rio de quarta-feira, 6 de dezembro 1916n. 583...

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Anno XIRio de Janeiro, Quarta-feira, 6 de Dezembro de 1916N. 583 .1) Daria ' foi ao Jardim Zoolo- &co dar um passeio com o primo Gastão e a criada. Cada qual... 2) ...levava um pedaço de pão para dar aos animaes e Daria tratou logo de o distribuir muito gentilmente. 3) Mas Gastão, que era um menino ter- I rivel, arranjou uma varinha e começou a irritar os bichos. '*pWe, Daria deu-lhe um\\ J5-\\. ' Iftl ^mhy^MÈl^W^fí^ :5) Qufndo. Porém> ° elephan- Zy° de pão, que o pachy-\V^S_ Itóli S _|i> ' jt§f \X^ÉMm^^l\'- estendeu a tr°m'» para Gas- J*"* enguliu logo. . ---\V^__i__Slv^_i ___I'h.^^__ÍI. IIII_H__fíXta°- este' 1ue se Prevenira 'JfT^~~--V\_ji ^__i _—___»- ^^__3_a_. MMgj^-'"""1^^com um alfinete, picou-o. c_vhH- ' f:^_\ - -BBSM^l^fl I M-Ei^^^!^s_^_K_>-vl fl i_J'-^w.)¦_¦_&___*-* ___l"_i^.. B-W Um'.:¦ 1 J__M._li._l - ^-_^^-^^52S«S-i*« _fl_0_B v *k Tà^v _______x7.__i'l"' ___lli-''#__i _P_L_________________i__\^w-mil ^-x >V#»¦ JtóT___/ __H_ft__^____ ü-P**? IBEKí^K'-^---^!^- -!P»1__I ¦ ^_. - ¦ V/_y J-- _ ?<K\ _¦__£ E_PI»&S£_H_JrW, "•* __¦____&í_v5s*v\ \aSk-^-WI ^r-vt/x "> _%S_____________r llwls;wIM^sy^Pilffl _? v w\s A ír./' iá_k5'ilik^^^si L*-\j^ .Ni \ M y Ll____fl wmi/W-FmIP__PÇ_____iiS_l ____ _____¦_ ___# J__. uN^/r-5—¦____¦_¦__-_t_í_—B*— •*-_¦—¦—._________^^--J-¦ Br^B '- ___r _ ' MB*----"H B^SIsMjo-V__k V __r____Lx,,,,, . 7) ...voltando-se, de repen- V --T _ET Jifl 6j U-qU? ™Wade ! te, applicou a Gastão uma du- *' _T ' « 7 ; I exclam_u Dona- Entretanto,cha_ que 0 hade curar da ma_M ¦ o elephante fora mergulharni de irritar todos Qs anj_•> ¦ Ha tromba no lago e...m#es."FS-P nhu REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO : RUA DO OUVIDOR 164 RIO DE JAI1EIR0 c»r»o d'0 MALHO «úmero avulso. «OO réis; atrasado, 500 réis

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Page 1: Rio de Quarta-feira, 6 de Dezembro 1916N. 583 Janeiro,memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1916_00583.pdfAnno XI Janeiro, Rio de Quarta-feira, 6 de Dezembro 1916N. 583.1) Daria ' foi

Anno XI Rio de Janeiro, Quarta-feira, 6 de Dezembro de 1916 N. 583

.1) Daria ' foi ao Jardim Zoolo-&co dar um passeio com o primoGastão e a criada. Cada qual...

2) ...levava um pedaço de pão paradar aos animaes e Daria tratou logode o distribuir muito gentilmente.

3) Mas Gastão, que era um menino ter-I rivel, arranjou uma varinha e começou a

irritar os bichos.

'*pWe, Daria deu-lhe um \\ J5-\\.

' Iftl ^mhy^MÈl^W^fí^ 5) Qufndo. Porém> ° elephan-

Zy° de pão, que o pachy- \V^S_ Itóli S _|i> ' jt§f \X^ÉMm^^l\ '- estendeu a tr°m'» para Gas-J*"* enguliu logo. . --- \V^__i__Slv^_i ___I'h.^^__ÍI. IIII_H__fíX ta°- este' 1ue Já se Prevenira'JfT^~~- V\_ji

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__r___ _Lx ,,, ,, . 7) ...voltando-se, de repen- V --T_ET Ji fl 6j -qU? ™Wade ! te, applicou a Gastão uma du- *'_T ' « 7 ; I exclam_u Dona- Entretanto, cha_ que 0 hade curar da ma_ M¦ o elephante fora mergulhar ni de irritar todos Qs anj_ •>¦ Ha tromba no lago e... m#es. "FS-P

nhuREDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO : RUA DO OUVIDOR 164 — RIO DE JAI1EIR0

c»r»o d'0 MALHO «úmero avulso. «OO réis; atrasado, 500 réis

Page 2: Rio de Quarta-feira, 6 de Dezembro 1916N. 583 Janeiro,memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1916_00583.pdfAnno XI Janeiro, Rio de Quarta-feira, 6 de Dezembro 1916N. 583.1) Daria ' foi

Os dous cães e a gallinha

.*.,*-**j"k •> í-i i v/*«í o r\t~\

Tendo acabado de depennar uma galli-nha,' que ia preparar para o almoço, D. Esco-lastica.

foi levar as pennas ao caixote docisco. e'recommendou aos dous cães quealli tinha, que ficassem muito... ,

preso na corrente, levantou-se, rosnando...:: ~~ ~~ 'ISB^fcaj

„,.,,.'nrpsn nada mais noude lazer e a Raposa aboccanhando a gallinha,4 .mas como estava preso nacia mais P°uuc ia r rn7ão ergueu o banco e o

salouse com ella, muito lampeira. Ainda por .«miJ'd1oe^nd0 Se' ° '-"W êque Totó, é muito gordo, rolou como uma pipa, indo cahir...

¦ w-a. w'..!!'»'!".""'-1111»1 ¦¦¦}' ; i '¦¦"l*^v"" "I"1 "

^«mo dentro do prato. E D. Escolal^aT^ndo aquella inesperada substituição, &J

muito convencida de que Tôtú é que comera a gallinha...

