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CONTRATO DE AUTONOMIA 2013/14 – 2015/16 Escola Secundária de Fonseca Benevides

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CONTRATO DE AUTONOMIA

2013/14 – 2015/16

Escola Secundária de Fonseca Benevides

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Preâmbulo

Caracterização Sintética da Escola

A Escola Secundária de Fonseca Benevides está localizada no Alto de Santo Amaro, insere-se numa zona da Cidade de Lisboa envelhecida e pouco populosa, apesar do recente ressurgimento de algumas áreas habitacionais. Tem nas proximidades uma completa oferta de ensino que se estende da Educação Pré-Escolar ao Ensino Superior Universitário, passando por todos os níveis escolares intermédios, importantes edifícios afetos à hotelaria, embaixadas, hospitais e vários monumentos de reconhecido interesse público. Ficam também na zona de influência da Escola, vários bairros de habitação social ocupados por populações socialmente carenciadas.

A profunda intervenção da Parque Escolar, EPE, sobre as instalações pertencentes à antiga Escola Secundária D. João de Castro, deu origem a um complexo edificado, moderno e convenientemente equipado, vocacionado para acolher a Escola Secundária de Fonseca Benevides e o Centro de Formação Profissional da Indústria Eletrónica – CINEL, numa unidade orgânica designada como Pólo de Educação e Formação D. João de Castro, ao qual também pertence a Escola Secundária de Rainha D. Amélia.

Na generalidade, todos os espaços, de uso exclusivo ou partilhado, estão convenientemente equipados para responder à finalidade para que foram concebidos. Mesmo assim, sente-se muito a falta de um Auditório, cujo projeto, já concluído pela Parque Escolar, EPE, não foi, ainda concretizado. Torna-se, pertinente, também, a existência de uma Sala de Alunos para que, fora das atividades letivas, estes não circulem nos corredores ou no exterior.

Dadas as características da Escola, desde sempre mais vocacionada para o ensino técnico, e a imagem social, desajustada, de que os cursos profissionais se destinam a alunos com menores capacidades cognitivas e sem expectativas de prosseguimento de estudos, uma significativa percentagem da nossa população discente é de estratos sociais médios baixos ou baixos. Foram beneficiários da Ação Social Escolar, em média, nos últimos anos, mais de 40% dos alunos dos cursos diurnos e a escolaridade dos pais centra-se, em mais de 70% dos casos, entre os 4º e 9º anos de escolaridade.

A diversidade étnica, entre brasileiros, africanos, árabes e alunos do extremo oriente, é relevante.

De entre a oferta formativa da Escola – no 3º Ciclo, o ensino regular e os cursos de Educação e Formação (CEF), e no Ensino Secundário, o curso de Ciências e Tecnologias e cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) – tem-se vindo a verificar uma acentuada tendência de crescimento, ao longo dos últimos anos, ao nível dos cursos Profissionais, principalmente como consequência da diversificação da oferta e, a partir de 2009/2010, nos cursos EFA, de dupla certificação, em regime noturno.

A Escola integra, também, o projeto “Ensino a Distância” desde agosto de 2010, a convite da então DRELVT, abrangendo os 2º e 3º Ciclos, e o Ensino Secundário com o Curso de Línguas e Humanidades e o Curso Profissional de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas

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e Publicidade. O “Ensino a Distância” resulta de uma parceria de sucesso com a Direção Geral de Educação, que permite levar aqueles níveis de ensino aos filhos dos profissionais itinerantes, circenses, feirantes e aos que por uma razão ou outra não podem estar presentes na escola, contribuindo assim para a diminuição do abandono e do absentismo.

Com tendência decrescente nos últimos 3 anos (116, 105 e 97, respetivamente), o pessoal docente pertence em 66% ao quadro de Escola (PQND) e 50% têm um nível etário superior a 50 anos. No presente ano letivo de 2012/2013, 33% são professores contratados.

Presentemente a escola conta com 25 funcionários não docentes dos quais 11 são contratados. Em dezembro de 2012 aposentaram-se 3 assistentes, diminuindo assim o número de assistentes operacionais para 14. A escola conta, também, com uma Psicóloga e um elemento do Gabinete Coordenador de Segurança Escolar.

No que respeita aos assistentes técnicos, em número de 7, e apesar da suficiência de meios, a Escola tem vindo a debater-se com dificuldades resultantes, principalmente, das qualificações técnicas destes colaboradores. Para suprir as identificadas insuficiências tem vindo a ser disponibilizada, pontualmente, formação vocacionada em algumas áreas específicas e, de forma mais abrangente, extensiva ao ASE e áreas contabilística e financeira.

