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Rio de Janeiro, março de 2006 Ano XIII – Nº 94 Faustão: um caso ‘doido’ de paixão pela Itália www.comunitaitaliana.com.br A MAIOR MÍDIA DA COMUNIDADE ÍTALO-BRASILEIRA Elezioni Quasi 4 milioni di cittadini potranno decidere il destino della politica per gli italiani all’estero ISSN 1676-3220 R$ 7,50

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Page 1: Elezioni · Rio de Janeiro, março de 2006 Ano XIII – Nº 94 Faustão: um caso ‘doido’ de paixão pela Itália A MAIOR MÍDIA DA COMUNIDADE ÍTALO-BRASILEIRA Elezioni Quasi

Rio de Janeiro, março de 2006 Ano XIII – Nº 94

Faustão: um caso ‘doido’ de paixão pela Itália

www.comunitaitaliana.com.br

A M A I O R M Í D I A D A C O M U N I D A D E Í T A L O - B R A S I L E I R A

ElezioniQuasi 4 milioni di cittadini potranno decidere

il destino della politica per gli italiani all’estero

ISS

N 1

676-

3220

R$

7,50

Page 2: Elezioni · Rio de Janeiro, março de 2006 Ano XIII – Nº 94 Faustão: um caso ‘doido’ de paixão pela Itália A MAIOR MÍDIA DA COMUNIDADE ÍTALO-BRASILEIRA Elezioni Quasi

4 EditorialCofindústria. A vez do Brasil

Março de 2006

6 ParliamoneLa responsabilità degli elettori

10 EntrevistaFaustão: “Os italianos se surpreendem comigo”. “Foi o Falcão que me despertou essa paixão”

5Cose Nostre

8Lucchesi

24Notizie

26Saúde

13, 18 e 22Opinione

50Sapori d’Italia

Olimpíadas de Turim Organização impressiona Brasil quebra o gelo e faz história nas bem sucedidas olimpíadas de inverno

UvaSul do país em festaQuase 900 mil pessoas consumiram cerca de 220 toneladas da fruta e empresários se empolgam com apoio do governo

16

COPERTINAVoto degli italiani all’esteroProposte omogenee, mancanza di tempo e scarsità di soldi per la campagna elettorale. Candidati si sforzano affinché non fallisca il primo voto al Parlamento

MúsicaFestival de SanremoCom saudosismo, crítica e lindas cantoras, Sanremo continua sendo um grande festival da música à italiana

14

CarnavalA folia brasileira e italiana

Um canelloni que pode ser apreciado, sem pecados, no verão, substitui a tradicional massa por mussarela

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ModaA tendência para o outono-inverno 2007Desfile com romantismo e toques de rebeldia em Milão

ArteRoma aos pés do célebre Modigliani49

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EDITORIAL

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR:Pietro Domenico Petraglia

(RJ23820JP)

DIRETOR:Julio Cezar Vanni

VICE-DIRETOR EXECUTIVO:Adroaldo Garani

PUBLICAÇÃO MENSAL E PRODUÇÃO:Editora Comunità Ltda.

TIRAGEM:30.000 exemplares

ESTA EDIÇÃO FOI CONCLUÍDA EM:16/03/2006 às 17:30h

DISTRIBUIÇÃO:Brasil e Itália

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:Rua Marquês de Caxias, 31

Centro – Niterói – RJ – BrasilCEP: 24030-050

Tel/Fax: (21) 2722-0181 /(21) 2719-1468

E-MAIL:[email protected]

SUBEDIÇÃOLuciana Bezerra dos Santos

[email protected]

REDAÇÃO:Giordano Iapalucci (repórter especial),

e Nayra Garofl e

REVISÃO / TRADUÇÃODaniela Coppo

Elizabeth Thompson

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:Alberto Carvalho

CAPAEditoria de arte

COLABORADORES:Franco Vicenzotti – Braz Maiolino – Lan – Pietro Polizzo – Venceslao

Soligo – Marco Lucchesi – Domenico De Masi – Franco Urani – Giovanni

Meo Zilio – Fernanda Maranesi – Giuseppe Fusco – Beatriz Rassele

CORRESPONDENTES:Guilherme Aquino (Milão)Ana Paula Torres (Roma)

Comunità Italiana está aberto às contribuições e pesquisas de estudiosos

brasileiros, italianos e estrangeiros. Os artigos assinados são de inteira

responsabilidade de seus autores, sendo assim, não refl etem, necessariamente, as opiniões e conceitos da Revista.

La rivista Comunità Italiana è aperta ai contributi e alle ricerche di studiosi ed esperti brasiliani, italiani e estranieri. I collaboratori esprimono, nella massima

libertà, personali opinioni che non rifl ettono necessariamente il pensiero

della direzione.

ISSN 1676-3220

Filiato all’Associazione

Stampa Italiana in Brasile

FUNDADO EM MARÇO DE 1994

Entretenimento com cultura e informação

Se Brasil e Itália já constituíram laços mais do que sólidos através da presença italiana no país, dos craques brasileiros por lá, das telenovelas, e de inúmeros fatos históricos,

este é o momento das afi nidades fraternas se con-solidarem no desenvolvimento econômico. Pelo menos são as expectativas em torno dos cinco dias, entre 27 e 31 de março, de reuniões, debates, palestras e rodas de negócios que acontecerão entre empresários, dirigentes e governantes dos dois países. O “Fórum Empresarial Brasil-Itália” acontecerá nas capitais de Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. Da bota, virão o ministro das Atividades Produtivas, Paulo Scajola, o seu vice, Adolfo Urso, o presidente da Confi ndustria, Luca di Montezemolo, o presidente do Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE), Umberto Vattani, o presidente da Associação Bancária Italiana (ABI), Maurizio Sella. Serão acompanhados por cerca de 170 empresários que serão recebidos pe-lo presidente Luís Inácio Lula da Silva e pelos seus ministros, além dos prefeitos e governadores locais.

A partida para uma nova era nas relações comerciais entre os dois países foi dada pelo presidente Lula, em outubro do ano passado, em Roma. Na ocasião, ele, acompanhado do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ilustrou os avanços da política econômica. Conseguiu convencer a platéia, de aproximadamente 350 investidores italianos, da solidez e das condições favoráveis de investimentos no país emergente. Na úl-tima década, cresceram em 300% os investimentosos italianos no Brasil, mas a troca comercial fi cou em apenas US$ 5 bilhões. “É pouco para um país que tem mais de 25 milhões de descendentes”, enfatizou Lula. “O mundo globalizado exige ousadia. Pequenas e médias empresas do Brasil e da Itália podem abrir interessantes frentes de investimento, tendo como fonte de inspiração a Emilia Romagna (região marcada pelas cooperativas)”, acrescentou. Montezemolo, por sua vez, se impressionou com a capacidade do Governo em reduzir o risco-Brasil de 2.400 pontos, na época da eleição, para o atual patamar de 200. “Nossas empresas olham com interesse para as parcerias público-privadas (PPPs). A infl ação está sob controle e a política eco-nômica e fi scal são severas”, afi rmou Montezemolo.

Segundo o ICE, as atividades serão acompanhadas por ações pragmá-ticas visando novos instrumentos de fi nanciamento público e privado para pequenas e médias empresas; facilitação de operações de comércio exterior; adoção de uma via rápida para concessão de vistos de permanência para in-vestidores italianos no Brasil e investidores brasileiros na Itália; organização de seminários e workshops de trocas tecnológicas; viabilização de câmaras binacionais de conciliação para a solução de controvérsias; entre outras.

Esse é um período particular na Itália. É quando percebemos a latinidade a fl or da pele. Exagerações de todos os tipos marcam a disputa entre Prodi e Berlusconi. De um lado, respectivamente, um re-

conhecido professor, de um semblante pacato. De outro, um dos homens mais ricos do mundo, grande dirigente empresarial. O que muitos se perguntam é se um efi ciente professor ou um ótimo vendedor é o que serve para a Itália? Quem sair vitorioso terá que estar preparado para tomar decisões em situações complexas e ter visões estratégicas, mas, sobretudo, elevar a auto-estima italiana. Sempre conhecida pela qualidade em tudo o que faz, a Itália parece não estar preparada para enfrentar a livre concorrên-cia da globalização. Euro, energia, produtos chineses são algumas das pedras no sapato dos italianos. O país deve se preparar para uma nova realidade, que talvez não terá mais o Ocidente no centro de tudo. O desenvolvimento dos países asiáticos, em particular China e Índia, com mão de obra a custos baixíssimos e a introdução de novos conceitos de cultura e beleza, coloca as empresas em alerta. A questão é: buscar a competição com países que sempre tiveram produções em alta escala ou investir em tecnologia e formação para continuar valorizando o made in Italy? O mundo perderia, caso a Itália não continuasse a desenvolver seus sabores, sua arte, seus produtos com toques humanísticos. Por isso mesmo, qualquer dos candidatos que obtenha vitória, terá que dar maior atenção à escola. Valorizar as pesquisas, criar atividades sempre mais sofi sticadas, investir no artesanal, elevar o nível de instrução e conhecer as tradições de outros países. Os dados de pesquisas recentes e a história dos últimos doze anos da democracia italiana apontam a esquerda como favorita. Desde 1994, a alternância entre es-querda e direita parece ser fi siológica, cabendo a vez, nessa ótica, ao grupo prodiano.

Já as eleições para os italianos no exterior têm como principal desafi o a participação através do vo-to por correspondência. A escassez de tempo e a falta de campanha institucional são as principais

queixas dos candidatos, que precisam enviar, numa área como a América Latina, quase 900 mil cor-respondências para tentar convencer os eleitores. Acompanhe nesta edição ampla reportagem sobre o assunto.

Boa leitura!

Cofindústria. A vez do Brasil

Pietro Petraglia Editor

INSÔNIA

Pesquisa com mil pessoas entre 25 e 65 anos aponta que um em cada três italianos tem problemas crescentes para dormir

e as noites se transformam em um pesadelo para eles. O estudo revela que 34% dos italianos demoram mais de 20 minutos para adormecer; 24% acordam continuamente durante a noite e têm difi culdades para voltar a dormir; enquanto que 75% dormem me-nos de seis horas. Além disso, 12% dos italianos com menos de 39 anos podem ser classifi cados como insones crônicos, assim como 17% das pessoas entre 40 e 54 anos, e até 22% dos que têm mais de 55. Para conciliar, o sono os italianos tentam de tudo: desde tomar chás relaxantes (59%) e trocar intermitentemente de ca-nais na TV (52%) a tomar soníferos (46%) e ler um livro (41%).

Julio Vanni

COSE NOSTRE

FÉRIAS I

Os italianos estão viajando mais. Os períodos de tempo são, po-

rém, mais reduzidos quando estão em férias. Conforme pesquisa divul-gada pelo Istat, em relação a 2004, no ano passado houve um aumento do número de viagens estimado em 107,94 milhões de viagens (9,1%). Desse total, 84% envolviam férias e 14% trabalho. Um total de 83,4% das viagens de férias efetuadas tive-ram como destino uma localidade da Itália e 16,6% um país estrangeiro. Nesse caso, 79% optaram como des-tino a Europa, sendo a França o país preferido, vindo a seguir a Espanha, a Alemanha e a Grécia.

TOSCANA EM SÃO PAULO

O presidente da Toscana, Cláudio Martini, anunciou no início do

mês a criação de uma Representa-ção em São Paulo daquela região italiana para a América Latina. A sede vai coordenar os programas econômicos e sociais que o seu governo pretende desenvolver no continente, principalmente na for-mação e reciclagem da mão-de-obra e assistência aos projetos de meno-res abandonados. Durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, Martini rea-fi rmou o seu propósito de colabo-rar com o Brasil na transferência de tecnologia e modelo de cooperativa de trabalho para o desenvolvimento da pequena e média empresa lem-brando que a economia italiana está atualmente assentada nesses segmentos da produção.

O Carnaval de Veneza já foi o maior do mundo. Alguns histo-riadores acreditam que a tradição da festa nasceu nas orgias

realizadas durante o Império Romano. De qualquer forma, o car-naval veneziano é um dos mais famosos do mundo por suas más-caras e elegância. A origem da palavra carnaval é italiana. A pri-meira edição da festa veneziana aconteceu em 1420, para cele-brar uma vitória militar. Os derrotados eram satirizados em uma festa popular. O tema ofi cial do Carnaval deste ano foi a China.

“SISTEMA ITÁLIA” INVESTE NO BRASIL

Entre 27 e 31 de março o Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE), a Confi nsdustria e a Associação Bancária Italiana (ABI) organizam uma

grande missão econômica nas capitais Belo Horizonte, São Paulo e Porto Ale-gre. A delegação será guiada pelo ministro das Atividades Produtivas, Claudio Scajola, pelo seu vice, Adolfo Urso; pelo presidente da Confi ndustria e da FIAT, Luca Cordero di Montezemolo; pelo presidente da ABI, Maurizio Sella; e pelos dirigentes do ICE. Juntos estão cerca de 170 empreendedores italianos de di-versos setores. O objetivo é discutir sobre possibilidades de investimentos no Brasil. Serão ilustrados os incentivos oferecidos pelas instituições fi nanceiras italianas e brasileiras para o desenvolvimento de empresas e de relações co-merciais. As maiores entidades do empresariado local estarão presentes: FIE-MG, em Belo Horizonte, a FIESP, em São Paulo e a FIERGS, em Porto Alegre.

NU À VENDA

No dia Internacional da Mulher, um supermercado veneziano fez uma promoção pra lá de inusitada para suas clientes. Ex-

pôs nas gôndolas homens literalmente pelados, envoltos apenas com papeis celofane, códigos de barra e etiquetas com as seguin-tes frases: “Colha seu próprio homem sem músculos” e “Homem de primeira qualidade” foram coladas no corpo dos modelos. Os modelos por sua vez, fi ngiam ser produtos à venda na loja.

ERUPÇÃO DO VESÚVIO

Um estudo conjunto de cientistas americanos e italianos alerta que a próxima erupção do vulcão Vesúvio, na Itália,

pode ser muito pior do que as autoridades italianas estão es-perando. Atualmente, o país tem planos para a evacuação de 600 mil pessoas da cidade de Nápoles, vizinha ao vulcão. Com base na nova pesquisa, os cientistas dizem que até 3 milhões de pessoas estariam em risco. O Vesúvio é mais conhecido por sua erupção no ano 79 d.C., quando as lavas encobriram a ci-dade de Pompéia.

MISSÃO ITALIANA

A capital mineira de Belo Hori-zonte abriga, uma importante

missão italiana composta de 150 empresários e industriais italianos que tentam uma joint venture com empresas mineiras.

LUCRO RECORDE

O grupo segurador italiano Gene-rali obteve em 2005 um lucro

líquido de 1,9 bilhão de euros, o que representa um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Trata-se de um lucro recorde, o que levou a segu-radora a planejar distribuir entre os acionistas um dividendo de 0,54 euro por ação, frente ao 0,43 euro que dis-tribuiu no ano anterior (+0,26%).

Ans

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FÉRIAS II

Nas viagens a trabalho, a Alema-nha é o país mais freqüentado

pelos italianos. A França, os Estados Unidos e a China são outros destinos importantes de quem sai de casa pa-ra trabalhar. Emilia Romagna, Lazio, Lombardia, Toscana e Veneto são as cinco regiões mais visitadas (47,8%) por quem reside na Itália. O automó-vel é o meio de transporte mais utili-zado (64,4%), seguido do transporte aéreo (13,6%) e trem (10,8%).

AGÊNCIA CONSULAR

Acidade mineira de Poços de Cal-das ganhou a agência consular.

A nova sede teve o aval do cônsul de Belo Horizonte, Gabrielle Annis, estimulado pelo pe. Graziano Cirina, que vive há 12 anos na estância hi-dro-mineral. Caravanas chegaram de diversos pontos do sul de Minas para prestigiar a inauguração.

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Como dizer tudo em italiano, de Ron Martinez e Patricia Peterle é dividido em várias seções: Italiano Geral, Comercial, para Palestras e Reuniões, para Turismo e etc. Dentro delas o leitor achará cen-tenas de expressões de uso cotidiano e

de usos mais específi cos da língua. Editora Campus. 256 págs, R$ 53

O Carnaval — Cores e Movimen-to, de Lorenzo Mattotti, reúne 40 ilustrações coloridas e 50 em preto e branco assinadas pelo desenhista, além de textos de au-toria de renomados especialistas, cada um abordando um tema sobre a história, tradições e elementos do carnaval. Editora Casa 21. 120 págs. R$ 95

La campagna elettorale per eleggere i Deputati e i Senatori al Parla-mento italiano è in corso.Fra poche settimane dovremo scegliere le persone che ci rappresen-

teranno, e questo, si sa, è importante. Tuttavia, non è determinante per il futuro del nostro Paese.

Mi spiego meglio: ogni candidato è presentabile, vanta benemeren-ze, qualità, stoffa, spessore culturale, disposizione, vocazione al servi-zio, intelligenza e competenza.

Il Partito che lo presenta garantisce che è una persona onesta, de-gna, piena di volontà e di buone intenzioni: insomma, possiede tutti i requisiti necessari per svolgere un buon lavoro tecnico e político.

Tutto questo è buono, ma non suffi ciente, perché il candidato fa parte di un Partito che a sua volta partecipa ad una coalizione che ha precisi presupposti e principi polítici ed ideologici che interessano la maniera di intendere la persona, la società, la religione, lo Stato e il modo di organizzarlo.

Chi vince le elezioni non è il Candidato soltanto, ma anche e soprat-tutto la Coalizione politica di appartenenza, Pertanto la scelta è soprat-tutto una scelta di campo.

PARLIAMONEcon l’Avvocato Giuseppe Fusco [email protected]

Al di là delle discussioni interne e della giusta concorrenza causata dal sistema proporzionale, le due coalizioni si presentano con progetti politici, culturali, fi losofi ci e amministrativi opposti.

Per esempio, le relazioni tra cittadino e Stato (in generale, tra citta-dino e amministrazione pubblica centrale e periferica):

* La coalizione di centro destra dice che vuole ridurre sempre di più la ingombrante presenza dello Stato e delle sue burocrazie per permettere più libertà personale, sociale e economica in una visione liberal-democratica.

Insomma, Stato al minimo, agile, poco costoso e effi ciente.Essi dicono: lo Stato per il cittadino.* La coalizione di centro sinistra dice che vuole la riorganizzazione

dello Stato in modo tale che sia sempre più presente nella società sta-bilendone indirizzo e destino.

Lo Stato, amministrazione pubblica, che tutto regola e tutto con-cede.

Essi dicono: il cittadino per lo Stato.Ambedue visioni legittime e a noi la libertà di scegliere una o

l`altra.Tutto il resto viene, come si dice, a cascata.

AL DI LÁ DEI CANDIDATI, UNA SCELTA DI CAMPO

Participe da ComunitàCaros leitores, aguardamos suas sugestões, comentários e críticas sobre os tex-tos publicados.

na estante

NOTA DA REDAÇÃO:

Esclarecemos que a publicidade da “Lista Forza Italia — Aldo Chia-nello e Diego Tomassini”, publicada na edição 93, foi veiculada em página especial não caracterizando apoio por parte desta publicação ou do Consulado Geral da Itália do Rio de Janeiro, que anunciou na mesma ocasião. Esta Nota da Redação é veiculada para que não haja má interpretação. Destaca-se a impressão — no canto superior direito da peça publicitária — da menção “Inserção Publicitária”.

cartasTRADIÇÕES

Sugiro uma matéria sobre as tradições italianas enfocando trajetória das famílias e seus brasões. Meus bisavós, por exemplo, têm uma his-tória bem interessante.

CARLOS ALBERTO TAVOLARO por e-mail

DESRESPEITO

Na intenção de obter a cidadania italiana, minha fi lha decidiu estudar italiano na Itália. Se matriculou numa escola e procurou a Polícia Fede-ral. Para sua surpresa, uma funcionária garantiu que ela seria expulsa imediatamente do país porque seu visto de permanência havia esgota-do. O prazo máximo é de oito dias e ela já estava há dez no país. Ame-açada minha fi lha teve cinco dias para sair da Itália mesmo com toda documentação em dia para a obtenção da cidadania. Além disso, está impedida de retornar ao país nos próximos 10 anos. Pretendia visitar a Itália, mas depois desse incidente, vou rever meus projetos.

JORGE PICCOLOTTOpor e-mail

PRAZER

A revista é grafi camente bela, com muita informação e com ótimos artigos, como o “La traversata in barca Icaraí-Santa Rosa” de Marco Lucchesi. É muito comovente, nos fala de Niterói, de um caminho que muitas vezes percorri, de seus sonhos de criança e dos Salesianos. Co-mo se não bastasse tudo isso, ainda vem com “Mosaico” trazendo-nos poesia. É bom demais!

SONIA SALESpor e-mail

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Tre libri di Günter Grass hanno raggiun-to in Brasile una discreta diffusione: Die Blechtrommel, Die Rättin e Ein weites Feld. Come se ognuno dei quali presen-

tasse una sola narrativa di lungo fraseggio, sin-tassi complessiva, pronomi diversi che destano plurimi sentimenti e interpretazioni nei riguardi feuerbachiani del mondo. Quasi una scritta mu-sicale, una fuga, un concerto elittico, in cui il tutto e le parti creano un disegno mobile, com-plesso e avvincente — dove la ragione politica agisce sulla trama della storia. Ma quel che pare sorprendente riposa nell’indipendenza del pen-siero di Grass (come quella di Heinrich Böll) e che sottolinea la qualità di quelle stesse opere, libere di strani compromessi e parziali dialetti-che. A lui non mancò (come neppure oggi — col Gambero) quell’ethos ampio e totale, quel sen-so trasversale al concetto di letterarietà (o di literaturnost), che suona per molti critici come qualcosa di strano e incompatibile — ripren-dendo quasi l’antica e falsa tensione tra poesia e non poesia. Grass non fa politica adoperan-do le sue pagine d´arte. Come pure non lo fa Dante — con Bonifacio VIII, Manzoni con Don Cristoforo, Stendhal con Bonapar-te. Si tratta invece di una politica inse-rita nel campo della poetica. Direi quasi una poletica. Il rischio letterario — per dirla come Blanchot — ricrea un oriz-zonte pluricausale, e proprio per questo scema la sua densità letteraria speci-fi ca. E questa prospettiva si palesa sin dalle prime pagine dell’opera Die Blechtrommel, uscito nell’immediato dopoguerra. Il romanzo non offri-va — come lo ricorda Reiner Kunze

— una purifi cazione del nazional-socialismo e tantomeno si trasformava “ in un inno alla bon-tà, alla verità, alla bellezza, seguendo il canone del neoclassicismo tedesco.” Grass aveva scelto il grottesco, in cui la vita del personaggio, Oskar Matzerath, corrispondeva alla degradazione mo-rale e politica iniziatasi prima della fi ne della Repubblica di Weimar — come hanno dimostra-to Broch e Canetti, Döblin e Mann. Un libro sco-modo. Un ritratto spietato del secolo XX, della Germania quale metafora epistemologica di quel secolo troppo breve. Ma letterariamente fedele a se stesso, come a se stesso lo furono Rabelais e Hermann Broch — con quel suo notevole Die Schuldlosen — Grass si mantenne aperto a quel-lo straordinario fi uto poetico. Lo diceva Canetti: lo scrittore è il cane del suo tempo. Veglia. Sor-veglia. Annusa.

Quarant’anni dopo, risorge la Germania co-me un Weites Feld, con i suoi Hofftaler e Fon-ty — in una vera memoria ellittica o di spirale vichiana — movendo dalla Guerra Franco Prus-siana ai nostri giorni. Contrario all’unifi cazione immediata - sprovvista di un orizzonte etico in-clusivo e maggiore — Grass cercava di salvare la parte orientale — l’ex-DDR — dalla sfrena-ta ambizione occidentale. Preferiva un pro-cesso lento e graduale. Una confederazione. E quel che allora sembrava l’eresia democra-tica di uno scrittore, un pensiero dissonan-te e biasimevole, si è purtroppo dimostrato

La Memoria Ellittica di Günter Grass

vero. Autofagia. Fagocitose. E troppi conti da fare. O da aggiustare...

Dopo Weites Feld, si è tradotto in Brasile La Ratta. Capovolta la sua cronologia, non si tro-va in quel romanzo niente che lo ravvicini agli strani colori di un Trakl (“Die Ratten”) o al pro-satore brasiliano Dionélio Machado (Os ratos). Contempliamo una sconvolgente naturalità. Co-me quella di una fi aba post-apocalittica, quando non ci sarà un sol uomo sulla terra, in cui gli uomini saranno “soltanto sognati dai topi, sola realtà, spesso reinventata”

La metafora non conosce dei limiti ben pre-cisi. Tutte le germanie dei suoi romanzi oltre-passano le loro frontiere, e si confondono con il mondo stesso. Ne La Ratta assistiamo ad un’epi-ca morta dell’Umanità, tedesca e oltre che, mos-sa da guerre cruenti e suicide, risorge appena nella memoria dei ratti, aldilà di tutte le rovine. Lo spiraglio di un nuovo umanesimo trova nei topi il suo fermo bastione! Ma quel che ci pre-senta Grass non è il canto del cigno dell’umanità e neppure la forza di un destino ferreo. Non la fi ne di un brave new world, ma il cospetto della barbarie contemporanea e forse quel possibile anno zero. Dopo quella stessa cultura di morte e oppressione. E in ciò coincide con la cecità, di Saramago, e con l’apocalissi, di Guido Morselli. La fi ne avvertita. E more poetico demonstrata, con un misto di speranza e crudeltà.

