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83
Santa Clara Indústria de Alimentos Plano de Negócios Março 2006

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Santa Clara Indústria

de Alimentos

Plano de Negócios

Março 2006

Introdução

O açaizeiro é nativo da Floresta

Amazônica e de grande

importância sócio econômica.

Produção de polpa e palmito.

Exploração iniciou-se a partir

dos anos 60 devido à escassez

de palmito na região sudeste

Representa 90% do palmito

comercializado atualmente

Introdução

Ocorrência natural do

açaizeiro

Maior concentração de açaizeiros no Brasil

Gurupá

Conceito do Negócio

Uso sustentável dos recursos naturais

Geração de emprego

Aumento da renda da população

ribeirinha

O Produto

Palmito em conserva com matéria-prima a

partir do cultivo e plano de manejo de

açaizeiros de Gurupá e municípios vizinhos.

Produto de alta qualidade sanitária.

BOTULISMO

0

1

2

3

4

5

6

1979 78-85 1986 87-89 90 91-96 97 98 99 2000 2001 2002

Ano

me

ro d

e C

as

os

Casos Óbitos Suspeitos

CASOS/SURTOS CONHECIDOS DE BOTULISMO HUMANO NO ESTADO DE SÃO

PAULO, SEGUNDO OS REGISTROS OFICIAIS E/OU DOCUMENTOS TÉCNICOS E

ARTIGOS PUBLICADOS DISPONÍVEIS, 1979-2002

Fontes: SIM: 1979-1996; AIH/DATASUS:

1998-2001; IAL: 1982-1999; CR BOT:

1999-2001; Artigos/Doc.: Ref. Bibliog;

2002: dados provisórios.

CR

BOT

“Todo alimento em conserva pode se

contaminar pelo agente causador do

botulismo, principalmente pela má

conservação do alimento dentro de casa

ou erros durante o processo produtivo”

(Anvisa, 2006)

Nos últimos 5 anos o Brasil registrou 19

casos de botulismo, a maioria causada

pelo consumo de palmito contaminado

Embalagens

1000g : peso drenado = 500g

500g: peso drenado = 300g

500g: peso drenado = 300g

SHELF LIFE = 24 MESES

Embalagens

Mercado por embalagens (bruto) ano 2005

Lata 500

10%

Lata 1000

65%

Vidro 500

23%

Vidro 1000

1%

Outros

1%

O Produto como Negócio

Amazon Açaí Palm

Manejo Sustentável do palmito pelas

famílias cooperadas para incremento da

renda familiar

Processo

Colheita Desbaste Transporte

Descascamen

to final e corte Recepção

Imersão em

solução de espera Branqueamento

e resfriamento Acondicionamento

Esterilização e

resfriamento Recravação Exaustão

Rotulagem Encaixotamento

Mercado

Distribuidor

Armazenamento

Descascamento

Parcial

(armaz. refrigerado)

O Palmito no Mundo

O Palmito no Brasil

30.000

35.000

40.000

45.000

50.000

55.000

60.000

65.000

70.000

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Consumo

Produção

Produção ilegal

de palmito

Consumo de Palmito no Brasil

Metropolitana de

SP

31%

Outras

Metropolitanas

25%

Demais

Regiões/Brasil

24%

Consumo Fora do

Domicílio

20%

Exportação

Exportação de Palmito

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

To

ne

lad

as

França

Argentina

Estados

Unidos

Espanha

Maiores compradores

de palmito em

conserva brasileiro

Quem compra o palmito em conserva

brasileiro?

Competidores Marca Indústria Unidade Fabril

Inaceres Inaceres Comercial e Industrial Ltda URUCUCA - BA

Bonduelle Bonduelle do Brasil Comercial Ltda SÃO PAULO - SP

Olé Conservas Olé PELOTAS - RS

Cristalina Cristalina Industria e Comercio de

Alimentos Ltda ALTAMIRA – PA

Don Pepe/Pepita Espabra Generos Alimenticios Ltda OSASCO – SP

Juquiá Floresta Ind. e Com. Ltda JUQUIÁ – SP

BELEM - PA

Gini Industria de Conservas Gini Ltda JUQUIÁ - SP

Hemmer Companhia Hemmer Industria e

Comercio BLUMENAU – SC

Braspalm/Palmazon Industria e Comercio de Conservas

Maiauatá Ltda BELEM – PA

Pão de Açúcar Companhia Brasileira de Distribuição SÃO PAULO – SP

Ivai Riomar Conservas Ltda ANAJÁS – PA

Kenko Sakura Nakaya Alimentos Ltda SÃO PAULO – SP

Castelo Vinagre Castelo Ltda JUNDIAI – SP

King of Palms Amazonia S/A Industria Alimentícia SANTANA – AP

Formação do preço

Custo do Produto

Total custo de 1Kg produto (500g drenado)