O Projeto Educativo reformulado, já aprovado, define a nossa Escola como uma instituição vocacionada não só para o ensino Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias como também para cursos Profissionais do Ensino Secundário, cursos de Educação e Formação (9º Ano) e cursos de Educação e Formação de Adultos (EFAs) de dupla certificação. Procura-se dar aos nossos alunos uma formação baseada em hábitos de trabalho e de integração social, ao mesmo tempo que se preparam para o ingresso no Ensino Superior e para a vida ativa, em conformidade com o Programa Educação 2015. Existe plena consciência que estes objetivos serão consolidados com o desenvolvimento da relação Escola-Família, a qualidade dos serviços prestados e a valorização da imagem da Escola.

A escola tem celebrado dezenas de protocolos e parcerias com empresas e organismos públicos e privados no âmbito da prossecução dos objetivos expressos no seu Projeto Educativo. Estes acordos abrangem, entre outras, as áreas de: Formação em contexto de trabalho, desenvolvimento de trabalhos experimentais que se integram nas disciplinas da formação técnica, aulas assistidas pelos nossos alunos nos laboratórios das universidades, conferências realizadas na escola, o apoio a visitas de estudo, entre outras. Entre os organismos referidos destacamos de modo especial: o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, o Instituto Superior de Agronomia, a Atral Cipan e o Instituto Superior Técnico.

Nos três últimos anos tem sido preocupação da escola:

a) Promover o sucesso escolar dos alunos; b) Diminuir o absentismo e o abandono escolar; c) Melhorar os níveis de disciplina escolar.

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Contudo não atingimos, ainda, os nossos objetivos na sua totalidade. Dos resultados recolhidos no final do ano letivo de 2011/2012, salientamos os seguintes indicadores:

1. 46% de taxa de sucesso nos cursos científico-humanísticos; 2. 46% de taxa de conclusão nos Cursos Profissionais; 3. 78% de taxa de sucesso no 3º Ciclo; 4. 10% de taxa de abandono escolar nos cursos profissionais; 5. 11% de taxa de abandono escolar por exclusão por faltas no 3º ciclo; 6. 374 participações que levaram à instauração de 86 processos disciplinares; 7. 25% de presenças dos Pais nas reuniões com os Diretores de Turma.

É a melhoria destes resultados – numa procura constante de qualidade – que tem merecido da nossa escola toda a atenção e constitui a nossa motivação para a celebração deste contrato de autonomia.

Na avaliação externa, feita no ano letivo 2010/2011, a IGE caracterizava desta forma a escola:

“Marcada pela vertente técnico-profissional, a actualmente denominada Escola Secundária com 3.º Ciclo de Fonseca Benevides (ESFB) foi fundada em 1914, com a designação de Escola Professor Benevides e veio, desde então, a funcionar em diferentes locais, na freguesia de Alcântara, concelho de Lisboa. Em Setembro de 2008, foi transferida para as instalações da antiga Escola Secundária D. João de Castro. Estas, adaptadas e ampliadas no âmbito do programa de Modernização do Parque Escolar do Ensino Secundário (fase 0), passaram a integrar o Pólo de Ensino e Formação D. João de Castro, de que também fazem parte o Centro de Formação Profissional da Indústria Electrónica (CINEL) e a Escola Secundária com 3.º Ciclo Rainha Dona Amélia.

De acordo com os dados do perfil, a população escolar é constituída por um total de 427 alunos, distribuídos por 26 turmas. Destas, seis são do ensino básico (duas de 7.º ano e quatro de cursos de educação e formação (CEF), tipo 3) e vinte do secundário (três do ensino regular e dezassete dos cursos profissionais). A oferta educativa dos CEF integra os cursos de Operacional de Estação de Tratamento de Águas, Instalação e Reparação de Computadores, Electricista de Instalações e Electromecânico de Equipamentos Industriais; no ensino secundário, para além do curso científico-humanístico de Ciências e Tecnologias são ministrados, predominantemente, cursos profissionais (Técnico: de Secretariado; de Energias Renováveis; de Instalações Eléctricas; de Electrónica, Automação e Computadores; de Controlo da Qualidade Alimentar e de Gestão de Equipamentos Informáticos). Nos cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) de dupla certificação estão inscritos 115 formandos. Estão afectos 117 alunos (36 do 2.º ciclo; 71 do 3.º e 10 do ensino secundário) ao Ensino à Distância para a Itinerância (EDI), de que a ESFB é escola de referência.

