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Conviva - Associação de Deficientes Visuais e Amigos - ADEVA - Ano VII - nº 34 - maio/junho de 2006 O “Achômetro” Parente muito distante do barômetro e do fotômetro, o “achôme- tro” vem, cada vez mais, se tornando popular e incorporando-se ao nosso dia-a-dia. Ele vive no inconsciente (ou seria no consciente?) dos humanos, não sendo um equipamento como seus primos men- cionados. Muito utilizado quando não se tem certeza do que se está falando, confunde-se também com o desconfiômetro (ou seman- col). Porém, é importante ressaltar a diferença entre este último, o qual nasce em função do “achômetro” e não a partir dele. Posso achar que este editorial tem uma proposta incomum e, a partir daí, desconfiar que o texto será ou não interessante. Também posso achar que falo demais e me mancar de que tenho que me calar. No primeiro caso, vemos que o “achômetro” é fundamental nos dias atuais, pois não podemos acreditar em tudo o que entra pelos nossos ouvidos ou que lemos como verdades absolutas. No processo de educação, por exemplo, educador e educando devem juntos buscar o saber. Nesse caminho à procura de conheci- mentos, ambos encontram no “achômetro” a ferramenta necessária para construir suas idéias e lutar pelos seus ideais. Particularmente, penso que educar é substituir mentes vazias por mentes abertas. Assim, entendo que achar é pensar. E quanto mais pensarmos naquilo que apreendemos nas escolas mais estaremos construindo conhecimento e caminhando para o saber. É bom desconfiar, mas pensar e buscar a verdade é importante para não passarmos a vida achando que isso ou aquilo seria ou não legal, ou ainda que devería- mos ou não ter feito o que talvez nos trouxesse felicidade. No segundo caso, o “achômetro” nos faz refletir sobre os nossos atos e, ponderando sobre eles, leva-nos a corrigi-los, contribuindo para nossa evolução como seres humanos. Ainda falando em educação, devemos sempre refletir sobre o nosso papel de educador em busca da melhor didática e metodolo- gia no processo da aprendizagem e com relação ao tipo de cidadão que estamos formando. Afinal de contas, devemos ser os colabora- dores, fornecendo dados e materiais, criando situações para que os alunos reflitam. Uma pessoa que não reflete sobre os seus atos e não busca o melhor para si e para os seus não é dotado de “achôme- tro”. Portanto, não pode desconfiar do bem ou mal e, muitas vezes, não tem o semancol, acabando por tornar-se inconveniente. Então, achar também é refletir e a reflexão nos coloca como os filósofos dos tempos modernos. Os que acham, desconfiam, pensam e, ao refletirem sobre o que ocorre consigo e com a sociedade, acabam por discutir suas idéias com os outros. Nesse processo, propomos mudanças, fazendo história, baseados naquilo que acha- mos ser o melhor para nós e para as gerações vindouras. Para que outros, por fim, no futuro, possam achar, e achar, e achar... Alexandre Barbosa Publicitário por formação e educador por vocação. Atualmente, é aluno do curso de pós- graduação em Docência no Ensino Superior (FMU-SP), consultor de Tecnologias da Informação (TI) da Unipro Cursos Profissionalizantes e professor de Rede de Dados e Manutenção de Micros na Adeva. Rodrigo enxerga tudo Apesar do frio e da chuva do último dia 23 de maio, amigos e admiradores de Markiano Charan Filho estavam lá, na biblioteca do Memorial da América Latina, na capital pau- listana, para o lançamento do seu primeiro livro infantil – Rodrigo enxerga tudo – e che- garam a enfrentar fila para ganhar um autó- grafo do autor. Rodrigo enxerga tudo conta a história de um garoto que, assim como Markiano, é cego. Estudante de uma escola onde apenas ele não enxerga, às vezes, isso lhe traz alguns contratempos. Então, com a ajuda de sua professora, Rodrigo, brincando, ensina aos colegas de classe seu jeito de ver, que é igual ao jeito de todo mundo, mas diferente. Confuso? Não é, não. Leia e verifique você mesmo. Classificado como literatura infantil, o livro é altamente recomendado para jovens e adultos interessadas no tema da inclusão social de pessoas portadoras de deficiência. Rodrigo enxerga tudo. Markiano Charan Filho. São Paulo: ed. Nova Alexandria, 2006. À venda nas livrarias (R$ 28) e distribuição gratuita da versão em braille na Associação de Deficientes Visuais e Amigos – ADEVA, rua da Consolação, 1.289, 2º andar, telefone: 3151- 3603. 1

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Conviva - Associação de Deficientes Visuais e Amigos - ADEVA - Ano VII - nº 34 - maio/junho de 2006

O “Achômetro”

Parente muito distante do barômetro e do fotômetro, o “achôme-tro” vem, cada vez mais, se tornando popular e incorporando-se ao nosso dia-a-dia. Ele vive no inconsciente (ou seria no consciente?) dos humanos, não sendo um equipamento como seus primos men-cionados. Muito utilizado quando não se tem certeza do que se está falando, confunde-se também com o desconfiômetro (ou seman-col).

Porém, é importante ressaltar a diferença entre este último, o qual nasce em função do “achômetro” e não a partir dele. Posso achar que este editorial tem uma proposta incomum e, a partir daí, desconfiar que o texto será ou não interessante. Também posso achar que falo demais e me mancar de que tenho que me calar.

No primeiro caso, vemos que o “achômetro” é fundamental nos dias atuais, pois não podemos acreditar em tudo o que entra pelos nossos ouvidos ou que lemos como verdades absolutas.

