MÍDIAS NA EDUCAÇÃO

TODA SEMANA TEM HISTÓRIA E TODA VEZ......UMA HISTÓRIA DIFERENTE!

Aline Michelle Barros Barella

Gabriele Fracasso

Nome da Tutora: Franciane Coimbra

Lindóia do Sul/SCJunho/2009

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................32. OBJETIVOS............................................................................................................52.1. Objetivo Geral.......................................................................................................5

2.1. Objetivo Específicos .............................................................................................5

3. JUSTIFICATIVA......................................................................................................64. REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................85. METODOLOGIA....................................................................................................125.1 Contando e Recontando Histórias de Diversas Formas......................................12

5.2 Mídias e Tecnologias a Serem Utilizadas:...........................................................13

5.3 Propostas de Atividades Para Serem Realizadas através da Contação de

Histórias.....................................................................................................................14

6. PLANEJAMENTO DE UNIDADE..........................................................................156.1 Atividade 1...........................................................................................................15

6.2 Atividade 2...........................................................................................................15

6.3 Atividade 3...........................................................................................................16

6.4 Atividade 4...........................................................................................................16

6.5 Atividade 5...........................................................................................................16

6.6 Atividade 6...........................................................................................................17

6.7 Atividade 7...........................................................................................................17

6.8 Atividade 8...........................................................................................................18

7. CRONOGRAMA....................................................................................................198. RESULTADOS ESPERADOS...............................................................................209. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................2210. REFERÊNCIAS...................................................................................................23

RESUMO

A Literatura Infantil é arte, é sonho e encantamento, faz parte da cultura e representa instrumento pedagógico no processo de construção do conhecimento e desenvolvimento da criança. Portanto, estar em contato com a literatura desperta no íntimo da criança seus desejos, prazeres e angústias. As histórias contribuem para o crescimento emocional, cognitivo e a identificação pessoal, a percepção de diferentes resoluções para problemas, desperta a criatividade, a autonomia, a sensibilidade, e, principalmente, a imaginação, que são necessárias em sua formação para sociedade atual. As tecnologias da informação e comunicação marcam uma nova etapa na educação, sendo assim, objetiva-se promover a universalização das TICs no âmbito educacional, implementando o acesso/contato a computadores conectados a internet, incentivando a cultura, estimulando a expressão e a interpretação, através da contação de histórias digitalizadas, reproduzidas em datashow/ power point ou similar. A leitura é tão necessária quanto aprender a fazer “contas”. É nela que a criança se baseia em suas escolhas, a força do bem e a fraqueza do mal, um mundo de imaginação, que colabora na sua formação, sua personalidade, desenvolvendo o bom senso. Ouvir e ler histórias é como entrar em um mundo encantador, cheio de mistérios e surpresas, sempre muito interessante, curioso, que diverte e ensina. É na relação lúdica e prazerosa da criança com a história que temos uma das possibilidades de formarmos o leitor. É na exploração da fantasia e da imaginação que se instiga a criatividade e se fortalece a interação entre texto e leitor.

Palavras-chave: Construção. Imaginação. Conhecimento.

1. INTRODUÇÃO

Quem de nós não lembra com saudades das histórias lidas e ouvidas

quando crianças? Daquela historinha contada por nossos pais ao pé da cama antes

de dormir? Ou daquela contada e interpretada pela professora nas primeiras séries

do ensino fundamental?

Na interação da criança com a obra literária está a riqueza dos aspectos

formativos nela apresentados de maneira fantástica, lúdica e simbólica. A

intensificação dessa interação, através de procedimentos pedagógicos adequados,

leva a criança a uma maior compreensão do texto e a uma compreensão mais

abrangente do contexto. Uma obra literária é aquela que mostra a realidade de

forma nova e criativa, deixando espaços para que o leitor descubra o que está nas

entrelinhas do texto.

A literatura infantil, portanto, não pode ser utilizada apenas como um

"pretexto" para o ensino da leitura e para o incentivo à formação do hábito de ler.

Poucas crianças têm o hábito de ler em nosso país. A maioria tem o

primeiro contato com a literatura apenas quando chega à escola. E a partir daí, vira

obrigação, pois infelizmente muitos de nossos professores não gostam de trabalhar

com a literatura infantil e talvez desconheçam técnicas que ajudem a "dar vida às

histórias" e que, consequentemente, produzam conhecimentos. Muitos não levam

em conta o gosto e a faixa etária em que a criança se encontra, sendo que muitas

vezes o livro indicado ou lido pelo professor está além das possibilidades de

compreensão dela em termos de linguagem.

