saúde - 24 de novembro de 2013

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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2013 [email protected] (92) 3090-1017 Os excessos que podem trazer riscos Saúde e bem-estar F4 DIVULGAÇÃO A gravidez é um mo- mento especial para a mulher, e é quando acontecem inúme- ras mudanças em seu corpo. Por conta disso, o período merece cuidados especiais, e toda futura mamãe precisa ser acompanhada por um profissional, a fim de que sejam evitadas complica- ções tanto para a gestante, quanto para o bebê. O pré-natal é o momento em que é possível rastrear doenças que podem interfe- rir na qualidade de vida da gestante e do bebê. “É nesse período que podemos orientar em relação ao ganho de peso, controlar a pressão arterial e fazer exames para analisar o bem estar da gestante”, ex- plica a médica ginecologista e obstetra Patrícia Brito. E é importante começar a fazer o pré-natal assim que a mulher desconfie que está grávida. “O acompanhamen- to serve como avaliação para os dois, já que é possível rastrear e até tratar algumas doenças que podem com- plicar o desenvolvimento do bebê”, acrescenta. Rastreio Durante este período é possível descobrir diversos riscos, como a anemia, in- fecções casadas por vírus – como a toxoplasmose, a rubéola e o citomegalovírus – que podem causar proble- mas no desenvolvimento do feto. A diabetes gestacional também é um problema que as mulheres podem enfrentar durante a gestação. Anormalidades de origem genéticas também podem ser detectadas durante o pré-na- tal: a síndrome de down, por exemplo, pode ser identifica- da a partir das 12ª semana. “Por meio da ultrassonografia, que é um importante exame de rastreio, dá para detec- tar alterações. Quando isso acontece, encaminhamos a paciente para fazer exames mais específicos, como a am- niocentese, onde o líquido e o sangue do cordão umbilical do bebê são recolhidos para a realização de estudos genéti- cos. A partir daí dá para iden- tificar”, explica a médica. O ultrassom morfológico, feito entre a 20ª e a 22ª se- mana de gestação, permite avaliar se todos os órgãos do bebê estão se formando corre- tamente – tecido cerebral, co- luna, abdômen, coração, entre outros, são avaliados e é visto se tudo está na posição normal e funcionando corretamente. “Se é descoberta alguma doença, o médico avalia se existe tratamento. Na maio- ria das vezes, a paciente é orientada a fazer um acompa- nhamento mais rigoroso. Em algumas situações é possível a indicação de cirurgia intrau- terina, mas somente em casos selecionados. Esse procedi- mento, aliás, não acontece aqui em Manaus”, completa. Apoio Outro fator importante é a presença do companheiro. “A mulher passa por mudanças psicológicas durante a gra- videz. A parte emocional fica aflorada, frágil e, se ela tiver o apoio da família, do marido, companheiro, namorado nas consultas, vai perceber que está segura e amparada, para poder passar por essas osci- lações emocionais com mais traquilidade”, ressalta. “Toda gestante deve fa- zer pré-natal. O maior índice de complicações na gravi- dez que vemos nas mater- nidades, principalmente nas públicas, está relacionado à falta do pré natal”, lamenta a profissional. “Vemos diver- sas pacientes com peso ex- cessivo porque não fizeram pré-natal, além de não saber o estado de saúde do bebê é o que não falta, e isso acaba colocando em risco a própria vida e a vida do bebê”, completa, ressaltan- do que, com os exames de acompanhamento, dá para diminuir bastante diversas complicações também para o bebê pela simples realiza- ção de exames. Evitando complicações Durante nove meses, o or- ganismo da gestante tem de dar conta das necessidades de duas vidas. A boa notícia é que os problemas costumam ficar restritos ao pré-natal e podem ser minimizados com o acompa- nhamento médico adequado. Esse é o caso do diabe- tes gestacional, desequilí- brio das taxas de glicemia que pode acometer algumas mães durante a espera pelo bebê e que, na maioria dos casos, se normaliza depois do nascimento da criança. E é durante o pré-natal que o mé- dico observa alguns detalhes importantes, como a alimen- tação da gestante, tirando as dúvidas da mulher para que tudo ocorra de forma mais tranquila possível. “Orientamos a alimentação e atividades físicas. É impor- tante observar o ganho de peso, pois a gestante não deve engordar muito. O ganho de peso, aliás, depende do biótipo de cada uma, mas o recomen- dado é, em média, entre 8kg e 14kg”, diz Patrícia Brito. Isso porque, passando dessa mé- dia, a mulher corre o risco de desenvolver diabetes gesta- cional e o aumento da pressão arterial, o que é caracterizado como a pré-eclâmpsia. Os cuidados certos para um bebê muito saudável Um pré-natal criterioso pode prevenir uma boa parte das complicações para mãe e filho se houver acompanhamento MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO AVALIAÇÃO Ultrassom morfológico, feito entre a 20ª e a 22ª semana de gesta- ção, permite avaliar se todos os órgãos do bebê estão se formando corretamente – tecido cerebral, coluna, abdo- me, coração e outros Os sintomas comuns da doença, como sensação de boca seca e constante von- tade de urinar, só aparecem quando as taxas de açúcar no sangue estão muito ele- vadas. Pacientes que, antes da gravidez, apresentavam índices de glicemia normais e passaram a ter o descon- trole quando grávidas, cer- tamente, já tinham uma pre- disposição genética para ter a doença. Elas passam a desenvolvê-la na gestação, pois o próprio estado gra- vídico deixa a mulher mais suscetível. As mudanças hormonais podem mexer com o metabolismo . Outro problema que pode ser detectado e evitado é o citomegalovírus (CMV), um vírus da família do herpes. Estima-se que cerca de 1% dos recém-nascidos nas- çam com a infecção, que é chamada de citomegalovi- rose congênita. A maioria dos bebês com CMV não apresenta nenhum sinto- ma ao nascer, nem depois, ou seja, na maior parte dos casos a infecção é inofen- siva. Alguns bebês, porém, nascem com vários proble- mas devido à citomegalovi- rose e podem ter sequelas. Em outros casos, aparen- temente não há nenhuma complicação no começo, mas meses ou anos mais tarde surge uma sequela, como perda auditiva. Sintomas e complicações

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Saúde - 24 de novembro de 2013

SaúdeCa

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e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2013 [email protected] (92) 3090-1017

Os excessos que podem trazer riscos

Saúde e bem-estar F4

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AÇÃO

A gravidez é um mo-mento especial para a mulher, e é quando acontecem inúme-

ras mudanças em seu corpo. Por conta disso, o período merece cuidados especiais, e toda futura mamãe precisa ser acompanhada por um profi ssional, a fi m de que sejam evitadas complica-ções tanto para a gestante, quanto para o bebê.

O pré-natal é o momento em que é possível rastrear doenças que podem interfe-rir na qualidade de vida da gestante e do bebê. “É nesse período que podemos orientar em relação ao ganho de peso, controlar a pressão arterial e fazer exames para analisar o bem estar da gestante”, ex-plica a médica ginecologista e obstetra Patrícia Brito.

