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Biodiversidade: valor acrescentado ao vinho?
Rui Soares
UTAD, Vila Real, 13/11/2013
Co-financiamento: Programa de Desenvolvimento Rural – Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território – Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural – A Europa investe nas zonas rurais
Fundação 10/09/1756 – Empresa Majestática (disciplina e fiscalização)
Empresa Vitivinícola, S. A. (1969)
5 Quintas (Aciprestes, Carvalhas, Cidrô, Granja, Síbio); 1.000 ha terra; 530 ha vinha
DOURO
• Fatores naturais o Orografia acidentada
o Aridez continental do clima
o Solos de xisto
• Fatores de diferenciação o Exposição
o Altitude
o Castas
• Encostas de forte pendente (viticultura de montanha)
• Viticultura “heróica” de forte tradição e resistência
• Exige grande intervenção humana
• Mecanização difícil e específica
• Difícil e Onerosa (elevados custos de produção)
• Baixa Competitividade no mercado mundial de vinhos (preço)
VITICULTURA DOURO
Recursos limitados:
• Solo
• Água
• Fauna
• Flora
A viticultura “sem compromisso”:
• Fator de desequilíbrio
• Degradação dos recursos naturais
• Compromete a prazo a sustentabilidade da região
NATUREZA: Base de
sustentabilidade
Sustentabilidade da viticultura duriense:
explorar intensamente as vertentes da qualidade e da
originalidade diferenciadoras BIODIVERSIDADE?
- Via para o restabelecimento do equilíbrio na natureza?
- Alavanca para a promoção e valorização da região?
Estratégia Biodiversidade
Eixos atuação:
A – Património e Paisagem
B – Viticultura
C – Enoturismo
Incremento da Biodiversidade Funcional nas Quintas da empresa
Valorização da Região Demarcada do Douro
Património e Paisagem
• Preservação e recuperação de
elementos patrimoniais (xisto)
Responsabilidade social, Cultura
Benefícios ambientais, Biodiversidade
(conservação do solo, drenagem água)
Ex.: muros, escadas, gateiras, valetas
• Reabilitação de Espaços Não
Produtivos
Valorização paisagística em zonas
não produtivas que tornam a
paisagem do local mais atraente
(Estética e Lazer)
Património e Paisagem
antes
depois
Património e Paisagem
antes
depois
Objetivo 1: Concepção e Implementação de rede Infraestruturas Ecológicas
Maximizar os “eco-serviços” (incrementar a atuação dos antagonistas dos
inimigos da vinha)
• Reabilitação de Matas, Instalação de Bosquetes e Corredores Ecológicos
habitat de artrópodos auxiliares, répteis, microinvertebrados e aves
BIODIVERSIDADE FUNCIONAL (ProDer Medida 4.1 – EcoVitis)
BIODIVERSIDADE FUNCIONAL (ProDer Medida 4.1 – EcoVitis)
• Instalação de viveiros para multiplicação de plantas (endógenas) a utilizar
nas Infraestruturas Ecológicas, ex.:
o Cistus ladanifer (Esteva)
o Cistus salvifolius (Estevinha)
o Lavandula stoechas (Rosmaninho)
o Lonicera etrusca (Madressilva)
o Rosmarinus officinalis (Alecrim)
o Thymus mastichina (Bela-luz)
o Viburnum tinus (Folhado)
o Daucus carota (Cenoura-brava)
o Foeniculum vulgare (Funcho)
• Requalificação ambiental de charcas
• Instalação de ninhos para aves e abrigos para fauna selvagem
BIODIVERSIDADE FUNCIONAL (ProDer Medida 4.1 – EcoVitis)
Eixo B – Viticultura
Solo
Drenagem Superficial – desde a instalação da vinha
Mobilização mínima ou não mobilização – vinhas em produção
Enrelvamento – fomento do enrelvamento espontâneo ou sementeira com
misturas gramíneas e/ou leguminosas com boa capacidade ressementeira e ciclo
curto
Contenção da erosão
Melhoria da fertilidade do solo
Aumento da biodiversidade
Favorecer a limitação natural de pragas e doenças da vinha
Enrelvamento
Enrelvamento
Eixo B – Viticultura
Castas: Diversidade dos encepamentos; vinificação anual em separado de 21 castas brancas e
16 castas tintas (mínimo 1.000 litros), algumas com valia enológica pouco conhecida (Touriga
Branca, Samarrinho, Cornifesto, Malvasia Preta…); permitiu o lançamento de novos vinhos –
Quinta de Cidrô Alvarinho / Quinta de Cidrô Rufete / Quinta das Carvalhas Tinta Francisca
Objectivo 2: fomento da Confusão Sexual (C.S.) contra traça-da-uva
numa ótica de viticultura sustentável
• Atualmente 85 ha em C.S. nas quintas da Real Companhia Velha
• Redução do ataque da praga nas parcelas em Confusão Sexual
• Redução dos tratamentos com insecticidas para controlo da praga
BIODIVERSIDADE FUNCIONAL (ProDer Medida 4.1 – EcoVitis)
Objectivo 3: Divulgação e transferência de conhecimentos
• Placards e Publicações
• “Dia Aberto à Biodiversidade”
• Workshops, Seminários
BIODIVERSIDADE FUNCIONAL (ProDer Medida 4.1 – EcoVitis)
Eixo C – Enoturismo
• Circuitos pedestres
• Passeio à quinta (mini bus)
• “Birdwatching”
• Eventos (Casa Redonda)
• Provas de vinho (Wine Shop)
IDEIAS-CHAVE
1 - O fomento da Biodiversidade visa conciliar a preservação e valorização da
paisagem com o desenvolvimento duma atividade económica sustentável.
IDEIAS-CHAVE
2 - A afirmação de uma imagem de Excelência (vinhos “Douro” e “Porto”),
poderá ser muito estimulada e desenvolvida através da Biodiversidade, dando
forte contributo para um Marketing convincente e eficaz.
IDEIAS-CHAVE
3 - A Biodiversidade Funcional poderá contribuir, de forma muito sensível,
para atenuar os custos de uma viticultura difícil e onerosa e reposicioná-la em
condições mais vantajosas de competitividade.
Conciliar
• Preservação do património,
paisagem e natureza
• Actividade económica
sustentável
• Douro arrumado, cuidado e
florido
Valorização e Promoção da Região
Demarcada do Douro
IDEIAS-CHAVE
FIM
Obrigado!