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LIPODISTROFIA: O QUE OS ESPECIALISTAS SUGEREM PARA REDUZIR O PROBLEMA Saber Viver Saber Viver UMA REVISTA PARA QUEM VIVE COM O VÍRUS DA AIDS ANO 9 Nº 44 – Agosto / 2009 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA RECOMENDADO P r o g r a m a N a cional d e D S T / A I D S M i n istério d a S a ú d e JOVENS QUEREM PARTICIPAR MAIS DA POLÍTICA PARA O HIV/AIDS Voluntários da ONG Pela Vidda/RJ contribuem para a boa resposta brasileira à epidemia do HIV/aids

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LIPODISTROFIA: O QUE OS ESPECIALISTAS SUGEREM PARA REDUZIR O PROBLEMA

Saber ViverSaber ViverUMA REVISTA PARA QUEM VIVE COM O VÍRUS DA AIDS

ANO 9 Nº 44 – Agosto / 2009 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

RECOMENDADO

Programa Nacional de DST/AID

SMinistério da Saúde

JOVENS QUEREM PARTICIPAR MAIS DA POLÍTICA PARA O HIV/AIDS

Voluntários da ONG PelaVidda/RJ contribuem paraa boa resposta brasileiraà epidemia do HIV/aids

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Este é um ano muito importante para nós da SaberViver. Estamos completando 10 anos de vida. Desde1999 buscamos cumprir com seriedade a missão

de levar até vocês informações sobre HIV/aids que possamcontribuir para uma melhor qualidade de vida. Acredita-mos que a informação é uma ferramenta fundamental paraconstruirmos o nosso caminho.

O próximo número da Saber Viver será especialmentededicado a esses 10 anos, mas a comemoração já começanesta edição. Nas páginas 4, 5 e 6 você conhecerá ahistória de pessoas que vivem com HIV/aids e atuam den-tro de unidades de saúde e ONGs com o objetivo de me -lhorar o atendimento e contribuir na elaboração e implan-tação das políticas públicas para a aids.

Este sempre foi o foco da Saber Viver: enfatizar anecessidade de uma boa relação entre o usuário, osserviços de saúde e os programas de HIV/aids. A pessoaque vive com HIV/aids pode e deve ser a protagonistadesta história de luta contra a epidemia de aids. Quer sejapor meio de ONGs, quer seja por sua participação direta.

Se você tem vontade de se engajar no movimentosocial do HIV/aids, essa é a hora! Veja na última páginadesta revista algumas ONGs, Redes e Fóruns que podemser uma boa porta de entrada para o movimento. Mas sevocê já for engajado, mande para nós a sua experiência ecompartilhe as suas conquistas com os nossos leitores.

Boa leitura!

É importanteparticipar

Saber ViverUma publicação gratuita destinada a

pessoas que vivem com o vírus da aids

Saber Viver Comunicaçãowww.saberviver.org.br

Coordenação editorial: Silvia Chalub

Edição: Flávio Guilherme

Assistente de edição: Ester Machado

Reportagem: Daniela Savaget, EsterMachado, Paulo Giacomini, Flávio Guilhermee Isabel Levy

Consultoria lingüística: Leonor Werneck

Ilustrações: Ana Vine

Fotos capa: Gutenberg Brito

Conselho editorial deste número: EduardoBarbosa, diretor-adjunto do Departamento deDST/aids do Ministério da Saúde; GeorgeGouvea, membro da diretoria do Grupo PelaVidda Rio; Gustavo Magalhães, infectologista;Jean Carlos de Oliveira, diretor do Núcleo deArticulação com Organizações da SociedadeCivil do Centro de Referência em HIV/aids deSão Paulo; Karina Ribeiro, infectologista do SAESagrada Família; Márcio Villard, presidente doGrupo Pela Vidda Rio; Marcos Bello,fisioterapeuta da clínica Márcio Serra; MarilzaRodrigues, assistente social da PoliclínicaAntônio Ribeiro Neto; Marlete Pereira da Silva,nutricionista do Hospital UniversitárioClementino Fraga Filho; Tarcila Peixoto Hofner,psicóloga do Grupo Vhiver; Valdecir FernandesBuzon, presidente do Grupo Vhiver; WillianAmaral, secretário executivo do Fórum deONG/aids - RJ.

Editoração eletrônica:A 4 Mãos Comunicação e Design([email protected])

Impressão: Sol Gráfica LTDA

Tiragem: 90.000 exemplares

Agradecimentos especiais: A todas aspessoas que colaboraram dando seusdepoimentos para as matérias

Correspondências à redação:Caixa Postal 15.088 - Rio de Janeiro (RJ)Cep 20.031-971 [email protected]

Governo do Estadode São Paulo

SUMÁRIOAlimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Soropositivos atuam no controle do HIV/aids . . . . . . . . 4

Lipodistrofia: saiba como combatê-la . . . . . . . . . . . . . . .7

Raltegravir + darunavir + ritonavir + lamivudina + tenofovir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Encontro de jovens lideranças em Curitiba . . . . . . . . . 12

Cartas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Área Útil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

APOIO:

PATROCÍNIO:

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alime

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Uma alimentação ba -lan ceada é fundamen-tal para a saúde e

qualidade de vida de todas aspessoas e, na batalha contra alipodistrofia, a nutrição passa ater uma importância aindamaior. Comer bem e praticarexercícios físicos podem pre-venir os efeitos no corpo quetanto nos atormentam. Porisso, preste atenção no quevocê come e mexa-se: comecea mudar seus hábitos!

A nutricionista MarletePereira da Silva, do HospitalClementino Fraga Filho noRio de Janeiro, aconselha quesejam feitas de quatro a seisrefeições diárias. “Uma horaantes de praticar exercícios,ingerir fontes de carboidratos,como pão integral, frutas egranola. Após a atividade,consumir de novo carboidratoe fontes de proteína, comoleite, queijo e iogurte”, reco -menda. Dessa forma, os exer-cícios terão um efeito maisrápido em você.

Colesterol eTriglicérides

Além das mudanças físi-cas, a lipodistrofia pode provo-car o aumento nos ní veis decolesterol e triglicé rides. Nes -se caso, Marlete aconselhaevitar alimentos ricos em açú-cares e gorduras e dar prefer-ência a peixes e frutas. Subs -titua o açúcar do cafezinhopelo adoçante e prefira ali-mentos cozidos e assados.

