saúde - 15 de março de 2015

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Sa úde Caderno F MANAUS, DOMINGO, 15 DE MARÇO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017 e bem- estar Em qual dieta você se encaixa? Páginas 4 e 5 DIVULGAÇÃO Ervas medicinais contra a má digestão A final, quem nunca fez a pergunta sobre o que é fitoterapia? A resposta é simples e animadora. Trata-se de uma ciência que usa, exclusi- vamente, matérias-primas vegetais para tratamento e prevenção de doenças. Trocando em miúdos, fitoterapia é a utilização de plantas medicinais ou bioa- tivas, ocidentais e/ou orientais, in natura ou secas, plantadas de forma tradicional, orgânica e/ou biodinâmica, apresentadas como drogas vegetais ou drogas derivadas vegetais, nas suas diferentes formas far- macêuticas, sem a utilização de substân- cias ativas isoladas e preparadas de acordo com experiências populares tradicionais ou métodos modernos científicos. A nutricionista Vanderlí Marchiori explica a diferença entre os fitoterápicos e me- dicamentos sintéticos. “Os medicamentos fitoterápicos são obtidos com emprego ex- clusivo de matérias primas ativas vegetais, diferente do que ocorre com os medicamentos sintéticos (feitos a partir da síntese química em laboratório)”. Além disso, dentro do uni- verso da fitoterapia, existem os medicamentos fitoterápi- cos, comercializados na maioria das vezes em diferentes formas farmacêuticas, como óleos, cápsulas e extratos concentrados. Diferente das receitas caseiras que são baseadas apenas no conhecimento popu- lar, os fitoterápicos obedecem às rigorosas normas de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da mesma forma que um medicamento tradicional. Além disso, sua prática e eficácia são vali- dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1998. Fitoterápico, de acordo com a legislação sanitária brasileira, é o medicamento obti- do empregando-se exclusivamente maté- rias-primas ativas vegetais, cuja eficácia e segurança são validadas por meio de levantamentos etnofarmacológicos, de uti- lização, documentações tecnocientíficas ou evidências clínicas. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. É importante frisar que não se considera medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição substâncias ativas iso- ladas, sintéticas ou naturais, nem as asso- ciações dessas com extratos vegetais. Alívio As ervas medicinais foram a primeira opção terapêutica para tratar doenças em toda a história da humanidade. E o inte- ressante é que hoje, com toda a evolução na indústria química e farmacêutica, os medicamentos fitoterápicos, extraídos das plantas, continuam em alta. Por esse motivo, certos desconfortos como a má digestão podem ser aliviados com o uso de fitoterápicos. Uma das principais plantas para tratar esse problema é o boldo que, devido às suas propriedades farmacológicas e ao seu princípio ativo - boldina, um alca- lóide responsável pelas suas propriedades hepáticas e gastrointestinais -, é indicado também para diversos males de saúde. “A erva contribui para a proteção do fígado e estimula a vesícula biliar. Além disso, ela melhora as funções digestivas, auxilia no tratamento da prisão de ventre e é consi- derado um diurético”, explica. O ruibarbo, originário de montanhas asiáticas, é uma planta comestível, larga- mente utilizada como fitoterápico graças às suas propriedades medicinais cientifi- camente comprovadas. Este fitoterápito também colabora para melhorar as funções estomacais, pois ajuda na digestão e tem ainda ação laxativa e adstringente, e alivia a azia e o enjoo. Vanderlí fala ainda da cáscara sagra- da, planta originária dos EUA muito bem adaptada no Brasil, pode ser encontrada em todas as regiões do nosso país. “A erva tem propriedades digestivas, diuréticas e laxativas. Ela auxilia no combate a prisão de ventre, facilitando a eliminação das fezes. Portanto, contribui para a finalização do processo digestivo”, destaca. Para quem tem problemas como a gas- trite, os especialistas recomendam a folha da espinheira-santa. Estudos realizados na Universidade Federal de São Paulo (Uni- fesp) demonstraram que a planta também é capaz de incrementar a barreira da mucosa do estômago, graças a uma substância chamada de friedenelol, presente em sua composição. “A espinheira também é rica em flavonoides, o que justifica seu uso como anti-inflamatório e preventivo para a formação de úlceras. Esses flavonoides inibem a ação de determinadas enzimas, reduzindo a produção de ácidos e óxido nítrico no estômago”, diz a profissional. A erva-cidreira é ideal para quem sofre com a azia, já que alivia a sensação de queima- ção que é típica do incômodo, pois confere proteção extra à mucosa do estômago. Seus mecanismos de ação são desconhecidos. Esses, e muitos outros, são recomendados para o tratamento de diversos problemas, mas a especialista diz que é preciso ficar atento as contraindicações. “Alguns fi- toterápicos não são recomendados para crianças, gestantes, lacten- tes, pessoas com pressão alta ou baixa. A automedicação não é recomendada, e é sempre a melhor saída consultar um profis- sional especializa- do”, conclui. As ervas medicinais foram a primeira opção terapêutica para tratar doenças em toda a história da humanidade

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Saúde - 15 de março de 2015

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o F

MANAUS, DOMINGO, 15 DE MARÇO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

e bem-estar Em qual dieta você se encaixa?

Páginas 4 e 5

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ULG

AÇÃO

Ervas medicinais contra a

má digestão

Afi nal, quem nunca fez a pergunta sobre o que é fi toterapia? A resposta é simples e animadora. Trata-se de uma ciência que usa, exclusi-

vamente, matérias-primas vegetais para tratamento e prevenção de doenças.