Variável Kg R$

Palmito 0,5 1,25

Água 0,464 0,0015

Ácido cítrico 0,006 0,0225

Sal 0,03 0,006

Vapor - 0,0049

Energia elétrica - 0,375

Total 1,0 1,6599

Total custo de 0,5Kg produto (300g drenado)

Variável Kg R$

Palmito 0,3 0,75

Água 0,182 0,0006

Ácido cítrico 0,003 0,01125

Sal 0,015 0,003

Vapor - 0,00196

Energia elétrica - 0,375

Total 0,5 1,14181

Custo de Produção Custos de Produção

1- Impostos Palmito em tolete Palmito picado

EMB B EMB A EMB B EMB A

Pis/Cofins R$ 0,22890 R$ 0,22890 R$ 0,22890 R$ 0,22890

ICMS R$ 0,4252 R$ 0,4252 R$ 0,4252 R$ 0,4252

IPI R$ - R$ - R$ - R$ -

Total R$ 0,6541 R$ 0,6541 R$ 0,6541 R$ 0,6541

2- Custos Variáveis Diretos Palmito em tolete Palmito picado

EMB B EMB A EMB B EMB A

Produto R$ 1,1418 R$ 1,6599 R$ 0,4000 R$ 0,8000

Embalagens R$ 1,5314 R$ 2,7058 R$ 1,5314 R$ 2,7058

Fita R$ 0,0045 R$ 0,0067 R$ 0,0045 R$ 0,0067

Cx. de Embarque R$ 0,0417 R$ 0,0417 R$ 0,0417 R$ 0,0417

Custos com manutenção das máq. R$ 0,0100 R$ 0,0090 R$ 0,0100 R$ 0,0090

Custos com operação das máquinas R$ 0,0050 R$ 0,0050 R$ 0,0050 R$ 0,0050

Perdas de Embalagem R$ 0,0306 R$ 0,0541 R$ 0,0306 R$ 0,0541

Perdas de Produto R$ 0,0114 R$ 0,0166 R$ 0,0040 R$ 0,0080

Total R$ 2,776 R$ 4,499 R$ 2,027 R$ 3,630

3 - Fixos Diretos (Pessoal) Quantidade por turno Salário Encargos Salário + Encargos

Gerente 4 R$ 7.000,000 R$ 7.700,000 R$ 14.700,00

Técnico/Supervisor 5 R$ 6.250,000 R$ 6.875,000 R$ 13.125,00

Auxiliar/Operador 15 R$ 9.000,000 R$ 9.900,000 R$ 18.900,00

Total 22.250,000 24.475,000 46.725,000

Impostos

Imposto

Estadual Federal

ICMS IPI PIS/

PASEP COFINS CSLL IRPJ

Incidência

sobre Circulação Industrializados Receita Bruta Lucro Presumido

Contribuição 7%* 0% 0,65% 3% 9% 15%

* Somente na circulação do produto industrializado, sendo diferido,

no transporte da matéria prima até o estabelecimento industrial.

Preço mínimo de venda (atacado

de fábrica)