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O GATO, O CLAQUE E O ALGUIDAR DE TINTA

B , M %SSI! balira Slat«E::' '^SH! ÜillÍEÍÍiJiÍBÍÊiisÍailF

11 i SSisHãSiSi Isl ;' ür/ jr^aaiBia s bem ü, iíMbpí

_ 1) 5V//m/, tendo bebido um bom pires de leite, 2) Mas.encontrando sobre esse banco um c/a-vinha, como de costume, dormir a sésta no .ban- que que o dono esquecera ai li na véspera ao vol-quinho da copa tar de um baile, começou a mexer '

ülllil»jB»s»*»»™«»«««»aa»M*aa»aaaaaiBlaaa|É.-. :.::;¦

SIIÍH9KJ ; :-:|hN

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11b I nrainil BnaiBiiaaiBiiaia!H.|ai9iiB S| !|

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zinci* ^'- q ^^lle.obJecto desconhecido. Depois i) Elle não sabia que iam pintar a casa...Dor?f . ad"?lrou de ver no chão, junto á Mas, distrahido, tanto mexeu com as patas quePorta, dous alguidares com tinta Je repente, o claque abriu-se. H i

1^ il

i ~^"> T,-"". ~~~ '77T"j " - " Mnr-^i

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-* li II ir ilL^BiBife^».^JiiiSl)l iffifqF1 èf Inír iill-JIBIBÜ ü§ U] 4

=i|g! I HijtSii lf S : rtã'3 r!.'S!ÍI :i: II -i t "V

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—»——¦queZ---' c projectou para a frente o pobre MimiU1 cahir dentro de um alguidar. . de voi? Sm

StÚ C°mr Um gat° branC0' deP°isde voar sem querer fica preto

Page 4: Rio de Quarta-feira, 6 de Dezembro 1916N. 583 Janeiro,memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1916_00583.pdfAnno XI Janeiro, Rio de Quarta-feira, 6 de Dezembro 1916N. 583.1) Daria ' foi

•*-_-. ^

AVENTURAS DO CVA\QU\t4V\0 — IV votta üa çrtma U\\

t^J/ flH^S^WiVeclÍt^r moSkouâeÍ,!ne' ?^^^^W

I__J ^v*':: l-M ...sim siô Ijg| essas teias de " yv/ >Vçl '//*///H5ím'5im Sl0"" I í|ar<anha Jo tecto- "V" "' yy^^-^y^^^/// —

©s ÍV*.

i) Uma vez lavado o quarto, o moleque Benjamim, convencido de que fizeraum trabalho perfeito, já-dava a

"arrumação por prompta, quando Chiquinho exi-

giu também uma limpeza do tecto...

2) Benjamim foi á venda pedir emprestada uma escada, e como Chiquinhoqueria fazer tudo escondido, para causar Surpreza a mamai, o moleque teve queagüentar o peso sozinho.

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3) Afinal, foi armada a escada. Mas o moleque tinha tanto medo das aranhas,que, ao vèr a primeira, desabou lá de cima, com escada e tudo...

4) ...fazendo uma confusão medonha. Moveis viraram de pés para o ar, cor-tinas vieram abaixo e o próprio moleque, que quasi fica esmagado.

(Co ¦ifííllíj)

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¦

EXPEDIENTEPreço* das _a»ljr_aturas dos jornaes da"Sociedade Anonyma O MALHO"

_£ O TICO-TICO

Capital e Estado»S

S gW 5

3 -$ooo Sfooo 3$5oo6 I5$000 8$0OO 6J0O06 23fOOO I2$000 9_ooo

ia 3o$ooO iSiooo iiJooo

Exterior

12 50$000 25$0006 30$00O 14*000

20$00011 $000

preoccupar com isso, em cuidar de remédio : introduzem algumas lami-suas forças e de sua saude, por meio nas de chumbo em baixo dá sella ;de traitting especial, porque ao mas se elle tem peso superior nãojockey não é preciso apenas ser forte, pôde montar.elle tem egualmente que se manter, Para não ficar muito pesado o jorágil e leve. A questão- do peso tem ckey deve limitar toda a sua alimen-

Toda a correspondência, como toda aremessa de dinheiro, deve ser dirigida áSociedade Anonyma "O MALHO", ruado Ouvidor, 164 — Rio de Janeiro.

Os retratos publicados no Tico-Tico,só serão devolvidos dentro do prazo de1 mez, depois de sua publicação; findoeste prazo, não serão absolutamente resti-tuidos.

São nossos representantes exclusivosnos Estado Unidos e Canadá. "A Inter-national. Advertising Company", ParleRow Building, New York — U. S. A.;

Pedimos aos nossos assignantes do IN-TERIOR, que quando fizerem qualquerreclamação, declarem o LOGAR e o ES-TADO, para com segunrança attendermosi mesma e não haver extravio,

As assignaturas começam em qualquertempo, mas terminam em Março, Junho,Setembro e Dezembro de cada anno. NãoSERÃO ACCE1TAS J>0R MENOS DE TREZ MEZES

São noasos agentes no Estado doRio Grande do Sul, os Srs. __. P.Barcellos A C, LI traria do Globo,4adradas £7», Porto Alegre.

Jfiis íiçóes de ^ovôUMA CURIOSA PROFISSÃO

Meus netinhos :Vocês que vão ás corridas e se

apaixonam pelas proezas dos cavai-los de raça, já reflectiram no quantoe arriscada e singular ?

O jockey é obrigado a viver exclu-sjvamente para a sua profissão ; nãoh«e basta o trabalho de ensaiar osanimaes e dirigil-os durante a corri-da. Todos os dias, a todas as horas,da manhã á noite, elle é obrigado a se

*_J?H ' _-^ *¦ _-g-ff§-_-i--. jW?

íti.'" 1 *\ IK " wgrande importância para elle. Se en-gordar não mais poderá ser jockey.;

Antes de cada corrida, para que ocavallo supporte o peso que lhe é de-terminado pelo regulamento, nemmais nem menos, pesa-se o jockey an-tes da corrida. Se elle tem menospeso do que é preciso, para isso ha

tação a chá com pouco pão pela ma-nhã, um pouco de carne, peixe ouovos, á tarde e nada mais durante anoite. No dia da corrida é obrigadoa jejum completo e todos os dias de-ve fazer exercícios physicos para semanter ágil e com fôlego robusto.

Vovô

w )<jnÃ\—vi*-»__^ f^_ .-fl. MmW'

Um naturalista atrapalhado

(D. de E. Araújo)

Í10V0 DIGGIOfl-UtfO DE FAl-TflSIAAMERICA — Scfbrenome descoberto

por Colombo.CABO — Patente militar, que avança

pelo mar.ENXADA — Peixe para se cavar terra.FRIBURGO — Cidade da Suissa, no

Estado do Rio de Janeiro, .sobre o Drea-sam.

GALE' — Gondemnado de velas- e te-mos.

HOLLANDA — Tecido multo fino,cuja capital é Haya.

ÍNDIO — Moeda de prata, nascida nasíndias.< JARDINEIRA — Movei que trata desjardins.

KAKI — Gênero de plantas de côracastanhada.

LAMA — Lodo que comprehende mam-miíeros ruminantes e sacerdotes de Bud-Buddha.

MEXICANO •— Nome vulgar dos lim-pa-chaminés, que nascem no México.

NAPOLEÃO — Imperador, que vale20 francos.

OXFORD — Tecido de algodão per-tencente á Inglaterra.QUINA — Gênero de plantas, que é fi

mesmo que esquina.ROSA — Nome p-oprio da roseira.SUECA — Quadrilha nascida na Suç-;

cia.TURCO — Cigano nascido na Turquia.URSO — Animal matuto, gordo e pel-

hido.VIEIRA — Sobrenome que é mollusco^

jrRANDYB Gomes

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O TICO-TICO

O nosso rfolk-lore»Nos números anteriores vimos

uma serie de cousas que o vulgo su-persticioso evita fazer na crença deque "fazem mal" ou trazem máuagouro.

Ha outras, entretanto, que devemser feitas, não só porque podem tra-zer felicidade, como também porqueevitam qualquer mal que lhes possaacontecer.

