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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS Ignácio Bittencourt Patrono Espiritual do Encontro SEÇÃO DOUTRINÁRIA Tema: Bem-Aventurados os Aflitos 11 de outubro de 2015 “O corpo reflete o que há no Espírito, sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro.” “A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do Espírito. A Medicina socorre o perispírito, mas também socorre o corpo, ela não se sobrepõe ao remédio, porque cada uma age no seu campo; cada uma tem a sua esfera de ação; cada uma tem o seu momento.” Ignácio Bittencourt 26 o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE MEDICINA ESPIRITUAL

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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS

Ignácio Bittencourt Patrono Espiritual do Encontro

SEÇÃO DOUTRINÁRIA

Tema: Bem-Aventurados os Aflitos

11 de outubro de 2015

“O corpo reflete o que há no Espírito, sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro.”

“A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do Espírito. A Medicina socorre o perispírito, mas também socorre o corpo, ela não se sobrepõe ao remédio, porque cada uma age no seu campo; cada uma tem a sua esfera de ação; cada uma tem o seu momento.”

Ignácio Bittencourt

26o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE MEDICINA ESPIRITUAL

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Coordenação do Encontro de Medicina Espiritual: Luiz Carlos Dallarosa Coordenação da Seção Doutrinária: Carlos A. Xavier da Silva Finalização: Setor Editorial do CELD

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SUMÁRIO Informações Gerais Objetivos do Encontro Resumo Biográfico de Ignácio Bittencourt – O Patrono do Encontro Resumo do Caso Jelno TEMA 1 – A DOENÇA ................................. ................................................... 9 Conceitos e Fundamentos Doenças e Doentes Cremos em Deus? Constituição do Ser Humano Leis Divinas Reencarnação Livre-arbítrio Causa e Efeito Lei de Amor TEMA 2 – A CURA ................................... ...................................................... 19 Conceitos de Saúde O que é a Cura? Medicina Espiritual Recursos Utilizados na Medicina Espiritual para o Tratamento das Doenças Fatores que Podem Influenciar no Resultado do Tratamento Espiritual TEMA 3 – A PREVENÇÃO .............................. ............................................... 25 Definição e Importância da Prevenção Prevenir com Jesus Medidas Preventivas JESUS e o Remédio Anexos Referências Bibliográficas

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Informações Gerais

Data: 11/10/2015 – Seção Doutrinária, Seção Científica 1 e 2 Horário: 8h às 8h30min – Chegada e Recepção 8h30min às 9h – Abertura 9h às 10h30min – Tema 1 – A Doença 10h30min às 11h30min – Tema 2 – A Cura 11h30min às 11h50min – Intervalo 11h50min às 12h50min – Tema 3 – A Prevenção 12h50min às 13h – Encerramento Centros Participantes:

Data Centro Espírita Local

11/10/2015 C. E. Léon Denis Bento Ribeiro C. E. Antonio de Aquino Mallett C. E. Irmão Clarêncio Penha

25/10/2015 C. E. Bezerra de Menezes D. de Caxias 17/10/2015 G. E. Allan Kardec Bangu 7/11/2015 G. E. Fraternidade e Amor Nova Aliança

15/11/2015 C. E. Israel Barcelos Bento Ribeiro C. E. Léon Denis Cabo Frio

29/11/2015 C. E. Abigail Santa Cruz 29/11/2015 C. E. Casa do Caminho Taquara

O Encontro também é apresentado pela Internet: www.celd.org.br

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Tema Central

Bem-Aventurados os Aflitos

Caso Jelno Tema 1 – A Doença (Fundamentação Doutrinária) Tema 2 – A Cura Tema 3 – A Prevenção

Objetivo geral:

Estudar e discutir os diversos aspectos ligados à Medicina Espiritual: “a doença, a cura e a prevenção”. Objetivo específico:

“Trazer a todos a visão doutrinária, já que objetivamente estamos tratando de analisar os processos de cura espiritual segundo a ótica doutrinária espírita.”

(Balthazar – psicofonia de Altivo C. Pamphiro.)

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Resumo Biográfico de Ignácio Bittencourt

Ignácio Bittencourt é o patrono

Espiritual do Encontro Espírita sobre Medicina Espiritual, ele nasceu em 19 de abril de 1862, em Portugal, e desen-carnou no Rio de Janeiro a 18 de feve-reiro de 1943.

Em plena juventude, emigrou para o Brasil, sem alimentar ideia de enri-quecimento, mas buscando um ideal que sua intuição afirmava poder encontrar em sua segunda pátria.

Sem qualquer proteção ou amparo, desembarcou no Rio de Janeiro, sozinho e com irrisória quantia no bolso. Entre-

tanto, já era um jovem de caráter sério e de grandes dotes morais. Ignácio Bittencourt foi um desses abnegados, que só se alegravam

com a alegria do seu semelhante. Por isso foi aquinhoado com a mediunidade natural, que geralmente depende da evolução espiritual do indivíduo. Ela surgiu espontaneamente, sem qualquer esforço de plane-jamento, como um imperativo da essência de sua alma boa e sempre disposta à prática do bem.

Sempre solícito, exercendo a mediunidade de receitista, na qual tornou-se um expoente no quadro mediúnico brasileiro. Como médium apto a receber do alto a inspiração, durante longa fase do mediunato, fez inúmeras conferências, no Rio e em outros estados. Nestas ocasiões proclamava o Espiritismo como algo sublime, pouco compreendido e muito combatido. Demonstrava o Espiritismo como ciência, como filosofia e, por último, como religião.

Embora pobre e sobrecarregado, não lhe faltava tempo para dedicar-se de corpo e alma à divulgação do Espiritismo e ao trabalho da caridade.

Ignácio Bittencourt participou, direta ou indiretamente, da fundação de muitas instituições, dentre elas: Abrigo Teresa de Jesus, União Espírita Suburbana, Asilo Legião do Bem, Círculo Cáritas, Centro Espírita Humil-dade e Fé, e ainda dos Periódicos “Aurora” e “Tribuna Espírita”.

Durante dois anos foi Vice-Presidente da FEB ao lado de Leopoldo Cirne. Era uma época conturbada para o movimento espírita. Sua palavra era sempre ouvida com acatamento. Diante do trabalho perseverante, surgiram as perseguições ante a Doutrina Espírita, na figura do seu trabalhador incansável. Foi processado várias vezes por médicos que alegaram estar exercendo falsamente a Medicina. Porém, como acima da

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justiça humana, está a de Deus, Ignácio foi absolvido de todas as acusações. Foi também perseguido pelo cardeal do Brasil, Joaquim Arcoverde; enfrentou as perseguições através da imprensa, sempre com serenidade e humildade de verdadeiro cristão.

Desencarnou aos 18 de fevereiro de 1943, com 80 anos de idade, após lenta agonia. Liberto do corpo físico prossegue, levando o tesouro indestrutível de suas boas ações.

Ignácio Bittencourt legou-nos o exemplo vivo de verdadeiro homem de bem. Discípulo assíduo do Cristo ingressou na sua seara, trilhando os caminhos que o Espiritismo lhe abria, tornando-se, assim, um espírita verdadeiro.

Trabalhando junto às instituições espíritas, continua ele a nos amparar, destacando o impositivo da oração e da vigilância a fim de que estejamos seguros no discernimento e na fé, na fortaleza e na razão, encarando o nosso dever face a face. Seja o exemplo de sua determi-nação, perseverança e disciplina o nosso roteiro de estudo no dia de hoje. Vejamos nele o ser humano que lutou e que venceu.

(Conheça a biografia completa acessando http://www.doutrinaria.net)

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Resumo do Caso Jelno

Uma amiga querida e colega de trabalho do Sr. Altivo sempre o procurava para conversar sobre a Doutrina Espírita, sua família, e, principalmente, sobre seu irmão, Jelno, que sempre fora motivo de preocupações para a mãe e para o pai; este, militar de carreira, fez com que Jelno seguisse seus passos.

Recém-formado e sendo designado para uma região do interior do estado, Jelno casou-se, com uma moça do lugar onde servia. Seus pais se preocupavam, pois, havia um grande e constante “desnível de pensamento” entre eles, fato que infelicitava o rapaz.

Em várias ocasiões, Jelno e o nosso irmão Altivo conversaram longamente e terminavam sempre falando sobre reencarnação, assunto sobre o qual Jelno fazia muitos questionamentos. Por conta dos muitos problemas pessoais que vivia, Jelno desenvolveu extremas preocupações mentais, ao lado das obrigações profissionais, que também requisitavam dele bom esforço intelectual, já que ele também se tornara instrutor de jovens oficiais. Frequentemente pedia-nos passes de cura para o alívio de suas dores de cabeça e um dia, após um passe, sugeri-lhe que instasse com o médico de sua unidade a fim de que fizesse algum exame radiográfico da cabeça.