Palmito tolete

Palmito picado

500 g

1000 g

500 g

1000 g

R$ 4,4

R$ 6,5

R$ 3,3

R$ 5,5

Comparação de Preços

R$ 5,46

R$ 4,4 R$ 5,28

R$ 11,17

R$ 11,17

R$ 16,92

R$ 6,5 R$ 7,8

R$ 16,92

R$ 7,14

20% 112%

20% 117%

R$ 4,55

R$ 5,95

20% 104%

20% 136%

Tolete – Açaí – 500g

Tolete – Açaí – 1000g

Nosso preço

Preço médio

de mercado

Nosso preço

Preço médio

de mercado

Fábrica Atacadista Varejista

Fábrica Atacadista Varejista

Estratégia de vendas e

distribuição

Cenário 1: marcas próprias

Cenário 2: distribuidores e atacadistas

Cenário 1: Marcas próprias

Crescimento do setor de marcas próprias

Número de Itens com Marcas Próprias

1283117561

2867634235

0

10000

20000

30000

40000

2001 2002 2003 2004

Ano

de

Ite

ns

Razões de compra da marca

própria

Preço

Qualidade

Curiosidade

Variedade

Credibilidade da

CadeiaOutros

80%

57%

20%

22% 11%

Vantagens e desvantagens da

marca própria

Não há necessidade de desenvolvimento de marca,

Produção programada com venda garantida,

Preço de venda estipulado pela empresa varejista,

Padrão de qualidade da empresa dona da marca,

Ausência de marca da empresa processadora.

Cenário 2: distribuidores e

atacadistas

O setor de distribuidores e atacadistas apresentou

crescimento real de 11,9% em 2004

18,0

34,1

14,8

16,7

11,6

4,7

16,8

35,8

13,9

16,8

11,9

4,9

16,0

37,1

14,0

15,9

11,8

5,1

0

20

40

60

80

100

2002 2003 2004

Faturamento do Varejo Brasileiro

Grandes/ Hiper Supermercados Pequeno Varejo Alimentar

Bares Médios Supermercados

Pequenos Supermercados Farmácias

Fonte: Revista Distribuição – abril de 2005

Vantagens e desvantagens de

distribuidores e atacadistas

Atalhos de distribuição do produto,

Desenvolvimento de marca com baixo custo,

Inclusão no preço do produto a % do

intermediário,

Venda ligada ao distribuidor

Estratégia de Distribuição

Santa Clara

Alimentos

Distribuidor/

Atacadista

Restaurante

e outros

Pequeno/Médio

Varejo

Grande

Varejo

Fornecimento para veiculação

de marca própria do varejista

Maketografia

Mercado Alvo

36,5%

do PIB

Brasileiro

Foto: Cidade de São Paulo

Foto: Cidade do Rio de Janeiro

Região Sudeste

10,91%

do PIB

Brasileiro

Estrutura operacional

Organograma funcional

Diretor Geral ( 1 )

Secretaria

Tec/Sup.

( 1 )

Adm. Pessoal

( 3 )

Tec/Sup.

( 1 )

Adm. Pessoal

( 1 )

Tec/Sup. Industrial

( 1 )

Aux/Op. Industrial

( 10 )

Gerência Adm.

Financeira ( 1 )

Gerência Comercial

( 1 )

Gerência Industrial

( 1 )

Tec/Sup.

Controle de Qualidade

( 2 )

Adm. Pessoal

Controle de Qualidade

( 1 )

Política de recursos humanos

Gestão participativa na delegação de tarefas e

resultados,

Construção de uma equipe competente e

comprometida com os resultados,

Treinamento constante dos operadores da

Santa Clara e dos fornecedores de matéria-

prima.

Fornecedores de matéria-prima

O palmito cooperativas

PROJETO DE MANEJO SUSTENTÁVEL

Fornecedores de Matéria-Prima Propriedade Área (hec) Produtividade (Kg / Ano)

ACOEX (116) 580 79.750

COOMAG (42) 210 28.875

Famílias Restantes (1800)

Adesão (pessimista): 300 1.500 206.250

Adesão (média): 500 2.500 343.750

Adesão (otimista): 700 3.500 481.250

Adesão Total

Pessimista 314.875

Ideal 530.000

Máxima 589.875

Plano de produção

Lata 1000g

Vidro 500g

Lata 500g

Embalagem Market Share

3,2%

5,7%

5,6%

Plano de Produção Previsto

Produção Prevista Emb. 1000g (Bruto)

-

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

900.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Un

idad

es

1000g (Bruto)

Prod. Max

Plano de Produção

Produção Prevista Emb. 500g (Bruto)

-

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

900.000

1.000.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Un

idad

es

500g (Bruto)

Prod. Max.