(http://www.ufsm.br/lec/02_01/CintiaLC6.htm)

Uma história traz consigo inúmeras possibilidades de aprendizagem. Entre

elas estão os valores apontados no texto, os quais poderão ser objeto de diálogo

com as crianças, possibilitando a troca de opiniões e o desenvolvimento de sua

capacidade de expressão. O estabelecimento de relações entre os comportamentos

dos personagens da história e os comportamentos das próprias crianças em nossa

sociedade possibilita ao professor desenvolver os múltiplos aspectos educativos da

literatura infantil. (http://www.ufsm.br/lec/02_01/CintiaLC6.htm)

Este projeto traz novas formas de se trabalhar à leitura e a contação de

histórias, ele será aplicado no Núcleo de Educação Ottaviano Nicolao, no 2º ano das

3

Séries Iniciais, pela Professora Aline; e na Escola de Educação Básica Padre Izidoro

Benjamin Moro, no 1º ano das Séries Iniciais, pela Professora Gabriele, ambas

localizada no município de Lindóia do Sul/SC.

Experiências felizes com a literatura infantil em sala de aula são aquelas em

que a criança interage com os diversos textos trabalhados de tal forma que

possibilite o entendimento do mundo em que vivem e que construam, aos poucos,

seu próprio conhecimento. Para alcançarmos um ensino de qualidade, se faz

necessário que o professor descubra critérios e que saiba selecionar as obras

literárias a serem trabalhadas com as crianças, incluindo nelas as tecnologias. Ele

precisa desenvolver recursos pedagógicos capazes de intensificar a relação da

criança com o livro e com seus próprios colegas, segundo Bettelheim (1996).

Pensando nisto elaboramos este projeto onde há propostas de trabalhos

desenvolvidas através da contação de história e que qualquer professor pode

aproveitar e adequar a sua turma é, uma maneira enriquecedora de chamar a

atenção, a curiosidade do aluno para ler.

Neste sentido, reportamos às palavras de Vignardi e Domingues (2000,

p.173) para explicitar a gostosura do ato de ler histórias para crianças:

Ler é um prazer. São possibilidades infinitas de descobrir o mundo, os outros, os adultos, cavalgar nesse mundo através do imaginário, da brincadeira, do faz – de – conta. São respostas, novas perguntas, achados de questões perdidas. É busca, é procura, é divertimento, é vibração, pura emoção!

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Oportunizar a dramatização, a criatividade através da criação de histórias

utilizando os recursos tecnológicos e mídias, a fim de que as crianças recontem a

história de seu jeito.

2.2. Objetivos Específicos

- Utilizar as ferramentas de navegação e pesquisa, valendo-se de sítios de

busca, afim de tomar conhecimento sobre a literatura infantil.

- Elaborar e apresentar a proposta de atividade, usando material impresso

como apoio para apresentar aos alunos, afim de que tornar conhecidos os recursos

tecnológicos do nosso dia-a-dia.

- Apresentar de forma sistematizada as atividade de aprendizagem, afim de

desenvolver o hábito de ouvir com atenção.

- Conhecer diversas histórias infantis (clássicas, fábulas, tradicionais...),

através da apresentação de slides, apresentação em retro projetor, DVD, rádio,

jornal, revista, em fichas, para desenvolver a imaginação e a fantasia.

- Oportunizar a dramatização, a criatividade através da criação de histórias

utilizando os recursos tecnológicos, a fim de que as crianças recontem a história de

seu jeito.

- Permitir a livre expressão, enriquecendo e ampliando o vocabulário, o

pensamento lógico e a rapidez de raciocínio.

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3. JUSTIFICATIVA

De acordo com Abramovich (1997, p.17):

É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem – estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam e quem as ouve – com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar... Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário!

Nessa viagem ao imaginário, a autora evidencia a Literatura Infantil como

possibilidade de a criança viver intensamente suas experiências e descobertas.

Estas manifestadas pelas brincadeiras de faz-de-conta, bem como, pela ludicidade,

a espontaneidade, a imitação, que auxiliam na produção a sua imaginação criadora.