Constatou-se, então, a formação de um tumor cerebral. Passes, tratamentos médicos e finalmente a cirurgia que se fez sem sequelas para o caro amigo.

Após a recuperação da cirurgia, Jelno, tomou a decisão de encerrar a relação matrimonial. Parecia que sua vida tomaria um novo rumo; mais ameno e mais feliz. Mas ele continuava introspectivo, ligado a alguma força que o chumbava a preocupações desconhecidas, embora conti-nuasse orando, lendo a literatura espírita, tomando passes com a mãezinha extremosa, enfim, seguindo sua vida de trabalho.

Certo dia, Jelno desencarna em um acidente de carro, com um golpe violento, em cima do corte cirúrgico, no hemisfério direito do cérebro.

Num gesto de solidariedade, nosso irmão Altivo, visita a mãe de Jelno que em segredo lhe relata sob forte emoção, um fato que poucos na família sabiam: Jelno, com a idade de 8 anos, pegando inadvertidamente o revólver do pai, dera um tiro na direção de uma coleguinha de brincadeiras e a bala alojara-se no lado direito da cabeça da menina provocando-lhe morte rápida. Os pais o encontraram com a arma na mão, estático e lívido.

Agora, mais de 40 anos depois a mãezinha em prantos pergunta ao nosso irmão Altivo se, à luz da Doutrina Espírita, haveria correspondência entre a lei de Causa e Efeito e a morte de seu querido filho. Ela queria saber se realmente cumpriu-se esta lei tão justa e soberana, mas tão severa?

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Sim, a lei cumprira-se de modo bem severo e ainda nesta mesma reencarnação. Este o maior detalhe. Muitas vezes pensamos que pagaremos em outras vidas erros do presente, mas um exame atento pode mostrar-nos que, em muitas ocasiões, acertamos nossos débitos com a lei, na mesma encarnação em que agimos mal. Jelno errara tirando a vida de uma colega de infância — fora o autor de uma morte. Trouxera tristeza para um lar, o da menina morta, e preocupações para os seus pais que ficaram atentos ao desenvolvimento emocional do filho querido. Este, por sua vez, como que se punia com a busca de sofrimentos — primeiro no lar infeliz, desde seu começo; e depois criara até mesmo condições para o desenvolvimento de um tumor cerebral. Jelno indagava muito ao Sr. Altivo sobre reencarnação e lei de Causa e Efeito, mas não revelava suas preocupações mais íntimas — punia-se. Não falava sobre o assunto com ninguém. Naturalmente provocara a formação de um tumor e mais tarde sua desencarnação.

Jelno escolheu em vida quitar-se perante à Lei.

TTEEMMAA 11 –– AA DDOOEENNÇÇAA

OO qquuee eenntteennddeemmooss ppoorr ddooeennççaa??

11 -- DDooeennççaa

# Naa vviissããoo hhuummaannaa::

Doença é um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo , alterando o seu estado normal de saúde . O vocábulo é de origem latina, em que “dolentia” significa “dor, padeci-mento”. (Google)

# Sob a ótica espiritual:

“A doença é uma exteriorização do estado d’alma”. (Hermann. Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, no CELD.)

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Para entendermos melhor as doenças:

Fundamentos da Doutrina Espírita

SSoommooss ddooeenntteess oouu eessttaammooss ddooeenntteess??

11..11 -- DDooeennççaass ee DDooeenntteess

As doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida terrestre; são inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os excessos de todos os gêneros deixam em nós germes malsãos, muitas vezes hereditários. Nos mundos mais avançados, física ou moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades, e o corpo não é minado silenciosamente pelo dano das paixões. (...)

(Kardec, Allan, ESE*, cap. XXVIII, item 77 – “Pelos doentes” – Prefácio. CELD.)

(...) Como o homem tem que progredir, os males aos quais está exposto são um estímulo para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-o à procura dos meios de se preservar deles. Se ele não tivesse nada a temer, nenhuma necessidade o levaria à busca do melhor; ele se entorpeceria com a inatividade de seu espírito; não inventaria nada, não descobriria nada. A dor é o aguilhão que compele o homem a avançar na estrada do progresso.

(Kardec, Allan, A Gênese, cap. III item 5 – “Origem do bem e do mal”. CELD.)

* ESE – O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Ideia de Deus Imortalidade da Alma Pluralidade das Existências Pluralidade dos Mundos Habitados Comunicação entre o Plano Físico e o Plano Espiritual

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• “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.”

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, perg. 1 – CELD.)

• “Pode-se dizer que os espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo fora do mundo material.”

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, perg. 76 – CELD.)

• “(...) a matéria existe em estados que vos são desconhecidos; ela pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão cause nos vossos sentidos; entretanto, é sempre matéria; mas para vós, não o seria.” “A matéria é o elo que acorrenta o espírito; é o instrumento que lhe serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, ele exerce sua ação.”

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, pergs. 22 e 22a – CELD.)

CCrreemmooss eemm DDeeuuss??

11..22 –– CCrreennççaa eemm DDeeuuss

Sendo Deus a causa primária de todas as coisas, o ponto de partida de tudo o que existe, a base em que repousa a obra da criação, é a questão que convém considerar em primeiro lugar. (...)

(Kardec, Allan, A Gênese, cap. II, item 1 – “Existência de Deus”. CELD.)

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11..33 –– SSooffrr iimmeennttoo ee JJuusstt iiççaa DDiivviinnaa

Sendo Deus o princípio de todas as coisas, e sendo este princípio todo sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede deve participar desses atributos, uma vez que, o que é infinitamente sábio, justo e bom , não pode produzir nada que seja insensato, mau e injusto. Portanto, o mal que observamos não pode ter sua origem nele.

(Kardec, Allan, A Gênese, cap. III, item, 1 – “Origem do bem e do mal”. CELD.)

11..44 –– AA nneecceessssiiddaaddee ddaa iiddeeiiaa ddee DDeeuuss

Não confiamos em quem não conhecemos . Por isso, neces-sitamos conhecer nosso Criador.

Tendes um provérbio que diz o seguinte: pela obra se conhece o autor . Pois bem: vede a obra e procurai o autor! É o orgulho que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite fora de si, e é por isso que se considera um espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!

Comentário de Kardec: Julga-se o poder de uma inteligência pelas suas obras. Como nenhum ser humano pode criar o que a Natureza produz, a causa primária há de estar numa inteligência superior à Humanidade.

Sejam quais forem os prodígios realizados pela inteligência humana esta inteligência tem também uma causa e, quanto maior for a sua realização maior deve ser a causa primária. Esta inteligência superior é a causa primária de todas as coisas qualquer que seja o nome pelo qual o homem a designe.

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, perg. 9, e comentário – CELD.)

(...) Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo poderoso, soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das Leis Divinas se revela nas menores coisas, como nas maiores; e essa sabedoria não permite duvidar nem de sua justiça nem de sua bondade.

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, perg. 13 – CELD.)

“Resta a nós (...) pensar em Deus como Pai. O Criador de tudo (...), mas, acima de tudo, o doador da oportunidade de estudarmos, de aprendermos, de vivenciarmos uma experiência de luz e de crescermos espiritualmente.

(...) Como pensar em Deus? Deus é aquele ser que nos sustenta a todos, que não nos dá provas que não possamos superar ou suportar. (...)

Quando, em nosso coração, irromper a angústia, o clamor, falemos para nós mesmos: Deus é o Pai; sabe o que nós precisamos passar.

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Isto não quer dizer que devemos aceitar cegamente todas as dores que nos chegam. Ao contrário, devemos saber por que as dores nos chegam, para não repetirmos os erros. (...) todas as dores que sentimos, todas, sem exceção, nos educam. Salvo no caso daqueles que se recusam a aceitar a forma educativa da dor. (...) Para estes, Deus oferece o tempo como agente educador.

Deus, assim, meus irmãos, é o Pai. É aquele que oferece o melhor para nós; mas é aquele, também, que deseja que o alcancemos.”

(Antonio de Aquino / Altivo C. Pamphiro – Inspirações do Amor Único de Deus. Vol. 3 – lição 9.)

O que somos ??

11..55 –– CCoonnsstt ii ttuuiiççããoo ddoo eessppíírr ii ttoo eennccaarrnnaaddoo::

11..55..11 –– EEssppíírr ii ttoo

• Princípio inteligente do Universo.” (Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, perg. 23 – CELD.)

11..55..22 –– PPeerr iissppíírr ii ttoo –– PPrroopprr iieeddaaddeess ee FFuunnççõõeess

Como o gérmen de um fruto está envolto pelo perisperma, assim também o espírito, propriamente dito, reveste-se de um invólucro que, por comparação, pode-se chamar de perispírito .

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, comentário perg. 93 – CELD.)

(...) O perispírito é o elo que une o espírito à matéria do corpo; ele é haurido do meio ambiente, do fluido universal; participa, ao mesmo tempo, da eletricidade, do fluido magnético e, até um certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria; é o princípio da vida orgânica, mas não o é da vida int electual: a vida intelectual está no espírito .

