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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e Instituto de HistoriaLaboratório de Estudos Africanos LeÁfrica
MINI-CURSO:
HISTÓRIA DOS GRANDES REINOS DE ÁFRICA “De Século IV a XX”
Maurício Wilson Camilo da Silva Sociólogo pela FCSH UC (2001-2005), Arquiteto e Urbanista pela FAU UFRJ (2006-2011), mestre emUrbanismo e Arquitetura Paisagística pelo PROURB UFRJ e Pesquisador sócio do Real Gabinete Português de Leitura RGPL no Rio deJaneiro e associado ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa INEP em Guiné Bissau. E-mail: [email protected]
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PROGRAMAÇÃO
- África Tropical antes do Islão
- Reino de Ghana Séc. IV a X
-Tomada de Koumbi Saleh e Império dos Almoravidas - Séc. XI a XII- Islão na África Ocidental - Séc. X a XIX
- Queda Sumaoro (rei dos Sossos) e Império do Mali - Séc. XII a XV
- Sonni Ali na organização e ampliação do Império Songuay e reinos vassalos - Sec. XV a XVI
-Reino Kaabu (rio Geba) e os navegadores portugueses na Alta Costa a Guiné - Séc. XV aXIX
- Reino de Tukrur (rio Senegal)- Reino Diara (rio Gambia)
-Impérios Teocráticos Fula - Séc. XVIII a XIX
- As colorizações Portuguesa, Francesa e Inglesa nos Rios de Guiné do Cabo Verde (SeneGâmbia) e movimentos revolucionários e independentistas da Guiné e Ilhas de Cabo
Verde, Sene-gambia e Guiné Conakry - Séc. XVIII a XX.
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METODO DE ESTUDO
A metodologia interdisciplinar entre estudos antropológica, sociológica e histórica para entender estruturaspolíticas, forma de organização de espaço/poder e controle territorial.
Abrange uma análise profunda sobre África Ocidental antes das invasões Árabes vinda do Norte para esseterritório, para entender a influência do Islã trazido por esses povos na desestruturação do Reino de Gana e
mais tarde, a contribuição dos colonizadores europeus na perda e construção de novas identidades (Lopes,1999. P, 12).
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INSTRUMENTOS DE TRABALHO
Segundo Lopes, na Introdução à História Geral de África publicada pela UNESCO. O Ki-Zerbo apontouprincípios que devem conduzir o estudo da história de África, a interdisciplinaridade. O autor mencionouBoubou Hama que tenha apontado a influência dos historiadores africanos nos estudos sociais com os seustrabalhos sobre a África pré-colonial, graças ao método da interdisciplinaridade.
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FONTES ORAIS E FONTES ESCRITAS
Duas fontes agrupadas em tradições orais e documentos escritos. O último em Árabe, francês,Português, Inglês e outras línguas.
- Obras de Teixeira Mota
- António Carreira
- Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga de Lisboa
- Árabes do Norte de África a partir do século XVIII
- Carlos Lopes, Eduardo Costa Dias, Mamadou Alpha Diallo, AbdulaiWade e muitos outros.
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TRADIÇÕES ORAIS
- DjibrilTamsirNiane (Arquivos Culturais do Senegal e INEP em Guiné Bissau
- Cassetes com relatos de Tanaf, Kaabú, Kankelefa, Berkulong, Bafatá, Kamboré, Kontudo-El e Bidjini
- Radio Nacional, relativas a Kansala, antiga Kapital do Kaabú.
- BakarySidibé de Gâmbia e a coleção de cassetes da língua Mandinga
- Djibril Tamsir Niane, BakarSidibé e Mamadú Mané na INEP adquiriu algumas matérias que foram possíveis –
- Moundé Bouaró, Fili Djassi, Babou Diebaté, Nfamara Diébaté, Salif Diébaté, Diemba Ligué e outras
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FONTES ÁRABESSéculo XII á XIV sobre Sudão Ocidental
-NehemiaLevtzion& John Hopkins,J. M. Cuoq
- Tarikh-El-Fettach FiAkâr-El-Boudan Oua
- Djouyouch Oua
- Akâbir-Em-Nâs, atribuído à Kati Mahmoud, como a mais importante fonte Árabe sobre história do Sudão.
