hiper realismo trab-escrito

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HIPER-REALISMO Projeto Gráfico II Design Gráfico – 6º Semestre - Turma F Profª. Cecília Abs Leonardo Cavalcante Ferreira Leonardo Ribeiro de Magalhães Rafael Guímaro Lino São Paulo 2011 SUMÁRIO

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Hiperrealismo

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HIPER-REALISMO

Projeto Gráfico II

Design Gráfico – 6º Semestre - Turma F

Profª. Cecília Abs

Leonardo Cavalcante Ferreira

Leonardo Ribeiro de Magalhães

Rafael Guímaro Lino

São Paulo

2011 SUMÁRIO

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1. O que é Hiper-Realismo? 03

2. Principais características e técnicas 03

3. Hiper-Realismo no Brasil 03

4. Principais artistas do Hiper-Realismo 04

4.1. Edward Hopper 04

4.2. Richard Estes 07

4.3. Chuck Close 09

4.4. Ron Mueck 11

4.5. Alyssa Monks 12

4.6 Denis Peterson 15

5. Referências bibliográficas 17

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1. O que é Hiper-Realismo

É um estilo de pintura e escultura, que procura mostrar uma abrangência muito grande de detalhes, tornando a obra mais detalhada do que uma fotografia ou do que a própria realidade. Visa alcançar a perfeição nos teus mínimos detalhes. Não expressar um ponto de vista ou formas abstratas e sim trazer a sensação de estar olhando uma foto.

Pintura auto-retrato

O termo remete a uma tendência artística que tem lugar no final da década de 1960, sobretudo em Nova York e na Califórnia, Estados Unidos.

Os artistas dessa corrente artística utilizavam o recurso da ampliação fotográfica, derivada da Pop Art - movimento iniciado no EUA na década de 60 do século passado que tinha como alvo principal toda cultura de massa. O Hiperrealismo aliou essa técnica ao uso de uma meticulosa iluminação e de reflexos naturais e artificiais, que conferem uma qualidade visual fantástica a imagens cotidianas, tais como: lojas de alimento, automóveis e reflexos em fachadas de vidros.

2. Principais características e técnicas

Suas principais características se definem resumidamente na precisão dos detalhes das pinturas, como a sombra, luz, brilho, textura. Seus temas são coisas reais, como pessoas, paisagens, animais, esculturas, são imagens pré fabricadas e com cores super realistas, geralmente confundidas com fotografias.

As técnicas usadas são o uso do aerógrafo (airbrush), por exemplo - que nunca toca a tela e que, portanto, não deixa impressas as marcas do gesto e do pincel - permite o controle da quantidade de tinta a ser empregada e sua distribuição regular: cada área do quadro é pintada do mesmo modo. A pintura obtida, nesse caso, é lisa, sem texturas nem empastes, sendo bem mais difícil de produzir do que o modo convencional.

3. Hiper-Realismo no Brasil

No Brasil, essas novas preocupações tomam direções muito variadas após a década de 1960. São freqüentemente associados ao hiper-realismo alguns trabalhos de Glauco Rodrigues (1929-2004), por exemplo, A Juventude (1970) e de Antonio Henrique Amaral (1935). Nas cenas urbanas de Gregório Gruber (1951) - Viaduto à Noite (1977), Passagem Anhangabaú (1982) e Banco (1987), por exemplo, é possível identificar ecos do foto-realismo.

No Brasil a técnica desenvolvida por Comegnio começou nos anos de 1998 quando colocou as primeiras vinte obras em exposição. De lá para cá com a robótica e com recursos especiais a técnica ganhou vulto em todo o mundo. Comegnio produziu mais de 5.500 vetores especiais que pintam além da realidade objetiva.

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Pintura feita em tinta a óleo

A técnica utilizada por Comegnio busca mostrar além da realidade. Uma pintura a óleo em linho com uso de tintas nanotecnológicas. As pinturas são realizadas em telas linho ou similares. As obras mostram o que é possível ir além da realidade utilizando sistemas robóticos, fractais, computação gráfica e geometria espacial.

4. Principais artistas do Hiper-Realismo

4.1. Edward Hopper

Auto-retrato

Nascido em Nova Iorque no ano de 1882, foi um dos pioneiros do movimento realista. Foi para Europa estudar arte e conhecer os movimentos que estavam acontecendo por lá, na época o que estava no momento era o cubismo abstrato, mas Hopper decidiu fazer diferente, ao invés do abstrato, ele decidiu criar artes realistas e que retratassem a sociedade, foi um marco pro nascimento do realismo.

Conhecido como realista imaginativo, ele retratava a sociedade com subjetividade e com forte influência psicológica de Freud. Seus temas eram paisagens desertas que transmitiam solidão e melancolia iluminadas sob luzes estranhas.