Marco Lucchesi - Articolo

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Entrevista

Não é difícil bater um papo com o apresentador Fausto Silva, o Faustão. E olha que foi preciso interromper a conversa em seu camarim, no Projac, para que ele pudesse, enfim, descansar de uma extenuante gravação do programa, que foi ao ar no domingo de Carnaval. Pausa? Nada disso. “Você não vai me perguntar nada sobre a Itália?”, inquiriu ele. Afinal, quando o assunto é “cultura italiana”, Faustão tagarela como nunca.

Ele mesmo afirma não entender direito porque ama tanto a Bota. Em uma bem-humorada entrevista à Comunità, o apresentador falou sobre a transição da carreira de jornalista para a de apresentador de TV. E se justificou por ser avesso a entrevistas.

Faustão começou a carreira aos 14 anos, na Rádio Centenário de Araras, do interior paulista. O saudoso radialista Blota Júnior é quem o descobriu. Foi repórter durante 20 anos do jornal O Estado de S.Paulo. Trabalhou na rádio Excelsior, onde despontou como um inovador apresentador de auditório ao comandar o revolucionário programa “Balancê”, na década de 1970, transmitido ao vivo do Teatro Piolim. Do jornalismo, extraiu a versatilidade e conhecimento que, garante ele, foram decisivos para compor o “Fausto Silva da TV”, que surgiu em 1982, no programa “Perdidos na noite”, que varava as madrugadas da TV Bandeirantes. Uma experiência que mantém há 17 anos ininterruptos o programa Domingão, da TV Globo.

No final da entrevista, perguntei se iria ao show dos Rolling Stones, que aconteceu na noite daquele sábado em que conversamos no Projac: “Rolling Stones?! Que nada... vou mesmo ao Rolling sono”. Finalmente terminamos o bate-papo porque, no dia seguinte, o programa seria transmitido ao vivo.

Não é oriundi...imagine

se fosse!

Comunità — Por que você concede poucas entrevistas?Faustão — Se eu abrir exceção terei de fazer trezentas entrevistas por dia. E não é porque sou importante, ou porque sou de televisão, não. Trabalhei em jornal, no Estadão [O Estado de S.Paulo], há mais de 20 anos e essa área de televisão é terrível. É por que não tem assunto. Nessa área de quem faz [jornalista que cobre bas-tidores da TV] televisão só se verifi ca merda. Aí, não tem assunto.C.I. — O professor de linguagem verbal Rei-naldo Polito lançou um livro no seu antigo programa [Perdidos na Noite, da TV Bandei-rantes na década de 1980] e disse que a pri-meira edição esgotou em menos de uma se-mana após a entrevista contigo. Qual a recei-ta para um apresentador exercer essa infl uên-cia no público e manter um programa há 17 anos, como é o caso do “Domingão”?Faustão — O fato de eu ter trabalhado muito tempo em rádio e em jornal me ajudou muito quando fui para a televisão. Trabalhei mais em TV do que em jornal. Trabalhei no Bom Dia São Paulo [TV Globo], TV Record... o jornal te dá o

André Felipe Lima*

conteúdo. Você tem de fazer o lide [as pergun-tas “o quê?”, “quando?”, “quem?”, “onde?”, “como?” e “por quê?” feitas por jornalistas pa-ra uma reportagem], fazer a observação pessoal, todas essas coisas. O rádio tem aquele imediatis-mo, agilidade, que são insuperáveis e, principal-mente, porque se trabalha em condição adversa. Trabalhei em reportagem geral, cobertura de in-cêndio, polícia, política, chá da primeira dama. Tudo isso, mais programas de rádio, de música, de jornalismo, cobertura de carnaval, sexta-feira santa, desfi le de sete setembro... o rádio te obri-ga a fi car muito tempo a enrolar, no bom senti-do. Tudo isso me ajudou na TV. Agora, não procu-rei, de forma obcecada, obstinada ou neurótica, essa coisa de sucesso na televisão. Como dizem: “Nada acontece por acaso”, porque já tinha vinte e poucos anos de jornalismo. Eu ia comprar uma rádio no interior de São Paulo, aí recebi a pro-posta para fazer o Bom Dia São Paulo.C.I. — Qual era a rádio?Faustão — De Campinas, Araras e Batatais, a Rádio Clube Ararense.C.I. — Você começou a carreira aos 15 anos mesmo? Quem te descobriu, afi nal?

Faustão — Quatorze anos, na verdade, em 1964. Gozado... eu curtia muito rádio e futebol. Quan-do fui para Campinas foi para jogar bola no Gua-rani, com o Cilinho.C.I. — O Cilinho, que foi técnico do São Paulo na década de 1980?Faustão — Isso mesmo. Ele estava começando a carreira de técnico, em 1963 ou 64. Naquele tem-po se quisesse ser modelo, jogador de futebol, cantor — puta, meu! —, a família era contra. Tinha que estudar e o cacete. Hoje, é o contrário. Se o cara quiser estudar na faculdade, não. Entra lá no Big Brother, vai ser modelo... mudou com-pletamente. Aí, acabei indo trabalhar em rádio

por brincadeira mesmo. Gostava de rádio e o meu pai tinha amizade com o Blota Júnior [um dos mais conhecidos radialistas de São Paulo, morto em 22 de dezembro de 1999]. Através dele come-cei a trabalhar no rádio de 1964 até 1970.C.I. — O que você apresentava naquela oca-sião?Faustão — Tudo o que você possa imaginar. O rádio no interior é bom porque você fala um monte de besteira e numa rádio grande, falamos menos. Em rádio no interior tem de fazer a “ho-ra da Ave Maria”, programa sertanejo, programa policial, entrevista, noite de autógrafos, que é outro apogeu da merda [sic] também. Você co-bre carnaval... essa fauna toda acaba ajudando para que se tenha versatilidade. O fato de ter uma cultura bastante diversifi cada, de trabalhar com texto, na cobertura do Papa, incêndios do Joelma e do Andraus [O primeiro, em 1974, o segundo, em 1972], cobertura de seleção brasi-leira, Copa do Mundo... tudo me ajuda na impro-visação. Uma boa dose de informação para fazer [o trabalho na TV] com emoção. O programa de domingo tem de ser feito para todas as classes, todas as idades, no pior dia da semana porque é

o dia em que todo o mundo está vendo televisão junto. Durante a semana tem horário específi co para criança, para jovem, para o esporte, para novela, para o jornalismo... domingo, não. C.I. — Muitos criticam os repórteres que co-brem futebol, mas muitos deles foram bem sucedidos...

Faustão — Você pega Joelmir Beting, Arman-do Nogueira [profi ssionais que iniciaram a car-reira no jornalismo esportivo]... você tem toda a razão. Há um preconceito porque dizem que o “pessoal que sai do esporte é alienado”. Isso não é verdade. Há vários exemplos de gente que saiu do esporte [do jornalismo esportivo] e se deu bem em outras atividades.

C.I. — A que você atribui esse preconceito?Faustão — Preconceitos de todos os tipos. A vida, na verdade, é um grande jogo. Ou se entra em campo e toma pontapé, perde e ganha, ou fi ca na arquibancada. Você se expõe. O espor-te [a cobertura jornalística] te dá versatilidade. Tanto que um cara sai do esporte e vai para a

editoria de política, local, cultura e se dá bem. Agora, o inverso não acontece. Nós estamos no país dos preconceitos. Se há um país com a maior hipocrisia, é aqui. Onde fala que “não há racismo”, se fala que “existe uma igualdade”. Existe porra nenhuma! É o país do “faz-de-con-ta”. Se esquece um pouco disso no carnaval. Se o brasileiro tivesse um por cento da seriedade,

‘A vida, na verdade, é um grande jogo. Ou se entra em campo e toma pontapé, perde e

ganha, ou fica na arquibancada’

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Política

da união, do espírito de patriotismo que tem na Copa do Mundo e tivesse esse um por cento no resto, a gente não estaria na situação em que estamos. Veja o problema da educação. Só sairemos disso se haver educação decente. Is-so, não tem.C.I. — Todo o repórter de futebol tem as his-tórias mais inusitadas possíveis...Faustão — Tenho várias. De futebol tem uma porrada de jogadores que dizia: “Ah, estou ho-je realizando um sonho, vou jogar na cidade aonde Jesus nasceu: Belém do Pará”. Porra! [ri-sos] Não lembro quem falou isso, mas tenho um conteúdo desse tipo dito por um repórter. Fomos cobrir um jogo em Jaú e um repórter estava num churrasco e tomou um limão [cai-pirinha]. Dormiu, e dormiu atrás do gol. E aí, durante o jogo, saiu um puta de um quebra-pau do lado dele e ele estava lá, roncando. Acho que era o Jaedson. Aí o cara [locutor] falou: “O que houve aí, Jaedson?”. Ele disse assim: “Ouve a rádio educadora de Campinas”. Daí, ele acordou [risos]. C.I. — Estamos falando de sua carreira, mas a revista é para a comunidade italiana. Aliás, você viajou recentemente à Itália?Faustão — Não sou oriundi, mas esse meu amor pela Itália descobri através de amigos italianos aqui, no Brasil, e, principalmente, do Paulo Roberto Falcão. Fiz amizade com o Fal-cão quando ele surgiu na Taça São Paulo [de 1972, jogando pelo Internacional de Porto Ale-gre] e, por interesse comum, tanto meu quanto do Falcão, por moda, levei ele à várias confec-ções de amigos que tenho em São Paulo. Aí, nasceu uma amizade e — quando o Falcão já estava em Roma — fi quei uns quatro dias e fui à casa dele em Balduina, na via Alfredo Prusco, cento e sete. Ele morava num condomínio aon-de também morava o Giuliano Gemma. Foi ele quem começou a me mostrar o lado de moda. Nem ele sabe disso. Depois, não tive chance de contar. Estamos sempre juntos, aqui, mas um dia falei a ele que foi essa infl uência dele que fez com que eu me aprofundasse nas coi-sas da Itália. Fiz amizade com italianos que vi-vem aqui, como Geraldi Andriello, que é hoje o principal industrial da área de tecido e moda, é dono da Fidelli, tem cinco fábricas em São Pau-lo, e veio para cá em porão de navio; o velho alfaiate Raffaele Minelli, que foi um marco na história da elegância em São Paulo; Giovanni Bruno, Giancarlo Bola, Massimo Ferrari, Lucia-no Polarini e os irmãos Neroni [todos do ramo gastronômico]. Vou pelo menos duas vezes por ano à Itália. Tudo que você possa imaginar, eu conheço, quer dizer, só não conheço a Sicília. Historicamente eu já tinha ligação com a Itá-lia. Conheço mais de 50 cidades, já fui mais de 40 vezes lá. Tenho um envolvimento total com aquele país a tal ponto que os meus cachor-ros são italianos, da raça “cane corso”. Fui eu quem trouxe a raça para o Brasil. Tenho amigos na Itália: Eros Ramazzotti, Tiziano Ferro, Nico Fidenco, Laura Pausini, Pepino di Capri. Quan-do eles vêm aqui, se surpreendem com o meu conhecimento sobre a Itália. Já cheguei para o Pepino di Capri e conversamos, brincando, no dialeto napolitano. Os próprios italianos se surpreendem comigo por eu não ser oriundi e

falar italiano e gostar da Itália como eu acho que poucos italianos gostam do país e o admi-ram tanto quanto eu. C.I. — Qual o seu clube de coração na Itália?Faustão — Gozado, não tenho. Curto o Milan, a Roma... acompanho tudo pela televisão.C.I. — Na sua árvore genealógica não há mes-mo nenhum parente italiano?Faustão — Nada, nada. Tudo origem portugue-sa. Minha esposa [Luciana Cardoso] tem cidada-nia italiana pelo lado da mãe e portuguesa, pelo pai. Ela não tem a cidadania italiana, mas sim a portuguesa. C.I. — Já que é um amante da Itália, não pensa em obter a cidadania por parte da sua esposa?Faustão — Isso não me frustra. Sou muito bem tratado por lá [na Itália]. A única crítica que faço está na questão da educação familiar italia-na, que é complicada para eles próprios e acaba prejudicando. Eles exigem que os fi lhos morem perto deles.C.I. — O último censo italiano apontou índices absurdos de analfabetismo, abaixo até de paí-ses menos desenvolvidos economicamente...Faustão — O que me frustra, às vezes, é que, na verdade, a Itália não percebeu a força que tem. Era para estar numa situação melhor do que está.C.I. — Se pudesse votar na Itália, votaria em quem?Faustão — Não falaria da vida interna da políti-ca da Itália. Até porque não tenho conhecimen-

to profundo sobre essa questão. Não vivo lá para valer. Então, qualquer coisa que eu fale posso estar falando besteira e prefi ro não opinar. Ago-ra, país que tem Roberto Benigni, Vitório Sgarbi e Renzo Arbore; toda a parte da televisão e cul-tura italianas; Domenico de Masi... tem o jor-nalista Gerardo Landulfo, que é da editora Pol-vani... assino todas as revistas que se referem à Itália. Acho que nunca vi um caso doido de paixão pela Itália como o meu.C.I. — Participa da comunidade italiana no Brasil?Faustão — Em nada. Tenho só ligação afetiva e admiração pela fi bra de histórias do povo italia-no, que veio no navio. Embora não tenha nada de italiano é cada vez maior meu envolvimento com a Itália.C.I. — O italiano promoveu uma das maiores diásporas nos últimos 200 anos por todo o mundo. Só no Brasil são mais de 25 milhões de oriundi...Faustão — É, através da gastronomia, arte, cul-tura, música e esporte. Volto à Itália, no fi nal de abril. Devo fi car uns 15 dias, mas já fi quei um mês e meio. Vou geralmente para assuntos que as pessoas nem imaginam, sejam eles de moda, artesanal, cerâmica e etc.. A Itália é um museu a céu aberto. É o museu do design, do Armani. Vou à Fucecchio, onde tem uma fábrica de sa-patos e onde fi z amizade com um tal de Bruno da Reriz e então fi co sabendo de todas as novi-dades da área. Vou à Montecatini, um lugar de turismo mais procurado pelos italianos. Vou lá há mais de 15 anos. Quando vou para Valencia Pò, a cidade onde tem mais de 150 ourivesarias. Visito tudo por lá: às vezes saio de Roma e vou a Bari, que é uma cidade fascinante e o dialeto barese é muito legal. As regiões que não conhe-ço são Basilicata, Calábria e Sicília. O resto, já fui a tudo. C.I. — Você disse há pouco que a Itália preci-sava reconhecer mais a força que tem... Faustão — O problema da Itália está em olhar para si mesma. Eles têm tanto orgulho de si mesmos, mas falta foco. O italiano, às vezes, complica coisas simples. É o povo mais criativo do mundo, mais simpático. A humanidade vai re-conhecer um dia toda contribuição dessa comu-nidade italiana em cada país, seja fazendo café, não só na pasta, na pizza, no carpaccio, mas na movelaria, marcenaria, design...C.I. — Os brasileiros herdaram um pouco dis-so tudo que você mencionou?Faustão — Ah, sem dúvida. Sou apaixonado pela Itália. Para você ter uma idéia, curto toda a programação da televisão italiana, mesmo sendo uma programação mais antiga, mais lenta. Nada a ver com a brasileira. De algumas coisas eu gosto da RAI. Sei tudo o que acontece na vida artística italiana. Te juro, não sei nem explicar essa paixão pela Itália. E eu não bebo, nunca bebi na vida nem cerveja, vinho... nada. É curioso. Nem eu sei explicar porque não bebo. Trabalhei em jornal, rádio... lugares em que todo o mundo bebe e fuma, mas eu nunca bebi. Meu pai incentivou os fi lhos a beberem, mas eu não consegui. Somos seis irmãos, cinco irmãs e eu. Sou o mais velho. A única droga em que mexo é o meu programa [risos]. (colaborou Luciana Bezerra dos Santos).

‘Se há um país com a maior hipocrisia, é aqui. Onde fala que não há racismo, se fala que existe uma

igualdade (...) é o país do faz-de-conta’

Puntuale come la morte, anche nel 2006, sul fi nire dell’inverno, é arrivato il Festi-val di Sanremo. Un tempo non esistevano i vaccini oggi disponibili, quindi si pote-

va star certi che il morbillo e la parotite sareb-bero arrivati, e quando arrivavano eravamo a po-sto, tranquilli; era come aver pagato un debito e ci si sentiva sollevati. L’incubo era passato. Ora si aspetta Sanremo, sappiamo che deve arrivare, lo temiamo. Poi Sanremo arriva, lo guardiamo, ci annoiamo, scoliamo fi no in fondo il calice ama-ro, ma poi ci sentiamo meglio, con il piacere del dovere compiuto. E come la parotite, che si dice nuoccia alla virilità, Sanremo nuoce al buo-numore, ci rende tristi quasi come un carnevale paulistano. Ma ormai Sanremo fa parte di noi, come il compleanno, come la Quaresima, come la pioggia di marzo, e ci sentiremmo orfani se ci fosse repentinamente sottratto. Così, siamo quasi felici quando, anno dopo anno, Sanremo colpisce ancora. Sono ormai 56 i colpi sparati, e siamo ancora vivi.

Sulle canzoni dell’edizione 56 c’é poco da dire. Come sempre, alcune sono buone, altre meno, altre da gettare. Ma va riconosciuto lo sforzo, a mio parere riuscito, di fuggire dalla banalitá. È un fatto positivo. Addirittura, la canzone vincente è una geniale mescolanza tra l’idiozia, la furbizia e la sottigliezza metafi sica. L’autore Povia si era già presentato l’anno scorso con la canzone “Quando i bambini fanno oh... “. Era fuori concorso, altrimenti avrebbe vinto. E i bambini hanno fatto oh... l’anno intero, mentre gli adulti facevano “oh... santo cielo, ancora...“. Quest’anno, esauriti i bambini, ci ha provato col tubare dei piccioni, che fanno prrr... E ha vinto. Ha trovato la formula giusta per penetrare nei cuori semplici e nell’intelletto discutibile degli italiani che l’hanno votato. Aspettiamoci che, per il prossimo Sanremo, Povia e i suoi imita-tori ci delizieranno con pigolii, muggiti, barriti, ruggiti, belati, ecc. Ma le canzoni mi interessa-no poco; sono giochini che si vestono di serietà

quando rendono fortune ai loro autori e inter-preti. Delle altre, quelle che non rendono, maga-ri molto belle, non si parlerà mai più.

Mi interessa Sanremo come fatto di costume. È uno show televisivo come tanti altri ma in più ha preparazione, impatto e risonanza unici nel mondo italiano dello spettacolo. Probabilmente anche la dimensione del costo è unica. Grandi quindi sono le aspettative, ine-sauribili i commenti e severe le criti-che. E infatti se ne è parlato molto; in toni tiepidi le persone in qualche mo-do coinvolte o politicamente corrette, in toni aciduli le altre. Il verdetto più severo: l’auditel, giudizio universale dell’era cibernetica. Panariello, ahimé per lui, ha avuto meno spettatori che Bonolis, la Ventura, ecc. Sarà messo al rogo. Ma non voglio ripetere cose già dette da altri. Vorrei piuttosto co-gliere alcuni fl ash, per trarre poi alcune bonarie conclusioni sui valori che ispi-rano oggi il nostro cammino. Per esem-pio, facevano parte del circo quattro corazzieri femmine, tanto imponenti quanto imbranate. Hanno cercato di farle parlare ma non c’è stato verso. Meglio cosí. Il sito del Corriere della Sera, riproducendo foto apparse su un settimanale femminile, ce le ha mo-strate con pochissimi veli, in qualche caso senza velo alcuno. Si capiva chia-ramente che, in quella veste (per modo di dire), erano più a loro agio, ed è un peccato che abbiano voluto vestirle, anche se si trattava di abiti di griffe. Ci sono stati poi gli ospiti e, su questo punto, pungenti sono state le critiche. Ma voglio dire anch’io la mia sull’ospite John Travolta.

Questo signore, si fa per dire, è stato in scena una decina di minuti, ha detto circa dieci parole, ovviamen-

te in inglese, ha fatto fi nta di canticchiare una canzone che non conosceva, e se n’è andato in gran fretta come se il teatro stesse prendendo fuoco. I giornali dicono che abbia preso (gua-dagnato sarebbe una parola impropria) un ca-chet di 400.000 euro. Si capiva chiaramente, dall’espressione tesa del viso, che il Travolta, mentre scappava, teneva mentalmente stretto il suo malloppo e era molto ansioso di investir-lo in borsa. Una impresa seria farebbe causa al Travolta e/o licenzierebbe il direttore della pro-duzione, ma per la RAI 400.000 euro non fanno differenza. Fabrizio del Noce, il direttore, affer-ma: gli spettatori vogliono lo show, noi glielo diamo per avere alti indici di ascolto perché so-no essi che ci permettono gli investimenti. Co-me l’ingaggio di Travolta.

Penso alla nostra sinistra disubbidiente, in servizio permanente effettivo. Perché invece di inseguire certe cause idiote non “disubbidisce” per una causa giusta: non pagare il canone che la RAI esige, a termini di legge, per propinare ai suoi utenti un prodotto cosí scadente? Quanto al festival della canzone, ritengo non debba diven-tare uno show, nel quale le canzoni sembrano essere un pretesto fastidioso e trascurabile. È il festival della canzone; la canzone è protagoni-sta e il contorno sia correttamente presente ma leggero, affi nché il susseguirsi delle canzoni non diventi simile alla lettura dell’elenco telefonico, o meglio, con la nuova vena animalista, una vi-sita accademica al giardino zoologico. I meno giovani ricorderanno i festival degli anni ’50 e ’60: per favore, ridateci Nilla Pizzi!

Opinione

Ezio Maranesi

Sanremo nuoce al buonumorePovia ha trovato la formula giusta per penetrare nei cuori semplici degli italiani

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contro i 54,69% di share e 16.599.000 spettatori conquistati la scorsa edizione da Paolo Bonolis.

La seconda serata è stata segnata dalle scuse di Ilary Blasi per il se-no scoperto improvvisamente, e da quelle di Panariello per un ritmo che manca, non solo alla produzione ma anche alle canzoni, tutte di carattere molto melodico. "Trovo che le pubblicità dentro al Festival siano mas-sacranti. È una delle cose che non faranno mai partire questo Festival. Anche volendo, è diffi cile, se lo show viene continuamente spezzettato. Si perde il ritmo, il pathos e la grinta. Questi stop sono veramente troppi", si difende il conduttore, mentre si dimentica che sono proprio le pubblicità che rendono possibile il pagamento di superospiti, come ad esempio John Travolta, che avrebbe ricevuto niente meno che 400 mila euro. Insomma, tutte scuse, perché anche Bonolis aveva gli spot l’anno scorso. "Panariello, scenografi a e canzoni non vanno", hanno dichiarato i membri della cate-goria dei pubblicitari. Per completare, il conduttore cerca di trovare altri motivi al fallimento, fi nendo per peggiorare ancora di più l’immagine di sé e del suo Festival. "Io vengo da un fi lm, la Cabello da Mtv, la Blasi ha fatto un bambino. Fateci prendere il passo. L’anno scorso Paolo Bonolis veniva da una frequenza televisiva lunga, aveva il ritmo dentro l’orecchio". Ma Panariello non convince nessuno con tutte queste spiegazioni del perché dei brutti risultati. Per questa seconda puntata, un altro giro delle canzoni in gara, Francesco Totti in platea e l’attore Jesse McCartney come ospite.

Mercoledì, pausa, va in onda la partita di calcio tra Italia e Germania. Giovedì, torna il Festival nella sua terza serata con un’ incredibile sfi lata di ospiti. Ma Leonardo Pieraccio-ni, Carlo Verdone, John Cena, gli olimpionici di Torino 2006 e tutti gli altri non sono bastati a far riprendere quota agli ascol-ti, che si attestano in media sui 6.234.000 telespettatori con il 33,49 % di share.

Ormai arrivati sulla quarta e penultima serata, Fabrizio Del Noce, direttore di Rai Uno, dichiara di non pensare più agli ascolti, ma di voler concludere la kermesse con dignità. "Fran-camente ci aspettavamo qual-cosa di più per come la serata è stata costruita, per il buon risultato dal punto di vista ar-tistico, ma gli ascolti non sono più il nostro obiettivo, che in-

Musica

vece è fi nire il Festival con dignità artistica". I fi nalisti della 56ª edizione di Sanremo sono: Dolcenera e Anna Tatangelo nella categoria "donne", Michele Zarrillo e Povia per "uomini", Nomadi e Zero Assoluto per "gruppi", e Simone Cristicchi e Riccardo Maffoni per la categoria "giovani".

La fi nale del Festival targato Giorgio Panariello si risolleva negli ascol-ti, portando a casa una media ponderata del 48,23% di share. La serata è iniziata con lo spirito del Sanremo di una volta, quello bello ed elegante di Domenico Modugno, autore di "Vecchio frac", canzone che viene inter-pretata da Giancarlo Giannini. Ma i veri protagonisti della serata sono gli artisti che più e meglio di altri hanno fatto trionfare la musica italiana all'estero: i commendatori Laura Pausini ed Eros Ramazzotti e il Grand'Uf-

fi ciale Andrea Bocelli. In realtà, anche Zucchero è stato nominato commendatore, ma non era pre-sente. Loro hanno ricevuto queste onorifi cenze dallo Stato italiano e per farne la consegna a Sanremo, il Presidente Carlo Azeglio Ciampi ha incaricato il sottosegretario al-la Presidenza del Consiglio, Gianni Letta, che nel pomeriggio si era presentato come "un postino di lusso, lieto e onorato di essere a Sanremo per la consegna delle onorifi cenze".