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, perg. 257 – CELD.)

(...) A substância do perispírito é extremamente sutil, é a matéria em seu estado mais quintessenciado, é mais rarefeita que o éter; suas vibrações, seus movimentos, ultrapassam em rapidez e penetração os das mais ativas substâncias. Daí a facilidade de os espíritos atravessarem os corpos opacos, os obstáculos materiais e transporem consideráveis dis-tâncias com a rapidez do pensamento.

(Denis, Léon, No Invisível – “O Espírito e a sua forma”. 1a parte, cap. III – CELD.)

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11..55..33 –– CCoorrppoo FFííssiiccoo

(...) “Todo corpo físico merece respeito e cuidados, carinho e zelo contínuos, por ser a sede do Espírito, o santuário da vida em desenvolvi-mento”. (...)

(Franco, Divaldo P. Dias Gloriosos, cap. 14. Espírito Joanna de Ângelis.)

O homem é, assim, formado de três partes essenciais :

1o – O corpo , ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital.

2o – A alma , espírito encarnado cujo corpo é a habitação.

3o – O princípio intermediário, ou períspirito , substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao espírito e une a alma ao corpo. Tais são, num fruto, o gérmen, o perisperma e a casca.

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, perg. 135 – CELD.)

“(...) o que caracteriza a alma, e absolutamente a diferencia da

matéria é a sua unidade consciente. (...) a matéria dispersa-se e dissipa-se. (...) A matéria é inteiramente desprovida de unidade (...) No Universo só o espírito representa o elemento uno, simples, indivisível e, por conseguinte, logicamente indestrutível, imperecível, imortal.”

(Denis, Léon, O Problema do Ser e do Destino – 1a parte, cap. III.)

Sendo Deus perfeito em tudo, não poderia deixar de estabelecer regras para o funcionamento de sua criação. Por iss o toda obra do Criador, está submetida à suas Leis.

CONSTITUIÇÃO DO ESPÍRITO DESENCARNADO

CONSTITUIÇÃO DO ESPÍRITO ENCARNADO

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11..66 –– LLeeiiss DDiivviinnaass

As grandes leis gerais do equilíbrio têm a sua sede sagrada em Deus, fonte perene de toda a vida.

(Xavier, Francisco Cândido, O Consolador, pelo Espírito Emmanuel, FEB, 1991, Primeira Parte, questão 23.)

“A lei natural é a Lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta.”

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, perg. 614 – CELD.)

LEIS MORAIS:

Adoração Sociedade

Trabalho Progresso

Reprodução Igualdade

Conservação Liberdade

Destruição Justiça, Amor e Caridade

11..77 –– RReeeennccaarrnnaaççããoo

(...) É nas suas diversas existências corporais que os espíritos se libertam, pouco a pouco, das suas imperfeições. As provações da vida, quando bem suportadas, fazem progredir; como expiações, elas apagam as faltas e purificam; são o remédio que limpa a ferida e cura o doente; quanto mais grave é o mal, mais enérgico deve ser o remédio. (...)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V – item 10 – CELD.)

“Quando o homem morre, vive sempre; terminando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo.”

(Jó, XIV: 10 a 14. Versão da Igreja grega.) “Nesta guerra em que me encontro todos os dias da minha vida,

espero que chegue a minha transformação.” Jó, evidentemente, quer falar da luta que sustenta contra as misérias da vida, ele espera a sua transformação, isto é, conforma-se. Na versão grega, esperarei parece antes se aplicar a uma nova existência: “Quando minha existência terrena terminar esperarei, pois a ela retornarei.” Jó parece se colocar, após a morte, no intervalo que separa uma existência da outra, e diz que ali esperará o seu retorno.

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IV – item 15 – CELD.)

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Reflexão:

• LUTAS DA VIDA HUMANA = Episódios de progresso da própria alma. • DIFICULDADES = Momentos de aprendizagem. • REENCARNAÇÃO = Meio encontrado por Deus para promover o equi-

líbrio entre o ser humano e a Lei.

(Palavras do Coração, vol. 3 – Reencarnação e Bondade Divina – Psicofonia de Altivo C. Pamphiro – Espírito Dr. Hermann – CELD.)

11..88 –– LLiivvrree--aarrbbííttrr iioo

(...) Façamos uma comparação com um fato comum. Um proprietário sabe que no final das suas terras existe um lugar perigoso, onde poderia morrer ou se ferir aquele que por ali passasse. O que faz ele para prevenir um acidente? Coloca um aviso perto do lugar, proibindo ir mais longe por causa do perigo. Eis a lei, ela é sábia e previdente . Se, apesar disso, um imprudente, não lhe dando atenção , vai além desse ponto e se acidenta, a quem ele pode queixar-se do fato senão a si próprio ?

O mesmo acontece com o mal; o homem o evitaria se cumprisse as Leis Divinas . Deus, por exemplo, colocou um limite à satisfação das necessidades : o homem é advertido pela saciedade . Se ele ultrapassa esse limite, o faz voluntariamente. As doenças, as enfermidades e a morte que podem resultar daí, são, portanto, obra sua e não de Deus .

(Kardec, Allan, A Gênese, cap. III, item 7 – “Origem do bem e do mal”.)

• A mente é fonte criadora. • A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos

aquilo que desejas. • De que vale a medicação exterior, se prossegues triste,

acabrunhado ou insubmisso? Anexo (Fonte Viva – “Estás Doente?” – lição 86 – Espírito Emmanuel.)

11..99 –– CCaauussaa ee eeffeeii ttoo

Nada ocorre na vida por acaso ou descuido da Consciência Cósmica impressa na individual.

(Autodescobrimento, uma Busca Interior, cap. 2 – “Conflitos e doenças” – Divaldo P. Franco – Espírito Joanna de Ângelis.)

Entretanto, Deus, pleno de bondade, colocou o remédio ao lado do mal , quer dizer, do próprio mal fez sair o bem . Chega um momento em que o excesso do mal moral torna-se intolerável e faz com que o homem sinta a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele é impelido a procurar um remédio no bem, sempre por uma consequência do seu livre-arbítrio. Quando entra num caminho melhor, é

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por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro caminho. A necessidade , pois, força-o a se melhorar moralmente para ser mais feliz, do mesmo modo que o força a melhorar as condições materiais da sua existência . (...)

(Kardec, Allan, A Gênese, cap. III, item 7 – “Origem do bem e do mal”.)

(...) Acostumai-vos a não reprovar o que não podeis com-preender , e tende a certeza de que Deus é justo em todas as coisas; muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem, no entanto vossas faculdades são tão restritas que o conjunto do grande todo não é percebido pelos vossos rudes sentidos.

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 22 – Fénelon – Sens, 1861, CELD.)

(...) as penas e recompensas se repartem sobre os indivíduos pelo jogo natural das coisas. O mal como o bem, tudo volta ao seu ponto de partida . Há faltas que produzem seus efeitos no próprio curso da existência terrena. Há outras, mais graves, cujas consequências se fazem sentir somente na vida espiritual e, às vezes , mesmo nas encarnações ulteriores .

(Denis, Léon, Depois da Morte, cap. XXXIX, “Justiça, Solidariedade, Responsabilidade”, CELD.)

11..1100 –– LLeeii ddee AAmmoorr

O amor resume inteiramente a Doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência , e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso alcançado. Na sua origem o homem só tem instintos ; mais avançado e corrompido, só tem sensações ; mais instruído e purificado, tem sentimentos ; e o ponto mais delicado do sentimento é o amor , não o amor no sentido vulgar da palavra, mas o sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. (...)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, item 8 – Lázaro – Paris, 1862 – CELD.)

(...) “O homem é assim, incessantemente, o árbitro da sua própria sorte; ele pode abreviar o seu suplício ou prolongá-lo indefinidamente; sua felicidade ou sua desgraça dependem da sua vontade de fazer o bem.” Essa é a lei; lei imutável e de acordo com a bondade e a justiça de Deus. (...)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 21 – “Pedi e obtereis” – CELD.)

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O amor é de essência divina e, do primeiro ao último de vós, todos possuís, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. (...)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, item 9 – Fénelon – Bordeaux, 1861 – CELD.)

“A recomendação de Jesus sobre o amor é de eficácia incontes-tável, por ser, esse sentimento, gerador de valores responsáveis pela felicidade humana. O amor dulcifica o ser e incita-o às atitudes edificantes da vida. Mediante a sua vigência, pensa-se antes de tomar-se decisões, considerando-se quais as que são mais compatíveis com a ética e os anseios do próprio coração.”

(Plenitude – “Cessação do Sofrimento”, cap. IV – Divaldo P. Franco – Espírito Joanna de Ângelis.)

Quem é o verdadeiro doente?

(...) lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência. (...)