No processo de educação, por exemplo, educador e educando devem juntos buscar o saber. Nesse caminho à procura de conheci-mentos, ambos encontram no “achômetro” a ferramenta necessária para construir suas idéias e lutar pelos seus ideais. Particularmente, penso que educar é substituir mentes vazias por mentes abertas. Assim, entendo que achar é pensar. E quanto mais pensarmos naquilo que apreendemos nas escolas mais estaremos construindo conhecimento e caminhando para o saber. É bom desconfiar, mas pensar e buscar a verdade é importante para não passarmos a vida achando que isso ou aquilo seria ou não legal, ou ainda que devería-mos ou não ter feito o que talvez nos trouxesse felicidade.

No segundo caso, o “achômetro” nos faz refletir sobre os nossos atos e, ponderando sobre eles, leva-nos a corrigi-los, contribuindo para nossa evolução como seres humanos.

Ainda falando em educação, devemos sempre refletir sobre o nosso papel de educador em busca da melhor didática e metodolo-gia no processo da aprendizagem e com relação ao tipo de cidadão que estamos formando. Afinal de contas, devemos ser os colabora-dores, fornecendo dados e materiais, criando situações para que os alunos reflitam. Uma pessoa que não reflete sobre os seus atos e não busca o melhor para si e para os seus não é dotado de “achôme-tro”. Portanto, não pode desconfiar do bem ou mal e, muitas vezes, não tem o semancol, acabando por tornar-se inconveniente.

Então, achar também é refletir e a reflexão nos coloca como os filósofos dos tempos modernos. Os que acham, desconfiam, pensam e, ao refletirem sobre o que ocorre consigo e com a sociedade, acabam por discutir suas idéias com os outros. Nesse processo, propomos mudanças, fazendo história, baseados naquilo que acha-mos ser o melhor para nós e para as gerações vindouras. Para que outros, por fim, no futuro, possam achar, e achar, e achar...

Alexandre Barbosa

Publicitário por formação e educador por vocação. Atualmente, é aluno do curso de pós-graduação em Docência no Ensino Superior (FMU-SP), consultor de Tecnologias da Informação (TI) da Unipro Cursos Profissionalizantes e professor de Rede de Dados e Manutenção de Micros na Adeva.

Rodrigo enxerga tudo

Apesar do frio e da chuva do último dia 23 de maio, amigos e admiradores de Markiano Charan Filho estavam lá, na biblioteca do Memorial da América Latina, na capital pau-listana, para o lançamento do seu primeiro livro infantil – Rodrigo enxerga tudo – e che-garam a enfrentar fila para ganhar um autó-grafo do autor.

Rodrigo enxerga tudo conta a história de um garoto que, assim como Markiano, é cego. Estudante de uma escola onde apenas ele não enxerga, às vezes, isso lhe traz alguns contratempos. Então, com a ajuda de sua professora, Rodrigo, brincando, ensina aos colegas de classe seu jeito de ver, que é igual ao jeito de todo mundo, mas diferente.

Confuso? Não é, não. Leia e verifique você mesmo. Classificado como literatura infantil, o livro é altamente recomendado para jovens e adultos interessadas no tema da inclusão social de pessoas portadoras de deficiência.

Rodrigo enxerga tudo. Markiano Charan Filho. São Paulo: ed. Nova Alexandria, 2006. À venda nas livrarias (R$ 28) e distribuição gratuita da versão em braille na Associação de Deficientes Visuais e Amigos – ADEVA, rua da Consolação, 1.289, 2º andar, telefone: 3151-3603.

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Hoje levantei cedo, pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia terei. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar de minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com as tarefas da casa ou agradecer a Deus por ter um teto para morar. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.

O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode lhe dar forma. Tudo depende de mim.

***Você já parou para pensar em como pode decidir pela felicidade ou infelicidade, a cada dia? Já se deu conta de que tudo depende da forma como você encara o que acontece? Há tantos momentos desperdiçados com inutilidades ou reclamações! Momentos que podem se transformar em aflições ou em alegrias. Em um momento apenas você pode resolver vencer ou se entregar à derrota.Libertar-se das velhas fórmulas de queixas ou prosseguir acabrunhado e triste. Lembre-se: a cada segundo você pode decidir o momento seguinte. Por isso, resolva-se pela escolha da melhor parte, porque este é o seu momento de decisão.

Autor anônimo

De

cis

ão

Seu nome é Cláudia Regina Graça. Tem 27 anos e é PSICÓLOGA gradu-ada pela Universidade São Marcos.

Há 5 anos, atua na área de recruta-mento e seleção da Aché, considerada a maior indústria brasileira no ramo far-macêutico. Suas tarefas: toda a rotina de uma área de seleção, inclusive entrevistas e triagem de currículos.

Declara-se feliz com sua profissão, principalmente porque “a psicologia tem o intuito de promover a melhora e o desenvolvimento do ser humano e nós, psicólogos, somos o instrumento importante para a conquista desse objetivo, o que vem ao encontro de minhas crenças pessoais”.

Se lhe perguntarem a receita para ser bem-sucedida pessoal e profissio-nalmente, sendo uma pessoa cega, ela tem a resposta pronta – “não existe uma fórmula; cada um tem dentro de si algo de muito valioso, então, basta

saber isso para se conquistar gran-des vitórias. Acredito que todo mundo enfrenta obstáculos; não precisa ter uma deficiência para ser alvo de pré-conceitos, por exemplo. A diferença está nas nossas atitudes em relação a eles”.

