rima(2009)expansãominafábricanova
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Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) de mina de ferro - Mina Fábrica Nova- de propriedade da VALE em Minas Gerais.TRANSCRIPT
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Relatrio de Impacto Ambiental
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RIMA Relatrio de Impacto Ambiental
Projeto de Expanso da Mina de Fbrica NovaComplexo Minerador Mariana/ VALE Mariana (MG)
Belo Horizonte
Novembro de 2009
ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
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ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Gerente responsvel pelos estudos ambientais e por este relatrio: Dinalva Celeste Fonseca SETE Solues e Tecnologia Ambiental Ltda
CNPJ: 02.052.511/0001-82Av. Getlio Vargas, n 1.420 - 16 andar Bairro Funcionrios - 30.112-021 - Belo Horizonte/ MG(031) 3287-5177 - Fax: (031) 3223-7889 [email protected]
Responsveis tcnicos: Daniele Yukico, Juliana Cota e Edil Mansueto Souza
ValeCNPJ: 33.592.510/044-0412-68
Rua Inconfidentes, n 1.190 - 7 andar Bairro Funcionrios - 30.140-120 - Belo Horizonte/ MG
(031) 3279- [email protected]/[email protected]
Este RIMA trata da apresentao dos estudos ambientais elaborados para o
licenciamento ambiental do Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova,
situada no municpio de Mariana (MG). Tal projeto consiste na ampliao da cava a
cu aberto j existente na mina e na implantao da pilha de disposio de estril
Unio, assim como de dois diques de conteno.
A Vale contratou a SETE Solues e Tecnologia Ambiental para realizar os estudos
ambientais na rea da Mina, que consistiram em diagnosticar o meio ambiente
do local, identificar os impactos sobre o meio ambiente e indicar os programas
ambientais e medidas de controle que devem ser empregados para prevenir,
minimizar, monitorar e/ ou compensar tais impactos.
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ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
EQUIPE TCNICA
Dinalva Celeste Fonseca Engenheira de Minas (CREA/MG - 53.464/D)Coordenao Geral do Projeto, Vibrao e Rudo, Qualidade das guas
Adilson Aguiar Brito Economista (CORECON 1.936 - 10 R)Coordenao Meio Socioeconmico
Ana Carolina Novaes de Almeida Relaes Pblicas (CONRERP 1966 - 3 R)Produo grfica e textos (adaptao)
Ana Elisa Brina Biloga (CRBio 08.737 - 4 R)Flora
Augusto Auler Gelogo (CREA/MG - 72.076/D)Prospeco Espeleolgica
Bernardo Dourado Ranieri Bilogo (CRBio 4.4762/04-D)Flora
Camilo Cienfuegos Bilogo (CRBio 44.440/04-D)Fauna
Daniela Munhoz Rossoni Biloga (CRBio 57.416/04-D)Fauna - Pequenos, Mdios e Grandes Mamferos
Daniel Pizarro Crespo Gegrafo (CREA/MG - 093.663/D)Cartografia e Geoprocessamento
Eduardo Lima Sbato Bilogo (CRBio 8.797/04-D)Coordenao do Meio Bitico
Felipe S Fortes Leite Bilogo (CRBio 44.105/04-D)Herpetofauna
Gabriel Alkimim Pereira Bilogo (CRBio 37.256/04-D)Ictiofauna
Guilherme Silva Neves Engenheiro Florestal (CREA/MG - 0600.313/D)Inventrio Florestal
Juliana Maria Mota Magalhes Geloga (CREA/MG - 47.712/D)Coordenao do Meio Fsico, Geologia, Hidrogeologia e Hidrologia
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ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
EQUIPE DE APOIO
Ana Carolina MagalhesProduo
Luis Beethoven Pil Gegrafo (CREA/MG - 58.950/D)Prospeco Espeleolgica
Marcelo Marques Figueiredo Engenheiro de Minas/Geotcnico (CREA/MG - 85.508/D)Caracterizao do Empreendimento
Mrcio Alonso de Lima Arquelogo/HistoriadorArqueologia
Marcus Vincius Duque Neves Advogado/Mestrando em HistriaAuxiliar de Pesquisa em Arqueologia
Maria Teresa Teixeira de Moura Arqueloga/GegrafaCoordenao Tcnica de Arqueologia
Marlia Silva Mendes Biloga (CRBio 49.493/04-D)Flora
Ricardo lvares da Silva Socilogo/AntroplogoMeio Socioeconmico
Rogrio Chaves Nogueira Gelogo (CREA/MG - 41.120/D)Hidrogeologia
Saulo Garcia Rezende Bilogo (CRBio 30.870/04-D)Flora
Yara vila Engenheira Agrnoma (CREA/MG - 70.800/D) Pedologia e Aptido Agrcola
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ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
INTRODUO .................................................................................................................................1
A MINA DE FBRICA NOVA............................................................................................4Localizao.................................................................................................................................................5Histrico.......................................................................................................................................................6Operao atual................................................................................................................................7