Processo produtivo

Layout - Prédio da Fabricação

HIG

IEN

IZA

ÇA

O

PROCESSAMENTO

LAVAGEM DE VASILHAMES

LABORATÓRIO

PA

ST

EU

RIZ

ÃO

PÁTIO DE ESTOCAGEM

Escolha e

Separação

Processamento

Tratamento

Térmico

Embalagem Laboratório

Recepção da

Matéria-Prima

Layout Geral

LA

BO

RA

RIO

PASTEURIZAÇÃO

HIGIENIZAÇAO

PR

OC

ES

SA

ME

NT

O

LA

VA

GE

M D

E V

AS

ILH

AM

ES

RECEPÇÃO DE

MATERIA PRIMA

TIO

DE

ES

TO

CA

GE

M

Rio Amazonas

Trapiche

Prédio da

Fabricação

Quarentena,

oficinas e caldeira

Depósito de

lenha

Escritório

Câmara de

Conservação

Espaço para

Resíduos sólidos Abrigo para

Veículos

Espaço para

tratamento de

efluentes

Estratégia de crescimento

Crescimento Programado

Crescimento

Programado

3% a.a.

Em virtude da conquista

de Market Share

Análise Swot

FORÇAS

• Ambiente cooperativista,

• Localizada no centro produtivo da matéria prima,

• Fábrica estabelecida em região produtora, ou seja, inserida na rota de distribuição e comercialização,

• Extração da matéria-prima de forma ecologicamente correta (manejo sustentável),

• Empreendimento norteado por impacto social positivo,

• Processo produtivo de alta qualidade sanitária, de grande importância no setor devido ao botulismo e as frequentes cassações,

• Flexibilidade produtiva com o aumento de horas e/ou turno de trabalho,

• Maleabilidade disposta no processo produtivo para adoção de tipo e capacidade de envase diferenciada conforme pedidos de cliente,

• Custo de transporte se reduz devido à capacidade elevada de unidades do produto por carga.

FRAQUEZAS

• Produto sem marca e canal de distribuição

estabelecidos,

• Sazonalidade das matérias primas,

• Distante dos mercados maiores,

• Fábrica estabelecida em região já produtora, próxima a

concorrentes,

• Custo de transporte incrementado pela distância,

• Adesão de famílias fornecedoras de matéria-prima não

atender a demanda.

OPORTUNIDADES

• Conquista de market share em virtude de produto

amazônico, com teor produtivo de preocupação social e

ecológica somado à qualidade do processo,

• Exploração de mercados no Sudeste com produto de

qualidade devido a seus atributos por suas

características,

• A possibilidade dos ribeirinhos fornecedores de palmito

de melhorarem sua renda e consequentemente sua

condição de vida.

RISCOS

• Baixo crescimento de mercado interno,

• Setor sujeito a queda de demanda em virtude

de casos de contaminação em produtos concorrentes,

• Dificuldade na distribuição do produto,

• Dificuldade na divulgação para clientes, das qualidades do produto,

• A comercialização inicial do produto não atender as expectativas de impacto social.

Análise econômica

financeira

Analise Financeira/Econômica

Payback

VPL

TIR

5,7 anos

R$ 850.550,63

24%

R$(1.000.000,00)

R$(800.000,00)

R$(600.000,00)

R$(400.000,00)

R$(200.000,00)

R$-

R$200.000,00

R$400.000,00

R$600.000,00

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

Saldo de Caixa Anual

Analise Financeira/Econômica

Fluxo de Capital & Fluxo de EVA

R$(1.500.000)

R$(1.000.000)

R$(500.000)

R$-

R$500.000

R$1.000.000

R$1.500.000

R$2.000.000

R$2.500.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Fluxo de Caixa Fluxo de EVA

R$(1.000.000)

R$(800.000)

R$(600.000)

R$(400.000)

R$(200.000)

R$-

R$200.000

R$400.000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Análise EVA´s Anuais

Impacto social

Gurupá

Localizada no Estado do Pará

Área territorial de 8.540,03 Km2 com 23.967

habitantes (2002).

71% rural 29% urbana

O IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal) de Gurupá é 0,631 – alcançando

níveis de IDH semelhantes a países como

Naníbia (0,627) ou ilhas Salomão (0,632),

permanecendo bem abaixo da média do IDH do

Brasil (0,777) e até mesmo do estado do Pará

(0,723).

A média de anos de estudo no município é de

1,29, enquanto no Brasil gira em torno de 5,8

por habitante.

Vista de Gurupá

Manejo do açai Produção de

frutos de açai

palmito Sub-produto

Quantidade de trabalhadores a cada 100 hec.