Para ela, é importante também que as pessoas percebam o deficiente visual como um ser humano como os demais: que tem defeitos, qualidades e está longe de ser um super-herói. “Mas também está longe de ser mera vítima de uma deficiência, sem qual-quer capacidade ou atributo que lhe permita ter uma vida absolutamente normal, com algumas adaptações, é claro!”

Graça possui deficiência visual ocasionada por retinose pigmentar. Até os 15 anos, tinha visão subnormal – enxergava, mas sem muitos deta-lhes. “Esse resíduo de visão foi muito precioso, porque me proporcionou uma

memória visual fantástica, dos objetos, lugares e pessoas, que hoje, sem ele, me auxilia em tudo o que faço”.

Esse tudo inclui passear, namo-rar, viajar, conhecer novas pessoas, dançar, amar tudo que envolve música – “já cheguei até a fazer parte de alguns corais, o que me proporcionou muito prazer”.

E, por ser muito curiosa, Graça está sempre fazendo algum curso, assistindo palestras, o que “acaba sendo um divertimento, porque estar em contato com tudo aquilo que ainda não conheço, sejam pessoas ou luga-res, me interessa muito e me deixa alegre”.

Atualmente, é pós-graduanda em psicologia junguiana pela Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia (Facis-Ibehe).

Psicologia

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2 Maio/Junho

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Psicologia

É o estudo dos fenômenos psí-quicos e do comportamento do ser humano, por meio de análise de suas emoções, idéias e valores. O psicólogo pode atuar em empre-sas, escolas, creches, órgãos públicos, consultórios, hospitais, ambulatórios, centros de saúde, em ONGs, e suas atividades são amplas: orientação vocacio-nal, psicologia social, esportiva, educacional, hospitalar, jurídica, organizacional. O Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (pioneira no ensino superior de psicologia no país) oferece 70 vagas para um curso de oito a dez semestres em período integral.

Como tudo começou

Talvez alguns leitores tenham ficado intrigados com o último Conviva, onde iniciei esta coluna, pois, infelizmente, ainda é comum a admiração diante da possibilidade de um deficiente visual (dv) usar o computador. Pensando nisso, decidi fazer um breve histórico, contando a trajetória de profissionais com esse tipo de deficiência no mundo da informática. Espero, assim, contribuir para desmistificar o assunto.

No início dos anos 1970, um engenheiro da Burroughs (hoje, Unisys), acreditando no potencial de dois dvs, ministrou-lhes um curso infor-mal de programação de computador. O conhecimento adquirido permi-tiu que fossem contratados como estagiários pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro. Tornaram-se assim, os dois primei-ros programadores cegos no Brasil, conferindo à unidade do Serpro de São Paulo o pioneirismo nesse tipo de iniciativa. Posteriormente, eles dois e o engenheiro organizaram outro curso, que ofereceram a 13 defi-cientes visuais, no Liceu Coração de Jesus, em São Paulo.

Três anos depois, em janeiro de 1973, mais outros profissionais defi-cientes visuais foram introduzidos no campo da informática, por meio de um curso de Assembler e Cobol, voltado para computadores IBM e patrocinado pelo ITT (depois Control Data), com bolsas de estudo oferecidas também a alunos de outros estados brasileiros.

Desde então, o Instituto Brasileiro de Integração Social – Ibis e, alguns anos depois, a ADEVA passaram a ministrar cursos de informática a dvs, colocando no mercado de trabalho os participan-tes que mais se destacavam.

É importante ressaltar que a colo-cação do profissional cego no mercado de trabalho foi e continua sendo muito difícil, pela falta de crédito do empresário em relação a eles. Por isso, a maioria tem sido contratada por empresas públicas. Dentre as empresas contratantes, pode-se destacar o Serpro (em alguns estados), a Cia. Energética de São Paulo – Cesp, a Cia. de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – Cteep, a Cia. de Processamento de Dados do Município – Prodam (SP), a Sadia (SP), os Bancos Itaú (SP), Bradesco (SP), Banrisul (RS) e Banco do Brasil (DF), a Serasa (SP), a Cia. de Processamento de Dados do Estado de São Paulo – Prodesp (SP), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (RJ), a Data Mec (RJ), a Cia. Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf (PE), a Dow Química (BA), a Cia. Estadual de Energia Elétrica – Ceee (RS), entre outras.

Com o avanço tecnológico e o surgimento da microinformática, abri-ram-se novos campos de trabalho para o deficiente visual, que encontrou no uso do microcomputador um grande aliado. Hoje, são inúmeras as atividades para as quais o uso do microcomputador é indispensável e nas quais esses profissionais podem ter um excelente desempenho.

As dificuldades nas adaptações para o uso da microinformática vêm sendo, na medida do possível, superadas, principalmente pela divulga-ção da importância que ela agrega ao profissional cego ou com alguma deficiência visual. Entidades de/e/para cegos, como a ADEVA, e algu-mas empresas como a Fundação Bradesco e a Prodam têm oferecido treinamento nessas novas tecnologias. Isso permite a capacitação dos dvs para o uso da informática nas diversas áreas onde o computador se faz presente, não só no campo profissional como também nas atividades da vida diária.

E o deficiente visual tem respondido positivamente a isso. Como um profissional importante para esse segmento, vem participando ativa-mente no desenvolvimento e na popularização da informática.

Portanto, se há 30 anos foi possível ser um profissional de destaque, atualmente, não há a menor dúvida de que, para isso e muito mais, a questão se resume ao deficiente visual ter oportunidade de mostrar seu potencial.