Seu melhor trabalho é um obra conhecida como Aves da Noite, ou em inglês: Nightawks. É um retrato de clientes no balcão de um restaurante e em segundo plano, uma rua deserta, passando a sensação de solidão.

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Aves da Noite

Em 2004 o guitarrista britânico John Squire lançou um álbum conceitual baseado na trabalho de Hopper intitulado Marshall's House. Cada música do álbum foi inspirada por, e compartilhado o título, com uma pintura de Hopper.

Prêmios 1919 - Primeiro prémio de um concurso nacional da United States Shipping Board Emergency Fleet. 1923 - Prémio Logen por Chicago Society of Etchers. 1955 - Medalha de Ouro por pintar na National Institute of Arts and Letters. 1960 - Distinção da Art in America.

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Alguns quadros famosos de Edward Hopper

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4.2. Richard Estes Nascido em Ilinois, EUA no ano de 1932, ficou conhecido por suas pinturas foto realistas. Pintava o ambiente urbano inanimado, como fachadas e lugares geométricos. Ele é um dos pioneiros do foto-realismo, também conhecido como hiper-realismo.

Mudou-se para Chicago para estudar artes no instituto local e lá teve forte influências sobre as artes e pinturas de Edward Hopper. Terminado os estudo, se mudou para Nova Iorque e começou a trabalhar no mercado editorial com revistas. Também já morou na Espanha, onde trabalhou para agências de propaganda.

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Este sempre se preocupou em ser fiel à fotografia, quando pintava sinais e luminosos, detalhava bem os reflexos que eles causavam no fundo da imagem. Suas obras raramente tinham lixo e neve em volta, pois ele dizia que essas partículas poderiam tirar a atenção do prédio em si.

Suas obras também eram sempre sob a luz do dia, raramente a noite. Passavam a idéia de um domingo ensolarado de férias. Estes também se empenhavam em representar um o cenário tridimensional numa área bidimensional. Seus trabalhos sempre eram intitulados de diversas formas, neo-realismo, realismo radical e super realismo, este ultimo o mais freqüente. Suas pinturas eram baseadas em fotos que ele mesmo tirava, mas não era uma foto por quadro, ele tirava várias fotos do mesmo ambiente pra reter as variações de luz e reflexo do local pra então criar seu quadro.

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4.3. Chuck Close Charles Thomas "Chuck" Close, nascido em Washington no ano de 1940. Pintor e fotógrafo muito famoso do foto realismo/hiper-realismo, pelos seus retratos e grande escala. Aos 5 anos de idade, pediu de Natal um cavalete, ganhou um feito pelo seu próprio pai. Muitos dos seus super retratos são da própria família e amigos. Em 1962 ele recebeu seu BA da Universidade de Washington. Close revolucionou a forma como os retratos estavam sendo criados na época, sua riqueza em detalhes e hiper-realidade eram o diferencia de suas obras.

Auto-Retrato

Ele também freqüentou a faculdade de arte de Yale, depois de formado, se mudou pra Europa. Ao retornar pros EUA, se tornou professor de artes. Ficou super conhecido após criar o retrato de Philip Glass, um músico e compositor americano famoso do século XX.

Retrato de Philip Glass

O mais curioso disso tudo é que Chuck Close sofre de prosopagnosia, uma doença que faz com que a pessoa tenha dificuldade em reconhecer rostos. Graças as suas pinturas, ele começou a ser capaz de identificar melhor as pessoas à sua volta. Só 20 anos depois que ele se deu conta disso, que

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gostava de fazer retratos por causa da sua dificuldade com rostos das pessoas e talvez tenha sido isso que o influenciou a retratar mais sua família e amigos. A técnica de pintura do Chuck Close consiste em subdividir a foto em células e depois subdividir seu quadro na mesma quantidade de células, então ele começa a reproduzir parte por parte da foto aumentando o tamanho na mesma proporção. Suas principais ferramentas incluíam um aerógrafo, trapos, lâmina de barbear, e uma borracha montada em uma furadeira.

