se os processos mentais interferem nos processos físicos ... e apostilas/pensamentos e suas... ·...
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Grupo de Estudos
Se os processos mentais interferem nos processos físicos a ponto de gerar doenças ou
diminuir as defesas do organismo, esses mesmos processos poderiam aumentar tais
defesas, evitando doenças, se bem empregados em tratamentos psicoterápicos? Se
processos físicos geram processos mentais, alguns hábitos incorporados poderiam melhorar
a capacidade de pensamento e avaliação das situações?
Como ocorrem essas interações? Temos algum domínio sobre elas? Elas possuem funções
específicas? Existem formas de alterar suas funções? Como medicamentos poderiam alterar
estados mentais ou como estados mentais poderiam alterar estados físicos? Essas são
algumas das questões que dependem de uma teoria da causação mental para serem
respondidas.
Situações em que problemas de relacionamento geram dores de cabeça, dificuldades no
trabalho resultam em crises de asma, vivências de rejeição levam a alterações nas taxas de
lítio, ou depressões provocadas por anemia, ausência de vontade de viver resultante de
distúrbios na tireoide, medos advindos de excesso de adrenalina produzidos pelo organismo
denotam uma inter-relação entre o mental e o físico.
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A matéria mental é criação da energia que se exterioriza do Espírito e se difunde por um
fluxo de partículas e ondas, como qualquer outra forma de propagação de energia do
Universo.
Elaborando pensamentos, cada um de nós cria em torno de si um campo de vibrações
impulsionado pela vontade, que estabelece uma onda mental própria, capaz de nos
caracterizar individualmente.
Obedecendo às mesmas leis da energia e partículas do mundo físico, as ondas e partículas
da matéria mental, em graus de excitações variados, se expressam em frequência e cores
particulares dependendo da intensidade e qualidade do pensamento emitido, ou seja, da
vibração mental emitida.
Considerando o terreno das manifestações da física dos átomos, sabemos que o calor, a luz
e os raios gama, são expressões vibratórias de uma mesma energia.
A excitação, por exemplo, dos átomos de uma barra de ferro por uma fonte de energia
permite produzirmos calor de uma extremidade à outra da barra de ferro. A excitação dos
elétrons de um filamento metálico permitirá a transmissão da luz, e a agitação dos núcleos
atômicos de determinados materiais produzirá emissão de raios gama.
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Tanto quanto na matéria física, o pensamento, em graus variados de excitação, gera ondas
de comprimento e freqüência correspondentes ao teor do impulso criador da vontade ou do
objetivo desejado.
Como a matéria é expressão da energia em diferentes condições de vibração e velocidade,
a energia mental também se manifesta conforme as variações da corrente ondulatória, em
corpúsculos da matéria mental. Aqui também se identificam as mesmas leis que regulam a
mecânica quântica na transmissão de energia entre as partículas sub-atômicas. Quando
vibram os átomos da matéria mental, correspondendo à formação de calor na matéria física,
geram-se ondas de comprimento longo que se estabelecem com o propósito de
manutenção de nossa individualidade ou de simples noção do Eu. Essas ondas longas
prestam-se, também, para sustentar a integração da nossa unidade corporal, mantendo
interligado o universo de células que compõem o nosso corpo físico.
Essas vibrações resultam de expressões de sentimentos profundos, de cores cruciantes ou
de atitudes de concentração muito intensas.
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A Indução Mental
Indução, em termos eletrônicos, consiste na transmissão de uma energia eletromagnética
entre dois corpos sem que haja contacto entre eles. Este fenômeno ocorre por conjugação
de ondas através de um fluxo de energia que é transmitido de um corpo a outro. No campo
mental o processo é idêntico.
Expressando qualquer pensamento em que acreditamos, estamos induzindo os outros a
pensarem como nós. A aceitação que os outros fazem de nossas ideias passa a ser
questão de sintonia.
Portanto, nossas idéias e convicções nos ligam compulsoriamente a todas as mentes que
pensam como nós e , quanto maior nossa insistência em sustentar uma idéia ou uma
opinião, mais nos fixamos às correntes mentais das pessoas que se sentem como nós e
que esposam as mesmas opiniões.
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Imagens Mentais
O espírito é a fonte geradora de todas as expressões da vida, e toda espécie de vida se
orienta ou se modifica pelo impulso mental.
Psiquicamente, na medida em que expressamos mentalmente uma vontade, um desejo,
uma idéia, uma opinião, um objetivo qualquer, passamos a ser carregadores ambulantes de
vontades com formas, de desejos com moldes, de idéias vivas que as representam, de
objetivos e opiniões que se exteriorizam com cenas que materializam em torno de nós os
nossos pensamentos.
Nossa mente projeta fora de nós as formas, as figuras e os personagens de todos os
nossos desejos, inclusive com todo o conteúdo dinâmico do cenário elaborado. Com essa
constelação de adornos mentais atraímos ou repelimos as mentes que conosco assimilam
ou desaprovam nosso modo de pensar.