Anexo (Fonte Viva – “Estás doente?” – lição 86 – Francisco C. Xavier – Espírito Emmanuel.)

11..1111 –– PPoorr qquuee ff iiccaammooss ddooeenntteess

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19

TTEEMMAA 22 –– AA CCUURRAA

22 –– SSaaúúddee

# Segundo a Organização Mundial:

“Saúde é o completo bem-estar físico, psíquico, social e não apenas a ausência de doença.”

# Sob a ótica espiritual:

“Para o homem da Terra, a saúde pode significar o equilíbrio perfeito dos órgãos materiais; para o plano espiritual, todavia, a saúde é a perfeita harmonia da alma , para obtenção da qual, muitas vezes, há necessidade da contribuição preciosa das moléstias e deficiências transi-tórias da Terra.” (Grifo nosso.)

(Xavier, Francisco C. – O Consolador, Espírito Emmanuel, perg. 95 – FEB.)

22..11 –– OO qquuee éé aa ccuurraa??

(...) A cura se realiza pela substituição de uma molécula doente por uma sadia. O poder curador, portanto, dependerá da pureza da substância inoculada; ele ainda depende da energia da vontade, que provoca uma emissão fluídica mais abundante e dá ao fluido uma força de penetração maior, finalmente, das intenções que animam aquele que deseja curar, quer seja homem ou espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são como substâncias medicinais adulteradas.

(Kardec, Allan, A Gênese, cap. XIV, item 31 – “Os fluidos”.)

“É o equilíbrio do Espírito, refletido no corpo esp iritual e no corpo físico.”

(Ignácio Bittencourt. Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, no CELD. Apostila do 22o EEME 2011.)

“Distinguimos muitas vezes, o que vem a ser estabilidade orgânica,

da cura. A cura é a supressão de um mal, totalmente . Estabilidade orgânica é o equilíbrio que se dá a alguém, para que por sua vez, essas pessoas possam caminhar equilibradamente, amparadas pela força misericordiosa que o atendeu. (...)”

(Ignácio Bittencourt. Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, no CELD, em 19/10/2002.)

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AA ccuurraa ff ííssiiccaa ssiiggnnii ff iiccaa ssaaúúddee??

(...) Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao espírito, sem isso onde estaria o mérito e a responsabilidade? O homem que é deformado não pode tornar-se direito, porque o espírito não tem nada com isso, mas ele pode modificar o que é do espírito quando tem uma vontade firme. A experiência não vos prova, espíritas, até onde pode ir o poder da vontade pelas transformações verdadeiramente miraculosas que vedes acontecer? Dizei, pois, que o homem permanece vicioso porque quer ficar vicioso; mas aquele que deseja se corrigir sempre pode fazê-lo, se assim não fosse, a lei do Progresso não existiria para o homem. Hahnemann (Paris, 1863.)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX – item 10.)

2.2 – Medicina Espiritual

“Medicina espiritual é a atividade exercida pelos espíritos que utilizando recursos fluídicos, magnéticos e espirituais, objetiva a cura dos indivíduos, do ponto de vista físico e principalmente espiritual. Também, pode-se considerar como medicina espiritual a ação curadora por cirurgias espirituais ou por medicamentos prescritos pelos espíritos através do receituário mediúnico. O plano espiritual, configurado nos espíritos, age pelo magnetismo e pelos fluidos que são movimentados pela nossa vontade para a cura dos corpos.”

(Balthazar. Psicofonia de Altivo C. Pamphiro – CELD.)

2.2.1 – Recursos utilizados na Medicina Espiritual para o trata-mento das doenças:

a) Fluido: “O termo “fluido” é genérico, e indica as emanações, as radiações físicas ou orgânicas provindas de outras pessoas ou de espíritos desencarnados no ambiente em que esta o doente”.

(Técnica de Passes, cap. 4, “Fluidos aplicados ao passe” – CELD.)

O fluido magnético tem, pois, duas fontes bem distintas: os Espíritos encarnados e os Espíritos desencarnados. Essa diferença de origem produz uma grande diferença na qualidade do fluido e nos seus efeitos.

O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado das impurezas físicas e morais do encarnado; o dos Espíritos bons é necessariamente mais puro e, por isso mesmo, tem propriedades mais ativas, que levam a uma cura mais rápida. Mas, passando através do encarnado, pode alterar-se, como acontece com a água límpida ao passar

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por um vaso impuro, e como sucede com todo remédio, se permanecer num vaso sujo, perdendo, em parte, suas propriedades benéficas. Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração, isto é, o seu melhoramento moral (...)

(Kardec, Allan, Revista Espírita, setembro de 1865 – FEB.)

b) Magnetismo: Existe uma força que provoca atração ou repulsão entre os seres chamamos essa força de magnetismo humano e através dela influenciamos e somos influenciados.

(Coleção Medicina Espiritual, vol. 2, pág.10 – CELD.)

c) Passes: (...) A ação magnética, o fenômeno da cura, o potencial energético que se desprende da mão de um médium, atinge ao corpo, mas não é para substituir pura e simplesmente a medicaç ão terrena , e sim para colocar o corpo em condições de equilíbrio, e até para receber a medicação terrena .

(Ignácio Bittencourt, mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro. Coleção Medicina Espiritual, vol. 2, pág. 58 – CELD.)

d) Água fluidificada: (...) Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades fisiológicas ou dos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações, espera e confia. (...)

(Segue-me – lição 46 – Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier – O Clarim.)

e) Receituários: (...) Vezes outras, ainda, mediante o atendimento homeopático, socorrem aqueles que os buscam, estimulando-os à mu-dança de comportamento moral e estimulando os núcleos energéticos através das tinturas-mães devidamente dinamizadas (...)

(Franco, Divaldo P. Nascente de Bênçãos, pelo Espírito Joanna de Ângelis, lição 15 – Leal.)

f) Cirurgias espirituais: (...) as cirurgias espirituais ou mediúnicas não têm necessidade de ser realizadas no corpo somático, muitas vezes através de comportamentos agressivos e chocantes, violentando os dispositivos da técnica, da higiene, da precaução às infecções. (...) Todos os procedimentos espirituais que têm por meta a recuperação orgânica são realizados no perispírito , o campo onde se encontram registradas as necessidades de evolução para o Espírito. (...)

(Franco, Divaldo P. Nascente de Bênçãos, pelo Espírito Joanna de Ângelis, lição 15 – Leal.)

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22..33 –– Fatores que podem influenciar no resultado do trat amento espiritual:

a) A Prece Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que imploram por

ela. Seu poder cobre a Terra inteiramente e, por toda a parte, ao lado de cada lágrima ele colocou um bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua, e encerram um ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras. Que todos os espíritos sofredores possam compreender essa verdade, em vez de se revoltarem contra as dores e os sofrimentos morais que são o seu quinhão aqui na Terra. (...) (O Espírito de Verdade. Havre, 1863.)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 8 – CELD.)

Pela prece, o homem atrai para si o concurso dos bons espíritos, que vêm sustentá-lo nas suas boas resoluções e inspirar-lhe bons pen-samentos. Dessa forma, ele adquire a força moral necessária para vencer as dificuldades e retornar ao caminho certo, se dele tiver se afastado, desviando, assim, os males que atrairia para si por suas próprias faltas. (...)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 11 – Ed. CELD.)

b) AA FFéé (...) O Espiritismo não cria nenhuma nova moral, ele facilita aos

homens a compreensão e a prática da moral do Cristo, dando uma fé sólida e esclarecida àqueles que duvidam ou vacilam. (...)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.XVII, item 4 – CELD.)

(...) O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação; é pela fé que se cura e se produzem esses fenômenos estranhos, outrora qualificados de milagres. (...)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.XIX, item 12 – CELD.)

(...) Os instrutores religiosos, mais do que doutrinadores, são médicos do espírito que raramente ouvimos com a devida atenção, enquanto na carne. Os ensinamentos da fé constituem receituário permanente para a cura positiva das antigas enfermidades que acompanham a alma, século atrás de século. (...) (Anexo: Saúde)

(Falando à Terra, Anexo Saúde. Psicografia de Francisco Cândido Xavier / Joaquim Murtinho – FEB.)

c) O Pensamento (...) O cultivo das ideias pessimistas, geradoras de enfermidades e

dissabores, angústias e tragédias, deve ser substituído pelos pensamen-tos saudáveis, produtivos, responsáveis pelos bens da vida.

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(...) Os teus pensamentos seguem a linha direcional das tuas aspirações. O que anelas na emoção, elaboras na construção mental. Sucederá, portanto, conforme o queiras. (...)

