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Rua Goiânia, 294 – Parque Industrial12235-625 São José dos Campos-SPcomercial@editoracristaevangelica.com.brwww.editoracristaevangelica.com.brTelefax: (12) 3202-1700

Copyright © 2010, Editora Cristã Evangélica3ª reimpressão, 2017

Todos os direitos nacionais e internacionais desta edição reservados.

Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida – em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc. – nem apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autoriza-ção da Editora Cristã Evangélica (lei nº 9.610 de 19/02/1998), salvo em breves citações, com indicação da fonte.

As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Atualizada (ARA), 2ª edição (Sociedade Bíblica do Brasil), exceto indicações de outras versões.

Editora filiada àAssociação de Editores Cristãos

diretorAbimael de Souza

consultorJohn D. Barnett

editor - chefeAndré de Souza Lima

editorJosé Humberto de Oliveira

assistentes editoriais Isabel Cristina D. Costa Regina OkamuraSelma Dias Alves

autores Ivanei Carlos Martins da SilveiraJoão Arantes CostaJohn D. BarnettJosé Humberto de OliveiraLuiz César Nunes de Araújo

autor do guia Ana Lidia Costa Hohne

revisor Aydano Barreto Carleial

projeto gráfico Patrícia Pereira Silva

diagramadorRaphael Takamatsu

capaHenrique Martins Carvalho

As três cartas que vamos estudar nesta revista fazem parte (juntamente com Colossenses, que será estudada em outra revista) das Cartas da Prisão. O nome se deve ao fato de que Paulo estava preso em Roma quando as escreveu (At 28.16). Aos Efésios e a Filemom o apóstolo considera-se “prisioneiro de Cristo” (Ef 3.1; 4.1 Fm 1,9,23), e na carta aos Filipenses, ele menciona as “algemas” (Fp 1.7,14). Estamos falando, provavelmente, dos anos 61-63 d.C.

O quadro abaixo nos ajudará a ter uma visão panorâmica das três cartas.

CARTA TEMA E VERSÍCULO DESTINATÁRIOS IMPORTÂNCIA PARA HOJE

EFÉSIOS

Privilégios e responsa-bilidades da igreja, o corpo de Cristo.

“E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo” (Ef 1.22-23)

“Aos santos que vivemem Éfeso e fiéis em Cristo Jesus” (Ef 1.1)

1. O grande número de sermões, estudos bíblicos, e livros teológicos que fazem uso da carta aos Efésios confirmam o seu título de “a rainha das epístolas”.

2. Uma carta que nos dá excelente base da doutri-na bíblica da igreja e nos ensina muitos aspectos práticos da vida cristã.

FILIPENSES

Gratidão pela ajuda fi-nanceira; notícias pes-soais e exortações.

“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (Fp 4.4)

“A todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vi-vem em Filipos” (Fp 1.1)

1. É uma carta informal, na qual Paulo abre o coração para nós.

2. Por falar várias vezes em alegria mesmo estando com “algemas”, Paulo nos ensina como podemos viver em Cristo quando passamos por circunstân-cias difíceis.

FILEMOM

Misericórdia e perdão para Onésimo, um es-cravo fugido, mas, de-pois, convertido.

“Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim.”(Fm 11)

“Ao amado Filemom, também nosso colabo-rador” (Fm 1.1)

1. Temos nesta carta um exemplo da sabedoria de Paulo em tratar questões delicadas.

2. Aprendemos a ver as pessoas como Deus as vê hoje, e não como elas eram ontem.

O conhecimento, a sabedoria e o discernimento que essas três cartas vão proporcionar à sua igreja e vida cristã pessoal, você só vai descobrir quando chegar ao fim desta revista.

Deus o abençoe ricamente nesses estudos!José Humberto de Oliveira

BibliografiaOs escritores das lições de Efésios fizeram diversas citações do excelente livroA Mensagem de Efésios, John Stott, ABU/Ultimato Editora, o qual recomendamos. Você pode adquiri-lo na Editora Cristã Evangélica.

1Ao preparar a aula, você precisa lembrar que seu alvo é ensinar a palavra de Deus a

fi m de transformar a vida dos alunos. Para isso, tenha sempre em mente o que eles precisam saber, sentir e agir.

O aluno será capaz de

sabero que meus alunos devem saber?

sentiro que devem sentir?

agiro que devem fazer?

Orientaçõesgerais

Sugestão Inicial

2 Este é um momento de grande importância, quando você deverá atrair a atenção e o interesse da classe para o que será ensinado.

Professor, lembre-se de que ministrar uma aula não

signifi ca apenas transmitir um amontoado de informações

teológicas ou conhecimentos puramente pessoais sem a

interação com a classe.É importante que os alunos

sejam incentivados a participar no processo

de aprendizagem.

Professor

Um ensino criativo se baseia na construção do conhecimento com a participação ativa dos alunos. Para que se sintam motivados a participar, é importante considerar a realidade deles, suas limitações e capacidades. Isso signifi ca que você deve usar a criatividade para adaptar algumas sugestões apresentadas no guia, de acordo com a realidade de sua turma.

Grande parte das estratégias didáticas sugeridas nas lições visa envolver os alunos com o assunto, de forma que participem ativamente da aprendizagem, construindo conhecimento. Por isso, as sugestões para o professor não se limitam a como transmitir os conteúdos das lições, mas o orientam a promover situações propícias à aprendizagem.

Estratégiasde ensino

Recursos didáticosAcesse:

www.editoracristaevangelica.com.br/recursosdidaticos para baixar as apresentações de PowerPoint® das lições, e outros recursos em nosso canal www.vimeo.com/edtce

Perguntas

Começar a aula fazendo perguntas é uma estratégia interessante para que você conheça o que os alunos pensam, sentem ou como agem sobre o assunto da lição. Usadas no decorrer e no fi nal da aula, as perguntas também constituem uma estratégia didática com muitas possibilidades educativas: despertar no aluno a necessidade de refl etir e se expressar sobre determinado assunto; demonstrar interesse pelas contribuições dos alunos; estimular a participação de todos; avaliar a compreensão do que já foi apresentado; redirecionar o ensino em função da aprendizagem da turma.

