saúde - 10 de agosto de 2014

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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 DIVULGAÇÃO Osteoporose é um risco na melhor idade Saúde e bem-estar F4 Diagnóstico individual é importante, pois fornece informações para o melhor funcionamento dessa máquina complexa e singular que é o corpo humano e que, como qualquer máquina, precisa de manutenção para funcionar bem MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO DIFERENÇAS Somos diferentes por fora e por dentro e, por isso, nosso organismo também tem maneiras diferenciadas de funcio- namento. Lembrar disso é muito importante, pois define a maneira de cuidar do corpo diferentes por fora já é o suficiente para provar que, por dentro, o nosso orga- nismo também funciona de uma forma diferente e individual. Lembrar disso é muito importante, pois de- fine a maneira como cada um de nós deve cuidar da própria saúde. U ma nutrição inteli- gente faz parte de um aprendizado diá- rio e duradouro, que visa restaurar o equilíbrio do corpo por meio da nutrição funcional. Com isso, a saúde do paciente é restabelecida, o que gera uma melhora geral em seu bem-estar. Ou seja, se alimentar é bem diferente de se nutrir. Com uma dieta saudável e personalizada e ser- viços auxiliares nesse processo de mudança, dá para torná-lo o mais prazeroso e prático. Mas, afinal, o que é nutrição funcional? Segundo a nutricionista fun- cional Andrezza Botelho, a nu- trição funcional é baseada nas informações fisiológicas e bio- químicas do organismo. “E isso acaba compreendendo infor- mações como a interação que existe entre todos os sistemas do corpo em conjunto com as características dos nutrientes, considerando os perfis genéti- cos, bioquímicos e metabólicos do paciente para promover a melhora e/ou manutenção da sua saúde”, explica. Andrezza Botelho explica que a evolução dos exames, a fim de obtermos essas informa- ções, se torna cada vez mais importante, pois não é ne- cessariamente o que faz bem para um fará o mesmo bem para outro. Por conta disso, o diagnós- tico individual é importante, pois o corpo humano é uma máquina complexa e singu- lar formada por cerca de 100 trilhões de células, compostas exclusivamente por nutrientes e fitoquímicos encontrados nos mais variados alimentos, que são responsáveis pela execução de todas as funções do organismo. “Portanto, conhecer a rela- ção entre nutrientes, fitoquí- micos e o corpo é a base para se detectar desequilíbrios funcionais, ou alterações das funções orgânicas, causadas por carências nutricionais, sobrecarga do sistema imu- nológico, e diminuição da capacidade do organismo de eliminar toxinas”, completa a especialista. Ferramentas precisas Food Detective é uma das ferramentas que a nutricio- nista utiliza para obter resul- tados mais precisos. “Esse é um teste para identificar a intolerância alimentar, que é feito de forma simples, rápida. O Food Detective é específico para identificar 59 alimentos diferentes que podem levar a produção de anticorpos IgG, os quais podem estar associados a intolerância a alimentos e na origem de diversas doenças, tais como, síndrome do cólon irritável, equizema, artrite e outras”, explica. Desenvolvido e produzido por Cambridge Nutritional Sciences, uma empresa bri- tânica, o teste é individual e demora aproximadamente 40 minutos para ser concluído. “É seguro, simples e fácil de exe- cutar. Utiliza a método Elisa para detecção de anticorpos IgG para esses 59 diferentes alimentos. Para fazer o exame basta uma gota de sangue, do mes- mo modo que um exame de glicose. O resultado é entregue numa tabela onde aparecem os alimentos testados”, diz. A partir daí, os alimentos ficam classificados em qua- tro categorias: permitidos (não intoleran- te, podendo ser con- sumidos livremen- te); into- lerância baixa (não con- sumir estes ali- mentos durante 2 meses); intolerân- cia moderada (não consumir durante 3 meses), e intolerân- cia severa (não con- sumir durante 5 meses). A nutricio- nista explica, ainda, que o fato de ser- mos todos Ou seja, o corpo dá si- nais. Por isso, Andrezza Botelho sugere algumas práticas a fim de definir melhor o que acontece com o corpo – e que tam- bém é bastante útil na hora da consulta com o médico. “A primeira dica é anotar os sintomas. Coceira, gases, diarreia, tosse… tudo! Não deixe escapar nada. Uma sim- ples dor de cabeça após comer um determinado alimento pode ser um sinal”, aponta. Ficar de olho na duração e na época do ano em que os sin- tomas ocorrem também pode ajudar a identificar a causa da alergia. Outro ponto importante é pro- curar um especialista. “O tratamento de alergias já instaladas é muito des- gastante e limitante. Por exemplo: os sintomas de alergias respiratórias são super parecidos com os de alergia a lactose. Por isso, somente um especia- lista poderá te ajudar no diagnóstico e tratamento corretos”, finaliza. Dicas preciosas Tudo personalizado!

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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SaúdeCa

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o F

e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

DIVULGAÇ

ÃO

Osteoporose é um risco na melhor idadeSaúde e bem-estar F4

Diagnóstico individual é importante, pois fornece informações para o melhor funcionamento dessa máquina complexa e singular que é o corpo humano e que, como qualquer máquina, precisa de manutenção para funcionar bem

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

DIFERENÇASSomos diferentes por fora e por dentro e, por isso, nosso organismo também tem maneiras diferenciadas de funcio-namento. Lembrar disso é muito importante, pois defi ne a maneira de cuidar do corpo

diferentes por fora já é o sufi ciente para provar que, por dentro, o nosso orga-nismo também funciona de uma forma diferente e

individual. Lembrar disso é muito importante, pois de-fi ne a maneira como cada um de nós deve cuidar da própria saúde.Uma nutrição inteli-

gente faz parte de um aprendizado diá-rio e duradouro, que

visa restaurar o equilíbrio do corpo por meio da nutrição funcional. Com isso, a saúde do paciente é restabelecida, o que gera uma melhora geral em seu bem-estar. Ou seja, se alimentar é bem diferente de se nutrir. Com uma dieta saudável e personalizada e ser-viços auxiliares nesse processo de mudança, dá para torná-lo o mais prazeroso e prático. Mas, afi nal, o que é nutrição funcional?

Segundo a nutricionista fun-cional Andrezza Botelho, a nu-trição funcional é baseada nas informações fi siológicas e bio-químicas do organismo. “E isso acaba compreendendo infor-mações como a interação que existe entre todos os sistemas do corpo em conjunto com as características dos nutrientes, considerando os perfi s genéti-cos, bioquímicos e metabólicos do paciente para promover a melhora e/ou manutenção da sua saúde”, explica.

Andrezza Botelho explica que a evolução dos exames, a fi m de obtermos essas informa-

ções, se torna cada vez mais importante, pois não é ne-cessariamente o que faz bem para um fará o mesmo bem para outro.

Por conta disso, o diagnós-tico individual é importante, pois o corpo humano é uma máquina complexa e singu-lar formada por cerca de 100 trilhões de células, compostas exclusivamente por nutrientes e fi toquímicos encontrados nos mais variados alimentos, que são responsáveis pela execução de todas as funções do organismo.

“Portanto, conhecer a rela-ção entre nutrientes, fi toquí-micos e o corpo é a base para se detectar desequilíbrios funcionais, ou alterações das funções orgânicas, causadas por carências nutricionais, sobrecarga do sistema imu-nológico, e diminuição da capacidade do organismo de eliminar toxinas”, completa a especialista.

Ferramentas precisasFood Detective é uma das

ferramentas que a nutricio-nista utiliza para obter resul-tados mais precisos. “Esse é um teste para identifi car a intolerância alimentar, que é feito de forma simples, rápida. O Food Detective é específi co

para identifi car 59 alimentos diferentes que podem levar a produção de anticorpos IgG, os quais podem estar associados a intolerância a alimentos e na origem de diversas doenças, tais como, síndrome do cólon irritável, equizema, artrite e outras”, explica.

Desenvolvido e produzido

por Cambridge Nutritional Sciences, uma empresa bri-tânica, o teste é individual e demora aproximadamente 40 minutos para ser concluído. “É seguro, simples e fácil de exe-cutar. Utiliza a método Elisa para detecção de anticorpos IgG para esses 59 diferentes alimentos. Para fazer o exame basta uma gota de sangue, do mes-

mo modo que um exame de glicose. O resultado é entregue numa tabela onde aparecem os alimentos testados”, diz.

A partir daí, os alimentos fi cam classifi cados em qua-tro categorias: permitidos (não intoleran-te, podendo ser con-s u m i d o s livremen-te); into-lerância b a i x a (não con-sumir estes ali-mentos durante 2 meses); intolerân-cia moderada (não consumir durante 3 meses), e intolerân-cia severa (não con-sumir durante 5 meses).