(Franco, Divaldo P. – Momentos de Saúde, pelo Espírito Joanna de Ângelis, cap. 3 – Leal.)

d) A VVoonnttaaddee (...) Nos momentos em que desejam operar as curas, os médiuns

movimentam em si forças espirituais imensas e as direcionam através, principalmente, de suas mãos, para os doentes, para os fracos, os desalentados e os psiquicamente descontrolados, restabelecendo o equilíbrio das forças em desalinho, reconduzindo mentes e corações para os estágios mais harmonizados e mais elevados. (...) ao doente basta o desejo de ser curado e quando aliado a fé , maior cota de energia absorve.

(Ignácio Bittencourt, mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 11/9/2003, Coleção Medicina Espiritual, vol. 2, pág. 78. CELD.)

e) O Sentimento Todos os sentimentos que nos ponham em desarmonia com o

ambiente, onde fomos chamados a viver, geram emoções que desor-ganizam, não só as colônias celulares do corpo físico, mas também o tecido sutil da alma, agravando a anarquia do psiquismo. Qualquer criatura, conscientemente ou não, mobiliza as faculdades magnéticas que lhe são peculiares nas atividades do meio em que vive. Atrai e repele. Do modo pelo qual se utiliza de semelhantes forças depende, em grande parte, a conservação dos fatores naturais de saúde. (Anexo: Saúde)

(Falando à Terra, psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Joaquim Murtinho – FEB.)

f) O AAuuttooccoonnhheecciimmeennttoo “Fazei o que eu mesmo fazia quando vivi na Terra: no final do dia,

interrogava minha consciência, passava em revista o que tinha feito e me perguntava se não havia faltado a algum dever, se ninguém tivera motivo de se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver, em mim, o que precisava de reforma. (...) (Santo Agostinho)

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, perg. 919 – CELD.)

g) OO TTrraabbaallhhoo nnoo BBeemm Tudo o que fizermos pelos nossos irmãos gravar-se-á no grande livro

fluídico, cujas páginas se expandem através do espaço, páginas lumi-nosas onde se inscrevem nossos atos, nossos sentimentos, nossos pensamentos. (...) As boas obras realizadas neste mundo tornam-se, para aquele que as produziu, fonte de infinitos gozos no futuro.

(Denis, Léon, Depois da Morte – “A Caridade”, cap. XLVII – CELD.)

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hh)) OO MMéérr ii ttoo (...) Em todo lugar onde haja merecimento nos que sofrem e boa

vontade nos que auxiliam, podemos ministrar o benefício espiritual com relativa eficiência. (...)

(Xavier, Francisco Cândido / André Luiz – Missionários da Luz, cap. 19 – Passes.)

“A doença é sempre acidente de percurso, jamais sendo uma realidade, antes é um estado transitório, que pode ser ultrapassado, mesmo quando se apresente como condições expiatórias.”

(Franco, Divaldo P. – Vida, Desafios e Soluções – Joanna de Ângelis, cap. 5 –Leal.)

“O autoperdão é uma necessidade para luarizar a culpa, o que não implica em acreditar haver agido corretamente, ou justificar a ação infeliz. Significa dar-se oportunidade de crescimento interior, de reparação dos prejuízos, de aceitação das próprias estruturas, que deverão ser forta-lecidas.”

(Franco, Divaldo P. – Autodescobrimento, pelo Espírito Joanna de Ângelis, cap. 8 –Leal.)

ii )) OO EEvvaannggeellhhoo A doutrina de Jesus ensina, por toda a parte, a obediência e a

resignação, duas virtudes que acompanham a doçura, e que são muito ativas, embora os homens as confundam, erradamente, com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração . (...) (Lázaro. Paris, 1863.)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.IX, item 8 – CELD.)

Quando Jesus recomendou o perdão das ofensas, ele quis nos ensinar que, ao perdoar, a criatura se deixa preparar por Deus para en-frentar os fluidos negativos que tentam envolvê-la. – Sabe-se que a luz dissolve as trevas.

Assim, quem ama, perdoa, e tem pensamentos positivos, elevados, cria a própria atmosfera de tranquilidade e, ao mesmo tempo, de força capaz de dissolver energias negativas que lhe estejam ao redor.

(Anexo: lição 5 – “Ação fluídica do perdão” – Pela Graça Infinita de Deus – vol. 1 – Altivo C. Pamphiro – Balthazar – CELD.)

2.4 – Como vamos nos curar

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TTEEMMAA 33 –– AA PPRREEVVEENNÇÇÃÃOO

3 –– O que é a prevenção?

• Precaução para evitar qualquer mal • Antecipação • Serviço de prontidão

(Dicionário Michaelis)

O termo “prevenir” tem o significado de “preparar; chegar antes de; dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize” (Ferreira, 1986). (...)

(Esse texto é uma versão revisada e atualizada do artigo “The concept of health and the diference between promotion and prevention”, publicado nos Cadernos de Saúde Pública (Czeresnia, 1999). In: Czeresnia D, Freitas CM (org.). Promoção da Saúde: conceitos,

reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2003. p.39-53.)

O que é importante na prevenção?

(...) As sensações positivas aumentam a imunidade do organismo. (...) A importância de nos vigiarmos, como ensinou Jesus , a fim de combater pensamentos capazes de desestruturar nosso equilíbrio psíquico e orgânico, agindo assim, evitaremos danos ao nosso organismo. (...)

(Evangelho e Saúde – Wilson Lopes / Mônica Magnavita, cap. II – CELD.)

(...) “Num sistema saudável – um indivíduo, uma sociedade ou um ecossistema – existe equilíbrio entre integração e autoafirmação”, conclui. Ou, nas palavras de Jesus, “amar ao próximo como a si mesmo” e “façamos ao próximo o que queremos que faça a nós.”

(Evangelho e Saúde - Wilson Lopes / Mônica Magnavita, cap. III – CELD.)

3.1 - Prevenir com Jesus

Ele mesmo disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João, 8:32.)

Assegurou-lhes Jesus: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. (João, 14:6.)

(...) Oh, homens! Não reconhecereis o poder de vosso Senhor senão quando houver curado as chagas de vosso corpo e coroado os vossos dias de beatitude e de alegria? Vós só reconhecereis o seu amor quando ele houver adornado vosso corpo de todas as glórias e lhe restituído seu brilho e sua brancura? (...)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 19, CELD.)

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O que Jesus nos recomenda?

3.1.1 – Remédio salutar

“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfei-ções dos outros, perdão das ofensas.” (O Livro dos Espíritos, perg. 886.)

3.1.2 – Benevolência:

“Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.” (João, 8:11.)

3.1.3 – Indulgência:

A indulgência não vê os defeitos dos outros ou, se os vê, procura não falar deles, não divulgá-los; (...) jamais se ocupa com os maus atos dos outros, a menos que isso seja para prestar um serviço, porém, mesmo assim, ela tem o cuidado de atenuá-los tanto quanto seja possível. (ESE, cap. X, item 16 – CELD.)

3.1.4 – Perdão:

“Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem.” (Lucas, 23:24.)

3.1.5 – Amor:

O amor e a caridade são o complemento da lei de Justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejaríamos que nos fizessem. Esse é o sentido das palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros, como irmãos. (LE, perg. 886.)

3.1.6 – Caridade:

Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas. (Mateus, 7:12.)

3.1.7 – Vigilância e oração:

Jesus sempre estava em comunicação com o Pai e esse é um exemplo a seguir através de algumas práticas:

(...) Realizarmos nossas atividades com amor (...) Elevar nosso pensamento a Jesus sempre que iniciar qualquer atividade. (João, 13:13.)

(...) Não julgar e nem criticar o próximo, e sim procurar auxiliá-lo (Mateus, 7:1.)

(...) é imprescindível levar ao nosso lar o hábito de orar em conjunto com os que habitam a nossa casa. (Mateus, 14:23.)

(...) A prática da caridade nos dará uma nova dimensão da frater-nidade e da solidariedade. (Mateus, 6:1.)

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Essas atitudes, com certeza, muito irão nos ajudar a encontrar o caminho para a paz íntima tão necessária para manter e melhorar nossa saúde física e psicológica.

(Evangelho e Saúde – Wilson Lopes / Mônica Magnavita, cap. III – CELD.)

(...) Em todos os quatro Evangelhos consta que Jesus utilizou-se da oração para se fortalecer ante as dificuldades que encontrou em sua missão.

(Evangelho e Saúde – Wilson Lopes / Mônica Magnavita, cap. VII – CELD.)

3.2 – Medidas preventivas:

3.2.1 – Casa Espírita

(...) é um núcleo de resistência ao mal e simultaneamente, um núcleo de orações e trabalhos a Deus e por Deus. (...) é um local de relações entre seres humanos que se propõem a trabalhar a própria Misericórdia Divina em si, e que se propõe também a produzir algo em favor do bem. (...)

(Perguntas feitas ao Espírito Balthazar — Psicofonia de Altivo C. Pamphiro, – Apostila de 2001, CELD.)