Nella serata conclusiva del Festival è stato Andrea Bocelli il primo a cantare, interpretando "Il mare calmo della sera" e poi con la popstar Christina Aguillera, duetta con "Somos novios". La sua presentazione si conclude con "Be-

cause we believe", scritta per le Olimpiadi di Torino 2006. Dopo arriva Eros Ramazzotti, che entra sul palco cantando "Terra promessa", con la quale vinse a Sanremo nel 1984, nella categoria "giovani". In seguito, esegue "Una storia importante" e "Adesso tu", altri suoi due successi. Poi, inter-preta "I belong to you" con Anastacia. Per concludere con i superospiti, arriva Laura Pausini che canta alcuni dei suoi successi come "La solitudi-ne" e "Strani amori". Poi interpreta "She" di Charles Aznavour rivisitata in italiano. Alla domanda di Panariello su di un sogno ancora irrealizzato, Laura confessa: "Essere madre e moglie. Ancora non ci sono riuscita, spero che accada presto". Intanto una cosa davvero bella accade, quando la Pau-sini ed Eros Ramazzotti, prima della proclamazione del vincitore, eseguono insieme "Nel blu dipinto di blu" nell'arrangiamento originale di Modugno.

Finalmente arriva il verdetto. Vincono Anna Tatangelo, Povia, i Nomadi e Riccardo Maffoni nelle varie categorie in cui è stato suddiviso il Festival, mentre il grande vincitore del Sanremo 2006 è Povia con la canzone "Vorrei

UOMINI – VINCITORE POVIA

“…solo con te” Alex Britti“Sparirò" Luca Dirisio“Liberi di sognare" Gianluca Grignani“Vorrei avere il becco" Povia “L’uomo delle stelle" Ron“L’alfabeto degli amanti" Michele Zarrillo

DONNE – VINCITRICE ANNA TATANGELO

“Processo a me stessa” Anna Oxa“Com’è straordinaria la vita" Dolcenera“Tempesta” Simona Bencini“Essere una donna" Anna Tatangelo“Lei ha la notte" Nicky Nicolai“Noi non possiamo cambiare" Spagna

GRUPPI – VINCITORI NOMADI

“Dove si va” Nomadi“Svegliarsi la mattina" Zero Assoluto

“Un discorso in generale"Noa, Carlo Fava & Solis String Quartet

“Solo lei mi dà” Sugarfree“Un altro posto nel mondo" Mario Venuti & Arancia Sonora

“Musica e speranza"I ragazzi di Scampia con Gigi Finizio

GIOVANI – VINCITORE RICCARDO MAFFONI

“Rido…forse mi sbaglio” Ameba 4“Nel tuo mare” Andrea Ori“Non dimentico più” Deasonika“Di luna morirei” Melena Hellwig“Con un gesto” Ivan Segreto“Irraggiungibile” L’aura“Sole negli occhi” Riccardo Maffoni“Che bella gente” Simone Cristicchi“Davvero” Virginio“Capirò crescerai” Antonello“Preda innocente” Tiziano Orecchio“Un mondo senza parole” Monia Russo

‘Vorrei avere il becco’ vince Festival di Sanremo

Ana Paula TorresCorrespondente • ROMA

Con metafora sulla fedeltà coniugale Povia batte Nomadi, Anna Tatangelo e Riccardo Maffoni

Da sinistra, Victoria Cabello, Giorgio Panariello e Ilary Blasi, i conduttori del Festival di Sanremo. A destra Vittoria Elena Risketa canta il brano che le ha fatto vincere il concorso canoro nazionale Macedonia

Vittoria di Povia in un festival avvelenato dalle critiche. Onorificenze a Bocelli, Ramazzotti e Pausini

avere un becco". E' l’attrice Virna Lisi a consegnargli il premio, ma lui forse non ci fa nemmeno troppo caso, data la sua grande commozione. Ringrazia subito il suo produttore e poi si rivolge alla sua compagna Teresa dicendole "Volevo dirti che ti amo e ti amerò per sempre e ti ringrazio di aver dato alla luce una bambina bellissima come Emma. Dedico questa vittoria a mia mamma e mio papà, sono quarant'anni che stanno insieme, ma non li vedo mai darsi un bacio, quindi papà, ti prego, alzati e dài un bacio alla mamma". Povia fa vedere a tutti la sua semplicità, proprio quella che il cantante esprime nella sua canzone. Attraverso una metafora si serve dei piccioni per parlare della fedeltà coniugale. "La struttura portante della società è la famiglia, e se si sgretola questa struttura, si sgretola questa società. Questo il senso della mia canzone. La gente, a certi valori ci ha sempre creduto, nonostante la crisi degli affetti, dei sentimenti", spiega.

Insomma, un risultato a sorpresa. Erano più favoriti i Nomadi con la canzone "Dove si va" sulla guerra e la speranza. Il pubblico, con il televo-to, ha premiato la famiglia ed i sentimenti espressi nella canzone di Po-via invece delle radici operaie della "rossa" Emilia Romagna dei Nomadi, storico gruppo italiano che è tornato a Sanremo dopo 35 anni dall’ultima partecipazione. Ormai è fi nita la 56ª edizione del Festival della canzone italiana. Tra un anno vedremo cosa succederà alla prossima kermesse che tornerà alla conduzione di Pippo Baudo, un presentatore non certo alle prime armi nel calcare il palcoscenico dell’Ariston.

LLa 56ª edizione del Festival della canzone italiana è iniziata con un lungo monologo del conduttore Giorgio Panariello con tanto di ringraziamenti e classiche battute. "Come prima cosa volevo rin-graziare lo scenografo, Dante Ferretti, che ha fatto questo capola-

voro straordinario che mi circonda". Poi, continua: "Immaginate la mia emozione: questo palcoscenico è stato calpestato da Baudo, Buongior-no, Corrado, Carrà. Qui è caduto Jovanotti, Benigni, e pure la spallina di Patsy Kensit". E subito dopo, Panariello ha chiamato sul palco del teatro Ariston di Sanremo le sue compagne femminili di avventura, Ilary Blasi, moglie del calciatore romano Francesco Totti, e Victoria Cabello. Final-mente si parte con la presentazione delle canzoni in gara, mentre l’ospi-te di onore della serata è l’attore John Travolta. L’audience si rivela una grande delusione per la Rai, con 44,45% di share e 9.141.000 spettatori,

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Luciana Bezerra dos Santos

CAXIAS DO SUL — A 26ª Festa Nacional da Uva e a 20ª Feira Agroindustrial em Caxias do Sul rendeu mais do que espe-ravam os organizadores e prefeitura lo-

cal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais uma vez prestigiou o evento e anunciou novos subsídios para a produção de vinho no País. Os principais investidores do Rio Grande do Sul, na-turalmente, empolgaram-se, não somente com a pompa do discurso de Lula, mas também com o saldo do mega-encontro, que registrou a presen-ça de 890 mil pessoas na cidade, com os turistas gastando uma média diária de R$ 80 no evento. E o mais importante: do volume total de uvas colhidas na cidade, cerca de 10% a 15% têm como destino a venda in natura, basicamente as variedades Niágara e Isabel, que foram distribu-ídas durante o evento. Foram consumidas 220 toneladas de uvas e gerados cerca de 2,5 mil postos de trabalho durante a Festa da Uva, que aconteceu de 17 de fevereiro a 5 de março.

Para esta edição, a organização e prefeitura de Caxias do Sul gastaram mais do que em 2005. Foram desembolsados R$ 6,5 milhões, enquanto que no ano anterior R$ 5 milhões foram consu-midos. A terceirização de serviços foi prioridade. Os principais investimentos no parque em que a

festa e a feira aconteceram foram na abertura e pavimentação de vias, instalação de câmeras de segurança, implantação de estacionamento com espaço para 300 ônibus e reforma geral das re-des elétrica e hidráulica.

— Vimos que seria mais econômico e pro-dutivo terceirizar as contratações do que fazê-las diretamente pela comissão [organizadora] — explicou Paulo Poletto, diretor administra-tivo e fi nanceiro da Comissão Comunitária e da empresa da Festa Nacional da Uva.

O esforço empreendedor valeu a pena. Quem visitou Caxias do Sul não teve do que reclamar. A empresária carioca Isaura Gouvea, que até en-tão só conhecia a festa pelos comentários de amigos, resolveu antecipar o carnaval e trouxe a tira-colo o marido, o engenheiro Ademir Paviani, e a fi lha Clara, de 10 anos.

— Este ano resolvemos mudar o roteiro do carnaval. Como estamos de férias, optamos pela Serra Gaúcha, que não conhecíamos. Estou ado-rando a Festa. É tudo diferente: os costumes, a cultura... estou me sentindo na Europa. Minha fi lha nunca imaginaria que comeria uva no pé — assegurou a empresária.

Durante a apresentação do espetáculo Som e Luz, havia uma animada turminha da terceira

idade, com 15 pessoas. Incauta, a repórter per-guntou se todos eram de Caxias mesmo. E logo veio a resposta, com sotaque mineiro: “Não, uai! Somos de Belo Horizonte!”. Os idosos via-jaram cerca de 18 horas para prestigiar o evento e apreciar as belezas da Serra Gaúcha. Segundo a responsável pelo grupo, Ivone Mendonça, a viagem “é cansativa”, mas vivenciar de perto os costumes da região... “não tem preço”.

— Espero estar viva em 2008 para estar no-vamente aqui — almeja a simpática aposenta-da, Adelaide Novaes, que desde que o marido faleceu começou a viajar Brasil a fora com suas amigas da terceira idade.

LULA SE ESBALDOUO presidente Lula fez discurso. Nas entrelinhas, percebeu-se que tentará manter o posto nas próximas eleições. Mas nem tudo foi falação. Sobrou tempo para que se divertisse. Com a pri-meira-dama Marisa Letícia e os ministros Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário, Roberto Rodrigues, da Agricultura, Dilma Rousseff, da Casa Civil, Lula passeou pelos pavilhões da Feira e arriscou-se, na Casa do Colono, a debulhar o milho durante a Olimpíada Colonial da Festa da Uva. E não é a primeira vez que o presidente se

sente a vontade em Caxias do Sul. Na edição de 2004 participou da prova de fazer bíguli. O em-baixador da Itália no Brasil, Michele Valensise, também pegou carona na comitiva presidencial e prestigiou a Festa da Uva.

Mas a turma do vinho queria mesmo é saber de apoio à produção. Foi atendida. Na abertura da Festa da Uva, Lula garantiu que o fi nancia-mento de R$ 250 milhões para os produtores de vinho não é falácia. Tanto que os recursos já es-tão disponíveis nas agências do Banco do Brasil, desde 20 de fevereiro. Do montante, R$ 150 mi-lhões são do EGF (Empréstimo do Governo Fede-ral) e os R$ 100 milhões restantes, da iniciativa privada. O EGF terá juros anuais de 8,75% e o pagamento das parcelas mensais ocorrerá no pe-ríodo de maio a dezembro de 2007.

A linha de crédito do Pronaf (Programa Na-cional de Fortalecimento da Agricultura Fami-liar) caiu como uma luva. O objetivo do progra-ma é melhorar a venda, fi scalização e qualidade da produção da uva e do vinho no Rio Grande do Sul. Vinte mil produtores de uva e mais de 650 vinícolas serão benefi ciados. A expectativa é de que a medida ajude a cumprir a política de preço mínimo da uva: R$ 0,42 por quilo da fru-ta. Porém Lula deixou claro aos produtores que a política do “Deus dará e ao vosso reino, nada” não vai funcionar. Sobretudo quando o assunto é apoio federal à exportação do vinho brasileiro para que se torne mais competitivo.

— Nem vocês podem fi car pensando que tudo depende de uma ação do governo, nem o governo pode fi car pensando que tudo de-pende da vontade indi-vidual. Nós temos que assumir a responsabili-dade coletiva — desfe-riu Lula. Segundo ele, é preciso que o produtor brasileiro pare de recla-mar da presença do vi-nho argentino no Brasil e pense em alternativas para levar o vinho bra-sileiro ao mercado por-tenho. — Não há tem-po para lamentar, há tempo para trabalhar cada vez mais — completou.

Mesmo assim, Lula anunciou em Caxias do Sul convênios para o programa de apoio às ex-portações do setor vinícola, maior controle na fi scalização nacional de vinhos e liberação de R$ 1 milhão para compra de espectrômetro de massas, que equipará o Laboratório de Enologia da Secretaria Estadual da Agricultura, localizado em Caxias do Sul.

Os empresários e executivos presentes na Festa da Uva gostaram do que ouviram, mas sempre com um pé-atrás. Como o empresário Raul Randon, do Grupo Randon, que reconhece as vantagens para os produtores que não vão mais precisar esperar tanto tempo para receber o dinheiro das suas safras.

— O montante do fi nanciamento está dentro do que esperávamos. Acredito que não faltará dinheiro — disse o empresário, que recebeu Lu-la em seu estande.

— Estive com o Lula durante a abertura, mas não conversamos muito, apenas dei o meu queijo para ele e tomamos um vinho. Na minha opinião, os políticos estão em campanha perma-nente. Vencem as eleições e, no dia seguinte, já estão trabalhando suas imagens para uma próxi-ma — alfi netou Randon.

Durante a vista do presidente à Caxias do Sul, foram inevitáveis os comentários a respeito dos efeitos do escândalo “Mensalão” e da valo-rização do real sobre o dólar na economia. Ran-don, por exemplo, ressaltou como incômoda a situação política de Brasília, especifi camente

para os viticultores:— A crise do ‘Men-

salão’ e outras crises sempre afetam os em-presários. Outro fator ruim também foi a seca que atingiu a região sul em 2005. O Rio Grande do Sul exportava nove milhões de toneladas de soja e, com a se-ca, chegou a exportar dois milhões, ou seja, o estado perdeu sete milhões de toneladas e, com isso, receita tam-bém — disse o empre-

sário, um crítico da valorização do real. Segundo ele, a moeda brasileira está muito

valorizada sobre o dólar, o que “acaba difi cul-tando as exportações”.

— E cada vez mais está fi cando difícil expor-tar. E parece que o real será mais valorizado ain-da. A meu ver este ano será mais difícil ainda. Não vejo boas coisas para o Brasil da maneira em que está, com um real muito valorizado em cima do dólar.

O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, também esteve no evento e enfatizou que os subsídios ao vinho não vêm apenas de Brasília. Ele lembrou aos produtores sobre o re-passe, nos últimos três anos, de R$ 7,5 milhões do governo do Estado ao Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), além de mais R$ 3 milhões pre-vistos para este ano.

— Os estados do Brasil têm alíquotas de ICMS de 25% para o vinho. No Rio Grande do Sul, a alíquota era de 17% e foi diminuída em cinco

Lula discursou, bebeu vinho e prometeu mais incentivos para o setor. Os produtores de uvas gostaram do que ouviram e os turistas brindaram os resultados da 26ª Festa da Uva

Capa

Valeua pena

pontos percentuais, como crédito presumido, fi -cando em 12% — citou Rigotto.

Mesmo não sendo do ramo do vinho, a Mar-copolo também participou da Festa e da Feira Agroindustrial. A empresa, uma das maiores fa-bricantes de ônibus da América Latina, anteci-pou novos investimentos. Durante o encontro com Lula, foi cogitada a melhoria do sistema de fi nanciamento, para que as empresas nacionais tenham mais condições de renovar suas frotas. Além das fábricas do Brasil, a Marcopolo, cujo capital é exclusivamente nacional, mantém plantas industriais no México, Colômbia, Por-tugal e África do Sul. Em 2005, essas unidades produziram 16,4 mil ônibus e o faturamento re-gistrado foi de R$ 1,7 bilhão, dos quais 55% vieram das exportações e o restante, do mer-cado brasileiro.

— Devemos produzir entre as fábricas espa-lhadas no Brasil cerca de 50 unidades por dia dos diversos modelos. A expectativa para 2006 é de que nosso faturamento deverá chegar a R$ 1,8 bilhão — enfatizou Valter Gomes Pinto, di-retor corporativo da Marcopolo e vice-presidente do evento.

A Festa da Uva vem recheando os cofres pú-blicos e privados. O prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori, neto de italianos do Veneto, nasceu em uma colônia em Farroupilha e reco-nhece que a Festa é um evento que só deu certo nesses anos todos por causa do mutirão que se constrói em torno dela. O lucro se traduz em in-vestimentos, como o do pólo metal-mecânico.

— Foi através da Festa da Uva que o mu-nicípio desenvolveu o lado econômico, social, industrial, político, agrícola e cultural. Comecei minha carreira política em Caxias do Sul. Lem-bro-me que jogava bola com meus amigos do se-minário aqui nesta área, onde acontece a Festa da Uva — aponta Sartori. Sem eufemismos, ele destaca que a renda per capita de Caxias “gira em torno de US$ 2 mil” e o PIB “é de R$ 5,6 bilhões”. — É o terceiro maior PIB do estado. Os investimentos do município na área da educação chegam a 30% do nosso orçamento e na área da saúde, mais de 17%.

Só resta agora esperar o que a Festa da Uva de 2008 vai reservar de bom para os investi-dores gaúchos... e aos turistas também. Já há data marcada: de 21 de fevereiro a 9 de março de 2008.

‘O montante do financiamento está dentro do

que esperávamos. Acredito que não faltará dinheiro’

RAUL RANDON, EMPRESÁRIO

Lula e dona Marisa foram recebidos pelo governador Germano Rigotto. Muito vinho e a certeza de que via participar da corrida eleitoral

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Franco Urani

Il Brasile che non decolla

Ci stiamo ormai avvicinando alla sca-denza elettorale di ottobre e la stam-pa pubblica che il PIL brasiliano é cresciuto nel 2005 di soli 2,3%, ben

poco se si tiene conto di una sia pure conte-nuta espansione demografi ca, mentre la media mondiale del periodo è stata di ben 4,3%.

In effetti, sia pure con qualche oscilla-zione annua, è questa la media di crescita del PIANO REAL, quindi degli ultimi 12 anni, in cui il Brasile ha privilegiato la stabilità monetaria, la privatizzazione dell’economia, la modernizzazione dell’industria e della pro-duzione agricolo/zootecnica, con interventi sociali prevalentemente rivolti alla scuola ed alla sussistenza delle classi più povere.

Quindi i dati brasiliani di per sé non sareb-bero scoraggianti, anche perché parrebbe for-se preferibile contrapporre ad una tumultuosa crescita economica una razionalizzazione del sistema di vita, con particolare attenzione alla conservazione/ripristino dell’ambiente ed al contenimento demografi co, considerando che i 6,5 miliardi di abitanti sono già abbon-dantemente eccessivi per il nostro pianeta.

Peraltro, pur ammettendo uno sforzo serio e coerente nel settore economico dal 1995 in poi, che ha avuto anche inaspettata prosecuzione con il Governo Lula, occorre riconoscere che - qualora il Brasile avesse applicato criteri di gestione normalmente corretta - i risultati sarebbero stati ben di-versi, con indici di crescita annui che sareb-bero potuti essere del 7/10%, come avviene in altri paesi in fase di sviluppo quali Cina, India, Russia, Argentina, Venezuela. Basti ricordare che, in America Latina, il Brasile ha presentato la minor crescita dopo Haiti e che – nel ranking mondiale – è retrocesso in pochi anni da 8ª a 13ª potenza.

La situazione è diffi cile da comprendere, in quanto a corretti interventi di política eco-nomica ha corrisposto, specie in questi ultimi anni, un’ espansione senza precedenti dei

prezzi delle materie prime (siderurgiche, agrico-le, zootecniche) di cui il Brasile è ricchissimo, è stata raggiunta l’autosuffi cienza energetica, tecnologicamente il Paese ha fatto passi da gigante nell’industria, informatica, telefonia, il saldo commerciale è stato nel 2005 di oltre 40 miliardi di dollari, l’espansione della popolazio-ne è in constante diminuzione, non vi sono più state recenti crisi esterne che abbiano messo in diffi coltà il sistema Brasile, come in passato le vicende Irak e Russia.

Si desume quindi che i problemi di ammi-nistrazione del Paese siano serissimi e costi-tuiscano un insopportabile freno al suo logico sviluppo. Proviamo ad indicarli di seguito:

• la mancanza di strutture, di cui avevamo scritto nei mesi scorsi, e cioé di strade, ferrovie, idrovie, porti, sistemi di insilaggio, energia elet-trica, di cui si parla da anni senza avere ancora trovato una soluzione. La congiuntura interna-zionale presenta ampia liquidità e certamente gli interventi fi nanziari stranieri potrebbero essere ingenti se garantiti con chiarezza per un periodo suffi ciente di uso dell’opera, anche di 30/40 anni;

• la generalizzata cattiva amministrazione della cosa pubblica a livello federale, statale e municipale, con qualche eccezione che su-scita speranze (Stati di S. Paulo, S.ta Catarina, Minas Gerais, Ceará...). I motivi sono di incompetenza, spesso di insuffi ciente defi -nizione dei ruoli, purtroppo estesa corruzione, problemi questi esplosi soprattutto nel 2005 in sfera federale, comunque già da prima esistenti sia pure con mino-re intensità;

• le imposte brasiliane che, nel loro complesso sono di circa il 38% del PIL, le più elevate dell’America Latina ed a livello europeo, utilizzate in gran

parte per retribuire una macchina pubblica che funziona male e per il pagamento di inte-ressi astronomici, tra i più elevati del mondo considerato il tasso d’infl azione inferiore al 6% all’anno;

• il lavoro sommerso a livelli elevati, an-che come difesa alla tributazione eccessiva;

• la forte rivalutazione del Real soprat-tutto motivata dall’affl usso di capitali esteri speculativi per gli elevati interessi brasiliani;

• la pessima distribuzione del reddito che non accenna a migliorare;

• il sistema politico brasiliano che, dopo il periodo militare, ha partorito una Costituzio-ne che rende di estrema diffi coltà l’esercizio del potere esecutivo che deve venire a conti-nui compromessi con il legislativo;

• l´estrema lentezza del potere giudiziario;• la mancanza di piani di sviluppo a lungo

termine impegnativi e condivisi.L’Italia - che andrà alle urne agli inizi

del prossimo aprile – presenta molti problemi analoghi a quelli brasiliani, peraltro senza la potenzialità di soluzioni rapide ed effi caci che sembrerebbero a portata del Brasile, se pre-

varranno buon senso e corrette amministrazioni.

Opinione

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Guilherme AquinoCorrespondente • MILÃO

MILÃO — Os Jogos Olímpicos de In-verno de Turim resgataram o pres-tígio da cidade, refém até poucos anos atrás da fábrica de automóveis

Fiat. A Olimpíada deu um banho de infra-estru-tura e pavimentou a estrada cultural e tecno-lógica da antiga capital do Reino de Itália. Os turineses ganharam a sua linha de Metrô. Os museus receberam um toque de modernidade — o Egípcio, por exemplo, ganhou uma nova iluminação à altura da importância das obras expostas. O comércio, o turismo, a gastrono-mia e os serviços levaram uma injeção de oti-mismo. Cerca de 10 mil jornalistas italianos e estrangeiros amplifi caram para o mundo inteiro as qualidades de Turim e das cidades — sedes espalhadas nos vales das montanhas olímpicas. A organização impecável da gigantesca máqui-na olímpica funcionou como se fosse de casa há muito tempo. E, de longe, se notava que não se tratava apenas de um complexo aperfeiçoa-mento dos erros e a acertos vistos e estudados em olimpíadas anteriores, de inverno e verão. O toque italiano, da abertura ao fechamento, foi o fi o condutor de um espetáculo inesquecível.

Não dá para esquecer o olhar congelado — ou seria de fogo? — de Barbara Poli Fusar ao companheiro de patinagem no gelo Mauri-zio Margaglio depois que a chance de medalha escorregou das mãos após uma queda na pis-ta. A decepção na desclassifi cação de Giorgio

Rocca num tombo rocambolesco-digno de ini-ciante — no slalom, mostrou que até os ídolos têm os pés de gelo e são traídos pela falta de frieza. Ou a alegria de subir no lugar mais al-to do pódio do italiano Enrico Fabris, o mais veloz nos 1.500 metros sobre patins, a vitó-ria dos quatros cavaleiros da neve na prova do esqui de fundo, 4x10km, como Valbusa, Piller Cottrer , Zorzi e Di Centa, este último repetiria a dose sozinho ao ganhar a última competi-ção dos Jogos, os 50 quilômetros do esqui de fundo, uma versão branca, nevada — mas não menos suada e espe-tacular — da vitória de Stefano Baldini na maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas. A Itália, como anfi -triã, não fez feio mas levou para casa menos medalhas do que na última edição de in-verno, em Salt Lake City. Das 15 modalida-des, os “azzurri” subi-ram no pódio em 11,

uma despedida duplamente dourada de Michaela Dorfmeister, no super G e descida livre, aos 33 anos de idade.

A festa de Turim marcou também a tirania dos patrocinadores. Era quase impossível en-trar nas áreas de competição com grifes não ofi ciais. Os espectadores com bonés, camisas, macacões e casacos com frases publicitárias re-cebiam uma fi ta isolante em cima de cada letra, desenho ou escrita indesejáveis aos “donos” dos espaços enquadrados pelo olhar eletrônico das tele-câmeras.

Para muitos, os Jogos Olímpicos de Inverno são um luxo, um festival do circo branco de al-guns paises ricos do ocidente. É verdade que os atletas, escondidos em roupas quase de astro-nautas, e as pistas geralmente brancas causam um impacto quase monótono a primeira vista e a um observador superfi cial. Mas por debaixo de um macacão de alta tecnologia e por cima de uma pista de neve-artifi cial ou natural — ou de gelo — está o confronto entre homens e a na-tureza, a disputa entre homens, tempo e espaço, exatamente com os princípios da mais comum das competições que têm como únicos objetivos superar limites e proporcionar emoções.