A nutricio-nista explica, ainda, que o fato de ser-mos todos

Ou seja, o corpo dá si-nais. Por isso, Andrezza Botelho sugere algumas práticas a fi m de defi nir melhor o que acontece com o corpo – e que tam-bém é bastante útil na hora da consulta com o médico. “A primeira dica é anotar os sintomas. Coceira, gases, diarreia, tosse… tudo! Não deixe escapar nada. Uma sim-ples dor de cabeça após

comer um determinado alimento pode ser um

sinal”, aponta.Ficar de olho

na duração e na época do ano em que os sin-tomas ocorrem também pode ajudar a identifi car a causa da alergia. Outro ponto importante é pro-curar um especialista. “O tratamento de alergias já instaladas é muito des-gastante e limitante. Por exemplo: os sintomas de alergias respiratórias são super parecidos com os de alergia a lactose. Por isso, somente um especia-lista poderá te ajudar no diagnóstico e tratamento corretos”, fi naliza.

Dicas preciosas

Diagnóstico individual é importante, pois fornece informações para o melhor funcionamento dessa máquina complexa e singular que é o corpo humano e que, como qualquer máquina, precisa de manutenção para funcionar bem

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

DIFERENÇASSomos diferentes por fora e por dentro e, por isso, nosso organismo também tem maneiras diferenciadas de funcio-namento. Lembrar disso é muito importante, pois defi ne a maneira de cuidar do corpo

diferentes por fora já é o sufi ciente para provar que, por dentro, o nosso orga-nismo também funciona de uma forma diferente e

individual. Lembrar disso é muito importante, pois de-fi ne a maneira como cada um de nós deve cuidar da própria saúde.Uma nutrição inteli-

gente faz parte de um aprendizado diá-rio e duradouro, que

visa restaurar o equilíbrio do corpo por meio da nutrição funcional. Com isso, a saúde do paciente é restabelecida, o que gera uma melhora geral em seu bem-estar. Ou seja, se alimentar é bem diferente de se nutrir. Com uma dieta saudável e personalizada e ser-viços auxiliares nesse processo de mudança, dá para torná-lo o mais prazeroso e prático. Mas, afi nal, o que é nutrição funcional?

Segundo a nutricionista fun-cional Andrezza Botelho, a nu-trição funcional é baseada nas informações fi siológicas e bio-químicas do organismo. “E isso acaba compreendendo infor-mações como a interação que existe entre todos os sistemas do corpo em conjunto com as características dos nutrientes, considerando os perfi s genéti-cos, bioquímicos e metabólicos do paciente para promover a melhora e/ou manutenção da sua saúde”, explica.

Andrezza Botelho explica que a evolução dos exames, a fi m de obtermos essas informa-

ções, se torna cada vez mais importante, pois não é ne-cessariamente o que faz bem para um fará o mesmo bem para outro.

Por conta disso, o diagnós-tico individual é importante, pois o corpo humano é uma máquina complexa e singu-lar formada por cerca de 100 trilhões de células, compostas exclusivamente por nutrientes e fi toquímicos encontrados nos mais variados alimentos, que são responsáveis pela execução de todas as funções do organismo.

“Portanto, conhecer a rela-ção entre nutrientes, fi toquí-micos e o corpo é a base para se detectar desequilíbrios funcionais, ou alterações das funções orgânicas, causadas por carências nutricionais, sobrecarga do sistema imu-nológico, e diminuição da capacidade do organismo de eliminar toxinas”, completa a especialista.

Ferramentas precisasFood Detective é uma das

ferramentas que a nutricio-nista utiliza para obter resul-tados mais precisos. “Esse é um teste para identifi car a intolerância alimentar, que é feito de forma simples, rápida. O Food Detective é específi co

para identifi car 59 alimentos diferentes que podem levar a produção de anticorpos IgG, os quais podem estar associados a intolerância a alimentos e na origem de diversas doenças, tais como, síndrome do cólon irritável, equizema, artrite e outras”, explica.

Desenvolvido e produzido

por Cambridge Nutritional Sciences, uma empresa bri-tânica, o teste é individual e demora aproximadamente 40 minutos para ser concluído. “É demora aproximadamente 40 minutos para ser concluído. “É demora aproximadamente 40

seguro, simples e fácil de exe-cutar. Utiliza a método Elisa para detecção de anticorpos IgG para esses 59 diferentes alimentos. Para fazer o exame basta uma gota de sangue, do mes-

mo modo que um exame de glicose. O resultado é entregue numa tabela onde aparecem os alimentos testados”, diz.

A partir daí, os alimentos fi cam classifi cados em qua-tro categorias: permitidos (não intoleran-te, podendo ser con-s u m i d o s livremen-te); into-lerância b a i x a (não con-sumir estes ali-mentos durante 2 meses); intolerân-cia moderada (não consumir durante 3 meses), e intolerân-cia severa (não con-sumir durante 5 meses).

A nutricio-nista explica, ainda, que o fato de ser-mos todos

Ou seja, o corpo dá si-nais. Por isso, Andrezza Botelho sugere algumas práticas a fi m de defi nir melhor o que acontece com o corpo – e que tam-bém é bastante útil na hora da consulta com o médico. “A primeira dica é anotar os sintomas. Coceira, gases, diarreia, tosse… tudo! Não deixe escapar nada. Uma sim-ples dor de cabeça após

comer um determinado alimento pode ser um

sinal”, aponta.Ficar de olho

na duração e na época do ano em que os sin-tomas ocorrem também pode ajudar a identifi car a causa da alergia. Outro ponto importante é pro-curar um especialista. “O tratamento de alergias já instaladas é muito des-gastante e limitante. Por exemplo: os sintomas de alergias respiratórias são super parecidos com os de alergia a lactose. Por isso, somente um especia-lista poderá te ajudar no diagnóstico e tratamento corretos”, fi naliza.

Dicas preciosas

Tudo personalizado!

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

Para a biolo-gia molecular, os seres vivos são consti-tuídos por dois tipos principais de moléculas: os ácidos nuc-lêicos e as proteínas”.

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Mau hálito ou halitose, para usar um termo mais técnico. Cerca de 30% da população brasileira tem al-gum grau de alteração no odor do ar que é expirado pelos pulmões, boca e narinas. Não é doença, mas um sintoma. E o assunto, infelizmente ainda costuma ser encarado como piada. Pessoas com bafo geralmente são tratadas com chacota, quando na verdade, precisam de ajuda.

Pois mau hálito pode ser sinal de desequilíbrio orgânico e precisa ser tratado por especialista antes de produzir os problemas emocionais frequentemente associados à hali-tose: insegurança ao se aproximar das pessoas ou ao falar, difi culdade em estabelecer relações amorosas e afetivas, resistência ao sorriso, ansiedade, baixo desempenho pro-fi ssional ou escolar, etc.

As chacotas se baseiam na pre-missa de que a pessoa não faz a higienização adequada da boca, o que nem sempre é verdade. Está comprovado que em mais de 90% dos casos a origem da halitose se dá por alterações na cavidade bucal, acompanhada ou não de alterações sistêmicas.

Uma das mais importantes é a alteração no padrão salivar. Mes-mo com ótima higienização, uma quantidade de saliva defi ciente pode

produzir mau hálito. Por exemplo, o stress do dia a dia e medicamentos de uso crônico, como anti-hiperten-sivos, diabetes ou colesterol, que podem deixar a boca mais seca.

A halitose, na verdade, é fruto da proliferação exagerada de determinadas bactérias. Como a saliva tem a função de lavagem da boca, com menos saliva e proliferação bacteriana foge ao nosso controle natural.

O mau cheiro vem da fermen-tação de restos de alimentos e de células descamadas da mucosa da boca. As bactérias começam a comer os resíduos que fi cam depositados na língua, a chamada saburra. A fermentação da quebra de alimentos libera moléculas de enxofre, esse é o odor que se sente. O enxofre também é liberado na saburra por queima exagerada de glicose ou de gordura do organismo quando a pessoa fi ca muito tempo sem se alimentar, o que refor-ça a importância da alimentação saudável e regular. Nesse caso, a corrente sanguínea absorve o enxofre e, por via pulmonar, ele é exalado. Talvez aí surgisse o mito de que halitose vem do estomago. Baseado na premissa de que há algo no organismo que está em desordem, deve-se alertar a pessoa

para que procure um especialista.Sem dúvida. A higienização bási-

ca inclui uma boa escovação depois das refeições, o uso regular do fi o dental e, muito importante, a raspagem diária da língua, de uma forma delicada para promover a saburra sem machucar.

