secretaria de desenvolvimento social, criança e juventude · melhoria dos programas de...

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida (ASCES-UNITA)

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

Centro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

Introdução ao Provimento dos Serviços e

Benefícios Socioassistenciais do SUAS

CURSO

Módulo I

Facilitador(a): Mariana Paz

O Curso

A estruturação do SUAS e a consolidação da PNAS estão

intrinsecamente relacionados as práticas dos trabalhadores e

gestores do SUAS que deve repercutir diretamente na

compreensão, participação e protagonismo das famílias

contempladas pela política de Assistência Social. Nesse sentido,

o curso introduz o debate sobre o conhecimento, às habilidades

e às atitudes necessários ao provimento dos serviços e

benefícios socioassistenciais do SUAS.

Desenvolver competências em gestores e

técnicos da gestão estadual e municipais

quanto ao provimento dos serviços e

benefícios socioassistenciais, previstos no

SUAS.

Objetivo Geral

Módulo I –Assistência Social e a Garantia dos Direitos

Socioassistenciais por Meio do SUAS

Unidade 1 (11.12 – Manhã):

•Compreender a trajetória de construção do conceito e

das políticas de proteção social;

•Compreender a Assistência Social enquanto política

de garantia de direitos assegurados na Constituição de

1988;

•Descrever o campo específico de ação da Política de

Assistência Social.

Unidade 2 (11.12 – Tarde):

•Compreender os conceitos que fundamentam a

política de assistência social;

•Compreender e correlacionar os conceitos com o

Sistema Brasileiro de Proteção Social;

•Compreender e correlacionar os conceitos com o

SUAS.

Objetivos

Módulo I –Assistência Social e a Garantia dos Direitos

Socioassistenciais por Meio do SUAS

Unidade 3 (12./12):

(1ª Parte – Manhã)

•Descrever os princípios, diretrizes e eixos

estruturantes do SUAS;

•Descrever a arquitetura organizacional do SUAS;

•Identificar o lugar e a função desempenhada pelas

diferentes instâncias e equipamentos do SUAS;

(2ª Parte – Tarde)

•Descrever os diferentes serviços e benefícios

ofertados pelo SUAS, seus públicos e objetivos;

•Compreender as razões e os processos relacionados

à gestão integrada dos serviços e benefícios ofertados

pelo SUAS.

•Compreender o direito à renda como uma das

garantias da Proteção Social, para a redução das

desigualdades e fortalecimento da autonomia da

população.

Objetivos

Módulo I –Assistência Social e a Garantia dos Direitos

Socioassistenciais por Meio do SUAS

Unidade 3 (13./12):

(1ª Parte – Manhã)

Discussão e reflexão sobre o SCFV.

Objetivos

O problema fundamental em relação aos direitos dohomem, hoje, não é tanto o de justificá-los, mas o deprotegê-los. Trata-se, portanto, de um problema nãofilosófico, mas político (Bobbio, 1992).

O QUE É

PROTEÇÃO

SOCIAL?

De diferentes formas, apesar de variações históricase culturais, todas as sociedades humanasdesenvolveram alguma forma de proteção aos seusmembros mais vulneráveis.

A proteção supõe, além da oferta de bensmateriais, o acesso a bens culturais, políticos,econômicos, sociais e simbólicos que permitem asobrevivência e a integração na vida social.

A PROTEÇÃO SOCIAL não é objeto de

definição consensual. Há diferenças expressivas

entre as experiências nacionais e suas trajetórias

históricas e institucionais. Há ainda diferenças

entre autores e correntes analíticas quanto ao

conceito, ao escopo das ofertas, às políticas que

as integram ou sobre seu papel na regulação das

sociedades modernas.

PROTEÇÃO SOCIAL TEM RELAÇÃO

DIRETA COM O ACESSO AOS DIREITOS

DE CIDADANIA NA FORMAÇÃO

INTEGRAL DO SER, O QUE REVELA A

NECESSIDADE DE AÇÕES

INTERSETORIAIS E EM REDE.

PROTEÇÃO SOCIAL

“A Proteção Social pode ser definida como um

conjunto de iniciativas públicas ou estatalmente

reguladas para a provisão de serviços e

benefícios sociais visando a enfrentar situações

de risco social ou de privações sociais.”

(JACCOUD, 2009:58)

ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

Elaborar a linha do tempo

da Assistência social

Vídeo:

A História da Assistência

Social no Brasil

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=qPE5MdntV2Y

Advento do

Estado

Capitalista

nos

primórdios

da

industrialização

Questão

Social

Advento

Transformação

radical nos

mecanismos de

proteção social

realizada pelas

famílias, ordens

religiosas e

comunidades.

Conjunto de expressões que

definem as desigualdades

sociais.

Introdução Histórica e Conceitual

sobre a Proteção Social

Revolução

Industrial

(Inglaterra,

França e

outros

países

europeus)

Aumento

massivo da

pobreza da

classe

trabalhadora

(condições

de vida

degradantes)

Posterior

organização

da classe

trabalhadora

em sindicatos

partidos –

movimentos

operário/

reivindicações.

