ruy barbosa - bnmemoria.bn.br/pdf/258822/per258822_1909_00264.pdf · ruy barbosa concortos e o...

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. ii! J»M>'iijUWtn» Mançlo e admínistraçKo RUA DIREITA, 144 (Esquina da Marechal Oeodoro) ANNO XLÍV XjTOlt-PUOPRIETfRIO iguú Joãa Evangelista da Silva Somes GERENTE Ologo Rocha r. ri;!lr,",!'",íl"'c RI" <1« Jnnrl- o »r. Francisco Nelson .Monteiro -'-•' "^_¦ •"¦'?"'l¦-._-*"• 7' r^___V_______B_t§^" l<a "'"¦¦' ¦"--¦-:.'-¦¦ jf*-' âçSifcV'.-'V-æ"~^-"'^ç. - - "?^ >: -?-'¦".:"-"-'- *>-".,'-~.'¦'¦¦•" r*''/r" ,BJUIZ DE FORA (Minaa), Doming-o, 7 de Novembro de l»0^|' NÍIM 264 " ~ ' a~ HEüO ADA sinceros do que outras cidades irmãs qno pxhibem a nudez de sua imli- gcncia. Nos cobrimos essa nudez, não com o vu0 diaphano da fantasia, do qnc nos fala Eça de Queiroz, mas « >m o manto dourado das apparen- cias. (íaiefflp*'' f^tajiiio eu na Avenida , tral em dia o hora de grande mo- ',.,, naquella elegante artéria a, dizia-mo um amigo : „.\ njai<»r parto do quo ahi vês <,imitia''" 'i'"' - miseriadourada. 0-resso rápido da capital trouxe -./hábitos o estes novas necessi- . ,.ni tlosaccordo com os recursos .' ,4 íncios (le vida da maioria da jnada sociedade elegante ou que losc' —- Olha,meu caro, dizia-mo o ami go a que me rofiro em principio aquelles automóveis do luxo, aquel- coiqjés, os bailes e thea^os, os les Ruy Barbosa concortos e o lyrico, custam a alguns chefes de famiíia mozos do ordenado sem falarmos nas toilettes obrigadas A Tribuna, orgain vespertino ca- rioca, francamente hermista, o do qual ú redaetor-ehefo o senador An- tonio Azeredo, assim noticiou o an- niversarío do eniincuto sr. Ruy Bar- bosa, candidato á presidência da Ro- publica: "Completa hoje 60 annos de pro- ciosissima existência, applicada ao para NaçõOH relíquias quer Na Monarchia ou na Uopubliu pelo ultimo figurino. Dahi as que- os -o. pretcw Alii o meti amigo entrou numa se- uonsiderações, no sentido de demonstrar o quo ou o os leitores t-m»* fartos do saber, com referen- i civilização e.á luta pela exis- entretanto o Rio, como os grandes os luminosos, tem a propriedade iesfctraliir ;'s mariposas quo, na hy- w_esc figurada, são aquelles que «deixam illudir polo explendor, ver- la/leiro ou fictício. Corto lia quem triumplic naquollo moio; mas a por- centòtrem dos vencedores sobre os mcííIos não é de molde a encorajar $ espíritos timoratos, os contempla- livos e idealistas, o são estes que se prestam mais a representar o papel ,i6borboletas uocturiiás... A semana decorrida foi consagra- ijaiarte e ao feminismo. Jnlio Vnz expoz um formoso qua- io,desenhado ti nankim.com os re- fatos dos) graduandos em odontolo- apelo (iranbery, quadro esse que para despercebido aos olhos dos BtlilTerente.se que é urna bellareve- lacüotlemn temperamento artístico; j escriptora sonhorita Julia César realizou duas conferências literárias eestreou a companhia dramática ita- lana de que faz parte a actriz mi- adra Nina Sanzi. Tanto as palestras literárias de Julia Cesnr como os espectaculos de Xina San/.i não tiveram a concurren- «aquè mereciam. Com relação á se- pila. eu havia, por esta mesma colunam, prophetizado esse resultado. frrá porque não amamos a Arte ? freio (pie não. A maioria das cidades do interior áiattraoin os artistas. Nellas, a po- kfflt. quando não a miséria, é visi- Tel, e a pobreza o miséria têm a pro- Ésdado opposta á do iman. Juiz do Fora pertence ao limitado numero de cidades provincianas que tèmaqualidado de attrahir as mari- posas. Entretanto, si não possuímos àtla automóveis o carruagens de Iwo, si não temos o corso e outras Diversões ologantes quo absorvem as radas dos pobres chefes de familia, (brigados a manter a ?í)í/ia em des- Beordo eom seus recursos, não doi- amos, comtudo, do ter a miséria feirada, Si esta não faz ainda a dos- Jtaça das famílias em 'nosso meio, é sopleamonto porque não tomos as «triyeis teutações do luxo e da ele- Na que o progresso vertiginoso i Rio forneceu aos cariocas, sem a Jpsponsavol transição, e porque, íânibem. os últimos resquícios de mbsos hábitos patriarchaes servem «isolador ou pára-raios. :: Os ohofos de familia, aqui, não têm •™ para diversões caras, porque «as mio figuram em nossos hábitos pianos. Quando muito, ha no or- íaxnoiito doméstico uma verba para *wmtographo; que é barato. ; J:ln.odesi(1uilibrio orçamentário, Pulo por acaso so nos apresenta jj» diversa, nova o cara, embora presente esta uma das mais nobres gestações da arte. desiquilibrio do a todo otranse,por falta stipplementar.es. linda que, além principal, lia ainda bras fraudulentas, os suicídios, ... desfalques, a prostituição. E muitos desses palácios quo estás vendo es- tão hypothecados ; alguns o esta- vam antes de serem construídos... Nós ainda não chegámos o praza a Deus não cheguemos tão cedo : mas para caminhamos a passos rápidos o 1:' havemos de chegar. Juiz de Fora progride a olhos vistos... Felizmc rto o gênio de seu povo, ainda apegado aos hábitos patriar- chaes de nossos antepassados, sem prejuízo de seu amor ao progresso e á civilização racionaes, ainda não se coadunou com as exhibições osten- tosas em desaccordo com seus recur- sos. Com seus 25 mil habitantes, Juiz de Fora não pôde ser comparada ao -Rio, que possúe um milhão; a São Paulo, que tem 400 mil; nem mes- mo a Bello Horizonte que, embora conto apenas vinte mil habitantes, dispõe do elemento official para manter os seus créditos quando é vi- sitada por uma artista como Nina Sanzi. Creio mesmo que esta fói uma ex- trabalho nobilitanto e immorrodouro, o notável brasileiro Ruy Barbosa, a quem a Pátria tanto devo. Apezar do ser um nomo universal, o sr. Ruy Barbosa não o bastante co- nhecido no seu próprio paiz, pelas suas qualidades o virtudes cívicas, hoje proclamadas por muitos daquel- les que as combatiam, quando os seus movimentos eram contrários á cor- rente politica na qual então se acha- vam. Nós que, ha 20 annos, o aoom- panhamos de perto, que conhecemos a grandeza de sua alma e a sinceri- dado de suas convicções, a energia do sau caracter e a lucidez do seu espi- rito, que admiramos as suas virtudes privadas e a generosidade do seu co- ração, sentimo-nos felizes por vermos que muitos dos seus adversários e invejosos do seu saber lhe fazem hoje completa justiça, rendendo-lhe as homenagens que sempre lhe tribu- támos. Na verdade, um nome que enche uma nação, que faz uma época, que representa a intelectualidade de uma geração, não merece dos seus com- patriotas, nem mesmo dos seus adver- sarios políticos, sinão o respeito e o acatamento a que têm direito os es- piritos superiores. E nem tem sido queridas, a, 08 seus servidos são oghal mente relê- v antes, Juriaoonsultò, orador o pnbli- cisia, o seu nome refnlge miroolado no horizonte do paiz, sempre ampa- rado pelo carinho nacional contra as tentativas criminosa*' de absorpção polo partidarismo «intolerante quo procura torpemonto explorar a sua gloria!* A sua vida representa um esforço continuo em prol da Nação, que hoje lhe venera o nomo com o mesmo amor com quo amanhã ha do porpe- tuar-lhe as virtudes, moral quo elle sempre praticou. 4. Jí* Ha na vida des^o homem um auxi- lio incoraparavelique não diminuo a sua gloria, nem tiwfponco invalida o seu esforço. E' a intensa solidarieda- do na sua obra dessa santa creatura, mme. Ruy Barbosa...sua boa, dignae amantissima companheira, sempre a mesma nas horas de prazer ou injus- tiças. A Folha ão Dia apresenta a Ruy Barbosa sinceras felicitações pelo seu natalicio." Julia Cesir ZIG Saborosa, refrigerante e estomachica £. bebida espumante cepção, por ser mineira e vir prece- Por. ?utro motivo que na campanha dida de fama mundial, pois outros Polltica do momento tem sido o seu artistas têm tido maior decepção na capital de Minas do que em Juiz de Fora. Ora, si o Rio e S. Paulo têm,re- spectivamente, populações 40 e "16 vezes maiores do que a nossa, é ela- ro que, não obstante a crise geral, podem mais facilmente do que nós manter uma grande companhia dra- matica... e não mantêm. Apostar que a melhor casa obtida por nossa patrícia, no Municipal, foi inferior a uma casa commum do Con- certo Avenida que, por essa oceasião, enthusiasmava os papalvos com a exhibição de Paul Pons, Constant Aimable e outros lutadores romã- nos... A minha talentosa patrícia veiu umatár~~saudâdesu de sua terra. E agora, que reviu o céo pátrio, tão formoso nos dias claros, de sol ruti- lante, e tão triste nestes dias plum- beos e chuvosos; agora, que viu de novo o ninho que a agasalhou, volte para o velho mundo, continue de novo a falar com sua sombra para não esquecer a língua materna!, mas não a fale mais sob o céo de sua terra na- tal emquanto viver a vida saltitante de artista. Troque-a por outra, como até agora, e continue a viver dentro de uma saudade, como dentro de um sonho, porque uos mais bellos so- nhos são os que se não realizam u nunca H.G. Notas & Novas O TEMPO R- sumo das observações meteorológicas effectuadas no Dispensario da Liga Mineira Contra a T> .oerculose, em 6 de maio 0 ¦ _<d ca -ctuaos. ««recursos , Peva ponderai !*», <pie é a ía cansa do fracasso dos artistas V''0S •C'm llonrado ultimamente ,• >«a visita, actores ou músicos, as ou pintores: é que os intel- em sua maioria, aqui como •'Ma a parto o om todos os tem- «to p0bre.s, nâo podem, em re- fÍmrl0Õ§Pfa aquisição toa» °nosso ou de maior quantia •^ewnpra de um quadro. m'ys "tolleetuaos são os únicos ittenf1 amar ° comPi-ehender a 1 Ee foi o te 9ni. 1 t. 9 n. 709.6 709.1 707.1 a ri <D *_• E £ CD O 19.1 18.2 20.8 VENTOS Direcção 72 78 64 S E E Vel. pis. Estado do oéo 0.40 0.60 0.20 Encob. Encob. Endob. Therm desab. ennegrecida 26.4 Temp. Máxima . 