saÚde pÚblica sus lei n. 8.080/90 - faculdade legale · 2020. 5. 19. · lei n. 8.080/90, art....
TRANSCRIPT
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
SAÚDE PÚBLICA
SUS – LEI N. 8.080/90
Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde on
line 15 (2019.2)
Aula 59 – Parte 01/04
Tema da Aula: Saúde Pública
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
LEI
ORGÂNICA
DA SAÚDE
8.080/90
8.142/90
Dispõe sobre as condições
para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a
organização e o
funcionamento dos serviços
correspondentes.
Dispõe sobre a participação da
comunidade na gestão do SUS
e sobre as transferências
intergovernamentais de
recursos financeiros na área da
saúde.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A Política Nacional da Atenção Básica, aprovada
pela Portaria do MS n. 2.488/2001, preconiza que a
execução das relações básicas de saúde deve ser feita
pelos municípios e Distrito Federal com apoio dos
Estados e da União.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
O Pacto pela Saúde e o Decreto n. 7.508/2011
estabelecem os compromissos dos Estados e
Municípios, no processo de regionalização do SUS.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A Lei n. 8.080/90 regula, em todo território
nacional, as ações e serviços de saúde, executados,
isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou
eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito
público ou privado.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Diversas portarias do Ministério da Saúde
dispõem sobre as políticas direcionadas a grupos
específicos da população que exigem ações de saúde
voltadas para suas necessidades.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Exemplo: LEI No 9.979, DE 5 DE JULHO DE 2000.
Art. 1º As mulheres que sofrerem mutilação total ou
parcial de mama, decorrente de utilização de técnica de
tratamento de câncer, têm direito a cirurgia plástica
reconstrutiva.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Art. 2º Cabe ao Sistema Único de Saúde - SUS, por meio
de sua rede de unidades públicas ou conveniadas,
prestar serviço de cirurgia plástica reconstrutiva de
mama prevista no art. 1º, utilizando-se de todos os meios
e técnicas necessárias.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Art. 10-A da Lei n. 9.656/90
Cabe às operadoras definidas nos incisos I e II do
§ 1o do art. 1o desta Lei, por meio de sua rede de
unidades conveniadas, prestar serviço de cirurgia
plástica reconstrutiva de mama, utilizando-se de todos
os meios e técnicas necessárias, para o tratamento de
mutilação decorrente de utilização de técnica de
tratamento de câncer.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
SAÚDE PÚBLICA
SUS – LEI N. 8.080/90
Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde on
line 15 (2019.2)
Aula 59 – Parte 02/04
Tema da Aula: Saúde Pública
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
As Lei 8.142/90 e Lei complementar 141/2012
dispõem sobre o financiamento do SUS, tendo como
referência o controle social.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
SUS
Conjunto de ações e serviços de
saúde, prestados por órgãos e
instituições da administração
direta e indireta e das fundações
mantidas pelo Poder Público.
Federais
Estaduais
Municipais
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
PARTICIPAÇÃO DA
INICIATIVA PRIVADA
NO SUS
Complementar, com
preferência paraENTIDADES
FILANTRÓPICAS
E ENTIDADES
SEM FINS
LUCRATIVOS.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A atenção à saúde é tudo que envolve o cuidado
com a saúde do ser humano, incluindo as ações de
promoção, proteção, reabilitação e tratamento às
doenças.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
OBJETIVOS DO
SUS
LEI N. 8.080/90,
ART. 5º
I – Identificação e divulgação dos fatores
condicionantes e determinantes da saúde.
II – Formulação de política de saúde destinada a
promover, nos campos econômico e social, a
observância do disposto no § 1º do art. 2º desta
lei.
III –Assistência às pessoas por intermédio de
ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde, com a realização integrada das ações
assistenciais das atividades preventivas.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A identificação e a divulgação dos fatores
condicionantes e determinantes da saúde são
indispensáveis para o planejamento das ações de
saúde no SUS.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A formulação de políticas de saúde é destinada a
promover políticas sociais e econômicas que almejem à
redução de doenças e de outros agravos e ações que
assegurem acesso universal e igualitário e aos serviços
para a promoção, proteção e recuperação da saúde.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Implementação de ações assistenciais e
preventiva com vistas a realizar assistência às pessoas
por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, com a realização integrada das
ações assistenciais e das atividades preventivas.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A ordenação da formação de recursos humanos
na área da saúde está incluída no campo de atuação do
SUS, não sendo um dos seus objetivos (Lei n. 8.080/90).