E é importante começar a fazer o pré-natal assim que a mulher desconfi e que está

grávida. “O acompanhamen-to serve como avaliação para os dois, já que é possível rastrear e até tratar algumas doenças que podem com-plicar o desenvolvimento do bebê”, acrescenta.

RastreioDurante este período é

possível descobrir diversos riscos, como a anemia, in-fecções casadas por vírus – como a toxoplasmose, a rubéola e o citomegalovírus – que podem causar proble-mas no desenvolvimento do feto. A diabetes gestacional também é um problema que as mulheres podem enfrentar durante a gestação.

Anormalidades de origem genéticas também podem ser detectadas durante o pré-na-tal: a síndrome de down, por exemplo, pode ser identifi ca-da a partir das 12ª semana. “Por meio da ultrassonografi a, que é um importante exame de rastreio, dá para detec-tar alterações. Quando isso

acontece, encaminhamos a paciente para fazer exames mais específi cos, como a am-niocentese, onde o líquido e o sangue do cordão umbilical do bebê são recolhidos para a realização de estudos genéti-cos. A partir daí dá para iden-

tifi car”, explica a médica.O ultrassom morfológico,

feito entre a 20ª e a 22ª se-mana de gestação, permite avaliar se todos os órgãos do bebê estão se formando corre-tamente – tecido cerebral, co-luna, abdômen, coração, entre

outros, são avaliados e é visto se tudo está na posição normal e funcionando corretamente.

“Se é descoberta alguma doença, o médico avalia se existe tratamento. Na maio-ria das vezes, a paciente é orientada a fazer um acompa-nhamento mais rigoroso. Em algumas situações é possível a indicação de cirurgia intrau-terina, mas somente em casos selecionados. Esse procedi-mento, aliás, não acontece aqui em Manaus”, completa.

ApoioOutro fator importante é a

presença do companheiro. “A mulher passa por mudanças psicológicas durante a gra-videz. A parte emocional fi ca afl orada, frágil e, se ela tiver o apoio da família, do marido, companheiro, namorado nas consultas, vai perceber que está segura e amparada, para poder passar por essas osci-lações emocionais com mais traquilidade”, ressalta.

“Toda gestante deve fa-

zer pré-natal. O maior índice de complicações na gravi-dez que vemos nas mater-nidades, principalmente nas públicas, está relacionado à falta do pré natal”, lamenta a profi ssional. “Vemos diver-sas pacientes com peso ex-cessivo porque não fi zeram pré-natal, além de não saber o estado de saúde do bebê é o que não falta, e isso acaba colocando em risco a própria vida e a vida do bebê”, completa, ressaltan-do que, com os exames de acompanhamento, dá para diminuir bastante diversas complicações também para o bebê pela simples realiza-ção de exames.

Evitando complicaçõesDurante nove meses, o or-

ganismo da gestante tem de dar conta das necessidades de duas vidas. A boa notícia é que os problemas costumam fi car restritos ao pré-natal e podem ser minimizados c o m o acompa-

nhamento médico adequado.Esse é o caso do diabe-

tes gestacional, desequilí-brio das taxas de glicemia que pode acometer algumas mães durante a espera pelo bebê e que, na maioria dos casos, se normaliza depois do nascimento da criança. E é durante o pré-natal que o mé-dico observa alguns detalhes importantes, como a alimen-tação da gestante, tirando as dúvidas da mulher para que tudo ocorra de forma mais tranquila possível.

“Orientamos a alimentação e atividades físicas. É impor-tante observar o ganho de peso, pois a gestante não deve engordar muito. O ganho de peso, aliás, depende do biótipo de cada uma, mas o recomen-dado é, em média, entre 8kg e 14kg”, diz Patrícia Brito. Isso porque, passando dessa mé-dia, a mulher corre o risco de desenvolver diabetes gesta-cional e o aumento da pressão arterial, o que é caracterizado como a pré-eclâmpsia.

Os cuidados certos para um bebê muito saudávelUm pré-natal criterioso pode prevenir uma boa parte das complicações para mãe e fi lho se houver acompanhamento

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

AVALIAÇÃOUltrassom morfológico, feito entre a 20ª e a 22ª semana de gesta-ção, permite avaliar se todos os órgãos do bebê estão se formando corretamente – tecido cerebral, coluna, abdo-me, coração e outros

Os sintomas comuns da doença, como sensação de boca seca e constante von-tade de urinar, só aparecem quando as taxas de açúcar no sangue estão muito ele-vadas. Pacientes que, antes da gravidez, apresentavam índices de glicemia normais e passaram a ter o descon-trole quando grávidas, cer-tamente, já tinham uma pre-disposição genética para ter a doença. Elas passam a desenvolvê-la na gestação, pois o próprio estado gra-vídico deixa a mulher mais suscetível. As mudanças hormonais podem mexer com o metabolismo .

Outro problema que pode ser detectado e evitado é o

citomegalovírus (CMV), um vírus da família do herpes. Estima-se que cerca de 1% dos recém-nascidos nas-çam com a infecção, que é chamada de citomegalovi-rose congênita. A maioria dos bebês com CMV não apresenta nenhum sinto-ma ao nascer, nem depois, ou seja, na maior parte dos casos a infecção é inofen-siva. Alguns bebês, porém, nascem com vários proble-mas devido à citomegalovi-rose e podem ter sequelas. Em outros casos, aparen-temente não há nenhuma complicação no começo, mas meses ou anos mais tarde surge uma sequela, como perda auditiva.

Sintomas e complicações

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Page 2: Saúde - 24 de novembro de 2013

MANAUS, DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2013F2 Saúde e bem-estar

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Deste que o mundo é mundo, as doenças existem, e nem sempre os médicos e os medicamentos sintéticos estavam presente para curá-las. Sendo assim, todas as culturas, desde as mais primiti-vas, usavam o que tinham por perto na tentativa de melhora, e as plantas se mostraram uma fonte efi caz de tratamento.

Com o passar dos anos, tanto pesquisadores quanto a indústria resolveram investigar e compro-var aquilo que já funcionava na prática, validando e preservando os sabores transmitidos de gera-ção para geração. Surge então a fi toterapia que ganha cada vez mais destaque no mercado far-macêutico por diversos motivos. Primeiro, porque vivemos num momento em que as pessoas têm mais acesso à saúde, buscam qualidade de vida e bem-estar, e no qual almeja tratamentos com menor risco de contaminação, efeitos colaterais ou interações medicamentosas. Segundo, por-que esses medicamentos têm se mostrado uma alternativa efi caz para o tratamento de doenças leves e como coadjuvantes em doenças moderadas ou graves. É necessário desmitifi car os usos fi toterápicos pela maior parte da população, além de promover uma ampla campanha junto aos médicos prescritores.

A fitoterapia está se conso-lidando como uma forma tera-pêutica extremamente rentável e com um grande potencial de crescimento.

