são reminho (junho/2012)

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Parte integrante do Notícias do Jardim São Remo - MAIO/JUNHO DE 2012

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Edição junho de 2012

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Page 1: São Reminho (junho/2012)

Parte integrante do Notícias do Jardim São Remo - MAIO/JUNHO DE 2012

Page 2: São Reminho (junho/2012)

A BIBLIOTECAAINDA NÃO ABRIU. VOLTE 2 CASAS.

CÃO REMINHO ESQUECEU SUA CARTEIRINHA! VOLTE AO INÍCIO.

VOCÊ CUIDA MUITO BEM DE SEUS LIVROS, PARABÉNS! AVANCE 2 CASAS.

CÃO REMINHO QUER PEGAR EMPRESTADO UM LIVRODA BIBLIOTECA, MAS NÃO PODE IR SOZINHO. VOCÊ E SEUS AMIGOS NÃO QUEREM AJUDÁ-LO NESSA AVENTURA? Você só vai precisar de:• Umpequenoobjeto(botão,pedra,tampinhadegarrafa,etc.) paramarcarsuaposição• Roleta,napáginaaolado,paraindicarquantascasas vocêdevecaminhar

SEU PAI LHE DEU UMA CARONA! AVANCE 3 CASAS.

ESTÁ CHOVENDO E VOCÊ NÃO TEMUM GUARDA-CHUVA! FIQUE UMA RODADA SEM JOGAR.

DEPOIS DE BRINCAR, POR QUE NÃO IR A UMA BIBLIOTECA COM SEUS AMIGOS?

Page 3: São Reminho (junho/2012)

Instruções para fazer a roleta:• Recorte o retângulo na linha pontilhada e cole-o em um pedaço de papelão• Recorte o hexágono (a figura de dentro) também na linha pontilhada• Atravesse o ponto preto no centro da figura com um palito de dente ou algum objeto parecido• A roleta está pronta!

Para usá-la, você deve apoiar a ponta do palito no chão e girá-lo como se fosse um peão. Quando ele parar de girar, o lado do hexágono que encostar no chão é o número sor-teado.

Que bom que achei este livro antes da chuva chegar...

Um livro é muito importante para nosso crescimento.

Não sei onde está o dono... O que é isso? Uma fábula?

Vou lendo enquanto levo o livro até a biblioteca.

Nossa, um livro perdido ! ! !

♪ ♪

Page 4: São Reminho (junho/2012)

FÁBULA

Era uma vez uma Agulha que conversava com uma Linha: – Por que você está assim, todo cheio de si, fingindo que vale alguma coisa nesse mundo?– Não fale comigo.– Não falar com você? Não falar com você, por quê? Por que você é insuportável? Falarei sim,

falarei sempre que me der na cabeça!– Cabeça? Que cabeça? Você não é alfinete, é agulha! Agulha não tem cabeça! – Você é orgulhosa demais!– Sou mesmo. – Por quê? – Essa é fácil! Simples. Porque costuro. Os vestidos de nossa dona, quem os costura? Eu!– Você!? Você que costura? Quem os costura sou eu!– Você fura o pano. Nada mais. Sou eu quem amarra um pedaço do tecido a outro.– Sim, mas, o que isso adianta? Sou eu quem fura, quem vai na frente, quem te faz obedecer e vir atrás. – Também os soldados vão a frente do exército. – Você é general?– Não. Meu ponto é que você faz um papel subalterno indo a frente. Vai somente mostrando o caminho, vai fazendo um trabalhinho. Sou eu quem costura.

A discussão continuaria se não chegasse a dona dos dois. Não sei se mencionei, mas essa cena acontecia na casa de uma bela moça. Ela chegou, pegou o pano, a agulha, a Linha, juntou as duas e começou a costurar. As duas, há pouco inimigas, iam conjuntas a acompanhar o laço rápido de sua dona. Retomando não-tão-velhas mágoas a agulha disse:– Então, Linha, ainda será cabeça dura? Consegue ver que a nossa dona só se importa comigo?

A Linha não respondeu. O pequenino espaço deixado pela Agulha logo era preenchido pela muito silenciosa Linha. Vendo que sua provocação não adiantava nada, a Agulha juntou-se também ao silêncio. Nada mais se ouvia na sala. O sol caia pela janela, o pano ganhava sombra, anoitecia. A costureira guardou o pano para o dia seguinte, para o próximo e ainda para o próximo...Chegou a noite de usar a roupa. A bela moça se vestiu. Levava a agulha consigo, arrumava os últimos detalhes. Estava linda. A Linha, enquanto entrelaçava as últimas falhas, não se aguentou e perguntou:– Agulha! Me diga! Quem é que vai agora à festa? Quem vai dançar? Quem vai se divertir? Vamos, diga quem!A Agulha não respondeu. Quem respondeu, afinal, foi um alfinete de enorme cabeça ainda maior experiência, dizendo à Agulha:– Aprende, Agulha. Você trabalha tão duro e é ele quem vai se divertir. Faça da mesma maneira que eu: não abra caminho para ninguém, onde te espetarem, fique.

A Agulha e a Linha

Adaptado do conto “Um Apólogo” de Machado de Assis