Além da saliva, os problemas comuns da boca, como cáries e sangramentos, comumente pio-ram o hálito.

Dentes cariados ou pactados, que acumulam resíduos, gengivas infl a-madas e sangrando contribuem para a halitose e devem ser prevenidos e tratados antes de qualquer coisa. As mesmas bactérias que promovem a gengivite produzem o mau hálito.

A halitose não se trata de uma do-ença, mas em controle. Previna o seu hálito: ingerindo bastante líquidos, boa escovação depois das refeições, realizar pequenas refeições e visitar o dentista regularmente.

Um belo sorriso é o melhor cartão de visitas para se apresentar, é um gesto que abre portas, cativa amizades, revela sentimentos e aumenta a autoestima. E um belo sorriso só é possível para quem segue uma rigorosa disciplina oral, que garanta a saúde dos dentes e das gengivas, evitando inclusive a terrível halitose. Siga o alerta.

Biotina é o nome da vitamina da beleza – e ela está pre-sente no alimento produzido especialmente para a abelha rainha: a geleia real. A substância é capaz de rejuvenescer as células da cútis e ainda deixar cabelos mais hidratados e sedosos. Além do consumo, é possível utilizar produtos com o ingrediente. Por muitos anos foi utilizada principalmente na medicina tradicional chinesa para promover uma vida longa e para evitar o envelhecimento precoce das células. Também è utilizada há séculos como estimulante sexual. É o complemento ideal para aquelas pessoas que fazem grande esforço físico e intelectual. É útil para o crescimento e desenvolvimento de crianças e bebês.

Geleia real, o alimento que rejuvenesce e dá energia

Se você gosta de melão aproveite e consuma a fruta sem nenhum sentimento de culpa. Ele pode ser bom em um ponto: é muito alcalinizante. Isso signifi ca que vai ajudar as células das pessoas que comem de maneira pouco saudável (com muito conservante e fritura) a limpar o organismo desse PH ácido, a fi m de iniciar uma nova rotina de alimentação. A grande quantidade de água presente na fruta a torna uma excelente pedida para hidratação do corpo e também ajuda a desintoxicar o organismo, já que tem efeito diurético. Essa caracte-rística também é ótima para quem tem problemas de hipertensão, pois o consumo regular do melão contribui para diminuir a pressão arterial.

Inclua melão na sua dieta e elimine parte das toxinas

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoGracycleide DrumondJoão Alves

Evolucionismo como escolha na medicina

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Humberto Figliuolo

Farmacêutico

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Afaste esse mal

A genialidade da teoria de Darwin, na época da publicação, desvinculada dos saberes da ge-nética, embutia o pressuposto de as mudanças impostas ao corpo, ditadas pela adaptação ao meio e à sobrevivência dos seres, serem repassadas à descendência.

De certa forma, as ideias de Da-rwin fomentaram a leitura evolu-cionista de Jean Baptiste Lamark. Esse notável botânico francês ne-gou a imobilidade dos seres vivos e os organizou como numa escada rolante, das formas menores e maiss simples às maiores e mais complexas. Também acreditou que a mudança dos corpos era regida pelas necessidades de cada ser vivente, por meio do uso e do desuso das funções orgânicas e dos sentidos natos e que essas transformações seriam herdadas pelas novas gerações.

Contrariamente ao pensamento corrente, Darwin não descreveu a teoria evolucionista. O maior mérito desse cientista foi enfatizar um modelo particular de seleção natural, para explicar a transfor-mação das espécies. Esse modelo, dito seletivo, compreende certo período de tempo, durante o qual podem ocorrer variações morfoló-gicas, produzidas aleatoriamente entre os seres vivos.

Ao contrário, o modelo de La-

marck é composto de dois com-ponentes: o primeiro, voltado ao organismo em si mesmo, no qual todos os organismos vivos possuem a tendência de evoluir do menos para o mais complexo; o segundo, relacionado ao meio ambiente, no qual todos os seres vivos sofrem a infl uência na natureza circundante e graças a essa interação ocorre a di-versidade das espécies.

O exemplo da girafa pode, per-feitamente, contribuir para dife-renciar os dois modelos.

No de Darwin, seletivo, em todos os animais podem ocorrer variações em todos os sentidos, sem interferência da natureza circundante. Assim, somente as girafas com o pescoço mais longo poderão alimentar-se de forma mais adequada e, consequente-mente, se reproduzir.

No de Lamark, pressupõe a rela-ção entre a necessidade da sobre-vivência-reprodução e a mudança da forma do corpo.

Para a biologia molecular, os seres vivos são constituídos por dois tipos principais de moléculas: os ácidos nuclêicos (AND e ARN) e as proteínas. Cada proteína é ela-borada a partir de um gene. Esse gene é, inicialmente, recopiado em ARN (transcriptação), para, em seguida, a partir da cópia,

estruturar a síntese da proteína (tradução). Dessa forma, a bio-logia molecular está estruturada sob esse dogma fundamental que sustenta como sendo unidirecio-nal na elaboração das proteínas, isto é, só o gene determina a síntese das proteínas e nunca o contrário. Contudo, é possível que esse mecanismo não este-ja engessado e, contrariamente, possua certa plasticidade.

Considerando a infi nita com-plexidade dos seres vivos, é mais possível que a relação entre gene e proteína seja regida pela plas-ticidade e não imobilizada pelo determinismo genético, isto é, os humanos seriam produtos das re-lações entre a natureza circundan-te x os copos x as moléculas.

É desnecessário repetir a re-sistência às novas ideias evo-lucionistas darwinianas, contudo a ruptura com o imobilismo do Gênese bíblico estava claramente iniciada. Darwin trouxe à baila as variáveis da seleção natural frente à capacidade de sobrevivência do animal, ligadas às fontes de ali-mentos, em ambiente específi co, como o ponto fundamental das transformações biológicas. Na de-pendência da comida disponível, os mais adaptados ao meio viverão e os outros, menos aptos, serão eliminados pela seleção natural.

Mau hálito pode ser sinal de desequilí-brio orgânico e precisa ser tratado por es-pecialista an-tes de produzir problemas emocionais”.

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

A importância do cálcio para a gestante e o bebêResponsável pela boa saúde dos ossos e dentes, o cálcio vai além e é fundamental no período gestacional para os dois

Não é novidade que o cálcio é importante para a boa saúde dos ossos e dentes

para homens e mulheres em todas as fases da vida. Mas, durante a gestação, sua inges-tão na quantidade adequada é essencial para a formação do feto e para a manuten-ção do bom funcionamento do organismo materno.

Responsável por quase 2% do peso de uma pessoa, 99% do cálcio concentra-se nos dentes e ossos e 1% esta distribuído no sangue e nos tecidos, por isso, além dele ter a função de garantir a boa formação dentária e óssea, ele também atua outras áreas extremamen-te importantes para o organis-mo. Como exemplo, temos sua ação na coagulação do sangue, em conjunto com a vitamina K; no processo de contração e relaxamento dos músculos; na transmissão de estímulos nervosos; na regulação dos batimentos cardíacos e ajuda, inclusive, a combater a hiper-tensão, preocupação extrema-mente importante no dia a dia das gestantes. Na gestação e na amamentação, a mulher fica mais carente de cálcio. “Duran-te os últimos dois trimestres de gravidez e no período de

aleitamento, seu corpo absor-ve mais cálcio dos alimentos do que quando ela não está grávida. O bebê precisa da substância para garantir um desenvolvimento mais sadio e saudável de ossos e dentes e, caso o mineral não seja inge-rido na alimentação, o corpo compensa essa defasagem, retirando dos ossos da mãe o cálcio necessário para suprir a necessidade do bebê e para a produção de leite. Com isso, a estrutura óssea da gestante pode enfraquecer”, explica o doutor Luciano de Melo Pom-pei, ginecologista e obstetra.

“Fazendo um bom acom-panhamento da gravidez, o médico recomendará que a mãe consuma a quantidade suficiente de cálcio todos os dias – antes, durante e após a gravidez, ingerindo os prin-cipais alimentos como fonte dietética de cálcio, como o leite e seus derivados (quei-jo, manteiga e iogurte, entre outros), além dos vegetais verdes escuros folhosos, a gema do ovo, os mariscos e as leguminosas (feijão, grão-de-bico e lentilha). O mesmo profissional ainda indicará o uso de suplementos de cálcio, caso necessário”, comenta o doutor Pompei.