O mundo está consumindo medicamentos fi toterápicos. Hoje, perto de 80% da popula-ção europeia consome, assim como mais de 40% dos países asiáticos. No Brasil, mesmo com o crescimento expressivo regis-trado nos últimos anos, estima-se que apenas 10% das pessoas consumam esse tipo de produto. Os desafi os que precisam ser vencidos para um crescimento maior. Busca incessante por no-vas opções de tratamentos.

A ideia de que o que é natural não faz mal é errônea, devendo ser desmistifi cada, haja vista que grande parte dos venenos existentes tem origem natural. Qualquer planta medicinal ou medicamento fi toterápico, se mal utilizado, pode trazer risco à saúde.

Todo medicamento fitote-rápico para ser registrado na Anvisa, é submetido a rigorosos testes de segurança e eficácia terapêutica.

Projeções otimistas no Polo Industrial de Manaus, com a li-beração de 189 princípios ativos, insumos farmacêuticos compra-dos na China ou Índia e trans-

formados em medicamentos, por meio da portaria interministerial 241 do PPB (Processo Produtivo Básico) de medicamentos, onde marcou de forma defi nitiva a criação do Polo Farmacêutico em Manaus. Esperamos realmente que possa ser cumprida essa etapa para não acontecer igual ao Centro de Biotecnologia da Amazônia, o CBA. Eu cito ain-da a Universidade Federal do Amazonas, que nunca termina o Laboratório de Medicamentos.

A grandeza do Amazonas está em sua biodiversividade. Nela, tentamos encontrar o cami-nho no sentido de transformar essa riqueza fornecida pelas plantas, fungos, frutos e micro-organismos em benefícios para trabalho ao povo de uma forma sustentável.

Melhorias para a manutenção da vida e da saúde somente foram conseguidas através da pesquisa científi ca. A biodiver-sividade vegetal é considerada um importante meio de forneci-mento de matéria-prima para as indústrias farmacêuticas. Com certeza que as janelas se abri-rão para esse novo segmento de desenvolvimento no PIM (Polo Industrial de Manaus), o que falta é convencer os investido-res desse potencial adormecido. Crescer e aparecer.

A impressão de que vegetarianos têm uma saúde me-lhor pode ser verdadeira, segundo um estudo feito pela Loma Linda University, na Califórnia. O estudo, indica que pessoas que não comem carne têm mais chances de ter uma vida longa, se comparadas com aquelas que têm uma dieta “carnívora”. Ao comparar os vegetarianos com as pessoas que comem carne regularmente, os pesquisadores perceberam que os primeiros apresentaram risco de morrer 12% menor do que os demais. Essa porcentagem variou também em relação ao tipo de dieta vegetariana adotada. Os pesco-vegetarianos tiveram 19% menos chances de morrer, enquanto veganos tiveram 15% menos. Os ovo-lac-to-vegetarianos apresentaram uma porcentagem de risco 9% menor e os “semivegetarianos” mostraram 8% menos risco do que os consumidores de proteína animal.

Vegetarianos vivem mais que carnívoros, diz pesquisa

A beterraba é rica em vitamina C, vitamina A, ácido fólio e carotenoides, além de conter fi bras e também betalaína. A betalaína é um pigmento natural que fornece a cor roxa para o legume, aumentando a atividade antioxidante das células e agindo contra o envelhecimento. A substância presente na beterraba em maior quantidade são os car-boidratos, por isso ela deve ser consumida com moderação por quem deseja emagrecer. Atletas podem se benefi ciar com o tubérculo no prato pois ele gera bastante energia para o dia a dia e para a malhação. A beterraba é um bom alimento para nutrir o músculo, principalmente antes e após um exercício físico. Pesquisas atuais mostram a grande capacidade do tubérculo na formação de óxido nítrico e vasodilatação, melhor inclusive que suplementos.

Beterraba é boa opção para nutrir os músculos

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoDernando Monteiro

Pecado e doença no monoteísmo cristão

A concepção fundamental do pecado no AT é repre-sentada pela associação com doenças, desgraças, infelicidades e provocando ações para evitar novos pecados”.

João Bosco [email protected]

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa na França

Fitoterapia, uma janela de oportunidade

Humberto Figliuolo

Farmacêutico

Humberto Figliuolohfi [email protected]

A extraordinária reconstrução grega da doença desvinculada do pecado atingiu os ritos romanos. Para conter o avanço do laico os teóricos da coisa sagrada impuseram regras mais rígidas para evitar o erro cerimonial nos ritos, reforçando o rito puro e no-vas estruturas polares piedade (pietas) e impiedade (impietas) constrói. O rito mal conduzido, gerando pecado, doença, maléfi -co, infelicidade, seria consertado por meio de outra cerimônia (expiatio) para anular a impu-reza (pecado). Nessa esteira, seguiram-se os muitos cultos gnósticos defendendo desprezo pelo corpo, pela coisa exclusiva-mente laica. Como seguimento, os ritos corretivos dos pecados tornaram-se violentos, impondo jejuns prolongados e fl agelações sangrentas, abrindo caminho às futuras teorizações do pecado sob a égide judaico-cristão.

Desde aqueles tempos, não existia consenso em torno do pe-cado original. Um dos exemplos mais significativo da negativa do pecado original está fincado na fundação de Roma, quando Rômulo mata por banalidade o

irmão Remo: enquanto Cícero admite o pecado, no De officius, III, 41 (peccatum), Horácio de-fende o pressuposto de crime, no Epodon líber, VII, 1 e 17-20 (scelus) e Virgílio, afasta a ideia de pecado.

No Antigo Testamento (AT), nas linhas mais interessantes ligando a doença ao pecado se destaca a interseção da serpen-te. A ideia de pecado original no AT se mostra essencialmen-te voltada à ordem espiritual (Gênesis 2, 8; 3; Job 14, 1-4; Salmos 50 e Ezequiel 18, 1-32), sem a marca da transmissão à descendência.

A concepção fundamental do pecado no AT é representada pela associação com doenças, desgraças, infelicidades e pro-vocando ações para corrigir e evitar novos pecados não mor-tais (Samuel, 20,1; I Reis, 2,19; II Reis, 1, 1) e pecados mortais (Deutoronômio, 14,16; 21, 22; 22,26; Ezequiel, 3, 20; Amos, 9,10). Nas duas circunstâncias, o perdão divino concedido ao pe-cador, gerando a cura da doença, a dissolução da infelicidade ou do nó, seria alcançado por meio

da confi ssão individual (Gênesis, 39, 9; Josué, 7, 13-23).

Nos últimos séculos do juda-ísmo antigo surgiram reconstru-ções em torno do pecado origi-nal, como fontes de doenças, infortúnios e morte prematura, voltadas à responsabilidade de Eva, em Eclesiastes, 25-24: “Foi pela mulher que o pecado co-meçou e, por sua causa, todos nós morremos.”

