saúde - 30 de novembro de 2014

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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Você sabe o que é DPOC? Pág. 4 e 5 A cada quatro mulheres, três apresentam sintomas da TPM durante seus anos férteis. Os sintomas frequentemente pioram em mulheres com mais de 30 ou 40 anos D ores de cabeça, fadiga, nervosismo, irritação, in- sônia, apetite desenfreado. Quase toda mulher conhe- ce esses sintomas e é obrigada a passar por esse martírio uma vez por mês. Você já deve ter adivinhado do que estamos falando: a bendi- ta TPM, também conhecida pela extensiva explicação que dispensa maiores apresentações, Tensão Pré- Menstrual, o terror das mulheres e o sofrimento por tabela de seus companheiros e familiares. Quem não sofre de TPM pode erguer as mãos para o céu porque, definitivamente, é abençoada por Deus e pela natureza, ou melhor, pela genética. Mulheres que pas- sam mensalmente pelo transtorno sabem como é difícil lidar com as oscilações de humor e os efeitos colaterais da síndrome. O problema é que, apesar de am- plamente conhecida, a TPM até hoje não foi completamente desvenda- da pela medicina. A definição mais precisa trata a questão como uma síndrome que acomete as mulheres em idade fértil cerca de dez dias antes da menstruação. E a coisa não é fácil. Só para dar uma ideia do problema, a ciência já catalo- gou mais de 150 sintomas ligados ao transtorno. Sim, porque é um verdadeiro transtorno para quem sofre e para quem convive com as criaturas “tepeemizadas”. Para entender um pouco a questão, é bom saber que a culpa é dos hormô- nios, melhor dizendo, das oscilações hormonais do período, conforme explica o ginecologista e obste- tra doutor Gerson Mourão. “Tudo ocorre na segunda metade do ciclo feminino, quando entra em cena a progesterona, hormônio que prepara o corpo fe- minino para a fecundação e para a gravidez, porque ela também diminui os níveis de serotonina no cérebro, um neurotrans- missor que dá a sensação de bem-estar. Com a di- minuição desse hormô- nio, a mulher está mais sensível e daí os sintomas como irritabilidade, ansie- dade e depressão”. Explicando melhor, a con- centração dos hormônios se- xuais varia no decorrer do ciclo menstrual e assim que termina a menstruação, tem início a pro- dução de estrógeno, que atinge seu pico ao redor do 14º dia do ciclo, quando começa a cair e a aumentar a produção de progesterona. O nível desses dois hormônios praticamen- te chega ao zero durante a mens- truação, o que significa dizer que em cada dia do mês, a mulher tem uma concentração de hormônios sexuais diferente da do dia anterior e diferente da do dia seguinte. Ainda segundo o especialista, além dessa gangorra hormonal, a progesterona também provoca uma interferência na produção de aldosterona, o hormônio envolvido na retenção líquida, o que acaba causando inchaços e dor de cabeça. Mas não para por aí, a progesterona também aumenta a produção de prostaglandinas, substâncias que, em excesso, se tornam inflamató- rias. Isso explica as dores espa- lhadas pelo corpo, que deixam a mulher ainda mais irritada. E o tratamento? Bom, a resposta má é que não existe um kit pronto na farmácia para curar TPM. A resposta boa é que, dependendo da intensidade do sintoma, o médico pode receitar antidepressivos, anti-inflama- tórios, anal- gésicos ou diuréticos. A melhor parte é que agora a mulher pode encontrar um novo contraceptivo oral que tem efeito diurético e, além de prevenir a gravidez, atenua os sintomas relacionados à retenção hídrica. Para o doutor Gerson Mourão, a medida mais eficaz contra a TPM é suprimir a menstruação com o anticoncepcional de uso contínuo. “Sem menstruação, sem tensão pré-mentrual”, sentencia. Alimentação pode ajudar Quem sofre com a tensão pré- menstrual sabe que muitas vezes os sintomas podem atrapalhar a rotina. É importante ressaltar que a alimentação pode interferir no agravamento ou alívio dos incômo- dos. Algumas mulheres apresentam uma TPM tão forte que ganha até nome diferenciado: disforia pré- menstrual, o que normalmente já pede uma medicação especial que só o médico poderá indicar. Dica útil Um estilo de vida saudável é o primeiro passo para gerenciar a TPM. Para a maioria, algumas mu- danças na rotina podem ajudar a administrar melhor os sintomas. VERA LIMA Equipe EM TEMPO

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Saúde - 30 de novembro de 2014

SaúdeCa

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o F

e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

Você sabe o que é DPOC?

Pág. 4 e 5

A cada quatro mulheres, três apresentam sintomas da TPM durante seus anos férteis. Os sintomas frequentemente pioram em mulheres com mais de 30 ou 40 anos

Dores de cabeça, fadiga, nervosismo, irritação, in-sônia, apetite desenfreado. Quase toda mulher conhe-

ce esses sintomas e é obrigada a passar por esse martírio uma vez por mês. Você já deve ter adivinhado do que estamos falando: a bendi-ta TPM, também conhecida pela extensiva explicação que dispensa maiores apresentações, Tensão Pré-Menstrual, o terror das mulheres e o sofrimento por tabela de seus companheiros e familiares.

Quem não sofre de TPM pode erguer as mãos para o céu porque, defi nitivamente, é abençoada por Deus e pela natureza, ou melhor, pela genética. Mulheres que pas-sam mensalmente pelo transtorno sabem como é difícil lidar com as oscilações de humor e os efeitos colaterais da síndrome.

O problema é que, apesar de am-plamente conhecida, a TPM até hoje não foi completamente desvenda-da pela medicina. A defi nição mais precisa trata a questão como uma síndrome que acomete as mulheres em idade fértil cerca de dez dias antes da menstruação. E a coisa não é fácil. Só para dar uma ideia do problema, a ciência já catalo-gou mais de 150 sintomas ligados ao transtorno. Sim, porque é um verdadeiro transtorno para quem sofre e para quem convive com as criaturas “tepeemizadas”.

Para entender um pouco a questão, é bom saber que a culpa é dos hormô-nios, melhor dizendo, das oscilações hormonais do período, conforme explica o ginecologista e obste-tra doutor Gerson Mourão. “Tudo ocorre na segunda metade do ciclo feminino, quando entra em cena a progesterona, hormônio que prepara o corpo fe-minino para a fecundação e para a gravidez, porque ela também diminui os níveis de serotonina no cérebro, um neurotrans-missor que dá a sensação de bem-estar. Com a di-minuição desse hormô-nio, a mulher está mais sensível e daí os sintomas como irritabilidade, ansie-dade e depressão”.