EXÉRCITO DE BRANCALEONE NA NEVEO Brasil participou dos Jogos Olímpicos de In-verno de Turim com nove atletas, sendo quatro para o Bobsled. Os outros cinco disputaram pro-vas individuais. Num País onde a neve cai muito raramente, mesmo assim em condições para lá de especiais, é difícil crer em bons resultados. Mas a equipe nacional, composta por três mu-lheres e seis homens, formada por uma cario-ca, uma mineira, um gaúcho, um baiano, quatro paulistas e um suíço — naturalizado brasileiro — foi muito mais além de uma simples fi guração no gelo. Sobre uma prancha de snowboard, o Pa-ís tropical por natureza deslizou para as glórias do olímpo gelado.

A responsável pelo feito foi a carioca Isabel Clark, 29 anos de praia. Ela competiu com 23 concorrentes, todas com posições melhores que a sua no ranking mundial. Mas ao fi nal a brasi-leira conquistou a nona colocação na prova de snowboarder. A ex-surfi sta de praia, da Barra, deixou para trás, entre manobras radicais e sal-tos ousados, atletas que têm a neve no quintal de casa até seis meses por ano. Uma francesa, uma suíça e uma alemã caíram durante a apre-sentação. Já a brasileira equilibrista não come-teu erros.

A responsável pelo feito foi a carioca Isabel Clark, 29 anos de praia. Ela competiu com 23 concorrentes, todas com posições melhores que a sua no ranking mundial. Mas ao fi nal a brasi-leira conquistou a nona colocação na prova de snowboarder. A ex-surfi sta de praia, da Barra, deixou para trás, entre manobras radicais e sal-tos ousados, atletas que têm a neve no quintal de casa até seis meses por ano. Uma francesa, uma suíça e uma alemã caíram durante a apre-sentação. Já a brasileira equilibrista não come-

Deucerto!

Esporte

mas na contagem fi nal fi caram em nono lugar, atrás da Alemanha, Estados Unidos, Áustria, Rússia, Canadá, Suécia, Coréia e Suíça.

A competição leal, a esportividade e a fra-ternidade foram o tripé desta quermesse entre os 2,5 mil atletas de 84 nações. Passados os momentos de tensão com as ameaças de pro-testos, de greves, de terrorismo, blitz antido-ping, fi cam os instantes mágicos presenteados pelo russo Pushenko, medalha de ouro na pati-nação artística, pelo austríaco Benjamim Raich, com o ouro no peito no slalom e no gigante e

Balanço da Olimpíada de Inverno mostra que Turim revitalizou-se como há muito não se via nas cidades italianas

‘Ficar entre as dez melhores do mundo é

fantástico’ISABEL CLARK, EX-SURFISTA DA PRAIA DA BARRA E NONA

COLOCADA NA PROVA DE SNOWBOARDER

QUADRO DE MEDALHAS

País Ouro Prata Bronze Total

1º Alemanha 11 12 6 29

2º EUA 9 9 7 25

3º Áustria 9 7 7 23

4º Rússia 8 6 8 22

5º Canadá 7 10 7 24

6º Suécia 7 2 5 14

7º Coréia do Sul 6 3 2 11

8º Suíça 5 4 5 14

9º Itália 5 0 6 11

10º França 3 2 4 9

11º Holanda 3 2 4 9

12º Estônia 3 0 0 3

13º Noruega 2 8 9 19

14º China 2 4 5 11

15º Rep. Tcheca 1 2 1 4

16º Croácia 1 2 0 3

— Me dediquei a vida inteira pra chegar bem neste momento, fi car entre as dez melhores do mundo é fantástico — disse a brasileira que tro-cou o Rio de Janeiro por Whistler, no Canadá, para se dedicar aos treinos. E o resultado apare-ceu. Ela completou o percurso em meio a saltos e curvas sem ver a neve muito de perto como suas adversárias. Na pista de boardcross, mon-tada na cidade de Bardonechia, só deu aquela menina do País tropical surpreendendo a todos e a si mesma.

O preconceito brasileiro de que os esportes de neve são para gente rica começa a derreter com a “vitória” de Isabel. Ela foi apresentada ao snowboard em 1994 durante um viagem aos Es-tados Unidos. Mas gostou tanto que foi traba-lhar numa estação de esqui para custear as despesas de morar longe da casa dos pais no bairro do Humaitá, no Rio de Janeiro. E assim continuou a abrir a sua estrada sem depender da família até ser instrutora e, apenas este ano, com patrocínios e o apoio do Comitê Olímpico Brasileiro, pode se dedicar integralmente aos treinos. Ou seja, do céu caiu apenas a neve. A experiência acumulada e o resultado na Olimpíada de Turim fazem a brasileira sonhar em criar no Brasil um centro de esportes de neve.

Isabel é estudante de arquitetura na Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro e quer montar um projeto para desenvolver algumas modalida-des invernais em espaços fechados, como ocorre em vários países.

— Este é um sonho que tenho há algum tempo, é difícil mas não impossível — revela a atleta. Sem carros do corpo de bombeiros para desfi lar a céu aberto pela orla carioca, ela conti-nua na Europa para conhecer as tecnologias ca-pazes de realizar o seu sonho. Isabel vai visitar a Holanda, que a exemplo de outros países, tem centros de treinamento indoors, a portas fecha-das. — No Brasil tem muita gente talentosa que precisa apenas de condições ideais para mostrar

a sua qualidade — destacou ela. Mas antes de voltar a terrinha natal, a

snowboarder competira na etapa mundial em Lake Placid, nos Es-

tados Unidos. Somente depois é que ela vai poder retornar ao Brasil e matar as sauda-des e a sede, com um suco de graviola.

Decepção. Barbara Poli Fusar escorrega, perde

medalha e se consola com Maurizio Margaglio

Foto

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Una ‘mesaça’Un editore, un disegnatore e cinque scrittori di origine italiana e di fama mondiale si sono incontrati per discutere sul mercato editoriale brasiliano testandogli il polso

Il 16 febbraio passato, entrando nella sala dell’Istituto Italiano di Cultura, al quarto piano di Casa d’Italia, si percepiva subito un’aria intrisa di grande cultura, sapienza

e erudizione. Alla tavola rotonda sul tema del mercato editoriale brasiliano, organizzato dalla Camera di Commercio e Industria italo-brasilia-na di Rio, con l’appoggio del Consolato Italiano a Rio e dello stesso Istituto di Cultura, hanno preso parte personalità di spicco sia del mondo imprenditoriale editoriale come Paulo Rocco, di-rettore-presidente della Editora Rocco, sia illustri scrittori come Affonso Romano de Sant´Anna, Marina Colasanti, Marco Luc-chesi, Amelia Sparano e anche il famosis-simo caricaturista e disegnatore Lan (Lan-franco Vaselli).

Come ha sottoineato il rappresentante della Camera di Commercio, Vittorio Roma-nelli, per la prima volta è riuscita l’opera-zione di riunire un personaggio come Pau-lo Rocco del settore imprenditoriale con esponenti della cultura. L’imprenditore ha illustrato importanti numeri dell’editoria brasiliana. Con dati del 2004, questa fat-tura circa 2 miliardi e 400 mila reais con una produzione di circa 15.000 nuovi tito-li. Di questi, ben 3376 titoli sono di autori inglesi, 519 di francesi e al terzo l’Italia che pa-reggia con la Spagna con 364 titoli.

- Se pensiamo che qui lo spagnolo è una lin-gua molto parlata, per i titoli italiani è un dato piuttosto signifi ativo. Quello che preoccupa pe-rò è la tiratura che è molto ridotta. Esiste una media di circa 3.000 esemplari per ogni autore. Questo è dovuto al fatto che il mercato brasilia-no non è in grado di assorbire tutti questi titoli – ha spiegato Paulo Rocco.

La rete di distribuzione, all’infuori dei gran-di centri urbani, è piuttosto defi citaria. Secon-do una recente ricerca si contano poco più di 1.000 librerie in tutto il Brasile, ovvero lo stesso numero che ha la sola Buenos Aires. L’indice di

lettura è di 1,8 libri per abitante all’anno, ma in questo indice è compreso anche il libro didatti-co. Il costo medio di un libro, nonostante i costi non alti rispetto ad altri paesi, il Brasile si deve confrontare con il basso potere d’acquisto della popolazione brasiliana.

In questo senso è stata opinione comune a tutti gli interlocutori di risaltare l’importanza del-l’utilizzo della biblioteca quale elemento di demo-cratizzazione della cultura, dell’educazione e del piacere di leggere. Ad oggi esistono circa 5.000

municipi sul territorio brasilano ma 2.000 di questi ancora non predispongono di una biblioteca.

— Il problema della lettura in Brasile non viene risolto perché siamo incompetenti. È molto semplice! Quando si vuol fare, si fa, quando non si vuole, non si fa. Si fanno una serie di discorsi ma non cambia nulla. Non esiste nessun politico che si dica contro i libri, ma perché allora non cambiano le cose? Dobbiamo fi nirla com il classi-co “discorso doppio”. Dobbiamo collocare la let-tura nel dna dei brasiliani come avviene in Italia – si è sfogato Affonso Romano de Sant’Anna.

Conciso, ma estremamente signifi cativo, l’in-tervento di Amelia Sparano in cui ha messo in risalto il suo amore per il libro, per la pace e per

la fraternità di tutti i popoli nella sua ultima opera. Un po’ una condanna a chi fa la guerra.

In seguito, Marina Colasanti, che svolge un importante lavoro sui bambini e la letteratura infantile e vede nell’utilizzo della biblioteca un elemento importante per la creazione di un grande e potenziale lettore.

— Stiamo cercando di impulsionare la lettu-ra dei più giovani facendo sì che questi portino i libri a casa, nel tentativo di creare delle persone che irraggino e promuovano la letteratura anche

nell’ambiente dove vivono. È necessario fare un lavoro sulla lettura perché non è certo collocando un libro nelle mani dei bambini che automaticamente lo si fa diventare un lettore — ha sottolineato Marina Colasanti.

Il grande magnetismo e il modo di fare sobrio ma di chi mostra una grande profondità nei sentimenti e nello stato d’animo hanno visto Marco Lucchesi in un appassionato eloquio.

— È una grande allegria e onore per me poter stare in una mesaça così piena di persone che fanno parte della mia bio-grafi a di formazione culturale. In qualche maniera ho grandi debiti culturali con tut-ti loro – ha commentato Lucchesi.

Lanfranco Vaselli, in arte Lan, personaggio trasversale nell’ambito editoriale e letterario in quanto appassionato disegnatore e caricaturista della realtà popolare carioca, ha illustrato l’impor-tanza della letteratura nella sua vita.

— Vista la mia vita errante in cui si soffre anche spesso di solitudine, i libri non mi hanno mai fatto cadere in depressione. Oggigiorno so-no un illustratore di libri e non ne scriverei mai uno. Il mio compito è quello di attrarre maggior-mente i lettori, e ciò che mi ha sempre portato a disegnare è il grande amore per la città di Rio; è per questo che dico di trattarla come fosse la casa di ognuno in un rapporto di rispetto e di civilizzazione — ha ammonito Lan.

Giordano Iapalucci

Da sinistra Affonso Romano di Sant’Anna, Lan, Marina Colasanti, Paulo Rocco, Marco Lucchesi e Amelia Sparano

Opinione

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Notizie

Si è tenuta a Milano il mese scorso la Convention sul Com-

mercio Internazionale. Riccardo Landi, direttore dell’ICE per il Brasile, era presente e ci ha rila-sciato questa intervista.Quali sono gli obiettivi di que-sto incontro?Promuovere lo scambio di opi-nioni e di proposte sulle possibili nuove strade da intraprendere per favorire l'internazionalizzazione del Sistema Italia. Riguardo il mondo fi nanziario e bancario, come vanno le cose?La questione del sostegno fi nan-ziario per l'internazionalizzazione del Sistema Italia è stata eviden-ziata più volte, anche da parte dei ministri Claudio Scajola e Adolfo Urso. Sono state spesso citate delle priorità settoriali e geografi che dell’Italia, nelle quali il Brasile ha fi gurato molte volte. Quindi l'Italia avrebbe le strutture ed i ca-pitali per investire in Brasile?Le risorse economiche a disposizione del si-stema pubblico per la promozione e l'interna-zionalizzazione a livello generale non sono in aumento.Questo è ciò che concerne quello pubblico, e quello privato?Le piccole e medie aziende devono investire all’estero con accuratezza e per farlo devono essere guidate dalle istituzioni pubbliche. Per il Brasile sarà un anno di incrementi molto signifi cativi, sia nei settori tradizionali che in quelli nuovi. Però, rimane sempre il problema delle risorse che non crescono e danneggiano il Sistema Italia.Cosa si potrebbe fare per aiutare le aziende?Ci vuole un coordinamento alle attività af-fi nché non ci siano ripetizioni di interventi e

sovrapposizioni, che poi potrebbero non pro-durre i risultati desiderati. L’assenza di banche italiane in Brasile non crea delle diffi coltà all'imprenditore?È forse la più grande diffi coltà, dato che le aziende presentano dei prodotti o delle tec-nologie di altissima qualità-prezzo, le istitu-zioni pubbliche si sforzano per creare ottimi incentivi, ma quando si va a negoziare il costo completo dell'operazione, vengono fuori le condizioni fi nanziarie sfavorevoli. Non si potrebbe stabilire un accordo con la banca brasiliana di fomento?Questa ipotesi è giusta, almeno fi nché le banche italiane non saranno tornate in Bra-sile. E nel frattempo vanno istaurate collabo-razioni anche con gli istituti brasiliani, come il BNDS. Quali sono i partecipanti alla missione di fi ne marzo in Brasile?La Confi ndustria, l'ICE e l'ABI, oltre alla presen-za del ministro delle Attività Produttive Claudio Scajola e del suo vice Adolfo Urso. (V.S.)

L’ICE ALLA CONVENTION SUL COMMERCIO INTERNAZIONALELA NUOVA DIRETTRICE DELL’ISTITUTO ITALIANO DI CULTURA SI INSEDIA AD HIGIENÓPOLIS

Fiorella Arrobbio Piras, due lau-ree, esperta di scienze giuri-

dico-economiche e organizzazione aziendale, ci ha concesso questa in-tervista ancora presso la sede di Rua Frei Caneca.Lei ha assunto in questi giorni la direzione dell'Istituto. Vorremmo sapere un po' del suo percorso pro-fessionale.Vengo da Buenos Aires, ma ho svolto la mia attività in Germania, in Au-stria, nell'ex-Jugoslavia, in Svizzera, in Turchia e nella Corea del Sud. In Argentina come si è trovata? Mi sono trovata molto bene. Abbia-mo organizzato stagioni di musica classica, mostre d’arte antica e con-temporanea, rassegne cinematogra-fi che, ma non abbiamo dimenticato la musica. Ricordo il successo ottenuto da Eros Ramazzotti, Laura Pausini, Tiziano Ferro. Un successo altrettanto grande lo hanno avuto anche Miran-da Martino, Iva Zanicchi e Edoardo Vianello. Per San Paolo, quando prevede che si trasferirà nella nuova sede?Sulla carta il trasferimento è previsto per il 31 marzo, ma dipende dall’an-damento dei lavori. L’edifi cio ospiterà gli uffi ci dell’Istituto e la biblioteca, mentre i corsi di lingua italiana rimarranno in questa sede.Quali le competenze specifi che dell'Istituto?La diffusione della lingua e cultura italiane, di quella cultura, cioè, che di-stingue e rende unico il nostro Paese. Una delle rivendicazioni della comunità sarebbe l'implementazione di una biblioteca circolante.È un’idea che non è affatto impossibile da realizzare. Anzi! Auspico però che l’accesso alla biblioteca dell’Istituto venga valorizzato, perché ci sono circa 20.000 libri a disposizione. La biblioteca della nuova sede sarà molto più razionale, avrà due belle sale di lettura, e a disposizione direttamente del pubblico ci saranno tutte le opere di consultazione e quelle di teatro e narrativa.Quali saranno le prossime promozioni culturali?Ci sarà la mostra "Luce e ombra tra Rinascimento e Barocco", presso la Pi-nacoteca di Stato. Poi una retrospettiva di Fulvio Pennacchi, grande pittore italiano vissuto in Brasile. Stiamo lavorando anche alla realizzazione di mo-stre di design, che è uno dei nostri più importanti biglietti da visita. Apriremo la stagione di musica classica con l’Orchestra Giovanile Italiana. Avremo anche il Balletto del Teatro di Torino. Parteciperemo alla Biennale Internazionale del Libro con lo "Stand Italia". Poi ci sarà la "Settimana del-la Lingua Italiana" con la presenza della scrittrice Dacia Maraini. (V.S.)

OPERA DI ARCHITETTI ITALIANI IN AMAZZONIA

Giuseppe Landi e Gino Coppedé, due italiani che fecero la storia dell’archi-

tettura della città di Belém. Landi si dedicò alle strutture pubbliche e religiose, impor-tando il barocco italiano e contrapponendo-lo a quello lusitano, mentre Coppedé pro-gettò la grandiosa Basilica di Nazaré.

Landi ingentilisce i palazzi e le chiese di linee e tratti semplici. Anche gli interni del-le sue chiese sono quasi spogli. Voleva così sollecitare nei fedeli più la meditazione che la soggezione privilegiata dall’oro del ba-rocco sfarzoso. L’opera di Landi si distacca così dall’architettura lusitana del periodo, che vede affermarsi il barocco portoghese nell’edilizia religiosa civile. Sono gli anni delle fortune economiche con la produzione del cacao, delle spezie, del cotone, ma so-prattutto dell’oro di Minas Gerais.

Il prossimo aprile sarà allestita una mo-stra a Belém e verrà creato il "Circuito Landi", destinato agli studenti della scuola media.

ABRUZZESE IN BRASILE

La visita è stata guidata dal consigliere regionale, Donato Di Matteo che ha sot-

tolineato "Siamo qui in Brasile per conoscere le vere esigenze dei nostri connazionali". Me-dico di professione, il consigliere ha incon-trato rappresentanti delle strutture sanitarie. "Devo dire che a San Paolo c’è una struttura molto valida di professionisti che fanno la prima accoglienza, con i quali ho stabilito dei contatti per la fornitura di medicinali di vario tipo in modo che possano sviluppare ulterior-mente la loro opera di assistenza gratuita", ha spiegato. Inoltre, parla dell’importanza di riaprire l’ospedale italiano a San Paolo.

L’ Abruzzo vuole intensifi care la sua pre-senza in Brasile, promuoversi turisticamente, ma anche nei settori culturale ed economico. Offrire ai giovani la possibilità di realizzare stage e specializzazione presso le sue univer-sità è uno degli altri obiettivi. (V.S.)

BERLUSCONI E PRODI: AUDIENCE RECORD

Secondo l’Auditel, che misura l’audience, oltre 16 milioni di italiani hanno visto

il primo dibattito televisino tra Silvio Ber-lusconi e Romano Prodi, trasmesso dalla radiotelevisione statale, la RAI. Mancando ormai poco alle elezioni generali del 9 e 10 aprile, il confronto tra i candidati ha regi-strato un audience record, simile a quello ottenuto durante le trasmissioni di partite di calcio della nazionale italiana.

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Evelin Goldenberg: “identificação precoce é fundamental

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preventivo de sua evolução — explica a reuma-tologista Evelin Goldenberg. Medicamentos es-pecífi cos lançados recentemente já circulam no mercado brasileiro, divididos entre bisfosonatos, que inibem a reabsorção óssea, e tereparatide, drogas que estimulam a formação do osso. Entre os bisfosfanatos estão o risendronato, ingerido via oral uma vez por semana, o pamindronato, de uso endovenoso a cada três meses, e o zo-lendronato sódico, aplicado uma vez por ano via endovenosa, e já utilizado para tratar a doença

de Paget (alteração do processo de remodelação do esqueleto). Existe também o remédio do mer-cado americano ibandronato sódico, consumido uma vez por mês por via oral.

— Mas qualquer uma destas opções deve ter o acompanhamento médico para avaliação de caso a caso — pondera a especialista.

ESTATÍSTICAS ASSUSTAMDados alarmantes sobre a osteoporose foram apresentados recentemente durante o último congresso mundial da IOF (Fundação Interna-cional de Osteoporose), realizado em 2000, em Chicago: cerca de 200 milhões de pessoas no planeta estão sofrendo da doença, e as fraturas por fragilidade tornaram-se um grande desafi o em termos de saúde pública mundial. No Brasil, os primeiros indicadores de um censo que vem sendo realizado alertam para o grande número de idosos (14 milhões), população de maior ris-co para desenvolver a osteoporose.

Atualmente a OMS conceitua de forma mais técnica e operacional os pacientes osteoporóti-cos: seriam aqueles que ao realizarem o exame de densitometria óssea, têm uma (BMD) densi-dade mineral óssea abaixo de -2,5 desvios-pa-drão comparado com a massa óssea de adultos jovens. Sólidos estudos epidemiológicos de-monstraram que a redução de um desvio-padrão aumenta em duas vezes o risco de desenvolvi-mento de uma fratura. Estes dados fornecem ba-ses teóricas para a utilização de medicamentos que, ao aumentarem a BMD, reduzam o risco das fraturas por osteoporose. Atualmente nos Esta-dos Unidos só obterá liberação do FDA o medi-camento que prover aumento da massa óssea e redução efetiva das fraturas.

Osteoporose

Perda de altura, com visual corcunda, di-minuição da caixa torácica, prisão de ventre pela curvatura do corpo sobre o

abdômen e, fi nalmente, a dor. Estes são os prin-cipais sinais de que a osteoporose avançou. O grande problema é que até chegar a esse está-gio, a doença é silenciosa, não provoca dor e seus sintomas são discretos. Com a diminuição da massa óssea, cresce naturalmente o risco de fraturas. Em mulheres, a fratura vertebral é ob-servada em 16% dos casos, a fratura do fêmur, em 17,5%, e a fratura do pulso está presente em 16% das pacientes, sendo que em 39,7% é pos-sível observar um dos três tipos.

O melhor caminho é a prevenção e não bas-ta apenas utilizar suplementos alimentares. Em pesquisa recente, o New England Journal of Me-dicine publicou que o uso do cálcio e da vitami-na D como suplementos alimentares não previne a osteoporose. O estudo foi realizado com um grupo de mulheres acima de 50 anos durante um período de sete anos.

Para uma boa prevenção é fundamental co-nhecer o grupo de risco, composto por mulheres em idade média de 50 anos, que apresenta me-nopausa precoce. As orientais com pele clara e de baixa estatura são as vítimas mais comuns. Além do índice baixo de cálcio, o aumento do consumo de sal e café, o sedentarismo, o uso prolongado ou excessivo de certos medicamen-tos, como a cortisona, o abuso do álcool, o ta-bagismo, o uso de hormônios fi roidianos e a he-reditariedade também contribuem para aumen-tar os riscos do desenvolvimento da doença.

— Seja em consulta clínica ou através de exames específi cos, a identifi cação precoce da osteoporose é fundamental para um tratamento

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MENOS REFRIGERANTES

O consumo de bebidas gasosas foi ligado à obesidade por um estudo realizado por pesquisadores america-

nos. O cientista Barry Popkin, que dirigiu a pesquisa, pe-diu às autoridades de saúde do país que obriguem os fa-bricantes de refrigerantes a incluirem nas embalagens uma advertência sobre esse risco. Popkin disse aos meios de comunicação locais que a obesidade está aumentando nos EUA devido à alta média de consumo de bebidas gasosas. O pesquisador também se pronunciou a favor de um aumento dos impostos a este tipo de bebida, como a decisão adota-da para o caso do fumo, outro produto considerado pelos analistas como prejudicial à saúde. A obesidade dobrou nos adultos dos EUA nos últimos 30 anos, e triplicou entre as crianças. Segundo os últimos estudos, cerca de 60% da po-pulação tem sobrepeso ou é obesa.

CURA PARA ALZHEIMER

Cientistas da Universidade da Cali-fórnia identifi caram uma droga que

parece bloquear o avanço do mal de Al-zheimer, de acordo com um estudo pu-blicado no jornal médico Neuron. A dro-ga AF267B reverteu a perda de memória e problemas de aprendizado em testes realizados em camundongos. Análi-ses mostraram também que ela reduz a quantidade de pedaços e nódulos de proteínas geralmente encontrados em pacientes com a doença. A droga foi de-senvolvida para ativar receptores de um químico cerebral chamado acetilcolina, abundantes em duas áreas do cérebro, o hipocampo e o córtex.

A médica Evelin Goldenberg é autora do livro “O coração sente, o corpo dói — Como reconhecer e tratar a fi bromialgia” (Ed. Atheneu), mestre e doutora em reumatologia pela Universidade Fe-deral de São Paulo (Unifesp) — Escola Paulista de Medicina. Defendeu tese de doutorado sobre o tratamento da fi bromialgia com acupuntura. É também coordenadora do curso de pós-graduação em reumatologia, com ênfase ocupacional do Hospital Albert Einstein, São Paulo.

COMO COMER CHOCOLATE

Se você não vive sem chocolate, prefi ra a parte da manhã (até no café da manhã vale) e o início da tarde para degustá-lo: Evite comer à noite. Como ele é estimulante, pode atrapalhar o sono ou até causar insônia em pes-soas mais sensíveis; Não coma chocolate antes das principais refeições, como almoço e jantar. Ele pode tirar a fome e fazer com que você deixe de lado alimentos importantes para uma dieta equilibrada; O chocolate branco é feito com manteiga de cacau e, por isso, tem mais calorias do que o preto, que é feito apenas com o cacau. Opte pelo preto; Evite comer em dias muito quentes, pois pode causar diarréia; Os chocolates light têm menos gordura e, por isso, menos calorias. Os diet (que são a maioria) têm menos açúcar e são indicados para pessoas com diabetes; Chocolate com biscoito, frutas etc. em geral têm menos calorias do que os chocolates ao leite; Os pais devem deixar as crianças comer chocolate após as refeições. Dessa forma, evita-se que elas comam um doce de sobremesa e, depois, um chocolate no meio da tarde.