Várias passagens dos evan-gelhos descrevem a concepção judia do pecado, diferenciando os pagãos como pecadores por não cumprirem as leis, pondo a misericórdia de Deus como possibilidade do perdão puro — Nova Aliança. Jesus Cris-to ao vencer o diabo, removeu o pecado, a doença, o aleijão, a infelicidade.

Ao contrário às raízes pré-socráticas, outra vez, a doença adere fortemente ao pecado. No medievo, os teólogos acrescen-taram rigores no entendimento da doença — como obstáculo entre o homem e Deus — como sinal de pecado, em especial, às moléstias deformantes do corpo, como a lepra.

O mundo está consumindo medicamentos fi toterápicos. Hoje, perto de 80% da popu-lação europeia consome, assim como mais de 40% dos países asiáticos”.

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MANAUS, DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2013 F3Saúde e bem-estar

Fabíolla FonsecaPsicóloga

Psicologia no divã [email protected]

As crises existenciais não têm hora, lugar ou uma razão espe-cífi ca para estourar. De uma forma geral, tudo pode ser motivo para ela chegar de mansi-nho”.

Superando uma crise existencialCada um de nós, enquanto seres

vivos terrestres, desde o momento que chegamos a este planeta, damos início a um período que se chama vida. O que vou ser quando crescer? Irei um dia para a faculdade? Poderei ser pai? Vou ter trabalho? Vou conseguir ganhar para viver? Irei constituir família? Estas e muitas outras questões já passaram na mente de cada um de nós. Todos nós já vivemos momentos mais ou menos felizes, em certas altu-ras estávamos convictos do que queríamos e qual o caminho a percorrer, em outros, sentíamo-nos completamente perdidos sem rumo, sem ação nem vontade para nada, com a nossa men-te impregnada de pensamentos menos positivos, que em nada contribuem para a elevação da nossa autoestima, entre muitas outras coisas que nos fazem sentir que estamos passando por uma “crise existencial”.

O ser humano no seu todo é composto por quatro níveis ou planos: físico, emocional, mental e espiritual (para quem desco-nhecia), isto para lhes explicar que quando iremos vivenciar uma “crise existencial” a fonte primária/originária de todo esse mal-estar é a nossa própria men-

te. Pois é, o ato de questionar a vida pode trazer sentimentos ingratos e que põem na mesa dúvidas pertinentes ou aquelas nem tanto que nos fazem parar e prestar atenção em por que razão existimos? Penso, logo existo? Que nada! Penso, logo entro em crise. Afi nal, quem nunca fi cou angustiado com as dúvidas e mistérios da natureza humana?

As crises existenciais não têm hora, lugar ou uma razão es-pecífi ca para estourar. De uma forma geral, tudo pode ser motivo para ela chegar de mansinho e se apoderar dos nossos pensa-mentos: uma página em branco, odiar o emprego, não arranjar um namorado bacana (ou até um que nem seja tão bacana assim), uma família estranha, a aparência fora do padrão – ou tudo isso ao mesmo tempo. Es-sas são castrações modernas sufi cientemente poderosas para desequilibrar qualquer cidadão. E os resultados delas podem va-riar entre choros parciais, choros constantes, depressão e até, nos casos extremados, suicídio.

Mas como ninguém pensou em solucionar isso antes? O fato é que já se pensou, sim. Desde Sócrates, pelo menos. Tanto que o ato de fi losofar surge, de certa forma,

dessa premissa: a de observar, investigar e compreender toda a miscelânea de sentimentos que formam o homem.

Compreendo que seja difícil para cada um de nós, entender e aceitar que somos de fato os principais causadores do nosso próprio mal-estar, mas essa é a mais pura das verdades. É claro que o que nos rodeia também podem ser fatores de infl uência para esse nosso estado, mas isso já depende da forma como observamos as coisas, da im-portância que lhes damos e até que ponto deixamos que essas coisas nos infl uenciem.

Essas dicas, com certeza aju-darão a superar estas situações: Acreditem que são tão capazes como as outras pessoas; O pas-sado é história e aprendizagens que serviram para o nosso cres-cimento; Deixem de andar com o passado agarrado a vocês, pois assim pode-se sobrecarregar; O futuro é um mistério, quando lá chegarem o importante é estarem preparados para o viver da melhor maneira possível; O presente é o momento, o aqui e agora que esta-mos a viver, e para o vivenciarmos na sua plenitude temos que nos libertarmos das “amarras” que anteriormente foram descritas;

DIVULGAÇÃO/STCK

Em todos os momentos deve-mos respeitar sempre os outros e sermos gratos pelo que a vida nos vai dando; Aprender a viver humildemente apenas com o que temos é aprender a viver em harmonia com o planeta.

Todo mundo passa por uma ou várias crises durante a existência. E, se não passou, ainda há de passar. Mas a única forma de fazer com que ela deixe de dominar nossos pensamentos é descobrir e compreender o que está por trás

dela. É preciso reconhecer que nossas escolhas sempre acarre-tam perdas, dúvidas e falhas. To-dos nós temos desejos reprimidos e precisamos enfrentar sem medo a castração. Só assim consegui-mos aceitar os deslizes da vida e perceber os questionamentos que se instauram como uma pulga atrás da nossa orelha. Porque é assim mesmo: mal encontramos as respostas e nossa mente já trata de ir atrás de formular outras perguntas.

Cuidados com a voz:

Alterações climáticas causam danos à voz, mas alguns problemas podem ser evitados com alguns cuidados

hidratação é a melhor saídaEm um clima quente,

como o Amazonas, são comuns as reclama-ções das pessoas em

relação a gripes, difi culdades respiratórias e infecções na garganta. Além de ocasionar fragilidades ao organismo, esses problemas podem pre-judicar a voz. “As alterações climáticas, os choques de tem-peratura trazem muitos pre-juízos para as pregas vocais. Por isso, é importante que as pessoas adotem alguns cuida-dos”, explica a fonoaudióloga do Sistema Hapvida Saúde, Michele Carvalho.

E esses cuidados, inclusive, podem facilmente ser incluídos no dia a dia, sem provocar mu-danças bruscas na rotina. De acordo com a fonoaudióloga Michele Carvalho, a hidratação

é sempre a melhor saída. “A in-gestão de água é sempre muito importante, pois contribui para a hidratação das pregas vo-cais. Além disso, a maçã, por exemplo, pode ser uma forte aliada, já que se trata de uma fruta que auxilia na remoção do muco, o pigarro que a gente tem”, acrescenta.

Assim como medidas devem ser adotadas, algumas coisas também devem ser evitadas quando o assunto é cuidado com a voz. Tossir, pigarrear e falar alto devem passar bem longe de quem quer manter a saúde vocal no lugar. Além disso, uma prática, que é bas-tante comum, deve ser dis-pensada: a automedicação. “A maioria desses medicamentos não serve para melhorar a voz. Eles apenas mascaram a dor

e a pessoa não sente, naquele momento, o ataque vocal. Só depois que passa o efeito do re-médio é que surge o mal-estar e isso pode piorar a situação”, revela a especialista.

