hidrelétricas em empresa se plena operação geradora§ões... · melhores transmissoras do país...

12
Setembro 2013 | Ano XIX | Nº122 Um jornal para novos tempos Empresa se consolida como geradora Págs. 6 e 7 Hidrelétricas em plena operação Pág. 3 Associados incrementam produção AVICULTURA ORGÂNICA Pág. 11 Começa plantio de mudas em APP REFLORESTAMENTO Pág. 8 LIVRO TÉCNICO Publicação retrata eólica Pág. 9 Rede de telecom será expandida PARCERIA

Upload: duongquynh

Post on 08-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Setembro 2013 | Ano XIX | Nº122 Um jornal para novos tempos

Empresa se consolida como geradoraPágs. 6 e 7

Hidrelétricas emplena operação

Pág. 3

Associados incrementamprodução

AviculturA orgânicA

Pág. 11

começa plantio de mudas em APP

reflorestAmento

Pág. 8

livro técnico

Publicação retrata eólica

Pág. 9

rede de telecom será expandida

PArceriA

Uma empresa de geraçãoA Eletrosul comemorou, em agosto, mais um importante avanço na re-composição de seus ativos de geração: a operação plena e simultânea das 14 turbinas de suas usinas hidrelétricas, que somam mais de 520 megawatts de capacidade instalada. Sem dúvida, um marco para a empresa e seus empre-gados, especialmente para aqueles que

acompanharam a privatização de seu parque gerador no final da década de 90. Esse fato, retratado na matéria prin-cipal desta edição, atesta a capacidade técnica e empreendedora da Eletrosul, que já se estabeleceu como uma das melhores transmissoras do País e agora se consolida como empresa geradora. Boa leitura!

EXPEDIENTE

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

Ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro

Antonio Waldir Vituri

Diretor Administrativo

Paulo Afonso Evangelista Vieira

Conselho Editorial

Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRonaldo Bauer LessaRubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sandra da Silva [email protected]

Coordenação

Jonatas [email protected]

Edição

Andréa [email protected]

Jonatas [email protected]

Textos

Anahi GurgelAndréa LombardoCleusa FreseGilberto Del PozzoJonatas AndradeTatiana LimaVivianne Nunes

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Agostinho CoanAndré Renato/SecomAnísio BorgesArquivo Apex BrasilArquivo DROEArquivo Energia Sustentável do BrasilArquivo Companhia Hidrelétrica Teles PiresArquivo TSBEArquivo TSLEArquivo UFSCAugusto Ribeiro IsaraHerivelto Batista/MCHermínio NunesNélio PintoRafael Eid Shibayama

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação Integrada

Tiragem 4.500 mil exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

2 EDITORIAL

Setembro 2013 | Ano XIX | Nº122 Um jornal para novos tempos

Empresa se consolida como geradoraPágs. 6 e 7

Hidrelétricas emplena operação

Pág. 3

Associados incrementamprodução

AVICULTURA ORGÂNICA

Pág. 11

Começa plantio de mudas em APP

REFLORESTAMENTO

Pág. 8

LIVRO TÉCNICO

Publicação retrata eólica

Pág. 9

Rede de telecom será expandida

PARCERIA

Pág. 3

Associados incrementamprodução

AVICULTURA ORGÂNICA

As instalações do Setor de Manutenção de Xanxerê (SC) foram ampliadas para receber a nova estrutura da Regional Oeste, que foi criada em 2003. As fotos retratam a fase final das obras, em junho de 2004.

Atentos à tendência de crescimento no consumo de produtos livres de agrotóxi-cos, pequenos agricultores catarinenses têm investido na avicultura orgânica. O segmento já representa mais de 25% da movimentação da Associação dos Agri-cultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral (Agreco), que tem sede em Santa Rosa de Lima (SC). Mensalmente, são produzidas 12 mil toneladas de cortes de frango, que abastecem as principais re-des de supermercados do Litoral de Santa Catarina e da Grande Porto Alegre (RS).