12

27

0

5

10

15

20

25

30

sem manejo manejado

Em

pre

go

s

Número de trabalhadores/100hec

Propriedade Área (hec) Produtividade (Kg / Ano)

ACOEX (116) 580 79.750

COOMAG (42) 210 28.875

Famílias Restantes (1800)

Adesão (pessimista): 300 1.500 206.250

Adesão (média): 500 2.500 343.750

Adesão (otimista): 700 3.500 481.250

Adesão Total

Pessimista 314.875

Ideal 530.000

Máxima 589.875

Propriedades no projeto de manejo sustentável do

açai

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1.400.000,00

1.600.000,00

1.800.000,00

R$

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Valor total injetado em Gurupá na compra de

palmito in natura (Estimado)

Renda mensal e benefício projetado

R$ 143,00

R$ 250,00

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

Renda mensal média Renda adicional mensal do manejo

R$ m

en

sais

A Santa Clara Alimentos faz parte de um projeto

amplo que representa a continuação da luta dos

trabalhadores de Gurupá na busca de melhores

condições de vida, conservando o meio

ambiente.

Impacto ambiental

Representação das classes faunísticas

peixes; 34%

Aves; 31%

Répteis; 14%

Mamíferos;

15%

Anfíbios; 3%Crustáceos;

3%

O manejo florestal, contribuirá para o

equilíbrio ecológico da região, assegurando a

manutenção e a defesa da flora e da fauna.

Atuará favoravelmente também para a

conservação do solo e a estabilidade do clima,

conciliando dessa maneira os interesses

econômicos e ecológicos da região,

aumentando o rendimento e a qualidade do

palmito por hectare.

“Art. 2° - A Política Municipal do Meio Ambiente, fundamentada no interesse local, tem por

objetivo a preservação, defesa, melhoria, uso sustentado dos recursos naturais e

recuperação da qualidade ambiental propícia à vida em todas as suas formas de expressão,

bem de uso comum do povo, visando assegurar condições ao desenvolvimento

socioeconômico e à proteção da dignidade da vida humana (...)”

Fonte: Politica de meio ambiente de Gurupá

Cronograma para manejo do açaizeiro

Ano de

Corte 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ordem

de Corte 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Adulto Corte Corte Corte - - - - - -

Mediano

Evolução

para fase

adulta

Evolução

para fase

adulta

Primeira

Frutificação Corte Corte Corte - - -

Jovem

Evolução

para fase

média

Evolução

para fase

média

Evolução

para fase

média

Evolução

para fase

adulta

Evolução

para fase

adulta

Primeira

Frutificação Corte Corte Corte

Fonte: Rainforest/Etal

A indústria Santa Clara de Alimentos, através do beneficiamento do palmito, motiva o ribeirinho a

manejar o açaí. Este movimento fortalece a política regional ecológica para o uso sustentado dos recursos

ofertados pela floresta, estabelecendo relação harmônica

entre os habitantes locais e a Amazônia como fonte de recursos

para sua sobrevivência.

Conclusões

Mercado

Como pode ser constatado, com crescimento estagnado, obriga a empresa a altos investimentos na conquista de market-share, em região líder de compra de produto.

Exige grande responsabilidade no processo, o qual deverá ser utilizado como ponto forte na venda do produto, aliado ao apelo de produto amazônico, natural e ambientalmente correto.

Com tais cuidados não vemos problemas algum em conquistar 5% (cinco) de market-share e, a partir deste ponto, crescer até 10% (dez) do mercado, ao longo de anos trabalhando e fornecendo produtos com qualidade e apelo amazônico.

Distribuição do produto

O atendimento direto aos grandes distribuidores gera, nesta

fase, a vantagem de não investir em equipes de venda e atendimento ao varejo, que além de altos custos tem a dificuldade de implantação e funcionamento, fugindo muito da proposta original.

A marca própria traz maiores benefícios ao negócio e, por outro lado, divulga menos o produto, a idéia e o objetivo do negócio. Pelo sucesso que vem conseguindo, este tipo de distribuição de produto não pode ser descartado.

Faz-se necessário um trabalho de desenvolvimento de outras fontes de matéria prima, já que a safra é somente de 6 meses, que devem ter também origem no manejo racional da floresta ou ainda, aumentar consideravelmente a área cooperativista, manejadas de forma que o ribeirinho tenha um programa de eliminação da estirpe a ser renovada pelo ano todo, tornando a produção linear.

Investimentos

Foi considerada planta completa, com todos os recursos

para processamento de Palmito de qualidade, para atender o mercado nacional e de exportação, ecologicamente correto, com tratamento de água e resíduos líquidos.