O PROJETO DE EXPANSO.............................................................................................8Caractersticas gerais..........................................................................................................................9Recursos e reservas..........................................................................................................................11Expanso da cava..............................................................................................................................12Ampliao das pilhas de estril..............................................................................................15Estradas de acesso............................................................................................................................18Instalaes de britagem e apoio...........................................................................................18Mo-de-obra e turnos de produo...................................................................................18Cronograma...........................................................................................................................................19
LEIS AMBIENTAIS....................................................................................................................20
ESTUDOS AMBIENTAIS....................................................................................................23Metodologia..........................................................................................................................................24Definio das reas de influncia.........................................................................................24Diagnstico ambientalUso e ocupao do solo e cobertura vegetal...................................................31Meio Fsico..............................................................................................................................................37Meio Bitico...........................................................................................................................................51Meio Socioeconmico e Cultural..........................................................................................55
IMPACTOS AMBIENTAIS.................................................................................................60Prognstico ambiental..................................................................................................................61Metodologia de avaliao de impactos...........................................................................62Avaliao dos impactos ambientais....................................................................................64
PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS AMBIENTAIS E MEDIDAS DE CONTROLE PARA MONITORAR, MINIMIZAR E/OU POTENCIALIZAR OS IMPACTOS AMBIENTAIS..........................76
GLOSSRIO.....................................................................................................................................92
SUMRIO
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ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
INTRODUO
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INTRODUO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
O RIMA um documento resumido do Estudo de Impacto Ambiental (EIA),
apresentado comunidade em linguagem acessvel e com ilustraes, para que
os interessados possam se informar e se posicionar quanto implantao dos
empreendimentos. Ele elaborado conforme recomenda a Resoluo n 01, de 23
de janeiro de 1986, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), e de acordo
com o formato estabelecido pela Superintendncia Regional de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentvel (SUPRAM).
Essa resoluo exige o licenciamento ambiental para todos os empreendimentos
novos ou que sero ampliados, como usinas hidreltricas, mineraes, indstrias,
grandes reas de loteamentos, ferrovias, linhas de transmisso, obras hidrulicas para
explorao de recursos hdricos (retificao de cursos dgua, transposio de bacias,
diques), entre outros. O processo de licenciamento passa por trs etapas: Licena
Prvia - LP, Licena de Instalao - LI e Licena de Operao - LO.
Como funciona o processo de licenciamento ambiental?
Para se obter a Licena Prvia, a empresa que pretende implantar ou expandir um
empreendimento precisa elaborar um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que deve
ser realizado por uma equipe de especialistas em meio ambiente, em cada uma de
suas distintas reas de conhecimento: meio fsico (solo, gua, ar, rocha etc), meio
bitico (fauna e flora) e meio socioeconmico e cultural (sociedade, economia,
cultura, histria etc).