21.2 Temp. Minima 17.3 Evaporações em 24 boras 1 mm 6 Chuvas: Observações: Estado da atmosphera em Juiz de Fora, encoberto; Rio de Janeiro, incerto; Barbace-r na, encoberto; Victoria, incerto; Sao Paulo, incerto. •mpo em que Novelli 0S »o Rio encontravam " 0nív< ' artistas, depois de mal sue - Rio, SVosá farta eias quantos especta- «aüzavam. 0 povo não mudou Pelo contrario, este sedes- aqui conseguiam tan- agosto Volveu ton S* aQui ram-se os tem- Brasil .', -0 omtoda a parte do hk Mi. ( uni pouco mais de di- •a-se mais folgadamente, a para diversões nos orça i„ -110sticos. Ç*'doxr nof ° aCfcUal nâ° ¥o geral a B ldl' Apenas somos menos eex- ssa: ó o reflexo da si- O revmo. sr. padre Leopoldo Pfad, vi- gario da freguezia, tencionando comme- morar a peregrinação á Apparecida, ulti- mamente realizada, resolveu publicar uma espécie de polyanfcbóa, na qual se enfei- xem trabalhos referentes á romaria alludi- da, em volume fartamente illustrado e ca- rinhosamente manufacturado. Dirigida por B. Ernesto Júnior, a publi- cação referida será vendida, ao preço de 500 reis o exemplar, em beneficio das obras da matriz desta cidade. Sao acceitos, desde até 30 do corrente, pedidos de exemplares, pelos srs. xevmo. vi- gario e Manoel Bernardino de Barros. . Chegou hontem, pelo rápido, a esta ei- dade, vindo de Bello Horizonte,'o sr. dr. Jvjscelino Barbosa, secretario das finanças do governo de Minas. Em companhia dos srs. drs. Saul Bello, Nunes Lima, Pinto de Moura, Gomes de Lima e alferes Pedra o sr. dr. Juscelino Barbosq. çercçrreu varias ruas da cidade. nome respeitado pelos partidários da candidatura de maio, embora os què a combatem lancem mão de todos os meios para a deprimir, como seriam capazes de o fazer si as candidaturas fossem invertidas; isto é, si o sr. Ruy Barbosa fosse o candidato da assem- bléa de maio, pois certamente não es- colheriam armas para o atacar muitos dos seus partidários de hoje. Educado na escola dos princípios, para servir a uma idéa liberal, o sr. Ruy Barbosa não conhece adversa- rios nem desaffectos, pára servir a li- berdade, ainda com prejuízos dos seus interesses políticos, e nem por outro motivo elle tem procurado dou- trinar no regimen actual, que pro- curou implantar no Brasil com tanta superioridade, pggmovendo os íunda- mentes da nossa lei básica. De par com attributos tão elevados como homem político e como doutri- nador dasciencia jurídica, correm as bellezas do seu coração de amigo, a grandeza de seus sentimentos na fa- milia, onde resplandece, o evangelho de seus exemplos immaculados. A Tribuna, associada ás demon- strações que toda a sociedade rende hoje ao eminente patrício, envia-lhe effusivas saudações e votos pela pro- speridade de sua existência tão que- rida e tão necessária." Nobre homenagem essa, partindo de um orgam que combate a candi- datura de agosto. Ha, apenas, um equivoco por parte do brilhante col- lega, quando assevera que "na cam- panha politica do momento tem sido seu nome respeitado pelos partida- rios da candidatura de maio." Na imprensa carioca, por exem- pio, A Iribuna, O Paiz e A Im- prensa ainda não injuriaram o gran- de brasileiro, que tem sido até ac- ousado de ladrão por outros orgams hermistas, que lhe não poupam con- vicios. Aqui mesmo, na imprensa local, os orgams civilistas ainda não insulta- ram o sr. marechal Hermes, ao passo que o candidato civil tem soffrido as mais infamantes calumnias. Consola-nos, porém, a justiça, que os espiritos superiores fazem ao no- tavel comparricio, que é hoje uma gloria da raça latina. —A egualmente insuspeita Folha ão Dia, orgam militarista, assim noti- •iou o anniversario de Ruy Barbosa: "Completou hontem 60 annos de edade Ruy Barbosa. A organização intellectua! extraor- dinaria que aquelle nome revela en- che a Historia Nacional e honra o Brasil. Ruy Barbosa é o depositário doge- nio brasileiro, o defensor intemerato, na Republica, da ordem constitucio- nal e o interprete sublime, perante a lei e os tribunaes, das grandes ago- irias populares. Descendente de um nome grande- mente illustre, mas cujo mérito in- tellectual o filho conseguiu ultrapas- sar, Ruy realisa aquelle typo de ho- mem ideado por Nietzsche como obs- taculo á decadência social do seu tempo, uma espécie àe surhomme ele- vando-se tanto acima da espécie quan- to a espécie sobre a pura animalidade. De facto, no Brasil, não ha menta- lidade de egual poder, e tal é o pres- tigio.talo brilho, o fulgor surprehen- dente que delia se desprende, que, coisa curiosa, os inimigos de Ruy Barbosa não conseguem odial-o. Elle pertence a essa ordem rara de homens que consubstanciam as glo- rias de uma nacionalídadade, cóncre- tízaiq, as conquistas de íim povo e sâo O sr. Antônio daMotta queixou-se liou- tem aosr. delegado, de policia de que, ten- do ido cobrar a seúminquilino, o engraxate Thomaz, este o ameaçara de morte. O sr. alferes Pedra tomou as providencias necessárias. Segue para* a zona da Oeste,em serviço desta fo- lha, o nosso representan- te, sr. capitão Francisco Bias Ministério. '—<-•••->— Escolas municipaes Eifectuaram-séjtiò dia 4 os exames dos alumnos da èfcola mixta, munici- pai, da Grama, repda pela professora d. Honorina Augusta de Miranda. Compareceram 42 alumnos, sendo verificado o segumte resultado : V. classe. Eèitura, calligraphia, dictado e arithmética.—Joaquim Ri- beiro, Oscar Estaisloff, Manoel de Paula e Amaral de Paula, distineção. 2!.1 classe—Leifííra e contas.—Gus- tavo Estaisloff, José Rocha, Palmyra de Castro; Franc|gco d'01iveira, José Lourenço, XistojJA. de Assis, Calixto da Silva, Laurá^Lnacleta e Julieta Maria Esfcaisteff^lenamente; Manoel de Oliveira e Manoel Braz, simples- mente. Presidiu a mesa o sr. Pedro Horta, servindo de examinadores a docente da cadeira e o sr. M. Al vim. Foram feitos vários recitativos. A solemni- dade foi concorrida. -. Ante-hontem, com o numero de 14 alumnos comparecidos, effectua- ram-se os exames na escola mixta da Colônia de S.; Pedro, regida por d. Maria Gertrudes Sampaio. Resultado : Leitura, contas, calli- graphia e historia do Brasil—Emilia Kirchmair, plenamente; nas mesmas matérias, menos historia, Emilia Pe- ters, plenamente; leitura e calligra- phia : Maria Mitroffe, distineção ; Crescencia Eiter, Henrique Peters e Luiz Klegin, simplesmente. Presidiu a mesa o sr. inspector es- colar, servindo de examinadores o sr. Pedro Horta e a docente da cadeira. A brilhante poetisa Julia César fez ante- hoittom na aula de üe&tiüuit da Cauiura Mu- nicrpal, a sua segunda çonforoiiciu literária que, como a primeira, agradou immensa- mente no auditório, que a applaudiu com entluifliasmo o calor. Foi tbenia—Oltowcm julgado pela mulher. Discorreu sobre elle a conferencista, com bastante graça, delicadeza, affectuosidade, carinho o devottunento. Parece-nos, salvo engano, quo desde tempos imniomoraveis não e o homem tão bem tratado por esse vulto frágil e terrivelmente ferino (£) que se chama - mulher—e ó o complemento do que do mais sublime podo haver a huma- nidade. A talentosa poetisa foi mais do que geri- til para com o sexo barbado: disse verdades magníficas, enterneceu, prendeu o audito- rio, fez rir, fez correr pelo salão um fremi- to do goso... Incontestavelmente, como havia acon- tecido com a primeira conferência, conse- guiu Julia César um bello triumpho. As suas ultimas palavras foram coroadas por prolongados o enthusiasticos applausos. Julia César recebeu, além de muitas ou- trás, felicitações de Nina Sanzi e vários li- teratos. Foram-lhe offertados por um grupo de graciosas senhorinhas muitos bouquets de flores naturaès. Em um dos salões do Fórum tocou a ex- cellente banda musical dos alumnos do Granbeiy, sob a regência do professor Eu- clydes de Britto. Julia César deveria ter ficado satisfeita com as homenagens affectuosas de que foi alvo, ema noite de ante-hontem, Julia César éffectuou hontem, ás 7 horas da noite, no gymnasio Granbery, Uma çon- ferencia, dedicada aos alumnos d'aquelle instituto. Discorrendo sobre o thema—A educação das creanças, a illustre palestrante deliciou o auditório com uma peça literária de fino lavor e subida, estima. . A mocidade estudiosa fez a Julia César uma imponente ovação, off erecendo-lhe um rico mimo; constante de um bello estojo com tinteiro, caneta e lápis. Fallou em nome dos offertantes o joven Domingos Euflulo. Julia César agradeceu commovidissima a essa prova de intenso carinho dos intelli- gentes moços do Granbery. Durante o tempo em que permaneceu ali a illustre escriptora fez-se ouvir a maviosa banda do Gymnasio. Julia César retirou-se do Granbery ex- traordinariamente captiva do modo gentil Romance de amor (EPISÓDIO LYRICO) -A..' -LlX-Lxs-bx-e i>at__?±o±a, Z-STiLele* 3aa_u__± PERSONAGENS Lycia Jacquea KlJJí UECAXTO I)Ú ÜRASU.—ACTUAI.IPAUE ACTO ÚNICO Scenario alpestre. Fonte d esquerda. Junto, uma pedra e ramarias flores- eklas; ao lado, tem alegrete. Dia. Scena I LYCIA (Silencio prolongado. Fntra, vaga- e carinhoso com que foi tratada, nâo sópe- los professores como pelos estudantes da- quelle conceituado estabelecimento de ins- trucçâo. A sua conferência—A educação das cre- ancas valeu-lhe hontem mais um suecesso esplendido. Em uma das vitrines da Casa Smith está exposta uma rica casaca, pertencente ao exrao. sr. dr. Benjamin Colucci, primoro- samente confeccionada nas officinas da mesma casa. MAIS UMA OPINIÃO DE DOIS MEDI- COS DISTINCTOS Attesto que tenho empregado com os melhores resultados em minha clinica a muito conhecida Emulr são de Scott na tuberculose, escrophula, anemias, rachitismo e em todas as demais moléstias em que predomina o depaupera- mento orgânico. Juiz de Fora, 27 de outubro de 19o9. Dr.Lindólpho Lage é[dr. Manoel Gonçalves Barroso. ; Bello Horizonte GRANDE HOTEL de FIGUEIREDO & C. Reconstruído ha pouco, refor- mado e melhorado Diárias de 6$000 a 8?000, conforme o, J tempo de permanência no hotel U Nosso prezado companheiro' Albino Este- ves recebeu a seguinte carta : «Itapecerica, 4 de novembro de 1909. »- Meu caro Albino. Cordiaes felicitações pelo brilhante artigo sobre o «Theatro» e «Nina Sanzi» publicado em o «Pharol» de 2 corrente. Fizeste revigorar o fogo pela arteáquel- le que acha-se afastado do «Theatro» ha quasi quatro annos. Sem mais, um apertado amplexo do teu velho amigo, Marques da Silva -r Actor em disponibilidade». Não é desconhecido de Juiz de Fora este nome: Marques da Silva, um talentoso gala, aqui trabalhou com a companhia Luso-Brasileira conquistando muitos ap- plausos ao lado de Poggio e Carlos Leal. A ESMERALDA Casa importadora de. jóias, relo- gios e brilhantes, vendas a va- rejo 50 °.