Trocando em miúdos, fi toterapia é a utilização de plantas medicinais ou bioa-tivas, ocidentais e/ou orientais, in natura ou secas, plantadas de forma tradicional, orgânica e/ou biodinâmica, apresentadas como drogas vegetais ou drogas derivadas vegetais, nas suas diferentes formas far-macêuticas, sem a utilização de substân-cias ativas isoladas e preparadas de acordo com experiências populares tradicionais ou métodos modernos científi cos.

A nutricionista Vanderlí Marchiori explica a diferença entre os fi toterápicos e me-dicamentos sintéticos. “Os medicamentos fi toterápicos são obtidos com emprego ex-clusivo de matérias primas ativas vegetais, diferente do que ocorre com os medicamentos sintéticos (feitos a partir da síntese química em laboratório)”.

Além disso, dentro do uni-verso da fi toterapia, existem os medicamentos fi toterápi-cos, comercializados na maioria das vezes em diferentes formas farmacêuticas, como óleos, cápsulas e extratos concentrados.

Diferente das receitas caseiras que são baseadas apenas no conhecimento popu-lar, os fi toterápicos obedecem às rigorosas normas de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da mesma forma que um medicamento tradicional. Além disso, sua prática e efi cácia são vali-dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1998.

Fitoterápico, de acordo com a legislação sanitária brasileira, é o medicamento obti-do empregando-se exclusivamente maté-rias-primas ativas vegetais, cuja efi cácia e segurança são validadas por meio de levantamentos etnofarmacológicos, de uti-lização, documentações tecnocientífi cas ou evidências clínicas. É caracterizado pelo conhecimento da efi cácia e dos riscos de uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade.

É importante frisar que não se considera medicamento fi toterápico aquele que inclui na sua composição substâncias ativas iso-ladas, sintéticas ou naturais, nem as asso-ciações dessas com extratos vegetais.

AlívioAs ervas medicinais foram a primeira

opção terapêutica para tratar doenças em toda a história da humanidade. E o inte-ressante é que hoje, com toda a evolução na indústria química e farmacêutica, os medicamentos fi toterápicos, extraídos das plantas, continuam em alta.

Por esse motivo, certos desconfortos como a má digestão podem ser aliviados com o uso de fi toterápicos. Uma das principais plantas para tratar esse problema é o boldo que, devido às suas propriedades farmacológicas e ao seu princípio ativo - boldina, um alca-lóide responsável pelas suas propriedades hepáticas e gastrointestinais -, é indicado também para diversos males de saúde.

“A erva contribui para a proteção do fígado e estimula a vesícula biliar. Além disso, ela melhora as funções digestivas, auxilia no tratamento da prisão de ventre e é consi-derado um diurético”, explica.

O ruibarbo, originário de montanhas asiáticas, é uma planta comestível, larga-mente utilizada como fi toterápico graças às suas propriedades medicinais cientifi -

camente comprovadas. Este fi toterápito também colabora para melhorar as funções estomacais, pois ajuda na digestão e tem ainda ação laxativa e adstringente, e alivia a azia e o enjoo.

Vanderlí fala ainda da cáscara sagra-da, planta originária dos EUA muito bem adaptada no Brasil, pode ser encontrada em todas as regiões do nosso país. “A erva tem propriedades digestivas, diuréticas e laxativas. Ela auxilia no combate a prisão de ventre, facilitando a eliminação das fezes. Portanto, contribui para a fi nalização do processo digestivo”, destaca.

Para quem tem problemas como a gas-trite, os especialistas recomendam a folha da espinheira-santa. Estudos realizados na Universidade Federal de São Paulo (Uni-fesp) demonstraram que a planta também é capaz de incrementar a barreira da mucosa do estômago, graças a uma substância chamada de friedenelol, presente em sua composição. “A espinheira também é rica em fl avonoides, o que justifi ca seu uso como anti-infl amatório e preventivo para a formação de úlceras. Esses fl avonoides inibem a ação de determinadas enzimas,

reduzindo a produção de ácidos e óxido nítrico no estômago”, diz a profi ssional.

A erva-cidreira é ideal para quem sofre com a azia, já que alivia a sensação de queima-ção que é típica do incômodo, pois confere proteção extra à mucosa do estômago. Seus mecanismos de ação são desconhecidos.

Esses, e muitos outros, são recomendados para o tratamento de diversos problemas, mas a especialista diz que é preciso fi car atento as contraindicações. “Alguns fi -toterápicos não são recomendados para crianças, gestantes, lacten-tes, pessoas com pressão alta ou baixa. A automedicação não é recomendada, e é sempre a melhor saída consultar um profi s-sional especializa-do”, conclui.

As ervas medicinais foram a primeira opção terapêutica para tratar doenças em toda a história da humanidade

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Page 2: Saúde - 15 de março de 2015

MANAUS, DOMINGO, 15 DE MARÇO DE 2015F2 Saúde e bem-estar

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Possui ação antioxidante que protege as células contra os danos causados pelos radicais livres; tem efeito diurético, por isso é um aliado para evitar a retenção de líquidos. Ajuda a baixar a pressão arterial. É bom para o cérebro: as vitaminas do complexo B presentes no chá têm essa ação principalmente nos neurônios, células que formam nosso cérebro. Retarda o envelhecimento da pele. Ajuda a eliminar as toxinas do organismo, responsáveis pela retenção de líquidos, inclusive o inchaço do período menstrual (aumento dos hormônios) e atua como um energético natural. Ideal para recarregar as energias, o chá de hibisco pode ser consumido quente ou gelado a qualquer hora do dia.