Colaborando com a ampliação do mundo imaginário das crianças, alimentando suas

brincadeiras e instigando sua curiosidade. Isto faz com a cada dia se descubra

novas histórias e novas formas de aprender com elas, desenvolvendo atividades

diversificadas e interessantes.

As diferentes maneiras que encontramos de contar histórias para crianças

permitem que elas vivenciem ricas experiências, e quanto mais ricas forem estas

experiências, a viagem ao seu mundo imaginário e a sua criatividade serão

demonstradas em suas ações e interações com o mundo real.

Faz-se necessário viajarmos no mundo de limites e possibilidades

oferecidos pela Literatura Infantil, buscando descobrir e resignificar o cotidiano da

Educação, a fim de oportunizar as crianças situações imaginárias significativas que

envolvam a magia, o faz-de-conta, o brincar, o rir e o chorar, o cair e o rolar, o subir

e o descer, o criar e o recriar.

A rapidez com que se produz o conhecimento e a circulação de informações

no mundo atual, impõe novas demandas para a vida em sociedade. Corroborando

com estas assertivas é que podemos destacar a importância do trabalho com

tecnologias para nossos alunos. Permite a interação de outros alunos em outras

comunidades, através de sistemas interativos de comunicação por meio de redes de

computadores. Além disso, as tecnologias podem enriquecer o ambiente escolar e o

de aprendizagem.

6

Sendo assim, a incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se,

contribuir para melhoria da qualidade de ensino. A simples presença de novas

tecnologias na escola, não irá garantir a qualidade na educação, porém abre

possibilidades para criação de novas propostas, possibilitando ainda a construção

de conhecimento através de uma atuação ativa e crítica.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

“Ler é questionar o mundo e ser questionado por ele”; uma definição feliz do

autor Jean Faucambert, está nessa troca, entre o sujeito e tudo o eu está fora dele,

o núcleo mais essencial da leitura enquanto ato social, não apenas enquanto

aprendizagem de um código.

Por isso, ler é encontrar algumas respostas para os problemas da vida, é

descobrir que o mundo e o homem podem ser diferentes. E, por isso, estar apto a

mudanças, equipado a realizar uma trajetória de desafios ao historicamente

estabelecido.

É ter a capacidade de propor utopias, de pergui-las. Ler é reconhecer-se.

Toda vez que percebemos a identificação do leitor com situações, sentimentos e

personagens, vivenciamos o poder de expressar o ser humano, que o texto literário,

por natureza, contém. É por isso que o leitor alimenta seu imaginário ao interagir

com as construções literárias inventadas a partir do real.

Para explicitar a importância das histórias no desenvolvimento das crianças,

reportamo-nos as palavras de Rego (1995, p. 51):

É muito difícil uma criança que não se interesse por ouvir historias e não expresse espontaneamente um interesse lúdico pelas palavras. Contar histórias para as crianças pequenas é uma atividade muito comum em várias culturas.

Ao abordarmos as palavras da autora, no que se refere à Literatura Infantil

observa-se que a criança desde pequena demonstra o interesse lúdico pelas

histórias. Além disso, a Literatura Infantil possui credenciais básicos para levar a

criança ao seu mundo imaginário. Ela não é copia do real, nem puro exercício de

linguagem, tampouco mera ocupação do tempo ocioso, sua presença no ambiente

da Educação Infantil é repleto de intencionalidades que aguçam no íntimo de cada

criança seus anseios, seus sonhos e fantasias.

A cada história recontada elas viajam por caminhos inimagináveis,

resolvendo seus próprios conflitos e ampliando seus conhecimentos acerca do

mundo.

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Tendo como referencia teórica em nosso trabalho, esboçamos as palavras e

considerações de Abramovich (1997, p. 24) que afirma:

Ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de prazer, de divertimento dos melhores (...). É encantamento, maravilhamento, sedução (...). O livro da criança que ainda não lê é a história contada. E ela é (ou pode ser) ampliada de referenciais, poetura colocada, inquietude provocada, emoção deflagrada, suspense a serem resolvido, torcida desenfreada, saudades sentidas, lembranças ressuscitadas, caminhos novos apontados, sorriso gargalhado, belezuras desfrutadas e as mil maravilhas mais que uma boa história provoca (desde que seja boa).