‘BEBA’ MODERADAMENTE

A cerveja, acredite, atua positivamente sobre os proces-sos infl amatórios em algumas doenças crônicas. É o que

aponta um estudo divulgado pela faculdade de Medicina da Universidade de Innsbruck. Segundo a equipe de pesquisado-res, os experimentos realizados com células sanguíneas de-monstraram que a cerveja pode bloquear algumas infecções e doenças crônicas. As substâncias contidas nos extratos de cevada parecem ter um impacto parecido ao que se atribui ao vinho tinto. E os chás verde e o preto no organismo, cujo efei-to positivo para a saúde, sobretudo nas doenças coronárias, é reconhecido cientifi camente.

BOA AUDIÇÃO

Cientistas da República Tcheca desen-volveram uma vacina que pode ajudar

a prevenir infecções de ouvido em crianças pequenas. Também conhecida como otite, a infecção pode ser bastante dolorosa e, muito raramente, pode provocar danos de longo prazo. Segundo a revista médica The Lancet, a vacina é efetiva contra duas bac-térias, streptococcus pneumoniae e haemo-philus infl uenzae. Especialistas britânicos manifestaram preocupação com a vacinação de crianças contra o que geralmente é uma infecção branda.

BRIGAS DE CASAL

Os desentendimentos entre os casais não resultam apenas em irritação e, às vezes,

lágrimas. Eles podem endurecer as artérias, de acordo com um estudo da Universidade ame-ricana de Utah. Mas o que causa o espessa-mento e a obstrução das artérias é diferente em homens e mulheres. Nas mulheres, os pro-blemas de circulação acontecem quando elas ou o parceiro demonstram hostilidade entre si. Nos homens, o problema ocorre quando um dos dois quer controlar o outro. O estudo en-volveu 150 casais.

MALHAÇÃO

Se você é magro, não pense que pode deixar de se exercitar. Segundo um estudo britânico publicado no

International Journal of Obesity, as pessoas magras tam-bém correm risco de ter problemas cardíacos. A equipe de cientistas mediu os níveis do colesterol LDL (chamado de colesterol ruim, que bloqueia as artérias do coração) em três diferentes grupos de pessoas: 37 magros que fazem exercícios, 46 magros que não se exercitam e 28 obesos adeptos da ginástica. Eles constataram que os magros que se exercitam tinham níveis bons de LDL, mas que magros e obesos que não se exercitam tinham níveis mais altos e semelhantes entre eles.

LONGEVIDADE

Pouco conhecido aqui no Brasil, o mirtillo, também chamado de arando ou uva do mon-

te, na Europa e nos Estados Unidos, é ingerido sob a promessa de longevidade, devido às pro-priedades nutricionais. Segundo o pesquisador da Embrapa, Luis Eduardo Correia Antunes, a iguaria contém substâncias antioxidantes, que retardam o envelhecimento e inibem o apareci-mento de certos tipos de câncer. Além de regu-larizar a taxa de açúcar no sangue. No Brasil, o mirtillo pode ser encontrado nos supermercados mais sofi sticados.

14 milhões de idosos brasileiros têm a doença

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Notizie Notizie

LAURA PAUSINI VINCE IL GRAMMY

Con "Escucha", versione spagnola di "Resta in ascolto", Laura Pausini ha vinto un Grammy

come miglior album pop latino, cosa mai accadu-ta ad una donna nella storia della musica italia-na. Persino il presidente Carlo Azeglio Ciampi ha voluto esprimere la sua soddisfazione: "Questo riconoscimento testimonia il valore della musica leggera italiana e di una delle sue più giovani e rappresentative interpreti". Come se non bastas-se, dagli Stati Uniti sono arrivati altri due rico-noscimenti per Laura. L’artista ha ricevuto due indicazioni ai Billboard Latin Music Awards, in programma il 27 aprile a Miami. Lei parteciperà nelle categorie Latin Pop Album of the Year Fema-le, con "Escucha" e Latin Pop Airplay Song of the Year con la versione spagnola di "Vivimi".

CAMPANIA A RIO

Importante incontro della comunità cam-pana organizzato dal presidente della

Associazione Campani a Rio, Alfredo Api-cella presso la sede del Coni-Brasile. Hanno partecipato, oltre al Dirigente Responsabile Settore Politiche Migratorie della Regione Campania, Massimo Angrisano e al console Ernesto Bellelli, numerosi conterranei della terra di Pulcinella. Due obiettivi prinicipa-li dell’incontro. Il primo quello di stringere maggiormente i legami con le associazioni campane all’estero, mostrando che le isti-tuzioni campane sono presenti oltre che in maniera epistolare anche fi sicamente. Il secondo quello della promozione della stessa regione Campana e dei suoi prodotti all’estero.

- Da due anni stiamo formando 10 raga-zzi e ragazze per metterli in collegamento con il mondo della piccole e media impresa campana in modo tale da costruire questo ponte tra la Campania e i vari paesi dove sono più radicati i nostri discendent – ha fatto presente Massimo Angrisano.

L’incontro, poi è stato un’occasione per mostrare gli ottimi risultati del corso di pi-zza acrobatica che sta coinvolgendo sempre più allievi e il rilancio di vecchi progetti co-me quello della compagnia teatrale napole-tana per poter sfruttare lo splendido palco al 2º piano di Casa d’Italia e così tenere vivo il legame culturale con la tradizione, cultura e cinema campano.

ADESSO È SICURO, LUIGI TENCO SI SUICIDÒ

Non ci sono più dubbi né misteri. Il cantante si suicidò nella notte del lontano 27 gennaio 1967 a San Remo, dopo la sua eliminazione dal Festival, al quale

aveva partecipato con la canzone "Ciao amore ciao", cantata in coppia con Dalida. L’esame autoptico del corpo di Tenco era stato richiesto dal procuratore di San Re-mo, Mariano Gagliano, per chiarire i fatti.

POLLO IN CADUTA LIBERA

A febbraio il virus dell’infl uenza aviaria è arrivato nella Penisola e nonostante abbia ucciso solo alcu-

ni cigni ed anatre, il consumo di carne di pollo, tacchi-no e uova è crollato del 70%. Il governo garantisce che è tutto sotto controllo, ma la popolazione continua ad avere paura. Questi forti cambiamenti nel mercato, met-tono in rischio duecentomila posti di lavoro.

A CASA CON LE CENERI DEI FAMILIARI MORTI

L’iniziativa si va diffondendo in varie città italiane, dopo la legalizzazione da poco più di un anno. Nel 2005, 370 cittadini romani hanno chiesto di portare a

domicilio i resti del caro estinto. Nello stesso anno le cremazioni nei cimiteri della capitale hanno raggiunto quota 20 per cento del totale delle esequie, con un au-mento del 23,4 per cento rispetto al 2004. Di certo si tratta di un’alternativa molto più economica dell’acquisto di un posto al cimitero.

I MUSEI VATICANI COMPIONO 500 ANNI

Sono i musei più visitati d’Italia con una media di 35 a 39 persone al minuto e code croniche. Per quest’anno

innumerevoli sono le iniziative in programma per festeggiare il V centenario. Si inaugurano nuovi allestimenti, si presen-tano i restauri dei dipinti murali del Pinturicchio, si apre il nuovo settore della Necropoli Romana, lungo la via Trionfale. Mostre, convegni, emissioni fi lateliche, eventi liturgici, sono alcune delle altre manifestazioni previste.

CARITAS APRE IL SUPERMERCATO DEI POVERI

Entro l’estate, presso il quartiere di San Giovanni, sarà aperto un vero e

proprio supermercato riservato ai pove-ri di Roma. All’"Emporio della famiglia" si potrà accedere e prelevare generi ali-mentari e di prima necessità gratuita-mente grazie ad una carta ricaricabile. La struttura sarà fi nanziata in parte con i soldi raccolti nella Fontana di Trevi.

IL CROCIFISSO RESTA NELLE SCUOLE

Il Consiglio di Stato sostiene che il crocifi sso deve re-stare in classe non in quanto "suppellettile" o "ogget-

to di culto", ma perché "è un simbolo che esprime valori civili come tolleranza, rispetto reciproco, valorizzazione della persona e dei suoi diritti, che hanno un’origine reli-giosa ma che sono poi quelli che delineano la laicità dello Stato". Questa la risposta al ricorso di una fi nlandese che aveva chiesto la rimozione del crocifi sso dalla scuola me-dia frequentata dai suoi fi gli ad Abano Terme (Padova).

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Scheda lunga 65 cm per le prossime elezioni

Per le prossime elezioni politiche del 9 e 10 aprile verrà utilizzata una maxi scheda che è stata subito soprannominata "scheda lenzuolo". Le coalizioni risultano disposte orizzon-

talmente con i loro simboli in successione. "So che si è fatta dell’ironia sulla lunghezza delle schede. Vorrei ricordare che negli Stati Uniti la lunghezza qualche volta va ben oltre il metro", dichiara il ministro degli Interni, Giuseppe Pisanu. E aggiunge: "La correzione delle schede si è resa necessaria proprio per salvaguardare la neutralità delle modalità di voto". Pisanu ha anche uffi cializzato la data delle elezioni amministrative che si svolgeranno il 28 maggio.

Più spazio alle donne in politica

La strada è ancora molto in salita, ma qualche piccolo cambiamento ci sarà

quando si insedierà il quindicesimo parla-mento repubblicano. Invece di 96 donne, come accade 5 anni fa, ci saranno 150. Il ministro per le Pari Opportunità, Stefania Prestigiacomo commenta: "Un incremento ci sarà, ma non sarà la rivoluzione rosa per la quale mi sono battuta. L'obiettivo è mol-to lontano". I partiti con maggior numero di donne restano Ds e Prc.

"Più spazio alle donne all'interno della Chiesa", dice il Papa

Durante l’incontro che ha avuto con i parroci romani per dare inizio alla Qua-

resima, Benedetto XVI ha annunciato che ci saranno nuovi spazi e ruoli all’interno della Chiesa per le donne, ma che continuerà ad es-sere impossibile concedere loro il sacerdozio, perché "è un sacramento, non un potere di cui la Chiesa può disporre a suo piacimento".

Berlusconi sempre più ricco

Sono state pubblicate le dichiarazioni di reddito dei parlamentari e del governo.

Silvio Berlusconi continua ad essere il più ricco, ma il suo reddito nel 2004 è un quarto di quello dichiarato nel 2003, scendendo da 12,762 milioni a "soli" 3,55 milioni di eu-ro. Ma i suoi guadagni presto torneranno ai livelli più alti dato che nel 2005, le otto so-cietà controllate da Fininvest hanno chiuso il bilancio con quasi 173 milioni di utili.

"Aiutate più in casa", dice Ciampi agli uomini

In tempi di pari opportunità, emerge il tri-ste dato sulle faccende domestiche che

continuano ad essere destinate sempre e solo alle donne, nonostante anche loro abbiano un lavoro fuori casa. Ed il rimprovero agli uomi-ni arriva direttamente dal presidente Ciampi: "Auspico nuovi equilibri nella vita di coppia, una migliore ripartizione dei compiti", dichia-ra nell’8 marzo. Secondo Eurostat, le italiane lavorano più degli uomini, ma guadagnano meno e hanno meno occasioni di carriera.

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Ci si avvicina lentemente, anzi si avvicinano lentamente. Si parla ovviamente delle tanto attese elezioni politiche per il rinnovo del parlamento italiano. Per la prima volta nella storia italiana anche i residenti all’estero potranno parteciparvi. In Italia si svolgeranno domenica 9 e lunedì 10 aprile. Per i residenti all’estero la procedura di voto sarà per corrispondenza

Dopo essere stata modifi cata per ben due volte, la carta costituzionale, per sanci-re il diritto al voto agli italiani residen-ti all’estero, con la Legge 27 dicembre

2001, n. 459 sono state messe nero su biano le norme per l’ esercizio del diritto di voto. Secondo un recente decreto del Ministero dell’Interno, di concerto con quello degli Esteri e degli Italiani nel Mondo sono 3.520.809 gli italiani che, fuori dall’Italia, dovranno ricevere il plico contenente la scheda elettorale. Per l’elezione dei 12 depu-tati e 6 senatori al Parlamento Italiano, la legge prevede che gli oltre 3 milioni e mezzo di elet-tori residenti all’estero siano suddivisi in 4 ripar-tizioni chiamate circoscrizioni estero: a) Europa, compresi i territori asiatici della Federazione russa e della Turchia; b) America meridionale; c) America settentrionale e centrale; d) Africa, Asia, Oceania e Antartide. In Europa risiedono il 57% dei votanti (2.039.149). Seguono poi America meridionale con i suoi 885.673 (25%), America settentrionale e centrale (403.597), Africa, Asia, Oceania e Antartide con 192.390. In Sudamerica si concorre all’elezione di 3 deputati e 2 senatori ma sembra proprio che i rappresentanti brasilia-ni siano svantaggiati rispetto a quelli argentini. Quest’ultimi possono contare su ben il 52% del-l’elettorato attivo presente nell’America del Sud mentre quelli brasiliani su poco più del 23%. Ol-tre a questo gli elettori argentini sono più con-centrati: la sola Buenos Aires ha quasi tanti vo-ti (143.528) quanto tutto il Brasile (173.380).

Questo si traduce in una maggiore comunicazio-ne ed effi cacia nella campagna elettorale.— Credo che sarebbe importante che i due mag-giori paesi dell’America Latina, Brasile e Argenti-na portino per lo meno 1 deputato e 1 senatore a testa in Parlamento — augura Edoardo Polla-stri, candidato al senato per l’Unione.

COME SI VOTACome detto la legge che disciplina il voto degli italiani all’estero è la 459 del 27 dicembre 2001: chi la volesse consultare non è diffi cile trovarla su internet (www.parlamento.it/parlam/leggi/01459l.htm). Saranno presentati alcuni pun-ti importanti della nomativa affi nché l’elettore possa avere meno dubbi e più certezze nel mo-mento di apporre la croce. Innanzi tutto rispetto al sistema di voto brasiliano esiste una radicale differenza: in Italia (e quindi anche in occasio-ne di questo appuntamento elettorale per chi risiede all’estero) non si vota elettronicamente come in Brasile, ma su materiale cartaceo (sche-da elettorale) con penna nera. Come stabilisce

la legge “l’elettore vota tracciando un segno sul contrassegno corrispondente alla lista da lui prescelta o comunque sul rettangolo che lo contiene. Ciascun elettore può inoltre esprime-re due voti di preferenza”. Attenzione quindi si possono dare fi no a due preferenze, non di più! ‘Il voto di preferenza è espresso scrivendo il co-gnome del candidato nella apposita riga posta accanto al contrassegno votato. È nullo il voto di preferenza espresso per un candidato incluso in altra lista’.

Ma come arriveranno a casa degli italiani re-sidenti all’estero le schede elettorali? Saranno gli stessi consolati che dopo aver provveduto alla stampa del materiale elettorale invieranno entro il 22 marzo prossimo, presso le residenze, un plico contenente il certifi cato elettorale, la scheda elettorale, una busta affrancata recan-te l’indirizzo dell’uffi cio consolare competente e un foglio con le indicazioni delle modalità per l’espressione del voto, il testo della legge sopra-citata e le liste dei candidati nella ripartizione di appartenenza. È importante che gli elettori

che, a quattordici giorni dalla data delle vota-zioni in Italia, (ovvero al 27 marzo n.d.r.) non abbiano ricevuto al proprio domicilio il plico, lo richiedino presso l’uffi cio consolare.

Affi nché il voto sia valido, le schede elet-torali non devono recare alcun segno di ricono-scimento e devono essere rispedite “non oltre il decimo giorno precedente la data stabilita per le votazioni in Italia”: ossia il plico eletto-rale deve essere rispedito tassativamente entro il 30 di marzo. Possono sembrare piccole cose ma sono molto importanti per la riuscita fi nale e il conseguimento di quello che viene chiama-to diritto-dovere del voto. I tempi, infatti, in tutto questo processo elettorale saranno molto importanti. Anche i rispettivi uffi ci consolari dovranno attenersi a rigidi ma inevitabili pa-letti. Le buste che non perverranno entro le ore 16.00 di giovedì 6 aprile non saranno spedi-te in Italia per essere scrutinate e quindi non concorreranno alla formazione del nuovo par-lamento italiano; la legge prevede infatti che siano incenerite.

LA “CAMPAGNA ELETTORALE”Tempi stretti, anzi strettissimi. Forse il termine “campagna elettorale” per la circoscrizione este-ro e nello specifi co per il Brasile è molto forzato. Chi fosse stato in Italia in quest’ultimo mese si sarà reso conto di quanto al di là dell’Ocenano sia anche troppo accesa.

— La campagna elettorale in italia appare come una lotta all’ultimo sangue. Noi, in Ameri-ca Latina per fare una campagna elettorale effi -cace avremmo avuto bisogno di molto più tem-po con un territorio 70 volte l’Italia. È diffi cile anche riuscire a raggiungere tutte le persone. Non hanno tenuto conto che è la prima volta che votiamo e quindi la struttura è da costruire in parte — spiega il candidato alla Camera per l’Unione, Arduino Monti.

Ma c’è anche chi ritiene che non tutti i mali vengono per nuocere e questo può anche essere positivo per le comunità italiane.

— Fare campagna sarà molto complicato. Ma da un certo punto di vista esiste anche un vantaggio. Nel senso che chi ha sempre lavorato

per la comunità, costituito patronati e associa-zioni è conosciuto in ogni caso. Chi invece vuo-le presentare delle liste opportuniste dell’ultimo minuto avrà un gran lavoro nel farsi conoscere — commenta Piero Ruzzenenti candidato alla Camera per la Lista Tremaglia.

Nell’analisi sui programmi dei vari partiti, come delle liste civiche si può notare una certa somiglianza. No, non si tratta di scopiazzature o cose del genere. Si sa, quando si deve rappresen-tare una comunità più o meno grande che sia, le ideologie si mettono un pò da parte e ciò che subentra è la necessità di rispondere ai bisogni dei componenti di tale comunità. Vale anche per il candidato sardo o toscano che in parlamento privilegerà gli interessi della Sardegna e della Toscana anche se in prospettiva nazionale, con la necessità dell’organizzazione sociale, macro e micro-economica le ideologie emergono. Anche i candidati che usciranno dalla circoscrizione este-ro dovranno confrontarsi con problemi legati a questioni e problemi nazionali nonostante ciò che più conta agli elettori sarà la rappresentanza in Parlamento dei propri bisogni e interessi.

Voto: più rappresentatività agli italiani all’estero

‘L’Italia ce la farà ad andare forte nel mondo, e così sarà possibile organizzare anche un po’

di felicità con un senso di solidarietà, e di giustizia redistributiva’ — Romano Prodi

‘Il 9 aprile si confronteranno due diverse visioni dell’Italia, quella della libertà e dello Stato leggero e quella dei partiti che vengono da una vecchia ideologia’ — Silvio Berlusconi

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‘La proporzione di voti annullati sarà enorme; questo

dovuto alla poca, praticamente

nulla campagna istituzionale’CLAUDIO PIERONI

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CURIOSITÀ

Ci sono alcuni “vip” tra i candidati in alcune circoscrizioni estero. Si tratta di della famosa Rita Pavone che vive in Svizzera e che concorre al senato per la lista “Per l’Italia nel mondo con Trema-glia”; di Guido Renzi, altro cantante conosciuto sopratutto alla fi ne degli anni sessanta che con-corre nella ripartizione Nord America per la Lega Nord-Movimento per le autonomie e Willy Pasini, sessuolo e giornalista, sempre per la circoscrizione Europa e sempre per la lista Tremaglia.

nullati sarà enorme; questo dovuto alla poca, praticamente nulla campagna istituzionale. Ri-tengo necessario cambiare la legge per dare un tempo suffi ciente per la divulgazione all’estero visto che questa non ci permette una campa-gna elettorale corretta — commenta il membro del Consiglio Generale degli Italiani all’Estero e del Comites di San Paolo, Claudio Pieroni.

Proprio per quanto riguarda il Consiglio Ge-nerale degli Italiani è nata una grande polemica. Con una decisione del TAR (Tribunale Ammini-strativo Regionale) è stato deciso il blocco delle attività a poche settimane dal voto.— In un momento così importante del voto al-l’estero, una lotta di tanti anni del CGIE ci co-stringono a rimanere silenziosi visto che nean-che una riunione della commissione informazio-ne per discutere la campagna elettorale ci han-no autorizzato a fare — continua Pieroni.

I PARLAMENTARI ESTERI IN ITALIACome si concilia il lavoro dei parlamentari che saranno eletti tra interessi nazionali e delle co-

munità? Come i loro colleghi italiani si rapporte-ranno in sede parlamentare e come verranno vi-sti in ottica politica? Lo abbiamo chiesto ad al-cuni candidati e rappresentanti delle comunità, ma ciò che sarà davvero importante, anzi fonda-mentale, sarà il peso della rappresentanza, ov-vero dimostrare ai parlamentari italiani e all’Ita-lia intera che gli italiani residenti all’estero sono presenti nell’atto di democrazia politica più alta: il voto. Comune in tutti i candidati e non solo, è l’appello ad andare a votare, che poi sia destra o sinistra poco importa ma che almeno chi sarà eletto lo sia con una base forte e ampia.

— Il riuscire a conciliare la politica interna con quella delle comunità italiane all’estero di-penderà dalla qualità e dalla capacità dei can-didati eletti. In realtà dovremo fare quello che facciamo tutti i giorni. Forse sarà più facile per noi eletti all’estero partecipare ed essere attenti alla politica italiana che per i parlamentari eletti in Italia condividere i problemi degli italiani che vivono nel mondo — spiega Fabio Porta, candi-dato alla Camera per L’Unione.

— Sono dell’opinione che i candidati eletti dovrano abitare in Italia, e forse di tre in tre mesi visitare la loro base, ma sarà impossibile copri-re tutto il territorio. I consiglieri CGIE e Comites saranno fondamentali in questo contesto, al con-trario di quello che molti dicono, ovvero che CGIE e Comites perderanno il loro spazio. Dovranno es-sere un ponte fra la comunità locale e i parlamen-tari eletti. Chiaramemnte gli eletti saranno rap-presentanti al completo e non solo parzialmente; chiaro che dovrano occuparsi piu di noi all’estero, ma anche le questioni nazionali dovranno interes-sare per rappresentarci nelle problematiche italia-ne. Esiste una buona parte dei politici italiani che non concorda con questo principio e credo che metteranno degli ostacoli. È il primo mandato dei nostri deputati e senatori e quindi sarà un perio-do di conoscenza, studio e scambi di reciproche esperienze — commenta Claudio Pieroni.

— Noi, come liste civiche avremo proba-bilmente più diffi coltà sotto l’aspetto della collocazione politica all’interno del Parlamento rispetto ai partiti. L’importante è non scendere a compromessi ma fare accordi, altrimenti ti ri-trovi alla mercé di tutti. Chi vincerà ed ha fami-glia sicuramente avrà problemi. Bisognerà che si divida un pò qua e un pò là — chiarisce Corrado Bosco, candidato per la lista civica Usei.

— Ritengo che per fare un lavoro ben fatto in favore delle comunità italiane bisogna passa-re almeno 20 giorni al mense in Italia. Poi l’at-tività principale non sarà tanto quella di venir qui a fare discorsi ma stare là a fare le leggi o proporne di nuove. Insomma creare quelle con-dizioni affi nché si possa aiutare concretamente gli italiani all’estero. Non si può svolgere bene questo lavoro stando nelle proprie sedi che sia Brasile, Argentina o Australia. Quindi sarà un la-voro piuttosto massacrante. Evidentemente bi-sogna dedicarsi. Se uno vuole avere solo il pia-cere di fregiarsi di titolo di senatore o deputato, allora serve a poco — esplica Piero Ruzzenenti, candidato alla Camera per la Lista Tremaglia.

Per il senatore Enrico Pianetta, garante per il Brasile di Forza Italia, il lavoro dei parlamenta-ri eletti all’estero sarà esattamente come quello dei parlamentari eletti in Italia. Come prevede l’articolo 67 della Costituzione, ogni parlamen-tare rappresenta la Nazione e la Repubblica. Si tratta di rappresentare le comunità italiane al-l’estero e di affrontare e risolverne i problemi. I parlamentari eletti dovranno promuovere misure per gli italiani all’estero. Crede quindi che la ca-pacità di aggregazione di consenso e la valuta-zione delle disponibilità fi nanziarie che permet-tano di varare misure per garantire i diritti dei nostri connazionali all’estero, sia la sfi da a cui i parlamentari dovranno confrontarsi.

PARTITI E LISTE IDIPENDENTIIl 26 febbraio scorso è scaduto il termine per la presentazione di contrassegni delle liste che si presenteranno alle elezioni. Esiste una certa dif-ferenza tra le liste presentate in Italia e quelle nelle circoscrizioni estero. Anche tra le stesse circoscrizioni ci sono differenze. Alcuni partiti hanno deciso di coalizzarsi con altri in alcune cir-coscrizioni e in altre concorrere da soli. L’ “Italia dei valori”, di Antonio Di Pietro (ex-magistrato di “mani pulite” che indagò sull’affare “tangentopo-

cizzazione, in un prossimo futuro, degli elettori — spiega il candidato al senato per l’Unione.

Correrà da solo il partito di Mastella, l’Udeur, che ha deciso di non fare fronte comune con il centro-sinistra.

C’è chi, poi, ritenendo di rimanere distanti da schemi politici o magari anche delusi da cer-te scelte programmatiche o legate alle candida-ture, ha deciso di far coinfl uire le proprie forze in liste indipendenti chiamate più comunemente liste civiche.