FONTES PORTUGUESAS
- Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga (CEHCA)
- Arquivo Histórico Ultramarino e Arquivo Histórico Militar, Lisboa (Portugal)
- Zurara Gomes Eanes de 1460 e 1474
- Teixeira Mota
- Alviseda Mosto (Cada mosco) século XV
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FONTES FRANCESAS- Dakar (Senegal), nos Arquivos da antiga AOF (Afrique Occidental Française), é possível apreciar
- Microfilmes de Arquivos Ultramarinos Franceses de Aix-em-Provence
Referentes a século XVIII
- AndreBrue com as suas memorias de 1723 e Padre Labat, Nouvelle Relation de l´AfriqueOcidentale,publicada em 1728.
- Gaspar Théodore Mollien em 1818, Voyage Dans L´intérieur de l´Afrique, Aux Sources du Senegal etde la Gambie
OUTRAS FONTES
Obras inglesas do século XVI
- Afonso Pelencia, sobre Crônica do Henrique IV e do Pedro Margalho
- Physicescompendium sobre Salamanka e os portugueses na costa da Guiné- P. E. Haircitado, Some Minor Sources for Guinea, 1519-1559
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O COMEÇO DO PERIODO HISTÓRICO NA ÁFRICA
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Reino do Egito
Vale do rio Nilo Com invencão de escrita, 5000 a. c.Reino na autoridade dos Faraós no Mediterrâneo (Ásia Ocidental até vale do
Rio Nilo) a partir de 3000 a.C.
Obras, construção de monumentos, templos e túmulos
Regime de trabalhos pesados e impostos
Agricultura de subsistencia
Lideranças Faraós, sacerdotes, soldados e funcionários dos Faraós
Pratica de escrita restrita aos sacerdotes e funcionários dos Faraós.
- Enfraquecimento do teritório a partir da segunda metade de 1000 a.c. pela
conquista Persa, Grega e mais tarde pelos Romanos. Até o cristianismo daNúbia e Islã nos nossos dias.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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A Civilização Antiga e a África
Fenícios, comerciantes da costa asiáticos no mediterrâneo (atual Líbano).Navegadores instalaram-se nas costas da África do Norte no início 1000 a. c.
Fundaram Cartago, capital do Império Marítimo (800 anos a.c.)Destruída pelos Romanos (146 a.c.)
Gregos, comerciantes do Norte, fundaram a cidade de Cyrine no (atual Líbia)
Macedônio, Alexandre (O Grande), esse rei fundou Império (Grécia até
Índia) incluindo o Egipto
Todos os reis desta dinastia (Ptolomeu) ou família real usavam o nome, primeiro era umdos braços do Alexandre, que após sua morte tomou para si, o Egito.
Gregos, no Egito, os reis da dinastia dos Ptolomeus no reino de 323 a 30 a.c.Desenvolveram civilização Greco-Egípcia com influência no vale do Alto Nilo (Núbia e
Egípcia)
Romanos, século II A. C., conquistam atual Itália, países a volta do mediterrâneo, inclusivea África do Norte (de atual Marrocos ao Egito) até século IV d. c.
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A Civilização Antiga e a África
Regime do trabalho pesado
Homens livres, residiam nas cidades onde tinham sido construídosmagníficos monumentos
Homens de Profissão, ocupavam desses ofícios,
Homens em condições de servos, cultivos, plantações e construções
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Rotas migratória cerca de 3000 A.C.
Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Rotas migratória cerca de 3000 A.C.
Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Rotas migratória cerca de 3000 A.C.
Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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Fonte: Biblioteca Nacional. Atlas. Londres: Enciclopédia Britânica, 1976.
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África Tropical antes do Islamismo
Século VII, antes da conquista árabe e propagação do Islamismo no SudãoOcidental
Na África Ocidental (atual Nigéria), no fim do primeiro Milénio a.c., umacivilização Nok (Terra cuzida e uso do ferro)
Na África Oriental (Sul da Somália),o país Azânia
Alto Niger, tribos de guerreiros, criadores de gado bovino e agricultores(Bantus grau do parentesco da língua)
África de Leste e do Sul, introduzindo a agricultura, a criação do Gado Bovino
e a metalúrgica do ferro, o que lhes proporcionavam superioridade militar.
É Â Ã
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RIOS DE GUINÉ DO CABO VERDE (SENE GÂMBIA ou SUDÃO OCIDENTAL)
Etiopia Ocidental ou Etiopia Menor, cujos povos eramconhecidos por Etiopes (1494) e de negricia (terradosNegros), na faixa da terra do Sul de Senegal aSerra Leoa (Carreira, 1983).