Acreditam ser de muito bom agou-ro fazer qualquer mudança de casaem um sabbado e mandar logo adi-ante dos moveis o carvão, o sal e afarinha, com a recommendação deque o portador deve entrar "com opé direito", assim como todas aspessoas que alli entrarem pela pri-meira vez.

(guando se referem a certas mo-lestias, como a morphhéa, a lepra, ocâncer, a gotta (epileps-ia), os su-persticiosos cospem, na persuasão deque assim evitam um supposto con-tagio. O mesmo fazem ainda alguns

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TLM 7 i I^B _¦ ^ ^r1 S mw

Os crédulos quando bocejam fazemuma pequena cruz com o dedo pol-legar.

quando pronunciam o nome dodiabo a quem chamam o tinhoso, o

v maldito, etc.Quando vêem, á noite, correr no

céu uma estrella cadente, dizem con-victamente :

— Deus te salve ! — pois julgamser uma pobre "alma penada", queanda vagando pelo espaço a purgaros seus peccados !

A mesma phrase, ou ainda esta :"Deus te ajude", ou a phrase latina :"Dominus tecuin" (Deus seja com-tigo), empregam quando alguém es-pirra.

Quando bocejam, fazem pequenascruzes com o dedo pollegar dianteda bocea aberta e alguns dizem .:

Ave Maria !Conta-se que esse costume data

de era muito remota, do tempo dopapa Gregorio Magno, em que hou-ve na Europa unia grande epidemia,cujos symptomas eram constantesbocejos ou espirros.

Quando, porém, uma ergança ain-da não baptisada espirra, deve-sedizer :

—Deus te leve á pia; e sendo bap-tisada já, é costume exclamar :

Deus te faça feliz ; ou Deus tecrie para bem.

Ha uma pratica verdadeiramentemacabra para se descobrir o autorde uma morte, a qual consiste em col-locar na bocea do morto uma moedaqualquer. Acreditam que isto fazcom que o criminoso se sinta impelli-do a se entregar á prisão, confessan-do o delicto.

Outra superstição do vulgo é acre-ditar que se os ferimentos de umassassinado começam a deitar sanguemuito tempo depois d'elle morto ésignal de que o assassino está pre-sente ou então muito perto.

Quando suecede morrer alguémafogado em qualquer rio, para serencontrado o cadáver Põem uma velaàccessa dentro de uma caité ou deuma cuia e deixam-na vogar, rioabaixo, ao sabor da corrente. Nologar em que ella parar deve estarahi o corpo.

Em muitos casos essa parada seexplica, coincidindo com o encontrodo cadáver pelo facto de haver re-demoinhos, ou peráus em certos rios,logares mais profundos onde o cor-po do afogado fica preso a qualqueraccidente do leito do rio, etc.

Uma receita extravagante paracurar a gagueira nas creanças é aque manda se lhe bater na cabeçacom uma colher de páu, mal começama gaguejar.

Pobres gagos ! Muito mais sim-pies seria recommendar-lhes que fal-lassem cantando, pois assim não ti-tubeariam.

Uma receita que tem muita razãode ser pela influencia que a lua exer-ce sobre nós, é a que manda aparar a

_____» I V^_J~ >y ^fl ________*v_J*\ Àm\

Dá'se com uma colher de páu na ca-beca das creanças, que gague-jam._

ponta dos cabellos por occasião doquarto crescente.

Até ahi está muito bem; a supersti-ção, porém, está nos "complemen-tos" da receita que são : collocar aspontas do cabello aparadas no olhode uma bananeira e para que elle fi-que crespo dal-o a cortar a uma pes-sôa de côr parda ou mesmo preta.

De outras crenças do nosso povocontinuaremos a tratar no próximonumero, demonstrando o absurdo demuitas d'ellas.

UMA FITA MARAVILHOSAEra New-York, está sendo preparado

um film originalíssimo.Trata-se da adaptação do famoso ro-

mance Vinte mil léguas submarinas, com-binada com o celebre romance de Robin-son Crusoé.

Tudo quanto Júlio Verne descreve, eraseu livro admirável, vai ser reproduzidopelos irmãos Williamson.

Para isso elles mandaram construir umsubmarino, com immensas janellas de vi-dros, apropriadas, como as que imagina-ra Júlio Verne, atravez das quaes have-mos de ver o que realmente ha nas pro-fundezas do mar.

A scena do enterro do tripulante morto,o descobrimento do thesouro do capitãoNemo e todos os episódios que fizeram adelicia dos leitores do romance, vamosver agora, na tela do cinematographo.

FJLR-Ã- AS MÃES rnTTii^

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O TICO-TICO

HISTORIAS E LEGENDAS

(A propósito a a campanha pela defesa nacional)

Sempre que o aleijado passava, osmeninos, reunido-se á sombra damangueira, rompiam em assuada,atiravam-lhe torrões, galhos seccos,

¦* 0 velhinho seguia indifferente.Devia ter mais de sessenta annos.

Era alto, magro, tinha os cabellosbrancos cortados muito renfe, o ros-to moreno e engelhado. Faltava-lheo braço esquerdo e a manga do casa-co pendia nesse lado, molle, chata,solta ao vento.

Uma manhã, mal o avistaram naestrada, os meninos correram paraa mangueira e, como a arvore estavacarregada de fructos verdes, colhe-ram alguns e, com elles, puzeram-sea alvejar o velhinho.

Um dos fructos attingiu-o nascostas com tal violência que o des-graçado, curvando-se, não poude ca-lar um gemido e, parando, a estor-cer-se de dores, voltou-se para osmeninos e suspirou : "Ingratos !"Duas grossas lagrimas rolaram-lhePelos sulcos das faces e, yendo-as,

«mpre que o aleijado passava, osmeninos. ±±

^Se» penalisado e arrependido, ols novo dos meninos :r

"""""" C°itado do velho ! Está clio-tia " ^amos vêl-o. Elle sentara-seari, Va' arcIuejando e alli o foramt0

ar seus algozes, que o remorsoB wa meigos.

Dando por elles, o velho sorriucom tristeza, disfarçando o soffri-mento, e o mais novo perguntoucompadecido _:

Magoámos-te, bom velho ?Sim, meu menino : magoastes-

me e mais fundamente do que pen-sais : é o meu coração que está sof-frendo. Sentai-vos aqui commigo enão receieis de mim. Nada vos possofazer, que sou velho e, ainda que mesobrassem forças, eu nada vos faria.Tenho um netinho de vossa edade e,por elle, tudo perdôo ás creanças..Sentai-vos e dizei-me : Porque meperseguis ? Que mal vos hei feitoe porque rides de mim ?

Os pequenos não acharam que res-ponder e o velho continuou ;:

¦— Bem sei eu porque me achaisridículo — é porque me falta umbraço e porque ando vagarosamentearrimaSo a um bordão. Ah ! meusmeninos, o braço que me falta dei-oeu por vós. Foi para que vos não fal-tassem a sombra d'aquella arvorefrondosa e a água da ribeira, o cari-nho de vossos pais e a belleza d'estaterra, que amamos, que o dei, e semlamentar a perda. Outros deram avida, eu também tel-a-hia dado e,mais de uma vez, a expuz — se aMorte não a levou, foi porque o bomDeus escudou-a com a sua bondade.