Melhores

condições de

trabalho e

início das

primeiras

instituições de

proteção

social

Introdução Histórica e Conceitual

sobre a Proteção Social

Com o advento do Estado Capitalista, nosprimórdios da industrialização, a questão socialse expressou pela primeira vez, provocandotransformação radical nos mecanismos deproteção social dos indivíduos, até então sob aresponsabilidade das famílias, ordens religiosase comunidades.

PROTEÇÃO SOCIAL

Com o desenvolvimento do assalariamento e daurbanização, são institucionalizados, no âmbitodo Estado, mecanismos complementares ousubstitutos ao aparato familiar, religioso ecomunitário de proteção social, configurando aemergência da política social nas sociedadescontemporâneas.

PROTEÇÃO SOCIAL

As desigualdades sociais não apenas passaram aser reconhecidas como problema social comotambém reclamaram a intervenção dos poderespolíticos na regulação pública das condições devida e de trabalho desses trabalhadores.

As lutas e reivindicações do movimentooperário (que inclusive organizou-se emsindicatos e partidos) geraram melhorescondições de trabalho e deram início asprimeiras instituições de proteção social.

Dinâmica com grupos:

Qual o modelo de Proteção Social

construído na história do Brasil?

Quem produz Proteção Social nos

diferentes cenários e territórios?

O que há de novo no modelo de Proteção

Social do SUAS?

PROTEÇÃO SOCIAL

Como está essa

história no seu

município?

ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

Quando em nome da

Proteção Social cometemos a

exclusão

Quando produzimos desproteção

social nos serviços

ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO CAMPO

DA SEGURIDADE SOCIAL

A Seguridade Social é composta por três políticas dePROTEÇÃO SOCIAL:

A inclusão da política pública de AssistênciaSocial no Sistema Brasileiro de ProteçãoSocial promove importantes rupturas naárea.

Que rupturas

foram essas ?

SEGURIDADE SOCIAL

Mas do que tratam essas rupturas?

É fundamental compreendermos que a assistência

social, como um dos direitos da seguridade social

brasileira, é responsável por um conjunto de

desproteções sociais advindas desde as

fragilidades dos ciclos de vida humano até as

socialmente construídas nas relações sociais

estabelecidas na sociedade. “Fragilidades essas

que se constituem em desproteções ou demandas

de proteção social que exigem a cobertura por

seguranças sociais a serem providas pela

assistência social” (BRASIL/CAPACITASUAS

1, 2013, p.26).

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO CAMPO

DA SEGURIDADE SOCIAL

CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

SEGURANÇAS

SOCIOASSISTENCIAIS

São especificidades da política de

Assistência Social que tratam de

ações para o enfrentamento perante

situações que remetam ao risco de

existência, vulnerabilidades e que

afrontam o acesso aos direitos

sociais.

ALGUMAS SEGURANÇAS DO SUAS

ACOLHIDA

SOBREVIVÊNCIARENDA

CONVÍVIO FAMILIAR,COMUNITÁRIO

E SOCIAL

DESENVOLVIMENTO E AUTONOMIA

SEGURANÇA DE ACOLHIDA

o Uma das primordiais da PAS – Política de Assistência Social.

oOpera com a provisão de necessidades humanas mais básicas/iniciais.

oDeve orientar para o princípio da autonomia.

o Pessoas em situações de abandono, isolamento ou que se encontrem em situações momentâneas ou contínuas de saúde física ou mental, devem ser garantidas sua acolhida através do poder público.

SEGURANÇA DE SOBREVIVÊNCIA E RENDA

o Opera por intermédio da política de

benefícios para idosos que não tenhamacesso a previdência pessoas cuja renda percapita não atinja ¼ de salário mínimo.

oDiz respeito a garantia que todos tenhamuma forma monetária de sobrevivência

CONVÍVIO FAMILIAR COMUNITÁRIO SOCIAL

o Direito ao convívio social, considerando asmúltiplas formas do sujeito relacionar-se comelementos da cultura, da religião,intergeracionais, interterritoriais.

o Considera os vínculos interpessoais e a famíliacomo elementos alargadores e fortalecedoresda proteção social.

TRABALHO EM GRUPO

Vamos assistir o vídeo “ Ilha das Flores”, logo após, vamos

debater em grupo sobre as Seguranças afiançadas pelo SUAS.

Considerando a nossa prática, como estamos propiciando-as/

garantindo-as?

Quais as dificuldades vivenciadas no cotidiana para propiciá-

las?

Quais estratégias?

POBREZAFenômeno multifacetado que pode ser compreendidoatravés da insuficiência de renda, de acesso aalimentos e de seu consumo , ou ainda, pobreza comoprivações socioeconômicas

Em 10 anos, redução da extrema pobreza foi de ao menos 63%

"Passamos por um ciclo ininterrupto de transformaçõessociais em 10 anos (2004-2014). Todos os dados relacionadosàs questões sociais têm apresentado melhora e nospermitiram a constituição de um colchão de amortecimentoàs crises", pontuou André Calixtre, diretor de Estudos ePolíticas Sociais do Ipea no lançamento da Nota TécnicaPNAD 2014 – breves análises. Para o pesquisador, a rendacrescente, a diminuição da desigualdade de renda, além damelhoria dos programas de transferência de renda e oaumento da cobertura previdenciária explicam os números de2004 a 2014. “Houve uma retomada do ciclo de redução daextrema pobreza”. O estudo foi apresentado nesta quarta-feira, 30/12, na sede do Ipea, em Brasília. ( Site do IPEA)

VULNERABILIDADE

SOCIAL

Condição vivenciada por um sujeito, nos seus

mais variados ciclos de vida, que potencializa a

sua capacidade de desproteção diante de

circunstâncias sociais, e/ou de vida. Estas

situações podem decorrer da pobreza, da

privação, da ausência de renda, do precário ou

nulo acesso aos serviços públicos, da

calamidade, fragilização dos vínculos afetivos e

de pertencimento social decorrentes de

discriminações etárias, étnicas , sexuais,

religiosas etc.