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Na gestação, a ingestão do cálcio na quantidade adequada é essencial para a formação do feto e para a manutenção da mãe

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014 F5

Suplementação de cálcio e osteoporose

Seria uma “mão na roda” se todos os problemas de saúde pudessem ser resol-

vidos com apenas um medi-camento. No entanto, ainda que haja um grande avan-ço na área farmacológica, muitas doenças ainda não podem ser tratadas apenas dessa maneira. Uma dessas condições é a osteoporose, que é bastante onerosa e seu tratamento por medicamen-tos pode acarretar, também, diversos efeitos colaterais.

Uma pílula, um suplemento ou remédio. Essa seria a solução ideal para diversas doenças – principalmen-te os problemas de saúde crônicos. “Aqui, encaixam-se a maioria das doenças crônicas, relacionadas com o estilo de vida, especial-mente com o que comemos e bebemos e se praticamos ou não exercícios físicos”, explica o médico ortopedista Caio Gonçalves de Souza.

Esforços preventivosClaro que, em muitos casos

recorrer a essa solução é possível, especialmente em relação a doenças infec-ciosas que sucumbem aos antibióticos, antifúngicos e, cada vez mais, aos antivirais. Entretanto, com a osteopo-rose, embora existam me-dicamentos para estancar a perda de massa óssea e tra-tar as fraturas debilitantes que, muitas vezes, resultam das quedas originadas pela doença, os remédios são ca-ros, difíceis de administrar e, por vezes, têm efeitos colaterais que podem ser piores do que a doença que se destinam a combater.

Isso faz com que a preven-ção seja a opção de custo-benefício preferencial. Porém, muitos dos esforços para pre-venir esta doença óssea se concentraram em uma pílu-la, ou seja, nos suplementos

de cálcio, mineral responsável pela formação óssea na juventude que deve ter seu nível mantido durante toda a vida. “Mas, assim como mui-tas outras pílulas, con-sideradas inócuas, a se-gurança e a efi cácia de suplementos de cálcio na prevenção da perda de massa óssea está sendo questionada por alguns pesquisadores”, diz o médico.

Vários estudos têm tentado relacionar os suplementos de cálcio ao aumento do risco de ata-ques cardíacos e derrames. Muitos não encontraram efeito algum, dependendo

da população estudada e de quando a suplementação de cálcio foi iniciada.

“A controvérsia deixou inú-meras pessoas, principalmen-te as mulheres na pós-me-nopausa, se perguntando se devem tomar um suplemento de cálcio ou não. Em meio a diversos estudos e pesquisas em andamento, um fato indis-cutível é que a melhor fonte de cálcio para ossos resistentes é a dieta e não os suplementos. Mas são poucos os adultos, adolescentes e crianças que consomem alimentos lácteos ou vegetais em quantidade su-fi ciente para obter a ingestão recomendada deste mineral essencial”, observa Caio de Souza, que também é profes-sor de ortopedia da Faculdade de Medicina na Uninove.

Uma explicação possível para essa relação, segundo os investigadores do Jama, é que o nível sanguíneo de cálcio aumenta após a uti-lização de um suplemento, porém ele se mantém inal-terado, após a ingestão de alimentos ricos em cálcio. Na verdade, este aumento é uma complicação conhe-cida entre os pacientes com doença renal que tomam suplementos de cálcio.

“Isto poderia explicar por-que alguns pacientes que usam suplementação de cálcio aparentemente têm maior risco de doenças car-díacas, ao passo que pa-cientes com uma dieta rica em cálcio não apresentam o mesmo risco”, explica o doutor Caio de Souza.

Diante de tantas pesqui-sas e de tantos resultados díspares, os pesquisadores concordam que, devido à utilização generalizada de

suplemento de cálcio, mais estudos são necessários para esclarecer possíveis riscos e benefícios dessa prática, além de indicar para quem ela é mais indicada.

“Lendo estes estudos, o

que nos parece é que a rela-ção aparente entre o cálcio e as doenças cardiovascula-res é um viés ou uma coin-cidência estatística. Porém, até que novas informações estejam disponíveis, os in-

teressados em preservar a saúde óssea devem apostar numa dieta rica em cálcio e na prática de exercícios físicos, como caminhada, corrida e musculação”, re-comenda o ortopedista.

Os principais riscosAlém disso, não custa nada

lembrar o posicionamento da National Osteoporosis Foundation, que afi rma que os resultados dos estudos atuais e recomendações so-bre os suplementos de cál-cio “se aplicam a mulheres com osteoporose densito-métrica ou que já sofreram fraturas, com mais de 50 anos de idade (ou após a menopausa) ou para grupos específi cos que apresentem fatores de risco para fratu-ra”. “Para esses grupos, os benefícios dos suplemen-tos de cálcio superam em muito quaisquer riscos”, observa o médico.

Dieta: recomendação internacional

PESQUISAControvérsia sobre os suplementos de cálcio surgiu quando estu-dos revelaram que, quando o cálcio foi tomado sem a vitami-na D, os suplementos aumentaram o risco de ataque cardíaco

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

Mais estudos são necessários para esclarecer possíveis riscos e benefícios dos suplementos de cálcio, além de indicar para quem ela é mais recomendada e se vale a pena investir no tratamento que ainda gera uma grande polêmica, até mesmo entre os médicos da área

EXERCÍCIOSAté que novas informa-ções estejam disponí-veis, os interessados em preservar a saúde óssea devem apostar numa dieta rica em cálcio e na prática de exercícios fí-sicos, como caminhada, corrida e musculação

O consumo de leite vem caindo constantemente nas últimas quatro déca-das, sendo em grande parte suplantado por refrigeran-tes e bebidas açucaradas. Estas bebidas estão agora sob fogo cruzado, acusa-das de serem causadoras de obesidade e diabetes tipo 2. Os refrigerantes também contêm muito sódio, que compete com o cálcio para ser absorvido no intestino, levando a uma menor ab-sorção deste último. A partir dos 30 anos, quando a perda óssea começa a ultrapassar a formação óssea, homens

e mulheres passam a con-sumir menos de um copo de leite por dia, tornando a perda mais acentuada.

O iogurte, que é ainda melhor fonte de cálcio do que o leite fl uido, alcançou uma popularidade sem pre-cedentes nos últimos anos, mas poucos o consomem mais do que uma vez por dia, o que não é sufi ciente para satisfazer as necessidades alimentares. O frozen yo-gurt, que ameaça suplantar o sorvete como sobremesa gelada mais popular, tem cerca de metade da quan-tidade de cálcio do que o

iogurte normal e apenas um pouco mais do que o sorvete. E ambos – tanto o frozen quanto o sorvete – são muito mais calóricos do que o leite desnatado.

Os outros alimentos ricos em cálcio são o tofu (quando preparado com cálcio); leite de soja fortifi cado com cál-cio e leite de arroz; salmão e sardinha em lata (mas só se você comer os ossos); amêndoas; couve; e brócolis. “Mas poucas pessoas conso-mem o sufi ciente destes ali-mentos, todos os dias, para obter o cálcio que precisam”, afi rma o ortopedista.

Alimentação versus a doençaO cálcio tem várias fun-

ções no nosso organismo, tais como auxiliar na con-tração muscular, nas si-napses (ligações) entre os neurônios, no mecanismo de aderência das células, dentre outras. Quando o corpo não ingere cálcio sufi -ciente em determinado dia para todas estas funções, ele se utiliza da reserva deste mineral que todos nós temos nos ossos.

“Logo, retirar o cálcio dos ossos para utilizá-lo em ou-tros locais do corpo é perfei-tamente normal. O que não é esperado é que o corpo fi que décadas retirando o cálcio dos ossos porque não há absorção sufi ciente dele devido a erros de alimenta-ção. Isto levará a perda da reserva óssea e a fratura dos mesmos. É justamente para manter esta reserva estável durante a vida que se começou a fazer a su-plementação, já que é mais fácil tomar um comprimido do que fazer uma dieta ade-quada”, explica Souza.

O cálcio protege o siste-ma cardiovascular, ajuda a reduzir a pressão arterial

e o risco de hipertensão, um dos principais fatores para as doenças cardía-cas. Um estudo (The Iowa Women’s Health Study) rela-cionou uma maior ingestão de cálcio por mulheres na pós-menopausa com uma redução do risco de mortes por doenças cardíacas.

SuplementosDepois disto, a controvér-

sia sobre os suplementos de cálcio surgiu quando uma metanálise de 15 estudos re-alizados por Mark J. Bolland, da Universidade de Auckland, descobriu que quando o cál-cio foi tomado sem a vi-tamina D (que aumenta a absorção de cálcio), os suple-mentos aumentaram o risco de ataque cardíaco em cerca de 30%. Bolland, em seguida, analisou novamente dados do the Women’s Health Ini-tiative e encontrou um risco 24% maior de ataque cardí-aco entre as mulheres que tomaram cálcio com ou sem a vitamina D. Neste caso, o aumento do risco ocorreu apenas entre as mulheres que passaram a tomar o suplemento de cálcio a partir

do início do estudo e que não tomavam o suplemento antes do estudo começar.

