sebastianismo e v império

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O Seb Trabalho r - Ana Teres - Daniela R - Francisco - Vasco Cav Profª M bastianismo e o império 1 realizado por: sa Santos Rosa o Nemésio valheiro Marcela Neves Português 2010/2011 o V

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Page 1: Sebastianismo e V Império

O Sebastianismo e o V

Trabalho realizado por:

- Ana Teresa Santos

- Daniela Rosa

- Francisco Nemésio

- Vasco Cavalheiro

Profª Marcela Neves

O Sebastianismo e o V

império

1

Trabalho realizado por:

Ana Teresa Santos

Daniela Rosa

Francisco Nemésio

Vasco Cavalheiro

Profª Marcela Neves

Português

2010/2011

O Sebastianismo e o V

Page 2: Sebastianismo e V Império

O mito do Rei D. Sebastião

O Sebastianismo, também conhecido por o mito Sebástico ou mito do

“Encoberto”, foi um movimento místico

metade do século XVI como consequência da morte do rei D. Sebastião

Alcácer-Quibir, em 4 de Agosto de 1578. Por falta de herdeiros, o trono português

terminou nas mãos do rei Filipe II da

messianismo adaptado às condições lusas. Traduz uma inconformidade com a situação

política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através da

ressurreição de um morto ilustre.

O mais popular divulg

nas suas trovas o regresso do Desejado (como era chamado D. S

Sebastianismo e V Império

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O Sebastianismo

O mito do Rei D. Sebastião

O Sebastianismo, também conhecido por o mito Sebástico ou mito do

“Encoberto”, foi um movimento místico-secular que ocorreu em Portugal na segunda

metade do século XVI como consequência da morte do rei D. Sebastião

Quibir, em 4 de Agosto de 1578. Por falta de herdeiros, o trono português

u nas mãos do rei Filipe II da casa de Habsburgo. Basicamente é um

messianismo adaptado às condições lusas. Traduz uma inconformidade com a situação

política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através da

ressurreição de um morto ilustre.

mais popular divulgador foi o sapateiro de Trancoso, Bandarra, que previu

nas suas trovas o regresso do Desejado (como era chamado D. Sebastião). Explorando

Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”

O Sebastianismo, também conhecido por o mito Sebástico ou mito do

secular que ocorreu em Portugal na segunda

metade do século XVI como consequência da morte do rei D. Sebastião na Batalha de

Quibir, em 4 de Agosto de 1578. Por falta de herdeiros, o trono português

casa de Habsburgo. Basicamente é um

messianismo adaptado às condições lusas. Traduz uma inconformidade com a situação

política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através da

ador foi o sapateiro de Trancoso, Bandarra, que previu

ebastião). Explorando

Page 3: Sebastianismo e V Império

a crença popular, vários oportunistas apresentaram

de obter benefícios pessoais.

O poeta português Fernando Pessoa, na Mensagem, faz uma interpretação

sebastianista da História de Portugal, em busca de um patriotismo perdido. O poema

reinterpreta a História de Portugal em função de uma ressurreição de um passado

heroico ("é a Hora!").

Luís de Camões

Ao analisarmos o Sebastianismo é

fundamental não esquecer Luís de Camões, como

ponto de referência ao que se passa na época do

reinado da D.Sebastião, basicamente, como a

população via o seu rei e o que ele representava

naquele período.

Apesar de o Sebastianismo não ser tema na obra de Camões, visto que este

viveu no período dos Descobrimento, em que Portugal apresentava novos nomes ao

mundo, que se conhecia até então, Camões dedicou

Neste livro Luís de Camões apresenta

época uma esperança “viva” de auge e conquista para o Império, ao contrário do

acontece com outros autores, que se lhe seguiram séculos depois, como Fernando

Pessoa que já o veem como uma esper

sombra, no qual tanto eles como a população do seu tempo depositam o desejo de

salvação, o desejo que D.Sebastião volte de Alcácer

conduzir Portugal ao destino divinamente traçado, a

prosperidade. Este desejo reflecte basicamente a vontade dos defensores do

Sebastianismo de repor o patriotismo perdido.