Laercio Sant’Anna

http://www.einstein.brNo site do hospital Albert Einstein, a seção Espaço Saúde oferece orientação para quem quer melhorar sua qualidade de vida. São informações sobre dietas e alimentos sau-dáveis, sobre hábitos prejudiciais à saúde e como corrigi-los, como prestar os primeiros socorros e notícias atualizadas sobre as doenças do momento.

http://www.dominiopublico.gov.br/Endereço da biblioteca virtual (desenvol-vida em software livre), disponibilizada pelo Ministério da Educação, que permite “baixar” clássicos da literatura nacional (em língua portuguesa há mais de 700 obras) e estran-geira, exibe telas de pintores famosos e onde também se pode também ouvir gratuitamente músicas em MP3 de alta qualidade.

http://www.dprf.gov.brSite da Polícia Rodoviária Federal onde é pos-sível cadastrar, no “Alerta”, o furto ou roubo de carro e as informações serem repassadas, de imediato, para todas as viaturas e postos do estado onde ocorreu o crime e também para os estados vizinhos. Em uma delegacia normal a informação demora até 36 horas para entrar no sistema.

http://www.freires.com.brUm site independente, sem propaganda nenhuma, de um publicitário (Ricardo Freire), com roteiros comentados de 40 praias do Nordeste e a promessa de mais um tanto para o litoral Sudeste e Sul do Brasil.

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Esta denominação não é à toa. Afinal, desde sua fundação, cultiva-se uvas nessa cidade de topografia bastante acidentada e montanhosa.

Com o passar do tempo, imigrantes italianos e portugueses cobriram as encostas dos morros com vinhedos, instalaram suas adegas e transformaram São Roque na “terra do vinho”.

Com um ótimo clima serrano, paisagens belíssimas e povo hospitaleiro, a apenas 60 km de São Paulo, a estância turística de São Roque oferece aos visitantes opções de lazer, com ar puro e muita tranqüilidade.

Até hoje, seus atrativos mais típicos são as adegas pertencentes a tradicionais famílias de vinhateiros, que formam o conjunto mais expressivo da indústria vinícola do estado de São Paulo. Por meio de estradas rurais pavimentadas, podemos visitar adegas com pontos de vendas, bom atendimento e uma atrativa degustação, é claro! Em algumas adegas, é possível ver de perto a produção – tonéis, engarrafamento e o acervo de máqui-nas antigas usadas na produção do vinho.

Na Estrada do Vinho, na altura do km 59 da rodovia Raposo Tavares, provei e aprovei a alcachofra em conserva. Aliás, se você decidir visitar a cidade, entre o final de agosto e novembro, poderá fazer o roteiro gastronômico da alcachofra, realizado no período da safra dessa flor comestível. É possível, então, conhecer as plantações, comprar conser-vas e alcachofras dos próprios produtores, além de saborear os mais apetitosos pratos onde elas são o ingrediente principal.

Para quem gosta de pescaria, nessa mesma estrada, encontram-se vários pesqueiros que oferecem, nos seus tanques fartos, espécies como pacu, tilápia, tambaqui, carpa, bagre e outros.

Mas se você quiser ver São Roque do alto, então não deixe de ir ao Ski Mountain Park, considerado o maior centro de lazer de montanha do Brasil. São 320.000 m2 de natureza e ar puro, a 1.000m de altitude. Lá você poderá usufruir a pista de esqui, o circuito de arborismo (na minha opinião, muito bem feito), o paintball e praticar montaria, por 15 reais cada atração.

Descer de tobogã e subir de teleférico custa 6 reais, mas se você decidir subir a pé, como eu fiz, economiza a metade desse valor. Lá você encontrará também playground, arco e flecha, mountain bike, churrascaria, casa de chá, taverna, vinhateria, lanchonete, ou seja, diversão para toda a família.

Para os mais ecológicos, há boas opções. Por exemplo, o Morro do Saboó, com, apro-ximadamente, 1.000 metros de altitude, que se alcança através de trilha com caminhada de nível médio, com vista privilegiada de toda região do seu topo. Em dias claros, dá para visualizar a cidade de Sorocaba, que está a 40 km de São Roque. Lembre-se que roupa confortável e um bom par de tênis são sempre apropriados para as trilhas.

Outra opção é a Mata da Câmara, a maior reserva ecológica da região, reconhecida pela Unesco como patrimônio da humanidade. Encontra-se numa área verde de 54 alquei-res de Mata Atlântica, repleta de mananciais e habitada por esquilos, lontras, veados, entre outros animais selvagens.

Sidney Tobias de Souza

Acessibilidade

O site da cidade, felizmente, é acessível – www.sao-roque.sp.gov.br. Já, os demais itens de acessibi-lidade são do tempo dos bandeirantes, fundadores da cidade. Não há guias,

intérpretes de libras, banhei-ros acessíveis a cadeirantes e tampouco folhetos de infor-mações turísticas em braille.

Como chegar

De carro: pela SP 280, rodovia Presidente Castelo Branco, ou pela SP 270, Rodovia Raposo Tavares, ambas pedagiadas.

Edifício ItáliaSímbolo da imigração italiana, o prédio com 44 andares foi inaugurado em 1965 como o mais alto de São Paulo. Projetado pelo arquiteto Franz Heep, tem capacidade para 10 mil pessoas em ativi-dades normais ou população flutuante de 25 mil pessoas. No topo do edifício fica o Terraço Itália, um dos mais renomados restaurantes italianos de São Paulo e um ponto privilegiado para se ver a cidade. Av. Ipiranga, 344 (esquina com av. São Luiz), próximo ao Metrô República. Entrada franca.