\'0 mais barato qtiò qual- quer outra casa TRAVESSA S. FRANCISCO, 8 frente no. merendo, dns flores 6. GRASSI Rio de Janeiro Pôçam catálogos que en- víamos pela volta do correio Chispas Perdoa, Nina Sanzi, o pobre canto Do mais huinilde "trovador mineiro: Humilde, sim! Mas que possúe. no emtanto. Um coração sincero e verdadeiro. Formosíssima estrella do Cruzeiro Do nosso ç^o azul que brilha tanto, Um canto embora rústico e ligeiro, Nascido d'alma tem algum encanto. Neste o meu coração, todo se encerra E nella has de tu ver mal esboçado Um pedaço da tua e minha terra. A Terra debrilhantes ~ terra linda: Do Estrella do Stá tão áf amado, De Nina Sanzi mais formoso ainda! X.Pa?. SABOROSA, REFRIGERANTE E ESTOMACHICA BEBIDA ESPUMANTE! linchamento! Ante-hontem, ás 8 1x2 horas da noite, no Rio, foi lynchado Arthur Mulatinho, terrível faccinora ali morador. Na praça José de Alencar, o bulhento ápproximou-see, tomando ó carro n" 8.055, mandou que o cocheiro o tocasse. —Toque isso por ahi pelo Cattete, de- pois digo para onde vou. —Não; commigo não ha disso, eu co- nheço o teu costume de não pagar... - Toca esse carro ou morres ! interrom- peu violentamente o criminoso. Lagoa, individuo corajoso, preveniu-se, fazendo gesto de defesa. «Mulatinho», rapidamente, saltou da car- ruagem, saccou da pistola e detonou-a duas Xezes contra o seu interlocutor. O alvejado deu um horrível grito e caiu da boléa, emquanto que os animaes, espan- tados, arrastavam o carro pela praça afora. Em seguida, fugiu Arthur Mulatinho. Perseguiram-n'o populares. Estes, ao entrar Mulatinho na rua Almirante Tamandaró, ai- vejaram-n'o, matando-c a tiros de revolver. Isto deu-se sem commentarios -— em plena capital da Republica! E' uma ver- gonha! PI IID O de jóias e relógios. HLIIIIH 400 RPmnnns r.nTn 400S em 100 semanas com SOO SOr- fO#OS- Prestações semanaes de 51000. Sorteio pela Loteria Federal. -:- Barbosa & Mello, rua do Hospício, n. _é7. Rio -:-rPe> dir prospectos ao agente local, Álvaro Pe- reira, rua, Halfeld, 147 A - Juia de For*. rosa, taeteando; traz ao hombro uma amphora). Sim !... Aqui mesmo ! Re- conheço as arvores, sinto sob os pós os mesmos seixos e as mesmas hervas tenras e delicadas... (Parando, á es- cuta) A fonte está cantando... Que frescor, que amável temperatura!... (Encaminha-se, de vagar, ladeando; colloca o cântaro junto á fonte. Procura o alegrete com as mãos e solta um grito de alegria). Ah! Estava saudosa de vós, minhas florinhas' do valle ! Que crescidas que estaes, que perfume que desprendeis !... (Passando-lhes a mão) Sede felizes !... Eu vos quero muito... Tendes para mim muitas e muitas re- cordações!... (Sentando-se, como con- versando com as flores). Sim, senhoras violetas!... Então.,. A minha boa mãe- sinha.todas as manhãs, levava-me um bonito e cuidadoso ramilhete de vossas irmãs L.Era sob a impressão magni- fica de tão docecaricia que eudesper- tava... (Com tristeza) Ah ! mas isto vai longe!... Eu era pequena, sabia rir e ria muito, ria satisfeitamente, sem pensar em outra cousa que não fosse a minha alegria!... (AfaganãoaU guns amores perfeitos com a mão)'. Vós... Não tendes aroma, é certo, mas falaes á alma pela sombria mudez das cores carregadas e pela alegre irradiação da coloração fresca!...Flor es amigas! Camaradas destas horas amargas: brilhai, enchei de perfumes o espa- ço, povoai de júbilos a natureza... Quando vos tenho ao de mim, ai- rosas, cheias de vida, sinto-me trans- portada ao passado... (Com* tristeza) Transportadaao passado LQue sonho venturoso! Que esplendida recorda- ção ! Eu era assim, franzina, risordia... Andava ao regaço de todos...Certo dia...Sim—foi assim mesmo que me contaram...Tenho bem viva na me- moria essa trágica e barbara scena... A' disparada, por uma rua, vinha uma carroça...Minha mãe, tropega— coitadinha!—cincoenta e dois annos pesavam-lhe sobre os hombros !—não teve tempo...as rodas damaldictacar- roça colheram-na...(Leva as mãos ao rosto e enchuga as lagrimas)....Pobre mãe! pobre mãe!...(Ao longe, sentida, ouve-se uma singela musica pastoril). Ah.!...Estamusica!....(Com transporte) Oh! é elle! E' Jacques que faz soar a sua frautarude...(Jifenfa)0_.! Sim! Que bella canção! (Ouve em silencio) Jacques!...Generoso è bom!...Vamos, colhamos algumas flores para quejelle se sinta satisfeito \...(Vai colher maãi- versas flores ao alegrete. Longe,mansis- sima, elevam-se as ternuras de uma canção sentimentalmente entoada. Su- bito, tudo cessa. Becáe um prolongado silencio, entrecortado pelo balido de ovelhas). Scena II Jacques e Lycia JACQUES (Entrando, de vagar, tangendo álgu- mas ovelhas e correndo, ruinoso, para Lycia). Lycia!... Lycia !... . LYCIA Jacques! .Como tardava este doce momento ! JACQUES. Dês que alvoreceu, vago pelas montanhas á cata das ovelhas que deixaram os redis á noite... E' tarde... Vê... O sol tresmonta" a meio céu... Tenho os pés em chagas, tenho as mãos sangrando!... LYCIA Bom Jacques !... Põe entre as mi- nhas as tuas mãos ! Deixa que eu as aqueça e as expurgue dessas dores que as cruciam... (Levando-o para a fonte) Vem... Põe-n'as á passagem desta água fresca e murmurosa...CFa£ p que diz) Agora...(Desatando a tran- ça) Afoga-as na onda dos meus ca- pellos... Assim— Doem ? JACQUES (Mansamente)— Lycia! Como és boa! LYCIA Não tanto quanto és para mim! Em ti, Jacques, hei tido, de Ha tempos Sara cá, um irmão, um fiel e dedica- o irmão... Si rio, ris commigo; si choro, choras as mesmas lagrimas... Estas montanhas falam de tua gene- rosidade ; estas flores, tio teu cari- vho...(Buidosa) Ah! flores L. Guardei estas para que enfeitassem o teu ca- jadoL. JACQUES Que mais lindas flores quereria eu <juo as que nascem do recesso do teu immaculado coração o que tão oapi- toso e esplendido perfume entornam para a solidão da minha alma ? LYCIA Lisongeiro ! JACQUES Fala! Que seria da immensa deso- lação destes campos; que seria de mim, que seria deste pequeno trecho de terra si não existisses ? LYCIA Jacques !... JACQUES (Temamente) Fala!... LYCIA Oh!... JACQUES Escuta!... (Aspirando as flores) São lindas as flores que me deste...—mas repara bem—agora, orvalhadas, fres- cas, delicadas, serão d'aqui ha pouco uma reminisceneia do que têm sido.., Teráevolado a alma que as alentava.,, Pois não ó? As flores, asmoigase perfumadas da veiga não terão tam- bem—alma, coração, espirito pensan- te?... De certo !... Quando me aven- turo pelos campos, ao atravessar as trilhas que a noite rorejou de orva- lho, sob os pés, por mais cautela que tenha, trituro scismadores myosotis, papoilas, malmequeres e violetas... Paro e olho. E as flores, subitamente feridas, sentindo que a morte d'ellas se approxima, contorcem-se nas de- beis hastes, pendem as corolas e morrem... LYCIA Onde aprendeste tantas e tão lindas cousas ?... JACQUES No livro que não podes ler, porque escassea-te um raio desse ouro que escorre dos altos céos.., LYCIA Qual ?... JACQUES A luz, boa Lycia; a luz, que é alma da natureza; a luz,que é o aroma fresco de todas as miragens; a luz, que cobre de prata as ondas do rio, que peneira palbetâs de ouro no seio quieto das florestas sombrias ; que é a alegria rumorosa das fontes, das terras, das arvores, das pedras, das estrellas do céo... LYCIA Que formosas cousas que sabes di- zer !... (Ternamente) Quem me ensi- nára tantas, tantas cousas lindas para eu sonhar! JACQUES E, porque não?... Porventura, ao colheres violetas ignoras-lhe a cor? Nâo ligarás, ao alvorescer de um dia luminoso, as glorias a que tem direito?... A fonte, que ouves todos os dias.não saberás que serpen- teia etem divinas musicas no sussur- ro?... LYCIA Soubera tão lindas cousas!... Como queres que assim seja, si ha dentro em meus olhos, cerrada, immensa, impenetrável, uma noite sem auroras ecrepúsculos? Como? Na treva que se estende sobre tudo e sobre todos, a vida óuma ironia terrível!... Olho: é tudo vago; interrogo: é tudo quie- to; procuro distinguir: é tudo indis- ticto... (Com tristeza) Jacques! Ja- cques! Quão feliz és tú!... Como de- vem saber a teus olhos todas estas lindezas que não entendo, que não posso siquer, entrever!,.. Sei que ha N OITE alta, profunda? como um suspiro gigante sahido dum fèr- reo peito, o Marrusko urra so- turnamente, escancarada a guéla enorme, cabida a juba... E o seu rugido formidável espraiando-se, faz tremerem no leito as creanças e sentir pena aos homens... Força domada, selva- gem refreado em seus instinetos carnicei- ros, fera invencível-eil-o, o velho Ieao, victima dainsidiado caçador intemerato, curvado, humilimo, subserviente. Gritam-lhe: "Urra, Marrusko" !--e elle escancarada a fauce, vomita para o ar aquelles urros que mais parecem gemidos que mais parecem fragmentos de uma gran- de e insondavel dor... Ordenam-lhe que se deite e elle -ironia pungente!—vae-se ac- çocorando, espichado, reduzido a expres- são mais simples. Nem parece o Marrusko indomito das selvas africanas, nem parece siquer, a sombra valente que foi e que por muitos e largog .dias, constituiu-se o terror dos mais intrépidos... Pobre, desgraçado Marrusko! X .-:'¦-¦. ._•', ¦"k m :" ialir1 ¦is*3 - '.. ':'^fl__i ¦~.'v^>i Storõss ':><:¦ :• .' ,;' \.-:v.