DO QUE TRATA A VULNERABILIDADE

TODOS NÓS ESTAMOS

SUJEITOS A RISCOS

VARIADOS

ADOECER

PROBLEMAS

PESSOAIS GRAVES

DESEMPREGO

LAÇOS DE PROTEÇÃO=

SEGURANÇA

FAMÍLIA

RENDA

SAÚDE

FATORES

PROTETIVOS

FATORES DE RISCO

PERDA DE RENDA

VIOLÊNCIAS (PESSOAL

E SOCIAL)

INCAPACIDADE DE

CONSUMO BÁSICO

FRAGILIZA A

EXISTÊNCIA HUMANA E

POTENCIALIZA RISCOS

OBJETIVOS E

SUBJETIVOS

ATUAÇÃO COM

VULNERABILIDADES

REQUER: REDUZIR

VULNERABILIDADES E

CAPACITAR

POTENCIALIDADES

RISCOS SOCIAIS

Diz respeito ao convívio conflituosoconfiguradas por ofensas, desigualdade,desrespeito à equidade e violações daintegridade física e psíquica.

São os riscos relacionados à violência física esexual nas formas de convívio.

São os riscos que surgem das relações e quelevam à apartação, isolamento, abandono eexclusão.

(Sposati, 2009)

JOGO DO VERDADEIRO E FALSO

A) a vulnerabilidade é um fenômeno complexo e multifacetado, não semanifestando da mesma forma, o que exige uma análiseespecializada para sua compreensão e respostas intersetoriais para oseu enfrentamento.

B) a vulnerabilidade, se não compreendida e enfrentada, tende a gerarciclos intergeracionais de reprodução das situações de vulnerabilidadevivenciadas

V

V

JOGO DO VERDADEIRO E FALSO

C) as situações de vulnerabilidade social não prevenidas ou nãoenfrentadas não se tornam situações de risco

D) a vulnerabilidade não é sinônimo de pobreza; a pobreza é umacondição que agrava a vulnerabilidade vivenciada pelas famílias

F

V

JOGO DO VERDADEIRO OU FALSO

E) a vulnerabilidade não é um estado, uma condição dada, mas umazona instável que as famílias podem atravessar, nela recair ou nelapermanecer ao longo de sua história.

V

VIOLAÇÃO DE

DIREITOS

É TODA E QUALQUER

SITUAÇÃO QUE VIOLE OS

DIREITOS

SOCIOASSISTENCIAIS OU OS

DIREITOS HUMANOS DO

SUJEITO – USUÁRIO.

ALGUNS DIREITOS SOCIOASSISTENCIAIS

Direito de eqüidade social e de manifestação pública: Direito, do cidadão e da

cidadã, de manifestar-se, exercer protagonismo e controle social na política deassistência social, sem sofrer discriminações, restrições ou atitudes vexatóriasderivadas do nível pessoal de instrução formal, etnia, raça, cultura, credo, idade,gênero, limitações pessoais.

Direito à igualdade do cidadão e cidadã de acesso à rede socioassistencial:Direito à igualdade e completude de acesso nas atenções da redesocioassistencial, direta e conveniada, sem discriminação ou tutela, comoportunidades para a construção da autonomia pessoal dentro das possibilidadese limites de cada um.

ALGUNS DIREITOS SOCIOASSISTENCIAIS

a) Direito do usuário dos serviços socioassistenciaisem receber atenção qualificada:

• conhecer o nome e a credencial de quem o atende.

• ter local digno e adequado para sua acolhida eatendimento.

• ter atenção pronta, de forma digna por todos que oatende.

b) direito do usuário dos serviços socioassistenciais emreceber informação e referência qualificada:

• receber explicações sobre os serviços e seu atendimento,de forma clara, simples e compreensível;

• ter acesso à informação sobre benefícios, serviços,programas e projetos socioassistenciais; serviços sociaispúblicos e órgãos de defesa de direitos;

DIREITOS HUMANOS

SEGUNDO AS ORGANIZAÇÕES DAS

NAÇÕES UNIDAS (ONU) DIREITOS

HUMANOS SÃO GARANTIAS

JURÍDICAS UNIVERSAIS QUE

PROTEGEM INDIVÍDUOS E

GRUPOS CONTRA AÇÕES OU

OMISSÕES DOS GOVERNOS QUE

ATENTEM CONTRA A DIGNIDADE

HUMANA

Artigo 25°

1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lheassegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quantoà alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica eainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito àsegurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, navelhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência porcircunstâncias independentes da sua vontade.

Artigo 22°

Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurançasocial; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitoseconômicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforçonacional e à cooperação internacional, de harmonia com aorganização e os recursos de cada país.