Chá de hibisco pode ajudar a retardar o envelhecimento

Fornece a energia aos músculos; ajuda a combater as carências de minerais provocadas por má alimentação; diminui a acidez gástrica; estimula a circulação sanguí-nea, respiratória, sistema nervoso, rins e vias urinárias; é antialérgico; estimula a cura de feridas, alivia a psoríase; combate o bócio; mantém o equilíbrio da tiroide; regula o excesso de sódio e potássio; promove o equilíbrio do pH estável dentro das células; promove padrões de sono saudável e desintoxica o corpo de metais pesados. Infe-lizmente, você só vai encontrar esse tipo de sal em casas de produtos naturais e com preço bem mais “salgado”.

Benefícios do sal integral para a saúde geral

RevisãoDernando Monteiro

DiagramaçãoAdyel Vieira

Os limites da cura

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Humberto Figliuolo

As correntes que ligam as expressões de cura como conjunto social mos-tram-se tão sólidas que impulsionam a certeza de serem tão fortes quanto a cor da pele”

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

A osteoporose

Humberto Figliuolo

farmacêutico

Diversos são os fatores que determi-nam a di-minuição da massa óssea e aumentam o risco de desenvolvi-mento da doença

Doença metabólica que cau-sa redução na quantidade de osso no esqueleto, é conside-rada um grave problema de saúde pública, pois acomete 25% da população brasileira, sobretudo em decorrência do processo de envelhecimento, sendo mais comum no sexo feminino, cerca de 40% das mulheres correm o risco de ter uma fratura em decorrência do mal. A fratura do fêmur é a consequência mais dramática da osteoporose. Mas a quebra de ossos vertebrais, na colu-na, também é um drama da terceira idade. É uma doença silenciosa, e muitas vezes o pa-ciente só toma conhecimento dela quando sofre uma fra-tura. Com o envelhecimento progressivo da população, a doença aumenta sua incidên-cia ano a ano. Pelo ultimo cen-so, 51 milhões de brasileiros tem mais de 55 anos. Desses estima-se que cerca de 10 milhões sejam portadores de osteoporose. Uma em cada três mulheres desenvolve a doença após a menopausa. No caso dos homens, uma a cada cinco. É essencial re-alizar o controle regular da perda óssea nas mulheres, após a menopausa.

Prevenção é a prioridade no combate a osteoporose, uma doença silenciosa, caracteri-

zada pela perda óssea e dete-riorização do tecido ósseo.

Nosso osso começa a se formar ao nascermos. O pico da massa óssea se dá na adolescência e se comple-ta na fase adulta, por vol-ta dos 30 anos de idade. A formação adequada diminui os riscos e as complicações da doença após os 60, 70 anos. Daí a importância da ingestão adequada de cálcio em todas as fases da vida. O cálcio é um mineral muito importante para o funciona-mento de várias funções no nosso organismo: influencia os, músculos, os nervos e, es-pecialmente, é fundamental para a formação da massa óssea e na manutenção da saúde do osso.

O esqueleto contém 99% do estoque de cálcio do organis-mo. E quando não ingerimos a quantidade adequada desse mineral, o cálcio é retirado dos ossos que funciona como um reservatório. O osso, ao contra-rio do que muitos imaginam, é um tecido altamente dinâmico, é renovado continuamente ao longo da vida. Vou mais longe. A prevenção da osteoporose, teoricamente, começa ainda na gestação. O que mais importa, para evitar a doença, é ter um bom banco de ossos, uma es-pécie de estoque ósseo, quando

se chega ao começo da vida adulta. Uma criança que foi bem amamentada tomou bas-tante leite e fez atividade física normalmente chegou à adoles-cência com um bom suporte ósseo que o protege contra a osteoporose. Daí para frente, ele vai depender de alguns fatores de risco para evoluir ou não para a osteoporose. O problema é que a retirada do cálcio dos ossos pode deixa-los porosos, frágeis, com maiores riscos para fraturas.

Diversos são os fatores que determinam a diminuição da massa óssea e aumentam o risco de desenvolvimento da doença. Dentre eles, defi ciência hormonal, idade, ingestão ina-dequada de cálcio, defi ciência de vitamina D, abuso de álcool, tabagismo, vida sedentária etc. Além da avaliação do histórico do paciente e dos fatores de risco e sinais, como a curvatura da coluna e a chamada corcunda causado pelas microfraturas das vértebras da coluna, pode ser utilizado um exame denominado densiometria óssea, utilizando tanto para o diagnostico, quando para o controle do tratamen-to da osteoporose. Quanto às abordagens para tratar a doen-ça, é bom que se diga que são variadas e devem sempre ser prescritas e acompanhadas pelo profi ssional especializado.

PERSONAL FITNESS

A busca teórica do limi-te da matéria viva onde o normal transforma-se em doença, se é que existe a doença e o normal, compli-ca ainda mais no momento em que resgatamos da físi-ca quântica a aplicação da partícula-onda à medicina.

Ao decompor a célula consi-derada doente, por exemplo, a célula cancerosa, chega-se ao binômio partícula-onda, no qual, teoricamente, não é pos-sível admitir as mesmas quali-dades tanto no átomo oriundo da célula normal quanto no da célula doente.

A resistência à igualdade en-tre as partículas-ondas é es-truturada na manifestação da vida, oriunda da célula normal e da célula cancerosa, é obser-vável de modo diferente.