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Page 1: Ruy Barbosa - BNmemoria.bn.br/pdf/258822/per258822_1909_00264.pdf · Ruy Barbosa concortos e o lyrico, custam a alguns chefes de famiíia mozos do ordenado sem falarmos nas toilettes

. ii! J»M>'iijUWtn»

Mançlo e admínistraçKoRUA DIREITA, 144

(Esquina da Marechal Oeodoro)

ANNO XLÍVXjTOlt-PUOPRIETfRIO

iguú Joãa Evangelista da Silva SomesGERENTE

Ologo Rochar. ri;!lr,",!'",íl"'c "° RI" <1« Jnnrl-

o »r. Francisco Nelson .Monteiro

-'-•' "^_ ¦ •"¦'?"'l ¦-._-* "• ' r^___V_______B_t§^" l<a "'"¦¦' ¦"--¦- :.'-¦¦ jf*- ' âçSifcV '.-'V- "~^-"'^ç. - - "?^ >: -?-'¦" .:"-"-'- *>-".,'-~ .'¦'¦¦•" r*''/r"

JUIZ DE FORA (Minaa), Doming-o, 7 de Novembro de l»0^ |' NÍIM 264"

~ ' ~

HEüO ADA

sinceros do que outras cidades irmãsqno pxhibem a nudez de sua imli-gcncia. Nos cobrimos essa nudez, nãocom o vu0 diaphano da fantasia, doqnc nos fala Eça de Queiroz, mas« >m o manto dourado das apparen-cias.

(íaiefflp*'' f^tajiiio eu na Avenida, tral em dia o hora de grande mo-',.,,

naquella elegante artériaa, dizia-mo um amigo :

„.\ njai<»r parto do quo ahi vês<,imitia''" 'i'"' - miseriadourada.

0-resso rápido da capital trouxe-./hábitos o estes novas necessi-

. ,.ni tlosaccordo com os recursos.' ,4 íncios (le vida da maioria da

jnada sociedade elegante ou quelosc'

—- Olha,meu caro, dizia-mo o amigo a que me rofiro em principioaquelles automóveis do luxo, aquel-coiqjés, os bailes e thea^os, osles

Ruy Barbosa

concortos e o lyrico, custam a algunschefes de famiíia mozos do ordenadosem falarmos nas toilettes obrigadas

A Tribuna, orgain vespertino ca-rioca, francamente hermista, o doqual ú redaetor-ehefo o senador An-tonio Azeredo, assim noticiou o an-niversarío do eniincuto sr. Ruy Bar-bosa, candidato á presidência da Ro-publica:"Completa hoje 60 annos de pro-ciosissima existência, applicada ao

para NaçõOH relíquias querNa Monarchia ou na Uopubliu

pelo ultimo figurino. Dahi as que-os

-o.pretcw

Alii o meti amigo entrou numa se-uonsiderações, no sentido de

demonstrar o quo ou o os leitorest-m»* fartos do saber, com referen-

i civilização e.á luta pela exis-

entretanto o Rio, como os grandesos luminosos, tem a propriedade

iesfctraliir ;'s mariposas quo, na hy-w_esc figurada, são aquelles que«deixam illudir polo explendor, ver-la/leiro ou fictício. Corto lia quemtriumplic naquollo moio; mas a por-centòtrem dos vencedores sobre osmcííIos não é de molde a encorajar

$ espíritos timoratos, os contempla-livos e idealistas, o são estes que seprestam mais a representar o papel,i6borboletas uocturiiás...

A semana decorrida foi consagra-ijaiarte e ao feminismo.

Jnlio Vnz expoz um formoso qua-io,desenhado ti nankim.com os re-

fatos dos) graduandos em odontolo-apelo (iranbery, quadro esse quepara despercebido aos olhos dosBtlilTerente.se que é urna bellareve-lacüotlemn temperamento artístico;j escriptora sonhorita Julia Césarrealizou duas conferências literáriaseestreou a companhia dramática ita-lana de que faz parte a actriz mi-adra Nina Sanzi.

Tanto as palestras literárias deJulia Cesnr como os espectaculos deXina San/.i não tiveram a concurren-«aquè mereciam. Com relação á se-pila. já eu havia, por esta mesmacolunam, prophetizado esse resultado.

frrá porque não amamos a Arte ?freio (pie não.

A maioria das cidades do interioráiattraoin os artistas. Nellas, a po-kfflt. quando não a miséria, é visi-Tel, e a pobreza o miséria têm a pro-Ésdado opposta á do iman.Juiz do Fora pertence ao limitado

numero de cidades provincianas quetèmaqualidado de attrahir as mari-posas. Entretanto, si não possuímosàtla automóveis o carruagens deIwo, si não temos o corso e outrasDiversões ologantes quo absorvem asradas dos pobres chefes de familia,(brigados a manter a ?í)í/ia em des-Beordo eom seus recursos, não doi-amos, comtudo, do ter já a misériafeirada, Si esta não faz ainda a dos-Jtaça das famílias em

'nosso meio, é

sopleamonto porque não tomos as«triyeis teutações do luxo e da ele-Na que o progresso vertiginosoi Rio forneceu aos cariocas, sem aJpsponsavol transição, e porque,íânibem. os últimos resquícios dembsos hábitos patriarchaes servem«isolador ou pára-raios.:: Os ohofos de familia, aqui, não têm•™ para diversões caras, porque«as mio figuram em nossos hábitospianos. Quando muito, ha no or-íaxnoiito doméstico uma verba para*wmtographo; que é barato.; J:ln.odesi(1uilibrio orçamentário,Pulo por acaso so nos apresenta

jj» diversa, nova o cara, embora

presente esta uma das mais nobresgestações da arte. desiquilibrio

do a todo otranse,por faltastipplementar.es.

linda que, alémprincipal, lia ainda

bras fraudulentas, os suicídios, ...desfalques, a prostituição. E muitosdesses palácios quo estás vendo es-tão hypothecados ; alguns já o esta-vam antes de serem construídos...

Nós ainda lá não chegámos o prazaa Deus não cheguemos tão cedo : maspara lá caminhamos a passos rápidoso 1:' havemos de chegar. Juiz de Foraprogride a olhos vistos...

Felizmc rto o gênio de seu povo,ainda apegado aos hábitos patriar-chaes de nossos antepassados, semprejuízo de seu amor ao progresso eá civilização racionaes, ainda não secoadunou com as exhibições osten-tosas em desaccordo com seus recur-sos.

Com seus 25 mil habitantes, Juizde Fora não pôde ser comparada ao-Rio, que possúe um milhão; a SãoPaulo, que tem 400 mil; nem mes-mo a Bello Horizonte que, emboraconto apenas vinte mil habitantes,dispõe do elemento official paramanter os seus créditos quando é vi-sitada por uma artista como NinaSanzi.

Creio mesmo que esta fói uma ex-

trabalho nobilitanto e immorrodouro,o notável brasileiro Ruy Barbosa, aquem a Pátria tanto devo.

Apezar do ser um nomo universal,o sr. Ruy Barbosa não o bastante co-nhecido no seu próprio paiz, pelassuas qualidades o virtudes cívicas,hoje proclamadas por muitos daquel-les que as combatiam, quando os seusmovimentos eram contrários á cor-rente politica na qual então se acha-vam. Nós que, ha 20 annos, o aoom-panhamos de perto, que conhecemosa grandeza de sua alma e a sinceri-dado de suas convicções, a energia dosau caracter e a lucidez do seu espi-rito, que admiramos as suas virtudesprivadas e a generosidade do seu co-ração, sentimo-nos felizes por vermosque muitos dos seus adversários einvejosos do seu saber lhe fazem hojecompleta justiça, rendendo-lhe ashomenagens que sempre lhe tribu-támos.

Na verdade, um nome que encheuma nação, que faz uma época, querepresenta a intelectualidade de umageração, não merece dos seus com-patriotas, nem mesmo dos seus adver-sarios políticos, sinão o respeito e oacatamento a que têm direito os es-piritos superiores. E nem tem sido

queridas,a, 08

seus servidos são oghal mente relê-v antes, Juriaoonsultò, orador o pnbli-cisia, o seu nome refnlge mirooladono horizonte do paiz, sempre ampa-rado pelo carinho nacional contra astentativas criminosa*' de absorpçãopolo partidarismo «intolerante quoprocura torpemonto explorar a suagloria! *

A sua vida representa um esforçocontinuo em prol da Nação, que hojelhe venera o nomo com o mesmoamor com quo amanhã ha do porpe-tuar-lhe as virtudes, moral quo ellesempre praticou. 4. Jí*

Ha na vida des^o homem um auxi-lio incoraparavelique não diminuo asua gloria, nem tiwfponco invalida oseu esforço. E' a intensa solidarieda-do na sua obra dessa santa creatura,mme. Ruy Barbosa...sua boa, dignaeamantissima companheira, sempre amesma nas horas de prazer ou injus-tiças.

A Folha ão Dia apresenta a RuyBarbosa sinceras felicitações pelo seunatalicio."

Julia Cesir

ZIG Saborosa,refrigerante

e estomachica

£. bebida espumante

cepção, por ser mineira e vir prece- Por. ?utro motivo que na campanhadida de fama mundial, pois outros Polltica do momento tem sido o seuartistas têm tido maior decepção nacapital de Minas do que em Juiz deFora.

Ora, si o Rio e S. Paulo têm,re-spectivamente, populações 40 e "16

vezes maiores do que a nossa, é ela-ro que, não obstante a crise geral,podem mais facilmente do que nósmanter uma grande companhia dra-matica... e não mantêm.

Apostar que a melhor casa obtidapor nossa patrícia, no Municipal, foiinferior a uma casa commum do Con-certo Avenida que, por essa oceasião,enthusiasmava os papalvos com aexhibição de Paul Pons, ConstantAimable e outros lutadores romã-nos...

A minha talentosa patrícia veiuumatár~~saudâdesu de sua terra. Eagora, que já reviu o céo pátrio, tãoformoso nos dias claros, de sol ruti-lante, e tão triste nestes dias plum-beos e chuvosos; agora, que viu denovo o ninho que a agasalhou, voltepara o velho mundo, continue denovo a falar com sua sombra para nãoesquecer a língua materna!, mas nãoa fale mais sob o céo de sua terra na-tal emquanto viver a vida saltitantede artista. Troque-a por outra, comoaté agora, e continue a viver dentrode uma saudade, como dentro de umsonho, porque

uos mais bellos so-nhos são os que se não realizam

ununcaH.G.

Notas & NovasO TEMPO

R- sumo das observações meteorológicaseffectuadas no Dispensario da Liga MineiraContra a T> .oerculose, em 6 de maio

0 ¦

_<d

ca

-ctuaos.