A esperança “viva” como é visto D.Sebastião por Camões, é observável pois

este na “Dedicatória” (Canto

Sebastianismo e V Império

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popular, vários oportunistas apresentaram-se como o rei oculto na tentativa

de obter benefícios pessoais.

poeta português Fernando Pessoa, na Mensagem, faz uma interpretação

sebastianista da História de Portugal, em busca de um patriotismo perdido. O poema

reinterpreta a História de Portugal em função de uma ressurreição de um passado

Ao analisarmos o Sebastianismo é

fundamental não esquecer Luís de Camões, como

ponto de referência ao que se passa na época do

reinado da D.Sebastião, basicamente, como a

população via o seu rei e o que ele representava

Sebastianismo não ser tema na obra de Camões, visto que este

do dos Descobrimento, em que Portugal apresentava novos nomes ao

mundo, que se conhecia até então, Camões dedicou-lhe o livro “Os Lusíadas”.

de Camões apresenta-nos “um” D.Sebastião que representa à

época uma esperança “viva” de auge e conquista para o Império, ao contrário do

acontece com outros autores, que se lhe seguiram séculos depois, como Fernando

como uma esperança “morta”, ou seja, apenas um mito, uma

sombra, no qual tanto eles como a população do seu tempo depositam o desejo de

salvação, o desejo que D.Sebastião volte de Alcácer-Quibir, onde desapareceu, para

conduzir Portugal ao destino divinamente traçado, a um período de felicidade, paz e

prosperidade. Este desejo reflecte basicamente a vontade dos defensores do

Sebastianismo de repor o patriotismo perdido.

A esperança “viva” como é visto D.Sebastião por Camões, é observável pois

este na “Dedicatória” (Canto I) apresenta-nos um jovem rei, “Vós, tenro e novo ra

Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”

se como o rei oculto na tentativa

poeta português Fernando Pessoa, na Mensagem, faz uma interpretação

sebastianista da História de Portugal, em busca de um patriotismo perdido. O poema

reinterpreta a História de Portugal em função de uma ressurreição de um passado

Sebastianismo não ser tema na obra de Camões, visto que este

do dos Descobrimento, em que Portugal apresentava novos nomes ao

lhe o livro “Os Lusíadas”.

nos “um” D.Sebastião que representa à

época uma esperança “viva” de auge e conquista para o Império, ao contrário do que

acontece com outros autores, que se lhe seguiram séculos depois, como Fernando

ança “morta”, ou seja, apenas um mito, uma

sombra, no qual tanto eles como a população do seu tempo depositam o desejo de

Quibir, onde desapareceu, para

um período de felicidade, paz e

prosperidade. Este desejo reflecte basicamente a vontade dos defensores do

A esperança “viva” como é visto D.Sebastião por Camões, é observável pois

nos um jovem rei, “Vós, tenro e novo ramo

Page 4: Sebastianismo e V Império

Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”

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florecente” (7ª estrofe, 1º verso, “Dedicatória”, Canto I), no qual se deposita toda a

confiança de levar o império à sua maior grandeza, incitando o rei a continuar o Brasão

e a glória dos portugueses, “E não sei por que influxo de Destino/Não tem um ledo

orgulho e geral gosto,/Que os ânimos levanta de contino/A ter pera trabalhos ledo o

rosto./Por isso vós, ó Rei, que por divino/Conselho estais no régio sólio posto,/Olhai

que sois (e vede as outras gentes)/Senhor só de vassalos excelentes.”(146ª estrofe,

Canto X).

Como “Camões ainda conheceu o Império no concreto da sua grandeza e das

suas misérias, era-lhe fácil ainda ter esperança, o D.Sebastiao a quem de dirige é um

jovem de carne e osso, vale a pena mostrar-se, exibir os seus préstimos, para que o Rei

o distinga, confie nele, se lance na conquista do Norte de África levando-o consigo ”

(excerto de Camões e Pessoa, Poetas da Utopia, Jacinto do Prado Coelho, Pub. Europa-

América), que se revela oposta em certos aspectos à esperança que representa o

Sebastianismo.

