rp_i unidade_filosofia-tais-1ano.pdf

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1 CAPÍTULO 1: “A ATITUDE FILOSÓFICA” CONHECE-TE A TI MESMO: A sabedoria de Sócrates em reconhecer que só pode ser considerado um sábio por ter conhecimento de uma única coisa, enquanto todos os outros humanos não tinham: a de que nada sabia. *Neo e a Matrix: Destaque para a existência do mentor de Neo (novo, renovado), Morfeu.(filho de espírito, filho do Sono e da Noite) na sua condução rumo à Matrix. Neo fica na situação difícil de escolher entre conhecer ou não a Matrix (o mundo real), sendo que ele prefere conhecê-la. *Neo e Sócrates: Neste trecho, Marilena Chauí destaca a relação entre estas duas figuras por elas terem uma percepção mais acurada das coisas, das situações e do mundo, uma reflexão que pode mudar a si mesmo e ao outro pela liberdade de pensamento. De modo que, enquanto Neo decifrava programas de computador, Sócrates fazia Filosofia pelo método da maiêutica. Ambos são inspirados por espíritos, por guias ou mentores espirituais. O MITO DA CAVERNA: A comparação entre eles também nos remete a este Mito de Platão, pois o prisioneiro que sai da caverna tem a mesma atitude: não aceita o mundo dos preconceitos e das ilusões em que ele e seus companheiros viviam, decidindo-se assim sair do fundo da caverna por se sentir puxado pela própria verdade que subjaz em seu interior. As fases deste Mito são as seguintes: 1. Todos os prisioneiros acorrentados por correntes no pescoço; 2. Um prisioneiro se liberta das correntes; 3. Subida do prisioneiro pela caverna era íngreme, isto é, ladeirenta; 4. O ex-prisioneiro quer voltar para deixar de sentir dores nas pernas, mas percebe que seria pior para ele; ele sai da caverna e de imediato fecha os olhos por não agüentar a luz do Sol; 5. Somente um tempo depois, ele os abre, mas olha primeiramente para a sombra das coisas no chão; 6. Depois, olha para as próprias coisas; 7. Por fim, olha para o Sol. Todas estas fases possuem um significado filosófico de educação da alma humana. NOSSAS CRENÇAS COSTUMEIRAS: Crenças são aquilo em que acreditamos sem nos questionarmos. Por exemplo, quando falamos que, onde há fumaça, há fogo ou sobre que horas são ou que os namorados não conseguem se ver como realmente são, estamos expressando uma crença na causalidade, na existência do tempo e da subjetividade respectivamente. Além dessas, há inumeráveis crenças. *Exercendo nossa liberdade: Aqui, há uma distinção entre diferentes conceitos. Como diz Marilena, “Consideramos a mentira diferente do sonho, da loucura e do erro, porque o sonhador, o louco e o que erra se iludem involuntariamente, enquanto o mentiroso decide voluntariamente deformar a realidade e os fatos. Com isso, acreditamos que o erro e a mentira são falsidades, embora diferentes, porque somente na mentira há a decisão de falsear” (CHAUÍ, 2007). *Conhecendo as coisas: Em retomando nossas crenças costumeiras, as quais são geralmente silenciosas, costumamos afirmar que as coisas, situações e pessoas são óbvias ou naturais. *E se não for bem assim? Neste trecho, Chauí nos mostra que Neo passa a experimentar de diferentes formas a realidade, o que é feito por Morfeu ao fazê-lo ver colheres entortando etc. O mentor também lhe sugere que ele passe a tentar compreender a si próprio muito mais do que o mundo em que vive. Neste momento também devemos observar que há “conflitos entre o que nossa liberdade deseja” e o que a sociedade impõe. Neo portanto desconfia da aparência de “mundo certinho” e encara a possibilidade de que tudo pode estar errado. COLÉGIO GRACCHO Aluno (a) _________________________________________ 1ª SERIE REVISÃO DE FILOSOFIA Data _______/_______/2011 Profª.: TAÍS FISCINA