As palavras de Abramovich enfatizam a importância da Literatura no

desenvolvimento da criança, pois o seu contato com a diversidade de histórias

possibilita que elas sintam-se estimuladas e atraídas, vivenciem momentos mágicos,

de prazer e emoção, tornando o mundo um lugar mais divertido, mais prazeroso.

Propor desafios, despertar a curiosidade e permitir à criança confrontar suas

hipóteses com o conhecimento historicamente constituído, caminhando assim,

gradativamente, para a construção de conceitos científicos.

Diante disso, Abramovich (1997, p. 143), enfatiza que:

Ao ler uma história a criança desenvolve todo um potencial crítico. A partir daí ela pode pensar, duvidar, se perguntar, questionar... Pode se sentir inquietada, cutucada, querendo saber mais e melhor ou percebendo que se pode mudar de opinião (...).

Nas palavras da autora, o contato das crianças com a Literatura Infantil,

desperta o gosto pela leitura e o interesse em ouvir várias vezes a mesma história. A

partir disso, a criança desenvolve um olhar crítico frente às diferentes situações

vivenciadas pelos personagens e é instigada a questionar e participar da história,

estabelecendo relações entre o mundo real e o imaginário.

Sendo assim, ao concebermos a Educação Infantil como um espaço que

oportuniza a criança vivenciar em sua infância uma diversidade de experiências, é

imprescindível que as histórias infantis façam parte do seu cotidiano. Permitindo as

crianças viajar por caminhos inimagináveis, sonhar, criar, reinventar e fantasiar o

mundo a sua maneira. Desafiados a viver intensamente como crianças os

encantamentos da Literatura Infantil: a brincar, extrapolar, compartilhar e aprender

novos conceitos.

9

A evolução tecnológica vivida por nossa sociedade nos últimos anos, tem

evidenciado o valor da informação e provocado uma utilização crescente do

computador, comparado com outras áreas. Hoje mais do que nunca é necessário

que a humanidade e as próprias crianças aprendam a conviver em todos os

sentidos, com a autonomia na construção e na reconstrução do conhecimento,

processando novas informações e produzindo conhecimento novo.

A exclusão digital não é ficar simplesmente sem acesso a computadores ou telefones celulares, mas sim continuarmos incapazes de pensar, de criar e organizar novas formas, mais justas e dinâmicas, de produção e distribuição de riqueza simbólica e material. (SÉRGIO AMADEU SILVEIRA)

O professor que associa as TIC aos métodos ativos de aprendizagem

desenvolve a habilidade técnica relacionada ao domínio da tecnologia e, sobretudo,

articula esse domínio com a prática pedagógica e com as teorias educacionais que o

auxiliem a refletir sobre a própria prática e a transformá-la, visando explorar as

potencialidades pedagógicas das TIC em relação à aprendizagem e à conseqüente

constituição de redes de conhecimentos. A escola faz parte do mundo e para

cumprir sua função de contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer

plenamente sua cidadania, ela precisa estar acompanhando os processos, onde a

transformação e a construção da realidade devem estar abertas à incorporação

desses novos hábitos, comportamentos, percepções e demandas que surgirem. “Por

isso a grande intuição parpetiana é a de desenvolver o uso do computador como

modo de pensar e de aprender o que é conhecimento e de aperfeiçoar categorias

cognitivas”. (ALMEIDA, 1988, p. 15).

De acordo com Abramovich (1995, p.17),

Ler histórias para crianças, sempre, sempre ... É poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, com a idéia do conto ou com o jeito de escrever dum autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento ... É também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar outras idéias para solucionar questões (como as personagens fizeram ...). É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos - dum jeito ou de outro - através dos problemas que vão sendo defrontados, enfrentados (ou não), resolvidos (ou não) pelas personagens de cada história (cada uma a seu modo) ... É a cada vez ir se identificando com outra personagem (cada qual no momento que corresponde àquele que está sendo vivido pela criança) ... e, assim, esclarecer melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para a resolução delas ...

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Haja visto, que estas transformações tecnológicas, são gradativas, leva-se um

tempo e uma continua formação, principalmente do professor para se ter domínio.

No entanto, estamos cansados de ver nossos alunos reclamando da mesmice em

sala de aula, precisamos de propostas inovadoras que instiguem nossos alunos a

permanecerem no ato de aprender e ensinar.

...é ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve - com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar ... Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário! (Abramovich, 1995, p. 17).