Eu não provocaria o vosso riso seme houvesse deixado ficar em re-pouso, quando vossos pais tremeramcom a noticia da approximação deum inimigo cruel, que ameaçava nãosó a riqueza da terra, como o briodos homens, que nella nasceram.

Eu vivia feliz : era moço e nadame faltava em casa de meus pais e ti-nha noiva, meus meninos, linda moçaque ficou chorando quando ^partipara a guerra. E porque deixei des-canço e amores ? porque preferi osriscos dos combates, os soffrimentose as incertezas das jornadas temera-sas e a saudade, que é uma angustiaque opprime o coração a todos osinstantes ? Porque me affirmaramque o inimigo já havia passado afronteira e vinha arrasando campose trucidando a pobre gente indefesa.

Quem me fallou foi o velho viga-rio do meu logar. Fallou a mim e atodos que foram á egreja ouvir apredica patriótica, que elle fez, tendoa bandeira diante do altar como paramostrar que tínhamos obrigação de

defender, com o mesmo empenho, areligião e a terra.

E disse que se não nos decidisse-mos a tomar armas pela Pátria; oscampos que víamos, tão verdes echeios de flores, as águas que os re-gavam, que eram as alegres ribeiras,o gado, que os cobria, os passaros.queesvoaçavam cantando, tudo quantoos nossos olhos alcançavam e que era

O invalido

nosso, seria, em çouco, do inimigo;e os homens livres passariam a vivercomo escravos e a nossa bandeira se-ria rasgada, feita em farrapos e ar-rastada no lodo com vilipendio.

Lembro-me ainda do que elle refe-riu acerca de certo principe thebanochamado Meneceu, que se sacrificoupela Pátria, matando-se na cavernade um dragão.

Tornei a casa pensativo e, pelo ca-minho, olhando os prados felizes evendo aquella gente honrada e satis-feita, que lavrava os seus campos,aquellas mulheres, que amamenta-vam os filhos á sombra fresca e aga-salhadora das arvores, toda aquellabelleza, toda aquella felicidade, dissecommigo :

¦— Pois é possível que percamostudo isso e tenhamos de viver, nofuturo, como escravos, nós que nas-cemos livres, e que outra lingua,trazida pelo conquistador, venha su-bstituir a que herdámos de nossosmaiores, na qual os nossos poetascantaram as nossas glorias e minhamãi ensinou-me a fallar a Deus ?Outras vozes hão de soar nestes si-tios ? Não ! E fpi nesse momento,meus meninos, que çomprehendi 3

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O TICO-TICO

grandeza d'esta palavra : "Pátria", canteiro seja adubado, não é verda- Lá eram inimigos que eu combatia e

que não quer dizer simplesmente a de ? E o adubo transforma-se em cor- vós sois meus irmãos pela Pátria c,terra em que se nasce, mas abrange po, em côr e em perfume. por vós, dei eu o meu sangue. Di-

passado, as tradições, a Se analysassemos a grandeza das reis que nem ereis nascidos nessenações acharíamos os grandes sacri- tempo; mas não sois gratos ao ho-ficios, as grandes dedicações, o he- mem que plantou aquella mangueiraroismo e a virtude, que dão a flor que vos agasalha com a sua sombramagnífica do Progresso. e vos regala com seus fructcs? Quem

Que é um braço? direis — bem foi elle ? Os vossos próprios paispouco, em verdade, mas a folha que ignoram o seu nome, entretanto ocahe da arvore e morre no charco seu beneficio ahi está, vós o encon-

tudo : ohistoria.

Pátria é o solo em que pisamos, éa água que nos desendenta, é a aryo-re, que nos dá sombra, é o fructo, é olenho, é a ave, que vem cantar a ai-vorada no tecto palhiço da nossa ca-bana; é o animal que vive na flores-ta, é a cantilena com que a jovenmãi adormece no berço o filho pe-quenino e é o hymno forte, que amultidão entoa.

Deus está todo na hóstia e na me-nor particula—pois a Pátria é comoDeus.

Quando parti paia a guerra leveiuma pequenina flor do meu campo eessa flor secca, menor do que a me-tade da unha do meu dedo minimo,continha toda a minha Pátria, por-que recordava-me a terra, o céu, e asgentes, que eu deixara.

No furor do combate, quantos vieu cahir, quantos ! Esses perderammais do que eu : morreram por nósassegurando-nos a liberdade.

Sois ainda muito jovens e não ten-des da vida senão noções ligeiras.Quando conhecerdes bem o mundo,virá aos vossos corações o arrependi-mento do mal que me fizestes.

Se, seguindo uma escura estra-da, fosseis assaltados por ladrões eum homem, sahindo em vossa defe-sa, ficasse ferido, ririeis dos seus ge-midos ? Não, sem duvida, porque, senão fosse elle, teritis succumbido aosgolpes dos perversos, ou, pelo me-nos, terieis sido roubados na vossafortuna. Mais fiz eu por vós por-que, não só defendi a riqueza, comotambém salvei a vossa honra do ul-trage que a ameaçava.

Olhais para mim sorrindo porqueme vedes sem braço, mas eu dei-opor vós e por vossos pais, meus me-ninos, e talvez não vivesseis na far-tura em que viveis se pobresinhoscomo eu não fossem deixar no cam-po da batalha a vida ou apenas umbraço ou uma perna.

Não me arrependo do que fiz.Soffro, mas para a minha felicidadebastam-me a alegria, que vejo em to-dos, a tranquillidade e a grandeza daminha terra.

Aqui não vedes o meu braço; é E o invalido assim fallou aos meninos.».possivel, porém, que o encontreis na >_¦"'¦_ <ehistoria da nossa terra: revolvei-a concorre com a sua mesquinhez para trastes na terra. Assim o bem qu*bem e lá o achareis. alimentar a floresta. vos fiz.também o haveis de encon-

O que apparece é a gloria, que é Eu dei á Morte, por amor da mi- trar, não só na terra, como em tudocomo a flor ; no fundo, porém, estão nha terra e dos meus patricios, o que que é da Pátria — no seu poderio e

os elementos, que concorreram para ella de mim quiz tomar e confesso, na sua honra.a sua existência. Que se vê na rosa? meus meninos, que me doeu menos Rir de mim é mais do que ingr*"A flor apenas, mas para que ella seja o ferimento que recebi na batalha tidão, é falta de patriotismo porq«>assim formosa é necessário que o seu do que a vossa ingratidão de hoje., se hoje sou o yaletudinario que W

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O TICO-TICO

des, fui, nesse ^tempo amargurado,um dos depositários da Honra danação e, para mantel-a, bati-me atéo ultimo esforço, perdendo o braçosuja falta tanto vos faz rir.

Esta é a minha historia... Aindaa achais ridícula?

Os meninos, que ouviram attenta-mente a narração do velhinho, mos-traram-se arrependidos do que ha-viam feito e, desde então, tornaram-se os melhores protectores do inva-lido que, a rir, quando elles sahiama recebel-o, dizia acompanhando-osvagarosamente por entre as arvoresdo parque:D'ora avante não direi que só aPátria ganhou com o meu sacrifício,vós tambem me suppris, com a bon-dade, a falta do braço que perdi naguerra.Que por nós perdeste, — disseo mais novo dos meninos.