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! CAPTULO 1: A ATITUDE FILOSFICA CONHECE-TE A TI MESMO: A sabedoria de Scrates em reconhecer que s pode ser considerado um sbio por ter conhecimento de uma nica coisa, enquanto todos os outros humanos no tinham: a de que nada sabia. *NeoeaMatrix:DestaqueparaaexistnciadomentordeNeo(novo,renovado), Morfeu.(filho de esprito, filho do Sono e da Noite) na sua conduo rumo Matrix. Neo fica na situao difcil de escolher entre conhecer ou no a Matrix (o mundo real), sendo que ele prefere conhec-la. *Neo e Scrates: Neste trecho, Marilena Chau destaca a relao entre estas duas figuras por elas terem uma percepo mais acurada das coisas, das situaes e do mundo, uma reflexo que pode mudarasimesmoeaooutropelaliberdadedepensamento.Demodoque,enquantoNeodecifrava programas de computador, Scrates fazia Filosofia pelo mtodo da maiutica. Ambos so inspirados por espritos, por guias ou mentores espirituais. OMITODACAVERNA:AcomparaoentreelestambmnosremeteaesteMitodePlato,poiso prisioneiro que sai da caverna tem a mesma atitude: no aceita o mundo dos preconceitos e das iluses em queeleeseuscompanheirosviviam,decidindo-seassimsairdofundodacavernaporsesentirpuxado pela prpria verdade que subjaz em seu interior.As fases deste Mito so as seguintes: 1. Todos os prisioneiros acorrentados por correntes no pescoo;2. Umprisioneiroselibertadascorrentes;3.Subidadoprisioneiropelacavernaerangreme,isto, ladeirenta;4.Oex-prisioneiroquervoltarparadeixardesentirdoresnaspernas,maspercebequeseria pior para ele; ele sai da caverna e de imediato fecha os olhos por no agentar a luz do Sol; 5. Somente um tempo depois, ele os abre, mas olha primeiramente para a sombra das coisas no cho; 6. Depois, olha para as prprias coisas; 7. Por fim, olha para o Sol. Todas estas fases possuem um significado filosfico de educao da alma humana.NOSSASCRENASCOSTUMEIRAS:Crenassoaquiloemqueacreditamossemnos questionarmos.Porexemplo,quandofalamosque,ondehfumaa,hfogoousobrequehorassoou queosnamoradosnoconseguemsevercomorealmenteso,estamosexpressandoumacrenana causalidade,naexistnciadotempoedasubjetividaderespectivamente.Almdessas,hinumerveis crenas.*Exercendo nossa liberdade: Aqui, h uma distino entre diferentes conceitos. ComodizMarilena,Consideramosamentiradiferentedosonho,daloucuraedoerro,porqueo sonhador, o louco e o que erra se iludem involuntariamente, enquanto o mentiroso decide voluntariamente deformararealidadeeosfatos.Comisso,acreditamosqueoerroeamentirasofalsidades,embora diferentes, porque somente na mentira h a deciso de falsear (CHAU, 2007). *Conhecendo as coisas: Em retomando nossas crenas costumeiras, as quais so geralmente silenciosas, costumamos afirmar que as coisas, situaes e pessoas so bvias ou naturais. *Esenoforbemassim?Nestetrecho,ChaunosmostraqueNeopassaa experimentar de diferentes formas a realidade, o que feito por Morfeu ao faz-lo ver colheres entortando etc.Omentortambmlhesugerequeelepasseatentarcompreenderasiprpriomuitomaisdoqueo mundoemquevive.Nestemomentotambmdevemosobservarquehconflitosentreoquenossa liberdade deseja e o que a sociedade impe. Neo portanto desconfia da aparncia de mundo certinho e encara a possibilidade de que tudo pode estar errado. COLGIO GRACCHO Aluno (a) _________________________________________ 1 SERIE REVISO DE FILOSOFIA Data _______/_______/2011 Prof.: TAS FISCINA # *Momentosdecrise:Noimpassedoconflitoentrenossascrenas,tendemosa entraremcriseeistoanosexigirumamudanadeatitude.quandochegaaFilosofiaparanosdar suporteterico,comseusconceitosquebradoresdeparadigmas,comosolues,como,porexemplo, dentreoutros,quandoanossaliberdadeindividualeasregrassociaissechocamequandoaquelavelha visodemundocertinhonomaisnossatisfaz,maselacontinuaexistindo.Omomentodemudanade atitudeocorrequandopassamosaacharproblemticooqueachvamosnormaledepoisapassamosa fazer perguntas sobre isto. Eis a atitude filosfica. BUSCANDOASADADACAVERNAOUAATITUDEFILOSFICA:atomadadedecisode no ver mais o mundo como antes com um certo distanciamento para tanto. O Conhece-te a ti mesmo do orculo passa a ser vivido. CAPTULO 2: O QUE A FILOSOFIA? AATITUDECRTICA:Hdoispassosparaaatitudecrtica,asaber,anegativaeapositiva.A