Explicando melhor, a con-centração dos hormônios se-xuais varia no decorrer do ciclo menstrual e assim que termina a menstruação, tem início a pro-dução de estrógeno, que atinge seu pico ao redor do 14º dia do ciclo, quando começa a cair e a aumentar a produção de progesterona. O nível desses dois hormônios praticamen-te chega ao zero durante a mens-truação, o que signifi ca dizer que em cada dia do mês, a mulher tem uma concentração de hormônios sexuais diferente da do dia anterior e diferente da do dia seguinte.

Ainda segundo o especialista,

além dessa gangorra hormonal, a progesterona também provoca uma interferência na produção de aldosterona, o hormônio envolvido na retenção líquida, o que acaba causando inchaços e dor de cabeça. Mas não para por aí, a progesterona também aumenta a produção de prostaglandinas, substâncias que, em excesso, se tornam infl amató-rias. Isso explica as dores espa-lhadas pelo corpo, que deixam a mulher ainda mais irritada.

E o tratamento? Bom, a resposta má é que não existe um kit pronto na farmácia para curar TPM. A resposta boa é que, dependendo da intensidade do sintoma, o médico pode receitar antidepressivos, a n t i - i n f l a m a -tórios, anal-gésicos ou diuréticos. A melhor p a r t e é que

agora a mulher pode encontrar um novo contraceptivo oral que tem efeito diurético e, além de prevenir a gravidez, atenua os sintomas relacionados à retenção hídrica. Para o doutor Gerson Mourão, a medida mais efi caz contra a TPM é suprimir a menstruação com o anticoncepcional de uso contínuo. “Sem menstruação, sem tensão pré-mentrual”, sentencia.

Alimentação pode ajudarQuem sofre com a tensão pré-

menstrual sabe que muitas vezes os sintomas podem atrapalhar a

rotina. É importante ressaltar que a alimentação pode interferir no agravamento ou alívio dos incômo-dos. Algumas mulheres apresentam uma TPM tão forte que ganha até nome diferenciado: disforia pré-menstrual, o que normalmente já pede uma medicação especial que só o médico poderá indicar.

Dica útilUm estilo de vida saudável é o

primeiro passo para gerenciar a TPM. Para a maioria, algumas mu-danças na rotina podem ajudar a administrar melhor os sintomas.

VERA LIMAEquipe EM TEMPO

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Page 2: Saúde - 30 de novembro de 2014

MANAUS, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Embora não apresente maiores riscos, a tosse deve ser cuidada, já que ela é uma maneira que o organismo encontra para se defender de irritações no aparelho respi-ratório. Surge quando o sistema imunológico encontra-se debilitado, geralmente, durante gripes, resfriados, crises de bronquite e dor de garganta. Quando ela é persistente, ataca principalmente a noite, na hora que a pessoa quer descansar. Uma boa receita pode ser feita com couve. Anote: 4 colheres (sopa) de folhas de couve picadas; 1 litro de água; 1 limão; 1 colher de (sopa) mel. Ferva a couve na água. Coe, adicione o suco de 1 limão e 1 colher (sopa) de mel. Tome morno, 1 xícara (chá) 3 vezes ao dia.

Remédio natural e caseiro contra a tosse insistente

Você pode até não dar muito valor ao agrião nas prateleiras do supermercado, mas é bom saber que essa hortaliça pode prevenir diversos tipos de doenças e trazer mais saúde para o seu cardápio. Devido às suas propriedades purifi cadoras para vários órgãos como estômago, fígado e pulmão, o agrião é apontado como uma poderosa fonte de proteção contra diversos tipos de cancro. Essa verdura possui ainda outras características terapêuticas como o combate a in-fecções e ao excesso de ácido úrico. Rico em vitaminas C, B3 e B6, betacaroteno, manganês, zinco e fi bras, o agrião também colabora com a saúde do organismo.

Agrião é excelente para combater o ácido úrico

DiagramaçãoAdyel Vieira

RevisãoGracicleide Drummond eJoão Alves

As primeiras escolas de medicina

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

João Bosco Botelho

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Mercado vitaminado

Humberto Figliuolo

Na urbani-zação, nas margens dos grandes rios Indo, Nilo, Ti-gre e Eufrates, as sociedades mostravam-se hierarquizadas”

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Humberto Figliuolo

farmacêutico

É muito comum nos dias atuais existir alguma deficiência de vitaminas e minerais devido ao estilo de vida das grandes cidades”

A preocupação com a saúde faz o segmento ganhar adeptos. Conheci-dos também como multivitamínicos, os polivitamínicos são medicamen-tos contendo mais de uma vitamina e geralmente sais minerais em sua fórmula. Voltados ao bem-estar e à qualidade de vida, esses compostos prometem repor nutrientes ausentes no organismo e combater o estresse físico e mental, além de fortalecer o sistema imunológico, podendo evitar o aparecimento de doenças.

Vitaminas são substâncias orgâ-nicas essenciais para o fortaleci-mento normal do organismo e do metabolismo. Porém, elas não são produzidas pelo corpo (com exceção da vitamina D, processada quando se toma sol) e precisam ser retiradas de fontes externas, como os alimentos. Basicamente, existem 13 vitaminas, batizadas com letras e números: A, B1, B, B3, B5, B6, B7, B12, C, D, E e K. Tal nomenclatura foi criada pelo bioquímico polonês Kazimiers Funk, em 1912, e valem até hoje.

Cada uma tem sua função: a vitamina A auxilia na visão e no sistema de defesa, as do complexo B participam do metabolismo de fornecimento de energia e formação das células do sangue e a C colabora com o sistema de defesa e auxilia a absorção do ferro. Já a vitamina D auxilia a absorção do cálcio, que

é essencial para a formação e ma-nutenção de ossos e dentes, e a E atua protegendo o organismo contra ação dos radicais livres. Uma boa saúde depende do equilíbrio dessas substâncias, que se não forem obti-das pela alimentação, precisam ser repostas de outra forma, como as vitaminas sintéticas.

Os compostos produzidos pela indústria podem ser tomados se-paradamente, para suprir alguma necessidade específi ca da vitamina em questão, ou por meio dos polivita-mínicos que contêm varias vitaminas e minerais em quantidades próximas às recomendadas para ingestão diá-ria. Esses compostos produzidos pela indústria são indicados para suprir a necessidade de nutrientes que não atingem o nível diário exigido pela alimentação ou caso existam determinadas patologias. O impor-tante é fazer uso dos polivitamínicos desde que um profi ssional da área de saúde verifi que a real necessidade da ingestão do suplemento.