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A vigilância sanitária é um conjunto de ações
capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e
de intervir nos problemas sanitários decorrentes do
meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
SAÚDE PÚBLICA
SUS – LEI N. 8.080/90
Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde on
line 15 (2019.2)
Aula 59 – Parte 03/04
Tema da Aula: Saúde Pública
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A vigilância sanitária é um conjunto de ações
capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e
de intervir nos problemas sanitários decorrentes do
meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A Vigilância Sanitária abrange
o controle de bens de
consumo que, direta ou
indiretamente, relacionem-se
com a saúde, compreendidas
todas as etapas e processos,
da produção ao consumo.
o controle da
prestação de serviços
que se relacionam
direta ou indiretamente
com a saúde.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
PORTARIA Nº 1.378, DE 9 DE JULHO DE 2013
Regulamenta as responsabilidades e define diretrizes
para execução e financiamento das ações de Vigilância
em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância
em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Vigilância Epidemiológi
ca
Promoção na Saúde
Vigilância da Situação
de Saúde
Vigilância em Saúde Ambiental
Vigilância da Saúde do
Trabalhador
Vigilância Sanitária
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Vigilância epidemiológica é um conjunto de ações que
proporcionam o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças ou
agravos.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A saúde do trabalhador se destina, por meio das
ações de vigilância epidemiológica e vigilância
sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores e à recuperação e reabilitação da saúde
dos trabalhadores.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
PRINCÍPIOS DO SUS
DOUTRINÁRIOS
UNIVERSALIDADE
INTEGRALIDADE
NOS SERVIÇOS E
AÇÕES DE
SAÚDE
EQUIDADE
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
PRINCÍPIOS DO SUS
ORGANIZATIVOS
DESCENTRALIZAÇÃO
DOS SERVIÇOS
REGIONALIZAÇÃO E
HIERARQUIZAÇÃO
DA REDE
PARTICIPAÇÃO
SOCIAL
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
São princípios do SUS:
Descentralização político-administrativo, com direção
única em cada esfera de governo.
Preservação da autonomia das pessoas na defesa de
sua integralidade física e moral
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
SAÚDE PÚBLICA
SUS – LEI N. 8.080/90
Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde on
line 15 (2019.2)
Aula 59 – Parte 04/04
Tema da Aula: Saúde Pública
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
São princípios do SUS:
Descentralização político-administrativo, com direção
única em cada esfera de governo.
Preservação da autonomia das pessoas na defesa de
sua integralidade física e moral
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Universalidade de acesso aos serviços de saúde,
integralidade e igualdade de assistência à saúde,
presentes em todos os níveis de gestão (municipal,
distrital, estadual e federal)
•Integralidade, igualdade de
assistência à saúde e
universalidade de acesso aos
serviços de saúde, presentes
em todos os níveis de gestão.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
ATENÇÃO:
A hierarquia do SUS ocorre na rede de assistência
à saúde, e não entre os entes federativos. Por isso, é
incorreto afirmar que há relação de subordinação entre
as esferas de governo.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Direito ao Mínimo Existencial e Reserva do
Possível
AULA 26
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
O termo direito ao mínimo existencial e reserva
do possível sugere que a efetividade dos direitos
fundamentais está condicionada à existência de
reservas obtidas a partir da arrecadação de tributos,
atribuindo ao Executivo e ao Legislativo a supremacia
pela decisão de onde investir o dinheiro público.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A reserva do possível aproxima o Direito da
Economia.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Pensamento do constitucionalista Luciano Benetti:
A Economia descreve o comportamento dos
seres humanos em interação no mercado.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A Economia é uma ciência comportamental em
razão dos resultados obtidos pela comprovação
matemática e econométrica dos modelos sociais.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A Economia preocupa-se com a eficiência do
manejo dos recursos sociais escassos para atender
ilimitadas necessidades humanas.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
O recebimento de medicamentos pelo Estado é direito
fundamental, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um dos
entes federativos, desde que demonstrada sua necessidade e a
impossibilidade de custeá-los com recursos próprios. Isto por que, uma
vez satisfeitos tais requisitos, o ente federativo deve se pautar no
espírito de solidariedade para conferir efetividade ao direito garantido
pela Constituição, e não criar entraves jurídicos para postergar a devida
prestação jurisdicional." (RE 607381 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX,
Primeira Turma, julgado em 31/05/2011, DJe-116 DIVULG 16-06-2011
PUBLIC 17-06-2011 EMENT VOL-02546-01 PP-00209)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
É possível "o Poder Judiciário vir a garantir o
direito à saúde, por meio do fornecimento de
medicamento ou de tratamento imprescindível para o
aumento da sobrevida e a melhoria na qualidade de
vida da paciente" (STA 175 AgR/CE, Tribunal Pleno, Rel.