No entanto, em dezem-bro de 2012, um relató-rio publicado on-line pela Osteoporosis International, informou que entre 36.282 mulheres na pós-meno-pausa que participaram do estudo the Women’s Heal-th Initiative, aquelas que tomaram suplementos de 1.000 miligramas de cálcio junto com 400 unidades in-ternacionais de vitamina D sofreram uma redução de 35% do risco de fratura de quadril e nenhum aumento de ataques cardíacos duran-te um período de sete anos de acompanhamento.

Outro estudo, publicado on-line no Jama Internal Me-dicine, descobriu que entre 388.229 homens e mulheres, inicialmente com idades en-tre 50 e 71 anos, acompa-nhados por uma média de 12 anos, o suplemento de cálcio aumentou o risco de mor-te cardiovascular em 20% entre os homens, mas nas mulheres não. O aumento do risco foi observado apenas entre os fumantes.

Existem controvérsias

Uma dieta rica em cálcio pode substituir a suplementação e evitar os danos da doença

A eficácia de suple-mentos de cálcio na prevenção da perda de massa óssea está

sendo questionada por pesquisadores

Quando o corpo não ingere cálcio sufi -ciente em determi-

nado dia para todas estas funções, ele se utiliza da reser-va desse mineral

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014 F5

Suplementação de cálcio e osteoporose

Seria uma “mão na roda” se todos os problemas de saúde pudessem ser resol-

vidos com apenas um medi-camento. No entanto, ainda que haja um grande avan-ço na área farmacológica, muitas doenças ainda não podem ser tratadas apenas dessa maneira. Uma dessas condições é a osteoporose, que é bastante onerosa e seu tratamento por medicamen-tos pode acarretar, também, diversos efeitos colaterais.

Uma pílula, um suplemento ou remédio. Essa seria a solução ideal para diversas doenças – principalmen-te os problemas de saúde crônicos. “Aqui, encaixam-se a maioria das doenças crônicas, relacionadas com o estilo de vida, especial-mente com o que comemos e bebemos e se praticamos ou não exercícios físicos”, explica o médico ortopedista Caio Gonçalves de Souza.

Esforços preventivosClaro que, em muitos casos

recorrer a essa solução é possível, especialmente em relação a doenças infec-ciosas que sucumbem aos antibióticos, antifúngicos e, cada vez mais, aos antivirais. Entretanto, com a osteopo-rose, embora existam me-dicamentos para estancar a perda de massa óssea e tra-tar as fraturas debilitantes que, muitas vezes, resultam das quedas originadas pela doença, os remédios são ca-ros, difíceis de administrar e, por vezes, têm efeitos colaterais que podem ser piores do que a doença que se destinam a combater.

Isso faz com que a preven-ção seja a opção de custo-benefício preferencial. Porém, muitos dos esforços para pre-venir esta doença óssea se concentraram em uma pílu-la, ou seja, nos suplementos

de cálcio, mineral responsável pela formação óssea na juventude que deve ter seu nível mantido durante toda a vida. “Mas, assim como mui-tas outras pílulas, con-sideradas inócuas, a se-gurança e a efi cácia de suplementos de cálcio na prevenção da perda de massa óssea está sendo questionada por alguns pesquisadores”, diz o médico.

Vários estudos têm tentado relacionar os suplementos de cálcio ao aumento do risco de ata-ques cardíacos e derrames. Muitos não encontraram efeito algum, dependendo

da população estudada e de quando a suplementação de cálcio foi iniciada.

“A controvérsia deixou inú-meras pessoas, principalmen-te as mulheres na pós-me-nopausa, se perguntando se devem tomar um suplemento de cálcio ou não. Em meio a diversos estudos e pesquisas em andamento, um fato indis-cutível é que a melhor fonte de cálcio para ossos resistentes é a dieta e não os suplementos. Mas são poucos os adultos, adolescentes e crianças que consomem alimentos lácteos ou vegetais em quantidade su-fi ciente para obter a ingestão recomendada deste mineral essencial”, observa Caio de Souza, que também é profes-sor de ortopedia da Faculdade de Medicina na Uninove.

Uma explicação possível para essa relação, segundo os investigadores do Jama, é que o nível sanguíneo de cálcio aumenta após a uti-lização de um suplemento, porém ele se mantém inal-terado, após a ingestão de alimentos ricos em cálcio. Na verdade, este aumento é uma complicação conhe-cida entre os pacientes com doença renal que tomam suplementos de cálcio.

“Isto poderia explicar por-que alguns pacientes que usam suplementação de cálcio aparentemente têm maior risco de doenças car-díacas, ao passo que pa-cientes com uma dieta rica em cálcio não apresentam o mesmo risco”, explica o doutor Caio de Souza.

Diante de tantas pesqui-sas e de tantos resultados díspares, os pesquisadores concordam que, devido à utilização generalizada de

suplemento de cálcio, mais estudos são necessários para esclarecer possíveis riscos e benefícios dessa prática, além de indicar para quem ela é mais indicada.

“Lendo estes estudos, o

que nos parece é que a rela-ção aparente entre o cálcio e as doenças cardiovascula-res é um viés ou uma coin-cidência estatística. Porém, até que novas informações estejam disponíveis, os in-

teressados em preservar a saúde óssea devem apostar numa dieta rica em cálcio e na prática de exercícios físicos, como caminhada, corrida e musculação”, re-comenda o ortopedista.

Os principais riscosAlém disso, não custa nada

lembrar o posicionamento da National Osteoporosis Foundation, que afi rma que os resultados dos estudos atuais e recomendações so-bre os suplementos de cál-cio “se aplicam a mulheres com osteoporose densito-métrica ou que já sofreram fraturas, com mais de 50 anos de idade (ou após a menopausa) ou para grupos específi cos que apresentem fatores de risco para fratu-ra”. “Para esses grupos, os benefícios dos suplemen-tos de cálcio superam em muito quaisquer riscos”, observa o médico.

Dieta: recomendação internacional

PESQUISAControvérsia sobre os suplementos de cálcio surgiu quando estu-dos revelaram que, quando o cálcio foi tomado sem a vitami-na D, os suplementos aumentaram o risco de ataque cardíaco

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

Mais estudos são necessários para esclarecer possíveis riscos e benefícios dos suplementos de cálcio, além de indicar para quem ela é mais recomendada e se vale a pena investir no tratamento que ainda gera uma grande polêmica, até mesmo entre os médicos da área

EXERCÍCIOSAté que novas informa-ções estejam disponí-veis, os interessados em preservar a saúde óssea devem apostar numa dieta rica em cálcio e na prática de exercícios fí-sicos, como caminhada, corrida e musculação

O consumo de leite vem caindo constantemente nas últimas quatro déca-das, sendo em grande parte suplantado por refrigeran-tes e bebidas açucaradas. Estas bebidas estão agora sob fogo cruzado, acusa-das de serem causadoras de obesidade e diabetes tipo 2. Os refrigerantes também contêm muito sódio, que compete com o cálcio para ser absorvido no intestino, levando a uma menor ab-sorção deste último. A partir dos 30 anos, quando a perda óssea começa a ultrapassar a formação óssea, homens

e mulheres passam a con-sumir menos de um copo de leite por dia, tornando a perda mais acentuada.

O iogurte, que é ainda melhor fonte de cálcio do que o leite fl uido, alcançou uma popularidade sem pre-cedentes nos últimos anos, mas poucos o consomem mais do que uma vez por dia, o que não é sufi ciente para satisfazer as necessidades alimentares. O frozen yo-gurt, que ameaça suplantar o sorvete como sobremesa gelada mais popular, tem cerca de metade da quan-tidade de cálcio do que o

iogurte normal e apenas um pouco mais do que o sorvete. E ambos – tanto o frozen quanto o sorvete – são muito mais calóricos do que o leite desnatado.

Os outros alimentos ricos em cálcio são o tofu (quando preparado com cálcio); leite de soja fortifi cado com cál-cio e leite de arroz; salmão e sardinha em lata (mas só se você comer os ossos); amêndoas; couve; e brócolis. “Mas poucas pessoas conso-mem o sufi ciente destes ali-mentos, todos os dias, para obter o cálcio que precisam”, afi rma o ortopedista.

Alimentação versus a doençaO cálcio tem várias fun-

ções no nosso organismo, tais como auxiliar na con-tração muscular, nas si-napses (ligações) entre os neurônios, no mecanismo de aderência das células, dentre outras. Quando o corpo não ingere cálcio sufi -ciente em determinado dia para todas estas funções, ele se utiliza da reserva deste mineral que todos nós temos nos ossos.