— Non sono rimasto soddisfatto con l’ideo-logia del mio partito visto che ha deciso di can-didare altre persone anche di opposta ideologia. Ciò che mi ha fatto decidere per una lista indi-pendente è che non siamo soggetti a certi tipi di discorsi partitici. Non c’è stata una preparazione di questi al di fuori dei confi ni italiani. Vogliono poi comandare nella scelta dei candidati — illu-stra Corrado Bosco, candidato per l’Unione Suda-mericana Emigrati Italiani (USEI).

Altra lista presente in America meridionale è l’AISA (Associazioni Italiane in Sud America), a cui sono legati nomi come Adriano Bona-spetti, Gianni Boscolo e Walter Petruzziello per il Brasile.

Per il candidato al Senato, Antonio Chianello proprio in virtù della globalizzazione, certi tipi di problemi sono molto simili da paese a paese.

— La nostra fi losofi a si deve basare sul-l’amore, sulla famiglia e sulla cooperazione, principi base in qualunque parte del mondo. Tutto questo lo possiamo trasferire anche dentro il Parlamento. Non ci sono segreti. Il fi ne ultimo deve essere il benessere dell’umanità — afferma il candidato di Forza Italia.

Elemento dolente direttamente collegato al-la diffi coltà di una forte campagna elettorale è la partecipazione al voto. Secondo alcune previ-sioni più o meno ottimiste non dovrebbe arriva-re al 50% la percentuale di chi voterà.

— Credo ad un 40% dei votanti. Ma dobbia-mo considerare che la proporzione di voti an-

ALCUNI NUMERI SULLO STIPENDIO E ALTRE FACILITAZIONI DEI PARLAMENTARI IN ITALIA:

Stipendio totale Euro 19.150,00 al mese

Stipendio base circa Euro 9.980,00 al mese

Portaborse circa Euro 4.030,00 al mese (generalmente parente o familiare)

Rimborso spese affi tto circa Euro 2.900,00 al mese

Indennità di carica (da Euro 335,00 circa a Euro 6.455,00)

+ GRATIS:Telefono cellulare; tessera del cinema; tessera teatro; tessera autobus

– metropolitana; francobolli; viaggi aereo nazionali; circolazione autostrade; piscine e palestre; FS; aereo di stato;cliniche; assicurazione

infortuni; assicurazione morte; auto blu con autista; ristorante.

cizzazione, in un prossimo futuro, degli elettori

«Elezioni 2006«

li negli anni novanta”), per esempio, ha pre-sentato un proprio simbolo e propri can-didati solo in Europa, unendosi alla coali-zione di centrosinistra (Unione) nelle altre tre ripartizioni. Per quanto riguarda i due principali blocchi, quello di sinistra e quello di destra le stra-tegie sono state differenti in chiave esteri. Da una parte il centro-sinistra ha confermato la sua compattezza intorno al simbolo dell’Unione e al nome di Romano Prodi, alla cui coalizione faranno parte ben 8 partiti (Ds, Margherita, Rosa nel pugno, Ri-fondazione Comunista, Comunisti Italiani, i socialisti di Craxi, Verdi e Socialdemocratici); dall’altra il centro-destra la cui coalizione in Italia è chiamata “La casa delle li-bertà” ha optato per la presenta-zione di quattro partiti separati. Si tratta di Forza Italia, Per l’Ita-lia nel mondo con Tremaglia, UDC (Unione Democratici Cristiani) e Lega Nord.

— È necessario essere so-lidali con l’alleanza di cui fac-ciamo parte. Bisognerà discu-tere in un processo dialettico inevitabile in una democrazia parlamentare. L’unanimità come dicono i brasiliani é burra, ovvero stupida. La dialettica, visto che sono di formazione marxista è una cosa importan-te. Che poi le differenze restano, questo è as-solutamente normale, non siamo tutti uguali, altrimenti non avremmo formato un’alleanza — commenta il motivo della coalizione “Unio-ne” Arduino Monti.

Ruzzenenti spiega invece il motivo della scelta di correre separati sottolineando che sa-rebbe piuttosto diffi cile spiegare ad un brasilia-no di 4ª generazione cosa e quali sono i partiti in Italia.

— Storicamente l’elettorato brasiliano vota le persone e non i partiti. Quindi penso sia tem-po perso cercare di divulgare un’ideologia — di-chiara Piero Ruzzenenti nella scelta del nome Tremaglia come lista elettorale.

Condivide in parte il ragionamento anche Edoardo Pollastri che spiega come sia più un vo-to di fi ducia più che politico.

— L’elettorato attivo residente all’estero non ha piena conoscenza e coscienza di cosa sono e rappresentano i partiti italiani in lizza per le ele-zioni. È importante per questo che ci siano dei nomi forti di richiamo ed un processo di politi-

Le buste che non perverranno entro le ore 16 di giovedì

6 aprile non saranno spedite in Italia per

essere scrutinate; la legge prevede infatti che siano incenerite

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Comunità Italiana — Come lei osserva lo svolgimento delle diverse campagne eletto-rali dei candidati?Massimo Bellelli — A prescindere dalla va-lutazione politica dei vari partiti i loro pro-grammi sono piuttosto simili. C’è qualcuno che crede ad una ideologia ma la piattaforma pro-grammatica si può dire che è uguale per tutti. Quello che sarà importante affi nché arrivino effettivamente i fi nanziamenti per le richieste dei deputati e senatori eletti nelle circoscrizioni estero sarà la percentuale dei votanti. Per essere ascoltati nel parlamento italiani questi devono avere una rappresentanza popo-lare più ampia possibile.CI — L’elettorato attivo in Brasile è di 174.380 tra camera e senato. In Argentina (378.958) sono più del doppio. Sono cosi avvantaggiati i can-didati argentini?Console — Si, sicuramente sono fa-voriti. La sola Buenos Aires (143.528) ha quasi come tutti i votanti del Bra-sile. Quindi è ovvio che una campagna elettorale in una città che ha lo stesso numero dei voti di un paese dalle di-mensioni continentali avrà un ritorno diverso. Certo che i candidati dell’Ar-gentina premeranno più per il loro paese che per gli altri, ma questo è tutto sommato comprensibile. Esiste un altro elemento molto importante però che è l’allineamento delle liste dei votanti. Chi è stato più virtuoso avrà maggior ritorno in sede elettorale. Se uno considera che il Brasile non è emerso in prima posi-zione nell’allinemento dei dati risulterà ulteriormente penalizzato. Per quanto ri-guarda Rio de Janeiro siamo allineati al-la media mondiale quindi la circosrizione di Rio non ne dovrebbe uscire perdente da questo punto di vista. Esistono però altre circoscrizioni in Brasile che non sono state cosi virtuose. Questo anche perché il Brasile ha una dotazione or-ganica inferiore rispetto all’Argentina e questo ci permette di operare in maniera meno effi ciente. CI — Ci può spiegare meglio l’allineamento?Console — L’allinemento è “fusione” della li-sta del Ministero degli Interni con quella degli Esteri. La lista del Ministero degli Esteri è di gran lunga più ampia di quella degli Interni ma si voterà in base a quest’ultima. La nostra in compenso è più completa nel senso che si tratta di lista con indirizzi più precisi e corret-

ti. Quella degli Interni può contenere indirizzi di persone non più viventi o che hanno cam-biato indirizzo. Un allineamento non completo prevederà molti indirizzi sbagliati o non ag-giornati. Quindi molte schede non arriveranno neanche a destinazione. È per questo che è molto importante il lavoro sull’allineamento, che tra l’altro non si ferma nonostante ormai

tali della circoscrizione. In Italia non esiste questo tipo di problema.CI — Quale sarà l’importanza dei deputati della circoscrizione estero?Console — Vedo alcuni elementi signifi cativi. È la prima volta che si vota ed è stato un pro-cesso molto lungo e diffi cile. È stata modifi cata la Costituzione per ben due volte; fatto storico

questo. L’importante è che gli italiani all’estero possano eleggere dei rappre-sentanti che diventino portavoce dei loro bisogni. Questo, in fondo, è stato l’obiettivo della legge. In realtà all’estero nonostante le liste di partito, i bisogni sono più o meno omogenei a prescindere dal colore politico. Non esistono grandi differenze. L’importante, quindi, è avere una voce diretta in parlamento. Certo che gli stati che riusciranno ad essere maggiormemnte rappresentati avranno un vantaggio, anche perché, per il tipo e la confi gurazione del sistema elettorale, i resti andranno a confl uire su coloro che avranno maggiori preferenze. Quindi sicuramente gli stati minori non avranno rappresentazione. In questo caso parlo di Venezuela, Bolivia, Ecuador ecc. Non sappiamo neanche se il Brasile ne avrà, forse se la giocherà sui resti. Se non do-vrà esserci un eletto in Brasile sarebbe importante che si stabilisse un collega-mento con coloro che saranno eletti. Non c’è dubbio che la presenza in parlamento sarà molto importante visto che potranno presentare progetti di legge come inter-rogazioni parlamentari. In questo senso si parla di grande passo storico.CI — Quali problemi incontrati in questo processo di riconoscimento politico?Console — I problemi maggiori come ho detto sono i tempi molto stretti. Le elezioni sono state indette l’11 feb-braio quindi solo due mesi sono pochi sopratutto in un’area continentale. La campagna elettorale sarà estremamente ridotta. Noi come Consolato non pos-siamo far altro che invogliare gli italia-

ni a votare il più possibile. Abbiamo costituito presso il consolato un uffi cio elettorale con un numero dedicato per dare le informazioni. Noi come Rio de Janeiro, poi, abbiamo perso un migliaio di votanti dovuto appunto all’alli-nemanento. Questo vuol dire che manderemo meno schede però in teoria dovrebbero arriva-re quasi tutte. Meno quantità ma più qualità potremmo dire.

Italiani votate!In un’intervista in esclusiva il console italiano a Rio, Massimo Bellelli, parla sul nuovo e atteso

appuntamento elettorale dell’Italia e degli italiani residenti all’estero presentando aspetti importanti nella disputa per due senatori e tre deputati nella circoscrizione estero dell’America del Sud

Giordano Iapalucci

‘In realtà, all’estero, nonostante le liste di partito,

i bisogni sono più o meno omogenei a prescindere

dal colore politico’

IN ITALIADa un punto di vista meramente tecnico ci sa-ranno delle piccole differenze tra il sistema elettorale adottato in Italia e all’estero. Una di queste è per esempio che nel Belpaese si vota in due giorni: domenica 9 e lunedì 10, aprile mentre all’estero le votazioni si svolgeranno per corrispondenza. È poi da sottolineare che in Italia esiste con un sistema proporzionale sen-za preferenze con premio di maggioranza, dif-ferente dall’estero in cui si possono scegliere le preferenze. Quest’ultima è stata una decisione per favorire non tanto la scelta del partito ma della persona che ha operato nella collettività e per la comunità.

Dalle prime elezioni elettorali dell’era repub-blicana (1948), la campagna elettorale in Italia ha sempre vissuto momenti di grande tensione e “violenza politica” tale da offuscare e mettere in secondo piano i reali programmi delle varie forze politiche. Si parla da molto tempo ormai del “confron-to all’americana” (chissà poi perché bisogna imitare sempre tutto dal paese che ha commercializzato la po-litica) tra i due principali candidati alla poltrona di premier: Romano Prodi, per l’Unione, e Silvio Berlusco-ni, per il Polo delle Libertà. Per quest’ultimo, che ha da sempre improntato una po-litica molto legata all’aspet-to comunicativo, è il miglior “campo di battaglia” per confrontarsi con il proprio avversario. Non sembra però andato secondo le previsioni del premier il confronto del 14 marzo scorso. Il “profes-sore”, secondo i più impor-tanti organi di comunicazio-ne italiani e stranieri (non di partito), avrebbe “vinto” questo primo incontro. A se-guito di questo sembra essere nata una certa po-lemica e crisi nel centrodestra. I suoi due alleati principali, Fini (AN) e Casini (Udc) sembrano aver preso le distanze. Lo stesso leader di Alleanza Na-zionale ha dichiarato la necessità di essere “più realisti e più umili visto che in Italia le cose non vanno bene e che, oggettivamente, esistono dei problemi”. Non l’ha certo digerita bene Berlusconi accusandoli di voler abbandonare la nave come i sorci. “Non hanno capito che se affondo io affon-dano anche loro. E’ chiaro che quei due stanno facendo una corsa per il dopo 10 aprile. Entrambi pensano di prendere il mio posto, di farmi fuori. Evidentemente ancora non hanno imparato a co-noscermi .Anche se io perdo le elezioni, non me ne vado” ha dichiarato alla stampa italiana il lea-der di Forza Italia.

Sembra poi che anche la Chiesa e il Vaticano non stiano facilitando il clima politico italiano. È dell’inizio di marzo l’annuncio del ricevimento ad udienza privata tra il Santo Padre, Berlusco-ni, Pierferdinando Casini (presidente della Ca-mera) e Clemente Mastella (segretario Udeur). C’è chi nel centro-sinistra ha visto la visita co-

me un attacco alla laicità dello Stato italiano. Antonio Di Pietro, leader dell’Italia dei valori, si è detto meravigliato per l’infrazione al “proto-collo secolare” che vieta al pontefi ce di riceve-re politici in campagna elettorale. Esponenti di Forza Italia allo stesso tempo hanno fatto sape-re che il Papa, anche quando incontra personali-tà istituzionali, non fa mai politica, ma esercita il suo magistero.

Anche importanti esponenti della lettera-tura italiana si sono pronunciati in merito al-l’appuntamento elettorale. Chi ha fatto la voce grossa contro l’operato del governo sono sta-ti Umberto Eco e Claudio Magris, intellettuali molto conosciuti all’estero. In una recente in-tervista a Repubblica lo scrittore de “Il nome della Rosa” ha fatto sapere che nel caso di altri cinque anni di sfacelo, potrebbe pure andarse-ne all’estero, ma la maggioranza di voi in que-sto paese deve viverci.

Ha suscitato un polverone la scelta da parte del più importante giornale italiano e con la maggior tiratura, di appel-larsi ad una tradizione non tanto italiana ma più an-glosassone, ovvero quello di schierarsi apertamente nella scelta della coalizio-ne politica. È stata de “Il corriere della sera” il cui direttore Paolo Mieli ha invitato gli elettori a cam-biare direzione rispetto al-le ultime elezioni del 2001 e di andare con il centro-sinistra. Le reazioni non si sono fatte aspettare e lo stesso Berlusconi ha fat-to sapere che “il Corriere è un giornale che suppor-ta la sinistra. I suoi letto-ri sapevano già di leggere qualcosa vicino al giornale Unità. Ciò che ha scritto Mieli dimostra che la si-

nistra ha conquistato un altro pezzo della so-cietà”. Anche gli esponenti del centro-sinistra si sono fatti sentire. Fausto Bertinotti, segre-tario del partito della Rifondazione comunista ha detto che “Mieli ha compiuto una scelta di trasparenza democratica fornendo garanzie per tutti non mistifi cando la realtà”.

LA SCELTA È TUANella scelta fi nale del voto, data anche la so-vrapposizione di molti punti nei vari programmi

dei partiti e coalizioni sarà forse interessante che l’elettore pensi anche a ciò che comporte-rà il proprio voto nel futuro dell’Italia visto che il parlamento legifererà anche e sopratutto per leggi che avranno effetto in Italia. È dunque importante che l’elettore si informi bene sul-le legislature, sui governi passati, sullo stato dell’economia presente e passata, come anche sui programmi dei partiti. Si dice sempre che gli italiani all’estero sono una risorsa per l’Italia. Ma poiché esiste un rapporto di reciprocità in questa affermazione anche gli italiani all’estero saranno contenti e rincuorati da una sana e ro-busta economia italiana che potrà aiutare negli scambi commerciali. Non sono poi da sottovalu-tare le linee ideologiche sull’organizzazione sta-tale delle due forze politiche principali. Entram-be si dichiarano per uno “stato leggero”. Da una parte, il centro-sinistra, lo vede come una istitu-zione che organizza e affi na le proprie funzioni di arbitro e non di giocatore e che determina le regole della concorrenza in tutti i settori. Dal-l’altra uno stato che, come ha più volte ripetuto Berlusconi, “faccia poco ma faccia bene” e che per il resto ceda il passo ai privati, secondo quel concetto di sussidiarietà che è uno dei cardini della concezione dello stato liberale di Forza Italia. Buon voto a tutti quindi, essendo co-scienti che il risultato dei voti delle circoscrizio-ni estero potrà far pendere l’ago della bilancia per il risultato generale delle elezioni.

UTILITÀ — La Farnesina prosegue la propria campagna di informazione sul voto all’estero e comunica che sono operativi due nuovi numeri telefonici che permetteranno di accedere a un’esauriente serie di risposte pre-registrate automatiche gratuite, nelle lingue italiano, inglese, francese, spagnolo e portoghese.

Per chi chiama da rete fi ssa, il numero a disposizione è il 0039.06.97742103: dopo aver digitato il numero, l’utente avvertirà il segnale di occupato e dovrà riagganciare; sarà quindi richiamato automaticamente e potrà ascoltare gratuitamente la registrazione. Il Ministero ha inoltre predisposto un numero mobile internazionale — 0044.76.24800978 — per chi invia sms. Tali servizi si aggiungeranno al servizio informativo gratuito con numero verde italiano 800.90.80.08.

per le elezioni del 9 aprile le liste dei votan-ti sono state chiuse al 31 dicembre. Oltre a questo i tempi previsti dalla legge sono molto stretti. Il 22 marzo dobbiamo inviare tutto il materiale per posta. Il voto deve tornare entro il 6 di aprile per poterlo poi spedire a Roma per essere scrutinato il 9. Ci sono quindi 15 giorni tra andata e ritorno che non sono certo molti sopratutto con le dimensioni continen-

‘La capacità di aggregazione e la valutazione

delle disponibilità

finanziarie sarà la sfida con cui i nostri colleghi

dovranno confrontarsi’ENRICO PIANETTA

Il membro della Presidenza del CGIE, Claudio Pieroni

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COMUNICATO

ELEZIONI DEL PARLAMENTO ITALIANOVOTO ALL’ESTERO PER CORRISPONDENZA

Con Decreto del Presidente della Repubblica in data 11 febbraio 2006 sono state indette per il 9 e 10 aprile 2006 le votazioni per l’elezione della Camera dei Deputati e del Senato della Repubblica

In Italia le votazioni si svolgono presso i seggi istituiti nei Co-muni di residenza nei giorni di domenica 9 aprile ( dalle ore 8,00 alle ore22,00 ) e di lunedì 10 aprile (dalle ore 7,00 alle ore 15,00)

All’estero, i cittadini italiani ivi stabilmente residenti, iscritti nelle liste elettorali della Circoscrizione estero, possono partecipa-re alle elezioni votando PER CORRISPONDENZA. Essi votano per le liste di candidati presentate nella rispettiva ripartizione della Circo-scrizione Estero.

A ciascun elettore residente all’estero, che non abbia optato per il voto in Italia entro il 21 febbraio, il Consolato competente invia per posta, entro il 22 marzo, un PLICO contenente: un foglio in-formativo che spiega come votare, il certifi cato elettorale, la scheda elettorale (due per chi, avendo compiuto 25 anni, può votare an-che per il Senato), una busta completamente bianca, una busta già affrancata recante l’indirizzo dell’Uffi cio consolare stesso, le liste dei candidati della propria ripartizione, il testo della legge sul voto all’estero.

L’elettore, utilizzando la busta già affrancata e seguendo atten-tamente le istruzioni contenute nel foglio informativo, dovrà spedire SENZA RITARDO le schede elettorali votate, in modo che arrivino al proprio Consolato entro - e non oltre - le ore 16 ora locale del 6 aprile.

Il voto è personale e segreto ed è fatto divieto di votare più vol-te e inoltrare schede per conto di altre persone. Chiunque violi le disposizioni in materia elettorale, sarà punito a norma di legge.

L’elettore che alla data del 26 marzo non avesse ancora ricevu-to il plico elettorale, potrà rivolgersi al proprio Consolato per veri-fi care la propria posizione elettorale e chiedere un duplicato.

A seguito dell’entrata in vigore della legge 27 gennaio 2006 n. 22 – consultabile sul sito www.esteri.it - possono votare per posta con le stesse modalità ed entro i termini suddetti anche alcune ca-tegorie di cittadini temporaneamente all’estero per motivi di servi-zio o per missioni internazionali che si siano a tal fi ne registrati in appositi elenchi entro il 13 febbraio scorso.

IL CONSOLATO GENERALE E’ A DISPOSIZIONE DEI CITTADINI PER QUALSIASI ULTERIORE INFORMAZIONE. Tel.(021) 2122 1315 int.2118

INFORMAZIONI DETTAGLIATE SONO INOLTRE DISPONIBILI SUL SITO www.esteri.it “VOTO ALL’ESTERO” O TRAMITE IL NU-MERO 003906 97742103 CHE FORNISCE RISPOSTE PRE-DEFINITE GRATUITE.

COMUNICADO

ELEIÇÕES DO PARLAMENTO ITALIANOVOTO NO EXTERIOR POR CORRESPONDÊNCIA

Com Decreto do Presidente da República de 11 de fevereiro de 2006, foi fi xada para os dias 9 e 10 de abril de 2006 a eleição para a Câma-ra dos Deputados e para o Senado da República.

Na Itália, as votações serão realizadas nas sedes eleitorais dos Municípios de residência no domingo dia 9 de abril (das 08:00 às 22:00 hs) e na segunda-feira dia 10 de abril (das 07:00 às 15:00 hs).

Os cidadãos italianos permanentemente residentes no exterior, inscritos nas listas eleitorais da Circunscrição do exterior, podem participar das eleições votando POR CORRESPONDÊNCIA. Deverão votar nos candidatos que se apresentarem na respectiva repartição da Circunscrição do exterior.

O eleitor residente no exterior, que não tenha manifestado a sua opção de votar na Itália, receberá por correio do Consulado compe-tente, até o dia 22 de março, um ENVELOPE contendo: um folheto informativo que explica como votar, o certifi cado eleitoral, a cédula eleitoral (duas para o eleitor maior de 25 anos que pode votar tam-bém para o Senado), um envelope completamente branco, um en-velope já selado com o endereço do próprio departamento consular, as listas dos candidatos da própria repartição e o texto da lei sobre voto no exterior.

O eleitor, utilizando o envelope já selado e seguindo atentamen-te as instruções contidas no folheto informativo, deverá expedir SEM ATRASO as cédulas eleitorais votadas, de forma que cheguem ao pró-prio Consulado até no máximo às 16:00 hs (horário local) do dia 6 de abril de 2006.

O voto é pessoal e secreto e é terminantemente proibido votar mais vezes e enviar cédulas eleitorais por meio de terceiros. Quem violar as disposições em matéria eleitoral será punido de acordo com a lei.

O eleitor que até a data de 26 de março de 2006 não tiver ainda recebido o envelope eleitoral, poderá dirigir-se ao próprio Consulado para verifi car a sua situação eleitoral e solicitar uma segunda via.

A partir da entrada em vigor da Lei no. 22 de 27 de janeiro de 2006 – disponível no site www.esteri.it – podem votar por correio nas mesmas modalidades e até os prazos acima indicados também os cidadãos que se encontram temporariamente no exterior por motivos de trabalho ou em missões internacionais que, para este fi m, tenham se registrado nas devidas listas até o dia 13 de fevereiro de 2006.

O CONSULADO GERAL DA ITALIA ESTÁ A DISPOSIÇÃO DOS CIDA-DÃOS PARA QUALQUER INFORMAÇÃO ADICIONAL. Tel.(021)2122 1315 ramal 2118.

INFORMAÇÕES DETALHADAS TAMBÉM PODEM SER OBTIDAS NO SITE www.esteri.it “VOTO ALL’ESTERO”, OU NO TELEFONE 00xx / 39/ 06/ 97742103, QUE FORNECE RESPOSTAS PRÉ-DEFINIDAS GRATUITAMENTE.

Consolato Generale d’ItaliaRio de Janeiro

Per informazioni: Consolato Generale Rio de Janeiro: (xx) 2122-2118; Ambasciata – Brasilia – (xx) 61-3442-9900; Consolato Generale – São Paulo – (xx) 11-3549-5643; Consolato Generale – Curitiba – (xx) 41-3383-1751; Consolato Generale – Porto Alegre – (xx) 51-3230-8237; Consolato – Belo Horizonte – (xx) 31-3281-4211; Consolato – Recife - (xx) 81-3466-4200

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SÃO PAULO — O compromisso foi fi rmado em outubro de 2005, quando a Assem-bléia Legislativa italiana aprovou a re-forma eleitoral que determina a votação

de concidadãos residentes nos cinco continen-tes - e regularmente inscritos junto às repre-sentações consulares - para o Senado e para a Câmara dos Deputados da Itália. Ou seja, tornou-se ofi cial que italianos e descendentes com passaporte de todo o mundo participariam da renovação do Parlamento, prerrogativa que foi obtida por meio da lei de nº 459 de 27 de dezembro de 2001. Ao todo, o eleitorado que compõe a chamada Circonscrizione Estero é for-mado por mais de 3,5 milhões de pessoas. Po-pulação que, apesar de viver muito além das fronteiras da Bota, agora participará pela pri-meira vez das eleições italianas.

A Circonscrizione Estero, ou Circuncrição do Exterior, será composta pelos votos dos eleito-res divididos em quatro repartições, respeitan-do-se os limites continentais. São elas: Europa, América do Norte e Central, América do Sul e a quarta formada pela África, Ásica e Oceania. Em cada uma delas, os respectivos candidatos têm trabalhado dia e noite em suas campanhas eleitorais e apresentam seus planos de governo, que invariavelmente aliam os interesses comuns da comunidade italiana àqueles dos países onde

residem e a qual pretendem representar no Par-lamento em Roma.

