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Saber Tropical IICT 1883 - 2011 ISCSP, 5 e 6 de Maio 2011 FRONTEIRAS DE ÁFRICA Passado e presente na construção do Futuro Paula Cristina Santos IICT/GeoDes

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Saber TropicalIICT 1883 -

2011

ISCSP, 5 e 6 de Maio 2011

FRONTEIRAS DE ÁFRICA

Passado e presente na construção do Futuro

Paula Cristina Santos

IICT/GeoDes

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Conferência de Berlim: 15 Nov. 1884 a 26 Fev. 1885

Princípio da Ocupação Efectiva

A posse política de um território, baseia-se no seu

conhecimento geográfico e não no direito histórico da

descoberta

implantação de linhas de fronteira

cartografia

Alemanha, Áustria-Hungria,

Bélgica

Dinamarca, França, Itália, Grã-

Bretanha

Holanda, Portugal,

Rússia,Espanha

Império Otomano, Suécia-

Noruega (1905)

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Comissão de

Cartografia:

“hei por bem nomear uma

comissão encarregada de

elaborar e publicar uma

colecção de cartas das

possessões ultramarinas

de Portugal, e bem assim

quaisquer estudos

geográficos a elas

imediatamente ligados,

segundo as instruções que,

pela secretaria de estado

dos negócios da marinha e

ultramar, lhe serão

ministradas.” Ministro Barbosa du Bocage, 19 de

Abril de 1883

(Diário do Governo nº 89 de 21 de Abril)

IICT:

• mais antigo organismo

português dedicado à

investigação nas áreas tropicais

• cooperação científica e técnica

com países da CPLP

• promoção, preservação e

disponibilização (iniciativa

portuguesa) do seu património

• acompanhamento dos ODM

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Conferência da OUA – Cairo, 1964 – “Resolução sobre

Inalienabilidade das Fronteiras Coloniais dos Estados

Africanos”

Conferência dos ministros africanos responsáveis pelas

fronteiras - Adis Abeba 2007 “Programa de fronteiras da União

africana”

Prevenir conflitos, promover a integração

Assembleia dos chefes de estado da UA

Durban, 2002

c. 109 fronteiras internacionais:

26% segue relevo natural (rios,

montanhas, divisórias de águas),

44% linhas astronómicas, 30%

linhas matemáticas.

Wolfgang Döpcke,

1999

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Centro de Geoinformação para o Desenvolvimento (GEODES)

Centro de História (Hist)

Arquivo Histórico Ultramarino (AHU)

Centro de Documentação e Informação (CDI)

Equipamento científicoGEODES

Documentos Manuscritos GEODES / AHU

FotografiaGEODES / AHU / HIST Cartografia Manuscrita

DCH

“Arquivo Fronteiras” e PublicaçõesGEODES

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•Tratados histórico- diplomáticos

•Ocorrência de litígios e cobrança indevida

de impostos

•Relatórios dos trabalhos de demarcação

no terreno

•Cartografia manuscrita e impressa

•Esquemas, itinerários, croquis

•Cadernetas de campo

•Fotografias

Angola

Moçambiq

ue

Guiné

Índia

Timor

Macau

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Barotzeenv 13 e 14 – tratadoscx 23 – informação técnica

Noqui ao Cuangoenv 7 – tratadoscx 13 – informação técnica

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FRONTEIRAS INTERNACIONAIS DE MOÇAMBIQUE (IMAF)

PaísTerrest

re(Km)

Fluvia

l(Km)

Lacustr

e(Km)

Total(Km)

África do Sul 472 24 0 496

Swazilândia 106 0 0 106

Zimbabwé 839 295 0 1,134

Zâmbia 330 76 0 406

Malawi 888 190 322 1,400

Tanzania 50 620 0 670

TOTAL 2.685 Km

1.205 Km 322 Km 4.212 Km

Objectivo:

Construção de um Sistema de

Informação Geográfica para gestão

e caracterização das fronteiras de

Moçambique

Parceiros: IICT, IGoE,

IMAF

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Tratado: 11 de Junho1891

Comissão mista:1899-1900

Troca de Notas: Set 15,1906 - May 6, 1920 -

Jan 21,1953

Acordo: Nov 18, 1954

Fronteira Moçambique – Niassalândia

IICT

• Estudo do acervo existente nas várias

unidades do IICT por uma equipa

multidisciplinar envolvendo investigadores

das áreas das Ciências Humanas e Naturais

• reconstrução da história das fronteiras de

Moçambique nas suas várias vertentes:

histórico-diplomática, social, humana e

técnica

• digitalização da documentação existente

• construção das bases de dados

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Daí, pela estrada, pertencente à Niassalândia, que segue aproximadamente a linha divisória das águas entre os rios Zambeze-Chire, até ao marco nº 24, erecto a cerca de 1.5 km a norte do Monte Mebia, definida pelos marcos 18, 18A, 19, …

Daí, pela estrada principal Dedza-Necheu, pertencente à Niassalândia, até ao marco nº 17, erecto no cruzamento a cerca de 1.5 km a sul da Povoação Comercial do Biribiri, definida pelos marcos 16 e 17.

Do marco 11, pela estrada de leste (Lake View Road), pertencente à Niassalândia, até ao marco nº15, erecto no cruzamento que fica a cerca de 1 km a oeste do Forte Melangueni, definida pelos marcos 13, 14 e 15.

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Nº 13 14 15 16 17 18

Localização Na base do Monte Panda

Na junção de estradas, 1 km a oeste de Forte Melangueni

Perto do pilar Vasco da Gama, na bifurcação da estrada para Metengo-Balame

Dist. marco ant.

8.20 Km 9.00 Km 9.70 Km

ordem Principal Principal Principal

Tipo A A A

Coords : (S) (E)

14° 34‘ 40“.534° 31‘ 34“.9

14° 40‘ 53“.234° 31‘ 26“.9

14° 45‘ 12“.634° 32‘ 49“.2

Triangulação

não não não

Última inspecção

1954 /bom 1954 /bom 1954/bom

……

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IMAF:

• Acompanhamento do processo de construção do SIG

• Trabalhos de campo

• Disponibilização da informação actual sobre os trabalhos de

revisão das fronteiras já efectuado

TRABALHO REALIZADO

(IMAF):

•Planificado e orçamentado o

trabalho da Reafirmação da

Fronteira Comum;

•Acordado os Instrumentos

políticos, técnicos e

diplomáticos a usar no

processo da reafirmação.

TRABALHO A REALIZAR

(IMAF):

•Reafirmação da fronteira

comum (Reconhecimento,

realização das observações

geodésicas, reimplantação

dos marcos destruídos,

implantação de marcos

intermédios, elaboração do

relatório final e sua

submissão a estrutura de

direito para aprovação na

Assembleia da República)

Terrestre: 888 kmLacustre: 190 kmFluvial:190 km Total: 1400 km

FRONTEIRA COM O MALAWIFRONTEIRA COM O MALAWI

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IGoE

• Disponibilização de equipamento

adequado para a digitalização de

documentos de grande formato e/ou em

mau estado de conservação

• Construção do SIG de fronteira:

- possibilidade de edição remota em

tempo real

- visualização e edição sobre o

google earth

- controle de acessos

- fácil comunicação com a base de

dados

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Saber TropicalIICT 1883 - 2011

……

pela vontade comum de trabalhar para a delimitação das fronteiras

africanas, como factores de paz, segurança e progresso económico e

social

…….

Afirmamos a necessidade de implementar uma nova forma de gestão

pragmática das fronteiras para a promoção da paz, segurança e

estabilidade incluindo a facilitação da integração e do

desenvolvimento sustentável de África

Declaração sobre o programa de fronteiras da União Africana e as modalidades da sua implementação

Adis Abeba, 7 Jun 2007