É muito comum nos dias atu-ais existir alguma defi ciência de vitaminas e minerais devido ao estilo de vida das grandes cidades, do aumento de estresse e da má qualidade de alimentação. Além disso, alguns grupos especiais, como atletas, gestantes, idosos e indivíduos em recuperação física,

apresentam necessidades energé-ticas desses nutrientes.

Os minerais são elementos es-senciais para todos os processos bioquímicos do organismo, como absorção de vitaminas, regulação dos hormônios, manutenção de os-sos, dentes e músculos, regulação do batimento cardíaco etc.

Suplementos alimentares deixa-ram de serem apenas alimentos que eram usados por doentes para se tornarem fatores fundamentais na manutenção da saúde e pre-venção de doenças.

Suplementos esportivos apre-sentam um número cada vez maior de produtos disponíveis no mercado em função de no-vas regulamentações no setor. A maior conscientização sobre saúde, boa forma e aparência leva a esses resultados com uma preocupação com a estética. Ape-sar de todos os seus benefícios, apenas a ingestão de vitaminas e polivitamínicos não é suficiente para diminuir a incidência de doenças. É necessário que ou-tras ações estejam associadas, como a prática saudável de ati-vidade física e, ainda evitar o tabagismo e o consumo de ál-cool. Além disso, vale lembrar que esses produtos não estão isentos de contraindicações.

Com a consolidação do seden-tarismo, importantes modifi cações se processaram nos grupos sociais da Mesopotâmia, Índia e Egito, que absorveram a experiência acumula-da pelos caçadores-coletores. Nes-sa fase, iniciou a modifi cação da economia de subsistência para a divisão de trabalho, o aparecimen-to do excedente de produção e as trocas comerciais.

Na urbanização, nas margens dos grandes rios Indo, Nilo, Tigre e Eufrates, as sociedades mostra-vam-se hierarquizadas. A proprie-dade privada fortalecida, também possibilitando o processo de as-sentamento duradouro, evoluindo para as primeiras aldeias. Esse conjunto complexo estratifi cado é encontrado com datação assegu-rada em torno de 6 mil anos.

Os aldeamentos cederam às ci-dades, cujas edifi cações construídas com material permanente, arga-massa e pedra tratada, que podem ser compreendidas como produto da transformação e fortalecimento dos grupos humanos sedentários.

Os limites urbanos expandidos, por meio de guerras contínuas trazendo saques, escravos e novos territórios, fortaleciam a propriedade privada e a escravidão. É razoável pres-supor a participação dos médicos, principalmente, no manuseio das

feridas traumáticas e amputações dos membros dilacerados.

Incontáveis mudanças sociopolíti-cas acompanharam o processo do sedentarismo. Entre as mais signi-fi cativas, que contribuíram para as trocas do excedente da produção e para fortalecer a hierarquização social: metais fundidos, uso do cobre, mecanização da agricultura com os arados primitivos e o barco a vela.

Os elementos sagrados continu-aram acompanhando o homem na nova trajetória de conquistas. O espaço foi deslocado em direção às terras férteis próximas aos rios e lagos. O lago de Stellmoor, perto de Hamburgo, na Alemanha Ocidental, foi um marco deste período. Os estudos arqueológi-cos encontraram muitos objetos, aparentemente sagrados, com da-tação de 8 mil anos. Um chamou a atenção: a estaca de pinho com um crânio de rena na porção mais alta. Em outra área de pesquisa ar-queológica neolítica, próxima da anterior, foi resgatado um tronco de salgueiro com três metros de comprimento, evidenciando a es-cultura de uma cabeça humana.

O simbolismo expresso nos to-tens pode estar confi gurado na convivência de dois momentos distintos do universo mítico da pré-história: a divinização do bicho

e a do próprio homem. Parece ló-gico pensar não ser difícil a quem já tornou sagrado o circundante, tomar para si a sagração.

As práticas de curas sofreram infl uência da terra cultivada: o uso dos vegetais com propriedades me-dicinais. Desse modo, as relações míticas do homem com o animal, predominantes na pré-história, fo-ram modifi cadas com a agricultura cultivada. A ordem religiosa anterior dispersa no ritmo dos caçadores-coletores também se reconstruiu com os templos.

O osso e o sangue pré-históricos foram deslocados pela terra e pelo esperma. Ao mesmo tempo, ocor-reu a ascensão da mulher no novo espaço social, porque passou a ser reconhecida, tal como a mãe-terra reproduzia o alimento indispensá-vel à vida, como a reprodutora do homem no seu próprio corpo. Essa mudança está nas artes, que assumi-ram aspecto naturalista, contrário da precedente, esquemática e geo-métrica. O simbolismo sexual se tor-nou evidente nos instrumentos para arar a terra em forma de falo.

As práticas médicas amalgama-ram-se ao urbanismo e os médicos socialmente reconhecidos inicia-ram o processo de reprodução or-denado dos saberes: as primeiras escolas de medicina.

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MANAUS, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

Encerra hoje o mês em que se comemorou o Dia Mundial da Diabetes (14)

Tratamentos mais modernos na

diabetes infantilSe o diagnóstico da

diabetes em adultos já é motivo de angús-tia, entre crianças e

adolescentes a preocupa-ção torna-se ainda maior, uma vez que nessas fases é comum os jovens apresen-tarem resistência a novos alimentos no cardápio.

Entretanto, a endocrinolo-gista doutora Renata Noronha explica que nos últimos anos as restrições alimentares às crianças portadoras da diabetes diminu-

íram e a qualidade de vida dos pequenos melhorou con-sideravelmente e por muito mais tempo.

“Com as novas insulinas, que possuem ação ultrarrá-pida, hoje a criança não é completamente proibida de consumir alguns alimentos. Quando ela vai a um aniver-sário, por exemplo, ela pode comer o bolo”.

Esta liberdade é possível devido aos tratamentos mais modernos, de múltiplas doses e monitoramento da glicemia capilar a cada refeição. “Com o exame de glicemia capilar – também conhecido como exame de ponta de dedo – é possível realizar o cálculo da quantidade de insulina que a criança precisa para corrigir

sua glicemia e absor-ver adequa-

damente os diferentes tipos de alimentos. As insulinas po-dem ser aplicadas por meio de canetas com agulhas bem finas, possibilitando a nor-malização do resultado do nível de glicose em poucos minutos. Desde que os pais saibam fazer a contagem de carboidratos e calcular a dose de insulina que será adminis-trada, a criança pode abrir exceções eventualmente”.