Memorial do ImigranteLocal onde estão expostos documentos e objetos dos imigrantes que, a partir da

década de 1820, vieram para o estado de São Paulo. O memorial é composto pelo Museu da Imigração, Centro de Pesquisa e Documentação, Núcleo Histórico e Núcleo de Estudos e Tradições. Conta, ainda, com várias salas de exposi-ções, entre elas a “São Paulo Antiga”, a “Sala da Navegação”, o “Ambiente da Hospedaria”, “Com o suor de seu rosto” e, a mais recente, “Ouro Negro”, que conta a história do ciclo do café. Aberto de terça a domingo, das 10h às 17h, inclusive feriados. Ingresso: R$ 4,00 e meia entrada para estudantes. Entrada gratuita para menores de 7 anos e adul-tos com mais de 60 anos. Possui acesso a deficientes.

Bairro do Bixiga

Formado a partir de 1878 com a che-gada de imigrantes italianos, o Bixiga (também conhecido como Bela Vista) tem a famosa festa religiosa de Nossa Senhora Achiropita. Abriga um museu, fundado em 1980, que conta a história do bairro e resgata a memória da colo-nização italiana em São Paulo. A Igreja Nossa Senhora Achiropita tem a imagem da santa, trazida pelos imigrantes cala-breses por volta de 1910, e cuja festa é celebrada no dia 15 de agosto. A festa, contudo, acontece durante todos os finais de semana do mês de agosto, nas ruas Treze de Maio e São Vicente.

São Roque, terra do vinho paulista

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MANUEL TAXISTA

Para quem quer ser atendido com cortesia e hora marcada, fazer o melhor trajeto, via-gens, levar o filho à escola ou ir às compras, ligue: 11 9683-9040 e fale com o Manuel. Desconto especial para os associados da ADEVA em dia com o pagamento da anuidade.

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Márcio Ruiz Spoladore (41) é diretor da Adeva e um de seus professores mais atuantes. Contudo, ele começou sua trajetória no papel de um aluno incrédulo.

“Certo dia, minha esposa ouviu que uma entidade estava ofe-recendo curso de informática para deficientes visuais (dvs). Achei uma loucura, pois acreditava que dv não podia usar computador. Mesmo assim, fui até lá. Infelizmente, a instrutora voluntária não estava mais dando aula. Logo em seguida, alguém me falou sobre a ADEVA. Sem pensar muito, liguei para a Sandra (Maciel) e fiz minha inscrição em um dos cursos oferecidos. Foi aí que descobri que deficiente visual pode ser muito bom nisso.”

Daí para diante, foi um progresso só. “Lá estava eu na ‘cegolân-dia’ e o mundo voltou a sorrir pra mim.” Ele fez quase todos os cursos, sempre se esforçando ao máximo, o que lhe rendeu um convite para dar aula – de Excel. “Tremi um pouco, mas aceitei o desafio. Durante as primeiras aulas fui monitorado pelo meu mestre, o prof. Carlos, mas logo ele saiu para curtir suas mereci-das férias e eu concluí o curso com êxito.”

“Aprendi logo a amar o trabalho da Adeva, pois representava uma oportunidade de impedir que injustiças como a que ocorreu comigo se repetissem.” Casado há 21 anos com a Neuza (“uma bela moça”), tem dois filhos (“maravilhosos”), o Ricardo (19) e o Bruno (14), Márcio iniciou sua vida profissional na área de Recursos Humanos, onde atuou por mais de 20 anos. Mas, em razão da progressão de sua deficiência visual “e por insensibilidade de um empresário”, foi colocado fora do mercado de trabalho. “Abatido, pensei que minha vida não teria mais sentido. Da noite para o dia, lá estava eu, em casa, curtindo um tédio terrível.”

Desde criança, ele tem uma doença degenerativa da retina, irreversível, que prejudica a parte central da visão. Com apenas um resíduo visual na parte periférica, isso lhe traz alguns trans-tornos: “tenho muita dificuldade para ler, reconhecer pessoas e me locomover à noite”, o que não o impede – “nem eu mesmo sei como” – de fazer muitas coisas que as pessoas que enxergam fazem.

Hoje ele ministra aulas de informática, dá palestras de cons-cientização, auxilia na administração da Adeva, coordena projetos e eventos, trabalha na colocação profissional de deficientes visu-ais e, o que é mais importante, ajuda os deficientes visuais em sua integração na sociedade.

“Faço tudo com tanta força e amor que, às vezes, sinto que gastei toda minha energia e fico simplesmente zerado. Mas quando fico sabendo que um deficiente está integrado, minhas forças são renovadas, minha felicidade aumenta e passo a querer realizar cada vez mais. De vez em quando, sinto que preciso pisar no freio, pois tenho tantos planos para a ADEVA que temo não dar conta de tudo que penso fazer. O problema é que meu freio anda falhando.”

Jogo rápido

Signo: Escorpião.Cor: Azul.

Comida preferida: Pizza, chocolate e sorvete.

Hobby: Brincar com meu filho mais novo, o Bruno.

O que mais gosta na vida: Estar com minha esposa, meus filhos e

com meus amigos da ADEVA.Um bom filme: Constantine, com

Keanu Reeves.Um bom livro: Operação Cavalo de Tróia, de J.J. Benitez, editora

Mercuryo. Estilo de música: Rock.

Música: Relicário, do Nando Reis.Cantora preferida: Alanis

Morissette e Cássia Eller.Cantor preferido: Nando Reis.

Bandas: Beatles e Iron Maidem. Sobre a deficiência visual: Limita,

mas não impede.Deus: Somos Nós e tudo o que

nos cerca.Religião: Paz.

Família: São aqueles que me amam de verdade,

independentemente do DNA.Amigo: São aqueles que nos ajudam nas horas difíceis.