1

LA F

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K

O aluno será capaz de:

saber reconhecer que não se pode viver parcialmente os ensinos bíblicos

sentiralmejar andar pelos caminhos retos

agir dedicar-se à prática dos ensinamen-tos bíblicos

Apresentação

Curiosidade Bíblica nº 13: comece verifican-do quem encontrou a resposta da pergunta deixada, na semana passada. A resposta correta está em Isaías 40.31 Edwards: “Este livro te afastará do pecado ou o pecado te afastará deste livro”. Mas é bom relembrá--la. Quando lidamos com a Palavra de Deus temos de entender que é impossível uma compatibilidade entre a Bíblia e o pecado, porque seremos aproximados de um e af

Introdução

Já foi citada a famosa frase de Jonathan Edwards: “Este livro te afastará do pecado ou o pecado te afastará deste livro”. Mas é bom relembrá-la. Quando lidamos com a Palavra

1

texto básico Tiago 1.22-25

texto devocional Salmo 119.43-48

versículo-chave Tiago 1.22

“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”

alvo da lição

Levar o aluno a refletir na necessidade de se praticar e viver a Palavra de Deus, a fim de que enxergue a Bíblia como uma necessidade para a sua própria vida.

A necessidade deviver a Bíblia

de Deus temos de entender que é impossível uma compatibilidade entre a Bíblia e o pecado, porque seremos aproximados de um e afas-tados de outro. Howard Hendricks, escritor e professor de teologia, também afirmou: “muitos de nós queremos uma palavra de Deus, mas não queremos a Palavra de Deus. Sabemos o bastante para possuirmos uma Bíblia, mas não o bastante para deixarmos que ela nos possua”. Temos diante de nós mesmos umas destas duas realidades.

aplicação

Compartilhar o amor de Deus com uma paixão contagiante, a fim de levar todos os homens, sem distinção de classe, raça, sexo e idade, a um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, e ajudá-los a construir uma base sólida de vida fundamentada na Palavra de Deus.

!

Jesus encerra Seu sermão na montanha ilustrando a questão da obediência aos Seus ensinos (Mt 7.24-27). Disse que dois homens construíram cada um uma casa, sendo que um edificou sobre a rocha e o outro sobre a areia. Pois bem, diante da chuva, dos ventos e das enchentes, a casa

Pr. Emerson da Silva Pereira

leia a Bíblia diariamente

seg Tg 1.22-25

ter Dt 6.4-9

qua Sl 1.1-6

qui 1Pe 2.1-3

sex Mc 7.18-23

sáb Jo 14.15-21

dom Sl 119.41-48

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é ensinar a palavra de Deus a é ensinar a palavra de Deus a fi m de transformar a vida dos alunos. fi m de transformar a vida dos alunos. Para isso, tenha sempre em mente o Para isso, tenha sempre em mente o que eles precisam saber, que eles precisam saber,

o que meus alunos devem saber?o que meus alunos devem saber?

Curiosidade Bíblica nº 13: comece verificanCuriosidade Bíblica nº 13: comece verificando quem encontrou a resposta da pergunta do quem encontrou a resposta da pergunta deixada, na semana passada. A resposta deixada, na semana passada. A resposta

Sugestão Final

4Dependendo da estratégia, a revisão é feita no decorrer da aula. Mas se ao fi nal você perceber dúvidas, esclareça-as. A aplicação

também poderá ser feita no decorrer da aula ou no fi nal. Ela vai sendo feita pelos próprios alunos ou conduzida por você, professor, conforme a estratégia utilizada. Ao fi nal, verifi que se a classe consegue relacionar as verdades ensinadas às necessidades e realidades pessoais.

Orientação Didática

3Apresenta estratégias que estimulam a participação dos alunos, valorizam o con-teúdo, reforçam as aplicações e facilitam

a aprendizagem. Portanto, para não perder de vista o alvo da lição, use a criatividade, apresente domínio da matéria e observe se os alunos estão entendendo o assunto.

Indicaçõesde livros

Andragogia em Ação:como ensinar adultos

Zezina S. BellanEd. SOCEP

As Sete Leis do AprendizadoBruce WilkinsonEd. Betânia

Educação CristãMadalena de O. MolochencoEd. Vida Nova

Ensinando para Transformar Vidas

Howard HendricksEd. Betânia

Estilos de AprendizagemMarlene D. LeFeverCPAD

Métodos Criativos de EnsinoMarlene D. LeFeverCPAD

101 Ideias Criativaspara Professores

David Merkh e Paulo FrançaEd. Hagnos

Atividades em grupos Dinâmicas Audiovisuais Aula expositivaEm todas as atividades dessa natureza, é fundamental a mediação do professor. Você deve prepará-las de forma a atingir claramente os objetivos: aproximar mais as pessoas; respeitar as ideias do outro; saber ouvir e esperar a vez de falar; expressar-se de forma a ser bem compreendido; fazer descobertas que apenas se tornam possíveis por meio do diálogo e da troca de ideias.As atividades devem ser interessantes e desafi adoras, para se obter um bom resultado. Cabe a você acompanhar o trabalho dos grupos e organizar a apresentação dos resultados, aplicando e concluindo o assunto.

Lidar com estratégias diferentes não é fácil, principalmente para os professores que estão habituados com aulas exclusivamente expositivas. Precisamos enfrentar os desafi os para romper com as formas tradicionais de ensino estabelecidas no passado, criando e utilizando estratégias que envolvam a participação dos alunos e favoreçam a aprendizagem.

Têm por objetivo atrair a atenção dos alunos, despertar o interesse e colaborar na apreensão e fi xação do assunto. Jesus usou recursos audiovisuais com a fi nalidade de interagir mais e melhor com Seus seguidores, favorecendo-lhes a aprendizagem.