Trapiche, barcos e caminhão caçamba para coleta de matéria prima e remoção de resíduos, foram excluídos da 1ª fase de implantação, sendo os custos inerentes a tais operações, terceirizados e somados ao custo operacional.

Foi mantido o investimento em câmara fria para recepção e estocagem de matéria prima, para estender a operação por 06 (seis) meses, melhorando consideravelmente o retorno econômico financeiro.

Investimento: R$ 1.937.721,80, faturamento anual: R$ 8.181.115,85, sendo23,6% do faturamento médio, bastante razoável para esse tipo de aplicação.

Econômica e Financeira

Pay-back: 5,7 anos de operação para retorno do capital investido. Muito alto para os empreendimentos normalmente atrativos no país. A baixa taxa de retorno também observada pela TIR=24% anual e EVA/investimento=8% é causada, pontualmente, pelo pouco tempo de operação da fábrica no ano, apenas 06 (seis) meses, ficando o resto do ano sem operação e sem receita.

É necessário rever o plano de manejo do açaizal considerando também esta particularidade da implantação em Gurupá. O manejo deve atender também a produção de palmito e, não somente o açaí fruta, o que requer uma área e um planejamento de ação maiores do extrativista, atendendo de forma organizada os dois produtos de maior importância para sua sobrevivência.

Considerando a operação em 11 meses (mantendo a produção mensal)

Pay-back = 2,3 anos

TIR = 86%

EVA/INV. = 185%

Representando resultados econômicos atrativos e viáveis em todos os aspectos.

Pontos fortes do negócio

Ambiente extrativista formado em torno de cooperativas de ribeirinhos envolvidos no processo.

Fábrica estabelecida na região produtora amazônica, com fortíssimo apelo ambiental e social.

Processo produtivo asséptico com alta garantia dos valores organolépticos e de qualidade para um shelf-life de 24 (vinte e quatro) meses.

Os pontos acima mencionados são as marca deste negócio, e servirão para sua implantação e permanência no mercado pela garantia de produto homogêneo, pelas suas próprias características, por ser obtido de estirpes com mais de 03 (três) anos de idade.

Pontos fracos do negócio

Produto sem marca ou canais de distribuição estabelecidos, a distância do mercado consumidor e a precariedade dos meios de transporte.

A disposição da matéria prima sazonal, de apenas 05 (cinco) meses no ano, causando interrupção no processo produtivo e na entrega ao mercado do produto final por 06 (seis) meses contínuos.

Está previsto no plano de despesas um gasto de R$ 20.000,00 por mês, durante 06 (seis) meses e, nos demais, 2% (dois) do faturamento para ser utilizado no desenvolvimento de mercado e canais de distribuição.

Quanto à sazonalidade da matéria prima, as recomendações são claras e objetivas, pois não havendo possibilidade de correção, o projeto se torna automaticamente de difícil viabilização econômica e mercadológica.

Riscos do Negócio

Falência do mercado por poluição de concorrência, sem os cuidados produtivos e o descaso com os consumidores.

Dificuldades em estabelecer a distribuição do produto final devido à sazonalidade da matéria primas.

Os riscos, apesar de grandes, não inviabilizam totalmente o projeto, apenas indicam a necessidade de muito trabalho, dedicação e aplicação correta dos recursos financeiros nas primeiras etapas de implantação.

COMENTÁRIOS FINAIS ETAL/PROFIT

Por não trazer benefícios aos objetivos do trabalho original, ficou fora do trabalho a destinação dos resíduos sólidos da fábrica como fertilizantes.

A ETAL/PROFIT – Baseada nos objetivos principais que são o social e o ecológico, recomenda a implantação da SANTA CLARA Alimentos, com as seguintes observações:

A – Elaboração de projeto técnico, mercadológico e financeiro, completo, por empresa idônea e de alta credibilidade, para implantação em fases distintas, com liberação de recursos por etapas e metas concluídas.

B – Intenso trabalho junto à comunidade para solucionar problemas tais como: sazonalidade, preços e qualidade de matéria prima.

C – Trabalho junto aos detentores de marcas próprias e distribuidores para assegurar o fornecimento e atendimento do mercado.

OBRIGADO!!!!!

Se deres um peixe a um homem, ele

alimentar-se-á uma vez; se o ensinares a

pescar, alimentar-se-á durante toda a vida.

(Kuan-Tsu)