Estudo do meio socioeconmico: sociedade, economia, cultura, histria etc
Estudo do meio bitico: fauna e flora
Estudo do meio fsico: solo, gua, ar, rocha etc
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INTRODUO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
A situao em que se encontra o meio ambiente da regio onde est ou ser
implantado o empreendimento avaliada a partir da obteno de informaes
e dados coletados na rea e por meio de outros levantamentos e estudos j
realizados anteriormente. Logo, so detectadas todas as alteraes ambientais
que puderem ser previstas, sendo estas divididas em impactos positivos e
negativos. Aps esse diagnstico, so indicados programas ambientais e
medidas de controle para evitar, minimizar, monitorar e/ ou compensar esses
impactos. Isso significa que alguns podem ser evitados com aes preventivas,
outros podem ser reduzidos ao mximo, outros podem ser reparados aps a sua
ocorrncia, e, finalmene os que podem ser apenas monitorados. Aps a indicao
dos programas e medidas de controle ambientais, o EIA concludo. Logo, ele
encaminhado, junto ao RIMA, para a SUPRAM, rgo ambiental que ir analis-lo
e dar um parecer tcnico da viabilidade ambiental do empreendimento. Em
caso positivo, a LP concedida pelo Conselho Estadual de Poltica Ambiental
(COPAM) da regio onde o empreendimento est inserido.
Para que a Licena de Instalao seja obtida, as medidas previstas no EIA devem
ser mais detalhadas e transformadas em aes, planos, programas e projetos
ambientais, compondo um Plano de Controle Ambiental PCA. As obras de
implantao do empreendimento sero iniciadas somente com a aprovao
desse PCA pelo COPAM, por meio da emisso da Licena de Instalao (LI).
Durante a fase de implantao, todos esses programas ambientais, ou seja, todo
o PCA deve ser implementado na regio do empreendimento, para que Licena
de Operao seja solicitada e o empreendimento comece suas atividades.
A Vale vem desenvolvendo a lavra de minrio de ferro da Mina de Fbrica
Nova no Complexo Minerador de Mariana,
dentro do Quadriltero Ferrfero, pertencente
ao sistema Ferrosos-sul da Vale, cujos registros
junto ao Departamento Nacional de Produo
Mineral (DNPM) so: n 67/1.076, n 35/2.329,
n 84/831.588, n 00/830.785, n 91/830.464,
n 03/830.434, n 91/831.582, n 84/831.097, n
00/831.639 e n 832.638/2006.
A Mina de Fbrica Nova, com o Projeto de
Expanso, passar a produzir cerca de 21,5
milhes de toneladas (Mt) de minrio de ferro
ROM at 2014, quando passar para cerca de 27
Milhes de toneladas (Mt), em 2015.
A sigla ROM significa, em
ingls, Run-of-Mine, que
representa o minrio de
ferro retirado da cava sem
beneficiamento, ou seja o
minrio retirado e desmontado
da rea de lavra.
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ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
A MINA DE FBRICA NOVA
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A MINA DE FBRICA NOVA
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
LOCALIZAO
A Mina de Fbrica Nova situa-se no Quadriltero Ferrfero, no municpio de
Mariana/MG, a cerca de 180km de Belo Horizonte. Saindo da capital, pela
BR-040, segue-se em direo ao Rio de Janeiro e, chegando at o trevo que
leva s cidades de Ouro Preto e Mariana/MG, toma-se a BR-356 (Rodovia dos
Inconfidentes), percorrendo aproximadamente 90km at a cidade de Mariana.
De l, percorre-se mais 40km de estrada asfaltada, pela rodovia MG-129 (estrada
Mariana Catas Altas Santa Brbara) chegando at o acesso da Mina de
Alegria da Vale. A partir da, segue-se por cerca de 10km at a Mina de Fbrica
Nova. O mapa abaixo apresenta a localizao da Mina tendo como referncia o
municpio de Belo Horizonte.