É uma estratégia que não deve ser abandonada. Alguns assuntos exigem participação direta do professor que nesses momentos deve se esforçar para cativar os alunos e desafi á-los à refl exão pessoal. A aula expositiva é plenamente conciliável com a estratégia de perguntas. Intercale momentos de exposição com perguntas interessantes e desafi adoras.

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sobre a rocha permaneceu e a sobre a areia desabou. Mas o interessante nisso é que no homem prudente Jesus identificou “aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica” e no homem insensato “aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica”.

Orientação Didática

Para desenvolver o conteúdo deste estudo, você vai contar com a participação de seus alunos. Como o tema é bastante prático e está relacionado com o dia a dia do aluno, você poderá promover um estudo em que todos participem.

Divida a sua classe em cinco grupos. Cada grupo irá discutir um item do estudo. Não haverá dificuldades, pois os temas são bem fáceis.

I. Obediência proposital (Tg 1.22-25)

“Todo obediente ouve a palavra, mas nem

todo ouvinte obedece.”

A primeira necessidade para se viver a Palavra de Deus é a obediência proposital. O crente tem diante de si o caminho da obediência ou da negligência. Deus poderia obrigar a todos que Lhe obedecessem, mas concede o privilégio de que, espontanea--mente, os salvos vivam a Sua Palavra como um ato de obediência voluntária e proposi-tal. Tiago 1.22 levanta um ponto em comum entre o praticante e o não praticante da Palavra: ambos ouviram! Mas, afirma que aquele que apenas ouve a Palavra de Deus, sem vivê-la, está se enganando, se iludindo.

Jesus encerra Seu sermão na montanha ilustrando a questão da obediência aos Seus ensinos (Mt 7.24-27). Disse que dois ho-

mens construíram cada um uma casa, sendo que um edificou sobre a rocha e o outro sobre a areia. Pois bem, diante da chuv

Bem, vimos nesta lição que o crente pre-cisa conhecer a Bíblia para saber como viver de modo digno, como agradar a Deus, como produzir frutos e como conhecer a Deus. Mas através da Bíblia nós conhecemos, também, o amor de Deus. Ela nos diz que Jesus Cristo é o Seu Filho, que Ele tornou-Se homem por nossa causa e morreu na cruz para nossa salvação. E, ainda, a Bíblia nos recomenda que anunciemos a todos os homens essa boa nova de salvação. Por tudo isso, afirmamos: o crente tem necessidade de conhecer a Bíblia.

Já foi citada a famosa frase de Jonathan Edwards: “Este livro te afastará do pecado ou o pecado te afastará deste livro”. Mas é bom relembrá-la. Quando lidamos com a Palavra de Deus temos de entender que é impossível uma compatibilidade entre a Bíblia e o pecado, porque seremos aproximados de um e afas-tados de outro. Howard Hendricks, escritor e professor de teologia, também afirmou: “muitos de nós queremos uma palavra de Deus, mas não queremos a Palavra de Deus. Sabemos o bastante para possuirmos uma Bíblia, mas não o bastante para deixarmos

Revisão e Aplicação

Faça a revisão por meio de cinco perguntas.Aos alunos do grupo 1 pergunte: Com que finalidade a Bíblia foi escrita, segundo o Salmo 119.105?

Aos alunos do grupo 2 pergunte: Como se consegue a santificação individual, por meio do estudo da Bíblia?

Aos alunos do grupo 3 pergunte: Como o crente demonstra em seu dia a dia eficácia espiritual?

Faça a revisão por meio de cinco perguntas.Faça a revisão por meio de cinco perguntas.Aos alunos do grupo 1 pergunte: Com que Aos alunos do grupo 1 pergunte: Com que finalidade a Bíblia foi escrita, segundo o Salmo finalidade a Bíblia foi escrita, segundo o Salmo

Como se consegue a santificação individual, Como se consegue a santificação individual,

Para desenvolver o conteúdo deste estudo, Para desenvolver o conteúdo deste estudo, você vai contar com a participação de seus você vai contar com a participação de seus alunos. Como o tema é bastante prático e alunos. Como o tema é bastante prático e está relacionado com o dia a dia do aluno, está relacionado com o dia a dia do aluno, você poderá promover um estudo em que você poderá promover um estudo em que todos participem. todos participem.

Divida a sua classe em cinco grupos. Cada Divida a sua classe em cinco grupos. Cada grupo irá discutir um item do estudo. Não grupo irá discutir um item do estudo. Não haverá dificuldades, pois os temas são bem haverá dificuldades, pois os temas são bem fáceis.fáceis.

I.I.

Palavra de Deus é a obediência proposital. Palavra de Deus é a obediência proposital. O crente tem diante de si o caminho da O crente tem diante de si o caminho da obediência ou da negligência. Deus poderia obediência ou da negligência. Deus poderia obrigar a todos que Lhe obedecessem, mas obrigar a todos que Lhe obedecessem, mas concede o privilégio de que, espontaneaconcede o privilégio de que, espontanea-mente, os salvos vivam a Sua Palavra como -mente, os salvos vivam a Sua Palavra como um ato de obediência voluntária e proposium ato de obediência voluntária e proposital. Tiago 1.22 levanta um ponto em comum tal. Tiago 1.22 levanta um ponto em comum entre o praticante e o não praticante da entre o praticante e o não praticante da Palavra: ambos ouviram! Mas, afirma que Palavra: ambos ouviram! Mas, afirma que aquele que apenas ouve a Palavra de Deus, aquele que apenas ouve a Palavra de Deus, sem vivê-la, está se enganando, se iludindo.sem vivê-la, está se enganando, se iludindo.

ilustrando a questão da obediência aos Seus ilustrando a questão da obediência aos Seus ensinos (Mt 7.24-27). Disse que dois hoensinos (Mt 7.24-27). Disse que dois ho

1 Bênçãos espirituais para o novo povo de Deus 7

2 Oração para iluminação e conhecimento 14

3 Mas Deus... 20

4 A parede caiu e um novo povo nasceu 26

5 O mistério revelado e uma oração fervorosa 32

6 Unidade, serviço e crescimento 38

7 A nova roupa 45

8 Aspectos práticos da santidade 51

9 Marido e mulher 58

10 Pais e filhos, senhores e servos 64

11 A armadura de Deus 70

12 A igreja em Filipos 76

13 Alegria no lugar onde estou 82

14 Alegria com quem convivemos 88

15 Alegria em ser conquistado por Cristo 94

16 Problemas, pureza e gratidão 101

17 Antes inútil, agora útil 107

Sumário

7

O aluno será capaz de

saber entender a amplitude das bênçãos do Pai, do Filho e do Espírito Santo para o novo povo de Deus, a igreja de Cristo;

sentiridentificar-se com as bênçãos concedidas por Deus e descritas na carta;

agir apropriar-se das bênçãos concedidas pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo, descritas na carta.