primeiranegaoqueimposto,principalmentequandosetratadepr-conceito,oupr-juzos;aqui,a pessoaseperguntasobreascausaseosentidodascoisas.Asegundasobreoqueso,porquesoe comosoascoisas,nsmesmos,osvalores,osfatosetc,parasomentedepoisdeumaavaliao reflexiva,apessoaaceitarounooquefoiimpostoouproposto.Aexistnciadestebinmiofilosfico (negativa e positiva) que se tem a atitude crtica. Criticar julgar, examinar avaliar sem preconceito, e no atacar toda e qualquer idia nova ou velha s por atacar. Admirao e espanto tambm constituem o primeiro passo para se fazer filosofia. PARA QUE FILOSOFIA? Aqui est em jogo uma questo de valor, ou, mais do que isso, do valor da Filosofiacombasenoqueasociedadeconsiderasertil.Enquantoumasociedadeconsiderartil apenasoquetemumaaplicaotcnicaimediataeexterna,aFilosofianotervaloralgum.Porm, quando se muda o sentido do conceito de utilidade, a sim, temos a Filosofia com grande valor, pois ela trabalha com valores e aes humanas. E isto no seria til? *A Filosofia por trs da Cincia: Todas as descobertas da Cincia dependem de experimento,sejaemlaboratrio,sejaemcampoaberto,ounosdoisambientes;porm,noh experimentoquenoprecisedareflexofilosfica.Alis,areflexoouaanlisefilosficaantecedee permeiatodaequalquerexperinciacientfica.Porcontadisto,MarilenachamaaFilosofiadeArtedo BemViver,ensinando-nosaviveravirtude,almdenosajudaraconheceromundoeanossa capacidade de conhecer. ATITUDE FILOSFICA: INDAGAR. Esta atitude diz respeito a trs passos: 1.Perguntar o que . 2. Perguntar como . 3. Perguntar por que . Estes questionamentos se referem ao mundo externo, e no ao interno, como acontece com a reflexo filosfica. AREFLEXOFILOSFICA:aatitudedevoltaropensamentoparasimesmo(diferentementeda atitude filosfica que voltada para o mundo externo). Por voltar-se para dentro, ou seja, para o prprio pensamento,areflexofilosficaradical,oquesignificaquevaiatraiz.Assuasquestessoas seguintes: 1. Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que fazemos? Isto perguntar-sepelosmotivos.2.Oquequeremospensarquandopensamos,dizerquandodizemos,fazer quandofazemos.3.Paraquepensamosnoquepensamos,dizemosoquedizemos,fazemosoque fazemos. Por fim, a Reflexo se volta para o pensamento, a linguagem e a ao. FILOSOFIA: UM PENSAMENTO SISTEMTICO. Enquanto pensamento sistemtico, a Filosofia umconjuntodeidiasinterligadasentresiquenopodemsecontradizer.Istofazcomquenelahaja muitapesquisaracionalenoachismos.Buscafazercomqueasperguntassejamvlidaseasrespostas sejam verdadeiras. EMBUSCADEUMADEFINIODAFILOSOFIA:ArespostasperguntaoqueFilosofia? no tem apenas uma resposta, mas algumas. So elas: 1. Viso de mundo ( o conjunto de idias, vaores e prticas).2.Sabedoriadevida(aaplicaodafilosofiaprpriavidatornando-sesbio).3.Esforo $ racionalparaconceberoUniversocomoumatotalidade.FaladoUniversocomoumtodo.4. Fundamentao terica e crtica (preocupa-se com princpios, causas e condies).A FILOSOFIA COMO FUNDAMENTAO TERICA E CRTICA: A Filosofia a base para os estudos de todas as reas, pois a Filosofia interpreta os acontecimentos do mundo dando-lhe um sentido novo.TIL OU INTIL? Est envolvido no esquema de Deus, j que ele rejeita a Filosofia como mercadoria aserdifcildesevender.Importaresignificaroconceitodeutilidade,poishumaconfusonamaioria das pessoas. CAPTULO 3: A ORIGEM DA FILOSOFIA APALAVRAFILOSOFIA:DogregoPhiloeSophia,significaAmorouAmizadeSabedoria.Pitgorascomparaofilsofopessoaqueassisteaosjogosolmpicosporelaestaraliparapreci-lose no para comerciar ou competir. OQUEPERGUNTAVAMOSPRIMEIROSFILSOFOS:Ospr-socrticosfaziam-seperguntas quetinhamcomobaseoucomocentroaquestodaorigemeorganizaodoUniverso,assimcomoa questo de como a multiplicidade pode surgir da Unidade, como o movimento pode surgir a partir de algo mvel, como o que mvel se relaciona com o que imvel etc, ou seja, como todas as coisas existem, j que antes elas s existiam em apenas uma forma. ONASCIMENTODAFILOSOFIA:AlgunsfatorescontriburamparaonascimentodaFilosofia,tais comoorompimentoparcialcomrelaoaosMitos;agenialidadedopovogrego,oqualtransformouo