O primeiro investimento na ampliação do abatedouro, feito em 2009, teve apoio da Eletrosul. Até então, a produção era mais modesta. Eram abatidos e vendidos inteiros 300 frangos por semana. Além de ampliar a capacidade de abate, a aquisi-ção de equipamentos viabilizou ainda o beneficiamento e a separação dos cortes de frango, o que permitiu à Agreco agre-gar valor e melhorar o preço de venda dos produtos, lembrou o coordenador finan-ceiro da entidade, Adilson Lunardi.

Agora, a Agreco vai investir na constru-

ção de um novo e mais amplo frigorífico, com capacidade de armazenar 15 tone-ladas. O atual comporta até cinco tonela-das. “Isso vai facilitar o atendimento aos nossos clientes e às famílias de aviculto-res, além de possibilitar o ingresso de ou-tros produtores na associação”, adiantou o coordenador de produção da Agreco, José Lucas Schmidt.

O casal Adenei e Ivonete Silva trocou o plantio de fumo pela produção de frango orgânico e constitui uma das sete famí-lias ligadas à Agreco que se dedicam a essa atividade. “Hoje, nós temos retorno garantido. A saúde também melhorou. Embora a gente trabalhe bastante, o des-gaste é menor”, fala satisfeito Adenei, ao lado da esposa e dos filhos Anderson, Sa-mara e Michael.

Os principais diferenciais da produção orgânica de frangos é que as aves são cria-das soltas, alimentadas com ração orgânica e tratadas com homeopatia. Os cortes de frango comercializados pela Agreco têm certificação de produto orgânico da Ecocert Brasil, empresa creditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Aposta na avicultura orgânica

emPreendedorismo

RESPONSABILIDADE SOCIAL 3Eletrosul agora - Setembro de 2013

Agricultores familiares de santa catarina, que tiveram apoio da eletrosul para agregar valor a seus produtos, conquistam mercado sulista

A Eletrosul renovou o convênio com a Prefeitura de Maringá para continuidade do Programa Hortas Comunitárias no mu-nicípio. A parceria possibilita a aquisição de insumos, equipamentos e outros mate-riais utilizados no plantio e manutenção dos canteiros. Atualmente, cerca de 90 fa-mílias cultivam hortaliças sob as linhas da Eletrosul em quatro bairros - Cidade Alta, Cidade Canção, Jardim Universo e Jardim

Itaipu - e chegam a ganhar um salário mí-nimo por mês com a produção excedente.

O convênio entre Eletrosul e prefeitura pre-vê ainda atividades de sensibilização, mobili-zação e engajamento social da comunidade, palestras de orientação sobre segurança sob linhas de transmissão e cursos de capacita-ção a exemplo do realizado, em agosto, com integrantes do programa em Joinville (SC). Com o curso de cultivo protegido ministra-

do pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), 14 moradores da zona rural aprenderam técnicas de manejo de estufas, controle de pragas e produção de mudas.

Renovação de parceria

h

CANTEIRO DE OBRAS

setemBro de 2013

4

uHe JirAu

comPleXo eÓlico geriBAtu PcH JoÃo Borges

Vista aérea da casa de força da margem esquerda, vertedouro e casa de força da margem direita (ao fundo). No de-talhe, visão interna da unidade geradora 29, que está operando em teste.

Chegaram as primeiras pás para os ae-rogeradores do Parque X. As 14 bases dos aerogeradores já estão concretadas e a previsão é de que na segunda quinzena de setembro as torres comecem a ser erguidas.

Está em andamento a construção de uma passagem em concreto à jusante da bar-ragem principal, que ligará as duas mar-gens do rio Caveiras, facilitando o acesso quando houver necessidade de manutenção.

3.750MW

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantesRO

N

258MW

Capacidade de atendimento: 1.600.000 habitantes

RS

N

19MW

Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes

SC

N

h

CANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Setembro 2013

cAnteiro de oBrAs5

AmPliAÇÃo do comPleXo eÓlico cerro cHAto

lt sul BrAsileirA

linHÃo do mAdeirA

lt sul litorâneA

uHe teles Pires

Com o Parque Eólico Cerro dos Trindade concluído, os trabalhos de montagem dos aerogeradores se concentram no Parque Cerro Chato IV.

Vista do canal de entrada e das obras civis nas estruturas de controle dos túneis de desvio.

Lançamentos de cabos entre as torres 2359/1 e 2359/2, no município de Meridiano (SP).