Região da África Ocidental que compreende o território da Alta Guiné, ou seja, o perímetro litorâneo deSão Luis a Serra Leoa (Silva, 2010).
Triangulo geográfico que separa os rios Gâmbia e Nunez, no extremo ocidental do continente africano:Nigritia, Guiné, Rios do Sol, Sudão Ocidental e Sene-gâmbia Meridional (Dias, 2009).
As designações contemporâneas de Guiné Bissau, Gâmbia e Cassamance (Lopes, 2003).
Rio Senegal aos Rios do Sul, até o interior sudanês (Sudão Ocidental), iniciada no século XV (Dias, 2009).
Nas versões maximalistas, a Sene Gâmbia compreende a região de rio Senegal, rio Pongo (GuinéConakry) e rio Kolente (Serra Leoa) do Atlântico até ao Bambouk e aos contrafortes do Futa-Djalon(Person, 1974; Barry, 1990)
Nas versões minimalistas, a Sene Gâmbia histórica é delimitada ao Norte pelo Rio Senegal e ao Leste peloseu afluente Falamé e engloba as bacias hidrográficas dos rios Gâmbia, Casamance e Geba. Para algunsautores, o rio Corubali (Diouf, 2001).
Para referida apresentação é usada a expressão de André Álvares de Almada “Rios de Guiné de CaboVerde”. Area de Jurisdição de Capitania de Cabo Verde desde 20 de Novembro de 1614 (BAHC, 1950).
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OS GRANDES REINOS DE ÁFRICA OCIDENTAL
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Rios da Guiné “Al-Gibla a Casta do Ouro”
Fonte: LOPES, Carlos. Kaabunké: Espaço, território e poder na Guiné-Bissau, Gâmbia e Casamance pré-colonial. Lisboa: CNCD, 1999.
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Senegambia “Takrour e Sahará”
Fonte: LOPES, Carlos. Kaabunké: Espaço, território e poder na Guiné-Bissau, Gâmbia e Casamance pré-colonial. Lisboa: CNCD, 1999.
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O ISLAMISMO E O GHANA
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Tomada de Kumbi-Saleh (capital doGhana) pelos Almoravidas em 1076.
Fonte: Américo Campos. História da Guiné em datas. 2012
Sistema Político e construçãoda Soninké
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Sistema Político e construçãoda Soninké
Estrutura Política: Confederação (associação) de tribos Soninké com etnia matriz Saraculé
Os saraculés: divisão dos clãs profissionais
Cisse (Sisse ) – Clã real
Dramé – Musicos (Djidius)Kandé – FereirosDiabaté - GriotsSilla – Comérciantes (Djilas)Sonakos – Pratica de uso de liberdade um do outro
Servos ou serventes
REGIME SOCIAL: Independentes com regulamentação de um patriarca (anciões) no grupo de famíliaFunções especializadas dos anciões: chefes de repartição de terra, cerimónias religiosas e culturais, chefe deguerra e outras praticas
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IMPÉRIO DO MALI
Chegada dos Mandé a Alta Costa da Guiné (século XIII).
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Chegada dos Mandé a Alta Costa da Guiné (século XIII).
Fonte: Américo Campos. História da Guiné em datas. 2012
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IMPÉRIO DO MALIA Herança Kaya MaghanProvíncias Soninkés tornaram reinos independentes:Reino Diara (Kaniaga), - ensino Corânico,pratica de curandeira e religião muçulmana.Reinos dos clã Diawara(Sudoeste de Kumbi)
Reino de Susso – augiu nos fins do século XII (dinastia dos Kanté- reis ferreiros e grandes feiticeiros)Reino Tekrour (Vale do rio Senegal), islamizado no século X pelo Abou Dardai, com centro Sila.Reinos Dou e Mélel (ao Sul) , importancia com abertura de minas de ouro do BouriSoberano Abid Ahmod do Mali converte-se ao Islão no séc. XSoberanos Bérémundana e Alakoi fazem perigrinação a Meca no século XISoberano Susso - Soumaro Kanté (1180-1230), morto na batalha de Kirina
Estruturação do Império do MaliMari-Diata(Sudiata Keita) - (1230 a 1255)Mansa Oulé (filho e sucessor de Sundiata) - (1255-1285)Sakura - servo dos Keita (1285-1312).Mansa Kanku Mussa (1312-1341). E a peregrinação a Meca (1324)Souleymane (1341-1360), E visita do árabe Ibm Butouta
Conquistas no Território do Mali
Gao (1325) General Kita Maghan Traoré e Fataba Diawara - Vale do Gâmbia e DjalofGeneral Tiramakan - Gâmbie e more em Bassé perto do Rio Dankun (Tiramakan-Kunda).