Ingredientes• 1Kg de sardinhas frescas • 5 tomates cortados em cubos• 1 pimentão verde cortado em tiras• 1 cebola cortada em anéis• 2 dentes de alho amassados• 1 xícara de azeite ou óleo• sal a gosto

SARDINHA NA PRESSÃOModo de preparoTempere as sardinhas com sal. Arrume os ingre -dientes na panela de pressão: primeiro os tomates,depois a cebola, o alho, o pimentão e a sardinha. Váintercalando e por fim regue com o azeite. Coloquepara cozinhar e quando começar a apitar, abaixe ofogo. Desligue após dez minutos. Abra a panelaquando estiver fria. Este prato também pode ser feitoem pirex, no forno convencional.

Sardinha: opção barata e saudável

Lembre! Não é precisomuito dinheiro para comerbem. “As pessoas acham quefrutas e verduras são caras.Entretanto, o importante écomprá-las no período da safra,além de serem mais baratas,são mais nutritivas nesta época.No caso dos peixes ricos emômega 3, que ajudam a reduziros triglicérides, há a sardinha,lembrando que não deve serfrita”, alerta Marlete. SV

Comer bem para se sentir melhor

sxc.hu (http://www.sxc.hu/)

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Ao longo de trêsdécadas, o sucesso dotriângulo estratégico

formado por programas dogoverno, Organizações NãoGovernamentais (ONGs) epessoas vivendo com HIV/aids consagrou o país comomodelo internacional na lutacontra a epidemia. Entre-tanto, muita coisa ainda devee pode ser feita para melho-rar o atendimento aos usuá -rios do Sistema Único deSaúde (SUS).

“O Movimento Social deLuta contra a Aids entendeuo quão importante é partici-

par do controle social daspolíticas públicas”, comemoraMárcio Villard, presidente doGrupo Pela Vidda/RJ. “Nossaparticipação mais efetiva temsido no acompanhamento daspolíticas de saúde, através dosConselhos e das Conferên-cias de Saúde”, conta.

Willian Amaral, secretárioexecutivo do Fórum deONG/Aids-RJ, dá um pano -rama das mudanças do movi-mento de aids nas últimasdécadas. “No início, o queunia as pessoas era a intençãode encontrar respos tas parauma doença desco nhecida.

Compreender o diagnóstico elutar pelo tratamento”. Elelembra que com os avanços,sobretudo o aces so universalaos antirretrovirais, as pessoaspassaram a fazer planos emmédio e longo prazo. “Tive -ram início, então, as lutaspelos direitos sociais, o desejopela maternidade e a pater-nidade, enfim, a busca pornovos caminhos”, ressalta.

O exemplo de SãoPaulo

“A pessoa vivendo comHIV/aids é o principal sujeitonas políticas públicas para aepidemia. Por isso, o protago-nismo é tão importante”,resume Jean Carlos de Oli -veira Dantas, diretor do Nú -cleo de Articulação com Orga-nizações da Sociedade Civil doCentro de Referência eTreinamento em HIV/Aids(CRT-SP). “Pela militânciasocial, o soropositivo torna-se oprotagonista de sua história,atuando na construção,manutenção e defesa de políti-cas públicas”, considera.

Segundo Jean, esta arti -culação é possível através dasreuniões mensais entre usuá -

Você éo protagonista!

Pessoas que vivem com HIV/aids tomam a frente na hora deacompanhar e executar políticas para enfrentar a epidemia de aids.

Do movimento social para o Ministério da Saúde: Eduardo Barbosa é umbom exemplo da importância da participação das pessoas vivendo comHIV/aids na elaboração das políticas públicas

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rios dos serviços, represen-tantes da Rede Nacional dePessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+), do Fórum deONG/Aids e do Programa deAids. Juntos, eles se de bru -çam sobre pautas pertinentesao universo da instituição.

Do movimento para ogoverno

Um expoente desta his -tória é o atual diretor-adjuntodo Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde,Eduardo Barbosa. Integrantede movimentos sociais mesmoantes de descobrir-se soropos-itivo, Eduardo colabo rou paraconstituição de diversos cen-tros de discussão e atuaçãopolítica, como os Fóruns deONG/Aids e a RNP+. “Sentiaque, por ser uma pessoa afe-tada pela aids, deveria ser pro-tagonista desta história”, conta.

“Nestes espaços em queo controle social existe, avivência das pessoas comHIV/aids influencia direta-mente as ações implemen-tadas pelo governo – e isso éfundamental para que asestratégias de enfrentamento

possível garantir os avançosdas últimas décadas e atingirnovos objetivos”, Georgedesafia.

Eduardo Barbosa acres-centa que, como as necessi-dades não são mais as mes-mas de 20 anos atrás, as açõestambém não podem seriguais. “A solução para estaadequação é o diálogo. Porisso, a participação das pes-soas vivendo com HIV/aidsna formulação das políticaspúblicas é tão essencial”, sin-tetiza. SV

da epidemia funcionem”,reconhece Eduardo.

Novas conquistasMembro da diretoria do

Pela Vidda/RJ, George Gou-veia ressalta que, apesar dasvitórias, o movimento socialpassa por dificuldades. “Noinício, havia uma abundânciade voluntários. Hoje, os recur-sos humanos e financeirosestão mais escassos. Esta rea -lidade exige estratégias alter-nativas para articulação dasociedade civil, para que seja

Jean Carlos do CRT-SP, durante curso de gestores oferecido a representantes de ONGs

Se você quer participar de discussões que podem mudar a sua vida e de outras pes-soas, é hora de colocar a mão na massa! Procure uma ONG (veja algumas dicas naúltima página) ou ajude a unidade de saúde onde está cadas trado a promover even -

tos que possam trazer alguma contri bui ção positiva à vida dos usuários do serviço (vejao exemplo que registramos na pró xima página).Mas se você já é atuante e tem uma boa história para contar, escreva para nós. Suaexperi ência pode fazer parte da revista e encorajar outros leitores.Escreva para: [email protected] ou para caixa postal 15.088 – Rio de Janeiro(RJ). Cep: 20.031-971.