Montagem manual de torre estaia-da no trecho Rio das Antas (SC) até Itá (SC).

Obras de terraplenagem da Subestação Santa Vitória do Palmar 525/138 kV. A unidade está sendo cons-truída para escoamento da energia gerada pelos par-ques eólicos e distribuição de energia na região atra-vés das redes de transmissão 138 kV da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul.

78MW

Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes

RS

N

525 kV

230 kV

781 km de extensão:

494 km em 525kV

287 km em 230 kVN

RS

600kV

Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensãoN

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

RS

N

525 kV

Extensão: 487 km

Empresa se consolida na geração

oPerAÇÃo PlenA de usinAs

6 ESPECIAL

capacidade instalada das hidrelétricas atende consumo de mais de 4 milhões de brasileiros

Rio Grande do Sul, e mais duas na Hidrelétri-ca São Domingos (48 MW), no Mato Grosso do Sul. Nas PCHs catarinenses Barra do Rio Chapéu (15,15 MW) e João Borges (19 MW) são duas e três unidades geradoras, respecti-

vamente. Outros cinco conjuntos geradores integram a Hidrelé-trica Mauá (363 MW), implantada no Paraná pela Eletrosul em par-ceria com a Copel.

Para o diretor de En-genharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo

dos Santos Custódio, na privatização, além dos ativos, a Eletrosul perdeu praticamente todo o conhecimento adquirido em décadas de investimentos. “Reconstruímos um par-que gerador e remontamos uma estrutura de engenharia e operação, que enfrentou obstáculos técnicos e comerciais, formou-se e resultou na implantação dessas usinas”, lembrou o executivo.

No mês de agosto, a Eletrosul registrou a plena operação comercial de cinco usinas hidrelétricas – fato que consolida o retorno da empresa ao segmento de geração, 15 anos após a privatização de seu parque gerador. Os empreendimentos, próprios e em parcerias, começaram a ser construídos a partir de 2008 e totalizam 14 unidades geradoras com potência ins-talada de 522,15 megawat-ts (MW), capaz de atender a mais de 4 milhões de pessoas.

“A operação dessas usi-nas reposiciona a Eletrosul como geradora e, principalmente, como empresa de engenharia associada à ge-ração hidrelétrica. É uma conquista que marca o início de uma nova trajetória para a empresa”, ressaltou o presidente da empresa, Eurides Mescolotto.

Em empreendimentos próprios, estão em operação comercial duas turbinas na Hidrelétrica Passo São João (77 MW), no

É uma conquista que marca o início de uma nova

trajetória para a empresa

Eurides Mescolotto

Hidrelétrica Passo São JoãoLocal: Roque Gonzalez e Dezesseis de Novembro (RS)Capacidade instalada: 77 MW (2 unidades geradoras)Atendimento: 580 mil habitantes Início da operação*: março de 2012

PCH Barra do Rio ChapéuLocal: Santa Rosa de Lima e Rio Fortuna (SC)Capacidade instalada: 15,15 MW (2 unidades geradoras)Atendimento: 128 mil habitantes Início da operação*: fevereiro de 2013

Hidrelétrica MauáLocal: Telêmaco Borba e Ortigueira (PR)Composição: Consórcio Energético Cruzeiro do Sul – Copel (51%) / Eletrosul (49%)Capacidade instalada: 363 MW (5 unidades geradoras)Atendimento: 3 milhão de habitantesInício da operação*: novembro de 2012

Hidrelétricas em Operação Comercial

UHE Passo São João

PCH Barra do Rio Chapéu

Capacidade instalada atingirá 1,8 GW

A Eletrosul está investindo cerca de R$ 8 bi-lhões em obras de geração de energia, incluin-do a participação em projetos estruturantes para o País, como a Hidrelétrica Jirau (3.750 MW), em Rondônia, e a Hidrelétrica Teles Pires (1.820 MW), entre o Pará e Mato Grosso.

Entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, a Eletrosul inaugurou as usinas hidrelétricas Pas-so São João, Mauá e a PCH Barra do Rio Chapéu. A previsão é de que a usina São Domingos e a PCH João Borges sejam inauguradas nos pró-ximos meses, assim como a usina fotovoltaica Megawatt Solar (1 MW), em implantação na sede da empresa, em Florianópolis.