««recursos, Peva ponderai!*», <pie é a

ía cansa do fracasso dos artistasV''0S •C'm llonrado ultimamente,• >«a visita, actores ou músicos,

as ou pintores: é que os intel-em sua maioria, aqui como•'Ma a parto o om todos os tem-«to p0bre.s, nâo podem, em re-

fÍmrl0Õ§Pfa aquisiçãotoa» °nosso ou de maior quantia•^ewnpra de um quadro.m'ys "tolleetuaos são os únicosittenf1 amar ° comPi-ehender a

1 Ee foi o te

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E £CD O

19.1

18.2

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VENTOS

Direcção

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78

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Vel.pis.

Estado dooéo

0.40

0.60

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Encob.

Encob.

Endob.

Therm desab. ennegrecida 26.4Temp. Máxima . 21.2Temp. Minima 17.3Evaporações em 24 boras 1 mm 6Chuvas: —

Observações: —

Estado da atmosphera em Juiz de Fora,encoberto; Rio de Janeiro, incerto; Barbace-rna, encoberto; Victoria, incerto; Sao Paulo,incerto.

•mpo em que Novelli0S »o Rio encontravam

" 0nív< ' artistas, depois de mal sue- Rio,SVosá farta

eias quantos especta-«aüzavam. 0 povo não mudouPelo contrario, este sedes-

aquiconseguiam tan-

agostoVolveu ton

S* aQui ram-se os tem-Brasil .', -0 omtoda a parte dohkMi.

( • uni pouco mais de di-•a-se mais folgadamente,

a para diversões nos orçai„

-110sticos.Ç*'doxr^£ nof ° aCfcUal nâ°

¥o geral aB ldl' Apenas somos menos

eex-ssa: ó o reflexo da si-

O revmo. sr. padre Leopoldo Pfad, vi-gario da freguezia, tencionando comme-morar a peregrinação á Apparecida, ulti-mamente realizada, resolveu publicar umaespécie de polyanfcbóa, na qual se enfei-xem trabalhos referentes á romaria alludi-da, em volume fartamente illustrado e ca-rinhosamente manufacturado.

Dirigida por B. Ernesto Júnior, a publi-cação referida será vendida, ao preço de500 reis o exemplar, em beneficio das obrasda matriz desta cidade.

Sao acceitos, desde já até 30 do corrente,

pedidos de exemplares, pelos srs. xevmo. vi-

gario e Manoel Bernardino de Barros. .

Chegou hontem, pelo rápido, a esta ei-dade, vindo de Bello Horizonte,'o sr. dr.Jvjscelino Barbosa, secretario das finançasdo governo de Minas.

Em companhia dos srs. drs. Saul Bello,Nunes Lima, Pinto de Moura, Gomes deLima e alferes Pedra o sr. dr. JuscelinoBarbosq. çercçrreu varias ruas da cidade.

nome respeitado pelos partidários dacandidatura de maio, embora os quèa combatem lancem mão de todos osmeios para a deprimir, como seriamcapazes de o fazer si as candidaturasfossem invertidas; isto é, si o sr. RuyBarbosa fosse o candidato da assem-bléa de maio, pois certamente não es-colheriam armas para o atacar muitosdos seus partidários de hoje.

Educado na escola dos princípios,para servir a uma idéa liberal, o sr.Ruy Barbosa não conhece adversa-rios nem desaffectos, pára servir a li-berdade, ainda com prejuízos dosseus interesses políticos, e nem poroutro motivo elle tem procurado dou-trinar no regimen actual, que pro-curou implantar no Brasil com tantasuperioridade, pggmovendo os íunda-mentes da nossa lei básica.

De par com attributos tão elevadoscomo homem político e como doutri-nador dasciencia jurídica, correm asbellezas do seu coração de amigo, agrandeza de seus sentimentos na fa-milia, onde resplandece, o evangelhode seus exemplos immaculados.

A Tribuna, associada ás demon-strações que toda a sociedade rendehoje ao eminente patrício, envia-lheeffusivas saudações e votos pela pro-speridade de sua existência tão que-rida e tão necessária."

Nobre homenagem essa, partindode um orgam que combate a candi-datura de agosto. Ha, apenas, umequivoco por parte do brilhante col-lega, quando assevera que

"na cam-panha politica do momento tem sidoseu nome respeitado pelos partida-rios da candidatura de maio."

Na imprensa carioca, por exem-pio, só A Iribuna, O Paiz e A Im-prensa ainda não injuriaram o gran-de brasileiro, que tem sido até ac-ousado de ladrão por outros orgamshermistas, que lhe não poupam con-vicios.

Aqui mesmo, na imprensa local, osorgams civilistas ainda não insulta-ram o sr. marechal Hermes, ao passoque o candidato civil tem soffrido asmais infamantes calumnias.

Consola-nos, porém, a justiça, queos espiritos superiores fazem ao no-tavel comparricio, que é hoje umagloria da raça latina.

—A egualmente insuspeita Folhaão Dia, orgam militarista, assim noti-•iou o anniversario de Ruy Barbosa:"Completou hontem 60 annos deedade Ruy Barbosa.

A organização intellectua! extraor-dinaria que aquelle nome revela en-che a Historia Nacional e honra oBrasil.

Ruy Barbosa é o depositário doge-nio brasileiro, o defensor intemerato,na Republica, da ordem constitucio-nal e o interprete sublime, perante alei e os tribunaes, das grandes ago-irias populares.

Descendente de um nome grande-mente illustre, mas cujo mérito in-tellectual o filho conseguiu ultrapas-sar, Ruy realisa aquelle typo de ho-mem ideado por Nietzsche como obs-taculo á decadência social do seutempo, uma espécie àe surhomme ele-vando-se tanto acima da espécie quan-to a espécie sobre a pura animalidade.

De facto, no Brasil, não ha menta-lidade de egual poder, e tal é o pres-tigio.talo brilho, o fulgor surprehen-dente que delia se desprende, que,coisa curiosa, os inimigos de RuyBarbosa não conseguem odial-o.

Elle pertence a essa ordem rara dehomens que consubstanciam as glo-rias de uma nacionalídadade, cóncre-tízaiq, as conquistas de íim povo e sâo

O sr. Antônio daMotta queixou-se liou-tem aosr. delegado, de policia de que, ten-do ido cobrar a seúminquilino, o engraxateThomaz, este o ameaçara de morte.

O sr. alferes Pedra tomou as providenciasnecessárias.

Segue para* a zona daOeste,em serviço desta fo-lha, o nosso representan-te, sr. capitão FranciscoBias Ministério.

'—<-•••->—

Escolas municipaesEifectuaram-séjtiò dia 4 os exames

dos alumnos da èfcola mixta, munici-pai, da Grama, repda pela professorad. Honorina Augusta de Miranda.Compareceram 42 alumnos, sendoverificado o segumte resultado :

V. classe. — Eèitura, calligraphia,dictado e arithmética.—Joaquim Ri-beiro, Oscar Estaisloff, Manoel dePaula e Amaral de Paula, distineção.

2!.1 classe—Leifííra e contas.—Gus-tavo Estaisloff, José Rocha, Palmyrade Castro; Franc|gco d'01iveira, JoséLourenço, XistojJA. de Assis, Calixtoda Silva, Laurá^Lnacleta e JulietaMaria Esfcaisteff^lenamente; Manoelde Oliveira e Manoel Braz, simples-mente.

Presidiu a mesa o sr. Pedro Horta,servindo de examinadores a docenteda cadeira e o sr. M. Al vim. Foramfeitos vários recitativos. A solemni-dade foi concorrida.

-. Ante-hontem, com o numero de14 alumnos comparecidos, effectua-ram-se os exames na escola mixta daColônia de S.; Pedro, regida por d.Maria Gertrudes Sampaio.

Resultado : Leitura, contas, calli-graphia e historia do Brasil—EmiliaKirchmair, plenamente; nas mesmasmatérias, menos historia, Emilia Pe-ters, plenamente; leitura e calligra-phia : Maria Mitroffe, distineção ;Crescencia Eiter, Henrique Peters eLuiz Klegin, simplesmente.

Presidiu a mesa o sr. inspector es-colar, servindo de examinadores o sr.Pedro Horta e a docente da cadeira.

A brilhante poetisa Julia César fez ante-hoittom na aula de üe&tiüuit da Cauiura Mu-nicrpal, a sua segunda çonforoiiciu literáriaque, como a primeira, agradou immensa-mente no auditório, que a applaudiu comentluifliasmo o calor.

Foi tbenia—Oltowcm julgado pela mulher.Discorreu sobre elle a conferencista, combastante graça, delicadeza, affectuosidade,carinho o devottunento. Parece-nos, salvoengano, quo desde tempos imniomoraveisnão e o homem tão bem tratado por essevulto frágil e terrivelmente ferino (£) quese chama - mulher—e ó o complemento doque do mais sublime podo haver — a huma-nidade.

A talentosa poetisa foi mais do que geri-til para com o sexo barbado: disse verdadesmagníficas, enterneceu, prendeu o audito-rio, fez rir, fez correr pelo salão um fremi-to do goso...

Incontestavelmente, como já havia acon-tecido com a primeira conferência, conse-guiu Julia César um bello triumpho.

As suas ultimas palavras foram coroadaspor prolongados o enthusiasticos applausos.

Julia César recebeu, além de muitas ou-trás, felicitações de Nina Sanzi e vários li-teratos.

Foram-lhe offertados por um grupo degraciosas senhorinhas muitos bouquets deflores naturaès.

Em um dos salões do Fórum tocou a ex-cellente banda musical dos alumnos doGranbeiy, sob a regência do professor Eu-clydes de Britto.

Julia César deveria ter ficado satisfeitacom as homenagens affectuosas de que foialvo, ema noite de ante-hontem,

Julia César éffectuou hontem, ás 7 horasda noite, no gymnasio Granbery, Uma çon-ferencia, dedicada aos alumnos d'aquelleinstituto.

Discorrendo sobre o thema—A educaçãodas creanças, a illustre palestrante deliciouo auditório com uma peça literária de finolavor e subida, estima.

. A mocidade estudiosa fez a Julia Césaruma imponente ovação, off erecendo-lhe umrico mimo; constante de um bello estojocom tinteiro, caneta e lápis.

Fallou em nome dos offertantes o jovenDomingos Euflulo.

Julia César agradeceu commovidissimaa essa prova de intenso carinho dos intelli-gentes moços do Granbery.

Durante o tempo em que permaneceu alia illustre escriptora fez-se ouvir a maviosabanda do Gymnasio.

Julia César retirou-se do Granbery ex-traordinariamente captiva do modo gentil

Romance de amor(EPISÓDIO LYRICO)

-A..' -LlX-Lxs-bx-e i>at__?±o±a, Z-STiLele* 3aa_u__±

PERSONAGENSLyciaJacquea

KlJJí UECAXTO I)Ú ÜRASU.—ACTUAI.IPAUE

ACTO ÚNICO

Scenario alpestre. Fonte d esquerda.Junto, uma pedra e ramarias flores-eklas; ao lado, tem alegrete. Dia.

Scena ILYCIA

(Silencio prolongado. Fntra, vaga-

e carinhoso com que foi tratada, nâo sópe-los professores como pelos estudantes da-quelle conceituado estabelecimento de ins-trucçâo.