O tratamento A diabetes é uma doença

causada pela má absorção de glicose devido à dimi-nuição na ação da insuli-na, hormônio produzido pelo pâncreas, ou sua

total ausência. Em outras palavras, a diabetes ocorre quando a insulina não é sufi-ciente ou não consegue agir adequadamente para meta-bolizar a glicose presente nos alimentos e transformá-la em energia, o que resulta no excesso de glicose na corrente sanguínea.

A evolução do tratamento

também é muito importante porque o diabetes tipo 1 tem sido diagnosticado com mais frequência e tem crescido en-tre crianças menores de 5 anos e em jovens em idade de puberdade. Os pais devem estimular os exercícios físi-cos e incentivar os há-bitos alimentares saudáveis.

DIVULGAÇ

ÃO

A ocorrência da diabetes em crianças meno-

res de 5 anos tem aumentado

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014 F5

Mais de 700 pessoas

sofrem com

DPOCno AmazonasA doença acomete os pulmões e apresenta sintomas com longa duração. Os mais frequentes são tosse, produção de catarro e falta de ar

Todo mundo sabe os males que o cigarro traz, mas a Doença Pulmonar Obstruti-va Crônica (DPOC), antiga-

mente chamada de bronquite crô-nica ou enfi sema pulmonar, talvez seja uma das mais comuns e mais graves. Isso porque os sintomas têm longa duração, mas o seu diagnóstico pode demorar, e a do-ença pode evoluir, causando proble-mas ainda mais graves. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a DPOC será a terceira principal causa de morte em 2020.

A DPOC [é uma doença que aco-mete os pulmões e cujos sintomas têm longa duração (meses a anos). Os mais frequentes são tosse, pro-dução de catarro e falta de ar. De acordo com a médica pneumologis-ta Socorro Cardoso, há por volta de 700 pessoas diagnosticadas com DPOC no Amazonas. “No entanto, esse número é, com certeza, ainda maior, pois enfrentamos o subdiag-nóstico”, lamenta.

A principal causa da doença, destaca a médica, é o tabagismo. “Os fumantes têm grande poten-cial para desenvolver essa doença. Quanto maior a quantidade de ci-

garros que a pessoa fuma por dia, e quanto maior o número de anos de tabagismo, maiores as chances de a DPOC surgir. No entanto, por razões ainda não completamente compreendidas, não são todos os fumantes que desenvolvem DPOC, apenas cerca de 15% irão ter a doença”, informa.

Outro dado revelado pela médica é que, dos pacientes diagnostica-dos no Amazonas, um número deles é de seringueiros que contraíram a doença por defumação da se-ringa. “Outra causa de DPOC é a inalação, durante anos, de fumaça resultante da queima de lenha, ainda utilizada em fogões no in-terior do país. Outra causa pode vir de uma defi ciência congênita da enzima alfa-1 antitripsina, mas é algo raro”, esclarece.

É comum as pessoas acharem que a DPOC é uma doença de pessoas idosas e, por isso, não se preocuparem com ela. Na verdade, a doença atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos, podendo inclusive ser identifi cada em pessoas mais jovens.

Para entenderNa DPOC, os tubinhos que dis-

tribuem o ar dentro dos pulmões (brônquios) podem estar infl ama-

dos e/ou os saquinhos de ar que fornecem oxigênio para o sangue (alvéolos) podem estar destruídos. “Quando a infl amação dos brô-nquios é mais importante que a destruição dos alvéolos, a pessoa tem “bronquite crônica”. Por ou-tro lado, quando a destruição dos alvéolos é mais importante que a infl amação dos brônquios, a pessoa tem “enfi sema pulmonar”.

A pneumologista Socorro Cardo-so alerta que dá para suspeitar do diagnóstico de DPOC se a pessoa for fumante e apresentar pelo menos um dos sintomas. “Tosse persistente, produção de catar-ro, geralmente mais intensa pela manhã, falta de ar para realizar atividades físicas, chieira no pei-to quando gripado ou resfriado, sensação de que os quadros de gripe ou resfriado demoram a melhorar, como uma gripe mal curada. Esses são os sintomas para suspeitar”, diz.

A partir daí, o diagnóstico é confirmado por meio de exames complementares, como radiogra-fia e espirometria (ver boxe). “É importante que o paciente apre-sente os sintomas e procure o médico para avaliação, e o diag-nóstico será feito com base neles”, esclarece Socorro.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

A espirometria, também conhecida como teste de sopro, é um exame que mede a função pulmonar. O teste vai quantifi car o ar que a pessoa assoprou e qual a velocidade. Com isso são calculados alguns indicadores de como está funcionando o pulmão.

É um exame em que se avalia os volumes e fl uxos de ar que entram e saem

do pulmão. Utiliza-se um aparelho no qual a pes-soa assopra em um bocal, chamado espirômetro, e avalia-se o fl uxo e a quan-tidade de ar que sai dos pulmões. Se o resultado indicar alguma alteração, outros exames serão ne-cessários para confi rmar um diagnóstico de doen-ças respiratórias, como asma ou DPOC.

Espirometria: exame detecta doenças respiratórias

Sem diagnóstico precoceA DPOC é uma doença

progressiva, que pode cau-sar danos irreversíveis para as vias aéreas e os pulmões. A doença não tem nenhum ponto de partida claro, mas quanto mais cedo a DPOC for diagnosticada, melhor as chances de reduzir os da-nos causados aos pulmões. “A demora no diagnósti-co, muitas vezes, acontece pelo próprio paciente. Às vezes, eles acham que o cansaço constante é por conta da idade. Outro pon-to, também, é que alguns colegas que diagnosticam as doenças associadas não atentam para o fato”, ex-

plica a pneumologista So-corro Cardoso. Esse fato foi confi rmado com a pes-quisa da Peninsula College of Medicine and Dentistry, no Reino Unido, mostrou que os médicos podem es-tar perdendo a chance de fazer o diagnóstico precoce da doença. A equipe anali-sou registros médicos de 38.859 pacientes com 40 anos ou mais que tinham sido diagnosticadas com DPOC entre 1990 e 2009. Os pesquisadores viram que 85% desses pacientes tinham visitado o médico ou posto de saúde pelo me-nos uma vez com sintomas

respiratórios nos 5 anos anteriores ao diagnóstico. Os dados mos-traram também que 58% dos pacientes rela-taram sintomas nos 6 a 10 anos antes do diag-nóstico e 42% nos 11 a 15 anos anteriores.

Os autores do estudo acreditam que esses sinto-mas relatados represen-tam oportunidades perdi-das, para prosseguir com mais testes que poderia ter resultado em um diag-nóstico de DPOC.