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Perturbações do Fluxo Mental
A criação da matéria mental se origina do estímulo ideatório do Espírito, que é a fonte da
energia vital para o cérebro. O Fluido Cósmico fornece o elemento para essas construções.
Os corpúsculos mentais, sob o impulso do Espírito são exteriorizados em movimentos de
agitação constante, produzindo correntes de formas ideatórias que se expressam na aura
da personalidade que os cria.
O fluxo resultante do processo ideatório pode apresentar perturbações semelhantes a
defeitos da circulação da corrente elétrica comum a qualquer aparelho doméstico.
Assim, a ausência de uma corrente eletromagnética residual pode ser identificada no
cérebro de pessoas profundamente ociosas. Os circuitos mentais podem permanecer
bloqueados, impedindo a circulação do fluxo mental, em razão de idéias fixas ou
obsessivas. As lesões orgânicas cerebrais perturbam, naturalmente, as expressões do
pensamento, já que o cérebro é o veículo para a manifestação física da mente.
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Pensar ou conversar constantemente significa projetar nos outros e atrair para nós as
mesmas imagens que criamos, suportando em nós mesmos as conseqüências dessa
influência recíproca.
Persistir em idéias fixas, em comportamentos obsessivos ou tensões emocionais
deliberadamente violentas, nos escraviza a um ambiente psiquicamente infeliz, com
imagens que nós forjamos e que nos mantêm num circuito de reflexos condicionais
viciosos.
Por princípio, temos que entender que o campo mental é resultado de emissão de idéias
que nós criamos, com nossa participação exclusiva e, portanto, com nossa total
responsabilidade. Esta é a primeira lei do Campo Mental.
A segunda lei é a da assimilação, que estabelece que nós estamos ligados unicamente às
mentes com quem nós nos afeiçoamos.
Portanto, além da sintonia, é necessário haver aceitação das ideias para que assimilemos
as interferências boas ou más que recebemos.
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A terceira lei do campo mental está relacionada com o estudo e o aprendizado que
desenvolve em nós o discernimento e o raciocínio. Ela estabelece que cada de um de nós
só assimilará idéias, sugestões ou informações inéditas ou inovadoras, se já
desenvolvemos a compreensão necessária ao avanço desses pontos de vista.
(Baseado na obra de André Luiz, “Mecanismos da Mediunidade”, psicografada por
F. C. Xavier e Valdo Vieira)
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Segundo Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, “assim como a aranha vive no centro
da própria teia, o homem vive submerso nas criações do seu pensamento”. Imagem muito
feliz, pois o espírito, pensando ininterruptamente, afeta com sua vibração peculiar o mundo
em que vive, estabelecendo ligações com criaturas, circunstâncias e localidades, bem como
edifica ou destrói o seu mundo íntimo, das células ao organismo, conforme elege a
qualidade do que cultiva em seu campo mental e emocional. A aranha constrói a própria
teia, que nasce dela, e nela se locomove, captura insetos, interage com o ambiente e
reside. Da mesma forma o espírito, pensando cria e criando se alimenta daquilo que elegeu
para sua vida interior. Afirma-nos Emmanuel, no livro Pão Nosso: “Pensar é criar. A
realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no capo dos efeitos transitórios,
mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais
para o esforço de continuidade ou extinção”.
PENSAMENTO E SAÚDE
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O Pensamento e o controle celular
No livro Roteiro, Emmanuel nos ensina que “O pensamento é o gerador dos infra
corpúsculos ou das linhas de força do mundo subatômico, criador de correntes de bem ou
mal, grandeza ou decadência, vida ou morte, segundo a vontade que o exterioriza e dirige”.
Compreendemos com isso que o pensamento atua na base da matéria, no mundo
subatômico, influenciando seu funcionamento.
Em evolução em dois mundos, André Luiz nos informa que o pensamento atua
influenciando e alterando, por meio do que ele chamou de bióforos (que sofrem a ação do
pensamento), a interpretação a execução das ordens vindas do núcleo.
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No DNA estão as predisposições, que serão ativadas, inibidas ou reforçadas, conforme o
padrão mental, emocional e comportamental do espírito ao longo da encarnação, no que
configura o seu livre arbítrio. O DNA, expressando o carma, se modifica somente de
encarnação para encarnação, porém sua expressão sofre a regulação e potencialização da
vontade do indivíduo que re-decide a vida à medida em que a vive. E aí temos uma das
manifestações da misericórdia divina, deixando ao ser que viva não em regime de
fatalidade, mas de ação e reação, em todos os instantes da vida.
Saúde e doença, nessa perspectiva, são, portanto, frutos da somatória e balanço entre
predisposição e necessidade, tendência e renovação, a serviço da educação espiritual do
espírito imortal e seu consequente despertamento para o amor, síntese das leis divinas.