FIQUE ESPERTO (A):

Os direitos humanos consistem em direitos naturais garantidos a todo e qualquer indivíduo, e que devem ser universais, isto é, se

estender a pessoas de todos os povos e nações, independentemente de sua classe social, etnia, gênero,

nacionalidade ou posicionamento político.

DIREITOS SOCIAIS

Direitos sociais são os direitos que visam

garantir aos indivíduos o exercício e

usufruto de direitos fundamentais em

condições de igualdade, para que tenham

uma vida digna por meio da proteção e

garantias ofertadas pelo estado de direito

DIREITOS SOCIAIS

Os Direitos Sociais têm por finalidade permitir que as pessoas disponham de serviços que garantam uma mínima qualidade de

vida.

São os direitos que visam a garantir, aos indivíduos, o exercício e usufruto de direitos fundamentais em condições de

igualdade para que tenham uma vida digna por meio da proteção e garantias dadas pelo estado de direito.

PROTEÇÃO SOCIAL

GARANTIAS DE DIREITOS

DO CIDADÃO OFERECIDAS

PELO ESTADO FRENTE ÀS

INSEGURANÇAS SOCIAIS

A MEDIDA EM QUE AS

SOCIEDADES SE

COMPLEXIFICAM HÁ

UMA FRAGILIZAÇÃO

DOS VÍNCULOS

SOCIAIS E DOS LAÇOS

DE PROTEÇÃO

UMA SÉRIE DE

EVENTOS LEVAM ÀS

PESSOAS A

DEMANDAREM AO

ESTADO

GARANTIAS PARA

MOMENTOS DE

FRAGILIDADE

PROTEÇÃO SOCIAL

NÃO SE LIMITA A

POLÍTICA DE

ASSISTÊNCIA SOCIAL

QUAL O SENTIDO DE

PROTEÇÃO SOCIAL NA

ASSISTÊNCIA SOCIAL?

[...] estar protegido significa ter forças próprias ou deterceiros, que te impeçam que alguma agressão,precarização/privação venha a ocorrer deteriorandouma dada condição. Estar protegido não é umacondição nata; ela é adquirida pelo desenvolvimentodas capacidades e possibilidades. No caso, terproteção e/ou estar protegido não significameramente portar algo, mas ter uma capacidade deenfrentamento e resistência. ( SPOSATI, 2009).

JOGO DO VERDADEIRO OU FALSO

A) ampliar a capacidade protetiva da família e de seus membros é umaatribuição que somente compete a assistência social

B) instalar condições de acolhida e processos de acolhimento comoparte do trabalho de atenção de cuidados para os usuários

F

V

JOGO DO VERDADEIRO OU FALSO

C) reduzir as fragilidades da vivência e da sobrevivência, restaurar osdanos e riscos sociais e de vitimização causados por violência,agressões, discriminações e preconceitos

D) A proteção social deve ser efetivada por meio de políticas públicasofertadas pelos equipamentos sociais

V

V

BASES DE ORGANIZAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO SUAS: EIXOS

ESTRUTURANTES

A implantação do SUAS inaugura no território nacional:

Forma de compartilhar e reforçar as responsabilidades do Estado com oscidadãos no acesso aos direitos.

Abranger em todo território nacional a perspectiva da universalidade de direitos

Gestão com eixos definem, organizam e fortalecem a execução da política nosterritórios.

Contribuem para a padronização e a qualidade dos serviços prestados, construçãode indicadores, participação e controle social.

DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO - ADMINISTRATIVA

Descentralização: eixo primordial e mudança principal

Visa atingir territórios com maior eficiência nas suas necessidades

Política Nacional e engloba 3 esferas ( União, Estados e Municípios) têm responsabilidades específicas e cooperadas.

Descentralizar ações é diferente de municipaliza-las.

PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

O QUE É?

COMO

FUNCIONA?

Controle social é o exercício democrático de

acompanhamento da gestão e avaliação da Política de

Assistência Social, dos Planos e do recurso financeiro

destinados a sua implementação. Zelar pela

ampliação e qualidade da rede de serviços

socioassistenciais para todos os destinatários da

política.

FORMAS DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

Nogueira (2005) discute em seu texto quatro formas departicipação, são elas: a participação assistencialista, aparticipação corporativa, a participação eleitoral e aparticipação política.

A primeira está relacionada à filantropia ou àsolidariedade. Antes da afirmação dos direitos sociaisessa era a forma mais comum de participação.

FORMAS DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

A participação corporativa, está relacionada às categoriasde profissionais quando defendem determinados interesses.A terceira forma de participação apresentada pelo autor é aeleitoral, onde cresce a defesa por interesses maiscoletivos, porque interfere no coletivo ao se tratar daquestão da governabilidade do Estado.

FORMAS DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

A quarta modalidade de participação, que é a política. Essetipo de participação considera a comunidade como umtodo, no sentido do coletivo, que procura defender tambémos interesses coletivos, e está relacionada também aoEstado e ao controle de suas ações. Nesse tipo departicipação o protagonista é sempre o cidadão que seorganiza em categorias de representação e busca garantirinteresses coletivos.

A participação popular na formulação e no controle social está expressa naLOAS ( 1993) e institui os Conselhos como instâncias deliberativas do sistemadescentralizado e participativo, de caráter permanente e composição partitária.