Sugestão Inicial

Se possível, providencie um projetor multimídia/data-show e caixas de som, acesse o canal da Editora Cristã Evangélica e procure pelo vídeo: A antiga cidade de Éfeso (sítio arqueológico) para apresentar à classe.

Caso contrário, pesquise imagens do sítio arqueológico de Éfeso (atualmente localizado na Turquia) na internet, relatando do que se tratavam na época de Paulo, e xeroque-as em trans-parência ou prepare um slide-show (disponível em nosso site).

Inicie a aula usando o vídeo, as imagens e/ou as informações que pesquisou sobre a cidade de Éfeso. Em seguida, apresente a introdução da lição.

A carta aos Efésios é uma das mais ricas cartas do Novo Testamento. Ela parece uma síntese de todo o cristianismo. As doutrinas básicas de fé estão ali contidas, como

veremos nas próximas lições. Ela não foi escrita em resposta a alguma circunstância específica ou controvérsia, como a maioria das cartas de Paulo. Efésios expressa louvor por causa da unidade dos que estão em Cristo e das bênçãos que eles recebem. Mostra-nos também como devemos viver em unidade e santidade, para que cheguemos ao “pleno conhecimento do Filho de Deus” (Ef 4.13) e andemos como “filhos da luz” (Ef 5.8).

1

texto básico Efésios 1.1-14

texto devocional Romanos 8.31-39

versículo-chave Efésios 1.7

“(Cristo), no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”

alvo da lição

Ao estudar esta lição, você conhecerá e compreenderá a amplitude das bênçãos do Pai, do Filho e do Espírito Santo para o novo povo de Deus.

Pr. Luiz César Nunes de Araújo

leia a Bíblia diariamente

seg Ef 1.1-14

ter Rm 12.1-2

qua Rm 8.26-30

qui Rm 8.31-39

sex 1Ts 1.2-10

sáb 1Pe 2.9-10

dom Ap 1.9-20

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Bênçãos espirituais para o novo povo de DeusEf

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Orientação Didática

Prepare recursos visuais (slides ou cartazes) para ilustrar os tópicos da lição (disponível em nosso site. Dessa maneira, à medida que você expuser o conteúdo geral da carta, os alunos poderão acompanhar por meio dos recursos visuais, colaborando para maior atenção, compreensão e fi-xação do conteúdo ministrado. Utilize os pontos do primeiro tópico para elaborar recurso visual sobre o panorama da carta.

I. Visão panorâmica da carta (Ef 1.1-2)

1. Autor - Apóstolo Paulo.

2. Destinatários - “aos santos que vivem em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus” (Ef 1.1). Éfeso – originalmente uma colônia grega, mas na época de Paulo, capital da província romana da Ásia, era a sede do culto à deusa Diana (At 19.28).

3. Mensagem - O que Deus fez por meio de Jesus Cristo e continua fazendo pelo Seu Espírito ainda hoje, a fim de edificar uma nova sociedade – a igreja.

4. Tema central - A nova sociedade de Deus – a igreja. Efésios é pura eclesiologia.

5. Data e local onde foi escrita - Provavelmente em prisão domiciliar, em Roma, entre os anos 61 a 63 d.C. (Ef 4.1; 6.20).

6. Esboço geral da carta, proposto por John Stott

• Introdução à carta (Ef 1.1-2)

• A nova vida que Deus nos deu em Cristo (Ef 1.3-2.10)

• A nova sociedade que Deus criou mediante Cristo (Ef 2.11-3.21)

• Os novos padrões que Deus espera da nova sociedade (Ef 4.1-5.21)

• Os novos relacionamentos: marido e mulher, pais e filhos, senhores e servos, principados e potestades (Ef 5.22-6.24)

Essa carta é uma combinação da doutrina cristã (capítulos 1 a 3) com o dever cristão (capítulos 4 a 6). É a demonstração do que Deus fez por intermédio de Cristo e o que devemos fazer em consequência disso. Possivelmente durante esse mesmo período, Paulo escreveu Filipenses, Colossenses e Filemom, por isso essas quatro cartas são chamadas “As Cartas da Prisão”.

7. Saudação (Ef 1.2) “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus

Cristo”. “Graça” era a saudação grega usada na época, e “paz” era a saudação hebrai-ca comum. Paulo traz as duas palavras juntas em sua saudação para nos dizer como a cruz de Cristo une os que Nele creem. Stott escreveu que a “graça indica a iniciativa salvadora e gratuita de Deus, e paz indica o nível de vida em que passamos a viver desde que

9

Ele reconciliou os pecadores consigo mesmo e uns com os outros na sua nova comunidade”. Em outras palavras, a “paz vem pela graça”.

Faça o recurso visual referente ao segundo tópico, e para encerrar destaque:1. a verdade da eleição divina deve nos levar à justiça, não ao pecado;2. a verdade da eleição divina deve nos levar a uma sincera gratidão em espírito de adoração,

não ao orgulho;3. em consequência, devemos ser santos e irrepreensíveis perante Ele (v.4), e viver “para louvor

da glória de Sua graça” (v.6).