Sebastianismo na literatura

Sebastianismo não é só uma fonte de crenças, lendas e de teorias sobre o

modo de ser português, é também, um importante motivo de criação literária.

Temos como exemplo o poema de D.Sebastião da Mensagem de Fernando

Pessoa, em que D. Sebastião é figurado de modo a simbolizar a loucura do ideal. Um

outro é em Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.

Page 5: Sebastianismo e V Império

Portugal foi a nação construtora do império

heróis da nacionalidade e dos descobrimentos na conquista dos mares e do oriente

mas, que foi apenas terreno e material. E sendo ele material, degradou

por cair.

Com isto nasce um novo império, um império espi

quebrar que se realiza através das artes e forças do espírito. E foi esta força que o povo

português demonstrou nos Descobrimentos e, que sendo ela espiritual, de força de

carácter surge do interior do homem e manifesta

Sebastianismo e V Império

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O Quinto Império

Portugal foi a nação construtora do império do passado que foi edificado pelos

heróis da nacionalidade e dos descobrimentos na conquista dos mares e do oriente

mas, que foi apenas terreno e material. E sendo ele material, degradou

Com isto nasce um novo império, um império espiritual mais forte e difícil de

quebrar que se realiza através das artes e forças do espírito. E foi esta força que o povo

português demonstrou nos Descobrimentos e, que sendo ela espiritual, de força de

carácter surge do interior do homem e manifesta-se na terra.

Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”

do passado que foi edificado pelos

heróis da nacionalidade e dos descobrimentos na conquista dos mares e do oriente

mas, que foi apenas terreno e material. E sendo ele material, degradou-se e acabou

ritual mais forte e difícil de

quebrar que se realiza através das artes e forças do espírito. E foi esta força que o povo

português demonstrou nos Descobrimentos e, que sendo ela espiritual, de força de

Page 6: Sebastianismo e V Império

Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”

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O Quinto Império de António Vieira

Na época da Restauração da Independência, foi

Padre António Vieira o verdadeiro reinventor do

Sebastianismo, usando-o como uma nova visão profética do

mundo e da história. Na sua História do Futuro, expõe a

defesa da teoria do Quinto Império, de acordo com a qual o

reino messiânico1, anunciado pelos profetas no Livro de

Daniel da Bíblia, será obra do rei de Portugal. Assim, Cristo voltará em espírito à terra e

inspirará o rei de Portugal a presidir um novo reino em que toda a gente será

convertida à verdadeira fé, onde não haverá pecadores, nem miséria, nem guerra. A

construção deste reino utópico terá como ponto de partida a derrota dos turcos pelos

exércitos cristãos comandados pelo rei de Portugal.

1O messianismo é, em termos restritos, a crença divina - ou no retorno - de um

enviado divino libertador, um messias, com poderes e atribuições que aplicará ao

cumprimento da causa de um povo ou um grupo oprimido.

António Vieira escreveu ainda outro livro sobre o V Império, em segredo,

inspirado pelas profecias bíblicas, chamado “Esperanças de Portugal, Quinto Império

do Mundo".

Estudando profundamente as Escrituras e todos os Santos que falam do

imperador que Jesus prometera à Igreja, o jesuíta está firmemente convencido que o V

Império só pode ser português (os anteriores tinham sido o dos assírios, o dos persas,

o dos gregos e o dos romanos).

Pode-se dizer que António Vieira, que profetizava quem iria salvar Portugal e

criar um Império português, foi o principal fundador da ideia do Quinto Império no

qual os posteriores poetas se basearam.

Estudando as palavras de Jesus ao rei Afonso Henriques na batalha de Ourique,

em que Cristo dizia que pretendia um império feito para ele por D.Afonso Henriques,

António Vieira acredita que o rei escolhido para este império é o D. Sebastião. Mas

essa esperança foi perdida, pois este desapareceu, conclui então que esse rei é agora

Page 7: Sebastianismo e V Império

D. João IV. O Quinto Império seria de ordem temporal e espiritual. Portugal seria o guia

para que não houvesse pecadores, reformar a

o mundo.