Religião do MaliAnimismo e Islão como justificativa ideológica da hegemonia
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Expansão MilitarExercito de três unidades:Fakoly Koroma, no Bambougou, Fran Kamara e os seus ferreiros, nas montanhas do Futa e o Sundjata, nadireção a Kita
Expansão territórial (séculos XIII - XIV)O Mali (vale do rio Niger, Gao,Saará Ocidental (Oualata), Bambouk e as regiões entre Senegal, Rio Geba eKaabú
Centro AdministrativoNiani (margem do Sankarani):Cidade real (residência do soberano e da sua corte)Cidade comercial (residencia dos comerciantes da África do Norte)
Centro ComércialKita, Tombuktu, Ségu (Djené).Kaaba antiga capital das provincias Kaita
Sistema EconomicaRegime tributário, comércio de longa distància (ouro de Bouré, cobre, sal, tecido e impóstos (o Manta),
agricultura e tecelagem do algodão garantia subsistencia à população
Rotas ComércialSul do Marrocos a Kumbi Saleh, pelo AoudaghostOeste do Saará, Oualata a Tumbuctu, pelo atual Argelia, Tunizia e EgiptoRio Niger, pelo Kabara e Tumbuctu
Sistema Político e construção da Identidade Malinké
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Sistema Político e construção da Identidade Malinké
Formação do Estado (nke ou nka) Mande + Nke ou Nka: significa o país de MandéO sufixo é aplicável as formações políticas como Malinke, Kaabunke, ou influenciadas por este, como Funtanke,Quebunké, Jalonké, Toranka, Jakanke, etc...
Mandinka, Mandingue e Mandinga: Etnia Mande
Estrutura social Malinké (estratificação do poder político e economico)Os Mansaya de clã Keita e Konaté de sucessão patrilenearOs Oron ou homens livres, familias não aristocraticos, antivos escravos libertos, homens de culto e utilizadosao serviço dos Mansas, principalmente para GuerrasOs Niamankala, individuos de Castas duma endogamia extrema.Os homens em condições de escravos e povos dominados que trabalham a terra e militarizam-se nas epocasdas guerras
Mansaya: classe controladora do poder político: um Mansa, soberano absoluto, auxiliado de uma classe nobre,Oron: a classe controladora do poder político dirigido por um Mansa, soberano absoluto,os Nyamakalas Os Nyamakalas ou Nyamakalaw integraram: profissionais liberais (LOPES, 2003).
Os Oron - profissionais maiores de diferentes especialidades ocupacionais bem definidas como Al-Mohamy(detentores do saber religioso), Homens livres (comerciantes e donos de escravos), homens de kasta (ferreiros,Sapateiros, Costureiros, Djidius, Djilas, Griots e outras) e por ultimo escravos.
Sucessão por via patrileniar e a sua religião foi uma mistura de Islã e praticas religiosas locais
Trocas comérciais
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Mercadorias do Norte (Sal, tecido de ceda, mula, camelo e cavalo) dirigidas para Djané e NianiMercadorias de Bambouk e Bouré ouro, cobre, algodão e nozes de cola trazidas das regiões de florestas do Sulatual Costa do Marfim e Ghana (antiga Costa do Ouro)
Segurança territórial
armamento fabricado pelos ferreiros soldados garrantia segurança à população e comérciantes
Decadència do Mali (Finais do século XV)Independência das provincias ocidentais de Kaabu, Tekrur e Diara e Ataque Gao pelas lutas internas paracontrole do comércio de Ouro, Tecido, Couro, Sal e Cobre. As familias dos mansas se refugiaram para Kangaba
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MANSAYA E MANSARING
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Fonte: CARREIRA, António. Mandingas da Guiné Portuguesa. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1947.
Mansa (Ib - Rahyn Keita)
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Braima Mané (Regulo de Conico -Farim)
Fonte: CARREIRA, António. Mandingas da Guiné Portuguesa. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1947.