33..22..22 –– PPaarrtt iicciippaaççããoo nnaass RReeuunniiõõeess PPúúbbll iiccaass

As reuniões espíritas podem oferecer grandíssimas vantagens, ao permitirem o esclarecimento pela troca recíproca das ideias, pelas questões e observações que cada qual possa fazer e das quais todos podem tirar proveito; mas para delas retirar os frutos desejáveis, são necessárias condições especiais, que vamos examinar, pois erraria quem as comparasse às sociedades comuns. Aliás, sendo as reuniões um todo coletivo, o que lhes diz respeito é a consequência natural das instruções precedentes; elas devem tomar as mesmas precauções e preservarem-se dos mesmos enganos, que os indivíduos; (...)

(Kardec, Allan, O Livro dos Médiuns, cap. XXIX, item 324, CELD.)

33..22..33 –– EEssttuuddoo ddaa DDoouuttrr iinnaa EEssppíírr ii ttaa

(...) o Espiritismo proporciona o que Jesus disse sobre o consolador prometido: conhecimento dos fatos, que faz com que o homem saiba de onde veio, para onde vai e por que está na Terra; retorno aos verdadeiros princípios da Lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança.

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 4, CELD.)

(...) Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele criaram raízes são de origem unicamente humana; e eis que do outro lado do túmulo, onde acreditáveis que nada existia, vozes vos gritam: “Irmãos, nada morre! Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade.” (O Espírito de Verdade. Paris, 1860.)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 5, CELD.)

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(...) Ao demonstrar a existência e a imortalidade da alma, o Espiritismo reanima a fé no futuro, levanta os ânimos abatidos, faz suportar com resignação as vicissitudes da vida; (...)

(Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, Conclusão, item III – CELD.)

33..22..44 –– IInntteeggrraaççããoo nnooss ggrruuppooss ddee eessttuuddoo

Já vimos de que importância é a uniformidade de sentimentos para a obtenção de bons resultados; esta uniformidade é, necessariamente, tanto mais difícil de obter-se, quanto maior for o número. Nos pequenos grupos, todos se conhecem melhor, fica-se mais seguro, quanto aos elementos que neles se introduzem; o silêncio e o recolhimento, aí, são mais fáceis e tudo se passa, como em família. As grandes assembleias excluem a intimidade, pela variedade dos elementos de que elas se compõem; elas exigem locais especiais (...)

(Kardec, Allan, O Livro dos Médiuns, cap. XXIX, item 335 – CELD.)

33..22..55 –– PPrráátt iiccaa ddoo EEvvaannggeellhhoo nnoo LLaarr

Acende o sol do Evangelho em casa, reúne-te com os teus para orar e jamais triunfarão trevas em teu lar, em tua família, em teu coração.

(Franco, Divaldo P., Joanna de Ângelis, Leis Morais da Vida, lição 2 “Oração no Lar” – Leal.)

“Nunca pensaste que o Evangelho é uma receita geral para a humanidade sofredora?

É muito importante combater as moléstias do corpo; mas, ninguém conseguirá eliminar efeitos quando as causas permanecem. Usa os remédios humanos, porém, inclina-te para Jesus e renova-te, espiritual-mente, nas lições de seu amor.” (Emmanuel)

(Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, extraída do “Reformador” de setembro de 1941.)

3.3 – JESUS e o remédio

(...) Aqui, as palavras do Mestre se derramam por vitalizante bálsamo , entretanto, os laços da conveniência imediatista são demasiado fortes; além, assinala-se o convite divino, entre promessas de renovação para a jornada redentora, todavia, o cárcere do desânimo isola o espírito, através de grades resistentes; acolá, o chamamento do Alto ameniza as penas da alma desiludida, mas é quase impraticável a libertação dos impedimentos constituídos por pessoas e coisas, situações e interesses individuais, aparentemente inadiáveis.

Anexo (Fonte Viva – F. C. X. / Emmanuel – lição 5 – FEB.)

Embora realizasse e realize curas no corpo perecível, sujeito às incessantes transformações da matéria, Jesus se corporificou no mundo para empreender a cura das almas, que não se efetivará sem o concurso dos enfermos que a desejam.

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A falta de perdão, o ódio, a revolta, a descrença, o ressentimento e toda a variada gama de sentimentos corrompidos engendram causas profundas nas dores que a Medicina estuda e cataloga, sem, no entanto, dar-lhes combate eficaz.

(A Coragem da Fé – lição 38 – Bezerra de / Psicografia Carlos A. Bacelli – Didier.)

3.3.1 – O Caminho, a Verdade e a Vida

Então, porque disputastes sem medir consequências para a felicidade alheia, tornareis ao mundo sem que a luta vos conceda tréguas à paz... Caminhareis entre a renúncia e o sacrifício, silenc iando queixas e dores , para as quais, na maioria das vezes, os que renteiam convosco serão omissos... Tomando nos ombros a cruz que desprezastes, seguireis com determinação em meio a injúrias e apupos, à semelhança Daquele que, um dia, nos mostrou o caminho de acesso à Grande Altur a!...

(A Coragem da Fé – lição 17 – Bezerra de Menezes / Psicografia Carlos A Bacelli – Didier.)

(...) Jesus, o Divino Sol! (...) amou sempre, incessantemente, por ser o amor a fonte inexaurível da vida.

Diante dos aparentemente grandes da Terra jamais se apequenou e ao lado dos pequenos não os sombreou com a sua grandeza, antes os levantou à categoria de amigos, à nobreza de irmãos. (...)

Sua mensagem de fraternidade igualou todos os homens, cujas diferenças estão nas indestrutíveis e inamovíveis conquistas do espírito imortal, em que o maior se faz servo do menor e o que possui se despoja para socorrer o que não conseguiu reter...

(...) plantou as bases da família universal legítima sem qualquer limite de fronteira, raça ou posição terrena. (...)

(Franco, Divaldo P. – Estudos Espíritas, pelo Espírito Joanna de Ângelis, lição 25, FEB.)

33..33..22 –– OO MMooddeelloo ee gguuiiaa

Amai-vos uns aos outros e sereis felizes. Dedicai-vos principal-mente à tarefa de amar aqueles que vos inspiram indiferença, ódio e desprezo. (Fénelon. Bordeaux, 1861.)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XII, item 10, CELD.)

Amar o próximo como a si mesmo; fazer aos outros o que desejamos que os outros façam por nós é a expressão mais completa da caridade, pois resume todos os deveres para com o próximo. Não pode haver guia mais seguro a esse respeito do que tomar como medida do que se deve fazer aos outros, o mesmo que desejamos para nós. (...)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, item 4, CELD.)

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Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e achareis repouso para vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve . (Mateus , XI:28 a 30.)

Jesus, no entanto, colocou uma condição para a assistência e a felicidade que promete aos aflitos; essa condição está na Lei que ele ensina; seu jugo é a obediência a essa Lei, mas esse jugo é leve e essa lei é suave, já que impõem como dever o amor e a caridade. (Comentário de Kardec.)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 1, CELD.)

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A tarefa humana já representa, por si, uma oportunidade de reerguimento aos espíritos enfermos. Lembra-te, pois, de que tua alma está doente e precisa curar-se sob os cuidados de Jesus, o nosso Grande Médico. (Emmanuel)

Anexo (Mensagem psicográfica recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, extraída do Reformador de setembro de 1941.)

Não são os que estão bem de saúde que precisam de médico. Aconteceu que, estando Jesus sentado à mesa, em casa desse

homem (Mateus), ali vieram ter muitos publicanos e pessoas de má vida, que se colocaram à mesa com ele e seus discípulos. Vendo isso, os fariseus disseram aos discípulos: “Por que vosso Mestre come com os publicanos e pessoas de má vida”?

Mas, tendo ouvido o que perguntaram, Jesus disse: “Não são os que estão bem de saúde, mas os doentes que têm necessidade de médico”. (Mateus, IX: 10 a 12.)

(Kardec, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 1, CELD.)

3.4 – O que fazer para não adoecer

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ANEXOS

86 – Estás doente? “E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.” – (Tiago, 5:15.) Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles

que cogitam de cura real. Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa,

através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente. O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te

esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração. A mente é fonte criadora. A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que

desejas. De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado

ou insubmisso? De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de

benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.

Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de consequências imprevisíveis.

O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.

E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?

Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores nem procuras harmonia com os homens?

Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.

Se estás doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança.

Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a lei do uso, e lembra-te de que serás, agora

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ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência.

Foge à brutalidade. Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor

fraterno. Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação. Não manches teu caminho. Serve sempre. Trabalha na extensão do bem. Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e

permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará. (Fonte Viva – lição 86, Francisco C. Xavier / Emmanuel – FEB.)

Lembrança fraternal aos enfermos

(pelo Espírito Emmanuel)

Queres o restabelecimento da saúde do corpo e isso é justo. Mas, atende ao que te lembra um amigo que já se vestiu de vários corpos e compreendeu, depois de longas lutas, a necessidade da saúde espiritual.