Se aceitarmos que a física está correta, isto é, o binômio partícula-onda tem qualida-des iguais tanto na célula cancerosa quanto na sadia, a doença seria uma manifesta-

ção da vida. Caso contrário, se for uma imprecisão da física, tornar-se-ia imperioso repensar a doença com conte-údo diferente do binômio par-tícula-onda, por essa razão, observada de modo diverso do da saúde. Como a análise retrospectiva induz à crítica, é importante refletir sobre os limites da cura de ontem e os de hoje. Se formos capazes de rir dos conceitos teóricos hipocráticos, do século 4 a.C., não devemos esquecer que, presumidamente, no futuro, a medicina do século 21 será motivo de zombaria.

Ao longo de quarenta anos como médico e professor, ten-do realizado mais de setenta mil consultas e cinco mil cirur-gias, mesmo com o domínio das publicações internacio-nais recentes, não raras ve-zes, me senti incompetente para diminuir o sofrimento dos doentes, especialmente, nos cânceres sem resposta ao tratamento.

Entre esses doentes, após explicarmos as grandes limi-tações da medicina, alguns nos perguntavam sobre a bus-ca de tratamentos alternati-vo. A nossa resposta continua sendo a mesma: os limites da cura são imprecisos.

As correntes que ligam as expressões de cura com o con-junto social, tanto no espaço profano quanto no sagrado, mostram-se tão sólidas que impulsionam a certeza de se-rem tão fortes quanto a cor da pele ou qualquer outra carac-terística física determinada pela mensagem genética.

Nunca é demais repetir que a Medicina ofi cial está lon-ge de compreender a ques-tão fundamental dos saberes médicos: em qual dimensão da matéria o normal se transfor-ma em patológico, se é que existe normal e patológico.

Extraordinariamente, esse fato nunca esmoreceu a luta dos médicos contra a dor e morte prematura.

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Page 3: Saúde - 15 de março de 2015

MANAUS, DOMINGO, 15 DE MARÇO DE 2015 F3Saúde e bem-estar

Obesas têm gravidez mais tranquila após bariátrica Estudo comprova a eficácia do procedimento para evitar possíveis complicações na gravidez de mulheres acima do peso

A obesidade é uma epi-demia mundial que atinge cerca de 12% da população, segun-

do a Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse cenário é alarmante e pode impactar as futuras gerações, uma vez que a doença desencadeia outros problemas de saúde relaciona-dos, que colocam em risco não apenas a saúde do obeso, como também compromete a vida de seus descendentes.

Ao contrário do que se ima-ginava até então, a cirurgia bariátrica é uma grande aliada para mulheres obesas que pre-tendem engravidar, ajudando tanto na fertilidade, quanto na saúde da gestante e do bebê. Um estudo publicado esta se-mana pelo “The New England Journal of Medicine” compro-vou que, ao tratar a obesidade antes de engravidar por meio da redução do estômago, é possível diminuir os riscos de diabetes gestacional, a inci-dência de parto prematuro, a ocorrência de má formação congênita no feto e a taxa de mortalidade neonatal.

O estudo, realizado na Suécia, avaliou registros de 2.832 mu-lheres obesas que deram à luz entre os anos 2006 e 2011 e

comparou as gestações de mu-lheres que fizeram cirurgia bari-átrica antes de engravidar com as de mulheres que não fizeram. Os pesquisadores constataram que as mulheres submetidas à cirurgia bariátrica antes de engravidarem diminuíram em 30% as chances de desenvol-ver diabetes gestacional, fator que pode levar à pré-eclâmpsia, hipoglicemia, má formação e aborto. Além disso, observou-se uma diminuição de 40% na probabilidade de bebês exces-sivamente grandes, que podem acarretar em problemas pulmo-nares, entre outros.

Segundo o coordenador do Centro de Obesidade e Dia-betes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Ricardo Cohen, os resultados afetam o qua-dro crescente de mulheres obe-sas que engravidam. “É mais comum que essas gestantes apresentem mais problemas de saúde neste período, in-cluindo diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto prema-turo e risco de mortalidade neonatal. Seus bebês são mais propensos a apresentarem ex-cesso ou baixo peso ao nascer, problemas congênitos ou, até mesmo, desenvolver obesidade na infância”, afirma. Ao contrário do que se imaginava, a cirurgia bariátrica não é um fator de risco para gestantes e bebês, é sim uma proteção à saúde

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O especialista ressalta ainda que a cirurgia bariátrica deve ser realizada ainda na fase em que a mulher planeja engravidar, com o objetivo de perder peso e aju-dar no processo de fertilidade, garantindo assim uma gestação segura e saudável. “As pacientes obesas possuem normalmente mais distúrbios no eixo hopi-tálamo-hipófise-ovário, no ciclo menstrual e têm até três vezes mais chances de sofrer anovu-lação, causados principalmente por um quadro de resistência periférica à ação da insulina e também à síndrome de ovário policístico. A mulher acima do peso ideal produz maior quan-tidade de estrógeno, que causa um efeito contraceptivo, limi-tando as chances de gravidez”, explica o doutor Cohen.

Indicado antes da gestação

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Page 4: Saúde - 15 de março de 2015

F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 15 DE MARÇO DE 2015 F5

São tantas as opções que fi ca difícil escolher uma determinada dieta quando o objetivo é reduzir o peso. A dica é ver à qual se adequa melhor

Afi nal, qual a melhor dieta?