Água gelada: prejudica?Essa é uma dúvida bastante

comum. Quem nunca ouviu, quando gripado(a), o con-selho: “evite água gelada!”? Para os que acham que não há prejuízos, a fonoaudióloga Michele Carvalho explica que não só a água gelada, como também outras bebidas mui-to quentes podem ocasionar problemas na voz. “Não deixa de ser uma alteração brus-ca de temperatura e esse choque térmico, obviamente, prejudica”, afi rma.

Para os jornalistas, profes-

sores, cantores e demais pro-fi ssionais que utilizam a voz com frequência, as dicas são as mesmas. “Muita água e, antes de utilizar a voz por um longo pe-ríodo, evitar a ingestão de cho-colates, leite e seus derivados, pois esses alimentos provocam uma maior produção de muco. Também é importante cuidar da articulação vocal e evitar saltos altos e roupas apertadas”, orienta Michele.

Se você tem problemas cons-tantes com a voz, como rouqui-dão e infecções na garganta, atenção: está na hora de pro-curar um especialista. “Nesses casos, é preciso buscar a ajuda de um otorrinolaringologista, que fará a análise do caso e, quando necessário, o paciente é encaminhado a um fonoau-diólogo”, complementa. Se você tem problemas com a voz é melhor buscar ajuda

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Page 4: Saúde - 24 de novembro de 2013

F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2013 F5

Obsessão por um corpo perfeito Ter um corpo bonito e ser saudável é o objetivo de muita gente. Mas qual é o limite quando, em busca da perfeição física, a pessoa compromete sua saúde com o uso de anabolizantes proibidos? Confi ra o que pode acontecer

A hepatite infl uencia o aparecimento de câncer

Usei, mas foi quando não era ilegal. No fi sio-culturismo, falávamos abertamente sobre eles. Hoje as coisas mudaram e você pode ser testado a qualquer momento

Arnold Schwarzenegger, astro de Hollywood

Quando você é nova, as pessoas te apresen-tam coisas que podem te dar resultados rápidos e, na ânsia de querer isso, você acaba entrando em roubadas

Juju Salimeni, ex-Panicat

Me arrependo de ter usado anabolizantes. Hoje sei que há limites para a vaidade

Maria Melilo, ex-BBB

A hepatite infl uencia o aparecimento

A única coisa que cultu-ava era o corpo. Treinava cerca de três horas por dia e comia a clara de 60 ovos. Eu nunca usei drogas, mas cheguei a usar anabolizan-tes por dois, três anos

Marcelo Rossi, padre

Quando você é nova, as pessoas te apresen-tam coisas que podem te dar resultados rápidos e, na ânsia de querer isso, você acaba entrando em roubadas

Tomo hormônio sim! Eu tomei bastante, eu era muito magro, não tem como eu estar com este corpo todo e ser natural

Léo Santana, Cantor

Quando fi z a novela ‘O Beijo do Vampiro’ comecei a tomar os suplementos errados, as chamadas ‘bombas’. Por causa dis-so, fi quei com problema de tireoide e agora tenho que tomar hormônio

Deborah Secco, Atriz

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

A apresentadora Maria Melilo é a mais nova vítima do uso de ana-bolizantes. No início

do mês, a campeã do BBB se submeteu a uma delicada cirurgia para a retirada de um câncer no fígado. O médico Sidney Chalub, especialista em sistema digestivo, cirur-gião da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Es-tado do Amazonas (FCecon), fala sobre os perigos do uso da substância.

Ter um corpo bonito e ser saudável é o objetivo de muita gente. Mas qual é o limite entre a saúde e a obsessão? Milhares de pessoas, em bus-ca da perfeição, comprome-tem sua saúde com o uso de anabolizantes proibidos. A ex-BBB Maria Melilo, aos 29 anos, perdeu 70% do órgão, afetado por tumores. Ela, o cantor Netinho, o padre Mar-celo Rossi e muitas outras personalidades já admitiram o uso das substâncias.

Por conta das graves conse-quências que podem trazer à

saúde, os esteróides são usa-dos em casos muito especí-

fi cos, como, por exemplo, em pacientes de câncer

ou portadores de HIV que perderam muita

massa muscular. O uso de anabolizan-

tes estimula, também, ainda mais a produção de proteínas, aumentando também o núme-ro de hemácias (células san-guíneas vermelhas) e a capaci-dade respiratória. E, por conta desses efeitos, muita gente passou a empregar esterói-des como estimulante para o crescimento muscular.

“Atletas passaram a em-pregar os esteróides como modo de ultrapassar seus li-mites em termos de massa muscular, força e resistên-cia física, melhorando assim sua performance esportiva. A despeito das advertências da comunidade científi ca sobre os efeitos maléfi cos dos es-teróides, é grande o número de atletas que os utilizam, e

ainda maior o número de ado-lescentes e jovens que, sem critério nenhum, os obtêm em academias de musculação ou lutas marciais”, explica o mé-dico Sidney Chalub.

No entanto, o uso crônico causa graves e muitas vezes irreversíveis efeitos colate-rais. “O uso abusivo destas drogas pode causar esteatose hepática (fígado gorduroso) e câncer de fígado (hepatocar-cinoma)”, destaca.

ExcessoO uso excessivo de anabo-

lizantes aparece de forma clara no corpo. Sidney Cha-

lub ressalta que, são inúme-ros os possíveis efeitos cola-terais, e alguns são comuns a homens e mulheres, enquanto outros são específi cos a cada sexo, como problemas de ten-dões e ligamentos, o aumento do colesterol, o aparecimento de dores de cabeça, o enrije-cimento das articulações e insônia, bem como agressivi-

dade, hipertensão e limitação do crescimento.

Neles, os sintomas do abu-so são a calvície, ginecomas-tia (crescimento dos mami-los), hipertrofi a da próstata, acne, impotência e esterili-dade. Em mulheres, acontece a virilização (engrossamen-to da voz, aparecimento de pelos na face), amenorréia (parada da menstruação) e hipertrofi a do clitóris.

SilenciosoO maior risco do câncer

de fígado, explica Chalub, é que ele é silencioso. “Mui-tos pacientes não apresen-tam sintoma algum até que o câncer hepático esteja em seu estado mais avançado, por isso raramente é encontrado cedo”, revela.

Mas, com o crescimento do câncer, alguns doentes podem sofrer sintomas como dor no abdômen, ombro e dorso, in-chaço, perda de peso, perda de apetite, fadiga, náuseas, vômitos, febre e icterícia. “Outras doenças hepáticas e problemas de saúde também podem causar esses sintomas, mas apresentando sintomas como estes, ninguém deve dei-xar de procurar um médico”, ressalta o especialista.

Subnotifi caçãoNo Amazonas, explica Cha-

lub, existe uma subnotifi cação dos casos. “A incidência é a mais alta no país em números por habitantes, porque está diretamente relacionada à he-patite B, que é muito freqüente na região”, diz. Além disso, a maioria se apresenta em fase avançada, o que faz com que ocorra uma limitação no tratamento curativo.

