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GUIMARÃES ROSA Prof a . Daniele Onodera

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GUIMARÃES ROSA

Profa. Daniele Onodera

SAGARANA João Guimarães

Rosa

“Escrevendo descubro um novo pedaço do infinito.”

Instrumentalismo

A geração de 45 do Modernismo

brasileiro

Essa geração fará representações da

realidade a partir de três tendências:

• permanência realista do testemunho humano;

• atração pelo transreal, numa tentativa de justificar a condição humana por sua projeção no mundo mítico da Arte ;

• redescoberta da linguagem, como elemento de comunicação e como elemento que instaura o real, cria-o, plasma-o.

Além disso, existe uma busca pela universalização

do romance nacional, através da sondagem do

mundo interior de personagens com poder

generalizante.

Sagarana apresenta-se como exemplo

indiscutível dessas novas tendências da

geração de 45.

O próprio título da obra revela o experimentalismo

Linguístico

SAGA termo germânico que quer dizer

estórias fantásticas (próximas da epopéia)

RANA termo tupi que quer dizer à maneira de

Portanto SAGARANA é um livro com nove

narrativas contadas à maneira de grandes

histórias

Trabalho com a linguagem

Quebra das barreiras entre a narrativa e a

lírica

• Células rítmicas

• Aliterações

• Onomatopéias

• Rimas internas

• Ousadias mórficas

• Aforismos

•Diminutivos

•Elipses

• Cortes/deslocamentos sintáticos

• Vocabulário insólito, arcaico, neologismos

•Associações raras

•Metáforas

•Anáforas

•Metonímias

•Fusão de estilo

•Coralidade

Todo esse trabalho exigirá um esforço de

interpretação por parte do leitor

“Como escritor não posso seguir a receita

de Hollywood, segundo a qual é preciso sempre orientar-se pelo limite

mais baixo do entendimento.

Portanto, torno a repetir, não do ponto de vista filológico, e sim do metafísico, no sertão se fala a língua de Goethe, Dostoievski e Flaubert.

No sertão o homem é o eu que ainda não

encontrou o tu, por ali os anjos e o diabo ainda

manuseiam a língua.”

SAGARANA:

Temas relevantes

O AMOR

“A volta do marido pródigo” – Lalino vende a mulher “Corpo fechado” – disputa entre Manuel Fulô e o valentão Targino que tem como pivô a honra de das Dor

O AMOR

“Sarapalha” – revelação de um amor secreto (associação do amor à doença)

VIOLÊNCIA

No Brasil arcaico da Primeira República, retratado na obra a presença da Lei, dos representantes do

Governo ou dos Direitos é quase nula.

VIOLÊNCIA

-“Corpo fechado” - “Duelo” - “A hora e a vez de Augusto Matraga”

NARRADOR

-“ Minha Gente” - “São Marcos”

NARRADOR Seus narradores são pessoas

que não pertencem ao ambiente do sertão, são

homens cultos da cidade, que passam por um processo de

aprendizado e chegam ao final de suas estórias de alguma

forma transformados.

LIBERTAÇÃO Em quase todas as novelas, há a passagem de um estado de violência, privação ou doença

para um estado de transformação que pode

simbolizar uma espécie de libertação

BEM x MAL

RELIGIOSIDADE

REPRESENTAÇÕES DESDE AS MAIS SIMBÓLICAS E

SUPERSTICIOSAS ATÉ AS MAIS CRISTÃS

RELIGIOSIDADE

“Burrinho pedrês”

Simbologia e misticismo

Nome do personagem: Sete-de-Ouros

FADO / DESTINO Em todas as novelas se

tem a impressão de que há um destino

inevitável a ser cumprido.

PALAVRA Em Sagarana a palavra está no

centro das narrativas, por ser veículo de expressão ou por

representar tal prazer em contar estórias que as narrativas se

multiplicam em outras.

PALAVRA

- “São Marcos” - “A volta do Marido Pródigo” - “Conversa de Bois”

PALAVRA

- “São Marcos” - “A volta do Marido Pródigo” - “Conversa de Bois”

O homem é um GRANDE SER TÃO cheio de VEREDAS.