“Logo, retirar o cálcio dos ossos para utilizá-lo em ou-tros locais do corpo é perfei-tamente normal. O que não é esperado é que o corpo fi que décadas retirando o cálcio dos ossos porque não há absorção sufi ciente dele devido a erros de alimenta-ção. Isto levará a perda da reserva óssea e a fratura dos mesmos. É justamente para manter esta reserva estável durante a vida que se começou a fazer a su-plementação, já que é mais fácil tomar um comprimido do que fazer uma dieta ade-quada”, explica Souza.

O cálcio protege o siste-ma cardiovascular, ajuda a reduzir a pressão arterial

e o risco de hipertensão, um dos principais fatores para as doenças cardía-cas. Um estudo (The Iowa Women’s Health Study) rela-cionou uma maior ingestão de cálcio por mulheres na pós-menopausa com uma redução do risco de mortes por doenças cardíacas.

SuplementosDepois disto, a controvér-

sia sobre os suplementos de cálcio surgiu quando uma metanálise de 15 estudos re-alizados por Mark J. Bolland, da Universidade de Auckland, descobriu que quando o cál-cio foi tomado sem a vi-tamina D (que aumenta a absorção de cálcio), os suple-mentos aumentaram o risco de ataque cardíaco em cerca de 30%. Bolland, em seguida, analisou novamente dados do the Women’s Health Ini-tiative e encontrou um risco 24% maior de ataque cardí-aco entre as mulheres que tomaram cálcio com ou sem a vitamina D. Neste caso, o aumento do risco ocorreu apenas entre as mulheres que passaram a tomar o suplemento de cálcio a partir

do início do estudo e que não tomavam o suplemento antes do estudo começar.

No entanto, em dezem-bro de 2012, um relató-rio publicado on-line pela Osteoporosis International, informou que entre 36.282 mulheres na pós-meno-pausa que participaram do estudo the Women’s Heal-th Initiative, aquelas que tomaram suplementos de 1.000 miligramas de cálcio junto com 400 unidades in-ternacionais de vitamina D sofreram uma redução de 35% do risco de fratura de quadril e nenhum aumento de ataques cardíacos duran-te um período de sete anos de acompanhamento.

Outro estudo, publicado on-line no Jama Internal Me-dicine, descobriu que entre 388.229 homens e mulheres, inicialmente com idades en-tre 50 e 71 anos, acompa-nhados por uma média de 12 anos, o suplemento de cálcio aumentou o risco de mor-te cardiovascular em 20% entre os homens, mas nas mulheres não. O aumento do risco foi observado apenas entre os fumantes.

Existem controvérsias

Uma dieta rica em cálcio pode substituir a suplementação e evitar os danos da doença

A eficácia de suple-mentos de cálcio na prevenção da perda de massa óssea está

sendo questionada por pesquisadores

Quando o corpo não ingere cálcio sufi -ciente em determi-

nado dia para todas estas funções, ele se utiliza da reser-va desse mineral

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

L. R. de Souza

Mulheres acima de 40 anos apre-sentam um grande desafi o para os tratamentos de infertilidade, pois, após esta idade, os ovários envelhecem e produzem óvulos em menor quantidade e de pior qualidade. É a regra da vida! As chances de gravidez diminuem e as possibilidades de abortos e doenças cromossômicas do bebê aumentam. Os resultados dos tra-tamentos de fertilização tendem a ser piores e a quantidade de medi-cação utilizada maior, implicando também num maior custo fi nancei-ro. Alguns exames de laboratório podem confi rmar esta tendência, mas não defi nem o real quadro de difi culdades da paciente.

Os exames mais importantes para a análise do potencial repro-dutivo da mulher são as dosagens dos hormônios FSH, LH, estradiol, hormônio antimulleriano e Inibi-na-B, todos dosados no 3º dia do ciclo menstrual. O exame de ultra-som é também bastante útil para esta avaliação. Os resultados podem até ser normais, contudo, na maioria das vezes, os óvulos são de qualidade indesejável.

A utilização de novos trata-mentos que serão agora apre-sentados oferece alternativas que podem aumentar as chances de gravidez.

Nos últimos meses, novos traba-lhos científi cos dão uma nova pers-pectiva para mulheres que querem ter um bebê mas têm difi culdades. São quatro novidades que podem ajudar a ampliar as possibilida-des de sucesso: Coenzyma Q10, Vitamina D, Dhea e o Etinil Es-tradiol. Estes medicamentos são simples, de baixo custo quando comparados aos utilizados nos tra-tamentos convencionais, e com efeitos colaterais indesejáveis praticamente inexistentes.

Coenzyma Q10A Coenzima Q10 ou Quinona Q10

é uma substância natural do nos-so organismo, presente em quase todas as células humanas. Desem-penha um papel essencial na capa-cidade celular de produzir ATP (Ade-nosina trifosfato), que representa a unidade básica de energia utilizada pelo nosso corpo para manter as funções vitais. Está concentrada em organelas situadas no citoplasma das células (fora do núcleo), cha-madas de mitocôndrias.

Os óvulos das mulheres com mais idade têm uma quantidade menor de mitocôndrias e menos funcional, provocando diminuição do ATP e um provável envelhecimento dos óvu-los. Esta diminuição leva a um pre-juízo da divisão dos cromossomos e um aumento de malformações fetais (Síndrome de Down, Edwards e outras) comuns nas mulheres com mais idade. A concentração de ATP que as células carregam está direta-mente relacionada com o potencial de implantação dos embriões.

O uso da Coenzyma Q10 pode substituir a Transferência de Ci-toplasma (chamado por alguns, de modo inadequado, de “óvulos turbi-nados”), um procedimento proibido por lei e pela ética médica, embora a sua realização tenha demonstrado um aumento da taxa de gravi-dez. Neste processo, utilizado para compensar a perda da fertilidade, realiza-se a transferência do ci-toplasma dos óvulos de mulheres jovens para as mais velhas. É cha-mado de heteroplasma – presença de material genético de duas fontes - os bebês possuem três origens genéticas (mãe, pai e doadora). O impacto destas três origens pro-vocou experimentalmente, em ani-mais, nascimentos com distúrbios metabólicos graves, daí a razão da proibição.

L. R. DE SOUZA(*)Professor Associado 3 de Tocoginecologia da Universidade Federal do Amazonas. Mestre e Doutor em Tocoginecologia pela Unicamp. Felow em Reprodução Humana pelo Instituto Valenciano de Infertilidade – Espanha. Diretor do Hospital Universitário Getúlio Vargas. Diretor do LaVitta – Centro de Medicina Reprodutiva e Infertilidade da Amazônia Ltda.

Novos tratamentos melhoram a fertilidade da mulher

Prof. Dr. Lourivaldo Rodrigues de Souza CRM-AM: 960 TEGO: 090/85

Menopausa acomete 70% das mulheres até os 45 anosCalor excessivo, pal-

pitações, fadiga, aumento do peso, i r r e g u l a r i d a d e

menstrual, diminuição da libido, insônia, acometem cerca de 70% das mulhe-res entre 45 e 55 anos. O responsável por todos esses sintomas é a menopausa.

Segundo a doutora Eri-ca Mantelli, ginecologista e obstetra, o diagnóstico da menopausa só é feito após o período de 12 meses sem menstruação. “Na menopau-sa, a mulher deixa de produzir os hormônios ovarianos: es-trógeno e progesterona. Oca-sionados pela parada do ciclo de ovulação e consequente fi m ciclos menstruais, ou seja, a mulher não tem mais san-gramento e a capacidade de gerar um bebê”, afi rma.

Para algumas mulheres, a menopausa chega mais cedo, com pelo menos 15 anos de antecedência. “Quando a me-nopausa ocorre antes dos 40 anos, sem uma causa apa-rente, costuma-se identifi car o processo como Falência Ovariana Prematura ou FOP”, explica a ginecologista.

Cerca de 3% das mulheres terão sua menopausa antes dos 40 anos. A falência ova-riana precoce responde por cerca de 10% da ausência de menstruação e 1% dos casos

de infertilidade.

Climatério ou menopausa?Muitas mulheres confundem

o período de climatério com o da menopausa, mas na verdade são bem diferentes. “O clima-tério é a transição do período reprodutivo para o não repro-dutivo. E a menopausa é a

última menstruação da mulher”, ressalta a ginecologista.

O estágio do climatério co-meça por volta dos 40 anos e se estende até a pós-me-nopausa. “Alguns sintomas do climatério podem ser se-melhantes aos de uma TPM. Sensação de inchaço no corpo e mamas, dores fortes de ca-beça, as alterações de humor (nervosismo, irritação, triste-za profunda) que podem se manifestar ao longo de até 15 dias antes da menstruação”, esclarece a médica.