Após o diagnóstico, existem algumas alternativas para o tratamento: cirurgia para a remoção da parte afetada, transplante, quimioterapia oral, quimioembolização e terapia local com álcool ou radioablação. “Mas a cura de-pende do tamanho e do com-prometimento do fígado, pois a maioria dos pacientes tem uma associação com cirrose hepática, e isto acaba interfe-rindo na modalidade de trata-mento”, aponta o médico.

SINTOMASSão inúmeros os possí-veis efeitos colaterais, e alguns são comuns a homens e mulheres, enquanto outros são específi cos a cada sexo, como problemas de ten-dões e ligamentos e o aumento do colesterol

A infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) pode ser apontada como uma das mais importantes viroses humana. Aproximadamen-te 300 milhões de pesso-as em todo o mundo são portadoras do VHB, sen-do que 1 a 2 milhões de mortes a cada ano estão relacionadas diretamente a esse agente e a região amazônica é considerada região endêmica do vírus da hepatite B.

“Embora a grande maio-ria das pessoas se recupere da infecção pelo VHB, cerca

de 10% dos indivíduos in-fectados podem se tornar portadores crônicos, que podem ser assintomáticos

ou evoluir para doenças he-páticas graves, como cir-rose ou hepatocarcinoma que é a terceira principal causa de morte relacionada a tumores e a sétima forma mais comum de câncer”, observa Chalub.

Muitas mortesO vírus da hepatite C

(HVC) é o principal fator de risco para HCC princi-palmente em países oci-dentais e no Japão, onde mais de 30 mil mortes ocorrem a cada ano por carcinoma hepatocelular.

PERIGOAproximadamente 300 milhões de pessoas em todo o mundo são portadoras do VHB, sendo que 1 a 2 milhões de mortes a cada ano estão rela-cionadas diretamente a esse agente

...Eu não recomendo o uso. Nunca tive nenhum problema, graças a Deus, e não falei para fazer apologia

Jaque Khury, ex-BBB

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Page 5: Saúde - 24 de novembro de 2013

F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2013 F5

Obsessão por um corpo perfeito Ter um corpo bonito e ser saudável é o objetivo de muita gente. Mas qual é o limite quando, em busca da perfeição física, a pessoa compromete sua saúde com o uso de anabolizantes proibidos? Confi ra o que pode acontecer

A hepatite infl uencia o aparecimento de câncer

Usei, mas foi quando não era ilegal. No fi sio-culturismo, falávamos abertamente sobre eles. Hoje as coisas mudaram e você pode ser testado a qualquer momento

Arnold Schwarzenegger, astro de Hollywood

Quando você é nova, as pessoas te apresen-tam coisas que podem te dar resultados rápidos e, na ânsia de querer isso, você acaba entrando em roubadas

Juju Salimeni, ex-Panicat

Me arrependo de ter usado anabolizantes. Hoje sei que há limites para a vaidade

Maria Melilo, ex-BBB

A hepatite infl uencia o aparecimento

A única coisa que cultu-ava era o corpo. Treinava cerca de três horas por dia e comia a clara de 60 ovos. Eu nunca usei drogas, mas cheguei a usar anabolizan-tes por dois, três anos

Marcelo Rossi, padre

Quando você é nova, as pessoas te apresen-tam coisas que podem te dar resultados rápidos e, na ânsia de querer isso, você acaba entrando em roubadas

Tomo hormônio sim! Eu tomei bastante, eu era muito magro, não tem como eu estar com este corpo todo e ser natural

Léo Santana, Cantor

Quando fi z a novela ‘O Beijo do Vampiro’ comecei a tomar os suplementos errados, as chamadas ‘bombas’. Por causa dis-so, fi quei com problema de tireoide e agora tenho que tomar hormônio

Deborah Secco, Atriz

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

A apresentadora Maria Melilo é a mais nova vítima do uso de ana-bolizantes. No início

do mês, a campeã do BBB se submeteu a uma delicada cirurgia para a retirada de um câncer no fígado. O médico Sidney Chalub, especialista em sistema digestivo, cirur-gião da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Es-tado do Amazonas (FCecon), fala sobre os perigos do uso da substância.

Ter um corpo bonito e ser saudável é o objetivo de muita gente. Mas qual é o limite entre a saúde e a obsessão? Milhares de pessoas, em bus-ca da perfeição, comprome-tem sua saúde com o uso de anabolizantes proibidos. A ex-BBB Maria Melilo, aos 29 anos, perdeu 70% do órgão, afetado por tumores. Ela, o cantor Netinho, o padre Mar-celo Rossi e muitas outras personalidades já admitiram o uso das substâncias.

Por conta das graves conse-quências que podem trazer à

saúde, os esteróides são usa-dos em casos muito especí-

fi cos, como, por exemplo, em pacientes de câncer

ou portadores de HIV que perderam muita

massa muscular. O uso de anabolizan-

tes estimula, também, ainda mais a produção de proteínas, aumentando também o núme-ro de hemácias (células san-guíneas vermelhas) e a capaci-dade respiratória. E, por conta desses efeitos, muita gente passou a empregar esterói-des como estimulante para o crescimento muscular.

“Atletas passaram a em-pregar os esteróides como modo de ultrapassar seus li-mites em termos de massa muscular, força e resistên-cia física, melhorando assim sua performance esportiva. A despeito das advertências da comunidade científi ca sobre os efeitos maléfi cos dos es-teróides, é grande o número de atletas que os utilizam, e

ainda maior o número de ado-lescentes e jovens que, sem critério nenhum, os obtêm em academias de musculação ou lutas marciais”, explica o mé-dico Sidney Chalub.

No entanto, o uso crônico causa graves e muitas vezes irreversíveis efeitos colate-rais. “O uso abusivo destas drogas pode causar esteatose hepática (fígado gorduroso) e câncer de fígado (hepatocar-cinoma)”, destaca.

ExcessoO uso excessivo de anabo-

lizantes aparece de forma clara no corpo. Sidney Cha-

lub ressalta que, são inúme-ros os possíveis efeitos cola-terais, e alguns são comuns a homens e mulheres, enquanto outros são específi cos a cada sexo, como problemas de ten-dões e ligamentos, o aumento do colesterol, o aparecimento de dores de cabeça, o enrije-cimento das articulações e insônia, bem como agressivi-

dade, hipertensão e limitação do crescimento.

Neles, os sintomas do abu-so são a calvície, ginecomas-tia (crescimento dos mami-los), hipertrofi a da próstata, acne, impotência e esterili-dade. Em mulheres, acontece a virilização (engrossamen-to da voz, aparecimento de pelos na face), amenorréia (parada da menstruação) e hipertrofi a do clitóris.

SilenciosoO maior risco do câncer

de fígado, explica Chalub, é que ele é silencioso. “Mui-tos pacientes não apresen-tam sintoma algum até que o câncer hepático esteja em seu estado mais avançado, por isso raramente é encontrado cedo”, revela.