conhecimento que j existia no Oriente em pura Cincia (ou seja, Filosofia); o surgimento da Poltica nas cidades-estado; a construo da idia de razo. COSMOGONIAETEOGONIA:Mitossohistriascontadassobrealgodemaneirafabulosa.Nos mitos h contradio, mas tambm h racionalidade, a qual foi herdada pela Filosofia. Podemos dizer que osMitossepreocuparamcomduascorrentes:aCosmogonia(buscapelaorigemdoUniversodemodo relativamenteracional)eaTeogonia(buscapelopaiepelame,demaneiratambmrelativamente racional). As caractersticas gerais dos mitos so as seguintes: narra coisa passadas; fala da rivalidade ou da aliana entre os deuses e a influncia disto na humanidade; havia contradies; no era uma defesa de um assunto, mas apenas uma narrativa. CONDIES HISTRICAS PARA O SURGIMENTO DA FILOSOFIA: A Filosofia surgiu graas genialidadedosgregos,mastambmgraasaalgunsfatoresmateriais,asaber,asviagens martimas(por elas despertarem o homem para um mundo novo); a inveno do calendrio; a inveno da moeda;osurgimentodavidaurbana;ainvenodaescritaalfabtica;ainvenodapoltica (principalmente pela idia de lei, de espao pblico e de discusso poltica).O LEGADO DA FILOOFIA GREGA PARA O OCIDENTE: A herana filosfica para ns ocidentais podeseresumir,demodogeral,tendnciaracionalidade;recusadeexplicaopr-estabelecida; tendncia argumentao e ao debate; capacidade de generalizao; capacidade de diferenciao; a ideia de causalidade e de necessidade; a ideia de que a razo pode conhecer a tudo e que tem leis prprias no pensamento;aideiadeliberdadeedevontade;aideiadeleisnaturais;aideiadequeoserhumano necessita o conhecimento verdadeiro, a justia e a felicidade. QUESTES 01. O que a Matrix? A resposta est a. Ela est sua procura. E te encontrar se voc desejar. Morpheus segue o caminho do filsofo: Conhece a verdade e volta caverna para instruirosdemais.Neo,ofugitivo.OagenteSmithsustentaquens,sereshumanos,no somosmamferos,porquenoentramosemequilbriocomomeioambiente.[Trechoda revelaofeitaporMorpheusaNeo].(Andy&LarryWachowski,TheMatrix,EUA, 1999). Em1999,ocinemaamericanoproduziuMatrix(TheMatrix,EUA,1999),um % filme,originalmentesubestimado,quearregimentoumilharesdeadmiradoresnomundo todo e logo se transformou em uma referncia para outras produes cinematogrficas. Assinale a alternativa incorreta: a) O que Matrix? Controle. A Matrix um mundo de sonhos gerado por computador... Feito para nos controlar". b)AMatrixumailusodequenosvalemosparanosrefugiarmosnumareflexofilosfica com base na alienao individual e social. c) Neo comparado com Scrates por causa dos ideais de liberdade ambos, posto que eles no serendemimposiodaculturaquesevalederegrasouvaloresdecadentescomoseestes fossem verdades. d) Apesar de bem elaborada, a Matrix um programa de computado que acaba operando contra si mesmo e assim contra sua prpria criao, a humanidade. e)AMatrixumsistemadeproteoaoperigodeextinoqueahumanidadecorre,oque simbolizado pelo filme por uma corrupo na sua prpria base. 02. Seguindo o exemplo dos jogos olmpicos, os pitagricos falavam de trs modos de vida: odosquevoparacomprarevender,odosquecorremnoestdioeodosespectadores, queselimitamaver.Assimviviamospitagricos,forasteiroscuriososdaMagnaGrcia, comoespectadores.oquesechamadevidateorticaoucontemplativa.Segundo os pitagricos, a dificuldade para essa vida era(m): a. ( ) a alma.b. ( ) o mundo.c. ( ) a inteligncia.d. ( ) os outros.e. ( ) o corpo. 03. Alm dos pitagricos, a Magna Grcia viu surgir outra manifestao filosfica fundamental: a escola eletica. Com eles a filosofia adquire um nvel e um grau de profundidade que antes no tinha.O principal filsofo dessa escola foi:a. ( ) Scrates.b. ( ) Herclito.c. ( ) Parmnides.d. ( ) Anaxmexes.e. ( ) Anaximandro. 