A sua conferência—A educação das cre-ancas valeu-lhe hontem mais um suecessoesplendido.

Em uma das vitrines da Casa Smith estáexposta uma rica casaca, pertencente aoexrao. sr. dr. Benjamin Colucci, primoro-samente confeccionada nas officinas damesma casa.

MAIS UMA OPINIÃO DE DOIS MEDI-COS DISTINCTOS — Attesto que tenhoempregado com os melhores resultados emminha clinica a já muito conhecida Emulrsão de Scott na tuberculose, escrophula,anemias, rachitismo e em todas as demaismoléstias em que predomina o depaupera-mento orgânico.

Juiz de Fora, 27 de outubro de 19o9.Dr.Lindólpho Lage é[dr. Manoel Gonçalves

Barroso.

;Bello Horizonte

GRANDE HOTEL de FIGUEIREDO & C.Reconstruído ha pouco, refor-

mado e melhoradoDiárias de 6$000 a 8?000, conforme o,

J tempo de permanência no hotel U

Nosso prezado companheiro' Albino Este-ves recebeu a seguinte carta :

«Itapecerica, 4 de novembro de 1909. »-Meu caro Albino. Cordiaes felicitações pelobrilhante artigo sobre o «Theatro» e «NinaSanzi» publicado em o «Pharol» de 2 dócorrente.

Fizeste revigorar o fogo pela arteáquel-le que acha-se afastado do «Theatro» haquasi quatro annos.

Sem mais, um apertado amplexo do teuvelho amigo, Marques da Silva -r Actorem disponibilidade».

Não é desconhecido de Juiz de Fora estenome: Marques da Silva, um talentosogala, aqui trabalhou com a companhiaLuso-Brasileira conquistando muitos ap-plausos ao lado de Poggio e Carlos Leal.

A ESMERALDACasa importadora de. jóias, relo-

gios e brilhantes, vendas a va-rejo 50 °.\'0 mais barato qtiò qual-

quer outra casaTRAVESSA S. FRANCISCO, 8

frente no. merendo, dns flores6. GRASSI Rio de Janeiro

Pôçam catálogos que en-víamos pela volta do correio

ChispasPerdoa, Nina Sanzi, o pobre cantoDo mais huinilde "trovador mineiro:Humilde, sim! Mas que possúe. no emtanto.Um coração sincero e verdadeiro.

Formosíssima estrella do CruzeiroDo nosso ç^o azul que brilha tanto,Um canto embora rústico e ligeiro,Nascido d'alma tem algum encanto.

Neste o meu coração, todo se encerraE nella has de tu ver mal esboçadoUm pedaço da tua e minha terra.

A Terra debrilhantes ~ terra linda:Do Estrella do Stá tão áf amado,De Nina Sanzi mais formoso ainda!

X.Pa?.

SABOROSA,REFRIGERANTEE ESTOMACHICABEBIDA ESPUMANTE!

linchamento!Ante-hontem, ás 8 1x2 horas da noite,

no Rio, foi lynchado Arthur Mulatinho,terrível faccinora ali morador.

Na praça José de Alencar, o bulhentoápproximou-see, tomando ó carro n" 8.055,mandou que o cocheiro o tocasse.

—Toque isso por ahi pelo Cattete, de-pois digo para onde vou.

—Não; commigo não ha disso, eu co-nheço o teu costume de não pagar...- Toca esse carro ou morres ! interrom-peu violentamente o criminoso.

Lagoa, individuo corajoso, preveniu-se,fazendo gesto de defesa.

«Mulatinho», rapidamente, saltou da car-ruagem, saccou da pistola e detonou-a duasXezes contra o seu interlocutor.

O alvejado deu um horrível grito e caiuda boléa, emquanto que os animaes, espan-tados, arrastavam o carro pela praça afora.

Em seguida, fugiu Arthur Mulatinho.Perseguiram-n'o populares. Estes, ao entrarMulatinho na rua Almirante Tamandaró, ai-vejaram-n'o, matando-c a tiros de revolver.

Isto deu-se — sem commentarios -— emplena capital da Republica! E' uma ver-gonha!

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fO#OS- Prestações semanaes de 51000.Sorteio pela Loteria Federal. -:- Barbosa &Mello, rua do Hospício, n. _é7. Rio -:-rPe>dir prospectos ao agente local, Álvaro Pe-reira, rua, Halfeld, 147 A - Juia de For*.

rosa, taeteando; traz ao hombro umaamphora). Sim !... Aqui mesmo ! Re-conheço as arvores, sinto sob os pósos mesmos seixos e as mesmas hervastenras e delicadas... (Parando, á es-cuta) A fonte está cantando... Quefrescor, que amável temperatura!...(Encaminha-se, de vagar, ladeando;colloca o cântaro junto á fonte. Procurao alegrete com as mãos e solta um gritode alegria). Ah! Estava saudosa devós, minhas florinhas' do valle ! Quecrescidas que estaes, que perfume quedesprendeis !... (Passando-lhes a mão)Sede felizes !... Eu vos quero muito...Tendes para mim muitas e muitas re-cordações!... (Sentando-se, como con-versando com as flores). Sim, senhorasvioletas!... Então.,. A minha boa mãe-sinha.todas as manhãs, levava-me umbonito e cuidadoso ramilhete de vossasirmãs L.Era sob a impressão magni-fica de tão docecaricia que eudesper-tava... (Com tristeza) Ah ! mas isto vailonge!... Eu era pequena, sabiarir e ria muito, ria satisfeitamente,sem pensar em outra cousa que nãofosse a minha alegria!... (AfaganãoaUguns amores perfeitos com a mão)'. Vós...Não tendes aroma, é certo, mas falaesá alma pela sombria mudez das corescarregadas e pela alegre irradiaçãoda coloração fresca!...Flor es amigas!Camaradas destas horas amargas:brilhai, enchei de perfumes o espa-ço, povoai de júbilos a natureza...Quando vos tenho ao pé de mim, ai-rosas, cheias de vida, sinto-me trans-portada ao passado... (Com* tristeza)Transportadaao passado LQue sonhoventuroso! Que esplendida recorda-ção ! Eu era assim, franzina, risordia...Andava ao regaço de todos...Certodia...Sim—foi assim mesmo que mecontaram...Tenho bem viva na me-moria essa trágica e barbara scena...A' disparada, por uma rua, vinhauma carroça...Minha mãe, tropega—coitadinha!—cincoenta e dois annospesavam-lhe sobre os hombros !—nãoteve tempo...as rodas damaldictacar-roça colheram-na...(Leva as mãos aorosto e enchuga as lagrimas)....Pobremãe! pobre mãe!...(Ao longe, sentida,ouve-se uma singela musica pastoril).Ah.!...Estamusica!....(Com transporte)Oh! é elle! E' Jacques que faz soara sua frautarude...(Jifenfa)0_.! Sim!Que bella canção! (Ouve em silencio)Jacques!...Generoso è bom!...Vamos,colhamos algumas flores para quejellese sinta satisfeito \...(Vai colher maãi-versas flores ao alegrete. Longe,mansis-sima, elevam-se as ternuras de umacanção sentimentalmente entoada. Su-bito, tudo cessa. Becáe um prolongadosilencio, entrecortado pelo balido deovelhas).

Scena IIJacques e Lycia

JACQUES

(Entrando, de vagar, tangendo álgu-mas ovelhas e correndo, ruinoso, paraLycia). — Lycia!... Lycia !... .

LYCIAJacques! .Como tardava este doce

momento !JACQUES.

Dês que alvoreceu, vago pelasmontanhas á cata das ovelhas quedeixaram os redis á noite... E' tarde...Vê... O sol tresmonta" a meio céu...Tenho os pés em chagas, tenho asmãos sangrando!...

LYCIABom Jacques !... Põe entre as mi-

nhas as tuas mãos ! Deixa que eu asaqueça e as expurgue dessas doresque as cruciam... (Levando-o para afonte) Vem... Põe-n'as á passagemdesta água fresca e murmurosa...CFa£p que diz) Agora...(Desatando a tran-ça) Afoga-as na onda dos meus ca-pellos... Assim— Doem ?

JACQUES

(Mansamente)— Lycia! Como ésboa!

LYCIANão tanto quanto és para mim! Em

ti, Jacques, hei tido, de Ha tempos

Sara cá, um irmão, um fiel e dedica-

o irmão... Si rio, ris commigo; sichoro, choras as mesmas lagrimas...Estas montanhas falam de tua gene-rosidade ; estas flores, tio teu cari-vho...(Buidosa) Ah! flores L. Guardeiestas para que enfeitassem o teu ca-jadoL.

JACQUESQue mais lindas flores quereria eu

<juo as que nascem do recesso do teuimmaculado coração o que tão oapi-toso e esplendido perfume entornampara a solidão da minha alma ?

LYCIALisongeiro !

JACQUESFala! Que seria da immensa deso-

lação destes campos; que seria demim, que seria deste pequeno trechode terra si não existisses ?

LYCIAJacques !...

JACQUES(Temamente) Fala!...

LYCIAOh!...

JACQUESEscuta!... (Aspirando as flores) São

lindas as flores que me deste...—masrepara bem—agora, orvalhadas, fres-cas, delicadas, serão d'aqui ha poucouma reminisceneia do que têm sido..,Teráevolado a alma que as alentava.,,Pois não ó? As flores, asmoigaseperfumadas da veiga não terão tam-bem—alma, coração, espirito pensan-te?... De certo !... Quando me aven-turo pelos campos, ao atravessar astrilhas que a noite rorejou de orva-lho, sob os pés, por mais cautela quetenha, trituro scismadores myosotis,papoilas, malmequeres e violetas...Paro e olho. E as flores, subitamenteferidas, sentindo que a morte d'ellasse approxima, contorcem-se nas de-beis hastes, pendem as corolas emorrem...

LYCIAOnde aprendeste tantas e tão lindas

cousas ?...JACQUES

No livro que não podes ler, porqueescassea-te um raio desse ouro queescorre dos altos céos..,

LYCIAQual ?...

JACQUESA luz, boa Lycia; a luz, que é alma

da natureza; a luz,que é o aroma frescode todas as miragens; a luz, que cobrede prata as ondas do rio, que peneirapalbetâs de ouro no seio quieto dasflorestas sombrias ; que é a alegriarumorosa das fontes, das terras, dasarvores, das pedras, das estrellas docéo...

LYCIAQue formosas cousas que sabes di-

zer !... (Ternamente) Quem me ensi-nára tantas, tantas cousas lindas paraeu sonhar!

JACQUESE, porque não?... Porventura, ao

colheres violetas ignoras-lhe acor? Nâo ligarás, ao alvorescer deum dia luminoso, as glorias a quetem direito?... A fonte, que ouvestodos os dias.não saberás que serpen-teia etem divinas musicas no sussur-ro?...