Esta construção ideal de António Vieira, imaginativo e delirante, começaria a

tornar-se realidade se o príncipe herdeiro português casasse com a herdeira do trono

castelhano. Iniciar-se-ia o Império, com Castela

não aconteceu pois ambas as nações não estavam dispostas a unificarem

aderiram á profecia de António Vieira.

O Quinto Império de Fernando Pessoa

Esta é, com certeza, uma pergunta cuja resposta não

será tão objectiva. Comecemos pelas palavras do próprio

Pessoa:

"Todo o Império que não é baseado no Império

Espiritual é uma morte de pé, um

Só pode realizar utilmente o Império Espiritual a nação

quem, portanto, nenhuma ten

Criando uma civilização espiritual própria, subjugaremos todos os povos;

porque contra as artes e as forças do espírito não há resistência possível, sobretudo

quando elas sejam bem organizadas, fortificadas

Atlantismo, Fernando Pessoa

Das palavras de Pessoa, podemos depreender que o Quinto Império não é, de

forma alguma, material mas sim espiritual, um império que se realiza através das artes

e forças do espírito, que são incorruptíveis. Pessoa sente que a única nação a realizar e

conquistar este Quinto Império é a nação portuguesa, pois é a única que tem a força

espiritual para tal feito. Este, já revelada com os descobrimentos, deve ser agora

voltada para o plano cultural, espiritual.

Sebastianismo e V Império

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D. João IV. O Quinto Império seria de ordem temporal e espiritual. Portugal seria o guia

para que não houvesse pecadores, reformar a cristandade e estabelecer a paz em todo

Esta construção ideal de António Vieira, imaginativo e delirante, começaria a

se realidade se o príncipe herdeiro português casasse com a herdeira do trono

ia o Império, com Castela e Portugal com o mesmo rei. Mas isso

não aconteceu pois ambas as nações não estavam dispostas a unificarem

aderiram á profecia de António Vieira.

O Quinto Império de Fernando Pessoa

Esta é, com certeza, uma pergunta cuja resposta não

objectiva. Comecemos pelas palavras do próprio

Império que não é baseado no Império

Espiritual é uma morte de pé, um Cadáver mandando.

pode realizar utilmente o Império Espiritual a nação que for pequena, e

nenhuma tentativa de absorção territorial pode nascer. (...)

Criando uma civilização espiritual própria, subjugaremos todos os povos;

porque contra as artes e as forças do espírito não há resistência possível, sobretudo

quando elas sejam bem organizadas, fortificadas por almas de generais do Espírito."

Atlantismo, Fernando Pessoa

Das palavras de Pessoa, podemos depreender que o Quinto Império não é, de

forma alguma, material mas sim espiritual, um império que se realiza através das artes

o espírito, que são incorruptíveis. Pessoa sente que a única nação a realizar e

conquistar este Quinto Império é a nação portuguesa, pois é a única que tem a força

espiritual para tal feito. Este, já revelada com os descobrimentos, deve ser agora

ara o plano cultural, espiritual.

Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”

D. João IV. O Quinto Império seria de ordem temporal e espiritual. Portugal seria o guia

e estabelecer a paz em todo

Esta construção ideal de António Vieira, imaginativo e delirante, começaria a

se realidade se o príncipe herdeiro português casasse com a herdeira do trono

e Portugal com o mesmo rei. Mas isso

não aconteceu pois ambas as nações não estavam dispostas a unificarem-se, e não

que for pequena, e em

tativa de absorção territorial pode nascer. (...)

Criando uma civilização espiritual própria, subjugaremos todos os povos;

porque contra as artes e as forças do espírito não há resistência possível, sobretudo

por almas de generais do Espírito."