PARTICIPE!

Mara Cristina Vilela

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Muitos pacientes vão aos serviços desaúde apenas para as consultas eremédios, e não sabem que em

vários serviços há atividades em andamento.Foi pensando nessas pessoas que FabrícioCosta, usuário da Policlínica Antônio RibeiroNeto (PAM 13 de Maio) sugeriu, duranteuma reunião do grupo de convivência doambulatório, a realização de um evento queintegrasse os usuários do serviço. “As pessoasdesistem de se cuidar quando descobrem queestão com HIV. A ideia foi ter um dia paraque pudessem se reunir e ter acesso a

Idealizador do evento,Fabrício Costa oferece

seu trabalho para osucesso do encontro

Atividades integradasno PAM 13 de Maio

serviços como cabeleireiro, massagem, ofici-nas e outras atividades”, esclarece.

Assim surgiu o encontro Integração daDiversidade com H, realizado pela PoliclínicaAntônio Ribeiro Neto, em parceria com oCMS Marcolino Candau, a Associação Inter-disciplinar de Aids (ABIA), o Grupo PelaVidda Rio, o Grupo Arco Íris de CidadaniaLGBT, o Instituto de Medicina Integral –UERJ, a Associação Cultural Dias da Cruz, a2ª Coordenadoria de Assistência Social e aGerência do Programa Municipal deDST/Aids. O evento foi voltado ao públicogay, homens que fazem sexo com homens,travestis e transexuais, que representa umagrande parcela dos pacientes do PAM 13 deMaio.

Discriminação TransA transexual Giselle Meireles, coorde-

nadora do Grupo Transrevolução, comemo-rou a iniciativa. “Aqui fazemos novos con-tatos, ficamos sabendo de outros eventos econtribuímos para dar visibilidade à nossacausa. As transexuais e os travestis são muitodiscriminados”.

O evento contou com o apoio daassistente social da Policlínica. “Sempreestivemos abertos ao diálogo tanto comusuários como com as instituições.

Nossa experiência de realizar ações con-juntas facilitou agregar parcerias que logoaderiram ao evento”, explica MarilzaRodrigues.

A policlínica oferece ainda atividadescomo videoteca, bazar, musicoterapia, festajunina e passeios. “Um grupo de pacientes

nos ajuda a mobilizar os usuários para asatividades e ainda contribui com ideias e

ações”, comemora Marilza. SV

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Se aLIPODISTROFIA

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Alipodistrofia é o efeitocolateral dos antir-retrovirais que mais

assusta, e que pode levaralgumas pessoas a suspen -derem os medicamentos semconsultar o médico. Um atocomo este prejudica todo otratamento, reduzindo as op -ções de remédios para com-bater o vírus no futuro. Tam-bém por causa da lipodis-trofia, há quem se afaste dosamigos e familiares, commedo de ser discriminado, ou

SAIBA O QUE FAZER PARA EVITAR, RETARDAR OU REDUZIR AQUELAS MUDANÇAS TÃO INDESEJADAS

DE CARA PARA A VIDA – ECOSA ONG ECOS, Comunicação emSexualidade, de São Paulo,realiza um trabalho commulhe res soropositivas volta -do para a autoimagem. Atravésde ofici nas de fotografias, co -mandadas por Evelyn Ruman,o projeto busca fortalecer aautoestima com uma nova for -ma de se olhar. A imagem aolado é fruto deste trabalho deparceria entre a fotógrafa e amulher fotografada

Evelyn Ruman

por se sentir feio. E temainda aqueles que encaram opro blema e incluem uma boaalimentação e um pouco deexercício para retardar, oumesmo reduzir, as mudançasno corpo que tanto tememos.

Se, da noite para o dia, aose olhar no espelho você nãoreconhece o seu corpo, por -que seu bumbum está dimi -nuindo e sua barriga está au -men tando, há muitas coisasque podem ser feitas paraque você se sinta me lhor. A

começar pelos exercícios.

“A academia foi uma portade escape muito grande,pois eu estava comdepressão e, a partir domomento que eu comeceias atividades, minhaautoestima foi melhorando.Eu comecei uma nova vidaaqui”. Laura

Laura buscou a ajuda deuma ONG em Belo Ho ri -zonte e encontrou o projeto

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Posithi vo, do Grupo Vivher. Láela faz diversas atividades gra-tuitas, como musculação edança e já começou a perce-ber as melhoras.

“A ideia do projeto é fazercom que o indivíduo se reco -nheça e se aceite. É precisoque ele encare a sociedade eveja que, além do HIV, alémda lipodistrofia, existe ummundo lá fora esperando porele”, afirma o Presidente doGrupo Vhiver, Valdecir Fer-nandes Buzon.

Encarando o espelhoPara a psicóloga do grupo,

Tarcila Peixoto Hofner, alipodistrofia está completa-mente relacionada à questãoda autoimagem. “Nós já tive-mos usuários que se tran-caram dentro de casa porcausa da perda de gordura norosto. Por isso é preciso tra-balhar o gostar de si, o con-

no chão. Com o tempo,porém, eu descobri que podiajuntar os caquinhos e formarum espelho novo. Eu construíuma imagem nova”. Vítor

Ao praticar atividades físi-cas, além de ganhar massamuscular ou perder algunsqui linhos, a pessoa se sentemais motivada. “O indivíduose sente mais bonito e come çaa se recolocar no meio so cial.Ele melhora a sua capa cidadede ser mais feliz”, afir maValdecir.

O fisioterapeuta MarcosBel lo, da Clínica Márcio Ser -ra, no Rio de Janeiro, con-corda. Para ele, não existeuma re ceita pronta quantoaos e xer cícios que combatema lipodistrofia. Porém, exercí-cios ae róbicos (caminhada,bicicleta, dança) e de resis -tência (mus culação) devemser praticados pelo menos três

Ricardo e Marclei: idealizadores do projeto

OFICINA CORPO, ARTE E AÇÃO – ABIANa Associação Brasileira Interdisciplinarde Aids, ABIA, no Rio de Janeiro, assegundas e terças-feiras são destinadasàs artes plásticas e às atividades do corpo,voltadas para o público homossexual. “Oprojeto tenta minorar problemas comobaixa autoestima e trabalha algunsaspectos físicos. Embora não seja umaacademia de ginástica especificamente,oferecemos atividades como pilates erelaxamento”, explica Ricardo SalesMölnar, um dos responsáveis pelo projeto.O também idealizador da oficina, MarcleiGuimarães, afirma que o objetivo éproporcionar a ‘reapropriação’ do corpo.