Localizao da Mina de Fbrica Nova
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A MINA DE FBRICA NOVA
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
HISTRICO
As operaes na Mina foram iniciadas pela S.A. Minerao Trindade (SAMITRI)
em 1997, aps a obteno da Licena de Operao (LO) 184/1994 concedida
pelo Conselho Estadual de Poltica Ambiental (COPAM), com prazo de validade
at 27/10/2000. Em 2000, a Vale adquiriu os direitos de lavra e assumiu as
atividades de operao do empreendimento, tendo como licena ambiental
a LO 549/2000, concedida pelo COPAM em 04/08/2000, com validade at
04/08/2008. Em 2006, foi concedida Vale a LO 381/2006, com validade at
28/09/2010, para lavra e beneficiamento de minrio de ferro na Mina de
Fbrica Nova.
Vista da cava atual da Mina de Fbrica Nova
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A MINA DE FBRICA NOVA
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
A Mina de Fbrica Nova ocupa uma rea total de 465,9ha, onde 265,9ha esto
ocupados pela cava e 200ha pelas pilhas de disposio de estril chamadas de
Permanente 1 (P1) e Permanente 2 (P2). Alm disso, existem as reas ocupadas por
instalaes de apoio da operao Mina, tais como oficina de manuteno, o posto
de abastecimento de veculos pesados, a Estao de Tratamento de Efluentes (ETE),
as britagens primria e secundria, a correia transportadora de longa distncia, que
possui cerca de 10km e chega at usina da Mina de Timbopeba.
Atualmente, a lavra do minrio de ferro em Fbrica Nova realizada a cu aberto e
opera entre as cotas 840m e 1049m, com bermas finais entre 8 e 15m e bancos de 10m
de altura. O sistema de drenagem consiste na conduo das guas pluviais incidentes
sobre os bancos e faces dos taludes convergindo diretamente para o bottom pit norte,
onde existe um sistema de bombeamento e esgotamento.
O estril gerado nas atuais operaes de lavra em Fbrica Nova depositado nas
Pilhas Permanentes, denominadas P1 e P2, que sero unificadas conforme previsto no
projeto de expanso que ser apresentado adiante.
Parte do minrio run-of-mine (ROM) da Mina de Fbrica Nova transportado, via
caminhes-traado com capacidades de 35 a 50 toneladas at as instalaes de
beneficiamento da Mina de Alegria, por estrada interna que liga as duas minas, j
licenciada conforme processo COPAM n182/1987/061/07 e certificado de licena LO
299 com validade at 16/02/2013. A outra parte do minrio desmontado segue para
uma estao de britagem primria e secundria existente em Fbrica Nova, e aps
britagem transportado via transportador de
correia de longa distncia (TCLD), at as instalaes
de beneficiamento existentes em Timbopeba,
percorrendo cerca de 10km. Esse TCLD tambm
foi devidamente licenciado, consoante processo
COPAM n 182/1987/052/2005, por meio da LO
535, com validade at 28/07/2010.
Os rejeitos gerados durante o processo de
beneficiamento do minrio so dispostos em
barragens j existentes e licenciadas que ficam
nas Minas de Timbopeba e Alegria.
OPERAO ATUAL
Detalhe dos bancos da Pilha de Estril Permanente 2 (P2) que ser ampliada,
formando a nova Pilha de Estril Unio.
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ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
O PROJETO DE EXPANSO
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O PROJETO DE EXPANSO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
CARACTERSTICAS GERAIS
O Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova consiste em dar continuidade
lavra da mina at o ano de 2015. Para isso, a cava atual, que possui 265,9ha, precisar
expandir 80,24ha, e passar a ocupar uma rea total de aproximadamente 346,1ha.
Alm disso, o Projeto tambm contempla a ampliao das pilhas de disposio de
estril existentes Permanentes P1 e P2 , que atualmente ocupam uma rea de
200ha, no total. Essa ampliao ser de 322,76ha e conformar uma s pilha, chamada
de Pilha de Estril Unio (PDE Unio), que, por sua vez, ter cerca de 522,76ha. Tambm
sero implantados dois diques de conteno de finos D1 e D2 , que iro ocupar
reas aproximadas de 2,78ha e 8,97ha, respectivamente.