Amor: Único caminho.O que fazer para viver melhor:

Valorizar as coisas mais simples da vida.

O que faria se fosse presidente por um dia: Determinaria a

construção de casas populares para toda a população sem teto

e daria um edifício para a ADEVA.Motivo para agradecer: O amor

de minha esposa, filhos e amigos.

Seu sonho: Viver num mundo justo e fraterno.

Uma frase: Se a gula é um pecado, o inferno deve ser ótimo

pra fazer churrasco.

De aluno a diretor:

uma história de dedicação

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6 Maio/Junho

Nesta edição, Nossos Parceiros homenageia, com muito carinho, a Guinom Propaganda, em especial, a designer gráfica, Fernanda Gussen Lorenzo (27), responsável pela diagra-mação do Conviva em tinta. Em entre-vista ao jornal, ela revela como nasceu a Guinom, fala do incentivo dos pais à sua carreira e conta como conheceu a ADEVA.

A Guinom foi fundada por seu pai, o farmacêutico Manuel Dario Lorenzo Nodar (55), e por sua mãe, Terezinha de Fátima Gussen Lorenzo (53), em 1993, na era Collor, quando as empre-sas começaram o processo de tercei-rização. Na época, Dario deixou seu emprego no departamento de publici-dade de uma empresa farmacêutica e passou a ser prestador de serviço de produtos gráficos. Nascia a Guinom, onde hoje ele é o diretor de arte e Fátima, a diretora administrativa. “Assim, a empresa especializou-se em propaganda ética, na área farmacêu-tica e na área industrial, agregando também a experiência da minha mãe, que trabalhara como representante de ferramentas para metalúrgica”, explica Fernanda.

Atualmente, com novos projetos e desafios, a Guinom conta com uma equipe pequena, porém bem espe-cializada de profissionais capacitados nas áreas de editoração, produção gráfica, mídia eletrônica e eventos.

Na época da criação da Guinom, a Fernanda cursava o colegial técnico em patologia clínica e trabalhava no laboratório de um hospital. Queria fazer medicina e se especializar em enge-nharia genética. Seu sonho, porém, sempre foi conhecer a Espanha. Os avós paternos e seu pai nasceram lá e ela sempre teve a cultura espa-nhola muito presente no seu dia-a-dia. Quando concluiu o colegial, arrumou as malas e foi estudar espanhol em Salamanca. “Foram oito meses ines-quecíveis. Completei 18 anos lá.”

Mas a saudade da família e do Brasil trouxeram-na de volta. Iniciou a faculdade de tradução e intérprete em espanhol, mas, em relação à classe, seu conhecimento do idioma era supe-rior. Pensou em mudar para o inglês.

Mas nesse caso se deu justamente o inverso – não tinha base para acom-panhar a turma. Seguindo o conselho dos pais, matriculou-se no cursinho. Decidiu fazer artes plásticas. “Sempre gostei de desenhar, apesar de não ter muito o dom, e fazer artesanato”, con-fessa. O cursinho lhe mostrou várias outras possibilidades e ela acabou optando por desenho industrial. Completou o curso, com especializa-ção em design gráfico, na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).

Começou a trabalhar na Guinom com 19 anos. “Meus pais precisavam de alguém para ajudá-los no escritó-rio. Comecei arrumando os arquivos, fazendo livro-caixa, atendendo tele-fone, indo aos bancos, enfim, secre-tariando”, lembra. E, aos poucos, ela foi percebendo que a faculdade tinha muito mais a ver com a Guinom do que imaginava. Hoje, Fernanda, assume várias outras responsabilidades e a coordenação de algumas campanhas.

Seu primeiro contato com a ADEVA também teve relação com sua escolha profissional. “Eu queria algo desafiante para o meu Projeto de Conclusão de Curso, que não tivesse nada a ver com meu dia-a-dia. Talvez, uma revista para idosos, com uma editoração especializada. Meu pai me incentivou e me propôs ir além – fazer uma editoração para pessoas cegas”. Ela topou na hora. Foi visitar diversas instituições, inclusive a ADEVA, onde conheceu o CONVIVA. De pronto, ofe-receu ajuda.

“Menos de um ano depois, come-cei a diagramar o jornal. Hoje, acho que já completamos quatro anos tra-balhando juntos e devo confessar que adoro esse trabalho. Quanto a ADEVA, sempre fico admirada com o entusiasmo e a dedicação de todos, especialmente do Markiano. Acredito que se existissem mais pessoas que superam as adversidades com muito bom-humor e felicidade como o pes-soal da ADEVA, o mundo com certeza seria bem melhor”, conclui.

Lúcia Nascimento

Guinom: Rua Dr. Zuquim, 1.720, conj. 61, CEP 02035-022 São Paulo (SP), tel.: 11 6971-1746 e 6971-2338. www.guinom.com.br

Uma jovem e competente parceira

Campanha pela nova Sede

da ADEVABanco Real

agência 0196 C/C 3729443

Mulheres do mundoA idéia do programa é trazer e com-partilhar com os ouvintes o universo de vozes femininas das mais distintas culturas e gerações. Apresentação da compositora, cantora e violonista Badi Assad. Cultura FM, 103,3 MHz, aos sábados, às 15h30.

Cine BrasilPrograma que apresenta o melhor da produção cinematográfica brasileira, com a exibição de filmes nacionais con-sagrados. Apresentação e comentários da atriz Leona Cavalli. TV Cultura, toda sexta-feira, às 22h30.