II. A bênção de ser escolhido pelo Pai (Ef 1.3-6)

Somos o novo povo de Deus, e há bênçãos grandiosas para nós. Paulo as chama de “toda sorte de bênção espiritual” (Ef 1.3), bênçãos que vêm do próprio céu, “dos lugares celestiais” para nós (Ef 1.3,20; 2.6; 3.10). Interessante notar que do versículo 3 ao 14 só há ponto final no fim do versículo 14. Isso significa que o apóstolo está tratando de um assunto apenas, isto é, a “toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais”, que ele dividiu em as bênçãos do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Antes que houvesse o mundo, Deus nos escolheu em Cristo (Ef 1.4). “Deus colocou a nós e a Cristo juntos na Sua mente. Resolveu tornar-nos Seus próprios filhos através da obra redentora de Cristo” (Stott). “Escolheu-nos” (Ef 1.4) e “nos predestinou” (Ef 1.5) são expressões-chaves da doutrina da eleição. É um ato misericordioso e soberano de Deus de escolher pecadores para serem salvos em Cristo Jesus. A iniciativa é toda de Deus. Ele nos tem abençoado (Ef 1.3), Ele nos escolheu (Ef 1.4), Ele nos predestinou (Ef 1.5), Ele nos concedeu gratuitamente (Ef 1.6).

A eleição é um mistério; não devemos tentar sistematizá-la. No entanto, Stott sugere quatro verdades importantes a ser aceitas e lembradas.

1. Uma revelação divinaA doutrina da eleição é uma revelação divina e não uma especulação humana. É uma

doutrina bíblica (Rm 8.28; 11.36; 1Ts 1.2-10; Jo 6.44,65; At 13.48; 1Pe 1.1-2). No Novo Testamento, Deus está formando uma comunidade internacional para que sejam Seus santos (v.1), Seu povo santo e especial (1Pe 2.9-10).

2. Incentivo à santidadeA doutrina da eleição é um incentivo à santidade e não uma desculpa para o pecado.

Deus nos escolheu em Cristo “para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele” (Ef 1.4). Longe de estimular o pecado, a doutrina da eleição o proíbe e nos impõe a necessidade de vida santa. Em última análise, a única evidência da eleição é uma vida santa.

3. Estímulo à humildadeA doutrina da eleição é um estímulo à humildade, não um motivo para o orgulho. Deus

não escolheu Israel por ser um povo mais importante que os outros, mas porque o amava

10

(Dt 7.7-8). Por essa mesma razão, Ele nos escolheu em Cristo antes da fundação do mun-do, antes de podermos alegar que temos qualquer mérito. A eleição de Deus é livre, abate e aniquila todo o merecimento, todas as obras e todas as virtudes humanas.

4. Resultado: adoção (Ef 1.5)A doutrina da eleição tem como resultado a adoção. Na eleição, Deus pretende

“adotar-nos” e nos fazer filhos e filhas de Sua família. Que privilégio! Mas filiação também subentende responsabilidade. O Pai Celestial nos disciplina, a fim de sermos participantes de Sua santidade (Hb 12.10). A expressão que parece unir o privilégio e a responsabilidade da nossa adoção é “perante ele” (Ef 1.4), ou seja, “na presença dele”. Viver conscientes de que estamos na presença de nosso Pai é privilégio, como também desafio constante de agradar a Ele. Logo a verdade da eleição divina deve nos levar à justiça, não ao pecado; e a uma sincera gratidão em espírito de adoração, não ao orgulho. Em consequência, devemos ser santos e irrepreensíveis perante Ele (Ef 1.4), e viver “para louvor da glória de Sua graça” (Ef 1.6).

Efésios para hoje

A doutrina bíblica da eleição ensina que Deus pensou em você antes que o mundo fosse criado. Como isso mexe com você?

Faça o recurso visual referente ao terceiro tópico.

III. A bênção de ser redimido pelo Filho (Ef 1.7-12)

Nos primeiros 14 versículos da carta aos Efésios, Jesus é mencionado pelo nome, ou pelo título (Cristo Jesus, Senhor Jesus Cristo, Jesus Cristo, Amado, Cristo), ou por pronomes (Ele, Dele, Nele) nada menos que 15 vezes. E a frase “em Cristo” ou “Nele” ocorre 11 vezes. Paulo quer nos mostrar que em Jesus as nossas bênçãos são completas. Vejamos três bênçãos que o apóstolo descreve.

1. Redenção (Ef 1.7-8)A palavra denota uma remissão de dívida mediante o pagamento de determinado valor.

Em Cristo fomos libertados das algemas do pecado, da escravidão imposta por Satanás.

“O preço da liberdade, o meio pelo qual a remissão foi obtida, foi o “seu sangue” – o sangue de Cristo (Ef 1.7). Este termo sacrificial traz à lembrança o sangue das vítimas ofertado a Deus na economia do Antigo Testamento. Aqui, a palavra representa a morte de Cristo como sacrifício pelo pecado e é uma advertência a nós a propósito do elevadíssimo preço que Deus pagou pela nossa redenção” (Curtis Vaughan). À ideia de redenção, Paulo acrescenta a “remissão dos pecados”. Isso tem o sentido de afastar de nós as transgressões (Sl 103.11-12). Paulo quer ensinar que o perdão é o centro de nossa redenção. A redenção e a remissão caminham juntas, e são privilégios de quem foi feito filho. São bênçãos derramadas abundantemente (Ef 1.8), segundo a riqueza de Sua graça (Ef 1.7) – não segundo os méritos dos homens. Mas quem pode medir a riqueza da graça de Deus?

11

2. Unificação (Ef 1.9-10)O propósito de Deus é o de estabelecer uma nova ordem, uma nova criação, na qual

todos confessem que Cristo é a cabeça. Nela não haverá distinção nem entre raça nem entre gêneros (Cl 3.11). Não significa que todas as pessoas serão salvas (universalismo), mas que o universo de Deus, no qual o pecado introduziu a desordem e a confusão, será restaurado à sua primitiva harmonia e unidade sob a supremacia de Jesus Cristo.