Interesses que, com base nos programas eleitorais, se mostram muito uniformes, com diferenças somente na ideologia de cada grupo político. Pelo menos é o que indicam os partidos e coligações que se mostram mais fortes em ca-da comunidade italiana no exterior. Existem os que difundem os ideais da Forza Italia, o partido do atual premiêr Silvio Berlusconi, bem como se mostram presentes listas de candidatos da Lega Nord, o partido de origem lombarda que nasceu sob o ideal de separar o Norte do Sul da Itália.

Há também listas que defendem novas coli-gações, que podem ter ou não qualquer vínculo com os partidos políticos existentes, entre elas

a L´Unione (de esquerda), Per l´Italia nel Mondo con Tremaglia, l´AIIE (Alternativa Independen-te Italiani all´Estero) e l´Italia dei valori. Outros partidos que outrora usufruíram de certo prestí-gio na Itália ainda se fazem presentes, como é o caso da UDC (Unione Democatici Cristiani).

Na circunscrição Europa, mais precisamente na Inglaterra, o advogado e diretor de um jornal de Londres Raffaele Fantetti é um dos que mais reforçam o apoio à reeleição de Silvio Berlusconi na Itália, ao lançar-se candidato a uma cadei-ra na Câmera dos deputados pelo partido Forza Italia. Também no Velho Continente, dão apoio à candidatura do partido de centro-direita os candidatos ao Parlamento Carlo Alberto Brusa, Massimo Romagnoli, Salvatore Albelice, Giam-piero Camurati, Carlo Erio e Antonella Rebuzzi. A circunscrição européia, a maior de todas, com mais de 1,6 milhão de votantes, é também, sem dúvida alguma, o principal colégio eleitoral do partido de Berlusconi.

Na circunscrição América do Norte e Central, composta por cerca de 350 mil eleitores, a lis-ta de maior expressão é a da AIIE (Alternativa Independente Italiani all´Estero), presente nos três principais países que a encabeçam: Estados Unidos, Canadá e México. Para representar a co-munidade norte-americana no Senado italiano, a coligação indica a contadora Sonia Spadoni-

3,5 milhões de italianos poderão votar no exterior

Consolato Generale d’ItaliaRio de Janeiro

LETTERA AI CONNAZIONALI

Il 9 e 10 aprile prossimi si votera’ in Italia per l’elezione della Camera dei Deputati e del Senato della Repubbli-ca. Si tratta della prima volta in assoluto che i cittadi-ni italiani all’estero potranno direttamente votare alle elezioni politiche, per corrispondenza e senza recarsi in Patria. Gli elettori qui residenti potranno eleggere, nell’ambito della circoscrizione del Sud america, 3 de-putati e 2 senatori quali loro diretti rappresentanti e portavoce. E’ un momento importante nel processo de-mocratico nazionale che desidero sottolineare attirando l’attenzione sul fatto che per consentire il voto al voto all’estero per corrispondenza, il Parlamento italiano ha modifi cato la stessa costituzione della Repubblica. La richiesta del voto all’estero era stata avanzata da molti anni, e con crescente insistenza, da molti di voi che sensibili alla vita politica italiana desideravano avere la possibilita’ di parteciparvi attivamente, contribuirvi ed infl uenzarla per orientare ancor di piu’ l’attenzione ver-so le esigenze della collettivita’ italiana all’estero.

Oggi il voto e’ una realta’. Il processo elettorale e’ stato avviato, le liste e le candidature sono state pre-sentate e nei prossimi giorni riceverete i plichi elet-torale con le istruzioni per il voto e le schede. Tra i candidati ai seggi della Camera e del Senato vi sono di-versi residenti, non solo in Brasile, ma anche in questa stessa circoscrizione consolare. La qualifi cata e diver-sifi cata presenza dei diversi candidati, ognuno con un bagaglio di esperienze e di capacita’, dimostra, ove vi fosse qualche dubbio, la sensibilita’ verso l’Italia ed il suo processo democratico.

E’ importante che in questo momento gli elettori, a prescindere dalla fede politica o dall’appoggio al candi-dato preferito, seguano e partecipino al voto che cos-tituisce un diritto ed un dovere civico e il coronamento dell’impegno degli italiani all’estero, delle forze politi-che in Italia e dell’Amministrazione pubblica stessa, qui rappresentata dalla rete diplomatico-consolare.

Il Consolato Generale di Rio de Janeiro, pro-prio per aiutare ed assistere i cittadini qui residenti nell’espletamento del diritto di voto, ha istituito uno specifi co uffi cio elettorale presso cui gli elettori pos-sono fi n d’ora controllare se sono regolarmente iscritti nelle liste dei comuni in Italia e - ove non vi fossero - avanzare domanda per esservi inclusi. Per evitare di trovarsi all’ultimo momento in condizioni di non votare invito tutti fi n da ora a rendersi parte attiva e diligente in tale processo.

Il CONSOLE GENERALE MASSIMO BELLELLI

Istruzioni per restituire le schede

Ripartizione: America Meridionale

All’interno del plico, tra le altre cose, troverete:

Plico Elettorale

• 2 schede elettorali di colore diverso, una per ciascuna votazione (Camera e Senato)• ATTENZIONE: chi non ha compiuto 25 anni di età riceve solo 1 scheda per la Camera dei Deputati• 2 buste, una completamente bianca e una più grande già affrancata con l’indi-rizzo dell’Uffi cio Diplomatico-Consolare.• le liste dei candidati della Riparti-zione

Si vota tracciando un segno sul con-trassegno (o simbolo) della lista pre-scelta o sul rettangolo che lo con-tiene.Si può esprimere il voto di preferenza scrivendo il cognome del candidato nel-la riga accanto al contrassegno votatoIl voto è personale, libero e segreto

Dopo aver votato, utilizzando una penna di colore nero o blu, inserire la scheda o le schede elettorali nella bu-sta bianca e chiudere la busta

Inserire la busta bianca nella busta già affrancata con l’indirizzo della Rappre-sentanza Diplomatico-Consolare

Inserire il tagliando del certifi cato elettorale nella busta già affrancata ATTENZIONE non inserire il tagliando nella busta bianca che deve contenere solo le schede.

Chiudere la busta già affrancata e spe-dirla all’Uffi cio Diplomatico-Consolare NON AGGIUNGERE IL MITTENTE

Scheda Elettorale

CAMERA

Scheda Elettorale

SENATOListe

CandidatiListe

Candidati

Scheda Elettorale

CAMERA

Scheda Elettorale

SENATO

POSTA

Renata GonçalezEspecial para Comuntà

Nove de abril, o dia em que o que conta é a escolha dos italianos que vivem no exterior

‘A circunscrição América do Sul é a segunda maior das repartições

continentais’

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LISTA DI CANDIDATI DELL’AMERICA DEL SUD

Associazioni Italiane in Sud America

Senato

Luigi Pallaro Argentina

Walter Petruzziello BRASIL

Italo Colafranceschi Uruguai

Vito Antonio Miraglia Venezuela

Camera

Ricardo Merlo Argentina

Felisa Pomilio Argentina

Rodolfo Borghese Argentina

Adriano Bonaspetti BRASIL

Gianni Boscolo BRASIL

Nello Collevecchio Venezuela

Forza Italia

Senato

Fina Franchini Chile

Aldo Chianello BRASIL

Luigi Olivi Paraguai

Camera

Franco Tirelli Argentina

Giovanni di Raimondo Argentina

Diego Tomassini BRASIL

Daniela Chierichetti Uruguai

Gaetano Duma Venezuela

Lega Nord

SenatoVittorio De Stefano Venezuela

Clementina Di Ruggiero Venezuela

Camera

Graziano Lardoni Argentina

Mazio Arcari BRASIL

Bruno Boschiero Uruguai

Salvatore Barraco Venezuela

L´Unione

Senato

Mirella Giai Argentina

Dario Ventimiglia Argentina

Edoardo Pollastri BRASIL

Camera

Giovanni Jannuzzi Argentina

Francisco Rotundo Argentina

Natalina Berto BRASIL

Arduino Monti BRASIL

Fabio Porta BRASIL

Marisa Bafi le Venezuela

Per l´Italia nel Mondo con Tremaglia

Senato

Franco Livini Argentina

Nicolò Mazzola BRASIL

Giacomo Canepa Uruguai

Camera

Giuseppe Angeli Argentina

Elio Bruno Squillari Argentina

Antonio Laspro BRASIL

Piero Stefanon Ruzzenenti

BRASIL

Luigi Barindelli BRASIL

Roberto Cavallo De Robertis

Venezuela

UDC

Senato

Teresina Settembrini Argentina

Claudio Juan Pitton Argentina

Vitaliano Vita Venezuela

Aldo Giuseppe Lamorte Uruguai

Camera

Nicolas Moretti Argentina

Domenico Pugliese Argentina

Francesco Domenico Magno

Argentina

Sandro Pollastrini BRASIL

Giacomo Cesar Marasso Chile

Claudio Zin Venezuela

Alieto, ao lado dos candidatos a deputado Don Serafi ni John Adamo e Francesco di Lero. Dos dois outros países, completam a lista da AIIE Antonio Massana, do Canadá, e Paolo de Fran-cesco, residente no México.

Segue também com força na mesma circuns-crição a candidatura de Rocco di Trolio, imigran-te nascido na Campania e que hoje vive no Cana-dá. Di Trolio concorre ao Senado pela L´Unione. Por conta de sua origem ítalo-meridional, o prin-cipal foco da campanha do candidato são as co-munidades oriundas das regiões do Sul da Itália, espalhadas principalmente nos Estados Unidos e no Canadá.

A UDC é bastante cotada na circunscrição da América Setentrional e Central, tendo como can-didatos ao Senado o jornalista e secretário do partido no Canadá, Vittorio Coco, e o presidente da Câmara de Comércio Italiana de Nova York, Berardo Paradiso. Para a Câmara, os indicados da UDC são Domenico Mignone, Massimo Seracini e Gaetano Mattioli Cechini, todos oriundi que hoje

vivem nos Estados Unidos.A menor das circunscrições, com cerca de

160 mil eleitores inscritos, reúne os continen-tes África, Ásia e Oceania. Entre os candidatos desponta Nino Randazzo, jornalista residente em Sydney e que também preside a 1a Comis-são do CGIE (Conselho Geral dos Italianos no Exterior). Randazzo concorre ao Senado italia-no pela frente de centro-esquerda L´Unione. O principal apoio à centro-direita da circunscri-ção também vem da Austrália, com a candida-tura de Luigi Casagrande ao Senado e de Teresa Restifa à Câmara dos deputados, ambos pela Forza Italia.

PLULARIDADE POLÍTICACom quase 800 mil votantes, a circunscrição América do Sul é a segunda maior das reparti-ções continentais. É também aqui que encon-tra-se a maior diversidade política de listas. No mais numeroso colégio eleitoral da repartição,

a Argentina, destacam-se os candidatos Franco Livini, que concorre a uma cadeira no Senado pela lista Per l`Italia nel Mondo con Trema-glia, juntamente com o candidato a deputado Giuseppe Angeli.

Mas o favoritismo da lista da Associazioni Italiane in Sud America aponta o candidato Luigi Pallaro, presidente da Câmara de Comércio Ita-liana de Buenos Aires e vice-presidente do CGIE, como o preferido dos ítalo-argentinos. Pallaro concorre ao Senado pela Circunscrição América do Sul, tendo como aliado o presidente do Comi-tes portenho, Ricardo Merlo, que candidadou-se à Câmara dos Deputados.

Ainda pela Argentina, a lista da L’Unione mos-tra-se mais forte com os nomes de Mirella Giai, candidata ao Senado, e Giovanni Jannuzzi e Fran-cisco Rotundo, que concorrem a uma vaga na Câ-mara pelo mesmo partido. Com menor expressão, mas presentes na campanha eleitoral na América do Sul, estão as listas da Forza Italia, Lega Nord, UDC e Associazioni Italiane in Sud America.

BRASIL TEM 17 CANDIDATOSAs oito listas elaboradas para as eleições na cir-cunscrição América do Sul contêm nomes de can-didatos residentes no Brasil. Quatro deles concor-rem ao Parlamento italiano pela L´Unione, que até então apresentou a mais bem estruturada candi-datura no país, e cujos inscritos saíram na fren-te na divulgação de suas propostas em diversos Estados. A lista é encabeçada pelo presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria de São Paulo, Edoardo Pollastri, que concorre ao Se-nado, e é completa pelos candidatos a deputados Fabio Porta, Natalina Berto e Arduino Monti.

Também com quatro candidatos que vivem no Brasil, a lista Per l´Italia nel Mondo con Tre-maglia indica ao Senado Nicolò Mazzola, execu-tivo da empresa Consist e membro do Comites paulista. Antonio Laspro, Piero Stefano Ruzze-nenti e Luigi Barindelli são os candidatos à Câ-mara dos deputados.

A lista independente intitulada Associazioni Italiane in Sud America apresenta como candida-to ao Senado o advogado Walter Antonio Petru-zziello, residente em Curitiba. Para a Câmara, fo-ram indicados Adriano Bonaspetti, que mora em Porto Alegre, e o paulistano Gianni Boscolo.

Pela Udeur (Unione Democratici per l´Europa), outra lista independente, o nome de Claudio Pe-zzili, fundador da Associazione Piemontese del Brasile, fi gura como candidato do Brasil à Câma-ra. Outro que lançou-se candidato a senador em uma lista independente é o presidente da Asso-ciação Calabresa do Rio de Janeiro e membro do Comites carioca, Corrado Bosco, que fez parte do CGIE e foi presidente do Comitês por dois mandatos, inscrito pela Unione Sudamericana Emigrati Italiani.

Nas listas formuladas pelos partidos de di-reita também constam nomes de ítalo-brasilei-ros. Pela UDC, Sandro Pollastrini concorre a uma cadeira na Câmara dos deputados. Forza Italia tem Diego Tomassini como candidato à Câmara, e Aldo Chianello ao Senado. Por fi m, o vice-pre-sidente da Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira de São Paulo, Marzio Arcari, é o único residente no Brasil presente na lista da Lega Nord, como candidato a deputado.

LISTA DI CANDIDATI DELL’AMERICA DEL SUD

Udeur

SenatoVittorio Vagiu Argentina

Ugo Di Martino Venezuela

Camera

Emilio Condò Argentina

Aldo Tela Argentina

Antonio Castaldo Argentina

Emilio Noseda Argentina

Claudio Pezzili BRASIL

Mario Macario Zito Colombia

Unione Sudamericana Emigrati Italiani

Senato

Michele D´Angelo Argentina

Giuseppe Bressi Argentina

Aldo Memmo Argentina

Corrado Bosco BRASIL

Camera

Eugenio Sangregorio Argentina

Michele De Luca Argentina

Maria Concepcion Cesarano

Argentina

Laura Suarez Frizzera Argentina

Francisca Maria Costantino

Argentina

Angelo Del Duca Uruguai

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campanhas eleitorais e apresentam seus planos de governo,

que aliam os interesses comuns da comunidade italiana àqueles dos países

onde residem

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Natalina BertoNascimento: Veggiano, no VênetoIdade: 62 anos

Biografi a* Diretora e conselheira do Comites (Comi-tato degli Italiani all´Estero) de São Paulo;* Desde 1975 atua como assistente-social na periferia de São Paulo junto à Prefeitura, contribuindo para a recuperação e formação de crianças e jovens carentes;* Presidente das obras sociais do Jardim Clímax.* Coordenadora Nacional do Patronato Inas-Cisl desde 1989.

Fabio PortaNascimento: Caltagiro-ne (Sicília)Idade: 43 anos

Biografi a* Formado em Sociologia Econômica na Uni-versidade La Sapienza, em Roma;* Entre 1982 e 1986 foi presidente da do Movi-mento Estudantil da Ação Católica Italiana;* Presidente do Patronato Ital Uil;* Vice-presidente do Comites (Comitato degli Italiani all´Estero).

Edoardo Pollastri Nascimento: Alessandria (Piemonte)Idade: 73 anos

Biografi a* Formado em Economia e Comércio pela Universidade de Bari;* Foi superintendente do Grupo Finan-ceiro Italiano Findim (Finanziaria Indu-striale Immobiliare Mobiliare), presidente da Visagis S/A e da Argenmilla (Buenos Aires);* Entre 1960 e 1974, foi titular da cátedra de Contabilidade e Economia Empresarial e vice-reitor na Universidade de Estudos de Asmara (Etiópia);* Presidente da Câmera Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria de São Paulo.

Diego TomassiniNascimento: Pisa, na ToscanaIdade: 43 anos

Biografi a* Formado em Ciências Estatística e Eco-nômicas pela Universidade La Sapienza de Roma;* Conselheiro técnico da Câmera Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria de São Paulo;* Consultor empresarial de escritórios públi-cos e privados da União Européia;*Coordenador do Projeto Muep (Monitoring Unif for Environmental Protection);* Membro do Conselho da Fiesp (Fede-ração das Indústrias do Estado de São Paulo).

Antonio Aldo Chianello Nascimento: Rio de Ja-neiro (RJ) - família origi-nária da CalábriaIdade: 52 anos

Biografi a* Médico oftalmologista especialista em Of-talmologia Cirúrgica formado pela Universi-dade Gama Filho;* Presidente do Hospital Italiano do Rio de Janeiro;* Membro do Conselho Diretivo da Aliança dos Hospitais Italianos no Mundo;* Presidente da Acib (Associação Cultural Ítalo-Brasileira.

Antonio LasproNascimento: Balvano, na Ba-silicataIdade: 67 anos

Biografi a* Formado em Direito e Administração de Empresas* Diretor do Patronato Enasco;* Atuou como diretor na SAI - Società Assicu-rativa Industriale di Torino (Grupo SulAmerica de Seguros); Generali do Brasil e Colider/Fivap - Credito Finanziamento e Investimento;* Membro da: Associazione Basilicata di San Paolo; Federazione dei Lucani in Bra-sile; Circolo Italiano di San Paolo; Lega Italica; Fusie (Federazione Stampa Italiana all´Estero); Asib (Associazione Stampa Ita-liana in Brasile); Lions/Club Internacional; Comites di San Paolo (Comitato degli Ita-liani all´Estero) e CGIE (Consiglio Generale Degli Italiani all´Estero).

Luigi BarindelliNascimento: Esino Lario, na LombardiaIdade: 66 anos

Biografi a* Formado em Engenharia Eletrotécnica pe-lo Politécnico de Milão;* Responsável pelos procedimentos de con-trole de qualidade das Centrais Nucleares na construção da Hidrelétrica de Itaipu;* Fez parte do Comitê de Presidência do CGIE (Conselho Geral dos Italianos no Exte-rior) entre 1991 e 2004;* Fundador do Centro de Cultura Italiana; Scuo-la Italiana D´Arte Mazio Tremaglia e do Consór-cio entre Regiões Italianas e Estados do Brasil.

Niccolò MazzolaNascimento: Castelbuono, na SicíliaIdade: 77 anos

Biografi a* Formado em Física pela Universidade La Sapienza de Roma;* Vice-presidente internacional de Relações Públicas da empresa Consist, tendo traba-lhado na Arábia Saudita, Iraque, Bolívia, Colômbia e Argentina;* Membro do Comites (Comitato degli Ita-liani all´Estero) de São Paulo;* Presidiu a Federação Latino-Americana de Informática e Telecomunicações entre 1999 a 2005.

Piero Stefanon RuzzenentiNascimento: RomaIdade: 56 anos

Biografi a* Vice-Presidente do Comites do Rio de Janeiro;* Coordenador do CTIM no Brasil;* Conselheiro da Camera di Commercio e Industria do Rio de Janeiro;* Conselhero da Associação Culturale Ita-lo-Brasileira;* Diretor do Centro de Promoção de Artes e Profi ssões do Rio de Janeiro;* Presidente da Sociedade de Consultorias Comerciais;* Título de Cavaliere al Merito della Repub-blica Italiana.

Walter Antonio Petruzziello Nascimento: Pratola Serra, na CampaniaIdade: 54 anos

Biografi a* Formou-se em Economia Política e Direi-to, com especialização em Direito Comercial pela Universidade de Turim;* Atua como advogado em Curitiba (PR), onde presta consultorial internacional no campo empresarial;* Assessor jurídico do Consulado Geral da Itália em Curitiba (PR);* Foi presidente do Comites (Comitado degli Italiani all´Estero) - circunscrição do Paraná e Santa Catarina entre 1997 e 2004;* Vice-presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria de Curitiba;* Lecionou Economia Política na PUC (Pon-tifície Universidade Católica) do Paraná.

Gianni Boscolo Nascimento: São Paulo (SP) - família originária do VênetoIdade: 46 anos

Biografi a* Formado em Administração de Empresas na Faap (Faculdade Armando Álvares Pente-ado) e Mackenzie;* Foi vice-presidente da Gioveb (Gioventù Veneta del Brasile) entre 1995 e 2002, onde atualmente é conselheiro-diretor e coorde-nador empresarial;* Presidente do Conselho Deliberativo da Federação das Associações Venetas do Esta-do de São Paulo;* Fundador e coordenador das Confederazio-ne Giovanile del Veneti nel Mondo;* Representante da Federação Vêneta e da Gioveb para cursos voltados à comunidade ítalo-brasileira.

Corrado Bosco Nascimento: Fuscaldo Marina (Cosenza)Idade: 64 anos

Biografi a* Membro do COMITES - Comitato degli Ita-liani all’Estero, exercendo sua presidência por 11 anos;* Representante dos calabreses no Brasil, ora como Consultor, ora como Especialista em Emigração e Imigração;* Membro do Conselho Administrativo do Patronato INAS/CISL - Instituto Nazionale di Assistenza Sociale;* Presidente Nacional da CIM no Brasil - Confederazione degli Italiani nel Mondo.* Presidente do CGIE Brasil – Consiglio Ge-nerale degli Italiani all’Estero, representan-do os italianos junto ao Ministério do Exte-rior da Itália;* Presidente da ACRJ – Associação Calabre-sa do Rio de Janeiro;* Em 1990, membro do Conselho Gestor da Escola Italiana “Guglielmo Marconi” do

Assistência social e previdenciária; ade-quação estrutural consular para melhor atender os cidadãos italianos nestes países; formação e cooperação cultural;

apoio às empresas nos setores de pesquisa, de-senvolvimento sustentável, tecnologia e crédito. Garantir aos italianos residentes no exterior os mesmos direitos sociais e econômicos previstos na Constituição Italiana. Incentivo de bolsas de estudo e de vagas no mercado de trabalho na Itá-lia, intercâmbio entre universidades de ambos os países e estágio em empresas. potencializar a pre-sença italiana em projetos de cooperação interna-cional e de desenvolvimento sócio-econômico. Na área da saúde, maiores condições de paridade de tratamento nas áreas de previdência e assistência social e solidária para a comunidade italiana re-

Perfis dos candidatos brasileiros nas eleições

sidente na América do Sul. Inclusão de todos os idosos italianos que vivem no exterior e que pas-sam por difi culdades econômicas. Melhorias no atendimento consular e a promoção de oportuni-dades de estudo e de trabalho. Restabelecimento das ligações aéreas diretas entre Brasil e Itália, até então abandonadas pela Alitalia. Difundir eventos gratuitos que promovam a cultura italia-na, entre eles cinema e espetáculos teatrais.

Esta é a síntese dos programas eleitorais dos divesos grupos políticos que participam do pleito. Todos demonstram uniformidade nos an-seios para os italianos no exterior.

UNIONE

Arduino Monti Nascimento: Ceprano (Ciociaria)Idade: 60 anos

Biografi a* Diploma em Sociologia em junho de 1973 na Universidade de Paris-VIII, Vincennes;* Fundador da revista “Forum Democratico”;* Eleito no COMITES de Rio dois mandatos consecutivos, foi o Presidente;* Presidente do Circolo Laziale de Rio;* Vice-Presidente da Associação “Anita e Giuseppe Garibaldi”;* Diretor Didático da Associação Cultural Ítalo-Brasileira do Rio de Janeiro;* Membro do Consiglio Internazionale della FILEF.

UNIONE

UNIONE

FORZA ITALIA

PER L’ITALIA NEL MONDO CON TREMAGLIA

PER L’ITALIA NEL MONDO CON TREMAGLIA

PER L’ITALIA NEL MONDO CON TREMAGLIA

ASSOCIAZIONI ITALIANE IN SUDAMERICA

Adriano Bonaspetti Nascimento: Savona, na LigúriaIdade: 71 anos

Biografi a* Fomado em Ciências Contábeis e Administra-ção de Empresas;* Dirigiu empresas como Olivetti, Terragro e Morganti S.A;* Preside o Comites (Comitato degli Italiani all´Estero) do Rio Grande do Sul;* Fundador e diretor cultural da Acirs (Asso-

ciazione Culturale Italiana del Rio Grande do Sul);* Idealizador do programa radiofônico La Domenica Ita-liana rádio Guaíba);* Foi membro do CDIE (Conselho Geral dos Ita-lianos no Exterior);* Fundador e vice-presidente da Associazione Liguri nel Mondo di Porto Alegre;* Membro do Conselho Diretivo da Fisia (Federazione delle Istituzioni Scolastiche d´America).

ASSOCIAZIONI ITALIANE IN SUDAMERICA

ASSOCIAZIONI ITALIANE IN SUDAMERICA

UNIONE SUDAMERICANA EMIGRATI ITALIANI

PER L’ITALIA NEL MONDO CON TREMAGLIA

FORZA ITALIA

UNIONE

NOTA DA REDAÇÃO:

Até o momento do fechamento desta edição não obtivemos as informações relativas aos candidatos: Sandro Pollastrini, Claudio Pe-zzilli, Marzio Arcari.