BACHCD duplo contendo a Cantata BWV 147, na qual aparece, em dois momentos, o coro “Jesus, Alegria dos Homens”, corais de Natal e oito motetos, obras da autoria de J. S. Bach, tendo como intérpretes o Coro King’s College de Cambridge, solistas, acompanhados pela Orquestra Academy of St. Martin-in-The-Fields, sob a regência de Sir David Willcocks. EMI, 1972.

Suave é a noiteRomance do escritor norte-americano F. Scott Fitzgerald, ambientado na Riviera Francesa, em fins dos anos 1920, conta a história de Dick Diver, um jovem e brilhante psiquiatra, cuja car-reira é interrompida ao casar-se com uma jovem rica e doente. Disponível para empréstimo na biblioteca braille do Centro Cultural São Paulo, r. Vergueiro, 1000, telefone: 11 3277-3611.

O pequeno príncipePeça infantil, adaptação da história escrita em 1946 por Antoine de Saint-Exupéry, que narra o encontro de um Pequeno Príncipe, vindo de um lugar distante, com um aviador perdido no deserto. Estrelada por Luana Piovani. Teatro Shopping Frei Caneca, à rua Frei Caneca, nº 569, em São Paulo. Sábados e domingos, às 16h. Vendas de ingresso pelo telefone 11 3089-6999. Levando uma lata de leite, paga-se meia entrada.

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Campanha pela nova Sede

da ADEVABanco Real

agência 0196 C/C 3729443

A próstata é uma glândula, loca-lizada na saída da bexiga, por onde atravessa a primeira porção da uretra, canal que leva a urina da bexiga para o meio externo. Ela contribui para a formação do líquido seminal, que é a maior parte do liquido liberado junto com a ejaculação. Pode-se distinguir nela uma porção glandular e cen-tral, que é por onde passa a uretra, e outra predominantemente fibrosa, que envolve a glândula, chamada de cáp-sula.

O câncer que a acomete – segunda causa de óbitos por câncer em homens, superado apenas pelo de pulmão – produz aumento tumoral da própria glândula, pela ação hormonal da testosterona (hormônio produzido principalmente pelo testículo) e oca-siona, geralmente, uma obstrução da uretra prostática (que atravessa a próstata), com diminuição do jato da urina e dificuldade para urinar.

A célula cancerosa possui um comportamento que não respeita as características de uma célula normal. Ela não sabe quando deve parar de se multiplicar e invade órgãos que estão localizados na sua vizinhança.

Na maioria dos casos, o tumor apresenta um crescimento lento, de longo tempo de duplicação, levando cerca de 15 anos para atingir 1 cm!. Acomete homens acima de 50 anos de idade (80% dos casos) e tem maior incidência na raça negra.

Não se sabe ainda com exatidão a causa. Pesquisas sugerem uma combinação de fatores hormonais e genéticos, além de hábitos alimenta-res errados e condições ambientais inadequadas.

Fatores de Risco

Dieta rica em gorduras e pobre em vegetais e frutas, o que baixa as defesas do corpo contra o câncer; vida sedentária, isto é, falta de exercí-cios físicos regulares e peso acima do normal; e hereditariedade.

Sintomas

A maior parte dos cânceres de próstata cresce lentamente e sem apresentar sintomas. Com o decorrer do tempo, pode surgir dificuldade para expelir a urina, um jato urinário fraco ou o aumento do número de micções. Esses sintomas são comuns também nos casos de crescimento benigno. Desse modo, a presença deles não indica, necessariamente, a existência

de câncer, mas exige, no mínimo, uma avaliação médica.

Exames

Para o diagnóstico da doença, são recomendados diversos tipos de exames. O PSA deve ser feito anual-mente, a partir dos 45 anos, por meio de um exame de sangue. Ele mede a quantidade de antígeno prostático específico (PSA, sigla em inglês), ingrediente do sêmen, que, se muito elevada, de acordo com a idade, pode indicar anormalidade no órgão, como também câncer de próstata.

O toque retal deve ser realizado uma vez por ano pelo médico. É indolor e rápido, podendo indicar a presença de alguma área irregular ou anormali-dade e também detectar o câncer em homens que ainda apresentam níveis normais de PSA.

O ultra-som transretal aponta tumores pequenos ou localizados em áreas da próstata, não alcançadas pelo toque retal.

A biópsia consiste na retirada de uma amostra de tecido de várias partes da próstata para confirmar a doença e saber em que estádio se encontra. Após o diagnóstico, se con-firmada a presença do câncer, devem ser feitos mais testes para verificar a existência ou não de metástases.

Tratamento

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após conversa com o médico sobre seus riscos e benefícios.

O tratamento do câncer da prós-tata, para doença localizada, é feito à base de cirurgia e radioterapia. Para a doença localmente avançada, reco-menda-se radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormo-nal. Quando há metástase, a hormo-nioterapia.

As terapêuticas empregadas podem levar à impotência masculina e sua incidência é proporcional à idade do paciente. Nos indivíduos com 40 anos, a probabilidade é de 6%; nos de 70, cerca de 70%. A impotência propriamente dita só é aceita defini-tivamente após um ano da cirurgia, pois o retorno da atividade sexual costuma desenvolver-se ao longo desse período, nos indivíduos em que foi possível a preservação dos nervos erigentes.

Prevenção

O câncer de próstata tem cura, especialmente quando diagnosticado precocemente, ou seja, quando loca-lizado dentro da próstata. O Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, recomenda que o controle da doença seja baseado em ações educativas voltadas, em primeiro lugar, à população masculina e, em segundo lugar, aos profissionais de saúde.

Deve-se procurar um médico, a partir dos 50 anos, se o indivíduo não for da raça negra e não tiver caso de câncer na família; a partir dos 40 anos, se for negro ou tiver caso de câncer na família, e, antes dos 40 anos, somente se apresentar os sinto-mas da doença.