Passo a passo da construção do desenho

Em Dezembro de 1988, Chuck Close sofreu algo na época chamado por ele como “O Evento (The Event)”. Ele estava em uma cerimônia de celebração à artistas locais de Nova Iorque quando sentiu uma estranha dor no peito. Ele permaneceu no local e chegou a apresentar o prêmio e dar um discurso, logo em seguida foi até o hospital mais próximo onde sofreu uma pressão mais forte que o paralisou do pescoço pra baixo, o caso foi registrado como um colapso da artéria vertebral. Durante meses ele passou por reabilitação para recuperar os movimentos e acabou ficando numa cadeira de rodas. Mas isso não o impediu de continuar pintando, agora com o pincel amarrado em seu braço por um fita e uma assistente. 4.4. Ron Mueck Natural da Austrália, desde pequeno adorava marionetes e títeres graças a seus pais que fabricavam brinquedos. Quando adulto trabalhava com marionetes e instalou-se em Londres em 1983 para trabalhar com Jim Henson, o famoso criador da Rua Sésamo e de Os Marretas. No ano seguinte ele criou uma pequena empresa especializada em objetos e efeitos especiais cinematográficos, a experiência que adquiriu fez com que se aventurasse no mundo da publicidade como fabricante de manequins. Em 1996 a pintora portuguesa Paula Rego, conheceu Mueck e encomendou-lhe um manequim de Pinóquio para um dos seus trabalhos. O modelo que executou era de tal modo expressivo que a pintora o guardou para si no seu atelier onde, algum tempo mais tarde, foi descoberto pelo colecionador de arte Charles Saatchi. O marionetista viu-se assim retirado do mundo da publicidade e lançado inesperadamente para o meio artístico.

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Uma das primeiras obras que apresentou foi uma escultura do seu pai, recentemente falecido, todo nu. Plena de realismo, a escultura tinha outra característica ainda mais chocante: não media mais do que 1 metro de comprimento. Longe de ser escandalosa, tratou-se de um sentido ato de amor. A cor, a textura, as imperfeições da pele, as rugas, detalhes como as unhas, as sobrancelhas, os cabelos, fazem de Dead Dad um marco na história da escultura moderna e contemporânea.

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4.5. Alyssa Monks A artista Alyssa Monks, nasceu em 1977 em Ridgewood, Nova Jersey e começou a trabalhar com pintura a óleo quando criança. Formada em arte pela Universidade de Boston em 1999, lecionou em universidades e ensinou Pintura na Academia de Arte de NY e na Academia de Lyme – Faculdade de Belas Artes. Alyssa mistura realismo com distorções provocadas quase sempre pela água e também sobre imagens de corpos nus ou seminus tratados como sensual. É possível confundir diversas de suas pinturas como fotos.

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Em algumas de suas pinturas é possível identificar as pinceladas, quando vistas de perto.

Suas obras também conseguem retratar a agonia e o melancolismo.

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4.6. Denis Peterson Denis Peterson é um artista descendente de armênios que mora atualmente em Nova Iorque. Sua incrível arte de hiper-realismo é hoje em dia conhecida ao redor de todo o mundo. Esta seqüência de posts artísticos relacionados com a pintura e desenhos realistas, que começou com Paul Lung, Francisco Casas e fecha a trilogia com chave de ouro com as obras de Peterson, foi totalmente ocasional. Denis Peterson começa o processo de criação tirando uma foto do assunto ou da paisagem, amplia a imagem e captura todos os detalhe possíveis e somente então começa a pintar. Como você deve imaginar, cada quadro leva em torno de um mês para ser finalizado. Por todo este esforço e talento Peterson cobra ao redor de 46 mil dólares (78 mil reais) por cada obra. De modo que ele está "pintando e andando" para os assoberbados críticos de arte clássica e moderna que desmerecem o seu trabalho dizendo que isto é copismo e não arte.

O efeito visual das obras de Peterson leva-nos a duvidar que elas tenham sido feitas com pincéis e tintas, mas esse estranhamento dura pouco frente às reflexões que seus temas propõem. Sua temática usual envolve questões relacionadas com as minorias sociais que a nossa sociedade cria ou

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sustenta: moradores de rua e a pobreza na África são alguns exemplos disso.

Depois de fotografar o tema, Denis aumenta as imagens inúmeras vezes, para conseguir captar todos os detalhes. A meditação que sugere faz o mesmo caminho: é como se ao observarmos suas obras a nossa realidade social fosse vista sob uma lente de aumento.

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5. Referências bibliográficas

http://cabezaborradora.files.wordpress.com/2007/11/hiperrealismo1.jpg http://picasaweb.google.com/comegnio00 http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=329 http://www.mundogump.com.br/mestres-do-hiper-realismo/ http://mais.uol.com.br/view/f3y3fvakuqrn/o-que-e-hiper-realismo-oleo-em-tela-linho-0402CC9B3166C0B10326?types=A& http://www.hopper.com.br/ http://www.nga.gov/exhibitions/hopperinfo.shtm http://en.wikipedia.org/wiki/Edward_Hopper http://en.wikipedia.org/wiki/Richard_Estes

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http://www.chuckclose.com/ http://en.wikipedia.org/wiki/Chuck_Close http://www.blckdmnds.com/pinturas-hiper-realistas-de-alyssa-monks/ http://www.hypeness.com.br/2011/01/a-arte-realista-de-alyssa-monks/ http://www.slideshare.net/gal080207/ron-mueck-escultor-presentation http://domenium.blogspot.com/2011/09/ron-mueck-arte-e-fotografia.html http://www.denispeterson.com/