Das palavras de Pessoa, podemos depreender que o Quinto Império não é, de

forma alguma, material mas sim espiritual, um império que se realiza através das artes

o espírito, que são incorruptíveis. Pessoa sente que a única nação a realizar e

conquistar este Quinto Império é a nação portuguesa, pois é a única que tem a força

espiritual para tal feito. Este, já revelada com os descobrimentos, deve ser agora

Page 8: Sebastianismo e V Império

Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”

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Naufragado numa ilha distante, um marinheiro, sozinho e isolado, inventou

uma pátria nova, sonhada à sua imagem e grandeza. De tal modo ela se tornou real

que acabou por absorver as virtualidades da sua verdadeira pátria, acabando mesmo

por a substituir. Assim, a pátria sonhada se sobrepôs à pátria real.

Talvez a «Mensagem» seja a pátria sonhada, tornada verdadeira para Pessoa.

O único perfil coerente e viável do nebuloso Quinto Império cifra-se em desejar

que a decadente pátria portuguesa seja portuguesa com a mesma naturalidade com

que a Inglesa é Inglesa.

Reduzindo a nossa cultura a tábua rasa – o Encoberto -, dissolvidos os pseudo-

universos dos outros, construiremos a nossa própria identidade cultural e espiritual,

anterior e mais autêntica, universal, capaz de fazer com que voltemos a ser grandiosos

no mundo porque seremos um exemplo de autenticidade e originalidade a seguir por

todas as outras nações.

Pessoa reformularia a sua visão de uma Renascença portuguesa na doutrina do

Quinto Império, nova glosa de uma velha profecia do Livro de Daniel, capítulo 22. A

interpretação que o profeta dera ao sonho de Nabucodonosor, rei da Babilónia, fora

tradicionalmente entendida como uma história dos grandes impérios militares do

mundo ocidental: o babilónico, o persa, o grego e o romano, sendo o quinto império

por vezes entendido como o império britânico. Pessoa, partindo de uma perspectiva

espiritual ou cultural, entendia que os cinco impérios eram o da Grécia, o de Roma, o

da Cristandade, o da Europa pós-renascentista e – prestes a despontar – o império de

Portugal. Defendia a ideia de que Portugal, através da sua língua e da sua cultura e

sobretudo através da sua literatura, dominaria o resto da Europa. Um “imperialismo

de poetas”, como especifica um texto de Pessoa sobre o assunto. Richard Zenith,

2 Este capítulo narra a história do rei Nabucodonosor e do seu sonho, com

uma estátua erguida com cinco tipos de materiais.

Page 9: Sebastianismo e V Império

Fernando Pessoa, A Máscara e o Espelho

O Quinto Império de Agostin

Agostinho da Silva

incontornáveis da actualidade em relação ao Quinto

Império, que se intitulava ele próprio cavaleiro do Espirito

Santo. Segundo palavras do mesmo: “O Quinto Império será

o restaurar da criança em nós

imperador, eis aí o primeiro pas

império.” Segundo ele, esse império só poderia vir pelo poder da oração que se

estenderia “a todas as nações do mundo, a todas elas revelando o espírito, e a todas

elas, e a todos os homens nelas, mergulhando naquilo que será a solução da antinomia

vida-morte.”

Para ele, “os Portugueses, com a coroação do menino imperador, queriam dizer

sobretudo que o homem é a coisa mais extraordinária que aparece no mundo, é o

inesperado feito pessoa.”

Um crente indiscutível

mesmo, ao que ele respondeu:

o acto de viver era inútil.”

Império defende apenas que Portugal tem como destino o Quinto Império, ele próprio

dizia que “Portugal inventou, imaginou isso do “Quinto Império” e nós temos que o

examinar e ver o que pensou Vieira e ver se isso não está dentro de nós e da nossa

capacidade.”

Trazer por isso o mundo à Europa, como outrora levámos a Europa ao mundo,

tal a missão da cultura de língua portuguesa, construindo o seu domínio com uma

espiritual e sem base em terra, porque a propriedade escraviza e só não ter

livres.