04. Empdocles quer resolver o problema da articulao entre o ser imvel com a cambiante multiplicidade das coisas. Quer resolver este problema por meio dos quatro elementos: gua, fogo, terra e ar. Esta a primeira vez que aparecem formalmente os quatro elementos tradicionais. Sobre eles Empdocles dir que so razes de todas as coisas.Para explicar o movimento, ou seja, que a partir das quatro razes se engendrem e peream todas as coisas, ele introduz outros dois elementos:a. ( ) amor e dio.b. ( ) teoria e prtica.c. ( ) paixo e repulsa.& d. ( ) inteligncia e amor.e. ( ) poesia e pensamento. 05. Se nos perguntarmos qual , em suma, a contribuio de Scrates para a filosofia, encontraremos uma passagem de Aristteles em que ele (Aristteles) diz categoricamente que lhe devemos duas coisas:a. ( ) os raciocnios dedutivos e a definio particular.b. ( ) os raciocnios categricos e a definio tecnicista.c. ( ) os raciocnios teolgicos e a definio categrica.d. ( ) os raciocnios indutivos e a definio universal.e. ( ) os raciocnios universais e a definio filosfica. 06. Para expressar seu pensamento, Plato escolheu como gnero literrio o dilogo, que tem uma profunda relao com sua doutrina da dialtica como mtodo filosfico.O personagem principal dessas obras :a. ( ) Plato.b. ( ) Scrates.c. ( ) Aristteles.d. ( ) Protgoras.e. ( ) Demcrito. 07. No livro VII da Repblica, Plato conta um mito de extraordinria fora, em que representa simbolicamente a situao do homem e sua relao com a filosofia e, ao mesmo tempo, a estrutura da realidade.Este mito relatado por Plato ficou conhecido como Mito da:a. ( ) repblica.b. ( ) sombra.c. ( ) caverna.d. ( ) realidade.e. ( ) intelectualidade. 08. Aristteles no incio da Metafsica diz "Todos os homens tendem por natureza a saber". E Aristteles logo acrescenta que o sinal disso o gosto que temos pelas sensaes, sobretudo pela viso; e distingue o uso que fazemos delas por sua utilidade de fazer algo, do gosto que tambm temos quando no vamos fazer nada. Mas estas sensaes, que supem um nfimo saber, no so privativas do homem; tambm os animais as tm; e alguns deles, at memria, que pela permanncia da recordao, permite aprender.O homem, em contrapartida, tem outros modos superiores de saber, que so:a. ( ) a tica e a economia.b. ( ) a maiutica e a tica.c. ( ) a retrica e a metafsica.d. ( ) a teoria e a especulao.e. ( ) a experincia e a arte ou tcnica. 09. Na obra de Rousseau, o que teve conseqncias mais graves foi a sua filosofia social.Qual a obra principal de Rousseau sobre este tema?a. ( ) Julie.b. ( ) mile.c. ( ) Confisses.d. ( ) Contrato Social.e. ( ) Discurso Sobre as Cincias e as Artes.10. Coloque V para Verdadeiro e F para Falso nas afirmativas abaixo referentes ao Mito e Filosofia.( ) Do mito foram dadas as mais diversas interpretaes, das quais as principais so: mito-verdade e mito-fbula. Para a primeira interpretao, os mitos so as nicas explicaes das ' coisas que a humanidade, nos seus primrdios, estava em condies de fornecer e nas quais acreditava firmemente. Para a segunda interpretao, eles so representaes fantasiosas nas quais ningum jamais acreditou, muito menos seus criadores.( ) Os primeiros que consideraram os mitos como simples fbulas foram os filsofos gregos. Nenhum filsofo usou nenhumtipo de mito em sua filosofia, nem mesmo um mito criado por ele mesmo. ()Sobreonascimentodafilosofia,podemosdizerque,comelanasceuaatitudecrticaea reflexiva, pois os mitos so muito contraditrios e fabulosos, o que contrrio ao ideal de lgica dafilosofia.()Dasanlisesfeitaspelosestudiososdenossotempo,segue-sequeomitoexerceu,entreos povosantigos,trsfunesprincipais:religiosa,socialefilosfica.