Um diagnóstico de DPOC não é o fi m do mundo. Para todos os estágios da doença, o tratamento efi caz está disponível, pode controlar os sin-tomas, reduzir o risco de complicações e exa-cerbações e melhorar a sua capacidade de levar uma vida ativa. Parar de

fumar é a única forma de impedir o declínio progres-

sivo da função respiratória. Há, ainda, a possibilidade de utilização de medicamentos, como broncodilatadores,

que possuem a capacida-de de dilatar os brônquios

e melhorar os sintomas da doença, bem como o desem-penho físico e a qualidade de vida. O médico selecio-nará o medicamente mais adequado para o paciente, sendo que pode ser preciso mais de um tipo para que haja sucesso no tratamen-to. A cirurgia acontece para pessoas com alguns tipos de enfi sema grave que não são tratados sufi cientemen-te por medicamentos. Já o transplante pulmonar pode ser uma opção para pacien-tes em estágio avançado.Tr

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Mais de 700 pesMais de 700 pessoas

sofrem com

DPOCno AmazonasA doença acomete os pulmões e apresenta sintomas com longa duração. Os mais frequentes são tosse, produção de catarro e falta de ar

dos e/ou os saquinhos de ar que fornecem oxigênio para o sangue (alvéolos) podem estar destruídos. “Quando a infl amação dos brô-nquios é mais importante que a destruição dos alvéolos, a pessoa tem “bronquite crônica”. Por ou-tro lado, quando a destruição dos alvéolos é mais importante que a infl amação dos brônquios, a pessoa tem “enfi sema pulmonar”.

A pneumologista Socorro Cardo-so alerta que dá para suspeitar do diagnóstico de DPOC se a pessoa for fumante e apresentar pelo menos um dos sintomas. “Tosse persistente, produção de catar-ro, geralmente mais intensa pela manhã, falta de ar para realizar atividades físicas, chieira no pei-to quando gripado ou resfriado, sensação de que os quadros de gripe ou resfriado demoram a melhorar, como uma gripe mal curada. Esses são os sintomas para suspeitar”, diz.

A partir daí, o diagnóstico é confirmado por meio de exames complementares, como radiogra-fia e espirometria (ver boxe). “É complementares, como radiogra-fia e espirometria (ver boxe). “É complementares, como radiogra-

importante que o paciente apre-sente os sintomas e procure o médico para avaliação, e o diag-nóstico será feito com base neles”, esclarece Socorro.

do pulmão. Utiliza-se um do pulmão. Utiliza-se um

Espirometria: exame detecta Espirometria: exame detecta

SeSem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precoceA DPOC é uma doença A DPOC é uma doença A DPOC é uma doença A DPOC é uma doença A DPOC é uma doença A DPOC é uma doença

progressiva, que pode cau-progressiva, que pode cau-progressiva, que pode cau-progressiva, que pode cau-progressiva, que pode cau-progressiva, que pode cau-sar danos irreversíveis para sar danos irreversíveis para sar danos irreversíveis para sar danos irreversíveis para sar danos irreversíveis para sar danos irreversíveis para as vias aéreas e os pulmões. as vias aéreas e os pulmões. as vias aéreas e os pulmões. as vias aéreas e os pulmões. as vias aéreas e os pulmões. as vias aéreas e os pulmões. A doença não tem nenhum A doença não tem nenhum A doença não tem nenhum A doença não tem nenhum A doença não tem nenhum A doença não tem nenhum

plica a pneumologista So-plica a pneumologista So-plica a pneumologista So-plica a pneumologista So-plica a pneumologista So-plica a pneumologista So-corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-quisa da Peninsula College quisa da Peninsula College quisa da Peninsula College quisa da Peninsula College quisa da Peninsula College quisa da Peninsula College of Medicine and Dentistry, of Medicine and Dentistry, of Medicine and Dentistry, of Medicine and Dentistry, of Medicine and Dentistry, of Medicine and Dentistry,

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Um diagnóstico Um diagnóstico Um diagnóstico Um diagnóstico Um diagnóstico Um diagnóstico de DPOC não é o de DPOC não é o de DPOC não é o de DPOC não é o de DPOC não é o de DPOC não é o fi m do mundo. Para fi m do mundo. Para fi m do mundo. Para fi m do mundo. Para fi m do mundo. Para fi m do mundo. Para fi m do mundo. Para todos os estágios da todos os estágios da todos os estágios da todos os estágios da todos os estágios da todos os estágios da todos os estágios da doença, o tratamento doença, o tratamento doença, o tratamento doença, o tratamento doença, o tratamento doença, o tratamento

e melhorar os sintomas da e melhorar os sintomas da e melhorar os sintomas da e melhorar os sintomas da e melhorar os sintomas da e melhorar os sintomas da doença, bem como o desem-doença, bem como o desem-doença, bem como o desem-doença, bem como o desem-doença, bem como o desem-doença, bem como o desem-

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014 F5

Mais de 700 pessoas

sofrem com

DPOCno AmazonasA doença acomete os pulmões e apresenta sintomas com longa duração. Os mais frequentes são tosse, produção de catarro e falta de ar

Todo mundo sabe os males que o cigarro traz, mas a Doença Pulmonar Obstruti-va Crônica (DPOC), antiga-

mente chamada de bronquite crô-nica ou enfi sema pulmonar, talvez seja uma das mais comuns e mais graves. Isso porque os sintomas têm longa duração, mas o seu diagnóstico pode demorar, e a do-ença pode evoluir, causando proble-mas ainda mais graves. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a DPOC será a terceira principal causa de morte em 2020.

A DPOC [é uma doença que aco-mete os pulmões e cujos sintomas têm longa duração (meses a anos). Os mais frequentes são tosse, pro-dução de catarro e falta de ar. De acordo com a médica pneumologis-ta Socorro Cardoso, há por volta de 700 pessoas diagnosticadas com DPOC no Amazonas. “No entanto, esse número é, com certeza, ainda maior, pois enfrentamos o subdiag-nóstico”, lamenta.

A principal causa da doença, destaca a médica, é o tabagismo. “Os fumantes têm grande poten-cial para desenvolver essa doença. Quanto maior a quantidade de ci-

garros que a pessoa fuma por dia, e quanto maior o número de anos de tabagismo, maiores as chances de a DPOC surgir. No entanto, por razões ainda não completamente compreendidas, não são todos os fumantes que desenvolvem DPOC, apenas cerca de 15% irão ter a doença”, informa.