“O foco não é o corpo medicalizado, quefica à disposição do saber médico, mas ocorpo como fonte de prazer, de inspiração,de cuidado e de amor”, conclui.

Valdecir montou a academia doGrupo Vivher em Belo

Horizonte/MG para estimular aprática de exercícios em

portadores do HIV

Daniela Savaget

Daniela Savaget

seguir se ver no espelho. Se apessoa não está se olhandono espelho, é sinal de queexiste algum problema ali”,afirma. Uma das pessoas quefrequenta o projeto Posithivo,do grupo Vivher, é Vitor.

“De repente, o meu espelhoquebrou. Ficou todo partido

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vezes por semana. “A ativi-dade física é importante paraqualquer pes soa não importaque tenha ou não uma doen -ça”, comenta.

Comer bem esaudável

A nutrição balanceadanão pode ficar de fora no com-bate à lipodistrofia. Além defor necer a energia neces sáriapa ra as atividades físicas, aju -da a reduzir os níveis de trigli -cérides e colesterol. As dietasdevem ser específicas paracada pessoa, mas há di cas queservem para todos: comer fru-tas e verduras à vontade, re -duzir o sal e o açúcar, fazer de4 a 6 refeições por dia, e beberbastante água. ONGs, comoo grupo Vhiver, e algunsserviços de saúde oferecemconsultas com nutricionistas.

“Eu vim para o grupo Vivherindicado pela psicóloga doHospital Eduardo de Mene -zes. Com o acompanhamentoda nutricionista e a academiameu equilíbrio melhorou e eureduzi os meus triglicérides.Eu ganhei massa muscular eminha condição de vida comoum todo também melhorou”.Sérgio

Troca demedicamentos

Há situações em que alipo distrofia pode ser comba -ti da com a troca de medica-mentos. É o que diz a infec-tologista Karina Ribeiro, doSAE Sagra da Família, emBelo Horizonte.

existem as cirurgias reparado-ras, disponibilizadas peloSUS, para as lipodistrofiasmoderadas ou graves (verbox ao lado). Caso vocêperceba que está com altera -ções no seu corpo devido àlipodistrofia, procure ajudade um pro fissional de saúde:ele poderá indicar a melhorfor ma de lidar com o pro -blema. Participar de gruposde apoio também pode con-tribuir para resgatar a autoes-tima e facilitar a reintegraçãosocial.

Na última página darevis ta, você encontra o con-tato das ONGs citadas nestamaté ria. SV

“Todos os medica men tospodem causar lipodistrofia,somados a fatores genéticos,idade, sexo, tempo de uso deantirretrovirais e época deiní cio de tratamento (quantomenor o valor de célulasCD4 no início do trata -mento, maior a chance dede senvolver lipo distrofia).No entanto, al guns me di ca -mentos desencadeiam maisrápido a lipodistrofia do queoutros, e, se a substituiçãofor feita sem prejuízo ao tra -ta mento, pode-se indicar atroca”, afirma.

Em último casoComo último recurso,

Tratamentos reparadores

• Preenchimento facial com polimetilmeta crilato (PMMA) • Lipoaspiração da giba • Lipoaspiração da parede abdominal• Lipoaspiração do dorso• Redução da mama• Reconstrução glútea com prótese de silicone• Preenchimento perianal com gordura ou PMMA • Tratamento de ginecomastia

Critérios exigidos para a realização das cirurgias

• Diagnóstico de HIV/aids e lipodistrofia devido ao uso deantirretroviral.

• Em tratamento antirretroviral há pelo menos 12 meses.• Não respondem ou não podem realizar mudança na

terapia antirretroviral.• Ausência de manifestações clínicas sugestivas de

imunodeficiência nos últimos seis meses.• CD4 maior que 200 cel/mm3 (exceto para lipodistrofia

facial) e carga viral estável.

No site www.saberviver.org.br, estão listados os locaisonde o SUS oferece cirurgias reparadoras

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Oraltegravir é o mais novo medica-mento incluído pelo Ministério daSaúde na lista de antirretrovirais dis-

tribuídos gratuitamente e é recomendado ape-nas àqueles pacientes que já apresen-taram múltiplas falhas em combi-nações anteriores. Quem estáusando o raltegravir pre-cisou fazer o teste degenotipagem* e possuipoucos me di ca mentosainda com ati vi dadecontra o HIV. Porisso, a tomada corretae em horas certasdesta com bi na çãodeve ser trata da pelopaciente co mo priori-dade, uma vez que, sehouver nova falha, opaciente não terá muitasopções de tra ta mento, até achegada de novos antirretrovirais.

“O raltegravir deve ser tomado 1 compri -mido de 12/12 h em horários bem certos. Nãopode ser de manhã e à noite na hora que quiser.Tem que ser de 12 em 12 horas! O pacienteque não seguir à risca essa recomendação podeacabar sem opções de tratamento no futuro”,alerta o infectologista Gustavo Magalhães.

Controlando a infecçãoO raltegravir é um inibidor de integrase,

uma nova classe de antirretrovirais. A

recomendação atual é que faça parte de umacombinação com um inibidor de protease,reforçado pelo ritonavir (aquele da geladeira).

“O raltegravir, com outros medicamentos,consegue reduzir a carga viral, e aumen-

tar o CD4, controlando ainfecção novamente”, afirma

Gustavo. Além de ser bas-

tante potente contra oHIV, o raltegravir nãoapresenta efeitoscolaterais significa-tivos e em estudosrecentes tem sereve lado benéficotambém na redução

dos níveis de colesteroldos pacientes.