()Omitoprecede,mediantearepresentaofantstica,imaginao,potica,intuiode analogias, sugeridas pela experincia sensvel; ele superior razo, isto , permanece, alm do logos,almdaexplicaoracional.Assinale a alternativa que apresenta a sequncia CORRETA. A) V, V, V, F, V.B) F, F, V, F, F.C) V, V, F, V, V.D) V, V, V, V, F.E) V, V, V, V, V.11.SobreaexpressoculturaldafilosofianoOcidente,INCORRETOafirmarqueA)aatividadefilosfica,enquantoabordagemracional,surgenocontextoculturalgrego, expressando-seinicialmentecomotentativadeexplicararealidadedomundosemrecorrer mitologiaereligio.B)afilosofianascenaGrcia,nosculoVa.C.,comosfilsofospr-socrticos,procurando encontraroprincpiodouniverso.Alguns vo explicar o mundo, apelando para uma arch, ou seja, o elemento constitutivo bsico doqualatotalidadedouniversoseriaconstituda.C) Scrates, Plato e Aristteles so os pensadores clssicos da Grcia dos sculos V e IV a.C. e queconstituramafilosofiacomometafsica,fornecendoosalicercesdetodaatradio filosficadoOcidente.D)Pormuitoqueseesforassem,osfilsofosnoconseguiraminfluenciaramentalidadedo mundo grego antigo, pois que tudo continuou sendo controlado e comandado pelos costumes da poca. E) Scrates, Plato e Aristteles vieram depois dos pr-socrticos, mas superaram estes mesmos filsofos no campo da reflexo sobre o que o homem. 12.Qualdosfilsofosabaixo,reconhecidamentenatradio,complicoucomtantos elementoslendrios?Adoutrinadesuaescolatinhaessencialmenteumcarterreligioso; foiumaassociaopolticaalmdefilosfica.Adoutrinafundamentaldaescolaquea substncia das coisas o nmero. Estamos falando de: A) Herclito de feso.B) Anaxmenes de Mileto.C) Pitgoras de Samos.D) Anaximandro de Mileto.E) Tales de Mileto. 13. Leia as citaes abaixo e responda a alternativa correta: "Averdadenoestticaedefinitiva,masmovimentoincessante,quepenetrano infinito" (K. Jaspers).( Ainferncia(deduo,conclusolgica)quesepodetirardotrechoacimaaseguinte A).averdadenoexisterealmente.Elaumafantasiadenossamente. B)nocabeaoshumanos,possuirodomniosobreaverdade,umavezqueelapropriedade exclusivadocriadorceleste. C)averdadedeveserconcebidacomoresultantedeumprocessonoqualaprpriaidiade verdadefazpartedafilosofiacomoposse.D)nocabefilosofiapossuirosaber,masapenasbuscarasverdadesconquistadaspelas cincias particulares. E) a verdade no deve ser concebida como resultante de um processo no qual a prpria idia de verdadefazpartedafilosofiacomoposse. 14. Leia o texto a seguir e aponte a alternativa que mais reflete a idia central do perodo. "Na civilizao ocidental, apesar de todo progresso material, as pessoas esto mergulhadas nodesesperoenovaziopelafaltadeperspectivas.Acrenanatransformaoda sociedade, atravs de sua organizao externa, partidos e instituies est desmoronando. Ganha cada vez mais adeptos a crena de que a alienao de nosso tempo de ns mesmos equeumareformadamentalidadepessoaldecadaumdeveprecederstransformaes sociais." A TARDE, 25/05/94 ()Apenasascondiesmateriaisaqueoshomensestosubmetidosquedeterminama conscinciadecadaum. ( ). A modificao das instituies (escolas, partidos, igrejas, famlia etc.) no sentido de criar umanovaorganizaofatoressencialparaamudananaconscinciaindividualesocial. ()Aalienaodenossotempoumaconseqnciadainflunciasocialaqueestamos submetidos,afinalnopodemosnegarainterfernciaqueexistedaculturasobrensprprios. () Nem mesmo a atitude crtica de toda uma sociedade capaz de, interagindo socialmente, determinar as condies materiais. ()SomenteaFilosofiacapazdedizeroquantoavidadealgumfazsentido,poiso homemcomumestcadavezmaisperdidonoscostumesdegradantesdesuapocasem encontrar resposta para seus problemas existenciais. 15."DizerqueasindagaesfilosficassosistemticassignificadizerqueaFilosofia trabalhacomenunciadosprecisoserigorosos,buscaencadeamentoslgicosentreos enunciados,operacomconceitosouideiasobtidosporprocedimentosdedemonstraoe prova,exigeafundamentaoracionaldoqueenunciadoepensado."(CHAU,Marilena.ConviteFilosofia.13ed.,SoPaulo:tica,2008,p.21).Assinaleoqueforcorreto.()Aconcepodemundodeumpovo,deumacultura,deumacivilizaocomseu conjunto de ideias, de valores e de prticas pelas quais uma sociedade apreende e compreende o mundoeasimesmadeveserconsideradacomofilosofia.( ) Pela f, a religio aceita princpios indemonstrveis e at mesmo aqueles que podem ser considerados irracionais pelo pensamento, enquanto a filosofia no admite indemonstrabilidade eirracionalidadedecoisaalguma.Pelocontrrio,opensamentofilosficoprocuraexplicare compreendermesmooquepareceserirracionaleinquestionvel.