No que se refere à diversidade linguística e cultural dos alunos, constata-se que 17,1% não têm naturalidade portuguesa, sendo oriundos de 15 países diferentes, maioritariamente de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (7,7%) e do Brasil (4,2%). No âmbito da Acção Social Escolar, beneficiam de auxílios económicos, 25,0% dos alunos, dos quais 13,8% do escalão A e 11,2% do escalão B. Dispõem de computador em casa e têm acesso à internet 52,7% dos alunos (8,9% do ensino básico e 43,8% do secundário). As habilitações dos pais e encarregados de

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educação situam-se, principalmente, ao nível do ensino básico, totalizando 76,3% do universo (27,1% possuem o 1.º ciclo, 19,8% o 2.º e 29,4% o 3.º), 17,8% têm o nível secundário e 4,8% possuem habilitação superior; 1,1% não tem habilitações literárias. Embora se desconheça a profissão de 40,8% dos pais e encarregados de educação, há 1,2% que desenvolvem a sua actividade no sector primário, 23,4% no secundário (com relevo para os Operários, Artífices e Trabalhadores Similares das Indústrias Extractivas e da Construção Civil: 7,7%) e 75,4% no terciário (sendo o Pessoal dos Serviços Directos e Particulares, de Protecção e de Segurança: 18,5%, e os Trabalhadores Não Qualificados dos Serviços e Comércio: 17,8%, os predominantes).

O corpo docente, constituído por 104 professores, é estável (67,3% pertencem ao quadro de Escola e 32,7% são contratados) e experiente (62,5% possuem mais de 10 anos de serviço). O pessoal não docente perfaz 31 trabalhadores: uma psicóloga, uma coordenadora técnica, seis assistentes técnicos, uma encarregada operacional e vinte e dois assistentes operacionais. Presta, ainda, serviço na Escola um elemento do Gabinete Coordenador de Segurança Escolar (GCSE).”

Resultados da autoavaliação

As prioridades da Escola foram estabelecidas com base no diagnóstico organizacional realizado em 2009/2010 pela aplicação de vários inquéritos a toda a Comunidade Escolar segundo o modelo da «Estrutura Comum de Avaliação» (Common Assessment Framework ou CAF). Os resultados dessa autoavaliação foram comunicados à Escola no início do ano letivo 2010/2011. Através deles foi possível determinar os pontos fortes e fracos da Escola e estabelecer um Plano de Ações de Melhoria que foi levado a cabo no mesmo ano letivo com muito sucesso.

Por aí foi possível perceber que os grandes problemas não se centravam unicamente nos resultados escolares mas, também, naquilo que pode contribuir para a sua melhoria: um projeto educativo adequado, um ajustamento mais efetivo das atividades da Escola aos seus objetivos educativos e o estabelecimento de um Observatório da qualidade escolar que pudesse fornecer indicadores precisos sobre a realidade da Escola. É nestes projetos que estamos atualmente empenhados.

Para operacionalizar estas prioridades foram definidas algumas estratégias principais. Em primeiro lugar monitorizar o desempenho da Escola nas suas várias vertentes educativas, em segundo lugar procurar um maior envolvimento dos pais na vida da Escola e no acompanhamento do percurso Escolar dos seus educandos. Finalmente, valorizar as atitudes e comportamentos positivos dos alunos.

Nesse diagnóstico foi feita uma separação entre os pontos fortes e os aspetos a melhorar, sendo que os “pontos fortes” se referem aos aspetos que a escola já desempenha com qualidade e sobre os quais a satisfação da comunidade escolar é bastante positiva; por outro lado, os “aspetos a melhorar” são os aspetos em que a escola ainda não conseguiu alcançar o nível necessário à obtenção de uma maior satisfação por parte dessa mesma comunidade. As ações de melhoria foram orientadas no sentido dos aspetos a melhorar.

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Como resultados essenciais da autoavaliação da Escola destacamos:

PONTOS FORTES:

• A adequação dos cursos e das disciplinas de oferta própria da escola às necessidades da comunidade e interesses dos alunos.

• O Plano Anual de Atividades que incorpora um conjunto de objetivos básicos bem definidos e realizáveis.