Por vós, por todos, por tudo,meu menino; pela nossa Pátria ado-rada que bem merece dos seus filhosum pequeno sacrifício de amor.

dilecta íilhinha do Sr. FranciscoCoelho dos Santos e D. El viraBarreto dos Santos.

Fez annosno dia 28 de No-vembro o nossoleitor José LuizTeixeira, filhodo Sr. José Ma-nuel Teixeira eD. Eleusina daCosta Teixeira.Completoua 9 do '

passadoseu 1* anniver-sario a galanteFlorinda. díiecta íilhinha do Sr.

João Rodrigues e de D. José-pha Nunes Rodrigues.

— Raymundo José Watsondistincto leitor do Tico-Tico e

____' ''._____¦H __P *'fe_r__l

a. ¦ a*

José Luiz

(DosNetto)

Apólogos" de Coelho

oçferaniversários

Passou a 4 deNovembro o 1*

anniversario natalicio do tra-Vesso Pedrinho, filho do Sr.Nelson Cal-das, do com-mercio d'estaCapital e daprofessora D.Maria Anto-nietta GomesCaldas.

— Passou a17 de No vem-bro o anniver-sario natalicioda gentil se-nhorita Ameli-nha de Souza,Capital..—Fez annos a 23 de No-vembro a galante Maritta, íi-Jhinha do Dr. Carlos R. deSouza.7-Ointelligente Manuel Ro-brigues (Manuelzinhoj filho do

£r- Manuel Rodrigues e daJr.a. D. Martha Fortes Ro-arigueSi residente em S. Pau-J°. lez annos a 20 do corrente

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ÉBf "^^^ IP»"¦'¦rir-- teiir

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Pedrinho

residente nesta

'Tiaymundo

que completou 12 annos de eJa-de no dia 2j do mez passado.BAPTISADOS

Na pia baptismal da Matrizde Friburgo recebeu ha dias onomedeNilda uma íilhinha donosso collega de imprensa Sr.Nelson Kemp.

Serviram de padrinhos dacre-anca o Deputado Federal Sr.Felix de Miranda e Sra. D. Phi-\"mena de Almeida.FEÍTIYAES

Recebemos da directoria dasDamas de Assistência á Infan-cia de Nictheroy, 2- secção doInstituto á Infância d'esta Ca-pitai, gentil convite para a festacommemorativa do 2* anniversarioda sua installação, a qualse realisou a 22 do mez pas-sado.RECEBEMOS E AGRADECEMOS

(Beijo de mamãesinha—Lindaanniversario a galante Laura, composição musical do inspi-Fez a 22 corrente seu 3-

rado compositor UJpjano Car-queja. Esta interessante schot-tisch é editada pela conhecidacasa de pianos e musicas Car-los Werhs.

A aldeia das creanças—In-tcressante jornal dos alumnosdo grupo escolar de Mocóca eque se publica bi-mensalmente.

Mocidade—Bem feita revistaque se publica no Collegio Ar-chidiocesano de Olinda, sob adirecçao do padre João Uchoa,

O Beija-Flôr — Publicaçãoquinzenal infantil de Petropolis.PELAS ESCOLAS *I" ESCOLA ELEMENTAR MIXTA

DO r DISTRICTO— Realisaram-sc nos dias 14, 17, 18,

20, 21, e 22 do corrente os exames de pro-moção de classe da -I* Escola ElementarMixta do 7° Districto, a cargo da pro-fessora D. Judith Drummond de Lemos,sendo este o resultado final:

1° anno (1* serie da classe elementar)—Resultado: Haydéa Rodrigues Fernandes,distineção; Analia Acave, Olga VieiraMarques, Maria de Souza Freitas, IsauraSaraiva Pinto, Aristotelina Câmara Viei-ra, Conceição Câmara Vieira, SilvestreRibeiro de Souza e Deolinda Signoretti,plenamente; Antônio Conceição Borges,simplesmente; Aida Soeiro Ferreira, Es-ther dos Reis e Paulina Signoretti, plena-mente; Judith Villela de Lima, Nair Go-mes Paixão, Antonietta Fonseca, Adeli-na Rodrigues, Isabel Vieira <Je Araújo eManoel Conceição Rodrigues, simples-mente.

Io anno (2* serie) — Resultado: Bea-.triz Maria Pereira, distineção; JoaquinaRosa Pereira da Silva, Cyriíla da SilvaBarros e Ignez Ferreira Colasso, plena-mente.

2o anno (3* senie) — Resultado: Syl-\-io Drummond Azevedo Pinto, distineçãoe louvor; José de Souza e Carlos PereiraRamos, distineção; Germana Capot, CleotCapot, Violeta Moyle, Carmen Rosa deAraújo e Guiomar Torres Costa, plena-mente; Bertha Pereira de Souza, simples-mente.

3° anno, Curso medic (1* classe) —Resultado: Maria das Deres Pereira daSilva, distineção e louvor; Emilia VieiraMoraes e Margarida Couto, distineção;Minervina Augusta Verei, plenamente 9;e Luzia Conceição Borges, plenamente 6.

EXTERNATO REZENDE— A Exma. D. Marietta Rezende con-

vidou-nos para a solemnidade da 1* Communhão de uma turma de alumnas doseu externato, que se realiscu nc dia 25 deNovembro, na matriz de S. João Baptistada Lagoa.COLLEGIO N. S. DA CONCEIÇÃO

Resultado dos exames do collegio deN. S. da Conceição, dirigido por D.Adele Duarte Souza, em Botafogo:

I' Classe— Doutrina Cbristâ, Pcrtu-guez, Arithmetica, Geographia, Historiado Brazil e Historia Natural:

Eleonora Almeida Costa, Distineção;Palmyra Castro Magalhães, Distineçãocom louvor; Aurylio Brandão do Amaral.Distineção com louvor; Renato Braz daCunha, Distineção com louvor; Edith deCarvalho Roquette, Distineção e LúciaCosta. Distineção.

g* Classe r-i Shomé Vieira Santos*

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O TICO-TICO

Distincção; Bernardino Ferreira C. Sou-za. Distincção; Lúcia Pires, Plenamentegráo 8; Floripio M. da Conceição, Dis-tincção; Elisa Guimarães. Distmcção eAdaldo Brandão do Amaral, Plenamentegrau 9.

3a Classe — Eduardo Ferreira Borba,Dfstiricção; $_ulo da Fonseca, Distin-cção; Antônio J. de Pereira Rego, Distm-cção com louvor; Lygia de Castro Ma-EEdhães, Distincção e Wdton Lignori,Plenamente grau 9.

4* Classe — José M. Costa Carneiro.Distincção com louvor; Carmen Nogueirade Mello, Distincção; Arlindo da SilvaBastos, Plenamente grau 9; Rita VieiraSantos, Distincção; Adaldina Brandão doAmaral, Distincção com louvor c MariaCastro Magalhães, Distincção.