A aprendizagem é um processo de construção do aluno - autor de sua

aprendizagem, mas nesse processo o professor, além de criar ambientes que

favoreçam a participação, a comunicação, a interação e o confronto de idéias dos

alunos, também tem sua autoria. Cabe ao professor promover o desenvolvimento de

atividades que provoquem o envolvimento e a livre participação do aluno, assim

como a interação que gera a co-autoria e a articulação entre informações e

conhecimentos, com vistas a construir novos conhecimentos que levem à

compreensão do mundo e à atuação crítica no contexto.

11

5. METODOLOGIA

Neste projeto, onde destacamos a contação de histórias, estamos

realizando um grande sonho que é poder conhecer o mundo da Literatura Infantil e

poder levar este mundo ás crianças, quantas coisas descobrimos, e de como

devemos valorizar os nossos autores brasileiros, por serem criativos, diversificados

e transparentes.

A nossa meta agora é aplicar todo este conhecimento á aqueles em que

todos acreditamos ser o futuro promissor do Brasil, a Criança. Sim, é nela que

devemos investir todo esse mundo imaginário e também real que nos faz refletir a

que nós seres humanos nos dispomos a suportar.

Através da Literatura podemos levar a criança a construir sua visão de

mundo, formar sua personalidade e ser cidadão digno conhecedor de seus direitos.

Como diz a Campanha Nacional do Ministério da Educação: “Quem lê, viaja!”.

5.1 Contando e Recontando Histórias de Diversas Formas

O advento das tecnologias de informação e comunicação – TIC, resultante

da junção entre informática e telecomunicações, gerou novos desafios e

oportunidades para a incorporação de tecnologias na escola em relação a diferentes

formas de representação e comunicação de idéias. A característica de propiciar a

interação e a construção colaborativa de conhecimento da tecnologia de informação

e comunicação evidenciou o potencial de incitar o desenvolvimento de habilidades

de escrever, ler, interpretar textos e histórias. Com o uso das TIC o ato de ler se

transforma. Não se trata da mesma leitura realizada no espaço linear do material

impresso. A leitura de um texto não-linear na tela do computador que conectam

informações representadas sob diferentes formas.

É importante integrar as potencialidades das tecnologias de informação e

comunicação nas atividades pedagógicas. Mesmo que seus recursos não estejam

fisicamente instalados nos espaços escolares, a mídia audiovisual invade a sala de

aula. A linguagem produzida na integração entre imagens, movimentos e sons atrai

e toma conta.

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As aulas expositivas, o papel, as pesquisas de campo, os trabalhos de

laboratórios, as consultas na internet, são recursos que complementam a prática

pedagógica, devem ser utilizados de maneira integrada e inteligente. Exatamente o

oposto do que se faz na educação convencional, que desperdiça preciosos recursos.

O professor tem um papel importante, deveria ser um organizador de situações de

aprendizagem e não um mero fornecedor de informações.

Leitura e escrita se mesclam na criação de um texto. Ler e escrever significa

interagir para escolher e estabelecer novas ligações, criar percursos próprios, deixar

marcas, reconfigurar espaços e criar narrativas pessoais.

Assim, a organização escolar precisa ser reinventada para que todos

aprendam de modo mais humano, afetivo e ético, integrando os aspectos individual

e social, os diversos ritmos, métodos e tecnologias, para ajudarmos a formar

cidadãos plenos em todas as dimensões.

5.2 Mídias e Tecnologias a Serem Utilizadas:

Computador;

Internet;

Softwares (Paint, Pawer point, Microsoft word)

Retro projetor;

Televisão;

Vídeo;

DVD;

Rádio;

CD;

Jornal;

Fichas (será utilizada para contar a história da dona baratinha. História

impressa em papel A5 para melhor a visualização, já que conterá a história).

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5.3 Propostas de Atividades Para Serem Realizadas através da Contação de Histórias

Serão apresentadas 8 histórias, utilizando diversos meios tecnológicos:

- Branca de neve e os sete anões;

- Dona Baratinha;

- Maria vai com as outras;

- Pedro e o Lobo;

- Faca sem ponta Galinha sem pé;

- Orelha de Limão;

- Bruxa, bruxa, venha a minha festa;

- João feijão.

Para as apresentações das histórias: vídeo, aparelho de som, livros de

literatura, CD. Para a apresentação da teia de histórias: tapete, almofadas, aparelho

de som com música suave, baú ou caixa grande de papelão enfeitada com brilho,

estrelas, lua.