Outro dado revelado pela médica é que, dos pacientes diagnostica-dos no Amazonas, um número deles é de seringueiros que contraíram a doença por defumação da se-ringa. “Outra causa de DPOC é a inalação, durante anos, de fumaça resultante da queima de lenha, ainda utilizada em fogões no in-terior do país. Outra causa pode vir de uma defi ciência congênita da enzima alfa-1 antitripsina, mas é algo raro”, esclarece.

É comum as pessoas acharem que a DPOC é uma doença de pessoas idosas e, por isso, não se preocuparem com ela. Na verdade, a doença atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos, podendo inclusive ser identifi cada em pessoas mais jovens.

Para entenderNa DPOC, os tubinhos que dis-

tribuem o ar dentro dos pulmões (brônquios) podem estar infl ama-

dos e/ou os saquinhos de ar que fornecem oxigênio para o sangue (alvéolos) podem estar destruídos. “Quando a infl amação dos brô-nquios é mais importante que a destruição dos alvéolos, a pessoa tem “bronquite crônica”. Por ou-tro lado, quando a destruição dos alvéolos é mais importante que a infl amação dos brônquios, a pessoa tem “enfi sema pulmonar”.

A pneumologista Socorro Cardo-so alerta que dá para suspeitar do diagnóstico de DPOC se a pessoa for fumante e apresentar pelo menos um dos sintomas. “Tosse persistente, produção de catar-ro, geralmente mais intensa pela manhã, falta de ar para realizar atividades físicas, chieira no pei-to quando gripado ou resfriado, sensação de que os quadros de gripe ou resfriado demoram a melhorar, como uma gripe mal curada. Esses são os sintomas para suspeitar”, diz.

A partir daí, o diagnóstico é confirmado por meio de exames complementares, como radiogra-fia e espirometria (ver boxe). “É importante que o paciente apre-sente os sintomas e procure o médico para avaliação, e o diag-nóstico será feito com base neles”, esclarece Socorro.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

A espirometria, também conhecida como teste de sopro, é um exame que mede a função pulmonar. O teste vai quantifi car o ar que a pessoa assoprou e qual a velocidade. Com isso são calculados alguns indicadores de como está funcionando o pulmão.

É um exame em que se avalia os volumes e fl uxos de ar que entram e saem

do pulmão. Utiliza-se um aparelho no qual a pes-soa assopra em um bocal, chamado espirômetro, e avalia-se o fl uxo e a quan-tidade de ar que sai dos pulmões. Se o resultado indicar alguma alteração, outros exames serão ne-cessários para confi rmar um diagnóstico de doen-ças respiratórias, como asma ou DPOC.

Espirometria: exame detecta doenças respiratórias

Sem diagnóstico precoceA DPOC é uma doença

progressiva, que pode cau-sar danos irreversíveis para as vias aéreas e os pulmões. A doença não tem nenhum ponto de partida claro, mas quanto mais cedo a DPOC for diagnosticada, melhor as chances de reduzir os da-nos causados aos pulmões. “A demora no diagnósti-co, muitas vezes, acontece pelo próprio paciente. Às vezes, eles acham que o cansaço constante é por conta da idade. Outro pon-to, também, é que alguns colegas que diagnosticam as doenças associadas não atentam para o fato”, ex-

plica a pneumologista So-corro Cardoso. Esse fato foi confi rmado com a pes-quisa da Peninsula College of Medicine and Dentistry, no Reino Unido, mostrou que os médicos podem es-tar perdendo a chance de fazer o diagnóstico precoce da doença. A equipe anali-sou registros médicos de 38.859 pacientes com 40 anos ou mais que tinham sido diagnosticadas com DPOC entre 1990 e 2009. Os pesquisadores viram que 85% desses pacientes tinham visitado o médico ou posto de saúde pelo me-nos uma vez com sintomas

respiratórios nos 5 anos anteriores ao diagnóstico. Os dados mos-traram também que 58% dos pacientes rela-taram sintomas nos 6 a 10 anos antes do diag-nóstico e 42% nos 11 a 15 anos anteriores.

Os autores do estudo acreditam que esses sinto-mas relatados represen-tam oportunidades perdi-das, para prosseguir com mais testes que poderia ter resultado em um diag-nóstico de DPOC.

Um diagnóstico de DPOC não é o fi m do mundo. Para todos os estágios da doença, o tratamento efi caz está disponível, pode controlar os sin-tomas, reduzir o risco de complicações e exa-cerbações e melhorar a sua capacidade de levar uma vida ativa. Parar de

fumar é a única forma de impedir o declínio progres-

sivo da função respiratória. Há, ainda, a possibilidade de utilização de medicamentos, como broncodilatadores,

que possuem a capacida-de de dilatar os brônquios

e melhorar os sintomas da doença, bem como o desem-penho físico e a qualidade de vida. O médico selecio-nará o medicamente mais adequado para o paciente, sendo que pode ser preciso mais de um tipo para que haja sucesso no tratamen-to. A cirurgia acontece para pessoas com alguns tipos de enfi sema grave que não são tratados sufi cientemen-te por medicamentos. Já o transplante pulmonar pode ser uma opção para pacien-tes em estágio avançado.Tr

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Mais de 700 pesMais de 700 pessoas

sofrem com

DPOCno AmazonasA doença acomete os pulmões e apresenta sintomas com longa duração. Os mais frequentes são tosse, produção de catarro e falta de ar

dos e/ou os saquinhos de ar que fornecem oxigênio para o sangue (alvéolos) podem estar destruídos. “Quando a infl amação dos brô-nquios é mais importante que a destruição dos alvéolos, a pessoa tem “bronquite crônica”. Por ou-tro lado, quando a destruição dos alvéolos é mais importante que a infl amação dos brônquios, a pessoa tem “enfi sema pulmonar”.

A pneumologista Socorro Cardo-so alerta que dá para suspeitar do diagnóstico de DPOC se a pessoa for fumante e apresentar pelo menos um dos sintomas. “Tosse persistente, produção de catar-ro, geralmente mais intensa pela manhã, falta de ar para realizar atividades físicas, chieira no pei-to quando gripado ou resfriado, sensação de que os quadros de gripe ou resfriado demoram a melhorar, como uma gripe mal curada. Esses são os sintomas para suspeitar”, diz.