Está previsto ainda o início da operação de mais cinco parques eólicos, com 78 MW, junto ao Complexo Cerro Chato, no Rio Grande do Sul, que já tem 90 MW de capacidade insta-lada e começou a operar gradativamente a

partir de junho de 2011. Em 2014, entrarão em operação outros dois complexos eólicos – Geribatu (258 MW) e Chuí (144 MW), no ex-tremo Sul gaúcho. Juntos, os parques eólicos vão gerar 570 MW.

Até 2015, prazo máximo para a entrada em operação dos empreendimentos de geração hidrelétrica, eólica e solar, a Eletrosul estará gerando 1,8 gigawatts (GW), considerando apenas a parte que lhe cabe nos empreendi-mentos. Essa potência é mais que o dobro da atual capacidade em operação.

Ao todo, as usinas vão gerar 6,6 GW e atender a cerca de 43 milhões de brasileiros. Até a priva-tização, em 1998, os ativos de geração da Eletro-sul somavam 3,7 GW em operação e outros 2,8 GW em construção. A Eletrosul foi autorizada pelo Governo Federal a retomar os investimen-tos em geração e transmissão, em 2004.

ESPECIAL 7Eletrosul agora - Setembro de 2013

PCH Barra do Rio ChapéuLocal: Santa Rosa de Lima e Rio Fortuna (SC)Capacidade instalada: 15,15 MW (2 unidades geradoras)Atendimento: 128 mil habitantes Início da operação*: fevereiro de 2013

Usina Hidrelétrica São DomingosLocal: Ribas do Rio Pardo e Água Clara (MS)Capacidade instalada: 48 MW (2 unidades geradoras)Atendimento: 550 mil habitantesInício da operação*: junho de 2013

PCH João BorgesLocal: São José do Cerrito e Campo Belo do Sul (SC)Capacidade instalada: 19 MW (3 unidades geradoras)Atendimento: 151 mil habitantes Início da operação*: julho de 2013

*início da operação comercial da primeira unidade geradora

UHE Mauá

UHE São DomingosPHC João Borges

A publicação que, há quatro anos, ajudou a suprir a carência do meio aca-dêmico e técnico de referências biblio-gráficas sobre geração eólica no Brasil, acabou de ser lançada em uma segunda edição. O livro “Energia Eólica para Pro-dução de Energia Elétrica” é de autoria do engenheiro eletricista Ronaldo dos Santos Custódio, diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul. O estudioso do tema se tornou executivo e pôde con-cretizar o conhecimento acumulado ao longo de quase 15 anos ao coordenar o projeto e a implantação de três comple-xos eólicos da empresa.

O lançamento aconteceu em Brasília (DF), durante evento promovido pela Associação Brasileira de Energia Eóli-ca (ABEEólica) e Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), com as presenças do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e da ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A pri-

meira edição havia sido produzida com apoio da Eletrobras, cuja tiragem de 5 mil exemplares foi distri-buída entre universi-dades e empresas do setor elétrico.

O livro, que foi a primeira publicação técnica na lín-gua portuguesa sobre o tema, tem 340 páginas e está estruturado em 12 capítulos, que trazem parâ-metros técnicos objetivos para a implantação de parques eólicos. A publicação detalha aspec-tos a serem considerados nos projetos como, por exemplo, a geografia do terreno e sua influência no vento, a dispo-sição dos aerogeradores no

parque eólico e a dis-tância entre as má-quinas para maior eficiência da usina, tipos de equipamen-tos, custos, além de estudos de conexão à rede.

Nessa atualização do conteúdo do livro, Custódio buscou in-serir informações sobre a nova realidade do mercado de energia eólica. No lança-mento da primeira edição, o segmento ainda era incipiente no Brasil. “Hoje, ten-do um mercado consolidado, a percepção de custo e de logística é muito mais pre-cisa. Os conceitos básicos não mudaram, mas a tecnologia melhorou e as questões ambientais e econômicas evoluíram bas-tante. Tudo isso eu tentei reproduzir nes-sa segunda edição”, lembrou o executivo.