A tarefa humana já representa, por si, uma oportunidade de reerguimento aos espíritos enfermos. Lembra-te, pois, de que tua alma está doente e precisa curar-se sob os cuidados de Jesus, o nosso Grande Médico.

Nunca pensaste que o Evangelho é uma receita geral para a humanidade sofredora?

É muito importante combater as moléstias do corpo; mas, ninguém conseguirá eliminar efeitos quando as causas permanecem. Usa os remédios humanos, porém, inclina-te para Jesus e renova-te, espiri-tualmente, nas lições de seu amor. Recorda que Lázaro, não obstante voltar do sepulcro, em sua carne, pela poderosa influência do Cristo, teve de entregar seu corpo ao túmulo, mais tarde. O Mestre chamava-o a novo ensejo de iluminação da alma imperecível, mas não ao absurdo privilégio da carne imutável.

Não somos as células orgânicas que se agrupam, a nosso serviço, quando necessitamos da experiência terrestre. Somos espíritos imortais e esses micro-organismos são naturalmente intoxicados, quando os vi-ciamos ou aviltamos, em nossa condição de rebeldia ou de inferioridade.

Os estados mórbidos são reflexos ou resultantes de nossas vibra-ções mais íntimas. Não trates as doenças com pavor e desequilíbrio das emoções. Cada uma tem sua linguagem silenciosa e se faz acompanhar de finalidades especiais.

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A hepatite, a indigestão, a gastralgia, o resfriado são ótimos avisos contra o abuso e a indiferença. Por que preferes bebidas excitantes, quando sabes que a água é a boa companheira, que lava os piores detritos humanos? Por que o excesso dos frios no verão e a demasia de calor nos tempos de inverno? Acaso ignoras que o equilíbrio é filho da sobriedade? O próprio irracional tem uma lição de simples impulso, satisfazendo-se com a sombra das árvores na secura do estio e com a bênção do sol nas manhãs hibernais. Pela tua inconformação e indisciplina, desordenas o fígado, estragas os órgãos respiratórios, aborreces o estômago. Observamos, assim, que essas doenças-avisos se verificam por causas de ordem moral. Quando as advertências não prevalecem, surgem as úlceras, as congestões, as nefrites, os reumatismos, as obstruções, as enxaquecas. Por não se confor-mar o homem com os desígnios do Pai, que criou as leis da Natureza como regulamentos naturais para sua casa terrestre, submete as células que o servem ao desregramento, velha causa de nossas ruínas.

E que dizermos da sífilis e do alcoolismo procurados além do próprio abuso?

Entretanto, no capítulo das enfermidades que buscam a criatura, necessitamos considerar que cada uma tem sua função justa e definida.

As moléstias dificilmente curáveis, como a tuberculose, a lepra, a cegueira, a paralisia, a loucura, o câncer são escoadouros das imperfei-ções. A epidemia é uma provação coletiva, sem que essa afirmativa, no entanto, dispense o homem do esforço para o saneamento e higiene de sua habitação. Há dores íntimas, ocultas ao público, que são aguilhões salvadores para a existência inteira. As enfermidades oriundas dos acidentes imprevistos são resgates justos. Os aleijões são parte integrante das tabelas expiatórias. A moléstia hereditária assinala a luta merecida.

Vemos, portanto, que a doença, quando não seja a advertência das células queixosas do tirânico senhor que as domina, é a mensageira amiga convidando a meditações necessárias.

Desejas a cura; é natural; mas precisas tratar-te a ti mesmo para que possas remediar ao teu corpo. Nos pensamentos ansiosos, recorre ao exemplo de Jesus. Não nos consta que o Mestre estivesse algum dia de cama; todavia, sabemos que ele esteve na cruz. Obedece, pois a Deus e não te rebeles contra os aguilhões. Socorre-te do médico do mundo ou de teu irmão do plano espiritual, mas não exijas milagres, que esses benfei-tores da Terra e do céu não podem fazer. Só Deus te pode dar acréscimo de misericórdia, quando te esforçares por compreendê-lo.

Não deixes de atender às necessidades de teus órgãos materiais que constituem a tua vestimenta no mundo; mas, lembra-te do problema fundamental que é a posse da saúde para a vida eterna. Cumpre teus deveres, repara como te alimentas, busca prever antes de remediar e, pelas muitas experiências dolorosas que já vivi no mundo terrestre,

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recorda comigo aquelas sábias palavras do Senhor ao paralítico de Jerusalém: “Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior”.

(Mensagem psicográfica recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, extraída do Reformador de setembro de 1941.)

AÇÃO FLUÍDICA DO PERDÃO “Perdoar aos seus inimigos é pedir perdão para si mesmo; perdoar aos seus amigos é lhes dar uma prova de amizade (...)” (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 2 ed. CELD, 2003. Cap. X, item 15).

Ao falarmos do perdão, não nos esqueçamos de que emitimos uma

sobrecarga mental e fluídica todas as vezes que agimos contra alguém. Ao criarmos uma atmosfera de ódio, de extensas reclamações, de observações inoportunas, até mesmo desagradáveis, agimos não somente de um ponto de vista moral e mental, mas também fluídico, envolvendo as criaturas nas vibrações que enviamos a partir dos nossos sentimentos.

Quando Jesus recomendou o perdão das ofensas, ele quis nos ensinar que, ao perdoar, a criatura se deixa preparar por Deus para enfrentar os fluidos negativos que tentam envolvê-la. Sabe-se que a luz dissolve as trevas.

Assim, quem ama, perdoa, e tem pensamentos positivos, elevados, cria a própria atmosfera de tranquilidade e, ao mesmo tempo, de força capaz de dissolver energias negativas que lhe estejam ao redor.

Igualmente, quando nos dispomos a perdoar alguém, quando deixamos de alimentar o pensamento negativo contra alguém, deixamos de enviar uma força maléfica. Nesse momento, ao dizer: “perdoo”, passamos a deixar de conduzir fluidos contrários ao próximo.

Por isso, com a lição da noite de hoje, quando estamos aprendendo o perdão das ofensas, vamos entender que, ou perdoando no sentido de doarmos em sentimento de amor ao próximo, estaremos criando uma atmosfera benéfica em torno de nós.

O estudo das energias irradiantes, o estudo dos fluidos, do mecanismo do magnetismo ajudarão a todos a pensar e discernir sobre o perdão das ofensas de um ponto de vista moral e fluídico.

Que Deus a todos nós ajude a compreender, a perdoar e agir corretamente no bem!

Muita paz, meus irmãos! Que Deus nos ajude a todos! Paz! Balthazar, pela graça infinita de Deus.

(Pela Graça Infinita de Deus – Altivo Carissimi Pamphiro – Balthazar – lição 5.)

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CONSEGUES IR? “Vinde a mim...” – Jesus. (Mateus, 11:28.)

O crente escuta o apelo do Mestre, anotando abençoadas conso-lações. O doutrinador repete-o para comunicar vibrações de conforto espiritual aos ouvintes.

Todos ouvem as palavras do Cristo, as quais insistem para que a mente inquieta e o coração atormentado lhe procurem o regaço refrige-rante...

Contudo, se é fácil ouvir e repetir o “vinde a mim” do Senhor, quão difícil é ir para Ele.

Aqui, as palavras do Mestre se derramam por vitalizante bálsamo, entretanto, os laços da conveniência imediatista são demasiado fortes; além, assinala-se o convite divino, entre promessas de renovação para a jornada redentora, todavia, o cárcere do desânimo isola o espírito, através de grades resistentes; acolá, o chamamento do Alto ameniza as penas da alma desiludida, mas é quase impraticável a libertação dos impedimentos constituídos por pessoas e coisas, situações e interesses individuais, apa-rentemente inadiáveis.

Jesus, o nosso Salvador, estende-nos os braços amoráveis e com-passivos. Com ele, a vida enriquecer-se-á de valores imperecíveis e à sombra dos seus ensinamentos celestes seguiremos, pelo trabalho santi-ficante, na direção da Pátria Universal...

Todos os crentes registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente valorosos na fé para lhe buscarem a companhia.

Em suma, é muito doce escutar o vinde a mim... Entretanto, para falar com verdade, já consegues ir?

(Fonte Viva – F. C. X. / Emmanuel – lição 5 – FEB.)

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Saúde Se o homem compreendesse que a saúde do corpo é o reflexo da

harmonia espiritual, e se pudesse abranger a complexidade dos fenôme-nos íntimos que o aguardam além da morte, certo se consagraria à vida simples, com o trabalho ativo e a fraternidade legítima por normas de verdadeira felicidade.

A escravização aos sintomas e aos remédios não passa, na maioria das ocasiões, de fruto dos desequilíbrios a que nos impusemos.

Quanto maior o desvio, mais dispendioso o esforço de recuperação. Assim, também, cresce o número das enfermidades à proporção que se nos multiplicam os desacertos, e, exarcebadas as doenças, tornam-se cada vez mais difíceis e complicados os processos de tratamento, levando milhões de criaturas a se algemarem a preocupações e atividades que adiam, indefini-damente, a verdadeira obra de educação que o mundo necessita.