A melhor prevenção, porém, são os exames anuais para um diagnós-tico precoce, mas algumas estatísticas mostram que determinados alimentos, como o tomate e as frutas, possuem certa capacidade protetora contra a doença. Por isso, uma alimentação saudável, sem gorduras, e equilibrada também é altamente aconselhável. Fontes: Dr. Wilson Bachega Jr., médico titular do Serviço de Urologia do Departamento de cirur-gia pélvica do Hospital do Câncer - AC Camargo. Disponível em: <http://www.hcanc.org.br/outrasinfs/ensaios/prost1.html>. Cirurgia endócrina. Disponível em: <http://www.cirurgiaendocrina.com.br/prostata.html>. Instituto Brasileiro de Controle do Câncer. Disponível em:< http://www.ibcc.com.br/>.Instituto Nacional de Câncer (Inca). Disponível em: <http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=339>

Lúcia Nascimento

Câncer de próstata: uma doença letal

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8 Maio/Junho

CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

INSCRIÇÕES ABERTAS NA ADEVAInformações: 11 3667-5210 (Sandra) e 3151-5761 / 3151-4125 (Edvando)

Expediente - Jornalista responsável: Liane Constantino (MTb 15.185). Colaboradores: Celso de Oliveira, Laercio Sant’Anna, Lúcia Nascimento (MTb 29.273), Mara Alves, Márcio Spoladore, Markiano Charan Filho, Sandra Maciel, Sidney Tobias de Souza. Correspondência: Praça da Ban-deira, 61, cj. 61- CEP 01007-020 - São Paulo (SP) - Telefone: 11 3151-5761 e 3151-4125 - Fax: 11 3151-3603 - E-mail: [email protected] Site: http://www.adeva.org.br Editoração: Fernanda Lorenzo. Revisão: Célia Aparecida Ferreira. Fotolitos e Impressão: cortesia Garilli Artes Gráficas Ltda. - Tel.: 11 6694-3288 - E-mail: [email protected] - Tiragem: 1.000 exemplares. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

Nossos parceiros

Aulas de Biodança

Aulas de Biodança, com a professora Marina Tschiptschin Francisco, a partir de agosto.

Os interessados podem se inscrever por meio do telefone 11 3151-5761 e 3151-4125, com Edvando.

A Biodança tem como proposta combater a ansie-dade, a depressão, o estresse, a insônia, o vazio existencial e disfunções neurovegetativas, males do homem contemporâneo. Criada há mais de 35 anos, foi introduzida no Brasil por volta de 1976. É consi-derada uma filosofia de vida muito mais do que uma técnica terapêutica e profilática. Seu idealizador, o professor de antropologia médica da Universidade Católica de Santiago e psicólogo, Rolando Toro de Arañeda (1924- ), baseou a técnica dessa “dança da vida” na síntese de diversas linhas de pensamento e formas de expressão, como, por exemplo, os rituais dos povos chamados primitivos.

No mercado de trabalho

Os alunos da Adeva estão fazendo bonito! Depois de terem parti-cipado dos cursos de capacitação, hoje atuam profissionalmente em empresas de porte. Entre eles, Fernando José da Silva e Tiago de Almeida Lemos, na Serasa; Kátia Regina da Silva e Rodrigo Ricarte Marques de Araújo, no Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc); Marcelo Lima de Oliveira, Maria Nalva Ferreira Faustino, Tatiana Carla Rocha de Lima e Luiz Carlos Gomes de Oliveira, na Indiana Seguros; Pamela Aparecida Dell’Isola, na Cia. Souza Cruz; Samuel Alessi Leandro, no Credicard; Iraci de Jesus e Rosana da Silva Alcântara, na Prefeitura de São Paulo; Tânia Waidemann Fuentesal, na Universidade Cidade de São Paulo (Unicid).

Palestras

Com o objetivo de promover o desenvolvimento pessoal e pro-fissional de empregados e empre-gadores, bem como conscientizar a sociedade sobre o potencial da pessoa portadora de deficiência, a Adeva oferece palestras sobre temas como “A magia do sor-riso”, “Administração do estresse”, “Etiqueta empresarial”, “Técnicas de apresentação em público”, “Vozes que trabalham”, “O trabalho e o meu valor”, “Deficiente Visual: mito e realidade”. Para agendar dia e horário, entre em contato com Sandra Maciel ou Márcio pelos tele-fones 11 3101-7502 e 3106-5440 ou pelo e-mail [email protected]. As palestras podem ser ministra-das in company e seu valor abatido do imposto de renda de pessoas jurídicas.

Cursos de

informática

Estão abertas as inscrições para os cursos de Digitação,

Windows e Word, no Centro de Treinamento Mário Covas, à R. da Consolação, 1.289, 2º andar. Os interessados devem telefo-nar para 3151-4125 (falar com Edvando) ou 3101-7502 (falar

com Sandra Maciel).

Bolo de fubá cozido

Ingredientes

2 xícaras de fubá2 xícaras de açúcar2 xícaras de leite100 g de manteiga4 ovos1 pires de queijo meia cura1 colher (sopa) de fermento em póuma pitada de salcravo e canela em pau

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Modo de fazer

Colocar o fubá, o açúcar, o leite e a manteiga em uma panela e levar ao fogo para cozinhar até que solte do fundo. Deixar esfriar. Adicionar as 4 gemas e o queijo meia cura ralado. Por último, misturar a essa massa as claras batidas em neve e o fermento em pó. Levar ao forno em forma retangular de tamanho médio.

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