samu segue paralisado e terá multa de r$ 5 mil ao dia
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Matéria publicada na página A7, do jornal A Tarde, do dia 25/2/2011. FÁBIO BITTENCOURT e ARIVALDO SILVA. Foto: Mila Cordeiro. Os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) decidiram dar continuidade à greve – que entra hoje no terceiro dia – , em assembleia realizada na noite de ontem, na base de regulação da categoria, no bairro do Pau Miúdo. Mesmo mantendo 30% do efetivo nas ruas, a decisão vai de encontro à determinação da juíza de direito substituta da 7ª Vara da Fazenda Pública, Mariana Evangelista, que acatou,na tarde de ontem, pedido de liminar da Prefeitura do Salvador.TRANSCRIPT
SALVADOR SEXTA-FEIRA 25/2/2011 SALVADOR REGIÃO METROPOLITANA A7
JUSTIÇA O presidente do SindSamu,Antenor Machado, diz que irá recorrer
Samu segueparalisado eterá multa deR$ 5 mil ao diaFÁBIO BITTENCOURTARIVALDO SILVA
Os profissionais do Serviço deAtendimento Móvel de Ur-gência (Samu) decidiram darcontinuidade à greve – queentra hoje no terceiro dia – ,em assembleia realizada nanoite de ontem, na base deregulação da categoria, nobairro do Pau Miúdo. Mesmomantendo 30% do efetivo nasruas, a decisão vai de encon-tro à determinação da juízade direito substituta da 7ª Va-ra da Fazenda Pública, Maria-na Evangelista, que acatou, natarde de ontem, pedido de li-minar da Prefeitura do Sal-vador que solicita a volta aotrabalho dos profissionais,sob pena de pagarem multadiária de R$ 5 mil, até o cum-primento da medida.
A classe reivindica regula-rização do vínculo emprega-tício, melhorias nas condi-ções de trabalho e reajuste sa-larial. Com relação aos 13,38%
de aumento propostos an-teontem pela Secretaria Mu-nicipal de Saúde (SMS), o pre-sidente do Sindmed, José Cay-res, considera o percentualinsuficiente. “Isso represen-taria apenas um aumento deR$ 500 para os médicos”, fri-sa. Cayres prefere não esti-pular um outro índice. “Oideal seria que a SMS nos pa-gasse algo em torno de R$ 5mil”, antecipou.
Para a juíza Mariana Evan-gelista, a greve “é abusiva e
ilegal”. “Vamos recorrer dadecisão da Justiça”, disse opresidente do SindSamu, An-tenor Machado.
ServidoresA paralisação dos servidoresmunicipais da Superinten-dência de Trânsito e Trans-porte de Salvador (Transalva-dor); Secretaria de ServiçosPúblicos (Sesp); Superinten-dência de Obras Públicas (Su-cop); Salvamar; e da GuardaMunicipalpodechegaraofim
hoje, após assembleia. Os re-presentantes dos servidoresesperam assinar acordo coma prefeitura e pôr fim à greve,iniciada há três dias.
Ontem, no Instituto de Pre-vidência de Salvador (IPS),após passar mais de duas ho-ras em negociação com o viceprefeito e coordenador doCarnaval, Edvaldo Brito (PTB),e a secretária interina da CasaCivil, Lisiane Guimarães, aFrente de Associações dosServidores (FAS) não acatou a
Mila Cordeiro / Ag. A TARDE
Assembleia dos profissionais do Samu foi realizada ontem à noite, no Pau Miúdo
“A paralisaçãodo Samu éabusiva.O movimentoé ilegal”
MARIANA EVANGELISTA, juíza
Pagamento dehoras extrasemperra greveda construção
A greve dos trabalhadores daconstrução civil entra hojeem seu 15º dia. O presidentedo Sindicato dos Trabalhado-res em Indústria da Constru-ção e da Madeira na Bahia(Sintracom), José Ribeiro, di-vulgou que irá hoje à Supe-rintendência Regional do Tra-balho e Emprego (SRTE), en-tregar documento com aspropostas que visam pôr fimà paralisação.
De acordo com Ribeiro, oSintracom acatou as soluçõesanteriormente propostas pe-la SRTE, que são: reajuste de12% (8% retroativos a janeiroe 4% em março deste ano) ecesta alimentação de R$ 90,para o trabalhador que nãopossui faltas. Quanto aos diasparados, principal ponto dedivergência entre as partes,Ribeiro pede que o empresa-riado aceite o pedido de pa-gamento proporcional dashoras extras. A SRTE é me-diadora nas negociações en-tre o Sintracom e o SindicatodaIndústriadaConstruçãonaBahia (Sinduscon).
“Amanhã (hoje) completa-mos 105 horas sem trabalhar.Se eles (os empresários) nãoaceitarem a proposta, a grevecontinua”, afirmou o presi-dente do Sintracom, José Ri-beiro. O presidente do Sin-duscon, Carlos Vieira Lima,afirmou que, somente em as-sembleia, na próxima segun-da-feira, às 8h, poderá definirse aceita ou não a solução.
proposta da prefeitura. Deacordo com a presidente daAssociação dos Servidores deTrânsito e Transporte (As-tram), Mércia Arruti, “a luta épor um valor justo pela horatrabalhada no Carnaval”.
Cerca de 250 servidores es-tiveram reunidos em frenteao IPS, em Nazaré, reivindi-cando 50% de reajuste da bo-nificação da Operação Carna-val. Segundo Edvaldo Brito, asreivindicações dos servidoresserão todas atendidas.
SÃO MARCELO
Setor de turismoteme prejuízosse fortefor fechado
DAVI LEMOS
O impasse entre o Instituto doPatrimônio Histórico e Artís-tico Nacional (Iphan) e a As-sociação Brasileira dos Ami-gos das Fortificações Milita-res(Abraf)–quetentaseman-ter à frente da administraçãodo forte – levou entidades queintegram o Conselho Baianode Turismo a pedirem que ogoverno estadual intercedajunto ao instituto para que olocal seja aberto à visitaçãopública, ao menos na alta es-tação.
Conforme foi noticiado porA TARDE na última segun-da-feira, a Abraf, que há 10anos e sete meses administrao forte, recebeu ordem de des-pejo, do Iphan, que pretende,após a desocupação, dar iní-cio a obras de restauro. “Se,por conta disso, o local fechar,muitas agências de turismoterão um prejuízo enorme.Pelo menos 40 rotas de em-presas turísticas têm o fortecomo passagem obrigatória.E os pacotes já foram vendi-dos”, reclamou Pedro Galvão,presidente da Associação Bra-sileira de Agências de Viagensna Bahia (Abav-BA). O Iphannão informou se (nem quan-do) o forte será fechado.
CURTAS
Leonelli buscarádiálogo com IphanO secretário Domingos Leo-nelli (Turismo) foi designa-do pelo governador JaquesWagner para mediar juntoao Iphan o impasse do ForteSão Marcelo. A reunião entreo secretário e o superinten-dente do Iphan, Carlos Amo-rim, acontecerá na próximasemana, mas sem dia aindamarcado. Já o presidente daAbraf, coronel Anésio Leite,acusa o Iphan de “tentar des-moralizar o trabalho da as-sociação”. A Abraj manteráação na Justiça para anular aordem de despejo.
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