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Candidato à Câmara

Candidato ao Senado

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ome tutti gli anni dal 1984, quando è stata fondata la Avenida del Samba nella Marquês de Sapucaí su progetto di Oscar Niemeyer, il carnevale di Rio

de Janeiro dimostra un’organizzazione che la-scia tutti a bocca aperta. Centinaia di migliaia di persone si sparpagliano sulle gradinate, nei palchi e in tutti gli spazi che possono essere occupati per vedere il maggior spettacolo popo-lare della terra, mentre migliaia di lavoratori si avvicendano affi nché le scuole del Gruppo di Ac-cesso A e Speciale possano passare e incantare la moltitudine. In questi quattro giorni di festa, incontriamo professionisti e personalità di tutti i settori della società.

Le comunità, nella maggior parte pove-re, mostrano il lavoro realizzato durante tutto l’anno a varie celebrità e a televisioni di diversi paesi nel mondo. La cultura e lo spirito cario-ca emozionano e contagiano grazie agli enormi carri allegorici, ai colori, ai corpi seminudi, al suono della batteria, ma specialmente alla crea-tività e al sorriso stampato sui visi.

GRUPPO SPECIALE

Sempre più la sfi lata delle scuole di samba del Gruppo Speciale si professionalizza e diventa più competitiva. Il risultato di ogni scuola vie-ne analizzato da un gruppo di giurati che, rigo-rosamente, si attiene ad ogni dettaglio. C’è chi dice che questo metodo dovrebbe essere abolito perché ingiusto con l’enorme mole di lavoro per

la preparazione di migliaia di persone che fan sí che la festa divenga realtà.

Quest’anno le 14 scuole hanno sfi lato mo-strando i loro temi con grande ricchezza.

- Salgueiro, la scuola più popolare del quar-tiere Tijuca, ha aperto le sfi late con il tema ‘Mi-crocosmo: ciò che gli occhi non vedono, il cuore non sente’. Era lussuosa, ma è stata danneggiata dall’eccesso di gruppi interni di persone che non partecipano alla scuola.

- Rocinha ha sfi lato sotto la pioggia ed è stata danneggiata da carri allegorici che si so-no rotti. L’evoluzione del tema ‘Felicità non ha prezzo’ è stata debole, il che ha causato la sua discesa al Gruppo di Accesso A.

- Imperatriz Leopoldinense ha cercato nei romanzi epici di Alexandre Dumas la sua ispi-razione. In ‘Uno per tutti, tutti per uno…’ ha inserito pure la storia di Garibaldi e la lotta di questo italiano per vedere libere anche le terre del sud del Brasile.

- Caprichosos de Pilares ha realizzato un’ottima sfi lata con il samba-tema ‘Nella festa con lo Espírito Santo (N.d.T.: lo Stato), lo Espíri-to Santo ce l’ha messa tutta’. La scuola ha fatto vedere dai rituali di candomblé al condimento della deliziosa culinaria della regione.

- Vila Isabel, la grande campionessa, ha in-novato con il tema ‘Soy loco por ti America, la Vi-la canta la latinità’ e le è andata bene. Il pubblico si è emozionato con l’ottima batteria e la scuola è riuscita ad animare con la dimostrazione dell’or-goglio latinoamericano. Il presidente venezuela-no Hugo Chávez ha fatto centro decidendo di fi -nanziare la scuola con US$ 1 milione per mezzo della statale petrolifera venezuelana PDVSA.

- Grande Rio è arrivata al secondo posto, con gli stessi punti della campionessa. Il tema della scuola era ‘Amazonas: l’Eldorado è qui’, che parlava dell’eredità degli Inca e le ricchezze del-la Foresta Amazzonica. Carri e evoluzione non perfetti hanno in parte danneggiato la scuola.

- Beija-Flor al quinto posto con ‘Dal caos iniziale all’esplosione della vita. Acqua, nave madre dell’esistenza’. Una sfi lata tecnicamente perfetta che voleva far rifl ettere sul bisogno del-la preservazione ambientale.

- Porto da Pedra ha avuto un carro rotto, ma si è recuperata ed è riuscita a rappresentare be-ne il suo tema ‘Benedetta sei tu tra le Donne del Brasile’, che ha messo in luce l’importanza della donna per lo sviluppo nazionale.

- Mangueira quando si parla di animazione, è campionessa. La scuola più popolare del Bra-

Come tutti gli anni dal 1984, quando è stata fondata la Avenida del Samba nella Marquês de Sapucaí su progetto di Oscar Niemeyer, il carnevale di Rio

de Janeiro dimostra un’organizzazione che la-scia tutti a bocca aperta. Centinaia di migliaia di persone si sparpagliano sulle gradinate, nei palchi e in tutti gli spazi che possono essere occupati per vedere il maggior spettacolo popo-lare della terra, mentre migliaia di lavoratori si avvicendano affi nché le scuole del Gruppo di Ac-cesso A e Speciale possano passare e incantare la moltitudine. In questi quattro giorni di festa, incontriamo professionisti e personalità di tutti i settori della società.

Le comunità, nella maggior parte pove-re, mostrano il lavoro realizzato durante tutto l’anno a varie celebrità e a televisioni di diversi paesi nel mondo. La cultura e lo spirito cario-ca emozionano e contagiano grazie agli enormi carri allegorici, ai colori, ai corpi seminudi, al suono della batteria, ma specialmente alla crea-tività e al sorriso stampato sui visi.

GRUPPO SPECIALE

Sempre più la sfi lata delle scuole di samba del Gruppo Speciale si professionalizza e diventa più competitiva. Il risultato di ogni scuola vie-ne analizzato da un gruppo di giurati che, rigo-rosamente, si attiene ad ogni dettaglio. C’è chi dice che questo metodo dovrebbe essere abolito perché ingiusto con l’enorme mole di lavoro per

Comportamento

Il fantasticocarnevaledi Rio

L´atrice Juliana Paes ha inpersonificato lo spirito della festa; Sopra, a sinistra, il carro della Império Serrano;

Mestre-sala e porta-bandeira da Unidos da Tijuca; La bellezza degl´integranti della campionissima Vila

Isabel; Il re momo Alex de Oliveira in mezzo alla regina del carnevale Ana Paula Evangelista e la principessa

Eliane Babo; In fondo un carro della Viradouro

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sile ha cantato l’importanza del fi ume São Fran-cisco con il tema ‘Dalle acque del Vecchio Chico nasce un fi ume di speranza’, dalla sua scoperta da parte di Americo Vespucci fi no ai problemi della siccità. È arrivata quarta.

- Viradouro ha presentato uno dei suoi miglio-ri carnevali. Con ‘Architettando follie’ ha mostrato la maniera brasiliana di costruire case e templi per celebrare la vita. In omaggio a geni popolari come l’Aleijadinho, fi no ad arrivare all’architetto Oscar Niemeyer, riferimento nazionale.

- Mocidade ha sfi lato l’allegria di vivere con il tema ‘La vita che ho chiesto a Dio’. Il carneva-lesco Mauro Quintaes ha voluto mostrare come sarebbe bello se il carnevale non fi nisse e se il mondo girasse al suono del samba.

- Unidos da Tijuca ancora una volta ha mo-strato un carnevale originale e allegro. ‘Ascoltando tutto che vedo, vedo tutto ciò che ascolto’ è stato acclamato da molti come il tema campione, ma è arrivata al sesto posto. Omaggio a Mozart, ha mo-strato la musica classica in verso, prosa e samba.

- Império Serrano è stata una delle più emozionanti, con il tema ‘Processione della speranza va in direzione al Guerriero’. Tutta la religiosità brasiliana e la fede del popolo sono stati premiati da una sfi lata che ha fatto alzare il pubblico in piedi per applaudire.

- Portela ha una storia molto più grande delle sfi late che presenta da qualche anno. Con il tema ‘Brasile segna la tua faccia e mostrala al mondo’, la scuola ha mostrato le qualità del popolo brasiliano attraverso la mescolanza di razze e religioni.

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Roma — Carros alegóricos gigantes em Viareggio, festas a fantasia em Veneza, antigos ritos populares e desfi les em Putignano, onde o carnaval começa no

dia 26 de dezembro. Estes são alguns dos mais famosos carnavais da Itália, que atraem turistas de todas as partes do mundo. Mas, na realidade, cada cidade italiana possui a sua programação de eventos carnavalescos. De norte a sul, to-do italiano e turista vira folião. A escolha entre desfi les, danças nas praças e rituais de origens muito antigas é realmente vasta.

A cidade de Ronciglione, na província de Viterbo, situada a cerca de 70 quilômetros de Roma, organiza um dos melhores carnavais do Lazio. A programação é bem variada, compren-dendo desfi le dos cavaleiros "Ussari", desfi le de fantasias e carros alegóricos, bailes e as "cor-se a vuoto". Existem documentos que compro-vam a tradição e origem seculares do carnaval

Ronciglione recebeu milhares de visitantes, atraídos pela fama e tradição de seu carnaval.

— Moro em Frosinone e valeu a pena ter vin-do de longe para ver o carnaval. Gostei muito do desfi le, parece que todos os moradores partici-pam ativamente — conta Maria D’Onofrio.

— Já é a terceira vez que venho de Floren-ça para ver o carnaval daqui. Acho emocionante a corrida de cavalos, mas o desfi le e os outros eventos também são muito bonitos — relata Paolo Rossi.

ORIGEM ANTIGANão se sabe ao certo quando foi que o pri-meiro vilarejo surgiu. De acordo com um documento do ano de 1103, Ronciglio-ne teria sido fundada em 1045, sobre suas antigas ruínas. Este centro urbano guarda um passado de glória do qual muito se or-

gulham seus habitantes. Foi uma cidade famo-sa, rica e importante, que em 1513 recebeu Leonardo da Vinci. Em 1768 Carolina d’Austria fez uma parada em Ronciglione antes de che-gar a Nápoles para se casar com o príncipe Borbone. Por lá também passaram os papas Benedetto XIII e Pio IX, em 1727 e 1857, res-pectivamente, além do rei Vittorio Emanuele III em 1906.

Ronciglione é um característico burgo me-dieval, que entre os séculos XV e XVII se am-pliou, dando espaço à construção de palacetes e igrejas. Depois de 1799, quando a cidade so-freu saqueamento e incêndio provocados por franceses comandados pelo General Valterre, apesar de ter sido reconstruída, não conseguiu

O históricocarnaval deRonciglione

Comportamento

vam a tradição e origem seculares do carnaval "ronciglionese". Neste ano, as comemorações aconteceram de 19 a 28 de fevereiro, com maior concentração de eventos de quinta-feira, 23, a terça-feira, 28 de fevereiro.

O início ofi cial das festividades é marcado por rituais tradicionais. Na tarde de quinta-fei-ra, a banda da cidade e as "Majorettes" desfi -lam pelas ruas do centro, anunciando a volta

atraídos pela fama e tradição de seu carnaval.

do de longe para ver o carnaval. Gostei muito do desfi le, parece que todos os moradores partici-pam ativamente — conta Maria D’Onofrio.

ça para ver o carnaval daqui. Acho emocionante a corrida de cavalos, mas o desfi le e os outros eventos também são muito bonitos — relata Paolo Rossi.

gulham seus habitantes. Foi uma cidade famo-sa, rica e importante, que em 1513 recebeu Leonardo da Vinci. Em 1768 Carolina d’Austria fez uma parada em Ronciglione antes de che-gar a Nápoles para se casar com o príncipe Borbone. Por lá também passaram os papas Benedetto XIII e Pio IX, em 1727 e 1857, res-pectivamente, além do rei Vittorio Emanuele III em 1906.

dieval, que entre os séculos XV e XVII se am-pliou, dando espaço à construção de palacetes e igrejas. Depois de 1799, quando a cidade so-freu saqueamento e incêndio provocados por franceses comandados pelo General Valterre, apesar de ter sido reconstruída, não conseguiu

RonciglioneCidade medieval do Lazio é famosa pela beleza e alegria de seus desfiles e pela tradicional corrida de cavalos

Ana Paula TorresCorrespondente • ROMA

do rei Carnaval. Em seguida, ocorre o ingresso triunfal do rei Carnaval, acompanhado da ban-da, "Majorettes" e "Ussari". O prefeito entrega as chaves da cidade ao rei Carnaval e à sua cor-te. Começa a folia. Os cavaleiros "Ussari" dão início à histórica cavalgada. Logo após, acon-tece o grande desfi le das crianças. De acordo com uma antiga tradição, a comunidade de "Sant’Orso" distribui biscoitos e vinho, antes do baile na praça. Na noite de sexta-feira, or-ganiza-se o grande baile de gala. De sábado a terça-feira, acontecem eventos muito espera-dos como o desfi le de gala e aquele do grupo "nasi rossi", que distribui ao público pratos de "rigatoni" quentinhos.

Mas nada se compara às emocionantes "cor-se a vuoto". É o nome dado às corridas de ca-valos sem selas nem cavaleiros, pelo centro histórico. Trata-se de um evento presente na cidade desde o sécu-lo XV. Mas este cos-tume nasceu em Ro-ma, onde durante o carnaval, os cavalos eram obrigados a correr de "Campo de’ Fiori" até "Castel Sant’Angelo". No-ve cavalos, ades-trados para este evento, percor-

rem cerca de 1 km galopan-

do somente através do próprio ins-tinto. Ronciglione é dividida em nove escuderias, cada qual com suas cores, estendardos e tradi-ções. Participam da competição dezoito cavalos, dois para cada escuderia. O prêmio fi nal é um "palio", representado por um estendardo artístico, obra de vários mestres da pintu-ra italiana.

Depois de tanta folia, na noite de terça-feira, todos os participantes acompanham o cortejo fúnebre do rei Carnaval.

mais se reafi rmar. As indústrias pouco a pouco desapareceram, caracterizando a falta de capa-cidade empreendedora que em séculos anterio-res, tinha distinguido Ronciglione de outros centros urbanos.

Pelo clima agradável e localização próxima ao lago di Vico e aos montes Cimini, Ronciglio-ne vem se transformando em uma meta turísti-ca interessante durante o verão. Quem visita a cidade não pode deixar de ver o "Castello della Rovere", de época medieval que tinha a função de proteger o burgo. A igreja de "Santa Maria della Provvidenza", do século XII, também é um outro símbolo arquitetônico de grande impor-tância histórica. Ao lado do "Palazzo Comunale, obra de 1540, encontra-se o "Duomo" em esti-lo barroco, construído no século XVI. A "Porta Romana", de 1612, a igreja "Santa Maria della Pace", de 1581, a "Fontana dei cavalli marini" de 1566, são algumas das outras obras que me-recem atenção especial.

Corrida de cavalos sem selas nem

cavaleiros. Evento cultural desde o

século XV

Banda, carros alegóricos com sátiras políticas, máscaras e, além de confetes e serpentinas, muito vinho e biscoito. Este

é o carnaval de Ronciglione

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Milão — Engarrafamentos de luxo, dis-cussão no trânsito, gente estressada e apressada, modelos e compradores per-didos com mapas nas mãos. Enfi m, o

caos chique de cada dia na semana da estação da moda outono-inverno 2007 de Milão. Durante sete dias Milão vira a capital interplanetária do univer-so do corte e costura. E até a polícia aproveita para apresentar o último modelo em praça publica: um Lamborghini capaz de atingir 340 km/h e não deixar ninguém fugir. Mas fugir de onde e de que? Dos inú-meros desfi les, das badalações depois das horas?!!

Talvez das ecologistas de plantão. Neste frio rigoroso, de um inverno que parece não ter fi m, as mulheres tiraram do guarda roupa os casacos de pele e… pagaram a conseqüência desta atitude politicamente incorreta. Nas portas dos desfi les de Dolce&Gabbana e de Prada, algumas distintas senhoras e senhoritas tiveram os seus casacos de chinchila e vison cobertos com farinha.

Mas tudo é levado com muito ‘fairplay’ — até mesmo a queda do palco dos fotógrafos no desfi le Fendi por excesso de peso —, como se já fosse es-perado e estivesse previsto no roteiro original. E dos armários não saem apenas “hábitos” polêmi-cos mas também vestidos, calcas e camisas extra-vagantes. Nota-se que os convidados aos desfi les tendem a usar roupas das marcas, mas nem sem-pre isso acontece. E algumas clientes infi éis fazem questão de mostrar as suas diferenças. Muitas mu-lheres vestem grife francesa em desfi le italiano.

O circo da moda arma a sua lona nas praças e parques de Milão. Grandes galpões ocupam os espa-ços livres entre as árvores do Parque Venezia ou do Parque Sempione, embaixo do Arco da Paz. Outros lugares, públicos ou privados, se prestam a cenários dos desfi les, como palácios renascentistas no centro histórico, o cinema de Dolce&Gabbana em via Piave, ou o teatro Armani, na via Bergognone, numa antiga área industrial da cidade, perto de Porta Genova.

OS EXCLUÍDOSAssistir a um desfi le de uma grande marca não é uma tarefa simples. A seleção é mais do que rigo-

rosa e obedece a pelos menos dois critérios funda-mentais: as condições econômicas do pretenden-te, se ele é um bom cliente da casa e se também é um bom formador de opinião, capaz de contar do lado de fora o que viu lá dentro. Falar bem, de preferência.

E para o próximo inverno, quem viu de perto as coleções afi rma que existem opções tão varia-das quanto as latitudes entre um pólo e outro do planeta. Dolce & Gabbana apresentou uma coleção napoleônica, com túnicas e jaquetas que vestiriam o exército do imperador francês, mas com um to-que moderno capaz de enlouquecer as mulheres de hoje. Já a coleção da linha jovem da grife apos-tou no branco imaculado, das botas aos casacos e chapéus de lá com trancas nos joelhos, um “must” da estação.

Já o estilista fi orentino Roberto Cavalli se ins-pirou na tradição japonesa. Nas passarelas ele apresentou uma linha de quimonos para Just Cavalli, estilizados e revitalizados, com uma in-terpretação moderna e ousada, capaz de fazer uma gueixa corar de falso pudor. Diferentes versões, uma mais criativa do que a outra a ponto de “construir” veste-esculturas super coloridos e divertidos e, claro, sexy.

Pucci escolheu os anos 70, mergu-lhou fundo na geração paz e amor e voltou a superfície com estampas fl o-rais e roupas provocantes. O rei Gior-gio Armani decretou o fi m da calcas compridas e homenageou a feminilidade com saias elevadas a um padrão de exce-lência jamais visto. São preciosas pecas, em cores de ametista, topázio e granada e valorizadas nos lugares estratégicos. Pernas ornamentadas, pra que lhes quero?

Enfi m, nas passarelas milanesas vence o ro-mantismo com toques de rebeldia com causa. Surge uma feminilidade muito sexy e nada vulgar, com detalhes e decotes provocantes e instigantes. E se descobre que por baixo de um pesado sobretu-do de inverno bate forte o desejo vestir sedutoras roupinhas de verão.

Romantismo com toques de rebeldia. E não é passeata estudantil e, sim, a semana milanesa de moda outono-inverno 2007, que teve de tudo: de manifestações politicamente corretas contra dondocas que insistiam em vestir casacos com peles de animais ao glamour de sempre assinado por Dolce & Gabbana (agora tirando Napoleão do armário), Armani e Cavalli

Plumas, paetês e

Guilherme AquinoCorrespondente • MILÃO

muita farinha

Moda

RomaAna Paula Torres

As obras do célebre pintor italiano Ame-deo Modigliani (1884-1920) estão ex-postas até 20 de junho, no Museu do

Vittoriano, em Roma. A exposição que exibe mais de 100 obras, 17 delas nunca vistas pelo público, enterra a lenda do artista “maldito”, desprezado em vida por colegas e galerias.

Alcoólatra e dependente de drogas, excên-trico e belo, Modigliani, que morreu em Paris com apenas 36 anos e cuja obra se reconhece por suas fi guras humanas, audazes e estiliza-das, foi um artista de vanguarda incompreen-dido que não conheceu a fama e o sucesso que hoje alcançou, após se tornar um dos pintores mais copiados, amados e populares do sécu-lo XX.

— Gostei da exposição, acho que foi bem estruturada. É a primeira vez que vejo as obras de Modigliani ao vivo, um artista que acho

Exposição passeia pela alma moderna de Modigliani

muito interessante — afi rma um visitante que preferiu não se identifi car.

A força e o estilo supermodernista de “Mo-di”, como era conhecido, um curioso pseudô-nimo que em francês também soa como “mal-dito”, ilustra a famosa escultura “testa” (ca-beça) de pedra, feita entre 1911 e 1912, que integra a coleção de arte da familia Latner, de Toronto (Canadá).

Outra obra é o retrato de “Margarita senta-da” (1916), emprestado por um colecionador

italiano. Três maravilhosos nus femininos — um deles de propriedade da família de indus-triais italianos Agnelli, fundadora da Fiat —, surpreendem pelo estilo de vanguarda, linear e atual de sua pintura.

CINEMA

As gravações já começaram e no próximo ou-tono, a vida de Giuseppe Garibaldi vai estar

no telão. O título do fi lme de Aurelio Grimaldi ainda não foi escolhido, mas já são cogitados "Amore e storia" ou "Anita e Giuseppe". Trata-se de uma co-produção entre Itália e Brasil que terá como tema central o amor de Garibaldi por Anita, mas também vai ter espaço para as bata-lhas. O herói italiano vai ser interpretato pelo galã Maurizio Aiello, muito famoso pelo seu pa-pel no seriado do "Maresciallo Rocca", vivido por Gigi Proietti.

GASTRONOMIA

O que não falta em Roma é um bom restau-rante, e existem alguns que são especiais,

não somente pela qualidade dos pratos, mas pe-lo atendimento. E’ o caso de "La locanda dei girasoli", restaurante e pizzaria de propriedade de uma cooperativa de jovens com Síndrome de Down e seus familiares. O menu é especializado em cozinha laziale, toscana e siciliana. Vale a pena experimentar as massas e carnes grelhadas, sem esquecer dos doces de fabricação própria. Via dei Sulpici, 117H – Roma. Tel. 06/7610194. Fechado de segunda-feira.

SHOW

Já começou o tour 2006 de Eros Ramazzotti, com a apresentação de músicas do seu último cd "Calma Apparente", no qual canta "I belong to you" ("Il ritmo della passione") com a popstar

Anastácia. São muitos os shows na Itália e Europa. Dias 15 e 16 de abril se apresentará em Milão e no fi nal do mês, 27, 28 e 29, em Roma. O preço dos ingressos varia de 32,00 a 69,00 euros.

TEATRO

“Il turco in Italia", drama cômico em dois atos, texto de Felice Romani e musica

de Gioachino Rossini, será representado no Te-atro de Ópera de Roma de 30 de maio a 6 de junho. O preço dos ingresso varia de 17,00 a 130,00 euros.

DANÇA

Os italianos redescobrem o prazer da dança, depois do grande sucesso do programma

"Ballando con le stelle", de Rai Uno, apresenta-do por Milly Carlucci. Muita gente resolveu fre-quentar um curso para aprender a dançar, pen-sando também nesta atividade como um anti-es-tresse e ótimo modo de praticar atividade física. A preferência é pelas danças latino-americanas como tango, samba, salsa e bachata. Multipli-cam-se também os restaurantes que oferecem um espaço para danças de grupo, onde os novos bailarinos podem se exercitar.

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Panini alla Napoli especial para à Comunità

Napoli Carciofi – Rendimento: 1 porção

Ingredientes:2 colheres de sopa de molho de tomate100 gr de alcachofrinha100 g mussarela40 g presunto cru1 massa de pizza

Faça uma bola de 15 cm com a massa de pizza e leve ao forno para assar por 3 minutos. Corte a parte de cima como uma tampa, retire a tampa e coloque o molho de tomate no fundo, em seguida alcachofrinha e a mussarela, e leve para assar novamente por 7 minutos. Retire do forno e coloque o presunto cru por cima e em seguida cubra com a tampa da massa.

Sanduíche temperado com rock

Nayra Garofl e

Sapori d’Italia

O “sanduba” servido com garfo e faca que encantou paulistas, agora seduz cariocas

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SERVIÇO: RUA ANÍBAL DE MENDONÇA, 112, IPANEMA

TEL.: (21) 2540-8045

A Forneria San Paolo, do restauranteur Rogério Fasano, não está nem aí para o mito de que sanduíche é, a alma negativa do fast food. Para eliminar o estere-ótipo, a casa abusa de uma decoração que foge dos

padrões de uma lanchonete convencionalmente americana. A sanduicheria, que já é sucesso na terra da garoa, agora é point também dos cariocas. Na parede, quadros remetem ao cinema italiano de Fellini, Pasolini e Mastroiani. O cliente parece es-tar num daqueles restaurantes milaneses, simbiose perfeita da nostalgia com o que há de mais moderno. Para a cozinha, Fa-sano e seus sócios, João Paulo Diniz e Alexandre Accioly, não economizaram na arquitetura interna: O ambiente onde são preparados os sanduíches pode ser visto pelos clientes de to-dos os ângulos do salão, cuja a capacidade é para 100 lugares. A Forneria chega a servir nos fi nais de semana cerca de 800 sanduíches entre frios e quentes.

Há uma enorme seleção de pães, que vai desde os trame-zzini romanos feitos com verdadeiro pão de miga, importado de Buenos Aires, aos tradicionais panini milaneses feitos com pão ciabatta e por típicos panini napolitanos assados no for-no à lenha, além de um extenso menu com massas, saladas e carpaccios.

A partir das 23h, os clientes podem escolher uma música entre as mais de 600 opções dos clássicos do rock, como se estivessem diante de um “jukebox man”.

Para o chefe de salão, Nicola Giorgio, a Forneria é uma opção única no Rio.

— A receptividade dos clientes foi maravilhosa. Muitos já conheciam a casa de São Paulo e nos perguntavam porque não havia uma no Rio — disse o italiano de Puglia, há três anos no Gero Rio, outro restaurante do Grupo.

A casa está aberta diariamente a partir das 12h.

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