Quem está acima do peso e vive em luta constante com a ba-lança sabe que fazer

dieta nem sempre é tarefa fácil. Porém, muitas vezes o mais difícil é escolher a dieta ade-quada para fazer sem grandes sacrifícios, porque o mais com-plicado não é começar a dieta, é dar continuidade até obter os resultados desejados.

Depois que a presidente Dil-ma emagreceu mais de 13 qui-los com a dieta Ravena, não se fala de outra coisa nesse país. Criado pelo médico e psicana-lista argentino Maximo Raven-na, o programa de emagreci-mento trabalha basicamente com um controle de calorias que geralmente não pode ultra-passar 1.200/dia. Essa dieta rigorosa, que oscila a partir de 800 calorias/dia, permite emagrecer até 3 quilos em apenas uma semana.

A dieta Ravena é defi nida de acordo com as necessidades e as características de cada paciente para defi nir o total de calorias/dia, mas pode ser seguida independente da orientação de um profi ssional porque sua base é a elimina-ção radical de carboidratos e a adoção de frutas, verduras, legumes e proteínas no cardá-pio diário. A dieta é organizada em quatro refeições: café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Segundo a nutróloga Alice Amaral, o importante é não consumir alimentos com alto índice glicêmico como doces, massas, batatas, pães, fritura, queijos amarelados e bebida alcoólica.

Mas existem alternativas para quem não aprovou o mé-todo Ravena. Um programa que

promete erradicar até 4,5 quilos em apenas três dias é a dieta do pepino. Os resultados sur-gem rapidamente, mas exigem muita disciplina e dedicação ao cardápio. Ela é muito recomen-dada para quem sofre com a retenção de líquidos, podendo acabar com a sensação de in-chaço, o que contribui para di-minuir as medidas. É uma dieta radical para perder peso com rapidez quando se pretende en-trar naquele vestido e o tempo é curto, mas não pode durar muito porque o corpo perde nutrientes como potássio e sódio.

A dieta do pepino é prática para realizar. Durante três dias você só vai consumir água e suco de pepino. A principal regrar é ingerir somente suco de um pepino diariamente, sem ultra-passar três pepinos por dia.

Não aprovou? Então vamos tentar mais uma. Certamente você já deve ter ouvido falar

da dieta do Ph, que trata basica-mente dos níveis de alcalinidade no sangue para o emagrecimen-to. Segundo especialistas, por meio da combinação de alimen-tos acidifi cantes e alcalinizan-tes é possível chegar a um nível de equilíbrio orgânico capaz de proporcionar a perda de peso. A proposta de cardápio é baseada em alimentos específi cos com 5 opções de café da manhã, lanche da manhã e tarde, almoço e jantar.

Diretamente da EuropaA dieta mediterrânea é mui-

to saudável, mas pode ser mais cara em alguns Estados. Ela está relacionada a um con-sumo maior de leite, peixes, azeite de oliva, vinho, legu-minosas e oleaginosas como nozes, azeitonas e amêndoas, lentilha, grão de bico, cereais e verduras e o baixo consumo de carnes vermelhas. Pão e massas também são permi-tidos nessa dieta O resultado é uma vida mais longa e sau-dável. O grande diferencial entre a dieta mediterrânea

e a dieta ocidental é o baixo consumo de carnes verme-lhas, alimentos industrializa-dos e doces que são ricos em gorduras e açucares, e os resultados são comprovados cientifi camente.

Um detalhe importante é que ovos são um dos alimentos dessa dieta, e se pode consu-mir até 6 ovos em um único dia, que podem ser preparados de qualquer forma, nunca fritos. Café, chá e água podem ser bebidos livremente e o uso de goji berry é indicado para melhores resultados.

Contando caloriasSe o pesadelo da maioria

das pessoas que precisa ema-grecer é justamente contar calorias, imagine poder contar com calorias negativas. Isso mesmo, embora a possibili-dade ainda seja apenas um sonho, a boa notícia é que existem alimentos com calo-rias negativas, que você pode consumir sem receio e que ainda vão te ajudar a perder peso com saúde.

A principal característica desse tipo de alimento é que ele tem poucas calorias e

muitas fi bras, o que faz com que o corpo precise trabalhar bastante para fazer a diges-tão e acaba gastando mais calorias do que consumiu. Alguns alimentos que con-tribuem para você baixar ou manter o peso são melancia, alface, abobrinha e pepino. Invista neles, mas é importan-te lembrar que o organismo precisa de equilíbrio entre macronutrientes e micronu-trientes, com necessidade diária de proteína, gordura e carboidrato para emagrecer de maneira saudável.

VERA LIMAEquipe EM TEMPO

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 15 DE MARÇO DE 2015 F5

São tantas as opções que fi ca difícil escolher uma determinada dieta quando o objetivo é reduzir o peso. A dica é ver à qual se adequa melhor

Afi nal, qual a melhor dieta?

Quem está acima do peso e vive em luta constante com a ba-lança sabe que fazer

dieta nem sempre é tarefa fácil. Porém, muitas vezes o mais difícil é escolher a dieta ade-quada para fazer sem grandes sacrifícios, porque o mais com-plicado não é começar a dieta, é dar continuidade até obter os resultados desejados.

Depois que a presidente Dil-ma emagreceu mais de 13 qui-los com a dieta Ravena, não se fala de outra coisa nesse país. Criado pelo médico e psicana-lista argentino Maximo Raven-na, o programa de emagreci-mento trabalha basicamente com um controle de calorias que geralmente não pode ultra-passar 1.200/dia. Essa dieta rigorosa, que oscila a partir de 800 calorias/dia, permite emagrecer até 3 quilos em apenas uma semana.