Muitas mulheres confundem o período de climatério com o da menopausa, mas, na verdade, são coisas bem diferentes

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AÇÃO

1. Não espere chegar a menopau-sa para começar a se exercitar. “A mulher deve praticar atividade física desde cedo, pois na meno-pausa, por causa das alterações hormonais, pode ganhar peso e os exercícios físicos podem evitar o aumento do peso, além de con-tribuir para melhorar a circulação do sangue, diminuir o colesterol e

o risco de diabetes, prevenção de osteoporose, insônia e depressão”, disse a doutora Erica.2. Faça atividades que envolvam o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, como exercícios de Kegel. “Esse exercício é indicado para as mulheres acima de 40 anos, ele previne problemas como a incon-tinência urinária”, sugere a médica.

3. Trabalhe a sua memória e faça exercícios de raciocínio, palavras cruzadas para diminuir o risco de perda de memória durante a menopausa.4. Mantenha bons hábitos de sono, para compensar as noites mal dormidas por causa da queda dos níveis de estrogênio. 5- Se você sentir uma secura

vaginal, procure o seu médico para que ele recomende o uso de medicamentos tópicos para tratar a falta de lubrifi cação e melhorar o desempenho sexual.6- Faça todos os exames anuais recomendados pelo médico, incluin-do controle de glicemia, colesterol, vitamina D e cálcio, bem como mamografi as e exames pélvicos.

Vai entrar na menopausa? Confi ra as dicas

PRECOCIDADECerca de 3% das mulheres terão sua menopausa antes dos 40 anos. A falên-cia ovariana precoce responde por cerca de 10% da ausência de menstruação e 1% dos casos de infertilidade

Para algumas mulheres, a menopausa pode chegar mais cedo, com pelo menos 15 anos de antecedência

Os exames mais impor-tantes para a análise do potencial re-produtivo da mulher são as dosagens dos hormô-nios FSH, LH, estra-diol, hor-mônio anti-mulleriano e Inibina-B, todos dosa-dos no 3º dia do ciclo menstrual”

Hemofi lia: por mais informaçãoNo Dia Nacional da Saúde,

comemorado nesta semana (5), a Federação Brasileira de Hematologia (FBH) lembrou que a prevenção e informação sobre a doença ou transtor-no a ser tratado é a melhor forma de se conquistar uma saúde plena e obter o resul-tado esperado de tratamen-tos. No Brasil, as pessoas com hemofi lia têm acesso à profi laxia, que é a infusão regular do fator de coagu-lação que o paciente não produz naturalmente em seu organismo antes que ocorra um sangramento, que inibe as hemorragias internas e externas, o que proporciona uma vida sem dores e possí-veis sequelas.

Para a vice-presidente da FBH, Mariana Battazza Frei-re, informar-se a respeito da hemofi lia, de como tratar em cada tipo, saber discernir o que é um sangramento mais grave de um moderado, sa-ber usar o fator de coagu-lação da forma correta nas

situações extraprofi laxia, e, sobretudo, entender que a hemofi lia precisa ser aceita pelos pacientes e familia-res são fundamentais para que a saúde dessas pessoas seja livre de intercorrências. “A aceitação desta condição, sem preconceitos, rancor ou revolta, é o que permite que o paciente se cuide, ou que seus familiares cuidem bem dele”, explica Mariana.

A hemofi lia é um transtorno genético que afeta a coagu-lação do sangue. A pessoa portadora não produz ou tem alteração de produção em um dos 13 fatores responsáveis por essa coagulação. Na he-mofi lia A há falta de Fator 8 e a Hemofi lia B, não há Fator 11 e podem ser classifi cadas em leve, moderada ou grave. A profi laxia é a aplicação desses fatores que não são produzidos pelo organismo preventivamente, o que pos-sibilita a criança ou pessoa ter uma vida normal ao exercer atividades do dia a dia.

Medidas necessárias

Os fatores são distribuídos pelos 183 Centros de Trata-mentos de Hemofi lia espa-lhados pelo país, recebido pelos Ministério da Saúde. O procedimento aumenta em 80% a qualidade de vida e ini-be em 400% a ida emergen-cial aos hemocentros. “Para uma pessoa com coagulopa-tia, a Federação Brasileira de Hemofi lia observa que, mesmo com o tratamento da profi laxia - muitas outras medidas podem e devem ser tomadas para que a saúde, um bem tão preciso, seja alcançado e preservado”, ressalta Tania Pietrobelli, presidente da FBH.

Ainda para a Federação, sabe-se que uma pessoa com hemofi lia ou outra co-agulopatia deve realizar um tratamento específi co, com hematologistas especializa-dos e estar sempre atento aos sinais de sangramento que possam surgir.

A hemofi lia é um transtorno genético que afeta a coagulação do sangue do indivíduo

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DATA

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MANAUS, DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

Várias horas na frente do computador, mais um bocado de tempo presa no trânsito todo dia, estresse no traba-lho, aborrecimentos que cau-sam tensão. Tudo isso acaba tendo um alto preço quando se torna uma rotina: corpo cansado e dor nas costas. Em grande parte como resul-tado de má postura tanto no trabalho quanto fora. Conclu-são: você está na relação da maioria dos brasileiros que sofre com o problema, cada vez mais frequente.

Segundo um estudo da Es-cola Nacional de Saúde Pú-blica, 36% dos brasileiros se queixam do problema. Dado mais alarmante: a Organiza-ção Mundial de Saúde estima que 80% da população global teve, tem ou terá dor nas costas em algum momento da vida. Só para explicar, a mais comum é na região lom-bar, causada principalmente por sedentarismo, excesso de

peso, erros na execução dos exercícios e postura errada no dia a dia, como sentada diante do computador e na posição escolhida para dormir.

Com as mulheres a situa-ção ainda ganha agravantes. Além da anatomia que convida a desequilíbrios posturais - quadris mais largos e joelhos em xis -, há os fatores salto alto, bolsa pesada carregada em um ombro só, exagero de exercícios para o bumbum, mania de encolher a barriga a fim de parecer mais magrinha. Não se engane, todos esses fatores contribuem para pro-vocar a temível dor nas costas. Isso sem falar no momento da gravidez - quando o peso corporal aumenta e a sobre-carga na coluna também - e no stress da vida moderna, que deixam o indivíduo com a sensação de carregar o mundo nas costas e faz o corpo sofrer de verdade.

Quem já deu um mau jeito

nas costas ou sentiu a coluna travar de repente sabe o tama-nho do incômodo. No auge da dor, vale tudo: analgésico, mas-sagem, acupuntura, fisiotera-pia, repouso absoluto.Todas são alternativas válidas para o alívio do desconforto desde que adotadas com orientação médica. Também é importante descobrir a origem do proble-ma, pois há casos em que a dor nas costas é um alerta de pro-blemas respiratórios, renais e gastrointestinais ou hérnia de disco, que se forma quando os discos intervertebrais saem da posição normal e comprimem as raízes nervosas entre as vér-tebras da coluna. Descartadas essas opções, não vale mais nenhum desculpa para fugir da academia. Exercitar-se é una-nimidade entre os especialis-tas como uma ferramenta para fortalecer o corpo, aumentar a elasticidade dos músculos das costas e relaxar - e, portanto, prevenir e tratar a dor.

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AÇÃO Dor nas costas, o mal da modernidade

Alguns exercícios podem até reduzir as dores nas costas

A vantagem é que você tem muitas opções para se exerci-tar e afugentar esse incômodo. Pilates, natação, caminhadas, musculação ou treinamento funcional podem ajudar quem sofre com o problema. Faça uma avaliação e procure a ati-vidade que mais combina com seu jeito de ser. Com a ajuda de um personal trainer você entra em forma e afugenta o fantasma da dor.

Glaucoma e catarata: os cuidados que se deve ter Essas duas doenças são as principais causas de cegueira no país, mas alguns cuidados podem preservar os olhos

De acordo com o Censo 2010 do IBGE (Insti-tuto Brasileira de Ge-ografia e Estatística),

a cegueira atinge cerca de 20% da população só no país, sendo a catarata e o glaucoma as principais causas, conforme dados da Organização Mundial da Saúde. Segundo o ostalmo-logista Richard Yudi Hida, o glaucoma é a doença ocular que mais causa cegueira irre-versível. A catarata é a maior causa de cegueira reversível e a que mais cresce no Brasil. As doenças são mais comuns a partir dos 40 anos para o glaucoma e 55 anos para a catarata. No entanto, o es-pecialista alerta que existem muitos casos que surgem an-tes desta faixa etária e, por isso, é importante consultar o ostalmologista regularmente. “Qualquer anormalidade deve ser investigada. Muitas doen-ças oculares são silenciosas e podem progredir rapidamente, independentemente da idade. Quanto mais cedo o diagnósti-co, maiores as chances de cura ou tratamento adequado para evitar cegueira”, alerta.