A partir daí, o diagnóstico é confirmado por meio de exames complementares, como radiogra-fia e espirometria (ver boxe). “É complementares, como radiogra-fia e espirometria (ver boxe). “É complementares, como radiogra-

importante que o paciente apre-sente os sintomas e procure o médico para avaliação, e o diag-nóstico será feito com base neles”, esclarece Socorro.

do pulmão. Utiliza-se um do pulmão. Utiliza-se um

Espirometria: exame detecta Espirometria: exame detecta

SeSem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precocem diagnóstico precoceA DPOC é uma doença A DPOC é uma doença A DPOC é uma doença A DPOC é uma doença A DPOC é uma doença A DPOC é uma doença

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plica a pneumologista So-plica a pneumologista So-plica a pneumologista So-plica a pneumologista So-plica a pneumologista So-plica a pneumologista So-corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato corro Cardoso. Esse fato foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-foi confi rmado com a pes-quisa da Peninsula College quisa da Peninsula College quisa da Peninsula College quisa da Peninsula College quisa da Peninsula College quisa da Peninsula College of Medicine and Dentistry, of Medicine and Dentistry, of Medicine and Dentistry, of Medicine and Dentistry, of Medicine and Dentistry, of Medicine and Dentistry,

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MANAUS, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

www.personalfitnessclub.com.brPersonal Fitness Club

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AÇÃOMusculação ou treino funcional?

Correr atrás da boa forma física virou moda. Para alguns essa prática vai além e acabou se transformando em um novo estilo de vida. Até aí tudo bem, mas tem muita gente que não sabe diferenciar musculação de um treino específico. Para começar, de maneira geral, o treinamento tradicional visa trabalhar uma capacidade física específica. Há quem faça musculação para me-lhorar a força e resistência muscular, corra para melhorar a aptidão cardiorrespiratória e faça alongamento para melhorar a flexibilidade.

Quem pratica musculação sabe que são feitos mais exer-cícios locais, já o treinamen-to funcional foca um trabalho geral. Os exercícios envolvem vários grupos musculares e acabam trazendo benefícios para força, aptidão cardior-respiratória e flexibilidade, simultaneamente.

Quem pretende emagrecer,

melhorar força muscular, fle-xibilidade e aptidão cardior-respiratória pode optar pelo treino funcional. Mas é bom estar muito bem orientado por um profissional qualificado que vai prescrever os treinos considerando a realidade de cada um para minimizar os riscos. Daí, é fácil concluir que o treinamento funcional não é para todos, há casos que o praticante, por mais que queira, não pode iniciar com o funcional e terá que passar pelo treinamento convencio-nal primeiro.

Quem deseja melhorar força, resistência ou hipertrofia mus-cular pode procurar a muscula-ção. Recomendada para qual-quer iniciante, principalmente para pessoas avançadas, que focam em hipertrofia, pois o treinamento funcional tem limi-tações quanto a incrementos de sobrecargas, além de aumentar o risco de acidentes.

A combinação entre treino

funcional e musculação é uma boa saída. O treinamento fun-cional é mais motivante para algumas pessoas, mas todos também precisam trabalhar algum músculo específico iso-lado e a musculação faz isso de forma mais eficiente e com menos risco, principal-mente se for em combinar os treinos máquinas guiadas. A combinação entre treino funcional e musculação vai depender de onde e com quem será esse treino.

Treinar com um personal é importante. Isso porque o pra-ticante será assistido de forma individual e o profissional es-tará atento para fazer ajustes necessários, fazer progressão desses exercícios e ainda dar o suporte em casos de dese-quilíbrio. Além de tudo, ele vai poder avaliar e prescrever melhor de acordo com o gosto do praticante, pois não é todo mundo que gosta do treina-mento funcional.

SERVIÇOSUA MELHORACADEMIA

Local:

Informações:

Rua Acre, 66, Nossa Senhora das Graças

3584-0317 e3584-2115

Treinar com um personal é muito mais proveitoso e correto, porque o trabalho é direcionado

Ele atua como uma malha de sustentação, retendo as demais substâncias dentro da cartilagem

Colágenono combate de doenças degenerativas

Muito além da es-tética e beleza da pele, o colágeno é um nutriente fun-

damental para as articula-ções de todo o corpo, pela sua eficácia no fortalecimen-to da cartilagem e na pre-venção da artrose, doença degenerativa causada pelo desgaste da articulação.

Para entender melhor a atu-ação desse suplemento no or-ganismo, o Saúde e bem-estar conversou com o doutor Gus-tavo Constantino de Campos, ortopedista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia, do Hospital das Clínicas, Fa-culdade de Medicina da Uni-versidade de São Paulo.

Saúde - Qual a importân-cia do colágeno na saúde geral do organismo?

Gustavo Constantino - Aproximadamente 25% de to-das as proteínas encontradas no corpo são constituídas por algum dos diferentes tipos de colágeno existentes. A impor-tância do colágeno vai além de ajudar no combate às rugas e à flacidez. O colágeno é um aliado efetivo, mas é também um dos principais componen-tes estruturais de diversos ór-gãos e tecidos e ajuda na for-mação de vasos sanguíneos, músculos, ossos, pele, cabelo

e, principalmente, nas arti-culações, onde participa da composição das cartilagens, que são fundamentais para as mobilidades articulares.

Saúde - Que doenças po-dem ser prevenidas com a ingestão do colágeno?

GC -Não se pode afirmar categoricamente que ocor-ra prevenção de doenças, no momento, porém, é sabido que os peptídeos de colágeno fazem parte de uma gama de nutrientes que surgiram no intuito de auxiliar a pre-servação de estruturas como as cartilagens, podendo sim prevenir a evolução de deter-minadas patologias.

Saúde - Pode ser preveni-da a evolução de possíveis problemas nas estruturas de órgãos em que o colá-geno tem participação no organismo?

GC - O colágeno tem um papel importante para manu-tenção das mobilidades arti-culares de todo o corpo. No-tamos um aumento no número de pacientes com problemas articulares, principalmente na coluna, mãos, joelhos e qua-dril, o que pode levar à incapa-citação do indivíduo, podendo limitar os movimentos, gerar dor, prejudicar as atividades físicas e sociais e a qualidade de vida. É essencial manter a cartilagem saudável. Quando a produção de colágeno pas-sa a ser menor que a sua degradação, pode surgir, por exemplo, o desgaste da car-tilagem das nossas principais articulações, ocasionando as chamadas osteoartrites. Outros fatores, como taba-gismo, excesso de sol sem proteção adequada, tensões físicas e emocionais também

podem influenciar na produ-ção de colágeno. Soma-se a isso o aumento da expectativa de vida da população, que pode trazer patologias associadas à idade, como oestoartrite ou oesteoporose. Neste ce-nário, o colágeno atua como uma malha de sustentação, retendo as demais substân-cias dentro da cartilagem, por isso sua importância para as articulações.