Tomar após refeiçãoAo todo você tomará 11

comprimidos: sete pela manhã e qua-tro à noite. “É uma combinação um poucocomplexa pela quantidade de comprimidos,por isso, o paciente pode fazer uma tabela lis-tando a hora e os medicamentos a serem toma-dos, para não se confundir. Lembre-se que estacombinação é para pessoas que não têmmuitas outras opções de tratamento, o que fazcom que a adesão correta seja fundamentalpara o sucesso da terapia”, afirma Gustavo.

Como o darunavir/ritonavir deve sertomado após as refeições, sugerimos que as

raltegravir + darunavir+ ritonavir + lamivudina

+ tenofovir

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Raltegravir1 comprimido de 12 em

12 horas

Darunavir2 comprimidos de 12 em 12 horas

Ritonavir1 comprimido de 12 em 12 horas

Lamivudina2 comprimidos por dia

Tenofovir1 comprimido por dia

RESPEITAR A DOSAGEM E O HORÁRIO DESSA COMBINAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA O TRATAMENTO.

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passo

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pessoas nesta combinação tomem todos oscomprimidos da primeira tomada após o caféda manhã e os da segunda tomada após o jan-tar, nunca ultrapassando o intervalo de 12horas entre as duas tomadas.

Recomenda-se também que o pacientefaça exames regulares para observar as funçõesrenais (rins) e hepáticas (fígado), uma vez queos medicamentos podem alterar o funciona-mento desses órgãos.

Depois do jantar, já emcasa, Silvio toma 1 comprimido de

raltegravir, 2comprimidos de

darunavir e1comprimido de

ritonavir.

8 horas da noite

* GENOTIPAGEMO exame de genotipagem verifica aresis tência do HIV aos antirretro viraisem uso ou já usados anterior mente, au -xiliando o médico na escolha dosmedicamentos mais eficazes para opaciente.

Após tomar o café da manhã, Silviotoma 1 comprimido de raltegravir,2 comprimidos de darunavir, 1comprimido de ritonavir, 2 comprimidos de lamivudina e 1comprimido de tenofovir.

8 horas da manhã

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Saber Viver ano 9 n 44 ago 2009

Os jovens têm a capaci-dade de mudar omundo. Em relação

ao HIV/aids, podem trazermuitas novas ideias. O IVEncontro Nacional de Adoles-centes e Jovens Vivendo com

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HIV/Aids (ENAJVHA), reali -zado de 9 a 12 de julho de2009 em Curitiba, foi umgrande espaço para jovens detodo o país apresentarem suasideias para a política de con -trole do HIV/aids. Eles foram

ouvidos por governos, porFóruns e Redes de ONGs epessoas vivendo com HIV/aids,como a RNP+Bra sil, e pororganismos internacionais.

Durante 4 dias, cerca de100 jovens participaram deinúmeras atividades. Foramdias de muito contato entrepessoas com experiênciasdiferentes, mas que tinhamem comum a vontade de par-ticipar das decisões na área doHIV/aids. A diretora do Depar-tamento de DST/Aids do Mi -nistério da Saúde, MariângelaSimão, falou, na abertura, daimportância da nova geraçãocobrar políticas públicas deapoio a adolescentes e jovensque vivem com HIV, “pois amissão deste Departamento éconstruir políticas para pessoasque vivem com HIV/aids”.

Vontade de mudarO coordenador geral da

Rede Nacional de Adoles-centes e Jovens Vivendo comHIV/aids (RNAJVHA), KleberMendes, convidou as pessoas arefletirem sobre a adolescênciae a juventude que vive comHIV/aids. “Não queremos ser

JovensliderançasAdolescentes e jovens contribuem para ocontrole nacional do HIV/aids

Kleber Mendes da RNAJVHA discursa na mesa de abertura do evento ao lado deMariângela Simão, do Ministério da Saúde.

BOLSA-FORMAÇÃO PARA 27 JOVENSJovens com HIV/aids de todo o Brasil participam de um processo seletivo para escolher 27jovens que receberão uma formação em liderança em HIV/aids. Durante onze meses, elesatuarão nas coordenações estaduais, nos serviços de saúde e nas instâncias de controlesocial da política como Conselhos de Saúde e ONGs. O projeto é uma parceria do Depar -tamento de DST/Aids com a Pact Brasil e agências das Nações Unidas e garante uma bolsade iniciação profissional no valor de R$ 472 mensais. “Espera-se que o maior conhecimentosobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e das políticas públicas em HIV/aidspossa contribuir para a melhoria dos cenários nacional e local da Saúde. A formaçãopossibilita ainda que no futuro eles possam ocupar espaços de controle social, em especialno SUS, e também de gestão governamental”, afirma em nota o Departamento de DST/Aidsdo Ministério da Saúde.

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assistidos, queremos sersujeitos das nossas histórias enão sujeitados pelo HIV/aids;vários jovens foram proibidosde vir neste evento, temos derefletir essa situação, quere-mos mudar, trabalhar juntos esermos parceiros”. O encontromostrou que a rede de jovenscom HIV/aids está fortalecidae “disposta a pautar ações afir-mativas que garantam quetodos nós teremos direito a terdireitos”, disse Kleber da RNA-JVHA.

A plenária do encontroaprovou uma carta de reivindi-cações estabelecendo objetivose metas. Entre eles, rompercom os processos de tutela-mento que regem os movi-mentos. “Queremos ter Auto -nomia, para que nossas esco -lhas sejam respeitadas e refe -rendadas; queremos Respeito,Trabalho, Saúde, SeguridadeSocial e principalmente oreconhecimento de que somosPESSOAS, sujeitos da nossaprópria história”. A íntegra dacarta pode ser acessada no siteda RNP+ Brasil(www.rnpvha.org.br).