5* Classe — Beatri_ Ferreira da C.Souza, Distincção; Haroldo Gonçalves,Distincção: Helena Ferreira, Plenamentegrau 8; Helisa Ferreira, Distincção comlouvor; Rodolpho da Fonseca, Distincçãocom louvor; Therezita Penna, Plenamen-te grau 8; Carmita Correia Vallim, Dis-tincção; Francisco Taborda, Distincção;Julia Vieira Santos, Distincção; Julia Ro-sa dos Santos, Distincção com louvor;Ernestina Vieira Santos, Plenamente grau9; Nancy Ferreira Gonçalves, Distincção;Hélio Ferreira Gonçalves, Distincção eMaria da Gloria Salleiro, Distincção.

RECEITAS E CONHECIMENTOS ÚTEISBOLACHINHAS

Amassam-se quinhentas grammas de fa-rinha de trigo, cento e vinte e cincogrammas de assucar, cem grammas debanha de porco, pura, cinco grammas deherva doce e algumas gottas de águafria. _ ,.

Estando tudo bem amassado e nao 11-cando a massa muito dura, fazem-se asbolachinhas,, picam-se artisticamente comum palito, indo ao forno, brando, paracozinhar.

BOLOS DE FUBÁ'

2 pires de fubá, 600 grammas de leitefervendo (ou 3|4 de garrafa), vai-semisturando com farinha de fubá até fi-car como angu" molle; batem-se 10 ovos

e misturam-se; põe-se um pouco de pol.itlho, I colher de manteiga, sal, assucarquanto baste, herva doce, amassa-s. bematé ficar em ponto brando, untaiv.-se asfôrmas com gordura, forram-se era fo-lhas de bananeira e vai ao forno assar..

CARNEIRO

Corta-se a carne de carneiro em peda-ços de tamanho regular que se passamem gordura quente com sal, pimenta, sal-sa e folhas de cebola.

Depois tira-se o carneiro e na gor-dura põe-se arroz lavado e escorrido, me-xe-se e assim que estiver bem quente addi-ciona-se água na qual se tenham desfeitogemmas de ovos; junta-se, então, a carnee quando o arroz estiver cozido, serve.se.

E' agradável polvilhal-o com queijo par-mezão ralado.

||fe^^Catharina Pereira(Manáos)—Não res-

pondo a pessoas tãomal educadas.

Raul Palermo (Araras) — Diz-se Pia-ba. E' um nome indigena .

José T. Franklin (S. Geraldo) — Masisso não pôde ser de um resfriado. Queespécie de remédios tem tomado? Já sefez examinar por um medico ?

Manuel A. Pereira — Mas onde dá obicho? Na plantação ou no paiol?

Walter Land (Bello Horizonte) — Sefará mal lavar a cabeça todos os dias ?Ora essa ! A menos de caso muito es-çecial de moléstia, o que pôde fazer é nãotomar banho completo todos os dias. 20—Use óleo de baboza.

Albinlnho Fernandes (Recife) — Omosquito que transmitte 3 febre amarellachama-se stegomia faciata; é pernilongo etem o corpo listado em sentido horizon-tal. 2° — Intrínseco quer dizer que é dopróprio objecto ou pessoa em questão;extrinseco é o que vem de fora para essapessoa ou cousa. Por exemplo: a mor-phéa é uma moléstia que tem por causaintrínseca o mau estado do sangue; umenvenenamento tem por causa uma drogaque a pessoa engole. Portanto, já se vêque todas as chamadas "causas predispo-rientes são intrinsecas", porque estão naprópria pessoa.

Une amíe (Realengo) — As manchasque appareccm na pelle e são chamadaspamidd têm por causa a anemia. Paraque ellas desappareçam é necessário to-nificar a pessoa.

Marilia — Os dous males só podem teruma causa: — máu funecionamento doapparelho digestivo. Tome tintura deSemmola, 20 gottas em um cálice d'aguaao almoço e ao jantar e faça uma cura defermento.

DR. SABETUDO

Coqueluche

m

O Bromü é um remédio popularíssimo emtodo o Brazil. Até as creanças são as primeirasa reclamal-o, quando estão com tosse. O Bromilcura com efficacia as bronchites asthmaticas, nâosó nas creanças como nos adultos. Qualquer tossese cura com o Bromil. Na coqueluche o seu effei-to é sempre positivo^ O attestado abaixo é umaprova incontestável:

Snrs. Daudt & Lagunilla. — Com os melhores agra-decimentos. attesto que meus filhos Nair. Haydée, José,Ibsen e Berthilde, que se achavam atacados de coque-luche, ficaram completamente curados com o uso do vossoconhecido Karope Bromil.

Pelotas; 10 deJ u nho de 1910—Manoel Ferreira Vianna

DAUDT & OLIVEIRA - RIOSuccessores de Daudt & Lagunilla

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if>0 BIBUOTHECA D"~0 TICO-TICO*

no acidentado da Groelandia, os xar em paz o observatório e seus as-campos cheios de neve da península tronomos.de Labrador e entraram no territo- — Pudemos também exigir q-ierio dos Estados Unidos. elle nos desembarque.

Durante alguns dias a viagem con- Ouvindo essas palavras, Locia fi-tinuou assjm sem incidentes e Ro- tou Roberto de tal modo que elle

'Por mais esforços que fizessem, Roberto e Ulysses não 'conseguiram abrira porta

berto desesperava-se por vêr appro-xiimr-se o momento terrível, semuma idéia que lhe permittisse evitara destruição do observatório.

Em todo o caso, o bravo rapaz de-cidiu que elle e Ulysses armar-se-hi-am e na hora do jantar apoderar-se-hiam do barco, intimando-o a dei-

comprehendendo seu pensamento de-clarou :

— Em terra, a senhora será live.Eu não posso considerar valido umcasamento que se realizou graças auma illusão. A senhora consentiu emcasar commigo por interesse pátrio-tico, acreditando que eu fosse Tlia-

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.í/êmíi tíflí galerias lateraes era fechada por uma porta de madeira muitosolida

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178 O REI DO EGYPTO

tigas mas que me parecem chinezasou japonezas.

— Quer dizer isso que ha muitosséculos já, esteve aqui algum asiati-co... — murmurou Roberto.

_ Sim _ disse o Sr. Condor, in-dignado — Nem aqui eu tenho soce-

go ! Nem no Polo, posso estar com-

pletamente afastado dos homens.

Entretnto, o aeroplano continuavaa se adiantar rapidamente ; estava jáa menos de duzentos metros da colh-na situada no Polo e os viajantes vi-ram a abertura da gruta descripta

pelo louco genial.Diminuindo a velocidade,, o Alba-

troz, com uma manobra hábil e airo-sa, penetrou nessa galeria aberta narocha e que se prolongava por cercade cento e cincoenta metros.

Todos os pharóes do aeroplano fo-ram accesos para vencer a escuri-dão... mas pouco a pouco, esse tu-nel foi sé tornando mais largo e derepente terminou em uma caverna,cujo tamanho deslumbrou os viajan-tes.

O Sr. Condor não exaggerara. Ne-. nhuma outra gruta do mundo se po-

dia comparar áquella, em proporções.O Albatroz deu uma volta no in-

terior da gruta, "depois baixando do-

cemente, pousou sobre uma ligeiraelevação no centro da caverna.