A expressão em Efésios 1.10 “de fazer convergir nele”, no grego, é uma só palavra (ou um só verbo) – anakefalaioō – que literalmente significa “debaixo de uma só cabeça”. Leia como a Nova Tradução na Linguagem de Hoje traduziu esse versículo: “Esse plano é unir, no tempo certo, debaixo da autoridade de Cristo, tudo o que existe no céu e na terra”. Por isso concordamos com o que Oscar Cullmann escreveu: “A igreja é o centro, o ponto central de onde Cristo exerce Sua soberania invisível sobre a totalidade inteira”.

Vendo essa perfeição de futuro, devemos ser estimulados a viver aqui como se já esti-véssemos lá (Rm 13.11-14).

3. Herança (Ef 1.11-12)A interpretação mais provável é que nós somos a herança (“propriedade particular”)

de Deus. Isso tem ideia similar no AT (Dt 32.9; Sl 33.12; 106.40; Jr 10.16) e ainda em 1Pedro 2.9. Somos a Sua herança por causa da Sua vontade (Ef 1.5, 9 e 11) e para o louvor de Sua glória (Ef 1.5, 6, 12 e 14).

O alvo de Deus é que a Sua glória (revelação de Deus) venha a ser conhecida por meio do Seu povo.

Efésios para hoje

Como o senhorio cósmico de Cristo, ou seja, o domínio que Ele terá sobre todas as coisas, aumenta a sua confiança e esperança Nele? Você realmente acredita que um dia tudo estará debaixo de uma só Cabeça?

Faça o recurso visual referente ao quarto tópico.

IV. A bênção de ser selado com o Espírito (Ef 1.13-14)

Quando nos convertemos, recebemos o Espírito Santo. Ele nos dá a certeza de que Deus está ativo em nós. É o Santo Espírito da promessa (Ef 1.13), citado pe-los profetas do AT (Ez 36.27; Jl 2.28) e prometido por Jesus a Seu povo ( Jo 14-16; Lc 24.49; At 1.4-5; 2.33, 38-39). Paulo utiliza duas imagens para sublimar a significação do Espírito em nossa vida.

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1. Ele é seloA presença do Espírito Santo no Seu povo é a prova de que este pertence a Deus. O

Espírito Santo é a marca distintiva do cristão (2Co 1.21-22; Ef 4.30).

a. O selo com o Espírito fala de propriedade. O gado, e até mesmo os escravos, era mar-cado com um selo pelos seus donos, a fim de indicar a quem pertencia. Deus colocou o Seu Espírito dentro do Seu povo para marcá-lo como Sua propriedade exclusiva ( Jo 10.27-29;2Tm 2.19).

b. O selo com o Espírito fala de segurança. A Bíblia tem várias ilustrações desse uso. Quando o rei Dario selou a boca da cova dos leões, Daniel não tinha condições de sair (Dn 6.17). No tempo em que Ester era rainha, o rei usou seu anel para selar suas cartas e documentos. E, uma vez feito isso, ninguém podia alterar o conteúdo (Et 8.8). Pilatos fez a mesma coisa quando ordenou que os soldados guardassem “o sepulcro como bem vos parecer”. E eles selaram a pedra do túmulo (Mt 27.65-66).

2. Ele é um penhorPenhor é aquilo que é dado como garantia. A palavra grega para “penhor” é arrabōn,

de origem semítica, cujo sentido original vem do meio comercial, quando uma pessoa com-prava algo e dava uma quantia em dinheiro como espécie de “entrada”, “sinal” ou “primeira prestação’ (leia Gn 38.17). Posteriormente, foi usada no grego para falar de “aliança de noivado”. Quando Deus nos deu o Espírito Santo, Ele estava Se comprometendo a dar-nos toda a herança reservada para os Seus filhos no céu. Leia 2Coríntios 1.22 e 5.5.

Efésios para hoje

Por que toda pessoa que diz estar em Cristo deve ter essa segurança que o Espírito Santo oferece?

Conclusão

Stott resume Efésios 1.3-14 afirmando que três pensamentos estão presentes.

1. De eternidade a eternidade, Deus opera todas as coisas de acordo com Seu plano perfeito. O que inclui toda a história, todos os homens e tudo o que existe nos céus e na terra.

2. Todo o propósito é cumprido em Cristo, o que significa que cada bênção é concedida aos homens que estão “em Cristo”.

3. Tudo foi feito, é feito e será feito para “o louvor da sua glória” (Ef 1.6,12 e 14).

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Sugestão Final

Ministre a conclusão.

Divida a classe em pequenos grupos para que leiam e discutam as questões propostas no final de cada tópico. Oriente o trabalho dos grupos, que devem escolher:

1. alguém que seja capaz de orientar a discussão;

2. alguém para anotar as conclusões;

3. alguém para apresentar à classe as conclusões.

Após a troca de ideias nos grupos, peça que escolham uma questão para apresentar as con-clusões a que chegaram à classe.

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O aluno será capaz de

saber compreender o conteúdo da oração de Paulo descrita em Efésios 1.15-23 e entender a riqueza da glória da herança que Deus nos dará;

sentir demonstrar gratidão a Deus pela fé em Jesus e pelo amor entre os irmãos e sentir o poder de Deus que atua em nossa vida;

agirorar a Deus colocando diante Dele os mesmos motivos de gratidão e petição descritos por Paulo aos efésios.

Sugestão Inicial

Inicie a aula com um cântico introspectivo sobre oração.

Convide todos a orar e faça a leitura de Efésios 1.15-23, em atitude de oração. Em seguida, peça que todos abram as Bíblias nesse texto e releiam silenciosamente, como se fosse sua própria oração.

Ministre a introdução da lição.

As orações de Paulo são o ponto culminante de suas epístolas. No texto básico desta lição, temos a descrição de uma delas. Uma oração breve, mas profunda, riquíssima

em conteúdo e doutrina bíblica.