Elton, Kleber, Andréia, Oséias e Micaela, das Redes regionais de jovens, participam da mesa “Eu, tu, nós e a Rede”

O PRIMEIRO DIA é uma coisa de louco. Você revêamigos, conhece novas pessoas e ouve ospalestrantes nas mesas. No segundo e no

terceiro dia, o bicho pega, porque, quando você está numencontro, assume um compromisso com você, com aorganização e com os jovens do seu estado. E no quarto eúltimo dia é bolada uma carta com coisas que você e seuestado precisam.” Deivid, 17 anos, Floripa, SC

O PRIMEIRO DIA ERA COMO se eu saísse daminha realidade e estivesse indo para outra, com

pessoas diferentes, mas com o mesmo objetivo, abusca de um lugar sem preconceito. Já no segundo diateve uma relação mais harmônica, as pessoas seenvolveram mais. No terceiro dia, o ambiente se tornoumuito mais agradável, porque todos já se conheciam.”Pedro, 17 anos, Brasília, DF

NA ESCOLA É IMPORTANTE FALAR de preven -ção, mesmo que a família e os professores

tenham resistência. Os jovens criam vários preconceitos eestigmas em relação à pessoa vivendo com HIV. A aids nãovai me impedir de continuar minha luta! Eu sou umapessoa única, e no conjunto de diferenças devemos nosunir para ganhar mais espaço.” J.R, 15 anos, Manaus, AM.

CADA UM SABE QUAL É O MOMENTO para falarpara seus parceiros, afinal a responsabilidade

pela prevenção é de ambos, não é exclusiva de quemvive com HIV. Meu nome não é AIDS, meu nome éCAMILA!” Camila, 22 anos, Belo Horizonte, MG.

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ALAGOASSoro positivo saudável, 54 anos,7,70m, 75kg. Procuro homens heteros,ativos e bem dotados de todo o Brasil eexterior para amizade e uma palavraamiga. Tel: (82) 3375-7433 ou Caixapostal 250 - Maceió – AL - CEP:57020-970.

BAHIAGostaria de conhecer pessoas de to-das as idades para novas amizades.Busco também trocar experiênciascom pessoas soropositivas. Tenho 30anos, moreno, 1,72m, 79kg, traba -lhador, solteiro, sem filhos. Soropositivohá 2 anos, estou aqui para aprender eensinar as coisas boas da vida.Contato: Caixa postal 2515 –Salvador – BA – CEP: 40020-970 [email protected] – MarceloSantos

Procuro homem para relacionamentoe que sinta a minha falta quando eu es-tiver ausente e quando eu estiver pre-sente que sejamos um só. Tenho 52anos, cabelos e olhos castanhos. Soumuito feliz com a vida. Contato: (75)9117-8376 (das 9h às 22h) – Fátima

Sou evangélico e desejo conhecerpessoas de todo o território brasileiro,de preferência da Bahia, para umagrande amizade. Tenho 31 anos, casa-do, soropositivo. Cartas para Cxpostal, 80 / CEP: 44380-970 / Bahia –Rodrigo Santana

DISTRITO FEDERALMoro em Brasília, busco um compa -nheiro acima de 30 anos, discreto, nãoafeminado , preferencialmente passivoou passivo/versátil. Sou carinhoso egosto de pessoas românticas e quecurtam fidelidade e compromisso sério.Preferencialmente busco Cardecistasou simpatizantes. Sou branco, 1,66m,57kg, 43 anos e não sou do meio GLS.Gosto de cafés, cinema, lazer cultural emuita ação no bem ao próximo. Querseguir essa jornada comigo? Contato:[email protected]

Evangélica, 41 anos, 1.66m, 65kg. Soucarinhosa e sincera. Desejo conhecerhomens acima de 45 anos, de preferên-cia do DF. Quero relacionamento sin-cero e duradouro. Tel: (61) 8599-9414 -Jane

ESPÍRITO SANTOHomem de 48 anos, independente,saudável, discreto, 1,73m, 66kg, olhosverdes, cabelos e barba grisalhos.Procuro companheiro discreto, inde-pendente, preferência idade entre 48 e68 anos de qualquer lugar do Brasil.Contatos: [email protected] (27) 9851 8068 - Raul

MINAS GERAISProcuro mulheres de 35 a 45 anos,evangélicas, para relacionamento ouamizade. Tenho 47 anos, solteiro,evangélico, moreno, cabelos crespos,olhos negros, 1,68m, 65kg. Sousoropositivo há 6 anos. Gosto de músi-ca, cantar, tocar, ler, escrever. Souromântico e mais caseiro. Tels: (31)3357-6012 / 8847-5268 – Daniel

Tenho 33 anos, 1.80m, 70kg, moreno,não afeminado, ativo. Dispenso afemi-nados e relacionamentos fora de MinasGerais. Tel: (31) 9357-2279 – VictorDouglas

PERNAMBUCODesejo conhecer pessoas do mesmosexo para amizade ou algo mais.Procuro um grande amigo, compa -nheiro, independente de posição so-cial, raça e cor ou classe social. Se es-tiver desempregado, não vejo proble-ma. Juntos buscaremos o seu lugar e asua sombra. Tenho 52 anos. Você de 30a 60 anos pode me escrever. Caixapostal 584 – CEP: 50001-970 – Silva

RIO DE JANEIROSou branco, 45 anos, 1,65m e 62 Kg.Cabelos grisalhos e olhos castanhos.Quero conhecer homens ativo/passivo,de 30 a 50 anos, não afeminados paranamoro ou amizade. Preferência parapessoas que morem na região de VoltaRedonda – RJ. Tels: (24) 3336-4641 /8122-9437

Tenho 39 anos, moreno, 1,73m, 83Kg,passivo, discreto, trabalhador honesto,simples, não busco aventuras. Procuropessoa discreta, 25 a 45 anos, ativo,simples, honesto, trabalhador e do RJpara relacionamento sério. Tel: (21)8770-2932

Tenho 47 anos, sou viúva, soropositivaassintomática. Procuro homem paracompromisso. Tel: (21) 8706-2772 –Fátima

Militar bonito, 28 anos, branco, 1,71m,68kg, discreto, prático musculação.Gostaria de conhecer homens de até 40anos, ativos ou versáteis para rela-cionamento sério. Tel: (21) 8109-5075ou Cx postal, 031 – RJ – CEP: 20010-974 – Dado

Sou negro, 1,70m, 33 anos. Gostariade me corresponder com mulherespara amizade ou algo mais sério. Tels:(21) 9163-1776 / 3362-2328 (ligar apósàs 14h)

Tenho 43 anos, moreno claro, 1,69m,67kg, discreto, assimtomático, passivo eativo. Busco homens que procuram umrelacionamento sério, discreto e que sejaativo e passivo. Contato somente comfoto: legal [email protected]