O DESAFIO MAIOR ESTÁ NO COMPARTILHAMENTO DO PODER ENTRE ESTADO E

SOCIEDADE CIVIL. EXISTEM CONFLITOS NESTA RELAÇÃO, POIS SE TRATA DE PERMITIR

QUE ALGUÉM (HÁ POUCO COMPREENDIDA COMO FOCO DO FAVOR), PASSE A DISCUTIR

PRIORIDADES E INVESTIMENTOS DE RECURSOS.

Os governos têm resistido – de forma mais ou menos acentuada dependendo da natureza do governo e do seu projeto – às novas formas de fiscalização, controle e participação da Sociedade Civil no processo de

produção das políticas públicas

FIQUE ESPERTO (A)

A participação social requer que os sujeitos individuais compreendam-se como sujeitos coletivos que têm necessidades

comuns, e por isso sentem a necessidade de buscar isso conjuntamente. Avelar (2004) complementa essa ideia

apontando que todo caso é uma ação de sujeitos com um objetivo comum, portanto “[...] é a ação que se desenvolve em

solidariedade com outros no âmbito do estado ou de uma classe, com o objetivo de modificar ou conservar a estrutura.

JOGO DO VERDADEIRO OU FALSO

A) O processo de participação popular e controle social é complexo

B) É preciso haver o fortalecimento do diálogo intergovernamental pormeio da ocupação democrática das instâncias de participação e decisão

V

V

JOGO DO VERDADEIRO OU FALSO

C) É fundamental a promoção da participação da sociedade civil,respeitando sua autonomia no processo de interlocução e pactuação.

D) O avanço na criação de novos espaços e estratégias de participaçãocidadã, que se façam presentes nos territórios de vulnerabilidade social,não possibilitam o protagonismo dos usuários da política de assistênciasocial

V

F

MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR

MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR

Qual a concepção de família que temos?

Qual a concepção de família para o SUAS e porquese estabelece essa instituição como um lócusprivilegiado de ação?

Fortalecer a função protetiva da família e prevenir a ruptura dosseus vínculos, sejam estes familiares ou comunitários,contribuindo para melhoria da qualidade de vida nos territórios;

Apoiar famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduosque necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaçoscoletivos de escuta e troca de vivências familiares.

Famílias impactadas pelo reflexo da realidade atual, famílias emsituação limites, fragilizadas e com laços protetivos sujeitos avulnerabilidades inúmeras.

TERRITÓRIO COM BASE NA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

DE TROCAS

DISPUTA E

CONSTRUÇÃO

DE VÍNUCLOS

CONFLITOS E

CONTRADIÇÕES

DE

RELAÇÕES

ANGÚSTIAS E

RESILIÊNCIAS

SIGNIFICADOS

CONSTRUÍDOS

ESPAÇOS DE

VIDA

Territórios para o SUAS, representam:

Base de organização e estruturação da oferta de serviços do SUAS. Paraalém do espaço geográfico, esses espaços sociais abrigam uma dinâmicaconstante, com múltiplas expressões, arranjos e configuraçõessocioterritoriais.

Questão para refletir:

Por que, cada vez mais, temos de reconhecer a dinâmica que se processano cotidiano das populações nos territórios onde atuamos?

REDE SOCIOASSISTENCIAL E INTERSETORIALIDADE

A rede socioassistencial é um espaço democrático e de articulaçãoentre as pessoas, instituições e serviços, organizadas por níveis deproteção.

Considera-se rede socioassistencial o conjunto integrado da oferta deServiços, Programas, Projetos e Benefícios de assistência socialmediante articulação entre todas as modalidades de provisão doSUAS.(Art.9).

O trabalho em rede oferta o compartilhamento das questões na buscapor soluções...

Quem oferta atendimento socioassistencial?

“Art.6ºAs proteções sociais básica e especial serão ofertadaspela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamentepelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações deassistência social vinculadas ao SUAS, respeitadas asespecificidades de cada ação.(Incluído pela Lei nº12.435, de2011)”-(LOAS, 1993)

Sendo assim, o que então é preciso conceber sobre o conceito de rede?

INTERVENÇÕES DEVEM SE PAUTAR EM PRÁTICAS E PRINCÍPIOS

DEMOCRÁTICOS

FORMAS DE CONSTRUÇÃO DE ALIANÇAS QUE REQUER COMUNICAÇÃO

INTENSA

CADA EQUIPAMENTO TÊM SEU NÍVEL DE

COMPETÊNCIA E RESPONSABILIDADE

INTERSETORIALIDADE

Refere-se ao diálogo com as demais políticas e setores.

Os serviços devem se complementar, garantindo a proteção integral àsfamílias e aos indivíduos.

Para que haja intersetorialidade, é necessário que os setores dialoguementre si e construam formas de trabalhar conjuntamente.

COMO ARTICULAR A REDE

INTERINSTITUCIONAL?

Precisa ser institucionalizada.

Criar mecanismos de compartilhamento de informaçõescontínuo e atuante entre os diversos setores.

Cooperação e interesses comuns.

Criação de agendas e reconhecimento das especificidades decada política social.

SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS

São atividades que visam à melhoria de vida da populaçãocom ações que voltam-se para o atendimento dasnecessidades básicas.