Procurar conhecer quais as histórias infantis que mais interessam à turma.

Planejar as histórias e a maneira de serem apresentadas.

Cada história será apresentada em uma semana, e o procedimento será

diferenciado para cada história. Apresentar a história; fazer o reconto conjunto,

interpretando a história (este será o procedimento comum a todas as contações de

história); traçar o perfil dos personagens principais; copiar o nome da história no

caderno ilustrando-a.

Apresentação e interpretação das histórias. Dramatização das histórias.

Oficina de máscaras, fantoches etc... Propiciar aos alunos um ambiente

aconchegante e confortável para conhecer as histórias, observando o planejamento

das atividades.

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6. PLANEJAMENTO DE UNIDADE

As atividades foram elaboradas em conjunto, ou seja, planejadas para serem

aplicadas a ambas as turmas. No 1º ano das Séries Iniciais da Escola de Educação

Básica Padre Izidoro Benjamin Moro, pela Professora Gabriele e no 2º ano das

Séries Iniciais do Núcleo de Educação Ottaviano Nicolao, pela Professora Aline. As

professoras definiram, adaptaram para ambas as turmas, sendo assim, ambas

aplicarão e discutirão os resultados.

6.1 Atividade 1

Será utilizada a televisão e DVD.

Título da História: Branca de Neve e os Sete Anões

Questionar sobre a história: conhecem, ouviram, assistiram, de que se trata.

Apresentar a história em DVD, propor o reconto conjunto da mesma, sempre

observando a seqüência de fatos. Interpretar as etapas e os papeis dos

personagens durante o desenrolar dos fatos.

6.2 Atividade 2

Será utilizado o material impresso.

Título da História: Dona Baratinha

Questionar sobre a história: conhecem, ouviram, assistiram, de que se trata.

Contar a história com material impresso, em preto e branco, para posteriormente

distribuir as cenas e cada criança colorir a seu gosto. Feito isto, criar um varal de

histórias, onde será fixadas as cenas na ordem dos fato. Propor o reconto da

mesma, pode ser em conjunto, ou cada criança apresenta sua sena.

15

6.3 Atividade 3

Será utilizado o computador para apresentação de slides e realizar a

atividade no software denominado paint.

Título da História: Maria Vai Com as Outras

Questionar sobre a história: conhecem, ouviram, assistiram, de que se trata.

Levar as crianças para o laboratório da escola, passar a apresentação às crianças

quantas vezes for necessário, partindo do interesse das crianças. Criar uma roda de

conversa sobre o que acontece na história. Recontar a mesma associando a alguns

fatos e/ou acontecimentos que ocorrem com as crianças. Atitudes certas, erradas. O

que fazer para mudar.

No paint, instruir as crianças de que forma funciona, deixá-las brincar

livremente para constituir um vínculo/contato com o software, sempre auxiliando.

Propor a criação de uma cena da história. Feito isto, salvar a produção de cada

criança, montar uma história partindo das imagens salvas, reproduzir para a turma.

6.4 Atividade 4

Será utilizado o aparelho de som e um cd

Título da História: Pedro e o Lobo

Questionar sobre a história: conhecem, ouviram, assistiram, de que se trata.

Acomodados de forma aconchegante (deitados, sentados...), ouvir a história, prestar

bastante atenção. Traçar um perfil dos personagens envolvidos: roupas, atitudes,

acontecimentos. Após propor que cada criança ilustre a história fazendo o reconto e

apresentado para a turma. Fazer votação para um dos desenhos seja fixado no varal

de histórias.

6.5 Atividade 5

Será utilizado o retroprojetor.

Título da História: Faca sem Ponta, Galinha sem Pé

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Questionar sobre a história: conhecem, ouviram, assistiram, de que se trata.

Na sala de aula com o retro projetor instalado e direcionado para parede, iniciar a

contação de história através das laminas. Surgindo algum comentário das crianças,

permitir a intervenção. Partir da observação das cenas para criar a dramatização da

história, em duplas (uma menino e uma menina), trocando de papéis: as meninas

“imitam” os meninos conversando sobre determinado assunto e os meninos “imitam”

as meninas. Enfocar a questão de gênero. Tirar conclusões: ensinamentos.