Diante das condies operacionais atuais da Mina, o Projeto de Expanso no apresenta
um estudo de alternativas tecnolgicas e locacionais. A rea de expanso da cava foi
determinada para ocorrer no mesmo local da atual cava em operao. Contudo, a
cava objeto do licenciamento foi redefinida em funo da identificao de cavernas
(cavidades naturais) o que implicou na reduo da rea da cava, respeitando o raio de
proteo das cavernas de 250m definido pela legislao ambiental. Em relao rea
de disposio de estril, avaliou-se a operao atual das pilhas e a melhor alternativa
tcnica e ambiental foi a ampliao das Permanentes P1 e P2 j existentes, que passaro
a ser uma s pilha, chamada de Pilha de Estril Unio (PDE Unio).
O minrio lavrado continuar sendo transportado por meio de caminhes para a
Mina de Alegria e o britado por meio do TCLD para a Mina de Timbopeba. Na prxima
pgina apresentado um arranjo geral do Projeto de Expanso da Mina de Fbrica
Nova, objeto deste processo de licenciamento ambiental.
Vista de parte do setor sul da cava atual da Mina de Fbrica Nova que ser ampliada. Em primeiro plano, detalhe de um dos bancos da Pilha de Estril Permanente (P2), adjacente a cava atual, que tambm ser expandida para oeste formando a nova Pilha de Estril Unio.
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TCLD
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crr. Faria
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Fin
o
crr. Bananeiras
crr. M
iran
din
ha
crr. Vargem do Ca
Crrego Brumado
crr. Quebra Vara
crr. Fundo
crr. Fu
ndo
Natividade
Crrego Natividade
BarragemSantarm
BarragemGermano
Barragemdo Fundo
VALE - Alegria
VALE - Fbrica Nova
BentoRodrigues
SantaRita Duro
7762000 7762000
7764000 7764000
7766000 7766000
7768000 7768000
7770000 7770000
658000
658000
660000
660000
662000
662000
664000
664000
666000
666000
668000
668000
Mariana - MG / Expanso da Mina de Fbrica Nova
Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA
ESCALA:EXECUTADO POR:
05/11/09Geoprocessamento SETE
LOCALIZAO
DADOS TCNICOS
CONVENES
PROJEO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM
MERIDIANO CENTRAL: 45 WGR
DATUM VERTICAL: LOCAL
DATUM HORIZONTAL: SAD 69
0 250 500 750 1.000 1.250125
Metros
ESCALA GRFICA
DESCRIO MS ANO
DATA DO VO MM AAAA
RESTITUIO
APOIO DE CAMPO MM AAAA
MM AAAA
)(!
(!
MG
GO
SP
BA
RJ
ES
PR
MS
MT
DF
DATA IMAGEM MM AAAA
1:20.000 02
:
DATA: REVISO:
Arranjo Geral do Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Convenes cartogrficas
Mina
Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)
Via pavimentada
Ferrovia
Curso d'gua
Corpo d'gua
Belo Horizonte
Mariana
rea Diretamente Afetada - ADA
Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)
Cava
Pilha Unio
Dique D1
Dique D2
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O PROJETO DE EXPANSO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Em 2005, a Vale realizou um estudo de reavaliao dos recursos e reservas de minrio de ferro da jazida de Fbrica Nova, com a finalidade de redefinir a sua viabilidade tcnico-econmica. A partir disso, foram definidos, entre outros aspectos, a otimizao da cava final, chamada de cava final de exausto, incluindo sua operacionalizao, sequenciamento da lavra e dimensionamento dos equipamentos de lavra, conforme ser apresentado neste relatrio.
Os limites da cava final de exausto, prevista para o ano de 2025, e a produo estimada da mesma foram ento redefinidos devido identificao de cavernas (cavidades naturais) prximas da rea, resultando em uma nova cava com trmino previsto para o ano de 2015.