Composto por: Serviços de Proteção Social Básica eServiços de Proteção Social Especial que se dividem em:Média Complexidade e Alta Complexidade.

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA (PREVENÇÃO)

As ações de proteção social básica organizam-se em torno do Centro deReferência de Assistência Social (CRAS), uma unidade pública estatale descentralizada da Política de Assistência Social. Cabem aos CRASduas funções exclusivas: gestão territorial e execução do Serviço deProteção e Atendimento Integral à Família – PAIF, Serviço deConvivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV e Serviço deProteção Social Básica no Domicílio para Pessoas Deficientes e Idosas.

FIQUE ESPERTO (A)

O CRAS é a referência para o desenvolvimento de todos os serviços

socioassistenciais de proteção social básica do SUAS. Isso significa que os

serviços devem estar sempre em contato com o CRAS, no respectivo território

de abrangência, tomando-o como ponto de referência. Estes serviços, de caráter

preventivo, protetivo e proativo, podem ser ofertados diretamente no CRAS,

desde que haja espaço físico e equipe, sem prejuízo das atividades do PAIF, que

deve ser ofertado exclusivamente pelo CRAS. Já os demais serviços, quando

desenvolvidos no território do CRAS por outra unidade pública ou

entidade/organizações de assistência social devem ser, obrigatoriamente,

referenciados ao CRAS. É importante que o CRAS seja instalado em local

próximo ao território vulnerável e de risco, a fim de garantir o efetivo

referenciamento das famílias e seu acesso à proteção social básica.

O que você já sabe sobre ela?

Vídeo: Síntese da Tipificação - https://www.youtube.com/watch?v=UmrNuVraEKU

Proteção social de Média Complexidade

De acordo com a Política Nacional de Assistência Social,os serviços de Proteção Social Especial de MédiaComplexidade devem oferecer atendimento eacompanhamento a famílias e indivíduos com direitosviolados, cujos vínculos familiares e comunitários nãoforam rompidos. No seu âmbito é prevista uma unidadede referência pública e estatal para a oferta de serviçosespecializados e continuados: o Centro de ReferênciaEspecializado de Assistência Social - CREAS.

Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias eindivíduos – PAEFI.

Serviço Especializado em Abordagem Social.

Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento deMedida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestaçãode Serviço à Comunidade (PSC).

Serviço de Proteção Social Especial a Pessoas com Deficiência,Idosos (as) e suas Famílias.

Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.

Proteção social de Alta complexidade

A Proteção Social Especial de AltaComplexidade visa garantir proteção integral aindivíduos e famílias em situação de riscopessoal e social, com vínculos familiaresrompidos ou extremamente fragilizados, pormeio de serviços que garantam o acolhimentocom privacidade, o fortalecimento dos vínculosfamiliares e/ou comunitário e o desenvolvimentoda autonomia das pessoas atendidas.

Serviço de Acolhimento Institucional.

Serviço de Acolhimento em República.

Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora.

Serviço de Proteção em Situação de CalamidadesPúblicas e de Emergência.

SERVIÇO CARACTERIZAÇÃO

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL A

FAMÍLIA- PAIF

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS DE CARÁTER CONTINUADO. PREVÊ O DESENVOLVIMENTO DAS POTENCIALIDADES. AÇÕES DE CARÁTER PREVENTIVO, PROTETIVO E PROATIVO

PSB NO DOMICÍLIO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E IDOSAS PREVENÇÃO DE AGRAVOS DE ROMPIMENTO DE VÍNCULOS FAMILIARES. BUSCA DESENVOLVER MECANISMOS DE INCLUSÃO SOCIAL.

SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL OS SERVIÇOS SÃO ORGANIZADOS PARA O ATENDIMENTO DECADA SEGMENTO SEPARADAMENTE, CONSIDERANDO SUASESPECIFICIDADES. TRABALHA COM VIOLAÇÃO DE DIREITOS,VULNERABILIDADES

SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS ORGANIZA-SE DE MODO A AMPLIAR AS TROCAS CULTURAIS EDE VIVÊNCIAS, BUSCANDO PREVINIR A OCORRÊNCIA DESITUAÇÕES DE RISCO SOCIAL.

VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL

É o controle da qualidade e da oferta de serviços.Vigilância de riscos e vulnerabilidades.

A Vigilância Socioassistencial é uma área vinculada àGestão do SUAS dedicada à gestão da informação.

Comprometida com o efetivo apoio às atividades deplanejamento, gestão, supervisão e execução dosserviços e benefícios socioassistenciais.

Analisa a adequação entre as necessidades dapopulação e as ofertas dos serviços e benefíciossocioassistenciais.

O Papel da Vigilância Socioassistencial na Identificação

de Vulnerabilidades e Riscos

Captar e organizar informações que orientem o planejamento dosserviços.

Identificar vulnerabilidades próprias dos territórios, considerando asdiferenças geracionais, étnicas, de gênero, espaciais (rurais e urbanas).

Indicar ações que promovam a inserção nas diferentes políticassociais, tais como Previdência, Saúde, Assistência Social, Educação,Habitação, dentre outras.