Publicação retrata geração eólica

livro que se tornou referência no meio acadêmico e no setor elétrico é lançado em segunda edição

8 GERAL

contriBuiÇÃo técnicA

Hoje, tendo um mercado consolidado, a percepção de custo

e de logística é muito mais precisa

Ronaldo Custódio

Reforço nas telecomunicações

Capacitação para reassentados

Parceria vai expandir PnBl e atender a demanda durante a copa do mundo de 2014

A Eletrosul firmou no mês de agosto no Ministério das Comunicações, em Brasí-lia, um contrato técnico-operacional e co-mercial com a Telebras que vai expandir a infraestrutura de telecomunicações de ambas as empresas e acelerar a implan-tação do Plano Nacional de Banda Lar-ga (PNBL) especialmente na Região Sul, cujas redes atenderão a Copa do Mundo de 2014. A parceria vai aumentar para 400 gigabits por segundo (Gbps) a capaci-

GERAL 9Eletrosul agora - Setembro de 2013

eletrosul e teleBrAs

dade do sistema de comunicação óptica de alta velocidade (DWDM) da Eletrosul, que atualmente é de 80 Gbps.

Pelo acordo, a Telebras exercerá sua ex-periência na comercialização dos serviços e no relacionamento com os diversos agen-tes do mercado, enquanto a Eletrosul entra-rá com sua infraestrutura de telecomuni-cações e seu know-how em manutenção e operação de sistemas de telecomunicações.

“A implementação de melhorias no

sistema da Eletrosul, em contrapartida à construção de um novo sistema de te-lecomunicações pela Telebras, vai pro-porcionar um ganho de escala grande, permitindo a ampliação da capacidade e alcance da rede para oferta de banda larga a diversos municípios”, enfatizou o presidente da Telebras, Caio Bonilha.

A rede própria de fibras ópticas da Ele-trosul, que faz parte do acordo, tem 4,5 mil quilômetros de extensão, distribu-ídos por Santa Catarina, Rio Grande do

Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Porto Velho (RO).

“Essa união vai otimizar os recur-sos para prestação conjunta de

serviços e reduzir custos com equipamentos, servindo de

modelo a outras empresas do setor elétrico”, frisou o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto.

Os reassentados rurais e urbanos da Hi-drelétrica Jirau participaram de mais de 160 horas de capacitações no período de um ano. Os cursos são organizados pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR), por meio do Programa de Remanejamento das Populações Atingidas da UHE Jirau, e têm como objetivo aumentar as oportunidades de renda e emprego dos moradores da re-gião. As capacitações são focadas no em-preendedorismo, novas oportunidades de negócio e melhoria dos serviços prestados.

Aos reassentados rurais, foram promo-vidos cursos voltados para a produção de salgados, de derivados do leite e de man-dioca, e de doces, licores, balas e bombons

produzidos a partir de frutas da época. Já os cursos aplica-dos aos reassentados urbanos foram direcionados ao ramo de panificação e confeitaria. As capacitações são realizadas em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

“Os cursos são desenvol-vidos especificamente para aproveitar as potencialidades da região e da comunidade. Ajudam ain-da na formação de empreendedores e no incremento da alimentação dos mo-radores. Nossa ideia é sempre desenvol-ver capacitações e projetos que possam

agregar conhecimento e garantir cada vez mais uma melhor qualidade de vida aos reassentados”, afirmou o coordena-dor de Meio Ambiente e Socioeconomia da ESBR, Marco Canedo.

Há dez anos, a Eletrosul implantou em Xanxerê (SC) sua primeira Divisão Regional fora das capitais, visando atender o Oeste de Santa Catarina e parte dos estados do Para-ná e Rio Grande do Sul. A empresa já estava presente na região desde 1973, quando ins-talou a Subestação Xanxerê. A implantação da Divisão Regional do Oeste (DROE) deu mais agilidade ao atendimento aos serviços de manutenção e apoio à operação, e repre-sentou um marco para a empresa, pois foi uma das primeiras ações da estatal no novo cenário do setor elétrico brasileiro.

“No momento em que completamos 10 anos de implantação dessa Regional, aproveitamos para renovar o nosso com-promisso com a qualidade dos nossos ser-viços e agradecemos a todos os emprega-dos e comunidade em geral por fazerem parte dessa história”, declarou o presiden-te da Eletrosul, Eurides Mescolotto.