• O trabalho desenvolvido pelo diretor de turma na coordenação da equipa de professores do conselho de turma.

• Os protocolos de estágios com empresas e instituições. • A garantia de estágios para todos os alunos e o acompanhamento adequado desses

mesmos estágios. • A adequação dos conteúdos programáticos às características de cada turma. • A boa relação entre os elementos da comunidade educativa. • A disponibilidade permanente dos órgãos de gestão e a abertura ao diálogo. • O bom relacionamento entre pessoas. • A análise em permanência dos resultados obtidos pelos alunos.

ASPETOS A MELHORAR:

• Reformular o Projeto Educativo. • Definir indicadores chave de desempenho que permitam medir, anualmente, o

desempenho da escola e a sua evolução e posterior avaliação/ajustamentos. • Implementar uma Associação de Pais e uma Associação de Alunos. • Implementar o sumário digital. • Melhorar a identificação de evidências/resultados para os indicadores que foram

classificados por observação e consenso (por exemplo, criar instrumentos de medida do grau de satisfação das pessoas).

• Aumentar a participação dos encarregados de educação na vida da escola. • Continuar a diminuir a indisciplina na escola. • Aumentar o sucesso escolar.

A Equipa de Autoavaliação da Escola definiu um Plano de Ações de Melhoria, que foi cumprido com sucesso, englobando as seguintes ações:

� Reformular o Projeto Educativo � Definir indicadores-chave de desempenho da escola (tendo em vista a implementação

do Observatório da Qualidade Escola). � Registar o cumprimento dos objetivos inerentes ao Plano Anual de Atividades.

Resultados da Avaliação Externa

No ano letivo de 2010/2011 decorreu a Avaliação Externa da Escola com os seguintes resultados de acordo com o Relatório final da IGE.

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“Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos da Escola Secundária com 3.º Ciclo de Fonseca Benevides (pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam a escola e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por:

Pontos fortes – atributos da organização que ajudam a alcançar os seus objectivos;

Pontos fracos – atributos da organização que prejudicam o cumprimento dos seus objectivos;

Oportunidades – condições ou possibilidades externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos;

Constrangimentos – condições ou possibilidades externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes � A diversificação da oferta educativa visando a valorização das aprendizagens e a

redução do absentismo e abandono escolares, bem como o reconhecimento, pelas empresas que acolhem os estágios, das competências técnico-profissionais dos alunos;

� A acção desenvolvida pelo Serviço de Psicologia e Orientação, em articulação com os directores de curso e de turma, alunos e famílias, nomeadamente na vertente da (re)orientação escolar e vocacional, bem como na divulgação da oferta educativa e captação dos alunos;

� A abrangência do currículo, o fomento das práticas experimentais e a valorização dos saberes e das aprendizagens em diferentes áreas, com forte impacto na formação integral dos discentes;

� As excelentes condições físicas proporcionadas pelo processo de requalificação e ampliação dos espaços, facilitadoras de práticas activas e de actividades experimentais, nomeadamente no âmbito dos cursos de vertente profissionalizante;

� A capacidade da Escola para aceitar novos desafios educativos, nomeadamente pela adesão ao projecto Ensino à Distância para a Itinerância e apostar em cursos que abrem novas perspectivas de inserção na vida activa.

Pontos fracos

� A insuficiente co-responsabilização dos alunos nas tomadas de decisão e na sua implicação na organização de actividades;

� A prevalência de comportamentos indisciplinados em algumas turmas que afectam o funcionamento das actividades e o ambiente educativo propício às aprendizagens;

� A não definição de metas mensuráveis nos departamentos curriculares, tendo em vista a aferição dos processos delineados face aos resultados obtidos, o que diminui a sua capacidade interna de melhoria;

� A falta de indicadores de mensurabilidade que permitam efectuar a monitorização e avaliar o grau de consecução dos objectivos definidos no Projecto Educativo, limita a sua eficácia enquanto instrumento de gestão;

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� A não utilização do processo de auto-avaliação como ferramenta de intervenção estratégica e global de planeamento, limitando a capacidade interna de melhoria da Escola.

Oportunidade

� A consolidação e o alargamento das parcerias com instituições de ensino superior e entidades, públicas e privadas, configuram uma oportunidade para o reforço de uma imagem positiva da Escola.

Constrangimento

� O reduzido número de assistentes operacionais face ao aumento do número de alunos, associado à configuração e amplitude das novas instalações da Escola.”