Min Gilmar Mendes, DJe 30.4.2010).
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
É certo que não se inclui, ordinariamente, no âmbito das funções
institucionais do Poder Judiciário - e nas desta Suprema Corte, em especial - a
atribuição de formular e de implementar políticas públicas (JOSÉ CARLOS
VIEIRA DE ANDRADE, "Os Direitos Fundamentais na Constituição Portuguesa
de 1976", p. 207, item n. 05, 1987, Almedina, Coimbra), pois, nesse domínio, o
encargo reside, primariamente, nos Poderes Legislativo e Executivo. Tal
incumbência, no entanto, embora em bases excepcionais, poderá atribuir-se ao
Poder Judiciário, se e quando os órgãos estatais competentes, por
descumprirem os encargos político-jurídicos que sobre eles incidem, vierem a
comprometer, com tal comportamento, a eficácia e a integridade de direitos
individuais e/ou coletivos impregnados de estatura constitucional, ainda que
derivados de cláusulas revestidas de conteúdo programático. Cabe assinalar,
presente esse contexto - consoante já proclamou esta Suprema Corte - que o
caráter programático das regras inscritas no texto da Carta Política "não pode
converter-se em promessa constitucional inconseqüente, sob pena de o Poder
Público, fraudando justas expectativas nele depositadas pela coletividade,
substituir, de maneira ilegítima, o cumprimento de seu impostergável dever, por
um gesto irresponsável de infidelidade governamental ao que determina a
própria Lei Fundamental do Estado" (RTJ 175/1212-1213, Rel. Min. CELSO DE
MELLO).
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A cláusula da "reserva do possível" - ressalvada a ocorrência de
justo motivo objetivamente aferível - não pode ser invocada, pelo Estado,
com a finalidade de exonerar-se do cumprimento de suas obrigações
constitucionais, notadamente quando, dessa conduta governamental
negativa, puder resultar nulificação ou, até mesmo, aniquilação de direitos
constitucionais impregnados de um sentido de essencial
fundamentalidade. Daí a correta ponderação de ANA PAULA DE
BARCELLOS ("A Eficácia Jurídica dos Princípios Constitucionais", p. 245-
246, 2002, Renovar):
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
"Em resumo: a limitação de recursos existe e é uma contingência que não
se pode ignorar. O intérprete deverá levá-la em conta ao afirmar que algum bem
pode ser exigido judicialmente, assim como o magistrado, ao determinar seu
fornecimento pelo Estado. Por outro lado, não se pode esquecer que a finalidade
do Estado ao obter recursos, para, em seguida, gastá-los sob a forma de obras,
prestação de serviços, ou qualquer outra política pública, é exatamente realizar os
objetivos fundamentais da Constituição. A meta central das Constituições
modernas, e da Carta de 1988 em particular, pode ser resumida, como já exposto,
na promoção do bem-estar do homem, cujo ponto de partida está em assegurar
as condições de sua própria dignidade, que inclui, além da proteção dos direitos
individuais, condições materiais mínimas de existência. Ao apurar os elementos
fundamentais dessa dignidade (o mínimo existencial), estar-se-ão estabelecendo
exatamente os alvos prioritários dos gastos públicos. Apenas depois de atingi-los é
que se poderá discutir, relativamente aos recursos remanescentes, em que outros
projetos se deverá investir. O mínimo existencial, como se vê, associado ao
estabelecimento de prioridades orçamentárias, é capaz de conviver
produtivamente com a reserva do possível."