A DROE é responsável pela manutenção e operação de cerca de 25% das linhas de transmissão da Eletrosul. Também é de sua responsabilidade a manutenção de

um grande sistema de comunicação de dados, interligando o Sul do País. Entre os empreendimentos de abrangência da re-gional, estão 15 subestações, a Usina Pas-so São João – primeiro empreendimento de geração hídrica 100% da Eletrosul, após

a cisão da empresa em 1997 – e a PCH João Borges. Possui Centros Regionais de Manutenção e Apoio à Operação nas cida-des de Laranjeiras do Sul (PR), Campos No-vos e Xanxerê (SC), Erechim, Santo Ângelo e Roque Gonzales (RS).

10 anos de atuação

Finalistas de um concurso literário pro-movido pela Rádio Cultura de Xaxim (SC), cujo tema foi “A Escassez da Água Potável”, visitaram instalações da Eletrosul para conhecer as práticas sustentáveis da em-presa na racionalização do uso de recursos naturais e priorização de fontes limpas de geração de energia. Os 23 alunos de ensi-no médio, representantes de cada uma das escolas estaduais participantes do concur-so, estiveram no Setor de Manutenção de Campos Novos (SC), que obteve a etiqueta Nível A em Eficiência Energética, na fase de projeto e de prédio construído, pelo Pro-grama Brasileiro de Etiquetagem, e na PCH João Borges, em São José do Cerrito (SC).

Na usina, além do vertedouro e da casa de força, o grupo acompanhou todo o processo de geração hídrica, des-de a formação do reservatório, condu-ção da água, funcionamento das turbi-nas e geradores, retorno da água para o leito do rio e transmissão da energia. O grupo recebeu ain-da informações sobre os diferentes projetos ambientais desenvol-vidos no entorno da obra e ações de res-ponsabilidade social e ambiental da Eletrosul na região.

“A atuação da Eletrosul, não apenas na geração e transmissão de energia elétrica, mas na responsabilidade e parceria com as comunidades, é um exemplo muito positivo”, declarou a gerente da emissora que idealizou o concurso literário, Cleo-nice Nowaki.

De olho na sustentabilidade

10 GERAL

regionAl oeste

A primeira divisão fora das capitais é responsável por 25% das linhas de transmissão

Mais de 50 mil mudas de jatobás, angi-cos, ipês, ingás, aroeiras, patas-de-vaca e ou-tras espécies do cerrado sul-mato-grossense foram plantadas na Área de Preservação Permanente (APP) do lago formado na jun-ção dos rios Verde e São Domingos, na Usina Hidrelétrica São Domingos, entre os municí-pios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, ao leste de Mato Grosso do Sul. O trabalho, que faz parte do Plano Ambiental do empreen-dimento, durou cerca de 40 dias. Uma nova etapa de plantio está prevista para o período de outubro deste ano a março de 2014.

Segundo informações do engenheiro ambiental responsável pela supervisão do plantio, Rafael Eid Shibayama, no total, 170 hectares estão sendo reflorestados com plantas nativas escolhidas a partir de in-ventário florestal, referências bibliográficas

MEIO AMBIENTE 11Eletrosul agora - Setembro de 2013

APP dA usinA sÃo domingos

da região e consultas populares. Parte das espécies plantadas provém de campanhas de coleta de sementes, que foram realiza-das na área do reservatório e cultivadas em dois viveiros de produção de mudas.

Paralelamente a esse trabalho, seguem as campanhas de monitoramento da fau-na local, das águas superficiais do lago.

ESPéCIES

Árvores como as aroeiras são conheci-das por suas potencialidades medicinais e chegam a medir 15 metros de altura. Já os ipês podem chegar até dez metros de altura e possuem dez tipos diferentes de espécies com cores e tonalidades diversas, bastante comuns no Mato Grosso do Sul e enfeitam as paisagens entre os meses de agosto e novembro.

esPAÇo dAgestÃo AmBientAl

Inventário de GEE

A edição 2012 do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa das Empresas Eletrobras, publicada este ano, foi assegurada pela empre-sa KPMG Risk Advisory Services, uma das mais conceituadas do mercado, com o objetivo de atestar a qualida-de e credibilidade dos dados, por uma terceira parte independente. O pro-cesso de asseguração, além de melho-rar a cotação da Eletrobras nos prin-cipais índices dos quais já participa, poderá contribuir para seu ingresso na Bolsa de Valores de Nova York (DJSI), além de melhorar as práticas de gestão dentro das subsidiárias e aumentar a credibilidade das mes-mas junto ao público externo.