GESTÃO DOS BENEFÍCIOS

SOCIOASSISTENCIAIS: Benefícios ofertados pelos SUAS

1. O QUE É O BPC?

É um benefício da Política de Assistência Social,individual, não vitalício e que garante o pagamentomensal de 01 (um) salário mínimo à pessoa idosa, com65 (sessenta e cinco) anos ou mais, e à pessoa comdeficiência, de qualquer idade, com impedimentos delongo prazo, de natureza física, mental, intelectual ousensorial, que comprovem não possuir meios paraprover a própria manutenção nem de tê-la provida porsua família.

GESTÃO DOS BENEFÍCIOS

SOCIOASSISTENCIAIS: Benefícios ofertados pelos SUAS

O BPC INTEGRA A PSB E PARA ACESSÁ-LO NÃO É NECESSÁRIO TER CONTRIBUIDO COM

A PREVIDÊNCIA SOCIAL.

FOI INSTITUÍDO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E

GARANTIDO NO ÂMBITO DA PROTEÇÃO SOCIAL NÃO

CONTRIBUTIVA DA SEGURIDADE SOCIAL E REGULAMENTADO PELA

LOAS. O BPC É COORDENADO PELO MDS E OPERACIONALIZADO

PELO INSS

2. QUEM TEM DIREITO AO BPC?

Brasileiros ou naturalizados, comprovando residência noBrasil e com renda familiar per capita inferior a ¼ de saláriomínimo vigente e se encaixem em uma das seguintescondições:

Pessoa idosa, com idade de 65 (sessenta e cinco) anos oumais.

Pessoa com deficiência, de qualquer idade, entendida comoaquela que apresenta impedimentos de longo prazo denatureza física, mental, intelectual ou sensorial, e estaslimitam a suas condições com as demais pessoas

3. COMO REQUERER O BPC?

A Agência da Previdência Social - APS é a responsávelpelo recebimento do requerimento e pelo reconhecimentodo direito ao BPC. O cidadão poderá procurar CRAS, aSecretaria Municipal de Assistência Social ou o órgãoresponsável pela Política de Assistência Social de seumunicípio para receber as informações sobre o BPC e osapoios necessários para requerê-lo.

4. QUAL O PAPEL DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NOREQUERIMENTO DO BPC E EM RELAÇÃO AOSBENEFICIÁRIOS?

O CRAS DEVE ORIENTAR AS

PESSOAS/ FAMÍLIAS COM OS

CRITÉRIOS SOBRE O ACESSO

AO BENEFÍCIO. DEVE

TAMBÉM ASSEGURAR AOS

BENEFICIÁRIOS DO BPC DO

ACESSO À REDE

SOCIOASSISTENCIAL

CONSIDERANDO SUAS

CONDIÇÕES.

FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS DO BPC TEM

ACESSO PRIORITÁRIO AOS SERVIÇOS

DA PSB – PAIF,AMPLIANDO ASSIM AS

FORMAS DE PROTEÇÃO.

FAMÍLIAS COM IDOSOS É MUITO IMPORTANTE O

TRABALHO DESENVOLVIDO NOS PAIF E NOS

SCFV. É O PAIF QUE IDENTIFICA E REALIZA O

ENCAMINHAMENTO DAS PESSOAS IDOSAS PARA

INSERÇÃO EM SCFV

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

São previstos pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e oferecidos pelos municípios e Distrito Federal aos cidadãos e às suas famílias que não têm condições de arcar por conta própria com o enfrentamento de situações adversas ou que fragilize a manutenção do cidadão e sua família.

Para solicitar o Benefício Eventual, o cidadão deve procurar as unidades da Assistência Social no município ou no Distrito Federal. A oferta desses benefícios também pode ocorrer por meio de identificação de pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade nos atendimentos feitos pelas equipes da Assistência Social.

BENEFÍCIOS EVENTUAISO benefício deve ser oferecido nas seguintes situações:

- Nascimento: para atender as necessidades do bebê que vai nascer; apoiar a mãe nos casos em que o bebê nasce morto ou morre logo após o nascimento; e apoiar a família em caso de morte da mãe.

- Morte: para atender as necessidades urgentes da família após a morte de um de seus provedores ou membros; atender as despesas de urna funerária, velório e sepultamento, desde que não haja no município outro benefício que garanta o atendimento a estas despesas.

- Vulnerabilidade Temporária: para o enfrentamento de situações de riscos, perdas e danos à integridade da pessoa e/ou de sua família e outras situações sociais que comprometam a sobrevivência.

- Calamidade Pública: para garantir os meios necessários à sobrevivência da família e do indivíduo, com o objetivo de assegurar a dignidade e a reconstrução da autonomia das pessoas e famílias atingidas.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

A regulamentação dos Benefícios Eventuais e a organização doatendimento aos beneficiários são responsabilidade dos municípiose do Distrito Federal, os quais devem observar os critérios e prazosestabelecidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social. Osestados são responsáveis pelo cofinanciamento dos BenefíciosEventuais junto aos municípios.

O direito à renda é uma das garantias da Proteção Social para aredução das desigualdades e fortalecimento da autonomia dapopulação.

CADASTRO ÚNICO

As famílias estão inscritos no Cadastro Único para ProgramasSociais do governo federal.

O CadÚnico reúne informações sobre as famílias de baixarenda — aquelas com renda mensal de até meio saláriomínimo por pessoa —, sobre cada um de seus integrantes esobre as condições dos domicílios onde moram.