O Relatório Final da IGE atribuiu à Escola a Menção de BOM. Contudo, foi atribuída a menção de SUFICIENTE nos domínios de: “Resultados” e “Capacidade de auto-regulação e melhoria da Escola”. Tem sido sobre estes domínios que se têm focado as ações de melhoria levadas e cabo e onde pretendemos fazer incidir o núcleo fundamental do nosso “Plano de ação estratégica” deste Contrato de Autonomia.

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Assim:

No âmbito do desenvolvimento do regime jurídico de autonomia da escola, consagrada pelo Decreto-lei n.º 43/89 de 3 de Fevereiro e ao abrigo do Decreto-lei n.º 75/2008, de 22 de Abril com a nova redação que lhe foi dada pelo Decreto-lei n.º 137/2012, de 2 de Julho e pela portaria n.º 265/2012, de 30 de Agosto, e demais legislação aplicável, o Ministério da Educação e Ciência, através da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e a Escola Secundária de Fonseca Benevides celebram e acordam entre si o presente Contrato de Autonomia que se rege pela regulação supra referida e ainda pelas cláusulas seguintes:

Cláusula 1ª

Objetivos Gerais

Os objetivos gerais do contrato são:

1) Fomentar o sucesso educativo dos alunos da escola;

2) Combater o abandono escolar e diminuir a indisciplina na escola;

3) Oferecer iguais oportunidades aos alunos e diversificar as ofertas formativas tendo em vista os

seus interesses e capacidades no contexto das vertentes técnicas que são apanágio da escola;

4) Incrementar a ligação da escola às empresas enquadradoras de formação em contexto de

trabalho;

5) Valorizar a escola junto da comunidade;

6) Melhorar a qualidade do serviço prestado, garantindo um serviço público de excelência;

7) Contribuir para formação contínua dos docentes e não docentes.

Cláusula 2ª

Objetivos Operacionais

Os objetivos operacionais são:

1. Alcançar, em 2015/2016, 66% de alunos com classificação positiva nos exames nacionais de

Português e Matemática do Ensino Básico.

2. Alcançar, em 2015/2016, 50% de alunos com classificação positiva nos exames nacionais de

Português e Matemática do Ensino Secundário.

3. Atingir, em 2015/2016, pelo menos 85% de sucesso no terceiro ciclo.

4. Atingir, em 2015/2016, pelo menos 65% de sucesso no ensino secundário.

5. Aumentar em cada ano, até 2015/2016, em 5% a percentagem dos alunos dos cursos

profissionais que concluem o seu curso nos 3 anos do seu ciclo de formação.

6. Diminuir em 5% anualmente o absentismo.

7. Diminuir em cada ano, até 2015/2016, em 10% o número de participações e de processos

disciplinares

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Cláusula 3ª

Plano de ação estratégica

Tendo em vista a concretização dos objetivos previstos nas cláusulas 1ª e 2ª do presente Contrato de

Autonomia, desenvolve-se o seguinte plano estratégico para o triénio 2013/2016, estruturado com base

nas seguintes áreas de intervenção: Desempenho dos alunos, Apoio aos alunos e Encarregados de

Educação, Formação contínua, Oferta formativa e Avaliação/Monitorização. Todas as ações que se

seguem serão operacionalizadas no respeito pela legislação em vigor e em função dos recursos e dos

meios que lhe são consignados, bem como daqueles que venham a ser autorizados no âmbito da

celebração do presente contrato.

1) Ações a desenvolver na Área de Intervenção ”Desempenho dos alunos”:

a) Criar, no próximo ano letivo, uma “Sala de Estudo”, no âmbito da Biblioteca Escolar/Centro de

Recursos, para reforçar os apoios prestados pela escola aos alunos com dificuldades de

aprendizagem ou de integração. A Sala de Estudo contará com a presença de professores de

todas as áreas que apoiarão os alunos nas diferentes disciplinas lecionadas na escola e estará

aberta diariamente no turno da tarde. As horas dos professores envolvidos contarão como

atividade não letiva sendo marcadas no seu horário e destinam-se ao reforço do sucesso escolar

dos alunos;

b) Criar, no próximo ano letivo, o Clube da Matemática, que dinamizará as “Olimpíadas Escolares

da Matemática”, como forma de promover nos alunos a consolidação/desenvolvimento dos

conhecimentos/competências, no âmbito da Matemática. As Olimpíadas serão anuais, lançadas