Em um perodo de doze anos, foram concretizadas sete campanhas de sondagem na jazida de Fbrica Nova, por distintas empresas, sendo quatro delas realizadas pela SAMITRI, entre1991 e 2000, e trs realizadas pela Vale, entre 2001 e 2003. Os estudos mostraram que os recursos e reservas de minrio de ferro disponveis nas reas estudadas esto acima de 1.840 milhes de toneladas e 1.046 milhes de toneladas, respectivamente, possibilitando, dessa maneira, a elaborao do plano de sequenciamento de lavra para a expanso da Mina.
RECURSOS E RESERVAS
Recurso o material disponvel, em qualidade e quantidade, de forma adequada para o uso industrial, mas que no foi submetido a uma avaliao econmica.
Reserva: o recurso disponvel para lavra e que pode ser aproveitado economicamente, o que depender de custos operacionais, demanda de mercado, preos, dentre outros fatores.
Qual a diferena entre recurso e reserva?
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O PROJETO DE EXPANSO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
A rea de expanso da cava ser de 80,2ha, conforme dito anteriormente. Uma vez
que a cava atual possui 265,9ha, logo, a rea total ser de 346,1ha.
A nova cava apresentar o piso final na cota 740m e altura da ordem de 216m.
EXPANSO DA CAVA
Figura esquemtica da cava
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O PROJETO DE EXPANSO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Aps a expanso, a cava continuar operando com o uso de: perfuratrizes rotativas de
grande dimetro, para a perfurao do minrio e do estril; operao de detonao
com carga explosiva e escavadeiras hidrulicas de grande porte, para a escavao
e o carregamento do caminhes; e caminhes fora-de-estrada, para o transporte
do minrio s instalaes de britagem e do estril s pilhas de disposio. Sero
mobilizados cerca de 120 equipamentos no total.
Operao da cava de expanso
Conforme pode ser observado no quadro abaixo, a cava a ser ampliada ter uma produo anual mdia de 22,3Mt de ROM, totalizando 133,9Mt de minrio, durante seis anos (2010 a 2015).
Produo anual de minrio
Ano
2010
2013
2014
2015
2011
2012
Total
ROM - Mt (Milhes de toneladas)
21,8
21,3
21,3
27,2
21,0
21,3
133,9
O desmonte ser feito com o uso de cargas explosivas - emulso, encartuchados e
acessrios de explosivos -, tendo como base o uso do ANFO (mistura de nitrato de
amnio com leo diesel).
Perfuratriz Escavadeira Caminho fora-de-estrada Caminho traado
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O PROJETO DE EXPANSO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Sistemas de drenagem, bombeamento e tratamento/clarificao
As guas pluviais incidentes e aquelas que aflorarem na rea da cava ampliada prevista, durante o incio da implantao e da operao de lavra, esto previstos o sistema de drenagem, o sistema de bombeamento e clarificao a ser implantado a norte da rea da cava. Para encaminhar devidamente essas guas sero implantados sistemas de drenagem superficial e bombeamento. A drenagem superficial encaminhar a gua para o fundo da cava, por meio de canaletas nas bermas, canais, bacias de reteno de sedimentos, descidas dgua e pr-sumps. No fundo da cava, elas sero bombeadas por meio de uma operao de rebaixamento do nvel da gua subterrnea, para um reservatrio de armazenamento e tratamento/ clarificao que ser implantado ao norte da cava.
O processo de tratamento e clarificao, j existente na Mina, receber melhorias e adequaes, tais como: a criao de um pequeno tanque onde ser aplicada a cal; o aumento da eficcia do funcionamento da bacia de dissipao; a incluso de um floculador e outras melhorias no processo de decantao, facilitando as operaes de limpeza da gua. Depois desse tratamento, a gua ser encaminhada para o sistema de abastecimento do distrito de Santa Rita Duro e para o crrego Ouro Fino. Atualmente, existem cinco poos em operao na Mina de Fbrica Nova.