SUSSEÇÕES
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Indicação do sucessor
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O ISLÃ E OS AL-MAMY (TCHERNADJO)
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Tchernadjos (Propagadores de mensagem religiosa)
Fonte: CARREIRA, António. Mandingas da Guiné Portuguesa. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1947.
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Al-Mohamy (Dirigentes da Religião)
Fonte: CARREIRA, António. Mandingas da Guiné Portuguesa. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1947.
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Tcherno (Professor Curanica)
Fonte: CARREIRA, António. Mandingas da Guiné Portuguesa. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1947.
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Al-Mohamy (Detentor de Saber)
Al-Mohamy concentrado nareza com Rosário, Al-Kurane Sitikó no peito.
Fonte: CARREIRA, António. Mandingas da Guiné Portuguesa. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1947.
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Al-Mohamy (Ancião)
Ancião com Barba Branca:uma demonstração respeitoperante sociedade
Fonte: CARREIRA, António. Mandingas da Guiné Portuguesa. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1947.
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Fonte: A. DA SILVA, Artur. Usos e Costumes Jurídicos dos Mandingas. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1969.
Scola di Marabut (Dinoti)
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CLASSES SOCIAIS E CASTAS
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Fonte: A. DA SILVA, Artur. Usos e Costumes Jurídicos dos Mandingas. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1969.
Os povos da África Ocidental vivem regimes anárquico,desconhecem a existência de classe ou castas. Apenas osque foram influenciados pelo islamismo com presença deum chefe (Regulo, anteriormente Mansa e Sonnyi).
Povos na África Ocidental
Regime Anarquico sem castas e classe social: Felupes(Dyolas), Balantas (Brazas), Nalus (Nalous)
Regime Monarquica de castas e classes sociais: Mandinkas,
Fulas, Sussos, Saraculés (esse ultimo pratica sistema decasta sem hierarquia, apenas para distribuição de tarrefas).
Homi di Kasta
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Fonte: A. DA SILVA, Artur. Usos e Costumes Jurídicos dos Mandingas. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1969.
Homi di Kasta
HIERARQUIA DAS CLASSES SOCIAIS
Escravos – classe prisioneiros de guerra, comprados ou
entregavam voluntariamente ou davam o filho como pagamento da divida.
Servos – serventes livres de castas que servem famílias declasse livre.
Homens Livres – pessoas que não dependia de outrem sub o
aspecto econômico: homens de Ofícios, Agricultores,Homens de Espada e homens de tinteiro.
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Fonte: A. DA SILVA, Artur. Usos e Costumes Jurídicos dos Mandingas. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1969.
Homi di Kasta
HIERARQUIA DAS CLASSES SOCIAIS
Principais Profissões: Sapateiro (Kara-Kéo), ferreiro
(Numo), timtureiro (Karaló-lá) no geral todos trabalhamcom metais, terra e couro. São considerados baixas.
As de Tecelão (Dar-lá) e alfaiate (Karar-lá) são consideradoshonrosas.
Todos os indivíduos de casta tem comércio com espíritos
agregados mandingas.
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Fonte: A. DA SILVA, Artur. Usos e Costumes Jurídicos dos Mandingas. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1969.
Homi di KastaA profissão é reconhecida pelo nome:Mané e Sané, casta nobreKamara, Tchamó, Kassama, Numo, para casta dosferreiros
Turé, Fati, Safá, para a casta dos sapareiros
Nobres (nantchó), ferreiros (namó), e os sapateiros(karé-kéo)
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Fonte: A. DA SILVA, Artur. Usos e Costumes Jurídicos dos Mandingas. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1969.
Homi di Kasta
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Fonte: A. DA SILVA, Artur. Usos e Costumes Jurídicos dos Mandingas. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1969.
Djidiu di Bilon
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TABATAB, KASA, TABANKA, KASA MANSA, MORANÇA
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Fonte: A. DA SILVA, Artur. Usos e Costumes Jurídicos dos Mandingas. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1969.
Kasa (Natu-KA-Sudu)
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PRATICAS DE INICIAÇÃO DOS MALINKÉ
R i é íd d I i i ã
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Raparigas recém saídas de Iniciação
Fonte: CARREIRA, António. Mandingas da Guiné Portuguesa. Bissau: Centro de Estudos da Guiné, 1947.
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OBRIGADO!