no 1º período de cada ano letivo, dinamizadas no 2º período e levadas a cabo no 3º período. Os

prémios atribuídos serão entregues no ano letivo seguinte no Dia do Diploma. As horas dos

professores de Matemática ligados ao Clube e às Olimpíadas serão incluídas na sua componente

não letiva;

c) Valorizar os comportamentos meritórios através da atribuição de “Prémios de Mérito” a partir

do ano letivo de 2013/2014. Os comportamentos meritórios serão os consignados no

Regulamento Interno da escola. No final de cada ano letivo o Conselho Pedagógico, sob

proposta dos Conselhos de Turma, analisará os comportamentos meritórios relatados. Os

prémios serão definidos pela Direção da Escola – livros, CDs musicais e filmes em DVD – e

entregues no início do ano letivo seguinte no Dia do Diploma;

d) Reforçar, a partir de 2013/2014, o papel do Diretor de Turma na monitorização dos resultados

escolares dos alunos, principalmente nos cursos profissionais, através da criação e divulgação de

pautas dos resultados de todos os módulos, bem como de resumos regularmente atualizados de

informação dos módulos em atraso e da situação global de cada aluno;

e) Reforçar o papel do projeto “VIMES” no controlo da indisciplina, através da constituição de uma

equipa de menos professores com mais tempo dedicado a este projeto.

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2) Ações a desenvolver na área de Intervenção “Apoios aos Alunos e Encarregados de Educação”:

a) Criar e dinamizar um espaço para os alunos excluídos da frequência por excesso de faltas,

dentro da escolaridade obrigatória, onde um docente desenvolve atividades de

acompanhamento destes alunos. Para este projeto a escola necessita de um docente, num

horário completo de 22 horas, preferencialmente do grupo de recrutamento 600.

b) Incentivar o trabalho dos clubes e projetos proporcionando condições humanas e logísticas,

nomeadamente no que se refere à gestão dos tempos escolares, durante a vigência do presente

Contrato;

c) Intensificar a comunicação com os pais e Encarregados de Educação, através do Diretor de

Turma, criando meios mais expeditos para esse efeito, nomeadamente através da criação de um

endereço de e-mail, em 2013/2014, para todos os diretores de turma;

d) Desenvolver competências dos alunos em literacia da informação através de ações de formação

promovidas pela Biblioteca Escolar;

e) Criar logo no início do ano letivo de 2013/2014 o GAPPE – Gabinete de Apoio aos Pais e

Encarregados de Educação. Este Gabinete funcionará na Sala dos Diretores de Turma entre as

08.30 e as 10.00 e entre as 17.15 e as 18.45, todos os dias. Contará com a presença de um

professor. As horas dos professores presentes serão incluídas na sua componente não letiva

f) Dinamizar em 2013/2014 a Associação de Pais e Encarregados de Educação. Nas reuniões de

Pais do 1º período de 2013/2014 os pais presentes nas reuniões serão motivados para a

dinamização da sua Associação. Os Pais e Encarregados de Educação não presentes receberão

uma carta da Direção sobre o assunto. No início do 2º período de 2013/2014, no dia da reunião

de Pais e Encarregados de Educação, será marcada uma Reunião Geral de Pais tendo em vista

dinamizar a Associação. A reunião será presidida pelo Diretor da Escola. Não se prevê a afetação

de recursos suplementares para esta ação;

3) Ações a desenvolver na área de Intervenção “Formação contínua”:

a) A partir de 2013/2014 incentivar a participação de professores da escola em fóruns de educação

promovidos por organismos públicos e privados ligados às novas tecnologias da informação e

comunicação. De entre estes salientamos as iniciativas da ERTE (Equipa de Recursos e

Tecnologias Educativas). Esses fóruns serão presenciais ou online. Em cada ano letivo estas

atividades serão calendarizadas pela Equipa PTE da Escola durante o 1º período. Serão dadas a

conhecer até ao final do 1º período e dinamizadas durante o 2º e 3º períodos.

b) Promover, a partir de 2013/2014, sessões de formação na escola promovidas por professores da

escola e destinadas a alunos, professores, encarregados de educação, assistentes

operacionais/administrativos. Estas ações de formação abrangem 2 áreas: “Utilização das Novas

Tecnologias” (dirigidas a toda a Comunidade Escolar) e “Didática Específica” (dirigidas ao corpo

docente). Em cada ano letivo estas atividades serão calendarizadas pela Equipa PTE da Escola

durante o 1º período. Serão dadas a conhecer até ao final do 1º período e dinamizadas durante

o 2º e 3º períodos;

c) Estabelecer metas mensuráveis nos departamentos curriculares, de forma a aferir os processos

delineados tendo em conta os resultados obtidos;