Na catarata, o principal sin-toma é a baixa percepção visual, descrita pelo paciente como uma sensação de visão turva. “Esta doença está es-sencialmente, na maioria dos casos, ligada à idade, pois é decorrente do envelhecimento do cristalino, a lente natural do olho. O resultado deste enve-lhecimento é uma perda visual progressiva, que pode evoluir para a cegueira. A doença é reversível na maioria dos casos e o tratamento é cirúr-gico. O diagnóstico é clínico, feito no consultório médico”, esclarece Richard.

Já o glaucoma, segundo Hida, não apresenta sintomas na fase inicial e pode causar perda da visão periférica (late-rais) e até cegueira irreversível na fase avançada, se não for diagnosticado a tempo. Sua principal causa é a tendência familiar, por isso a importân-

cia de prevenção e diagnóstico precoce. “O tipo de glaucoma mais comum se chama glau-coma crônico simples. O sin-toma mais comum é a perda visual periférica, chamado de perda de campo visual. Não é percebida logo no início pelo paciente porque a visão cen-tral é preservada até as fases finais desta enfermidade. É de extrema importância que todos entendam que a doen-ça é assintomática, portanto, não sente dor, ardência, olho vermelho ou dor de cabeça. É importante que pessoas que possuem histórico familiar façam exame ostalmológico periódico. Para diagnosticar, serão realizados alguns exa-mes para esclarecer suspei-tas”, explica.

Fases e cuidados Os cuidados com a visão de-

vem ser iniciados antes mesmo do nascimento. Doenças como Rubéola e Toxoplasmose, que podem afetar as mães nos três primeiros meses de gravidez, podem, ao mesmo tempo, causar cegueira como a ca-tarata congênita e problemas neurológicos na criança. Para garantir a saúde ocular também é recomendado realizar o teste do olhinho, antes que o bebê complete 1 ano ou até já no berçário. “Os cuidados devem começar durante o pré-natal, uma vez que a cegueira em recém-nascidos está comu-mente relacionada a doenças adquiridas durante a gestação”, explica o especialista.

Catarata, a maior causa de cegueira reversível e a que mais cresce no Brasil, por isso é importante consultar o ostalmologista

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AÇÃO

A infância é uma fase im-portante do desenvolvimen-to, pois nela muitas doenças podem ser detectadas e tra-tadas. O desenvolvimento da visão se inicia ao nasci-mento e o potencial máximo da visão se estabelece ao redor dos 7 anos de idade. Quaisquer doenças ocula-res que possam diminuir o potencial máximo de visão até esta idade devem ser tratadas o quanto antes.

O primeiro exame ostal-mológico de rotina deve ser realizado logo no berçário e

depois sugere-se passar com o ostalmologista a cada ano. “Mas se a criança se queixar de dor de cabeça ou mal-estar após algum esforço visual, apresentar desinte-resse por leitura, franzir a testa para enxergar objetos distantes, ou se aproximar muito de cadernos ou livros para ler, é hora de procurar um profissional, pois pode afetar no aprendizado”, aler-ta Hida. Na adolescência, os jovens costumam apresen-tar sinais de cansaço visual e dor de cabeça. Nessa fase

é comum o aparecimento de alterações refrativas, como astigmatismo, miopia e hipermetropia. “Todas elas podem ser corrigidas com uso de óculos e lentes de con-tatos”, diz. Já na fase adulta, as pessoas devem redobrar a atenção à saúde dos olhos. Após os 40 anos, os indivíduos ficam mais suscetíveis às do-enças de visão. Os diabéticos também devem ficar atentos, pois são mais vulneráveis às complicações oculares como a Retinopatia Diabética, que é umas das principais causas

de cegueira no mundo. “Ao completar 40 anos, sugere-se que as visitas sejam a cada um ano e, a partir dos 60, o check-up ostalmológico deve acontecer com mais frequên-cia, dependendo da doença. O cuidado com nossos olhos é um hábito que devemos manter desde o nascimen-to até a velhice. Os exames ostalmológicos garantem a manutenção de uma boa qua-lidade visual e qualidade de vida, portanto, não deixe de realizá-los periodicamente”, aconselha o médico.

DIAGNÓSTICOQualquer anormalidade deve ser investigada. Muitas doenças oculares são silenciosas e podem progredir rapidamente, independentemente da idade. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura

O primeiro exame deve ser realizado cedo

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F8 MANAUS, DOMINGO, 10 DE AGOSTO DE 2014Saúde e bem-estar

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Psicologia no Divã

A sombra de nós mesmos

O que so-mos de fato reside em pensamen-tos, sonhos e planeja-mentos que são a ex-pressão do nosso ínti-mo. Certas coisas não confi dencia-mos”

Paula Eliege VianaCirurgiã-Dentista

Converse com seu dentista, a importância da qualida-de da rela-ção entre o dentista e seu paciente pode ser me-lhorada com a atitude empática do profi ssional”

Rockson Pessoapsicólogo

De modo corriqueiro somos atropelados por aquilo que pensam sobre nós. Seja por muito nos superestimarem ou subestimarem, muitas pesso-as elaboram juízos sobre nos-sas atitudes e ações, isso de certo modo machuca e tantas e tantas vezes magoa. Será que os outros nos conhecem de fato? Conheceriam estes, sobre toda nossa singularida-de? A resposta é não.

O que somos de fato re-side em pensamentos, so-nhos e planejamentos que são a expressão do nosso íntimo. Certas coisas não confi denciamos nem com os mais próximos e nos assusta a possibilidade de alguém que tampouco nos é íntimo, ventilar possibilidades sobre nós. Tendemos a especular de modo corriqueiro, é sem dúvi-da uma qualidade dos nossos cérebros essa necessidade em responder aos questio-namentos, mas como explicar as pseudoverdades que cons-troem de nós mesmos?

Ao pensar sobre as relações humanas e sobre as dinâmi-cas que resultam do encontro com o outro, confabulo sobre a imagem que somos e logo sobre os refl exos que expres-samos. A imagem que proje-tamos, como já dito, é uma construção simbólica de nós mesmos. Não que sejamos

falseados, mas nem tudo que expressamos são em tudo sinceridade. Nossos medos, temores e horrores não po-dem ser avistados a todo momento, isso nos tornaria vulneráveis demais. Expres-samos deste modo símbolos e estes geram suas sombras que são aproximações de um pseudorrealismo.

Se nos avaliam, se nos me-dem ou tecem certezas, tudo isso é graças as sombras de nós mesmos. Se nos julgam arrogantes ou presunçosos, astutos ou soberbos, muitas vezes é pelo espectro e al-tura da sombra projetada. As vezes grande demais em relação a figura e ora dimi-nuta em relação ao que de fato somos. As sombras do que somos, por mais que não sejam verdadeiras, são o alvo de análise daqueles que com nós convivem. São estas sombras que vez ou outra são utilizadas para dimen-sionar aquilo que sentimos ou vivemos.

Em um mundo de espec-tros, matizes e inúmeras pos-sibilidades de existir vamos vivendo em meio aos an-seios nossos e dos outros. Na mais dinâmica das relações que estabelecemos, aquela que é invisível a olho nu, as sombras e reflexos infini-tos seguem suas próprias

direções. Ora deturpam ora camuflam o que fato somos. Estamos presos ao ciclo das cores e das ondas em uma espécie de caleidoscópio social que varia de acordo com nossas emoções, humor e paixões. Somos de fato a imagem que o outro cria, sem nosso consentimento... E quando o real se mostra distante do desejado, te-mos os conflitos, as feridas e os ressentimentos.

Aproximação do realInfelizmente as relações

que estabelecemos permiti-rão, vez ou outra, a desilusão por conta de uma imagem criada. Se é culpa das som-bras ou irresponsabilidade do nosso olhar, nunca sabemos, pois nessa dança de cores, texturas e temperatura, va-mos criando sombras daquilo que nos é desejoso.

A verdade é que sempre partiremos de uma aproxi-mação do real. Falamos aqui de imagens simplesmente, pois o real do que somos, isto não é contaminado por especulações óticas, afinal é algo que reside na própria mente e se constrói ao ponto de ser identidade.

Portanto, sigamos nessa odisseia de existir sem ja-mais esquecer o peso do olhar do outro.

DIVULGAÇÃO

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