( ) Como fundamento terico e crtico, a filosofia ocupase com os princpios, as causas e as condiesdoconhecimentoquepretendeserracionaleverdadeiro,comaorigem,aformaeo contedodosvaloresticos,polticos,religiosos,artsticoseculturais.( ) A filosofia til, pois permite superar, pela anlise e pela reflexo crtica, a ingenuidade eospreconceitosdosensocomumeofereceapossibilidadedelibertarohomemdasideias despticasqueosubjugamaumpoderdominanteeilegtimo.) ()Afilosofiaexclusivamenteterica,isto,contemplativa,porserincapazde incorporar, nos seus procedimentos metodolgicos, a observao e a experimentao.16.(UFU09/2002)Masquemfosseinteligente()lembrar-se-iadequeas perturbaesvisuaissoduplas,eporduplacausa,dapassagemdaluzsombra,e da sombra luz. Se compreendesse que o mesmo se passa com a alma, quando visse algumaperturbadaeincapazdever,noririasemrazo,masreparavaseelano estaria antes ofuscada por falta de hbito, por vir de uma vida mais luminosa, ou se, por vir de uma maior ignorncia a uma luz mais brilhante, no estaria deslumbrada porreflexosdemasiadamenterefulgentes[brilhantes];primeira,deveriafelicitar pelassuascondiesepeloseugnerodevida;dasegunda,tercompaixoe,se quisessetroardela,seriamenosrisvelestazombariadoqueaquelaquedesciado mundo luminoso. (ARepblica,518a-b,trad.MariaHelenadaRochaPereira,Lisboa:FundaoCalouste Gulbenkian, 1987. ) Sobre este trecho do livro VII de A Repblica de Plato, correto afirmar.I - A condio de quem vive nas sombras digna de compaixo.II-Ofilsofo,sendoaquelequepassadaluzsombra,notemproblemasemretornars sombras. III-Otrechoestabeleceumarelaoentreomundovisveleointeligvel,fundadaemuma comparao entre o olho e a alma. IV-Notrecho,afirmadoqueoconhecimentononecessitadeeducao,poisquemse encontraria nas sombras facilmente se acostumaria luz. Marque a alternativa que contm todas as afirmaes corretas. A) II e III B) I e IV C) I e III D) III e IV E) Nenhuma das anteriores. 17. Leia, abaixo, o trecho de Plato, extrado da Apologia de Scrates.()descobremumamultidodepessoasquesupemsaberalgumacoisa,masquena verdade pouco ou nada sabem. () e afirmam que existe um tal Scrates () que corrompe ajuventude.Quandoselhesperguntaporquaisatosouensinamentos,notmoque responder;nosabem,masparanomostrarseuembaraoapresentamaquelasacusaes querepetemcontratodososquefilosofam:ascoisasdocueoquehsobaterra;ono crernosdeuses;fazerprevalecerodiscursoearazomaisfraca.Issoporquenoquerem dizer a verdade: terem dado prova de que fingem saber, mas nada sabem. Apol., 23 c-e. A partir do trecho apresentado acima, responda s seguintes questes. * A) Para Plato, qual a verdadeira acusao que se faz contra Scrates? B) Quais elementos caractersticos da filosofia socrtica podem ser extrados deste trecho? C) Queacusaes,tendoemvistaascaractersticasespecficasdafilosofiadeScrates,so apresentadas como no tendo fundamento? 18. Considere o seguinte trecho, extrado da Repblica, de Plato. Estaimagem,meuamigoGlauco,deveseraplicadasemtirarnemporaoqueantes dizamos (a relao entre o mundo visvel e o mundo inteligvel) Plato, A Repblica. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. Traduo de Leonel Vallandro, p. 155. Considerandoestetrecho,podemosrelacionarasubidadoprisioneirolibertado,queo leva sada da caverna: A) ao caminho que leva a alma a reconhecer os seus pecados. B) ao caminho da alma at a contemplao do mundo inteligvel. C) conscientizao poltica necessria para tornar o mundo mais justo. D) peregrinao do homem nesse mundo em direo morte. 19.Aindaconsiderandoaaplicaodomitorelaoentreconhecimentosensvele inteligvel,devemoscompararoSol,queoprisioneirolibertadodacavernaafinal contempla do lado de fora: A) a Zeus. B) a Deus. C) ao governante da cidade justa, o rei filsofo. D) idia de Bem. E) idia de mal 20.Platoprocuroumostrarcomomitodacavernaque,assimcomoosprisioneirosno suspeitavamdaexistnciadascoisasqueeramascausasdassombrasqueelesviam,ns tambmvivemosnummundodecoisasmateriaissemsuspeitardaexistnciadeuma realidade alm da natureza sensvel, que s pode ser percebida pelo intelecto. A doutrina platnica sobre a relao entre o mundo sensvel e o inteligvel conhecida como: A) Empirismo. B) Teoria das Quatro Causas. C) Teoria das Idias. D) Dualismo. E) Teoria Imaginria. 