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4) Ações a desenvolver na área de Intervenção “Oferta formativa”:

a) A partir de 2013/2014 estabelecer protocolos e parcerias com empresas para formação do

corpo docente das áreas técnicas. Os professores da escola recebem treino nas empresas na

utilização de equipamentos e nas novas tecnologias específicas de cada área técnica. A escola

compromete-se a dar formação aos trabalhadores das empresas. Esta formação poderá

decorrer na escola ou na empresa. Esta ação será coordenada pelo GIVA. Durante o ano letivo

de 2013/2014 o GIVA contatará as empresas e os professores da escola para definir quais os

organismos e professores envolvidos nesta ação. No início do ano letivo de 2014/2015 serão

calendarizados o conjunto de ações que devem iniciar-se durante o 2º período desse ano letivo.

5) Ações a desenvolver na área de Intervenção “Avaliação/Monitorização”:

a) A Equipa de Autoavaliação da Escola construirá todos os anos letivos, durante o 2º período, os

instrumentos de recolha de informação para aferir o desenvolvimento e o impacto da realização

das diferentes ações. Esses instrumentos serão aplicados durante o 3º período;

b) Todos os anos letivos, no início do 2º período, a equipa do VIMES produzirá um documento de

sensibilização dirigido aos pais/EE, alunos e professores das turmas que manifestarem

comportamentos indisciplinados, de modo a consciencializá-los para as consequências e

implicações desses atos na vida da Escola, em geral, e dos alunos em particular. Esse documento

será dado a conhecer pelos Diretores de Turma aos professores, pais e alunos;

c) Dinamizar todos os anos, a meio do 1º período letivo, a “Assembleia de Delegados de Turma”.

Esta Assembleia reunirá uma vez por período, para dotar os representantes dos alunos, no

Conselho Geral, de uma maior consciência das situações objeto de decisão e representatividade

na tomada de decisão naquele órgão. A Assembleia será dinamizada pelos Diretores de Turma

junto dos seus alunos e convocada pela Direção que presidirá aos trabalhos;

d) Aferir, por departamento, trimestralmente, os graus de cumprimento/consecução dos

programas/módulos/metas curriculares pré-definidas;

e) A partir de 2013/2014 colocar em funcionamento o Observatório da Qualidade Escolar. O Observatório Escolar foi já aprovado pelos órgãos de gestão pedagógica da Escola. O Observatório Escolar é um grupo de trabalho criado no âmbito da comunidade educativa com o objetivo de recolher os dados escolares (indicadores-chave) considerados relevantes, no final de cada período letivo e submete-los à apreciação da escola. Os indicadores-chave foram já aprovados. O Observatório integra: o Coordenador da Equipa de Autoavaliação, um elemento da Direção, O Coordenador dos Diretores de Turma, o responsável pelo programa de alunos, o Chefe dos Serviços Administrativos, um representante da Associação de Pais, um representante da Associação de Alunos. Os membros docentes executam estas tarefas na componente não letiva do estabelecimento;

f) Todas as ações elencadas na Cláusula 3 serão desenvolvidas em articulação, avaliadas e

monitorizadas pela Comissão de Acompanhamento a que se refere o art.º 9º da Portaria nº

365/2012, de 30 de Agosto.

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Cláusula 4ª

Competências reconhecidas à escola

Com o presente contrato o Ministério da Educação e Ciência reconhece à Escola as seguintes

competências para o desenvolvimento da sua autonomia. O recurso adicional decorrente da celebração

do Contrato de Autonomia deverá, obrigatoriamente, constar da cláusula 6ª, Compromissos do

Ministério da Educação e Ciência, os restantes serão recursos disponíveis da Escola.

1) Possibilidade de oferta de cursos com planos curriculares próprios, no respeito pelos objetivos do

sistema nacional de educação. A implementação de planos curriculares próprios pressupõe o

enquadramento na matriz curricular nacional e a certeza da prestação de contas nos exames

nacionais nos anos a que eles há lugar. Mais se refere que o processo de autorização de planos

curriculares próprios deverá seguir os procedimentos definidos na legislação aplicável;

2) Adoção de normas próprias sobre horários, tempos letivos e constituição de turmas no respeito pela

legislação em vigor e em função dos recursos humanos disponíveis;

3) Criação de modalidades flexíveis de gestão do currículo e dos programas disciplinares e não

disciplinares, de modo a atuar precocemente sobre o risco de abandono e insucesso escolar.