Paulo estava escrevendo uma carta e se deteve para orar. Que o teria motivado? Seria a alegria de saber que em Cristo todas as bênçãos espirituais são nossas (Ef 1.3)? Ou, após ouvir que a fé em Cristo e o amor aos irmãos estavam sendo praticados (Ef 1.12), sentiu-se impelido a orar para que os efésios conhecessem ainda mais a plenitude do que Deus nos deu em Cristo? Qualquer que tenha sido sua motivação o que resultou foi uma oração que

2

texto básico Efésios 1.15-23

texto devocional Hebreus 2.5-9

versículo-chave Efésios 1.18-19

“Iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos”

alvo da liçãoAo estudar esta lição, o aluno terá condições de compreender melhor o conteúdo desta preciosa e reveladora oração de Paulo.

Pr. Luiz César Nunes de Araújo

leia a Bíblia diariamente

seg Ef 1.15-23

ter Cl 1.3-12

qua Tg 2.14-26

qui Hb 2.5-9

sex Fp 2.5-11

sáb Ap 4.1-11

dom Ap 7.9-17

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Oração para iluminação e conhecimentoEf

ésio

s

15

nos estimula a fazer o mesmo. Louvor e petição, ações de graças e súplicas (Ef 1.16-19) são a tônica nesta oração que nos ajudará a manter o equilíbrio espiritual.

Orientação Didática

Divida a classe em pequenos grupos, para que trabalhem juntos ao longo da lição, trocando ideias e executando tarefas, após a ministração dos tópicos. A troca de ideias norteada pelas perguntas propostas e a oportunidade de juntos executarem tarefas relacionadas ao assunto são formas importantes de usar e aplicar o conteúdo, favorecendo a aprendizagem dos alunos.

Ministre o primeiro tópico.

Peça aos trios/grupos que discutam a pergunta para reflexão e compartilhamento. Em seguida, oriente-os a fazerem orações de gratidão a Deus pela fé em Jesus presente entre eles e pelo amor exercido entre os irmãos.

I. Gratidão (Ef 1.15-16)

De alguma forma, Paulo obteve informações sobre o que estava acontecendo entre os efésios que o fez se alegrar diante de Deus. Vejamos o que ele ouviu.

1. A fé em Jesus estava presente entre eles (Ef 1.15)Os efésios tinham ouvido a palavra da verdade e crido em Cristo (Ef 1.13), e continua-

ram firmes na fé (Ef 1.15). A alegria de Paulo era que esses crentes não estavam se afastando do Senhor Jesus, pelo contrário, mantinham os olhos fixos Nele. Temos a mesma ordem bíblica para todos os crentes. Vejamos Hebreus 12.2: “Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus”.

2. O amor aos irmãos estava sendo exercido entre eles (Ef 1.15)Quando trabalhou na igreja de Éfeso, Paulo mostrou com o próprio exemplo como se

vive o amor (At 20.35). Portanto, não é de se surpreender que ele ouça sobre o amor dos efésios “para com todos os santos” (Ef 1.15). A fé produz fruto na comunidade cristã, ela flui de Cristo para nossos semelhantes que também pertencem a Ele, em forma de serviço (Tg 2.14-26). Jesus disse a Seus discípulos: “Nisto conhecerão todos que sois meus dis-cípulos: se tiverdes amor uns aos outros” ( Jo 13.35).

Efésios para hoje

Por que a fé em Jesus e o amor entre irmãos precisam andar de mãos dadas?

Ministre os pontos 1 e 2 do segundo tópico.Peça aos grupos que discutam as duas primeiras perguntas para reflexão e compartilhamento:

• Como você entende a expressão “iluminados os olhos do vosso coração” (Ef 1.18)? Por que essa iluminação é importante na vida do crente?

• De que maneira a herança de Deus pode motivar você na comunhão e no serviço ao reino de Deus?

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Em seguida, oriente os trios/grupos a fazerem orações de petição a Deus:

• para que nossos olhos sejam abertos para conhecer plenamente a esperança do chamamento de Deus;

• para que possamos compreender a riqueza da glória da herança que Deus nos dará.

II. Petição (Ef 1.17-23)

Por que Paulo, após dar graças a Deus pela vida dos leitores, parece ainda não estar satisfeito? Ele continua orando porque sabe que a extensão das bênçãos (Ef 1.3) precisa ser reconhecida pelos leitores. Eles precisavam “saber” (Ef 1.18) qual era a plenitude do que Deus reservou para os santos. “Qual é a garantia de que a plenitude das bênçãos espirituais pode ser entendida? Paulo nos dá a resposta: Deus nos dá o espírito de sabedoria e revelação, isto é, o Espírito Santo. Ele é o agente da revelação, por isso devemos orar a favor do Seu ministério de iluminação. O Espírito Santo iluminará os olhos do nosso coração (Ef 1.18), os nossos ‘olhos interiores’, para podermos compreender a verdade de Deus” (Stott).

A oração se torna um instrumento necessário da revelação, abre nosso coração e ilumina a nossa mente para compreendermos melhor as bênçãos espirituais já reveladas. Vejamos algumas delas.

1. A esperança do chamamento de Deus (Ef 1.18)O mundo sem Jesus era sem esperança (Ef 2.12). A aceitação de Cristo enche o coração

de esperança e alegria (Rm 5.2,5; 8.24; 12.12). A nossa esperança está firmada no chama-mento de Deus. Ele nos chamou (Rm 8.30) para:

a. sermos de Jesus (Rm 1.6);b. a comunhão de Jesus Cristo (1Co 1.9);c. sermos santos (Cl 3.15; Ef 4.1-2);d. o sofrimento, se for necessário (1Pe 2.21).

Entretanto, o nosso chamamento só encontrará sua plenitude nos céus (1Ts 2.12; 1Pe 5.10; Fp 3.14).

A esperança do cristão nasce na natureza do seu chamamento, na sua vocação, e esta vem de Deus. Paulo ora para que os nossos olhos sejam abertos para conhecer plenamente essa esperança.

2. A glória da herança de DeusEssas palavras podem ter o sentido inicial de que nós somos a herança de Deus

(Ef 1.11,14). Visto dessa maneira, o texto expressa o desejo de Paulo de que os crentes com-preendessem quão preciosos são para Deus. Eles são escolhidos para ser como “troféus” da Sua graça e do Seu poder. No entanto, o texto correlato de Colossenses 1.12 sugere que a “herança

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de Deus” é aquilo que Ele nos dará. É o prêmio que obteremos por causa de nossa união com Cristo (Rm 8.17).