6.6 Atividade 6

Será utilizado o notebook para apresentação de slides na sala.

Título da História: Orelha de limão

Questionar sobre a história: conhecem, ouviram, assistiram, de que se trata.

História digitalizada e salva no note book, levar para sala de aula mais este recurso.

Apresentar a história, permitindo que as crianças também o façam, recontando de

seu jeito. Trabalhar o tema das diferenças, todos temos direitos e deveres, portanto,

somos iguais, apesar de nossas características físicas serem diferentes. Propor a

criação de um jogo de seriação e seqüência, alternando cor da ovelha e da orelha

cor limão. Construir fantoches com papel, lã e palitos de picolé para que as crianças

façam a apresentação da história para outras turmas.

6.7 Atividade 7

Será utilizado o aparelho de som, cd e notebook.

Título da História: Bruxa, bruxa venha a minha festa

Com uma caixa (confeccionado com material reciclado – caixa de papelão),

criar um clima misterioso: o que tem nesta caixa, quem a deixou ali, porque, para

que e quem. Ao abrir a caixa, nela deve conter objetos, roupas, utensílios de bruxa e

um bilhete direcionado à turma do 1º ano com o titulo “Convite”. Ao abrir o convite lá

estará a frase: “Crianças, crianças venham a minha festa.” E mais no fundo um

DVD, suspense. Assistir o DVD com a história digitalizada gravada. Questionar

sobre a história: conhecem, ouviram, assistiram, quem eram na verdade os animais

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convidados, quem convidava? Propor uma oficina de máscaras, dos animais

convidados para a festa e da bruxa. Ilustrar no caderno com o titulo da obra e após

dramatizar a história.

6.8 Atividade 8

Será utilizado as fichas grandes e livros

Título da História: João Feijão

Com um envelope decorado, exposto na sala, questionar sobre ele:

tamanho, cor, formato, peso, para que serve, a quem pertence, porque está ali, o

que tem dentro. Suspense..., abrir. Fichas grandes, com lindas gravuras, que as

crianças já conhecem. Solicitar um voluntário para contar a história aos colegas.

Criar reflexões sobre seres com vida (de que precisa para sobreviver) e sem vida

(quais são e como são). Propor a experiência da germinação do feijão, fazer

observações diárias e tirar conclusões. Fazer a ilustração da história e expor no

varal.

18

7. CRONOGRAMA

2009

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Definição do Tema

X

Metodologia de Pesquisa

X

Elaboração do Projeto

X X

Desenvolvimento da Apresentação

do Projeto

X

Apresentação do Projeto no Encontro

Presencial

X

Desenvolvimento do Projeto X X X X X

19

8. RESULTADOS ESPERADOS

Buscamos através deste projeto um envolvimento da Leitura em todo corpo

escolar, para levar aos Professores, Coordenadores Pedagógicos, Psicólogos e Pais

a uma reflexão que se trata do Valor da Leitura. Oportunizando assim a criatividade

através da criação de histórias utilizando os recursos tecnológicos e mídias.

Neste encontro entre Literatura seja ela de qualquer forma com a criança, é

que descobrimos que têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua

própria experiência de vida dando a chance de conhecer as diversidades de

histórias infantis, como as clássicas, as fábulas e as tradicionais, permitindo a livre

expressão, enriquecendo e ampliando o vocabulário, o pensamento lógico e a

rapidez de raciocínio.

Acreditamos que a educação seja um espaço para descobertas através da

participação e colaboração ativa de cada criança com seus parceiros em todos os

momentos, possibilitando, assim, a construção de sujeitos autônomos e

cooperativos.

Na literatura infantil, portanto, a criança aprende brincando em um mundo

de imaginação, sonhos e fantasias. Onde se pode esperar que fazendo atividades

diversificadas, com temas diferentes, que desenvolvam a capacidade intelectual e

motora da criança, integrando-a no mundo das tecnologias, e que tenha acesso a

computadores, internet e todas as mídias tecnológicas que a escola pode e deve

oferecer, demonstram que as possamos conquistar com valorização e ainda

adquirindo mais disciplina, respeitando regras e valores culturais.

A literatura infantil ganhará um sentido maior na vida das crianças. O

confronto de opiniões, a motivação, as interações sociais e o trabalho cooperativo

possibilitarão à criança condições que assegurem o caráter formativo das atividades,

através de uma boa orientação do professor, tendo a finalidade de esclarecer aos

alunos o que devem fazer, como devem fazer, por que e para que fazer tal atividade

ou ler este ou aquele livro.