21. Com relao volta do ex-prisioneiro caverna, relatada no mito por Plato, podemos considerar como interpretao INCORRETA de tal passagem a afirmao que: A) o filsofo tem uma funo educadora na cidade. !+ B)omundointeligvelperigosoparafilsofoseno-filsofos.Porisso,precisoqueo governante se volte somente para as necessidades concretas das pessoas. C)aformaodogovernantejustorduaelonga,masumavezformado,ofilsofotema obrigao de compartilhar seu saber com a cidade, utilizando-o para governar com justia. D)acontemplaodomundointeligvelnostornaaptosapercebermelhorarealidade,no mundo sensvel. E) Nenhuma das respostas anteriores. 22. O valor e a utilidade da filosofia tm sido, no raras vezes, postos sob suspeita. Uma viso acercadofilsofoqueeledivagaeperde-seemreflexessobrequestesabstratasquenada tmavercomocotidianodaspessoas.Emrelaonaturezaefinalidadedafilosofia,assinaleoqueforcorreto.() A filosofia , em termos gerais, um esforo intelectual para se interpretar o mundo e os eventos que nele se passam, compreender o prprio homem e iluminar o agir que do homem se espera.() O termo filosofia foi utilizado durante vrios sculos como nome geral para diferentes ramosdosaber,comomatemtica,geometria,astronomia;issomudaapartirdosculoXVII comarevoluometodolgicainiciadaporGalileuecomoestabelecimentodascincias particularespeladelimitaodecamposespecficosdepesquisa.()Refletirsobreosvalores,sobreosconceitoscomoliberdadeevirtudefazparteda atividadedofilsofo.Nessa medida, a filosofia apresenta-se como uma sabedoria prtica que auxilia na orientao da vidamoralepoltica,proporcionandoobemviver.()consensoentreoscientistasque,porquenainvestigaofilosficaofilsofono verificasuashipteses,baseando-senaobservaoemprica,afilosofianocontribuiparao progressodoconhecimento.( ) A histria da filosofia constitui-se de teorias que se contradizem. Os filsofos discordam de tudo e uns dos outros, de modo que o pensamento crtico prprio da filosofia consiste em pr em dvida toda afirmao, jamais chegando a concluses.23.PlatonasceuemAtenas,provavelmenteem427a.C.emorreuem347a.C. consideradoumdosprincipaispensadoresgregos,poisinfluenciouprofundamentea filosofiaocidental.Sobreestefilsofopode-seafirmar:I. Suas idias baseiam-se na diferenciao do mundo entre as coisas sensveis (mundo das idias eainteligncia)eascoisasvisveis(seresvivoseamatria).II.Platonovalorizavaosmtodosdedebateeconversaocomoformasdealcanaro conhecimento.III. Fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propsito de recuperar e desenvolver as idiasepensamentossocrticos.IV.Foiumdosmaiorescrticosdademocraciadoseutempo.Pelomenosdaquelaqueera praticadaemAtenasequeeleconheceudeperto.V.ComojemScrates,assimemPlatoafilosofiatemumfimprtico,moral;agrande cinciaqueresolveoproblemadavida.Estefimprticorealiza-se,noentanto,materialmente,atravsdaespeculao,doconhecimentodacincia.Esto corretas as proposies:a) I, II e III, apenasb) II, IV e V, apenasc) II, III e IV, apenasd) I, III e IV, apenase) I, II, III, IV e V 24. O que perguntavam os primeiros filsofos? !! 25.Dentrodosestudosrealizadosaponteeexpliquetodasascausasdosurgimentoda Filosofia.26.ParaPlatoafilosofiafrutodacapacidadedohomemdeseadmirarcomascoisas. Comocompreenderaafirmaodentrodocontextodequetodohomemtemsua capacidade de ver o mundo e os objetos que os cercam?27. Defina os diferentes sentidos para o conceito de Filosofia. 28. Responda ao que se pede: a) Houve rompimento da Filosofia para com os Mitos? Explique sua resposta. b) Quais so as caractersticas dos Mitos? c) Quais caractersticas a Filosofia herdou? 29.Aponte e explique todo o legado da Filosofia grega para o Ocidente. 30.Para Scrates a sabedoria fruto de muita investigao que comea pelo conhecimento de si mesmo. Segundo ele, deve-se seguir a inscrio do templo de Apolo:Conhece-te a ti mesmo. Dentro do seu ponto de vista, explique essa afirmao.