A dieta Ravena é defi nida de acordo com as necessidades e as características de cada paciente para defi nir o total de calorias/dia, mas pode ser seguida independente da orientação de um profi ssional porque sua base é a elimina-ção radical de carboidratos e a adoção de frutas, verduras, legumes e proteínas no cardá-pio diário. A dieta é organizada em quatro refeições: café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Segundo a nutróloga Alice Amaral, o importante é não consumir alimentos com alto índice glicêmico como doces, massas, batatas, pães, fritura, queijos amarelados e bebida alcoólica.

Mas existem alternativas para quem não aprovou o mé-todo Ravena. Um programa que

promete erradicar até 4,5 quilos em apenas três dias é a dieta do pepino. Os resultados sur-gem rapidamente, mas exigem muita disciplina e dedicação ao cardápio. Ela é muito recomen-dada para quem sofre com a retenção de líquidos, podendo acabar com a sensação de in-chaço, o que contribui para di-minuir as medidas. É uma dieta radical para perder peso com rapidez quando se pretende en-trar naquele vestido e o tempo é curto, mas não pode durar muito porque o corpo perde nutrientes como potássio e sódio.

A dieta do pepino é prática para realizar. Durante três dias você só vai consumir água e suco de pepino. A principal regrar é ingerir somente suco de um pepino diariamente, sem ultra-passar três pepinos por dia.

Não aprovou? Então vamos tentar mais uma. Certamente você já deve ter ouvido falar

da dieta do Ph, que trata basica-mente dos níveis de alcalinidade no sangue para o emagrecimen-to. Segundo especialistas, por meio da combinação de alimen-tos acidifi cantes e alcalinizan-tes é possível chegar a um nível de equilíbrio orgânico capaz de proporcionar a perda de peso. A proposta de cardápio é baseada em alimentos específi cos com 5 opções de café da manhã, lanche da manhã e tarde, almoço e jantar.

Diretamente da EuropaA dieta mediterrânea é mui-

to saudável, mas pode ser mais cara em alguns Estados. Ela está relacionada a um con-sumo maior de leite, peixes, azeite de oliva, vinho, legu-minosas e oleaginosas como nozes, azeitonas e amêndoas, lentilha, grão de bico, cereais e verduras e o baixo consumo de carnes vermelhas. Pão e massas também são permi-tidos nessa dieta O resultado é uma vida mais longa e sau-dável. O grande diferencial entre a dieta mediterrânea

e a dieta ocidental é o baixo consumo de carnes verme-lhas, alimentos industrializa-dos e doces que são ricos em gorduras e açucares, e os resultados são comprovados cientifi camente.

Um detalhe importante é que ovos são um dos alimentos dessa dieta, e se pode consu-mir até 6 ovos em um único dia, que podem ser preparados de qualquer forma, nunca fritos. Café, chá e água podem ser bebidos livremente e o uso de goji berry é indicado para melhores resultados.

Contando caloriasSe o pesadelo da maioria

das pessoas que precisa ema-grecer é justamente contar calorias, imagine poder contar com calorias negativas. Isso mesmo, embora a possibili-dade ainda seja apenas um sonho, a boa notícia é que existem alimentos com calo-rias negativas, que você pode consumir sem receio e que ainda vão te ajudar a perder peso com saúde.

A principal característica desse tipo de alimento é que ele tem poucas calorias e

muitas fi bras, o que faz com que o corpo precise trabalhar bastante para fazer a diges-tão e acaba gastando mais calorias do que consumiu. Alguns alimentos que con-tribuem para você baixar ou manter o peso são melancia, alface, abobrinha e pepino. Invista neles, mas é importan-te lembrar que o organismo precisa de equilíbrio entre macronutrientes e micronu-trientes, com necessidade diária de proteína, gordura e carboidrato para emagrecer de maneira saudável.

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MANAUS, DOMINGO, 15 DE MARÇO DE 2015F6 Saúde e bem-estar

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Fortalecer a coluna evita dores As dores na região lombar

podem afetar homens e mulhe-res em diferentes faixas etárias e até mesmo um público mais jovem como crianças e ado-lescentes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cerca de 85% das pessoas sofrem ou irão sofrer com dores lombares, sendo que em grande parte é o público feminino o mais acometido.

Os motivos para o acometi-mento dos incômodos na região são muitos: fatores hereditá-rios, traumas de repetição no trabalho e no esporte, a in-gestão de bebidas alcoólicas, o tabagismo, idade avançada e, especialmente, os maus há-bitos posturais ao longo do dia. “Na fase adulta, ao menos 1% da população exibe dores consideradas intensas e per-manentes na parte inferior das costas”, afi rma o fi sioterapeuta Helder Montenegro, especialis-ta em coluna vertebral.

Essas dores intensas podem afetar, inclusive, o nervo ciático. Isso porque, as dores crônicas atingem uma área da coluna vertebral, que atua fornecen-do o apoio corporal. “Quando

as dores não são devidamen-te tratadas, podem provocar danos como degeneração dos discos intervertebrais e, conse-quentemente, contribuir para o surgimento de hérnia de disco e osteofi tose (bico de papagaio)”, descreve Montenegro.

Para prevenir os incômodos, o ideal é não descuidar da postura no dia a dia, pois quando o ali-nhamento vertical está correto o corpo realiza movimentos de maneira mais efi caz, evitando a sobrecarga de determinadas re-giões. Uma atividade que ajuda a fortalecer a região lombar e, com isso, evita o acometimento de lesões é o pilates. “O pilates trabalha diferentes músculos do corpo. De modo que, a prática correta do método melhora o fortalecimento dos músculos fracos e alonga os encurtados, garantindo uma melhor fl exibi-lidade e mobilidade das articu-lações”, garante Helder.