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Pensamento e criações mentais
Do ponto de vista exterior, aprendemos com Kardec e os espíritos codificadores, em O Livro
dos Espíritos, que estamos rodeados, em nossa atmosfera espiritual, por um fluido básico,
denominado fluido cósmico universal e suas transformações (fluidos de variadas espécies).
Na revista espírita de Junho de 1868, Kardec nos ensina que “O pensamento e a vontade
são para os espíritos o que a mão é para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem a
esses fluidos tal ou tal direção; aglomeram-nos, combinam-nos ou os dispersam; com eles
formam conjuntos tendo uma aparência, uma forma, uma cor determinada (...) Algumas
vezes, essas transformações são o resultado de uma intenção; freqüentemente, são o
produto de um pensamento inconsciente; basta ao espírito pensar numa coisa para que
essa coisa se produza...”.
André Luiz, em Nos domínios da Mediunidade, nos afirma que “onde há pensamento há
correntes mentais, e onde há correntes mentais existe associação. E toda associação é
interdependência e influenciação recíproca”.
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Marlene Nobre, citando André Luiz em seu livro A Alma da Matéria nos diz que “Uma vez
emitidos, os pensamentos voltam inevitavelmente ao próprio emissor, de forma a envolver o
ser humano em suas próprias ondas de criações mentais, e, muitas vezes, podem estar
acrescidos dos produtos de outros seres, que com eles se harmonizam”.
Conforme nos explica André Luiz em Ação e Reação: “Ora, sabendo que o bem é expansão
da luz e que o mal é condensação da sombra, quando nos transviamos na crueldade para
com os outros, nossos pensamentos, ondas de energia sutil, de passagem pelos lugares e
criaturas, situações e coisas que nos afetam a memória, agem e reagem sobre si mesmos,
em circuito fechado, e trazem-nos, assim, de volta, as sensações desagradáveis, hauridas
ao contacto de nossas obras infelizes”.
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Correntes mentais e formas parasitas
O Espírito Ângelo Inácio, pela psicografia de Robson Pinheiro, no livro Legião, nos
apresenta essa realidade em uma visita na parte astral de um grande centro urbano: “Vimos
uma fina camada de algo que mais parecia uma rede, tecida em material do plano astral
semelhante a fios de nylon, com coloração dourada. Com mais atenção ainda, vimos que o
material se espalhava por uma área imensa da cidade ou daquele bairro onde estávamos”.
Tratava-se de uma criação mental coletiva, de natureza inferior que, pairando sob o bairro,
parasitava energeticamente, com sua irradiação magnética, à semelhança de tentáculos,
todos aqueles que entravam em sintonia com seu teor vibratório. Estes tinham sua energia
vital sugada, alimentando a criação mental, enquanto recebiam seu teor energético nocivo e
deletério, que aumentava as emoções, sentimentos e pensamentos de natureza afim,
agravando os conflitos internos e afetando negativamente a saúde dos indivíduos.
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Perdão, criações mentais superiores e saúde
Baseado em todo esse conhecimento, podemos concluir que Jesus nos legou elevado
código científico de saúde e harmonia quando nos afirmou que ele, expressão do amor, é o
caminho, a verdade e a vida, exortando-nos a perdoar incondicionalmente. A mágoa, como
nódoa energética interior, símbolo de nossas fragilidades feridas em contato com o mundo,
e a postura e o desejo de vingança, representam sintonia e conexão com criaturas e
criações mentais deletérias, que nos fortalecem a desconexão com o Pai e nos afastam da
paz de consciência tão desejada.
Não perdoar, dizia Shakespeare, é “tomar veneno desejando que o outro morra”. O perdão,
em contrapartida, sendo uma decisão pela paz, uma postura de humildade no
reconhecimento de nossas necessidades íntimas, nossas fragilidades e desafios, nossas
susceptibilidades e carências, beneficia primeiramente a nós mesmos, conectandonos à
fonte e às criações mentais sublimes que nos elevam e dão centramento na caminhada da
vida.
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Conclusão
O amor, longe de ser apenas um símbolo religioso, se converte em uma verdade científica à
luz da Ciência espírita, apresentando-se como o caminho mais fácil curto e o menos
dispendioso para a paz e a felicidade, construção do reino de Deus em nós. Disse Jesus:
“Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos que vos aliviarei. Tomai sobre vós
o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis
descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”. (Mateus
11 28-30). Pensar amorosamente, conectado à compaixão e à ternura divina,
manifestações da misericórdia do senhor, é o caminho para a vitalização da alma e a
conexão com o bem, construtores de saúde física e espiritual. Concluímos com Emmanuel,
que com sua sabedoria afirma, pela psicografia de Chico Xavier, em Pensamento e vida: “O
nosso pensamento cria a vida que procuramos, através do reflexo de nós mesmos, até que
nos identifiquemos, um dia, no curso dos milênios, com a Sabedoria Infinita e com o Infinito
Amor, que constituem o pensamento e a Vida de Nosso Pai.”