Immediatamente dous marinheirossubiram á plataforma e fixaram unia

escada de ferro da amurada ao solo.

A Sra. Andorinha appareceu tam-

bem conduzindo Locia, Maiva e to-dos desembarcaram..

Os pharóes do aeroplano lança-vam luz sufficiente em torno; alemd'isso os marinheiros acompanha-

vam-os com poderosas lanternas de

gaz acetyleno.Deixando a parte central da cayer-

na, o Sr. Condor guiou-os por umdos muitos corredores subterrâneos,que desembocavam de todos os lados.

Mas pouco caminharam. Ao fimde alguns instantes, Ulysses Asteros,

que tomara a dianteira, viu que a

galeria subterrânea estava fechada

por uma porta de madeira. Aqui é o meu deposito — ex-

plicou o Sr. Condor — Aqui guardominhas provisões e tenho minha of-ficina para os concertos de que o Al'batroz possa necessitar.

E batendo no hombro do astro-nomo disse:

— Bem ; vão passear por ahi (j

déíxem-me agora cuidar do serviçodo aeroplano.

Os viajantes seguiram-lhe o con-selho e ao anoitecer, desacostumadosde andar, sentiam-se tão fatigados,que, recolhendo-se ao aeroplano, dei-taram-se immediatamente.

Entretanto, o Sr. Condor e seusmarinheiros não haviam perdido seutempo. Ao fim de algumas horas ti-nham renovado o carregamento de

provisões do aeroplano e o comman-darte annunciou que a partida seriano dia seguinte.

— Para onde .'amos ?—perguntouUlysses Astéros, que, muito sensívelao frio, estava ancioso por voltar aregião onde houvesse sol.'

Vamos para a America — res-

pondeu o Sr. Condor — para o Ob-servatorio Astronômico das Monta-nhas Rochosas.

Ao ouvir essas palavras, RobertoLavaréde sentiu uma angustia irre-

premivel.

O REI DO TSXyíPTO vTO'. .—• r^mm— ""!____¦ir1

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CAPITULO IX

COMO SE ATRAVESSA A AMERICA

Naquella noite, todos os hospedesforçados do Albatroz dormiram mal..Pezadelos terríveis agitaram-os, fa-zendo-os vêr explosões medonhas,casas desmoronando...

Quando a machina começou a res-folegar indicando que o aeroplano ia

partir, vieram todos para o tombadi-lh0- ,• A

Em pouco o Albatroz sahiu da ca-verna e alcançou o mar livre.

De repente, Roberto que estava

pensativo num canto da plataforma,ouviu uma voz muito doce, eme mur-murava a seu lado :

Não tentará alguma cousa parasalvar os infelizes que esse louco vaiatacar ?

Roberto estremeceu, reconhecendoa voz de Locia, e, sem se voltar, pa-

ra não attrahir a attenção do Sr.,Condor, respondeu :

—Juro-lhe que tentarei tudo quan-to for possível.

Mas nesse momento o astrônomo,com uma exclamação de espanto,mostrou-lhe um rochedo isolado, a

pequena distancia da gruta. Sobreesse rochedo via-se desfraldada umagrande bandeira negra, tendo ao cen-tro uma ancora branca.

O Sr. Condor voltou-se para ellecom um sorriso cheio de orgulho :

E' a minha bandeira. Fui euquem a içou alli, tomando posse doPolo, que é do meu dominiu absoluto.

Mas o aeroplano continuava a sul-car os ares rapidamente. Os viajan-ies entreviram a immensa plfmiciede gelo que cercava o polo, o çontojr-

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Q TICO-TICO

SPORTS r>'0 "TICO-TICO".Órgão offfclal da Liga Infanfl de Sporfs ftfhleticos

CAMPEONATO INFANTIL DE FOOT-BALL PARA 1916FOOT-BALL

Fluminense tversus* Andarahy

TABELLA DO S" TURHOCAMPEONATO

DE FOOTBALLt-m ambos os «teams» os dispu- da ligatantes se empnharam em uma bella metropoli-!uta, dando assim um espetáculo tana 1916¦nteressante de «association» aos '•?. rf.amsdaassistentes.

O resultado geral da pele,;» <oi oseguinte AmericaPrimeiros «teems».-Fluminense —0.Andarahy — 0.segundos teams:Fluminense — 5.Andarahy — 0.

Carioca versus GuanabaraN;ão houve match. O Guanabaraen-tregou os pontos.

Palmeira versus MangueiraEste match também era cie revali-

£aÇão ao annullado no primeiro tur-£°. realisandose no campo da rua São CbristovíaHa,yssandú.

Só os primeiros teams entraram =~ln luta, que terminou da seguintela: 1-pivisão

Palmeiras i, Mangueira 0.

Pare *versus» tcarahy. Foi um dos melhores encontros da: ude> realizado no campo do Anda-num so?a exPectativa de grande kmr\n."utnero de pessoas,roi este o resultado.-

Primeiros teams :Icarahy—2.Pare Royal-I.Segundos teams:Içarahy-3.Pare Uoval-2.

River versus S. C. Tirasil,í-sle jogo realisou no campo do S.fistovâo,com o seguinte resultado:Ch

Camphenol dentrificio con-tra dores de

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G G BaD»u * P P 6-, 7-2 -12 3 õi 37 6P G ¦•WHK 3-1 6-0 G 2-1 4-4 12 4 1 6 24 32 15G

G" GFlamuji 1-1 4-0 3-1 3-1 » 8-4 P 12 1 1 10 17 40 21"P JP~ '""P" "Flmaiinínj».... 5-0 P » G 12 5 1 5 25 28 U"" "E

GSão Christo»!». P P P 4-4 3-0 P * lâ 7 3 2 2ft 91 7*ll -^ ~J ~

N. B. — O signal E significa empate ; P perdido« v^eraides — Rua Buenos Aires, n8. respectivas lettras encontra-se score do jogo.G ganho. Sob aa

jos vestuários]Para meninos da TORRE EIFFEL desafiam

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toda a competência pela excellente qualidade deseus tecidos, elegância e perfeito acabamento.

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O TICO-TICO _O Brasil entregou os pontos doa

primeiros teams :Segundos teams:S. C Brazil—2.River—1.

TURF

NO JOCKEY-CLUBResultado das corridas de domin-

go ultimo :i- nareo—1150 metros-Correram:

lahú, D. Vaz; Dagon, E. Rodnguçz;Daviès, D. Ferreira; Barcelona, LeMener, e Sicilia, J. Alonso.

Venceu Dagon, em 2' Barcelona eem 3 Jahú. n

2epnaPreo9-l1600metros--Correram:Husar" L.Arava; Donau, Júlio Alon-*o-Fábula, D. Vaz; Tnumpho, A.Vaz; Êcopela, D. Suarez, DiamanteD. Ferreira; e Dynamite, L. Rodn-8 Venceu Diamante, em 2" Escopeta

*" FOOT-BALL JA ESTA'NO pRELO 6

e em 3- DynamiteTempo 106"3- pareô-1.000 metros- Correram:

Francia, Cláudio ; Voltaire, J, Esco-bar• Idv 1, Júlio Alonso; Palmeira, R.Cruz Pirquc, F. Barroso ; Boulan-glrJD. Vaz; bavid, A. Vaz; e Bea-triz', O. Coutinho.