A técnica também prioriza a concentração como elemento-chave para sua realização, pois a atenção no exercício melho-ra a consciência do praticante sobre o seu corpo. “O pilates prioriza o controle e a precisão

na execução dos movimentos, proporcionando ao aluno um melhor aproveitamento dos be-nefícios que a atividade ofere-ce”, afi rma o especialista.

Um exemplo disso é o bene-fício da prevenção de lesões a partir do fortalecimento de músculos que dão mais estabili-dade para as articulações. ”Mas, é importante deixar claro que a prática deve respeitar os limites do corpo. Portanto, a indicação é que a carga e a difi culdade dos exercícios aumentem conforme o praticante consiga realizá-los sem compensações”, salienta o fi sioterapeuta.

Veja quais são os benefícios da prática de pilates:• Previne lesões;• Previne fraturas osteoporó-ticas;• Corrige a postura;• Corrige problemas graves de movimento;• Ajuda a evitar problemas da coluna como hérnias de disco;• Favorece a circulação do san-gue;• Combate o estresse;• Melhora a respiração;• Estimula a coordenação mo-tora.

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Algumas medidas podem fazer a diferença para quem quer obter resultados mais rápidos

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Na dúvida sobre a qualidade de sua audição é melhor consultar um especialista para ver se está com alguma perda auditiva. Diversos fatores podem contribuir para que o problema ocorra

som Apatia aos sons,

isolamento afeti-vo, comportamento inadequado frente

a outras crianças ou mau aproveitamento escolar na escola são sintomas que costumam deixar os pais apreensivos e podem ser interpretados erroneamente como rebeldia ou falta de in-teresse, mas ao contrário do que se possa pensar, esses podem ser sintomas de per-da auditiva e os pais devem ficar atentos, procurando o

quanto antes a opinião de um médico. A advertência é do otorrinolaringologista Dr. Iulo Barauna.

Segundo ele, por meio de

uma observação compor-tamental da criança, feita pelos pais ou cuidadores é possível perceber se existe alguma coisa errada. “Mui-tas vezes a suspeita da perda auditiva ocorre pelos profes-sores ao observar um atraso na evolução da linguagem e queda do rendimento esco-lar comparado às crianças de mesma idade”. O mé-dico acrescenta que após essa suspeita, uma avalia-ção audiológica com exa-mes poderá ser solicitada. “Mesmo em crianças muito pequenas, a partir de poucos dias de vida, é possível es-

tabelecer com relativo grau de segurança a presença e até mesmo a severidade da perda auditiva”.

Entendendo o ouvidoO doutor Barauna explica

que cada parte do ouvido tem um papel importante no fornecimento de infor-mações sonoras ao cérebro e que a perda auditiva é o resultado de danos a uma ou várias partes do ouvido externo, médio e interno. Essa perda pode ser causada por diversos fatores, prin-cipalmente aquela induzida por ruídos e a senil .

VERA LIMAEquipe EM TEMPO OUVIDOS

Cada parte do ouvido tem um papel impor-tante nas informações sonoras ao cérebro e a perda auditiva é o resultado de danos a uma ou várias partes do ouvido externo, médio e interno

“A perda auditiva pode ser causada pelo envelhe-cimento do sistema au-ditivo e nesta situação é chamada de presbiacusia. Caracteristicamente apre-senta-se com uma queda no aproveitamento auditi-vo, queda na compreensão das palavras e zumbidos. Inicia-se em média, a partir dos 65 anos, mas a idade e a intensidade da perda au-ditiva são extremamente variáveis, dependendo do comportamento genético de cada indivíduo (histórico familiar)”, diz ele.

Segundo ele, os primeiros sinais da perda auditiva na terceira idade são a difi culdade de detecção dos sons e a queda na compreensão das palavras. “Nesse momento é reco-mendada a avaliação por um otorrinolaringologista

para avaliar se as via au-ditivas não se encontram obstruídas por degrau epi-telias ou mesmo rolhas de cerúmen. Complementa-se a avaliação com um exame de audiometria de tons e de palavras. Com este exame clínico e exame audiométri-co é possível a detecção da existência e da severidade da perda auditiva”.

Mas será que existem

recursos para evitar essa perda de audição?

De acordo com o médico, infelizmente a perda au-ditiva desencadeada pela idade é um evento dege-nerativo causado por estí-mulo genético. Assim como outras doenças genéticas, não existe uma maneira de retardar seu aparecimento ou mesmo terapia de con-trole da progressão.

Causas da perda auditiva

A perda da idade na velhice é um evento degenerativo

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som ficar atentos, procurando o Segundo ele, por meio de dias de vida, é possível es-

“A perda auditiva pode ser causada pelo envelhe-cimento do sistema au-ditivo e nesta situação é chamada de presbiacusia. Caracteristicamente apre-senta-se com uma queda no aproveitamento auditi-vo, queda na compreensão das palavras e zumbidos. Inicia-se em média, a partir dos 65 anos, mas a idade e a intensidade da perda au-ditiva são extremamente variáveis, dependendo do comportamento genético de cada indivíduo (histórico familiar)”, diz ele.