A verificação das emissões ocorreu em três fases distintas. A primeira foi o conhecimento da metodologia e ferramentas utilizadas para a ob-tenção dos dados e para o cálculo das emissões. Nas outras duas etapas, foram realizadas visitas às empresas Amazonas Energia, Chesf, Furnas, Ele-tronorte e CGTEE (por amostragem e relevância) e, por fim, checagem da convergência das informações.

A cada edição, o conteúdo inventa-riado vem sendo ampliado, na medi-da em que novas fontes passam a ser incorporadas. Neste ano, foram in-cluídas as emissões de gases de refri-geração e de estações de tratamento de esgoto (ETEs), além de um relato das iniciativas de reflorestamento. Embora não entrem nos cálculos desse inventário, essas ações são um importante passo para a compensa-ção das emissões de GEE das empre-sas Eletrobras.

O Inventário de Emissões de GEE das Empresas Eletrobras e a Carta de Asseguração dos Auditores Indepen-dentes podem ser acessados no site www.eletrosul.gov.br.

Recompondo o verde

Área reflorestada com espécies nativas do cerrado sul-mato-grossense tem 170 hectares

Nova alternativa de transporte na Amazônia

Aplicar uma fonte de energia alter-nativa e com baixo custo de operação no transporte escolar e nas atividades produtivas é a proposta central do Pro-jeto Barco Solar Amazônia, desenvolvi-do pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio técnico da Eletrobras. A embarcação foi constru-ída para atender a comunidade Santa Rosa, na Ilha das Onças, no município de Barcarena, no Pará. Os testes finais estão sendo feitos na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, e a previsão é de que o barco seja entregue aos ri-beirinhos até o final do ano.

O barco solar tem capacidade para transportar 22 pessoas e será utiliza-do, principalmente, no transporte es-colar de crianças e adolescentes, feito hoje em 40 pequenas embarcações a diesel, que poluem os rios e estressam os animais devido ao ruído. Como su-porta meia tonelada de carga, o veículo será aproveitado, também, para levar

suprimentos aos moradores de regiões mais afastadas e para escoar a produ-ção local, como pescado, açaí e outros alimentos perecíveis, possibilitando a geração de renda.

Adequado às condições climáticas e geográficas da Amazônia, o catama-rã (embarcação de dois cascos) de 12 metros de comprimento por 3 metros de largura, possui 18 módulos solares fotovoltaicos com potência instalada de 4 quilowatts-pico (kWp), instalados na cobertura, e banco de baterias para armazenar a energia, com autonomia para quatro horas de navegação. Conta com dois conversores de energia e dois motores elétricos responsáveis pelo sistema de propulsão, com sistema de refrige-ração a água (30% mais leves do que os similares com refri-geração a ar).

Os investimentos no projeto totalizam R$ 580 mil, incluindo uma oficina solar, com 16 kWp, a ser construída no atraca-douro da escola. Essa estrutura deve ser concluída em 2014 e, além de abrigar equipamentos elétricos para fabricação de gelo e purificação de água, terá um terminal para carregamento rápido das baterias do barco.

“A intenção em desenvolver um trans-porte fluvial e alternativo é contribuir socialmente com as comunidades ama-zônicas”, explica o coordenador do pro-jeto pela UFSC, Ricardo Rüther. Segundo ele, o objetivo é fabricar outros barcos que poderão ser uma opção barata de transporte em outras regiões do Brasil.

O projeto foi financiado pelo Ministé-rio da Ciência, Tecnologia e Inovação e pelo Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico (CNPq) e tem apoio institucional de institui-ções como a Universidade Federal do Pará e Instituto Ideal.

iniciativa inédita da universidade federal de santa catarina com apoio da eletrobras poderá ser estendida a outras regiões do País

12 ESPECIAL

BArco solAr

Investimentos