4) Possibilitar a flexibilização do calendário escolar em função da realização da formação em contexto

de trabalho, salvaguardando a guarda dos alunos durante todo o ano letivo e sem prejuízo do

cumprimento integral do número mínimo de dias de aulas bem como do respeito pelo calendário de

exames nacionais;

5) Selecionar e contratar o pessoal docente necessário para suprir as necessidades supervenientes,

após o concurso de colocação de professores de quadros de escola e de quadros de zona

pedagógica, sem prejuízo do cumprimento dos critérios definidos em lei própria para o efeito;

6) Estabelecer parcerias com elementos da Comunidade educativa, nomeadamente: Autarquias,

empresas e outros para o desenvolvimento de projetos e/ou atividades para a promoção do sucesso

educativo e integração na sociedade.

Cláusula 5ª

Compromissos da Escola

Com vista a atingir os objetivos gerais e operacionais constantes do presente contrato, a escola

compromete-se e fica obrigada a:

1) Cumprir o serviço público de educação.

2) Cumprir e fazer cumprir os princípios e disposições do presente contrato.

3) Manter com o Ministério da Educação e Ciência um relacionamento institucional direto e

colaborante.

4) Implementar estratégias de combate ao abandono, absentismo e indisciplina, visando a integração

dos alunos na comunidade escolar;

5) Realizar anualmente a autoavaliação com divulgação, no site da escola, dos resultados obtidos e das

metas alcançadas.

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Escola Secundária de Fonseca Benevides Página 14 de 15

Cláusula 6ª

Compromissos do Ministério da Educação e Ciência

Pelo presente contrato, o Ministério da Educação e Ciência compromete-se e obriga-se a:

1) Tomar todas as decisões e medidas indispensáveis à viabilização e concretização do presente

contrato, nos limites do orçamento atribuído.

2) Manter com o Escola um relacionamento institucional direto e colaborante, no quadro da

delimitação de competências decorrente da lei e do presente contrato

3) Proporcionar apoio jurídico à Escola Secundária de Fonseca Benevides;

4) Participar na Comissão de acompanhamento prevista no art.º 9º da portaria n.º 265/2012 de 30 de

Agosto.

5) Autorizar a afetação de um docente em horário de 22 horas (grupo de recrutamento 600) para a

concretização do projeto de acompanhamento de alunos previsto no número 2 da cláusula 3ª.

Cláusula 7ª

Compromisso dos parceiros

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Cláusula 8ª

Duração do Contrato

O presente contrato de autonomia entra em vigor após a homologação e vigorará até ao final do ano

letivo 2015/2016, podendo nos termos no n.º 4 do artigo 5º da portaria n.º265/2012, de 30 de agosto,

ser renovável, por declaração expressa de ambas as partes, por iguais períodos de tempo, até ao limite

de duas renovações, ou ser revisto e alterado a todo o tempo, por acordo entre as partes, respeitado o

requisito previsto na alínea a) do artigo 6.º da mesma portaria.

Cláusula 9ª

Acompanhamento e monitorização

A escola constitui uma estrutura permanente de acompanhamento e monitorização constituída pelo

Diretor da escola e por, pelo menos, mais dois docentes de carreira designados para o efeito, com as

seguintes competências:

a) Monitorizar o cumprimento e aplicação do presente contrato e acompanhar o desenvolvimento

do processo;

b) Monitorizar o processo de autoavaliação da escola;

c) Produzir e divulgar o relatório anual de progresso;

d) Constituir meio de interlocução com os serviços competentes do Ministério da Educação e

Ciência.

Cláusula 10ª

Casos Omissos

Todas as matérias não reguladas no presente contrato são regidas pela lei geral aplicável.

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Assinaturas

O Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares

__________________________________________

José Alberto Moreira Duarte

A Diretora da Escola Secundária de Fonseca Benevides

___________________________________________

Maria Piedade Velasco Lisboa Lima Ogando Santos

O Presidente do Conselho Geral da Escola Secundária de Fonseca Benevides

___________________________________________

José Manuel Guerreiro Gregório

Parceiros

___________________________________________

Homologo

O Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar

___________________________________________

João Casanova de Almeida

DATA

__/__/____