Segundo ele, os primeiros sinais da perda auditiva na terceira idade são a difi culdade de detecção dos sons e a queda na compreensão das palavras. “Nesse momento é reco-mendada a avaliação por um otorrinolaringologista

Causas da perda auditiva

A perda da idade na velhice é um evento degenerativo

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MANAUS, DOMINGO, 15 DE MARÇO DE 2015 F7Saúde e bem-estar

Arritmia cardíaca está entre as causas de AVC

Hipertensão arterial e ál-cool, essa combinação pode ser fatal, princi-palmente para quem já

passou dos 50 anos. “A cada dose de álcool consumida, o risco de um indivíduo ter uma Fibrilação Atrial, considerada o tipo mais comum de arritmia cardíaca, res-ponsável por cerca de 20% de to-dos os casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) aumenta 6%. A

agressão da bebida alcóolica no organismo pode desencadear a doença”, explica o cardiologista Leandro Zimerman.

Segundo o especialista, adotar medidas preventivas pode ajudar a diminuir o número de casos de AVC na população, principal cau-sa de incapacidades em adultos no mundo, de acordo com a Orga-nização Mundial de Saúde (OMS). Dependendo da localização e do tamanho da lesão provocada no cérebro pelo AVC, o paciente pode apresentar sequelas irreversíveis e incapacitantes, como paralisia em um dos lados do corpo e dificuldades na fala.

A Fibrilação Atrial Não Valvar (FANV) se manifesta principal-mente em pessoas com mais de 50 anos, com aumento ex-pressivo de incidência após os 70 anos. Esse perfil tem especial importância no Brasil, diante do aumento da expecta-tiva de vida no país, que passou de 62,7 anos para 73,9 anos entre 1980 e 2013.

O risco de um portador de fibrilação atrial ter um AVC é

de 5 a 7 vezes maior do que o de pessoas sem essa arritmia. Isso porque, muitas vezes, a FANV pode promover a forma-ção de coágulos no coração e eles podem se desprender, levando ao entupimento de artérias em várias partes do corpo, inclusive no cérebro.

O AVC Cerca de 100 mil pessoas mor-

rem por ano no Brasil em função do AVC, de acordo com o Minis-tério da Saúde. A doença atinge 15 milhões de pessoas no mundo todo e pode se apresentar de duas maneiras: isquêmico (80% dos casos) e hemorrágico (20%). Nos dois casos os sintomas são similares: dor de cabeça muito forte, às vezes acompanhada de vômito; dormência ou perda de força na face, nas pernas ou nos braços, em geral em um dos lados do corpo; dificuldades mo-toras, problemas na movimen-tação; incapacidade para falar ou entender frases simples; e dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.

A busca por auxílio médico deve ser imediata, uma vez que o tratamento do AVC isquêmico, em até quatro horas e meia após o início dos sintomas, pode evitar sequelas mais severas e a morte. Além da hipertensão arterial e da FANV, também são fatores de risco para o AVC a diabete, obesidade, colesterol alto e ta-bagismo, bem como o sedenta-rismo e o abuso de álcool.

Cerca de 100 mil pessoas morrem ao ano no Bra-sil vítimas de AVC

Medidas preventivas como evitar a ingestão de álcool, podem ajudar

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F8 MANAUS, DOMINGO, 15 DE MARÇO DE 2015Saúde e bem-estar

Menopausa requer mais consumo de ferro e cálcioHormônios e metabolismo diferentes devem ser considerados nas dietas indicadas. Mulheres precisam redobrar atenção

As dietas recomendadas para as mulheres de-vem ser distintas da-quelas indicadas aos

homens, principalmente pela diferença significativa entre a quantidade de ferro e cálcio que deve ser ingerida diariamente por cada um. De um modo geral, os hormônios e o metabolismo são os principais responsáveis. As proporções dos macronu-trientes (carboidratos, lipídeos e proteínas) são semelhantes para adultos. Entretanto, as recomendações podem ser mais específicas e baseadas em estatísticas populacionais, que considera além da idade e gênero, as fases da vida (gravi-dez e doenças, por exemplo).

Segundo a nutróloga Isolda Prado “o consumo de ferro é avaliado para a mulher princi-palmente a partir do início do ciclo menstrual, para compen-sar as perdas sanguíneas e con-seguir sintetizar as hemácias, que necessitam dele, além de vitamina B12 e ácido fólico”. A quantidade de cálcio também deve ser observada e conside-rar a diferença hormonal entre os sexos. “O aumento da neces-sidade acontece principalmen-te na fase do climatério, entre 51 anos e 70 anos. A mulher precisa de 200mg a mais de

cálcio, quando comparada ao homem, na mesma faixa etá-ria, para o reforço ósseo e menor influência hormonal no processo de fixação do cálcio no osso”, pontua.

E as calorias? A queima de calorias tam-

bém acontece em maior ou menor intensidade entre ho-

mens e mulheres, além de ser influenciada por diversos fa-tores, como atividade física e estado de saúde. A massa muscular é o principal ativo no gasto de energia e, na maioria das vezes, os homens têm mais massa muscular em relação à massa de gordura no corpo, o que faz com que as mulheres demorem mais para gastar al-gumas calorias.

Entre os alimentos ricos em ferro estão o cordeiro, os pães integrais, a beterraba, a gema de ovo, a salsa, o pimentão e outros

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NECESSIDADESAs mulheres tendem a necessitar mais de ferro e cálcio durante a fase do climatério, entre 51 e 70 anos. A mulher precisa de 200 mg a mais de cálcio quando comparada ao homem

Dentre os alimentos ricos em cálcio estão: leite integral, castanha do pará, sorvete de creme, ameixas secas, brocólis e outros

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