LYCIASoubera tão lindas cousas!... Como

queres que assim seja, si ha dentroem meus olhos, cerrada, immensa,impenetrável, uma noite sem aurorasecrepúsculos? Como? Na treva quese estende sobre tudo e sobre todos,a vida óuma ironia terrível!... Olho:é tudo vago; interrogo: é tudo quie-to; procuro distinguir: é tudo indis-ticto... (Com tristeza) Jacques! Ja-cques! Quão feliz és tú!... Como de-vem saber a teus olhos todas estaslindezas que não entendo, que nãoposso siquer, entrever!,.. Sei que ha

NOITE alta, profunda? como umsuspiro gigante sahido dum fèr-reo peito, o Marrusko urra so-turnamente, escancarada a guélaenorme, cabida a juba...

E o seu rugido formidável espraiando-se,faz tremerem no leito as creanças e sentirpena aos homens... Força domada, selva-gem refreado em seus instinetos carnicei-ros, fera invencível-eil-o, o velho Ieao,victima dainsidiado caçador intemerato,curvado, humilimo, subserviente.

Gritam-lhe: "Urra, Marrusko" !--e elleescancarada a fauce, vomita para o araquelles urros que mais parecem gemidosque mais parecem fragmentos de uma gran-de e insondavel dor... Ordenam-lhe que sedeite e elle -ironia pungente!—vae-se ac-çocorando, espichado, reduzido a expres-são mais simples. Nem parece o Marruskoindomito das selvas africanas, nem parecesiquer, a sombra d© valente que foi e quepor muitos e largog .dias, constituiu-se oterror dos mais intrépidos...

Pobre, desgraçado Marrusko!

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Page 2: Ruy Barbosa - BNmemoria.bn.br/pdf/258822/per258822_1909_00264.pdf · Ruy Barbosa concortos e o lyrico, custam a alguns chefes de famiíia mozos do ordenado sem falarmos nas toilettes

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O PHAROL- Domingo, 7 de novembro de 190»

CAEBOEETO DE CAICIO AIj NÃO TEM PO' NO BARRIL

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O HOMEM PÕEDeus dispõe!

Perfeitamente ! Isto, porém,não quer dizer que o homem deveacceitar, sem mais, o que o desti-no lhe reserva, Não! Deve reagir!

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A Nicine Rol" comporta-se não só como um modiíicador dos desarran.jos locaes, mais também como um modiíicador geral do terreno pathologico-

lodo d Hamamelis ! Duas columnas de therapeutica reunidas em umaacertadissimã fórmula ! Oompreliendè o leitor por que os médicos receitamc por que os curados bendizem a "Nicine Rol" V

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(Com tristeza) Lamenta-me, tem dódomim... Adeus... Vou-me...

LYCIAJacques '....

jacquksE' tudo findo ! Quo te hei de dizer

mais? Quo mais ha do confessar abrisa quo passa á flor que esta aoalcanço de sua ternura e do sou ca-rihho V

GUIA DOS CBNSÜITANTESDoenças nervosas e men-

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luz,porquo afirmam quo ú dia, porquesinto a ardoncia que escalda osmem-broso cresta as plantasjscique é noite.porque j[urü silencio enorme envolvetodos os seres... Quo importa isto, po-róm, ácoguiulia V

JACQUESLycia!...

LYCTASim!... Que me importa o resto do

mundo si tu, só tu, Jacques, compre-bondes a minha interminável amar-gora?... {Jacques hai.va a fronte e põe-se a chorarem silencio) Não é verdade,Jacques*?... (Estendendo a mão) Que é?Dize! Quo tens? Quo aconteceu'?...Jacques!

JACQUESLycia!

LYCIAFala! Quo é que estás a sentir*?...

Em rainhas mãos òahiu uma gottaescaldante... Choras"?... Mas por qnechoras?... Dizo!...

JACQUESSei o não sei... Todo o meu ser tran-

spira vigor; todo o meu corpo tran-spira mocidade.../Todavia.-..

LYCIATodavia...

JACQUESA's vozes, nada mo onche de alo-

gria, nada me surprehende...Sou umesquecido.:.

LYCIAEsquecido ?...Mas...Dize.

¦¦.-..

JACQUESPara que desejas...?

LYCIAQuem sabe si em te ouvindo...

JACQUESNão!

LYCIARecusas?...

JACQUESSim! Deixa-me! Ao que adormece

bom é se não desperte... Em tefalando tudo quanto sóbe-me aos la-bios, tudo quanto suffoca e encheo meu peito de um terrível desespero...Si tudo isso dissesse; si te contasseasseismas de meu espirito, alta noite,quando o luar varre de luz apradariaextensa e dormes, socegadamentè,quietamente...Si tudosoubesses...Tal-vez...(Com transporte') Não! Não que-ro!... Adeus!... [Vai a [sair; de-tem-se a meio caminho, encostado a umaarvore, soluçando).

LYCIA .j ,:¦¦ i(Tacteando) Jacques! Jacques! (si-

lencio, arunça, ás apalpadelas) MeuDeus ! Esqueceu-me ! Abandonou-me!... (Ergue as mãos, junta-as ao ros-to c põe-se a chorar).

JACQUES(Avançando e tomanão-a aos hraços)

Esquecer-te! Oh! nunca!LYCIA

• Oh ! Jacques ! Jacques! Como ésbom!...

JACQUESEsquecer-te? Não! A' beira de meu

leito, á noite, é o teu vulto amigo, éo teu corpo de fada que me embalaem doces phantasias... (Carinhoso)Sabes*?... Aqui dentro, no meu peito,ha tun. prisioneiro...(Tomando-lhe amão e collocandc-a sohre o-péifp) Sen-tes "?... Pulsa. . . Estremece... Ealade cousas mais lindas que as que tecontei... (Baixando a voz) Ha, aquidentro, na floresta do peito, uma aveque canta melodiosamente... Tu nãoa podes ouvir...

LYCIAPorque ?

JACQUESE' invisível...

LYCIAMas...

JACQUESCreio que não a podes ouvir...

LYCIA(Sorrindo) Qnemsabe?...

JACQUESQueres ouvil-a '?

Queres ?LYCIA

(Indecisa) Sim !JACQUES'

Bem... Pousa em minhas mãos atua formosa cabeça... (Lgciafaz o queé pedido) Assim...

LYCIATenho medo !...

JACQUESTolinha ! Não te detenhas !... Che-

ga-te...LYCIA

Sinto um doce aroma...JACQUES

E' o perfume das flores que impre-gna o ar... (Baixinho) Pousa a tua ca-beca bem junto a- meu peito... As-sim...

LYCIATenho medo, Jacques !

JACQUES •

Que temos, Lycia '?... (Terno) Ou-

ves '?... Não ?... Não ouves ?...LYCIA

Não!JACQUES

Pois ha, aqui dentro, na floresta domeu peito, a cantar, a encher de har-moniaso espaço—uma ave sonora: véa cotovia do amor !

LYCIAE que diz ella, Jacques ?

JACQUES(Erguendo-lhe a cabeça) Que não

'sabes "compreneiider-lhe a canção...

LYCIA{Baixando os olhos <t pondo a mão

sobre o peito, perplexa) Jacques!...JACQUES

Pois nao é?... Que ha de coutar anoite, profunda, o erma, á estrclla queó brilhante e límpida ?...

LYCIA(Ideni)— Jacquos!

JACQUESQuo ha do segredar a corrente

fresca do ribeiro aos jnyosotis quelhe ornam as margens arenosas, sina oquo povoe as suas ondas do niim< s,sinão que reflicta om seu seio toda adoçura do azul de suas potalas ? !

LYCIA

(Wem)—-Jacques¦!JACQUES

E' tudo findo, bem vejo !... Com- jprehèndo que um do nós andou erra-do... Fui eu...

LYCIA

(Ajòclhando-sé) Perdoa-me, Ja-cques!... Comprehendo tudo, antevejo.tudo, lamento tudo... Não me areiasuma criança nem me censures : bate-me antes com o teu cajado, magoa-me, retalha-me as carnes !... Sou des-graçada; bem vês ; sou infeliz, bemocomprehendes !... Vai-te ! Entre nósficará a reminiscencia ineffavel deuma liana que abraçou e deixou notronco do cedro uma tépida recorda-çHb de perfume inextinguiyel...

JACQUESSeja!

LYCIAVai-te ! Não me olvides, porém...

Quero-te muito, mas...JACQUES

MasLYCIA

Perdoa-mo!...JACQUES

EalaJLYCIA

Perdoa-me !... E' urna loucura, decerto... Vê: entre nós, como irre-conciliaveis inimigos—a nevoa éter-na que sélla os meus olhos...

JACQUES(¦Num grito) Porque és cega?...

Só isso ? Só ?LYCIA

Sim ! Perdoa-me ! Seria terrível,seria desolador...

JACQUESOuve !... -'. -

LYCIANão ! Vai-te! Traçou-nos o des-

tino caminhos diversos... Deixa-me!...Que se ha de fazer ao sol que des-ponta, e á noite que avança—sinãodistinguil-os, separal-os?

JACQUES0 sol... (Leoa a mão á testa e põe-

se a scismar).LYCIA

Sim... Vai, Jacques... Vai; não tedetenham as minhas lagrimas, nãote deixe vislumbre de magoas a tuadedicada L\rcia !...

JACQUES0 sol!... (ídem)

LYCIAAdeus !... Vai-te !... Não te olvida-

rei jamais !... (Senta-se junto á fontee desata a chorar, debruçada sobre aspedras).

JACQUES0 sol ! (Avançando para Lycia,

toma-lhe as mãos, ajoelha-se e fala-lhe docemente) Ouve, Ljcia... Ouvebem, que linda ó a historia que tevou narrar... (Erguendo os olhos e fi-tando-os no disco solar). Longe, nessegrande astro, nesse grande foco deluz... Sim... Ouve... Nesse astro-rei,demora um turbilhão de luz, habi-tam coriscos terríveis... ,

LYCIAQue tens ? Sinto tremerem entre

as minhas as tuas mãos...JACQUES

Nada... (Sorrindo) Interrogo o sol...LYCIA

Jacques !...JACQUES

Espera... Um instante mais... Quedeslumbrante aureola...Quanta luz!...Quanto fulgor !..'.

LYCIAJacques ! Fala! Que fazes ?...

JACQUES(Sonindo e desfilando o sol) En-

caminho nossas almas, approximonossos corações...

LYCIAQue dizes?!

JACQUES(Erguendo-se de vagar, olhando para

todos oslados,como a experimentar a vi-sualidadé) Simd.,. Agora!... Lycia!...Escuta!...

LYCIAJacques!...

JACQUESEntre nós, a^mesma penumbra!

Entro nós a mesma pavorosa noitedo pesadas trevas!...

LYCTAJacques! Com > tu me amas!

JACQUESTanto quanto queres ao teu d a-

cques!LYCIA

—Chogoü 3o Cedofeita o sr. coronel Pe-dro Polycarpo de Almeida.

— Partiu para o Rio o sr. Octayiano Gou-lart.

Na cidadeEstá na cidade " sr. dr. ThômistOcleB

Halfeld, promotor publico eni R:<> S<>v>.

Sim!,to!...

Sim!... Lycia

Também ou... amo-te mui-

JACQUES! A meus braços!

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Janeiro

(Li/ciitaliru-sc-lhc uns hraros) EscutaLYCIA

Quo doce aroma !...JAÒ.QUES

São as flores silvestres...LYCIA

Não, Jacques...—ó o perfume doSeu affecto---.flor som igual nesta de-vosa...