Haja visto, a aplicação deste projeto, acreditamos que a utilização de

computadores na educação é muito mais diversificada, interessante e desafiadora,

do que simplesmente a de transmitir informações, contar histórias ao educando. O

computador pode ser também utilizado para enriquecer ambientes de aprendizagem

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e auxiliar o educando no processo de construção do seu conhecimento. Nesse

sentido, a contação de história, apresenta-se não só como veículo de manifestação

de cultura, mas também de ideologias.

Não somente o computador, mas o uso de tecnologias na criação de

ambientes de aprendizagem, enfatizam a construção do conhecimento e apresenta

enormes desafios. Primeiro implica entender como uma nova maneira de

representar o conhecimento, provocando um redimensionamento dos conceitos já

conhecidos e, em segundo, provoca a possibilitando de busca e compreensão de

novas idéias e valores.

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao trazer a literatura infantil para a sala de aula, o professor estabelece uma

relação dialógica com o aluno, o livro, sua cultura e a própria realidade. Além de

contar ou ler a história, ele cria condições em que a criança trabalhe com a história a

partir de seu ponto de vista, trocando opiniões sobre ela, assumindo posições frente

aos fatos narrados, defendendo atitudes e personagens, criando novas situações

através das quais as próprias crianças vão construindo uma nova história. Uma

história que retratará alguma vivência da criança, ou seja, sua própria história.

Portanto, a conquista do pequeno leitor se dá através da relação prazerosa

com o livro infantil, onde sonho, fantasia e imaginação se misturam numa realidade

única, e o levam a vivenciar as emoções em parceria com os personagens da

história, introduzindo assim situações da realidade.

A criança que desde muito cedo entra em contato com a obra literária escrita

para ela terá uma compreensão maior de si e do outro. Terá a oportunidade de

desenvolver seu potencial criativo e ampliar os horizontes da cultura e do

conhecimento, percebendo o mundo e a realidade que a cerca.

A aplicação e o desenvolvimento das atividades relatadas no projeto, será um

desafio, visto que muitas de nossas crianças ainda não tiveram contado com meios

tecnológicos, principalmente,no que se refere ao computador. O que se espera de

resultados com este trabalho é que a concentração nas explicações de

funcionamento e principalmente, a facilidade e rapidez no processo de

aprendizagem que as crianças têm, sejam significativos para a vida em sociedade.

O fator aprendizado merece enfoque diferenciado, justamente pelo fato, de

que muitos de nossos alunos encontram-se em situação de total analfabetismo

digital, sem ao menos possuir os conhecimentos mínimos de funcionamento de

muitas tecnologia.

Os resultados esperados com o desenvolvimento deste projeto, sejam

extremamente satisfatórios, tanto em caráter técnico, pela introdução de novos

métodos de ensino, como social, por oportunizarmos o acesso a recursos

tecnológicos desconhecidos para crianças digitalmente excluídas.

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10. REFERÊNCIAS

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. 5. ed. São Paulo: Scipione, 1997.

ALMEIDA, Fernando José. Educação e informática: os computadores na escola. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1988.

COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas: O imaginário Infantil e a Educação. In: Revista Criança: Do professor de Educação Infantil. Ministério da Educação. Jan. 2005.

DIAS, Ana Flávia Araújo. A importância dos contos de fadas no desenvolvimento infantil. In: Revista Pátio Educação Infantil: Educação em valores na primeira infância. Artmed. Março/ Junho 2005.

OSTETTO, Luciana Esmeralda (org.). Encontros e Encantamentos na educação infantil. São Paulo: Papirus, 2000.

REGO, Lúcia Lins Browne. Literatura Infantil: uma nova perspectiva da alfabetização na pré – escola. 2. ed. São Paulo: FTD, 1995.

Site: http://www.eca.usp.br/prof/moran/utilizar.htm, acessado em 02/03/09

Site: http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2002/te/te0.htm, acessado em 06 de março de 2009.

Site: A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO. Disponível em http://www.centrorefeducacional.com.br/importecn.htm, acessado em 09 de março de 2009.

Site: http://www.ufsm.br/lec/02_01/CintiaLC6.htm, acessado em jul 2009.

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