Mas, com o crescimento do câncer, alguns doentes podem sofrer sintomas como dor no abdômen, ombro e dorso, in-chaço, perda de peso, perda de apetite, fadiga, náuseas, vômitos, febre e icterícia. “Outras doenças hepáticas e problemas de saúde também podem causar esses sintomas, mas apresentando sintomas como estes, ninguém deve dei-xar de procurar um médico”, ressalta o especialista.

Subnotifi caçãoNo Amazonas, explica Cha-

lub, existe uma subnotifi cação dos casos. “A incidência é a mais alta no país em números por habitantes, porque está diretamente relacionada à he-patite B, que é muito freqüente na região”, diz. Além disso, a maioria se apresenta em fase avançada, o que faz com que ocorra uma limitação no tratamento curativo.

Após o diagnóstico, existem algumas alternativas para o tratamento: cirurgia para a remoção da parte afetada, transplante, quimioterapia oral, quimioembolização e terapia local com álcool ou radioablação. “Mas a cura de-pende do tamanho e do com-prometimento do fígado, pois a maioria dos pacientes tem uma associação com cirrose hepática, e isto acaba interfe-rindo na modalidade de trata-mento”, aponta o médico.

SINTOMASSão inúmeros os possí-veis efeitos colaterais, e alguns são comuns a homens e mulheres, enquanto outros são específi cos a cada sexo, como problemas de ten-dões e ligamentos e o aumento do colesterol

A infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) pode ser apontada como uma das mais importantes viroses humana. Aproximadamen-te 300 milhões de pesso-as em todo o mundo são portadoras do VHB, sen-do que 1 a 2 milhões de mortes a cada ano estão relacionadas diretamente a esse agente e a região amazônica é considerada região endêmica do vírus da hepatite B.

“Embora a grande maio-ria das pessoas se recupere da infecção pelo VHB, cerca

de 10% dos indivíduos in-fectados podem se tornar portadores crônicos, que podem ser assintomáticos

ou evoluir para doenças he-páticas graves, como cir-rose ou hepatocarcinoma que é a terceira principal causa de morte relacionada a tumores e a sétima forma mais comum de câncer”, observa Chalub.

Muitas mortesO vírus da hepatite C

(HVC) é o principal fator de risco para HCC princi-palmente em países oci-dentais e no Japão, onde mais de 30 mil mortes ocorrem a cada ano por carcinoma hepatocelular.

PERIGOAproximadamente 300 milhões de pessoas em todo o mundo são portadoras do VHB, sendo que 1 a 2 milhões de mortes a cada ano estão rela-cionadas diretamente a esse agente

...Eu não recomendo o uso. Nunca tive nenhum problema, graças a Deus, e não falei para fazer apologia

Jaque Khury, ex-BBB

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MANAUS, DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2013F6 Saúde e bem-estar

Inspirada em grandes he-roínas dos quadrinhos e dos games, a atriz global Marina Ruy Barbosa se transforma em uma guerreira para pro-mover o “Novembro Doura-do” neste mês em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-juvenil (23 de novembro).

A atriz quer sensibilizar de forma divertida toda a popu-lação para a cura do câncer infantojuvenil. Totalmente engajada com a causa, Ma-rina comemora a iniciativa, que a seu ver, é uma oportu-nidade de levar informação ao público. “Fiquei muito feliz por participar dessa cam-panha, além de abordar o tema de uma forma alegre e positiva, ainda passa muita força para os que estão em tratamento”, afi rma.

Desmistifi caçãoCriada pela TVC para o

Instituto Ronald McDo-nald, organização sem fins lucrativos que tem por missão promover a saúde e a cura de crianças e adolescentes com câncer, a campanha está no ar desde o dia 12 de novem-bro na internet, com forte componente em mídias so-ciais. O intuito é incentivar um grande movimento vir-tual pela desmistificação da doença e alerta para o diagnóstico precoce. O câncer é a doença que mais mata na faixa etária de 5 a 19 anos, mas a boa notícia é que as chances de cura podem chegar a 85% se diagnosticado nos estágios iniciais e tratado adequadamente.

Universo de gamesCom quase 15 anos de

atuação, o Instituto Ronald McDonald por meio de seus programas – Diagnóstico Precoce, Atenção Integral, Casa Ronald McDonald e Espaço da Família Ronald McDonald – contribui para o diagnóstico precoce, tra-tamento de qualidade e apoio psicossocial a pa-cientes e familiares.

O conceito da campanha é inspirado no universo dos games e de heróis que superam dificuldades e alcançam seus objetivos. Assim como eles encaram os desafios, crianças e adolescentes encaram o câncer e podem se tornam vitoriosos com o apoio da sociedade.

O desafi o que vem dos games

Dia Nacional de Luta Contra o Câncer de Mama Neste dia de alerta é válido ressaltar a importância dos exames preventivos que podem salvar muitas vidas

Além de todo o des-conforto e das preo-cupações ocasiona-das pela descoberta

do câncer de mama, cerca de 80% das mulheres jo-vens com esse diagnóstico passam por tratamento que requer a indução da meno-pausa. O objetivo é estancar a produção do estrógeno, hormônio que tem relação com esse tipo de neoplasia.

Nem sempre esse proces-so, porém, pode ser revertido após o fi nal do tratamento -justamente para impedir que as células tumorais voltem a se multiplicar. E com a menopausa precoce, essas mulheres acabam por con-viver também com a atrofi a vaginal, condição que com-promete a vida sexual. Isso porque a falta de estrógeno, leva ao ressecamento, perda de elasticidade e afi namento da parede da vagina.

Como nessas pacientes, não é possível recorrer aos hormônios tópicos, recomen-dados para tratar a atrofi a vaginal, um novo método a laser recém-chegado no Bra-sil, é uma opção segura para essas mulheres. Disponível no primeiro centro brasileiro de tratamento de atrofi a Vagi-nal, o Espaço Deka, em São

Paulo, o método não possui contraindicação.

Pesquisa internacional re-alizada da Universidade de Pavia comprovou que esse tipo de laser, chamado de Mo-nalisa Touch, não só estimula a produção de colágeno, de-volvendo espessura à pele por meio da multiplicação celular, como melhora a frouxidão na parede vaginal. Indireta-mente ainda reduz o resse-camento do órgão feminino, pois aumenta a atividade dos fi broblastos, melhorando a vascularização e o nível de hidratação da mucosa.

Indolor, o Monalisa Touch é feito por ginecologista após avaliação clínica no próprio consultório. São necessárias entre um ou duas sessões que não duram mais do que 30 minutos.

Doença vem aumentando� Vem crescendo em mulhe-

res jovens. Causas possíveis: uso de método anticoncep-cionais cada vez mais cedo, gravidez tardia, alimentação industrializada rica em subs-tâncias químicas.