JACQUESLycia!... Ouve... {Tomando-lhe a

cabeça entre as mãos e ajfugitnilo-a deencontro ao peito) Escrita, Lycia...

LVOIAQue linda canção. Jacques!

JACQUESE' a alegria do tou amor!...

LYCIA(Ternamente) Não, Jacques!... E' a

cotovia- dò teu coração... Que melo-dioso o seu canto!...

JACQUESOuve...LjGÍa..:( Beija-a)

LYCIA(Num suspiro) Jacques!... Ja-

cques!... Parece que sonho, pareceque todo o céo e toda a terra são pe-quenos para conter o nosso amor!...

JACQUES '(Baixinhoxorríndo) Quem o sabe?...

(Amplexa-a, beijando-a. Silencio. Es-curece. Longe, em surdina, ourem-seuma canção pastoril c as notas suavesdeumafrauta. 0junino cáê lentamente).

Lado dAlva

Pm Sm - Em 1907, publicaram diversosjornaes uma «varia» relatando o facto queacima se converteu em poema. Protog.-mri-tas : Barinie Veniíi, dons provincianos domiciliados numa aldeia itdiana. O episo-dio — vè se claramente — foi transplanta-do para a nossa terra, onde também podemser encontradas os '-Barini» e «YeniU»sob a capa dos «Jacques» e «Lycia •>.

No Correio de Minas, numero de 1 de.março de l!)07, J. Paixão, o..fidalgo diva-gador, bordou uma pagina.deliciosa, apro-veitando esse commnvente episódio.— No-ta do autor.

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1909.2õ2:í Extracção

1? Prêmio 453(53 . . . 100:000$000

RiíaA acção entre amigos, da casa de

Rio Novo, extrahirá pela loteria daCapital no dia 30 de dezembro fu-turo.' 1743

Pedimos aos nossos as-signantes esn atraso, a 17-aieza de mandarem pagara importância de seus de"bitoSf até 3í de dezembrodo oorrenie anno, afim denos p&uparegsa o desgostode lhes suspendermos aremessa do "Pharol", em1 de janeiro próximo, semexceppão de pessoa ai"gúihstm

Devastação das maltasNa Gamara dos Deputados,

'quando emdiscussão o projecto n. 107 A, que probibeo uso da lenha como combustível nas ma-chinas e oficinas das estradas de ferroe na navegação interior, o sr. José Carlosveiu á tribuna para applaudir o parecer dacommissão de constituição e justiça.

Autor do projecto, o orador desenvolveuconsiderações sobre o assumpto, mostrandoque os poderes públicos não devem serindifferentes ao êspecbaçuló de devastaçãoe exterminio de florestas preciosas, que sa-lubrilicam o ar e concorrem elTicazmeutepara a conservação dos mananciaes.

Consoante o requerimento clã commissãode constituição e justiça, que manifestouvivo interesse pela solução do problema dadevastação das mattás, digno da attençãodos competentes, vai ser nomeada uma com-missão especial para estudar o assumpto epropor medidas, mais ampliadas dò que assyiithetizadas no projecto, sobre assumptode tanta -magnitude.

Pagamento de prêmioAo sr. Francisco Canella, negoc-i-

ante no populoso bairro cia Lapa, foipago ante-hontem pela Thes uirariadas Loterias de S. Paulo, meio bilbc-ten. 50.733, premiado com 40:000$na extracção do dia 28 de outubro.

0 outro meio foi pago a um indi-viduo que não quiz declarar o nome.

(Dos jornaes'.do S. Paulo, 5).1742

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— Tassa amanhã o anniversario nataliciodo nosso prezado confrade major FranciscoPeixoto de Mello, actualmente residente nafazenda-modelo, em Sobral Pinto.Consórcio

Ao sr. Ildefonso Calmont de França e aexma. sra. d. Maria Almada de França,agradecemos a participação de seu casa-mento, effectuado nesta cidade no dia 30 dofindo mez, desejando-lhes venturas.

ViajantesPartiu para S.Josó do Rio Preto o sr.

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Page 3: Ruy Barbosa - BNmemoria.bn.br/pdf/258822/per258822_1909_00264.pdf · Ruy Barbosa concortos e o lyrico, custam a alguns chefes de famiíia mozos do ordenado sem falarmos nas toilettes

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o pedantismo o a rotina. Deus nos

defenda dos pedantes que estropiama mocidade.

E' tempo de atirar fora esses velhos

rudimentos, quo só apresentam á

imaginação da infância idéas abstra-ctas e áridas nomenclaturas.^

Senhor cura, a creança, é um vi-dente; tomo pensamento nos olhos.

So quizerem que o espirito dcllas os

entenda, fallem-lhe ao olhar. Ensirncm-lhc a transformar as sensaçõesem idéas. O segredo consiste apenasnisto.

O mundo para a creança e um li-

vro de pinturas; mostrem-lhe pois

pinturas. Senhor cura, eu prefiro a

tudo o methodo illustrado.Tinham continuado o caminho,

Levantei-mo muito deprossa, tireio chapou, o gritei com voz estri-

dente: ,— Sonhora condossa, encontrara

om Maxilly um príncipe russo o umacarta quo a esperam.

O cura deu um salto para traz comum gesto do'pavor.

Madamo do Liovitz nãopostanejou:olhou-mo fixamente, o pouco a poucoo sou olhar tornou-se torrivel.

Logrou porém extinguir-lho achama. Disse-mo sorrindo:

—Origado tiosinho; não ora pro-ciso gritar tanto. E com estas pala-vras continuou o seu caminho. Ouvio cura dizer-llio:

—Quem é oste homem ? parece umbandido. _..„. ^áf"

m—mm

A condessa respondou muito tran-

qpillamento:—Ou uma alma do outro mundo.Ecom isto continuou a dissertar

sobre os pedantes o o methodo ilhts-trudo.

XICheguei a Meillerie pela volta do

moiodia.Mudei do facto o ohamoi Kiohardot

que esperava por mim com impaci-encia.

Almoçámos juntos no terraço.

Começou a sua acostumada pré-gaçilo acerca da America. Eu nâo di-zia sim nempondia-lhe:

—Pois sim ! Veremos isso.

Acabavam do dar quatro horas.liichardet descanoára um pouco,

pôz-se a passeiar fumando.

Eu tinlia-me encostado ao parapei-to, olhava para o lago e pensava emmeu pac.

Tornava a pousar nello continua-mente. Queria-lhe doutro modo, mas

queria-lho tanto como antigamente;

queria, porquo era o seu sangue, por-quo me parocia com ollo; quoria-lhecomo uma fraqueza so affeiçoa a ou-

nao; sorria-me, o res-

tra fraqueza, o que nao obstava &

quo houvesse, ainda muito respeitono meu amor.

J& o nao adorava como um heroo,como um semi-deus; chamava-lhemeu pobre pae ; mas ficara sompreaos meus olhos um typo de graça e

de elegância eavalborisca, um mes-tro na arte do viver.

13 interrogava a sua memória; per-guntava a mim mesmo:

—-Quo pensaria elle da minha si-

tu ação? quo faria no meu logar ?Esforçava-me por advinhar as pa-

lavras rpe elle teria dito, os gestosque faria.

Desgraçadamente ou era mais apai-xonado do que elle, e o imprevisto da

paixão desarranjava, todos os cal-

culos.Dizia commigo:—Se ainda agora elle estivesse no

meu logar, não teria mterpellado a

condossa de Lievitz no meio da es-

trada.Esta sortida violenta não era de

bom gosto. Ê reprehcndia-mo fu-

rioso.Era nisto que me oecupava, quau-

do ouvi na estrada o rodar duma car-

ruagom, depois no jardim um rnur-

murio de passos o de vozes.

Durante dois minutos não ouvi

mais nada. até que uma porta so abriu

atraz de mim.Pensei commigo:--E' possível que ella se atrevesse

a vir aqui!...Voltei a cabeça.Era effectivamente ella.Richardet estremeceu, parecia com

o olhar intorrogar-nos a ambosFiz-lhe signa! para que se retirasse.

Parecia hesitar, até que eu lhe

disse:—Meu caro Richardet, até logo.E ficámos sós, ella e eu.A . condessa atravessou o terraço

com seu o passo elástico, ligeira comoum passarinho parou um instantedefronte da brecha, e disse:

—Que maravilhoso ponto de vista!—E qqe terraço tão solitário, ac-

crescentei, tão fechado, tão escondi-do, onde a gente pôde sem ser vistofazer o que lhe aprouver! Deseja queeu chame para aqui Richardet V

Encolheu imperceptivelmento oshombros, e disse com voz secca:

—Não tenho medo de ninguém,nem de coisa nenhuma.

Puchou por uma poltrona, e sen-tou-sc. Fiquei em pó diante delia,en-costado ao parapeito.

tfon

A condessa abanava-,03 olhos da brecha. ^ %ü—Que aldeia é afm«i|agem onposta do lag0? pen—Esqueci-lhe o nome-Ah! é Cully>bem-longe, aquella pequena cid*í • *vey. Tenho vontade deláiri ^com o príncipe ReschiJ^acompanhar-nos? H^s

Pronunciou estas paiaar tão mais natural o mais a** ^pôde imaginar-se. !o1*»

Estremeci; senti zumbido,,,nhos. Uma fcranqmllidade í5o .P*"ta revelava não sei qUe mJ^grandeza. "«n^

A mulher que estava sent*^defronte de mim não ora a*-Havia ura mármore debaixoSIas carnes, e no fundo desse «£ro nada havia o que se parecesseum coração. Cí^

os ínçttj 4,

tu».

1um coraç

Levantei para o arpunhos fechados.

A condessa olhou para mbmente e sorriu-se.

Fiz ura supremo esforço, enter-,comraoção que me avassalavano afundo da minha alma, e wnsejnSzer serenamente:

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Pela carteira de credito agrícola faz as seguintes operações a jros de 6 V/ò e 8 "/ò ao anno: , ^sDesconto dé letras, notas promissórias, bilhetes de mercaaon»*waiTants e ordens saccadas por lavradores ou industriaes; empres ^sob garantia de penhor agrícola oü de apólices da divida publica: emp'timos sobre primeira hypotheca de immoveis ruraes o todas as operconstantes da lei n."400 de 13 de setembro de 1905. , ^

Pela carteira commercial ré.cebe deposito em conta corrente ^vimento e a praso fixo; recebe deposito em valores e objectos pre« -^desconta letras e outros papeis de creditq de prazo nao excedente a

^zês; empresta sob caução de títulos públicos; lança empréstimos p^ r^.^ta de emprezas legalmente organizadas j encarrega-se de C0"Iítn?%aIQMterior e exterior. Emitte cambiaes sobre as principaes praças daè da America. -»

CORRESPONDENTES: . p,rtm>~França e Inglaterra—o Comptoir National d?Escompte de Pari3. i" to Banco de Portugal—como caixageral do TbezouroPortuguez.^^.Credito Italiano. Sacca contra todos os correspondentes do tomf'l *

^ctional d'Eccompte de Paris. Em S. Paulo, Santos e Campinasdo Commercio e Industria de S. Paulo.

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