O homem é inquilino da carne com obrigações naturais de preser-vação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.

Não se compreende que uma pessoa instruída amontoe lixo e lama, ou crie insetos patogênicos no próprio âmbito doméstico.

Existe, no entanto, muita gente de boa leitura e de hábitos respeitáveis, que não se lhe dá atochar dos mais vários tóxicos à residência corpórea e que não acha mal no libertar a cólera e a irritação, de minuto a minuto, dando pasto a pensamentos aviltantes cujos efeitos por muito tempo se fazem sentir na vida diária.

Sirvamo-nos ainda deste símbolo, para estender-nos em mais simples considerações. Se sabemos imprescindível a higiene interna da casa, por que não movermos o espanador da atividade benéfica, desmanchando as teias escuras das ideias tristes? Por que não fazer ato salutar do uso da água pura, em vasta escala, beneficiando os mais íntimos escaninhos do edifício celular e atendendo igualmente ao banho diário, no escrúpulo do asseio? Se nos desvelamos em conservar o domicílio suficientemente arejado, por que não respirar, a longos haustos, o oxigênio tão puro quanto possível, de modo a facilitar a vida dos pulmões?

Quem construa uma habitação, cogita, não somente de bases sólidas, que a suportem, senão também da orientação, de tal jeito que a luz do Sol a envolva e penetre profundamente; jamais voltaria esse alguém a situar o ambiente doméstico numa caverna de troglodita.

Analogamente, deve o homem assentar fundamentos morais seguros, que lhe garantam a verdadeira felicidade, colocando-se, no quadro social onde vive, de frente voltada para os ideais luminosos e santificantes, de modo que a divina inspiração lhe inunde as profundezas da alma.

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Frequentemente a moradia das pessoas cuidadosas e educadas se exorna, em seu derredor, de plantas e de flores que encantam o transeunte, convidando-o à contemplação repousante e aos bons pensamentos.

Por que não multiplicar em torno de nós os gestos de gentileza e de solidariedade, que simbolizam as flores do coração? Ninguém é tentado a descansar ou a edificar-se em recintos empedrados ou espinhosos.

Assim também, a palavra agradável que proferimos ou recebemos, as manifestações de simpatia, as atitudes fraternais e a compreensão sempre disposta a auxiliar, constituem recursos medicamentosos dos mais eficientes, porque a saúde, na essência, é harmonia de vibrações.

Quando nossa alma se encontra realmente tranquila, o veículo que lhe obedece está em paz.

A mente aflita despede raios de energia desordenada que se preci-pitam sobre os órgãos, à guisa de dardos ferinos, de consequências deploráveis para as funções orgânicas.

O homem comumente apenas registra efeitos, sem consignar as causas profundas.

E que dizer das paixões insopitadas, das enormes crises de ódio e de ciúme, dos martírios ocultos do remorso, que rasgam feridas e semeiam padecimentos inomináveis na delicada constituição da alma?

Que dizer relativamente à hórrida multidão dos pensamentos agres-sivos duma razão desorientada, os quais tanto malefício trazem, não só ao indivíduo, mas, igualmente, aos que se achem com ele sintonizados?

O nosso lar de curas na vida espiritual vive repleto de enfermos desencarnados. Desencarnados embora, revelam psicoses de trato difícil.

A gravitação é lei universal, e o pensamento ainda é matéria em fase diferente daquelas que nos são habituais. Quando o centro de interesses da alma permanece na Terra, embalde se lhe indicará o caminho das Alturas.

Caracteriza-se a mente também por peso específico, e é na própria massa do Planeta que o homem enrodilhado em pensamentos inferiores se demorará, depois da morte, no serviço de purificação.

Os instrutores religiosos, mais do que doutrinadores, são médicos do espírito que raramente ouvimos com a devida atenção, enquanto na carne.

Os ensinamentos da fé constituem receituário permanente para a cura positiva das antigas enfermidades que acompanham a alma, século atrás de século.

Todos os sentimentos que nos ponham em desarmonia com o ambiente, onde fomos chamados a viver, geram emoções que desorga-nizam, não só as colônias celulares do corpo físico, mas também o tecido sutil da alma, agravando a anarquia do psiquismo.

Qualquer criatura, conscientemente ou não, mobiliza as faculdades magnéticas que lhe são peculiares nas atividades do meio em que vive. Atrai

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e repele. Do modo pelo qual se utiliza de semelhantes forças depende, em grande parte, a conservação dos fatores naturais de saúde.

O espírito rebelde ou impulsivo que foge às necessidades de adaptação, assemelha-se a um molinete elétrico, armado de pontas, cuja energia carrega e, simultaneamente, repele as moléculas do ar ambiente; assim, esse espírito cria em torno de si um campo magnético sem dúvida adverso, o qual, a seu turno, há de repeli-lo, precipitando-o numa “roda-viva” por ele mesmo forjada. Transformando-se em núcleo de correntes irregulares, a mente perturbada emite linhas de força, que interferirão como tóxicos invisíveis sobre o sistema endocrínico, comprometendo-lhe a normalidade das funções.

Mas não são somente a hipófise, a tireoide ou as cápsulas supra-renais as únicas vítimas da viciação. Múltiplas doenças surgem para a infelicidade do espírito desavisado que as invoca. Moléstias como o aborto, a encefalite letárgica, a esplenite, a apoplexia cerebral, a loucura, a nevralgia, a tuberculose, a coreia, a epilepsia, a paralisia, as afecções do coração, as úlceras gástricas e as duodenais, a cirrose, a icterícia, a histeria e todas as formas de câncer podem nascer dos desequilíbrios do pensamento.

Em muitos casos, são inúteis quaisquer recursos medicamentosos, porquanto só a modificação do movimento vibratório da mente, à base de ondas simpáticas, poderá oferecer ao doente as necessárias condições de harmonia.

Geralmente, a desencarnação prematura é o resultado do longo duelo vivido pela alma invigilante; esses conflitos prosseguem na profundeza da consciência, dificultando a ligação entre a alma e os poderes restauradores que governam a vida.

A extrema vibratilidade da alma produz estados de hipersen-sibilidade, os quais, em muitas circunstâncias, se fazem seguir de verdadeiros desastres organopsíquicos. O pensamento, qualquer que seja a sua natureza, é uma energia, tendo, conseguintemente, seus efeitos.

Se o homem cultivasse a cautela, selecionando inclinações e reconhecendo o caráter positivo das leis morais, outras condições, menos dolorosas e mais elevadas, lhe presidiriam à evolução.

É imprescindível, porém, que a experiência nos instrua indivi-dualmente. Cada qual em seu roteiro, em sua prova, em sua lição.

Com o tempo aprenderemos que se pode considerar o corpo como o “prolongamento do espírito”, e aceitaremos no Evangelho do Cristo o melhor tratado de imunologia contra todas as espécies de enfermidade.

Até alcançarmos, no entanto, esse período áureo da existência na Terra, continuemos estudando, trabalhando e esperando.

(Falando à Terra, psicografia de Francisco Cândido Xavier / Joaquim Murtinho – Espírito.)

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REENCARNAÇÃO E BONDADE DIVINA

Que Jesus nos ajude e abençoe, agora e sempre! Todos ouvimos falar da reencarnação. Neste mês, estamos falando

sobre este tema. E as meditações ocorrem naturalmente, e as pessoas buscam entender o motivo do retorno das almas para a nova vida material. Em nossas meditações, devemos pensar, principalmente, na bondade de Deus, que nos permite o retorno para acertar os débitos de vidas ante-riores.

Como nós pensamos neste aspecto da bondade do Senhor, podemos dizer, sem medo de errar, que estamos sob a direção de um Pai de amor e de bondade, que não quer a nossa destruição, mas quer a nossa transformação.

Busquemos entender, desse modo, as lutas da vida humana, os problemas por que todos passam, as dificuldades que as criaturas vivenciam, as inquietações dos seres, como sendo, todas elas, episódios do progresso da própria alma.

Não nos desestimulemos nem nos achemos abandonados pela bondade de Deus, quando estivermos passando por dificuldades; ao contrário, busquemos entender que são momentos de aprendizado para as criaturas e que são importantes na vida do espírito imortal.

Que a bondade de Deus ainda nos faça refletir sobre a reencarnação, como sendo ela um meio normal, natural, um meio de bondade, de promover o equilíbrio do ser e a Lei.

Que a luz da bondade do Mestre de todos nós nos acompanhe e nos sustente, agora e sempre!

Muita paz, meus irmãos! Que retornem todos aos seus lares dentro da vibração de paz! Graças a Deus!

Hermann

(Palavras do Coração, vol. 3. – Psicofonia: Altivo C. Pamphiro – CELD.)

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Referências Bibliográficas

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