� Um estudo de 2010, pu-blicado no Journal of Sexual Medicine, mostrou que 70% das mulheres que tiveram câncer de mama passam por

problemas sexuais depois que a doença já foi curada. Mais de 80% das voluntárias res-ponderam um questionário afi rmando que tinham uma vida sexual ativa e satisfatória antes da doença.

� É o mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mu-lheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tra-tado oportunamente, o prognóstico é relativa-mente bom. Estima-tivas 2012: 52.680 (Fonte: Inca).

A data foi criada em 1988 pelo Ministério da Saúde com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença, o tratamento e, principalmente, sobre a prevenção.Segundo o Instituto Nacional de

Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, pelo diagnóstico tardio da doença.

O câncer de mama se caracteriza pela multiplicação anormal de cé-lulas da mama, confi gurando-se em um tumor maligno. Entretan-to, nem todo tumor de mama é maligno, ou seja, nem todo nódulo encontrado no seio é câncer.

A criação da data

Vem crescendo o número de mulheres jovens que apre-

sentam a doença nas mamas

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Page 7: Saúde - 24 de novembro de 2013

MANAUS, DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2013 F7Saúde e bem-estar

Concentração, discipli-na, treinamento es-pecial e muita, muita dedicação. Essa é a

rotina de quem quer partici-par de competições e mostrar competência no que faz. Uma rotina puxada, de oito horas de treino pesado, com uma alimentação balanceada que prioriza proteínas e abdica to-talmente dos carboidratos é o que tem sido a vida do personal trainer da academia Personal Fitness Clube e atleta profis-sional Victor Hugo das Neves, 23, diversas vezes campeão de Jiu Jitsu, que está migran-do para as artes marciais mistas (MMA), onde pretende repetir as façanhas.

“Participar de competições exige investimento pesado em treinos e na alimentação para poder aguentar o ritmo”, explica. Na academia, diz ele, os treinos têm que ser especí-ficos, mais aeróbicos e voltado para as lutas, com bastante repetição. Fora da academia, muita corrida e fôlego.

Victor vai participar, no pró-ximo dia 30, da competição de MMA Rei da Selva, que será realizada em Manaus.

“No final de semana estou treinando corrida na areia e minha alimentação é regrada. São refeições que priorizam cereais integrais, frutas e ver-duras”, completa.

O treino também tem sido pesado para Cosme Jr., per-sonal da mesma academia e que está se preparando para a luta seletiva nacional do MMA amador. “Estou in-

vestindo na dieta, tinha que perder 16 quilos e já perdi sete, estou comendo fran-go cozido com batata doce, muita clara de ovos, brócolis e aveia. São sete refeições por dia”, acrescenta.

Cosme é lutador e pro-fessor de Muay Thai e está fazendo uma transição para outra modalidade. “Sou apai-

xonado pelo Muay Thai, mas estou me dedicando ao MMA e por isso tenho treinado de seis a sete horas por dia, com muita corrida e musculação”, explica o atleta.

Weliton Pantoja é o outro personal da Fitness Club, es-pecialista em boxe, que está sempre investindo na boa forma. Embora no momento não esteja se preparando para nenhuma competição específica, ele ressalta a importância de treinar com um foco definido.

Para Weliton, em qualquer treino é fundamental equi-librar força e carga, sem esquecer de uma boa alimen-tação, se possível orientado por um nutricionista para evitar problemas nas compe-tições. “Sei de um caso de um atleta que fez a nutrição erra-da e na hora da desidratação (24 horas antes da luta) teve um infarto. O acompanha-mento de um especialista é fundamental”, diz.

Resumo da história: seja em treino específico para com-petir, ou na malhação diária, o mais correto é pedir orien-tação de personal trainer e nutricionistas, para evitar os erros de treino e alimentação que podem ser desastrosos. Weliton defende a prática do boxe como uma forma saudável de atenuar as tensões diárias

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Medicina do Esporte, mostrou que exercícios mais intensos e com menor duração - realizados por 30 minutos três vezes por semana - podem ser ainda mais eficientes que exercícios leves e longos - realizados por 60 minutos cinco vezes por semana - na redução da gordura corporal em mulheres obesas e portadoras de síndrome metabólica. Alguns exercícios in-tensos que surtem esse efeito são: corrida, lutas como o Muay Thai e o boxe, o treino com kettlebell e as pedaladas do spinning.

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Personal Fitness ClubInvista no treino certo e perca calorias

As academias estão repletas de pessoas que querem malhar para perder peso e alcançar a boa forma. Entretanto, alguns mi-tos podem atrapalhar na hora de conseguir alcançar o objetivo. Por isso, é bom estar informado sobre a sua atividade para tirar o melhor aproveitamento. Durante muito tempo a maioria das pessoas acre-ditou que apenas exercícios físicos praticados por longos períodos poderiam eliminar a gordura cor-poral. Hoje esse pensamento está ultrapassado e é fato reconhecido que boas estratégias podem valer mais que o tempo empregado de maneira incorreta.

Dessa forma, o que antes só era possível em uma ou duas horas de malhação, agora pode ser conquistado em 30, 40 e até 20 minutos. Uma boa opção para gastar menos tempo com a ma-lhação é fazer exercícios intensos. Mas primeiro é preciso entender as diferenças entre treinos leves e fortes: não é apenas uma ques-tão de relação de quantidade de carga e tempo de atividade, mas

também de como a caloria é gasta e a gordura é queimada.

O exercício leve a moderado promove a queima de gordura e o gasto calórico durante o esforço. O exercício intenso, por sua vez, trará o mesmo efeito, mas ele acontece-rá principalmente após a atividade. Um estudo realizado na Universi-dade McMaster, no Canadá mos-trou os efeitos do treinamento curto e de alta intensidade em bicicleta ergométrica e constatou que exercícios intensos feitos em um tempo menor para indivíduos jovens e saudáveis são tão efi-cientes quanto o treinamento de resistência de longa duração. Na ocasião, foram comparados exer-cícios com 10 séries, cada uma com um minuto de duração seguido por um minuto de descanso, de pedala-das em alta velocidade em bicicleta ergométrica, realizadas três vezes por semana, com exercícios mais leves e de maior duração. Outra pesquisa, realizada por cientistas da Universidade da Virginia, nos Estados Unidos, e publicado pela Revista do Colégio Americano de

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Muito mais importante que passar horas na academia é fazer o treino de maneira correta

Boa forma de atleta exige fôlego e dieta equilibradaNão é à toa que eles apresentam uma excelente performance na academia e na arena. O treino diário é muito árduo

O boxe é bom porque movimenta o corpo todo, diz o personal Nas academias as mulheres aderem cada vez mais ao boxeA prática regular do boxe traz bom condicionamento físico

VERA LIMAEquipe EM TEMPO

INVESTIMENTOTrês campeões de lutas marciais e personal trainers falam de suas rotinas e de como se preparam, com treinos específicos e alimenta-ção equilibrada, para competir e manter a boa forma e a saúde em dia

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F8 MANAUS, DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2013Saúde e bem-estar

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