Tenho 47 anos, sou pardo 1,73m, 74kg, olhos verdes, cabelos castanho,separado, sem filhos, sincero e hon-esto. Procuro mulheres de 26 a 50 anospara compromisso ou uma boaamizade. Tel: (21) 8705-9182 - Robson

Estou a procura de uma pessoa ativa,de 30 a 50 anos. Sou moreno claro,1,78m, 80 Kg, cabelos pretos, não afe -mi nado, independente e de bom cará -ter. Procuro amizade, sexo ou rela -ciona mento. [email protected] –Luiz

Tenho 52 anos, moreno claro, olhoscastanhos, 1,58m, 56kg, moro sozinho.Desejo me corresponder com mulheresde qualquer idade. Procuro viúvas inde-pendentes para amizade ou algo mais.Tenho uma deficiência do lado esquer-do, nada que me impeça de ser feliz.Enviar cartas com fotos de perfil inteiropara Rua José Mariano, 194 – Cabuçú– Nova Iguaçu /RJ - CEP: 26292-051ou telefonar para (21) 3766-5257 /8851-6635 – Fernando

Namoro ou Amizade AS CARTAS PARA ESTA SEÇÃO DEVEM CONTER ENDEREÇO COMPLETO E XEROX DODOCUMENTO DE IDENTIDADE. A SABER VIVER MANTERÁ ESSES DADOS SOB SIGILO.

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Sou negro, 1,70m, 33 anos. Gostariade me corresponder com mulherespara amizade ou algo mais sério. Tels:(21) 9163-1776 / 3362-2328 ou cartaspara Av. Urânio, Qd. 16 / Lt. 06 -Coelho da Rocha – São João de Meriti– RJ - CEP: 25550-340

Procuro uma linda historia de amorcom mulheres entre 25 e 55 anos parabons relacionamentos. Sou branco,1,70m, 60 kg, cabelos grisalhos, 41anos, honesto e trabalhador. Tels: (21)3756-9930 e 9217-1130 ou msn: Cé[email protected]

Tenho 48 anos, divorciada, indepen-dente, evangélica, 1,67m e 68kg.Procuro homem também evangélico,divorciado, viúvo ou solteiro, entre 48 e54 anos. Um homem de Deus para rela-cionamento sério e que more nos mu-nicípios próximos. Tel: (21) 8644-3993– Sula

Estou com coração livre para rela-cionamento verdadeiro. Tenho boaaparência, 47 anos. Espero sua ligação.Tel: (21) 9254-6179 - José

RIO GRANDE DO SULSou negra, 43 anos, HIV+ há 10 anos,em tratamento e saudável. Procurohomem negro, soropositivo, na minhafaixa etária, para dividir, com muito ca -rinho, todas as situações. Favor enviar email [email protected]

SÃO PAULOTenho 42 anos, brasileiro, separadolegalmente e formação de nível superi-or. Quero conhecer mulheres de 20 a 35anos. E-mail: [email protected] -Pedro - Guarulhos

Rapaz soropositivo, 31 anos, loiro, ca-belos castanhos, 1,78m, olhos azuis.Procura mulheres entre 25 e 37 anos,soropositiva, de São Paulo (capital)para relacionamento sério. Tels: (11)5834-6114 / 8486-3438 – Fabio

Tenho 39 anos, sou mulata clara, tenho1,67m, 73kg, olhos castanhos. Desejome corresponder com homem entre 36 e46 anos. Sou carinhosa e meiga. Tel:(11) 7580-0376 – Simone

Tenho 38 anos, negro, 1,85m, 76 kg,viúvo, romântico e de vida simples.Quero conhecer mulheres entre 40 e 60anos para preencher o espaço vazio domeu coração. E-mail:[email protected] – Alex

Tenho 33 anos, morena clara, 1,72m,69 kg, cabelos compridos, feminina,res ponsável, olhos castanho claro.Quero algo sério para relacionamentofuturo com homens de 40 anos. Quequeira ser amado e amar e que tenhaobjetivos. Tels: (31) 9782-5153 / 3341-1931 – Maria Eduarda

Tenho 45 anos, solteiro, branco,1,69m, 71 kg, olhos castanhos, cabelosgrisalhos, uso óculos. Desejo conhecermulheres não fumantes, de caráter,simples, educadas, meigas e cari -nhosas. Tel: (11) 2063-7394 ou [email protected] – Kleber

Tenho 42 anos, sou morena clara emoro em São Paulo. Estou à procura domeu grande amor. Procuro um compan-heiro com idade entre 46 e 50 anos pararelacionamento sério. Tel: (11) 8978-1278 – Cidinha

Tenho 38 anos, 1,75m, 68kg, solteiro,moro e trabalho na cidade de SãoPaulo. Procuro um companheiro paraque juntos possamos viver e aproveitarmelhor a vida. Sou independente finan-ceiramente. Procuro alguém de SãoPaulo ou grande SP. Cartas podem serenviadas para: Luciano Ney - Caixapostal 64 – SP - CEP 01059-970 ou e-mail: [email protected]

Tenho 39 anos, sou mulata clara, tenho1,67m, 73kg, olhos castanhos. Desejome corresponder com homem entre 36 e46 anos. Sou carinhosa e meiga. Tel:(11) 7580-0376 – Simone

Sou moreno claro, 1,75m, 71kg.Gostaria de me corresponder com mu -lheres de todo o Brasil para umaamizade sincera ou algo mais. Tel: (11)2837-0423 ou [email protected] – Benedito

Sou romântico, pardo, 35 anos,1,70m e 69kg. Gostaria de me corres -ponder com mulheres que residam emSão Paulo para um relacionamentosério. Tel: (11) 4102-6081 – Francisco

Tenho 35 anos, caseiro, solteiro, o -lhos verdes, 1.74m, 74 kg, pratico mus-culação. Desejo conhecer compan-heira honesta e de bem com a vida, pararelacionamento sério, moro em SãoPaulo, na zona leste. Tels:(11)4112.0943 / (11) 8353.0872

Paulista, aposentado, 47 anos, bran-co,178m, 60kg, uso óculos, grisalho,soropositivo há 17 anos, kardecista.Procuro alguém do mesmo sexo. E-mail: [email protected] Orkut. Sou mais família.