Saúde - O colágeno cura alguma doença já instalada no corpo?

GC -Não, mas pode auxi-liar na prevenção da evolução em alguns casos de eventuais processos degenerativos de tecidos lesados.

Saúde- Qual a quantidade a ser ingerida diariamen-te para repor as perdas naturais a partir da me-nopausa?

GC - Esse assunto sobre do-sagens é ainda muito comple-xo, sem dosagens específicas determinadas, porém, atual-mente, parte da bibliografia disponível sugere a utilização de 10 g de peptídeos de co-lágeno bioativo.

Saúde - Existem alimen-tos que possam for-

necer a quantidade diária necessária?

GC - A alimentação é uma das principais fontes de co-lágeno. Incluir carnes ver-melhas, frango, peixes, ovos, vegetais verde-escuros, além de sementes da família das leguminosas, como feijão, grão-de-bico e lentilha, já é um ótimo começo para a renovação dessa substância, mas nem sempre é o prati-cado pelas pessoas. Por ou-tro lado, embora o colágeno seja produzido naturalmente pelo organismo desde o nas-cimento, ao longo da vida o corpo sofre uma perda gra-dual desse componente, sendo necessário, muitas vezes, o consumo de um suplemento para alcançar a quantidade ideal diária de colágeno.

Saúde - O colágeno hi-drolisado é o indicado para repor as perdas após a me-nopausa?

GC - Os trabalhos científi-cos têm disponibilizado dados referentes à utilização de nu-trientes do tipo peptídeos de colágeno bioativos em algu-mas situações podendo ser considerados suplemento.

VERA LIMAEquipe EM TEMPO

O colágeno pode ser consumido

diariamente por períodos varia-

dos, conforme a orientação

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AÇÃO

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MANAUS, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

O estresse pode levar à pressão alta, obesidade, doenças cardíacas, ansiedade, depressão. Que tal se livrar dele?

para aliviar o estresseMassagens

A correria do dia moder-no é o caminho mais rápido e fácil para deixar uma pessoa

estressada. Com o acúmulo de deveres, responsabilidades e funções acaba faltando tem-po para relaxar e aproveitar os poucos momentos de lazer. A massoterapeuta Regina San-tos dá as dicas para acabar com o estresse.

Massagem relaxante: é feita no corpo todo, dos pés a cabeça. “Como o estresse cau-sa tensão muscular, podemos

dar uma atenção maior nas regiões do trapézio, pescoço e ombros, que são geralmente os músculos mais atingidos”, explica a massoterapeuta. O indicado é que seja feita uma sessão por semana.

Reflexologia: A reflexolo-gia dos pés é uma técnica de massagem que utiliza a pres-são em determinados pontos dos pés, aos quais correspon-dem regiões e órgãos do corpo humano. De acordo com o grau de desconforto experimenta-do nos pontos trabalhados, é

possível perceber quais par-tes do corpo registram dese-quilíbrio. Tem como principal objetivo atuar na prevenção e no auxílio ao tratamento de disfunções do corpo, por meio da pressão nas zonas reflexas dos pés. É utilizada também para reequilibrar o corpo, reduzir tensões, atingir o relaxamento, melhorar a cir-culação sanguínea e dissolver os cristais de cálcio e ácido úrico depositados nos pés.

Shiatsu: Técnica oriental milenar que utiliza os dedos e

a palma das mãos para fazer pressão sobre a pele, atingin-do os pontos trabalhados na acupuntura. Tem como benefí-cios relaxamento, energização, liberação dos pontos de tensão muscular e melhora da função dos órgãos internos.

Candle massage: A mas-sagem é feita a partir das velas, que são aquecidas até entrarem em estado líqui-do. Em seguida, os produtos são regados pelo corpo junto com manobras de massagem

com desli-zamento e compressões, que auxiliam na absorção. Neste tratamento, a vela cos-mética é sempre usada em uma temperatura em torno de 38ºC a 39°C, o que torna a técnica agradável e prazerosa em qualquer época do ano. A massagem faz uso de velas cosméticas especiais, atóxi-cas e próprias para esse fim, formuladas a partir de subs-tâncias emolientes e nutriti-

vas, como a vitamina E, por exemplo. Óleos essenciais de capim-limão, eucalipto, lavan-da e várias outras essências também estão presentes na mistura, ajudando no proces-so de relaxamento junto ao aquecimento do corpo.

A massagem pode ajudar a relaxar e a encontrar o

equilíbrio perdido no estresse diário

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F8 MANAUS, DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2014Saúde e bem-estar

Carne vermelha Em média, uma porção de carne vermelha contribui com mais vitamina B12 do que o frango e as carnes suínasajuda a melhorar a disposição

Alimento referência quando o assunto é vitamina B12, impor-tante fonte de ener-

gia, a carne vermelha pode ser uma boa opção para renovar a vitalidade e para enfrentar com tranquilidade as agitadas tarefas diárias. Além disso, por proporcionar energia ao metabolismo, pode ser uma aliada da disposição na hora dos exercícios físicos. Quando comparada às outras fontes de B12 (alimentos de origem animal, como frango, peixes, ovos e produtos lácteos), a carne vermelha se destaca por oferecer maior quantida-de dessa vitamina.

Em média, uma porção de carne vermelha contribui com seis vezes mais vitamina B12 do que o frango e três vezes mais do que as carnes suí-nas. Em comparação a ovos, leites e queijos, a quantidade também é superior. “A vita-mina B12 é essencial para a formação de novas células e incluir a carne vermelha na alimentação ajuda a suprir as necessidades desse nutriente, garantindo mais disposição”, ressalta a nutricionista Cyn-thia Antonaccio.

A dose ideal de B12 é de 2 microgramas (mcg) por dia

para adulto. Uma porção de carne vermelha fornece mais da metade dessa quantida-de. A nutricionista Cynthia ainda complementa: “Além dos benefícios que a carne traz como fonte de vitamina, o consumo de uma porção diária é recomendado como parte de uma alimentação saudável pela Pirâmide Ali-mentar Brasileira”.

E como recomendação, a especialista finaliza: “a car-ne, associada a vegetais e cereais, equilibra a refeição, tornando-a mais saborosa e nutritiva. Entretanto, para que aconteça essa entrega, o ali-mento tem que ter passado por um rigoroso controle de qualidade. Temos bons moti-vos para inseri-la na alimen-tação, pois pode fazer a dife-rença na disposição para as atividades diárias e também na hora da malhação”.

A carne, asso-ciada a vege-tais e cereais,

equilibra a refeição

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