Agostinho fala também de outro autor, para defender o Quinto Império, Luis de

Camões. Segundo este, a primeira ideia de Quinto Império apareceu com o Camões,

nos Lusíadas, na Ilha dos Amores, com aquilo a que Camões chama a “voz da Deusa”.

Sebastianismo e V Império

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Fernando Pessoa, A Máscara e o Espelho, Instituto Camões

Agostinho da Silva

Agostinho da Silva é sem dúvida um dos nomes

veis da actualidade em relação ao Quinto

Império, que se intitulava ele próprio cavaleiro do Espirito

Santo. Segundo palavras do mesmo: “O Quinto Império será

o restaurar da criança em nós e em nós a coroarmos

imperador, eis aí o primeiro passo para a formação do

esse império só poderia vir pelo poder da oração que se

nações do mundo, a todas elas revelando o espírito, e a todas

homens nelas, mergulhando naquilo que será a solução da antinomia

Para ele, “os Portugueses, com a coroação do menino imperador, queriam dizer

sobretudo que o homem é a coisa mais extraordinária que aparece no mundo, é o

indiscutível no Quinto Império perguntaram-lhe se ele acreditava no

respondeu: “É claro que acredito no Quinto Império, porque senão

o acto de viver era inútil.” No entanto refutava a ideia de que a teoria do Quinto

io defende apenas que Portugal tem como destino o Quinto Império, ele próprio

dizia que “Portugal inventou, imaginou isso do “Quinto Império” e nós temos que o

examinar e ver o que pensou Vieira e ver se isso não está dentro de nós e da nossa

Trazer por isso o mundo à Europa, como outrora levámos a Europa ao mundo,

a missão da cultura de língua portuguesa, construindo o seu domínio com uma

espiritual e sem base em terra, porque a propriedade escraviza e só não ter

stinho fala também de outro autor, para defender o Quinto Império, Luis de

Camões. Segundo este, a primeira ideia de Quinto Império apareceu com o Camões,

os Lusíadas, na Ilha dos Amores, com aquilo a que Camões chama a “voz da Deusa”.

Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”

esse império só poderia vir pelo poder da oração que se

nações do mundo, a todas elas revelando o espírito, e a todas

homens nelas, mergulhando naquilo que será a solução da antinomia

Para ele, “os Portugueses, com a coroação do menino imperador, queriam dizer

sobretudo que o homem é a coisa mais extraordinária que aparece no mundo, é o

se ele acreditava no

claro que acredito no Quinto Império, porque senão

No entanto refutava a ideia de que a teoria do Quinto

io defende apenas que Portugal tem como destino o Quinto Império, ele próprio

dizia que “Portugal inventou, imaginou isso do “Quinto Império” e nós temos que o

examinar e ver o que pensou Vieira e ver se isso não está dentro de nós e da nossa

Trazer por isso o mundo à Europa, como outrora levámos a Europa ao mundo,

a missão da cultura de língua portuguesa, construindo o seu domínio com uma base

espiritual e sem base em terra, porque a propriedade escraviza e só não ter nos torna

stinho fala também de outro autor, para defender o Quinto Império, Luis de

Camões. Segundo este, a primeira ideia de Quinto Império apareceu com o Camões,

os Lusíadas, na Ilha dos Amores, com aquilo a que Camões chama a “voz da Deusa”.

Page 10: Sebastianismo e V Império

Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”

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A “voz da Deusa”: ”Arranca aqueles marinheiros às limitações do Tempo e às

limitações do Espaço. Arranca-os às limitações do Tempo porque faz com que eles

saibam qual vai ser o futuro de Portugal e arranca-os às limitações do Espaço porque

eles vêm todo o Universo ao longe” (excerto de “Conversas Vadias”, Adelino Gomes)

Bibliografia

Sites

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebastianismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_de_Portugal

http://jbo.no.sapo.pt/pessoa/mensagem/isoterismo_main.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Messianismo

Livros

Plural 12º, Lisboa Editora, Elisa Costa Pinto, Vera Saraiva Baptista, Paula Fonseca