“Escorpiano carente”. Procuro pes-soas de mesmo sexo para relaciona-mento sério. Tenho 43 anos, 1,73m,70kg, discreto, boa aparência, assin-tomático. Fotos serão bem-vindas.Responderei a todos. Tel: (14) 3011-4335 – Valdo

Moreno claro, 39 anos, 1,70m e 68kg.Quero me relacionar com travestis dequalquer idade e de qualquer lugar doBrasil para uma sincera amizade oupara compromisso. Tel: (11) 7095-5105– Bruno

Tenho 51 anos, estabilizado, assin-tomático. Procuro mulheres de até 35anos, magras, para compromisso sério.Moro em uma chácara em Iguape, lugarlindo. Procuro uma mulher para viver-mos juntos e nos ajudarmos mutua-mente. Sou totalmente de bem com avida. Contatos: Msn: [email protected] / tel:(13)9611-3118 / Caixa postal 171 -CEP 11920-000 – Luiz

Tenho 31 anos e estou em regime semi-aberto, mas me considero reabilitadodos meus erros. Sou muito sincero e sim-pático. Procuro uma mulher que queiraum relacionamento sério, sem precon-ceitos, pois me sinto sozinho e carente.Sou moreno, olhos castanhos e signo decapricórnio. As interessadas podem es-crever para Estrada de Iperó – Tatuí, km5,5 – B. Hortoflorestal – Bela Vista – Alade Progressão (Box 4) – Iperó / SP –CEP: 18560-000. – Ronaldo

Sou moreno claro, 66 anos, 63kg, ca-belos castanhos, 1,70m, boa aparênciae estou bem fisicamente. Sou aposen-tado e trabalho como autônomo, tenho avida financeira razoável. Gostaria deconhecer uma mulher entre 40 e 50anos para compromisso sério e viverum grande amor. Sou evangélico e di-vertido. Contato: (11) 3782-8277 /9929-3109

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ONGS, REDES E FÓRUNS ONDEOS SOROPOSITIVOS PODEMPARTICIPAR

BAHIARNP+ Núcleo BahiaRua J.J SEABRA, 116Baixa do Sapateiro - Salvador - BACEP: [email protected]@yahoo.com.br

CEARÁGapa – CERua Castro e Silva, 121/ sala 305Fortaleza - CE - CEP: 60030-010(85) 3253-4159

MINAS GERAISGrupo Vhiver Av. Bernardo Monteiro, 1477Funcionários - Belo Horizonte - MG(31) 3271-8310www.vhiver.org.br

Centro de Convivência CazuzaAv. Brasil, 60Jardim Casa Branca - Betim - MG(31) [email protected]

PARANÁGrupo AmigosRua João Zaleski, 635Vila Lindóia - Curitiba - PRCEP: 81010-080(41) [email protected]

RIO DE JANEIROFórum ONG/AIDS do Rio de Janeiro Av. General Justo, 275 - bl. 01 / sala203/A - Rio de Janeiro - RJ (21) 2544-2866 / 25173293 [email protected]

Associação BrasileiraInterdisciplinar de Aids – ABIAAv. Pres. Vargas, 446/13º andar Centro - Rio de Janeiro - RJ(21) 2223-1040www.abiaaids.org.br

Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT Rua Monte Alegre, 167 Santa Teresa - Rio de Janeiro - RJ(21) 2222-7286 / 2215-0844

Grupo Pela Vidda RioAv. Rio Branco, 135/709 Centro - Rio de Janeiro - RJ(21) 2518-3993 / [email protected]

RNP+ Núcleo Médio ParaíbaRua Prefeito Bulcão Viana, 45Jardim Boa Vista Barra Mansa - RJCEP: 27350-200(24) 3323-5283

SÃO PAULOFórum das ONG/AIDS de São PauloAv. São João, 324 - 7º and - sala 701Centro - São Paulo - SP (11) 3334- 0704 / 3331- [email protected]

ECOS - Comunicação em sexualidadeRua Araújo, 124/2º andar Vila Buarque - São Paulo - SP (11) [email protected]

GIV – Grupo de Incentivo à VidaRua Capitão Cavalcante, 145 Vila Mariana - São Paulo - SP(11) 5084-0255 / [email protected]

SERGIPEGapa – SERua Espírito Santo, 85Aracajú - SE CEP: 49010-520(79) 3214-2414 / [email protected]

BRASILRede Nacional de Pessoas Vivendocom HIV/aidswww.rnpvha.org.br

REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENSVIVENDO COM HIV/AIDS (RNAJVHA)REPRESENTANTES REGIONAIS

Porto Alegre e Santa CatarinaRua Manduca Rodrigues Nº 692Centro - Pelotas - RS Cep: 96020-320 [email protected]

A SABER VIVER É DISTRIBUÍDA GRATUITAMENTE

ParanáRua: José Loureiro Nª 12/ 1004Centro - Curitiba - PRCEP: 80.010-000(41) [email protected]

Minas Gerais e Espírito SantoRua Deusdalma Nº 221Nova GameleiraBelo Horizonte - MGCEP [email protected]

São Paulo e Rio de Janeiro Rua Capitão Cavalcanti 145Vila Mariana - São Paulo - SPCEP [email protected]

Centro OesteRua SNF 02 QD. 1A LT. 1 À4 Setor Norte FerroviárioGoiânia - GOCEP: 74.063.450(62) 3213-2233 [email protected]

NordesteRua Com. Gomes Costa, 39Barris - Salvador - BACEP:40070-120. Salvador - BA(71) 3328-9207/ (71) [email protected]

NorteRua 15, 302 - alvorada IIManaus - AMCEP: [email protected]

OFICINAS PARA ADOLESCENTES

O Grupo Pela Vidda Niterói iniciou novasações voltadas para adolescentesvivendo com HIV e aids,além de ativi-dades lúdicas para crianças nosespaços das brinquedotecas. Há ofici-nas de corpo, dança, mídia e ativismo evisitas a unidades de saúde que traba-lham com jovens soropositivos. Maisinformações, entre em contato com oPela Vidda Niterói.Rua Visconde de Itaboraí, 66Ponta da Areia - Niterói - RJ(21) 2722-0067

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