Tempo 103 ~i5"4- pareo-1.450 metros-Correram:

Waterloo, Zabala; Zelle. R. Cuz: Ja-aunco, D. Ferreira; Joliette, F. bar-foso Majestic Juilo Alonso; MissLinda, E Rodrigues, Buenos Aires,Le Mener; e Pistachio, Waldemar

Venceu Miss Linda, em %• Jagun-ço. em :'>' Joliette.

Tempo, 94 3i5.V pareô-J.720 metros-Correram:

Insígnia, D. Suarez; Flamengo LAraya; Sucre, Martirena; Belle Angevine, A. Vaz; Hehos, D. Feriei-,a; e Velhinha, Jul.o Alonso.

Venceu Insígnia, em 2- Sucre, em3- Flamengo.

Tempo, 111 2(5'.6' nareo-LfiOO metros.-Correram:

Roval Scotch, Ernani FrelUs; Mon-te Christo, D. Ferreira; .A™"»1"8'D. Suarez; e Salpiçon, Michaels.

Venceu Araucania, em i Ko/aiScotch, em 3- Monte Chnsto.

SSWpaS, cahm do cavacoSalpicon, ferindo-se o seu jockeyMichaels. ligeiramente, no pescoyo.Foram,por isso, restituidasas poulesfeitas em Salpicon.

O cavallo Flamengo arrancou odedo pollegar direito de seu tratadorAntônio Vaz.

7- pareo-Venceu Parade, Domin-gos Ferreira, em ?• Fidalgo, E. Ro-driguez, em 3- Ornatinho, Walde-mar.

Tempo, 101 iiõ".8* pareô — Venceu Enérgica, J.

Coutinho, em 2- Patrono, Barroso,em 3 Interview, Rodriguez.

Tempo, 138 3t5"

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AS MANCHASPrepara-se do seguinte modo uma ex-

cellente água para tirar manchas. Collo-cam-se em uma vazilha quatro colheradasde amoníaco liquido e uma de sal; mistu-ra-se bem e applica-se sobre a manchaque se pretende tirar, com uma esponjaou um trapo de lã.

Com esta água tiram-se todas as man-chás de azeite e graxa.

As manchas de resinas e de alcatrao emqualquer tecido, também cedem, se antesde usar-se a solução indicada, se amolle-cerem com um pouco de manteiga.

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Aposto que estão fallando sobrea interessante conferência que

vae fazer o Chiquinho. demons-trando a seus camaradinhas ,o bem que faz o bom, puro e ga-rantido leite que é vendido pelaLeiterin Pnlmyra á Ruado Ouvidor 149-Tel. 1800 norte.

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Almanach d'0 TICO-TICO para 1917Serão UM THEATftO DE BONECO»

completocom SCENAP.10S, PERSONAGENS,

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frontão e Peça para representar

Dando tudo isso, ensinaremos omodo de armar o palco, manter ospersonagens em pé, movel-os em sce-na, lazer mutações de scenanos, etc.

Além d'esse' magnífico brinde aseus leitores,O Almanaeh do Tico Tleo para 1817

DARÁ'Um excellente "torinq-ae-io

O JOGO DA GUERRA

jogo interessantíssimo, do gênero dode damas ou xadrez, porém, muitomais divertido.

O JOGO DA GUERRAserá em 5917 a distracção predilectadas creanças e adolescentes.

Entre as muitas historias paracre-ancas lindamente illustradas que o

O Almanach do Tico-Tico

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publicará, citaremosO gigante protector

A. legenda de S. O*'As lagrimas do Coração

de FerroO padrinho do Deeimo Segundo

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Espantosas aventuras do eavalleiroTartarin

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por creanças).O QUE DEVEMOS SABER"

COMO SE FAZUM RELÓGIO BARATO *

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A Aurora BcrealA Aranha Encantada

As Historias que asoust*^

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JL festa da Bandeira

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Um grupo de boys-scouts brasileiros, que formaram no palácio da Prefeitura, no dia da Festa da Bandeira

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O TICO-TICO

DA BANDEIRA• A FESTA

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A SALVAÇÃO-DAS-

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JL festa. c5a_ Bandeira

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Assistência das escolas de meninas á Festa da Bandeira, no palácio da Prefeitura

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O TICO-TICO

0 0fíIx6DTA0 ftlbum d'«0 Tico-Tico >

(MONÓLOGO){Para o pequeno Sebastião Dias da Silva)

Estão vendo o meu tamanho ?...Eu não sou tão pequenino ?...Pois no dia em que me e tanhoSou um gigante menino !...Meu gênio é bom por demaisPorém zangado !... Oh ! pavor !...Fico tal qual Ferrabraz,Mato esfolo e faço horror...Um dia, eu estava agitadoE alguém me chamou de feio !...Eu fiquei. desesperado...E de furor todo cheio,Pisei tudo a ponta-pés...Estava mesmo ranzinza !Fechei mais de dez quartéis,Virei mil casas em cinza !..Da policia os batalhõesChegaram p'ra me prender,Somente com uns bofetõesOs fiz desapparecer !...Mandaram outros atrazCom caixas de muniçõesTrazendo com generaes,Metralhadoras, canhões...E eu, valente, sem tremer.Só com o cabo de uma enxada.Botei tudo p'ra correrNuma eonrme debandada !...Mandaram vir outra tropa

"... JBJHHMrI5

IjfljHPIk^B (JF k ^^H^^S

Efe"% 'vi*:

Dei um espirro terrivelBotando o vapor no fundo !...Chegaram submarinosQue eu prendi todos com a mãoE com tantos desatinosNão soffri um arranhão !E com o corpo ardendo em chammaNesse barulho medonhoFu dei un pulo dá camaE acordei... foi tudo um sonho...

Nydio Wanda

Embora eu muito mediteMeio fácil não o descubroDe saudar o Tico-TicoNo dia li de OutubroPor isso é que me limitoA esses votos trazerPor sua prosperidadePara nosso eterno prazer.

Idalino Leone (Cubatão).

A gaQanlte c gorducha Marietta, de 6 me-zes de edade, filhinha âo Sr. SantoPohvszo e de D. Antonietta BuonavitaPolazzot residentes nesta capital.

P'ra conter o meu furor,E eu vi chegarem da EuropaBatalhões num cruzador !...Lancei-me no mar horrível...De raiva cheio, iracundo,

LEMMA:"E' DEVER DE HONRA PARA TO-

DOS OS BRAZILEIROS CONCO.R-RER NA MEDIDA DE SUAS FOR-ÇAS PARA A EXTINCÇAO DOANALPHABETISMO NO TERRITO-RIO NACIONAL".

— F1LIAE-VOS A' LIGA BRASI-LEIRA CONTRA O ANALPHABE-TISMO.

SEDE :LYCEU DE ARTES E OFFICIOS

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A DANÇA ^DOS SYLPHOS

Gentis meninas que tomaram parte no festival realisado ha dias no Thcatro Municipal, em beneficio do Hos-pitai Hahmenanniano. A photographia acima foi tirada por occasião da dança dos sylphos, na peça deCoelho Netto.