É o município responsável pelo cadastramento e pelaatualização dos dados. Concessão dos benefícios a partir deinformações atualizadas

TRANSFERÊNCIA DE RENDA- PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

Criado em 2003, o programa Bolsa Família beneficia, aproximadamente, 14milhões de famílias em todos os municípios brasileiros. Sob a gestão nacional doMinistério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o programa vemcontribuindo para a redução da desigualdade em nosso país.

O Bolsa Família foi um dos principais fatores para que o Brasil cumprisse, comdez anos de antecedência, o primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio(ODM) proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU): reduzir a extremapobreza pela metade.

O Programa também contribuiu para que o Brasil saísse do Mapa da Fome, o quefoi anunciado, no fim de 2014, pela Organização das Nações Unidas para aAgricultura e a Alimentação (FAO).

PÚBLICO ALVO E OBJETIVO

O Bolsa Família transfere renda diretamente às famílias extremamente pobres (com rendamensal de até R$ 77,00 por pessoa) e pobres (com renda mensal de R$ 77,01 a R$ 154,00por pessoa). Ao entrarem no programa, as famílias assumem compromissos relacionadosà Educação e à Saúde.

O principal objetivo do programa é contribuir para a superação da pobreza, em três eixosde atuação:

TRANSFERÊNCIA

DIRETA DE RENDA

ÀS FAMÍLIAS

AMPLIAR ACESSO À

DIREITOS BÁSICOS

POR MEIO DAS

CONDICIONALIDADES

COORDENAÇÃO COM

OUTRAS AÇOES E

OUTROS PROGRAMAS

PARA SUPERAR

SITUAÇÕES DE POBREZA

E VULNERABILIDADE

CONDICIONALIDADES

Compromissos assumidos pelo poder público e pelas famíliasbeneficiárias nas áreas de Saúde e de Educação.

O acompanhamento das condicionalidades permite ao poder públicomonitorar resultados, identificar motivos que impeçam o acesso dasfamílias aos serviços sociais básicos e agir para garantir o acesso.

Além disso, o acompanhamento das condicionalidades ajuda aidentificar oferta inadequada de serviços e dificuldades de acesso aeles. O acompanhamento das famílias que não cumpremcondicionalidades é uma importante

FIQUE ESPERTO (A)

O descumprimento das condicionalidades não acarreta desligamento imediato do

programa. Seus efeitos são gradativos. Primeiro, a família é notificada.

Persistindo o problema, o benefício é bloqueado e, só depois, suspenso. Somente

em casos de reiterados descumprimentos, a família pode ter o benefício

cancelado. Antes, contudo, o poder público, por meio da Assistência Social,

deverá identificar os motivos do descumprimento e oferecer apoio e

acompanhamento à família, de modo a solucionar os problemas que causaram

esta situação.

PROTOCOLO DE GESTÃO INTEGRADA DE SERVIÇOS, BENEFÍCIOS, E TRANSFERÊNCIA DE RENDA NO ÂMBITO DO

SUAS

O Protocolo de Gestão Integrada, aprovado pelaResolução nº07/2009 da Comissão IntergestoresTripartite (CIT), tem como objetivo disciplinar aintegração da gestão dos seviços, benefícios e programase transferências de renda do governo federal quecompõem a Política Nacional de Assistência Social(PNAS), tais como o Benefício de Prestação Continuadada Assistência Social (BPC), Programa Bolsa Família(PBF) e Programa de Erradicação do Trabalho Infantil(PETI).

PROTOCOLO DE GESTÃO INTEGRADA DE SERVIÇOS, BENEFÍCIOS, E TRANSFERÊNCIA DE RENDA NO ÂMBITO DO

SUAS

Para alcançar este objetivo, o Protocolo define as competências dos entesfederados, descreve procedimentos para o acompanhamento familiar dosbeneficiários pelos CRAS e CREAS, estabelece fluxo de dados relevantes paraidentificação de vulnerabilidades territoriais, contribui com a gestão de informaçãoda Vigilância Social e para a prevenção de riscos sociais. O Protocolo de GestãoIntegrada também apresenta indicadores para monitoramento e avaliação de seusresultados.

Público Prioritário para o AcompanhamentoFamiliar:

I. As famílias que vivenciam situações de riscosocial;

II. As famílias do PBF que estão emdescumprimento de condicionalidades, narepercussão:“suspensão do benefício pordois meses”, a fim de garantir a segurança derenda das famílias;

III. Demais famílias do PBF em situação dedescumprimento de condicionalidades;

IV. Famílias com beneficiários do BPC que seencontrem em situação de maiorvulnerabilidade;

Este Protocolo estabelece procedimentos

necessários para a garantia da oferta prioritária de

serviços socioassistenciais nos CRAS às famílias

do Programa Bolsa Família (PBF), do Programa

de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), do

Benefício de prestação continuada (BPC) e

Benefícios Eventuais, especialmente das que

apresentam maior vulnerabilidade.

Por fim, destacamos que o Protocolo norteia o

planejamento e a execução de ações orientadas

pela perspectiva da vigilância social, uma vez que

é, a partir do processamento e análise das

informações, que será feita a identificação das

famílias, assim como sua localização no território,

viabilizando a busca ativa e a inserção destas nos

serviços socioassistenciais.

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude

Secretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

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E-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida

– (ASCES-UNITA)

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