Aqui vale lembrar 1Coríntios 2.9: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”.

Somente a iluminação outorgada pelo Espírito Santo pode levar qualquer um de nós a compreender a vastidão dessa herança gloriosa. “Paulo não considera que seja presunçoso pensarmos acerca da nossa herança celestial ou até mesmo antegozá-la com alegria e gra-tidão. Pelo contrário, ele ora para ‘saberdes a Sua glória’, de fato, a riqueza da glória da Sua herança” (Stott).

Ministre o ponto 3 do segundo tópico.

Peça aos grupos que discutam a terceira pergunta para reflexão e compartilhamento:

• Por que, para o apóstolo Paulo, a ressurreição de Cristo é a demonstração maior do poder de Deus?

Em seguida, oriente os grupos a fazerem orações pedindo a Deus para que possam sentir o poder de Deus que atua na vida deles pela meditação no poder da ressurreição de Cristo.

3. A grandeza do poder de Deus“O chamamento se refere ao passado; a herança, ao futuro; e o poder, ao presente e

anuncia os recursos sem limites à disposição do povo de Deus” (C. Vaughan).

“Toda a energia do ser divino se volta para nossa frágil natureza, vivificando-a, purifi-cando-a e transformando-a, tornando-a maravilhosamente ativa onde era antes tão frágil” (Blaikie).

Paulo está convencido de que o poder de Deus é suficiente e eficaz e pode ser conhecido por meio da demonstração pública da ressurreição e exaltação de Cristo (Ef 1.20-23). Então, o poder de Deus que atua no crente é o poder da ressurreição (cf. Fp 3.10).

Paulo apresenta duas afirmações a respeito do que Deus tem feito em Cristo e por seu intermédio.

a. A ressurreição e a exaltação de Cristo (Ef 1.20). A ressurreição de Cristo dentre os mortos e a Sua exaltação à direita de Deus são atribuições específicas do poder de Deus. É a ressurreição de Cristo que proporciona dinâmica e poder para a vida cristã, e é padrão e penhor da ressurreição dos crentes (1Co 15.20).

Após ter ressuscitado a Cristo, Deus O fez assentar-Se à Sua direita (Ef 1.20-21), lu-gar da mais alta honra e autoridade (Mt 28.18), fazendo cumprir o Salmo 110.1. Todo principado, toda potestade, todo o poder e o domínio (“forças espirituais do mal” – Ef 6.12) – os que ainda não reconheceram em definitivo a vitória de Cristo haverão de fazê-lo (Hb 2.5-9).

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Quaisquer que sejam as formas de soberania não são comparáveis Àquele a quem Deus deu um “nome que está acima de todo nome” (Fp 2.9). “A cabeça que um dia foi coroada com espinhos leva agora o diadema da soberania universal” (C. Vaughan).

b. A proeminência de Cristo sobre a igreja (Ef 1.22-23). Paulo passa a relatar o significado do triunfo duplo de Cristo para a igreja.

Primeiro, Jesus tem a soberania sobre todas as coisas, e ainda mais, Deus O deu como cabeça de todas as coisas, à igreja, a qual é o Seu corpo (Ef 1.22-23). “Aquele, pois, a quem Deus deu à igreja para ser seu cabeça, já era cabeça do universo. Logo, tanto o universo quanto a igreja têm em Jesus Cristo o mesmo cabeça” (Stott).

Segundo, a igreja é “a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Ef 1.23). A igreja é a plenitude de Cristo porque Ele a enche, enche também “todas as coisas” (Ef 4.10). Ele completa a igreja, ela é o templo de Deus (Ef 2.21-22).

“A igreja está cheia de Sua presença, animada pela Sua vida, cheia com Seus dons e plena de Sua graça” (Salmond).

Stott resumiu muito bem estes dois versículos (Ef 1.22-23):“A igreja é o corpo de Cristo (Ele a dirige); a igreja é Sua plenitude (Ele a enche).”

Desse modo ela tem tudo do que necessita para cumprir a sua missão.Efésios para hoje

Como você entende a expressão “iluminados os olhos do vosso coração” (Ef 1.18)? Por que essa iluminação é importante na vida do crente? De que maneira a herança de Deus pode motivar você na comunhão e no serviço ao reino de Deus?

Por que, para o apóstolo Paulo, a ressurreição de Cristo é a demonstração maior do poder de Deus?

Conclusão

Stott nos desperta a atenção para um fato muito importante nessa oração. A ênfase que Paulo dá à união do conhecimento com a fé, o que, para ele, “é um dos aspectos mais impressionantes da maturidade cristã”.

Ao colocar as duas coisas juntas, o apóstolo está nos ensinando que fé e conhe-cimento são compatíveis. Ele ora para que seus leitores recebam iluminação do Espí-rito Santo, sem a qual não conseguiremos entender corretamente o que Deus fez em Cristo, mostrando que “todas as nossas cogitações são improdutivas sem o Espírito da verdade” (Stott). Todavia, isso não significa que não devemos usar nossa mente. “É precisamente quando meditamos sobre o que Deus tem feito em Cristo que o Espírito abrirá os nossos olhos para compreendermos suas implicações” (Stott).

Como alguém escreveu, “o Espírito Santo ilumina o estudioso”.

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Sugestão Final

Ministre a Conclusão.Encerre com um momento de oração. Oriente os alunos a que façam breves orações de uma frase apenas, colocando gratidão diante de Deus:

• pela fé em Jesus Cristo;• pelo amor entre os irmãos;• pela esperança no chamamento de Deus;• pela glória da herança que receberemos do Pai;• pela grandeza do poder de Deus em nossa vida;• pela oportunidade de conhecer mais de Deus pelo estudo da Sua Palavra.

Para facilitar, anote no quadro a lista com os motivos de gratidão.