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Sistema de bombeamento da gua subterrnea na cava da Mina de Fbrica Nova
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O PROJETO DE EXPANSO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
AMPLIAO DAS PILHAS DE ESTRIL
Conforme dito anteriormente, a juno das pilhas Permanentes P1 e P2 resultar
na Pilha de Estril Unio (PDE Unio), que ter cerca de 522,76ha, no total. Essa rea
engloba os 200ha j ocupados pelas Permanentes P1 e P2 (em operao). As reas
existentes entre P1 e P2 e os vales adjacentes ocuparo cerca de 322,76ha.
Para o desenvolvimento do projeto da PDE Unio, para onde ir o estril gerado nas
operaes de lavra da Expanso da Mina de Fbrica Nova, foram realizados estudos
bsicos compreendendo levantamentos topogrficos,
investigaes geolgico-geotcnicas e ensaios de
laboratrio. A nova pilha ter capacidade de estocar
cerca de 355Mt de estril e ser formada, essencialmente,
por xistos e filitos, com alguma porcentagem de solos
laterticos. A rea de implantao da PDE Unio estar
limitada a norte e a oeste pelo mineroduto existente da
Samarco; pelo reservatrio da Barragem do Fundo j
implantada, tambm da Samarco; a sul e limitada a leste
pela cava da Mina de Fbrica Nova a ser ampliada.
Xistos e filitos so exemplos de
rochas metamrficas, formadas
por transformaes fsicas e/
ou qumicas sofridas por outras
rochas, quando submetidas ao
calor
e presso do interior da Terr
a.
Os xistos possuem granulao
mdia a grossa e o filitos muito
fina
(como o silte e a argila).
Os solos laterticos so freque
n-
temente vermelhos e compostos
por xidos de ferro e de alumnio
no seu interior. Quando rico
em hematite, pode ser utilizado
como minrio de ferro.
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Tendo em vista a produo anual mdia de 22,3Mt de minrio de ferro ROM, totalizando
133,9Mt de minrio, a gerao de estril totalizar 199,5 Mt, no perodo de 2010 a 2015.
Gerao anual de estril
Ano
2010
2013
2014
2015
2011
2012
Total
Estril - Mt (Milhes de toneladas)
19,6
37,3
37,3
31,2
36,8
37,3
199,5
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O PROJETO DE EXPANSO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Operao da PDE Unio
Operao da PDE Unio
O processo de deposio do estril, ocorrer pelo mtodo ascendente e em camadas. O transporte ser realizado por caminhes de 90 e 190 toneladas e o material ser espalhado e compactado pelo trnsito dos prprios equipamentos. A rampa de acesso dever ter inclinao mxima de 10% e largura de 30m.
A PDE Unio, em sua conformao final, ter a sua base na elevao 885m e plataforma final na elevao 1. 175m, atingindo uma altura total de 250m e capacidade para armazenar cerca de 355Mt. Cabe ressaltar que a PDE Unio foi projetada considerando a cava mxima de produo, porm devido a identificao das cavernas, a cava foi reduzida e, consequentemente, haver uma menor gerao de estril. No caso, a PDE Unio projetada possui uma capacidade superior a demanda de projeto em licenciamento, em cerca de 155Mt.
Detalhe dos bancos da Pilha de Estril Permanente 2 (P2) que ser ampliada para oeste, formando
a nova Pilha de Estril Unio.
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Figura esquemtica da PDE Unio
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O PROJETO DE EXPANSO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
As guas da chuva tambm podero carrear sedimentos da pilha de estril para
os cursos dgua. Esses sedimentos, mais conhecidas como finos, so compostas
pelos xistos, filitos e solos laterticos. Para evitar o assoreamento dos cursos dgua,
sero implantados dois diques de conteno de finos D1 e D2 , que ocuparo
reas de 2,78ha e 8,97ha, respectivamente. O Dique 1 ser implantado num afluente
do crrego Fundo, ao lado da Barragem do Fundo e montante da Barragem
Santarm, ambas de propriedade da Samarco. O Dique 2 ser implantado no crrego
Congonhas, localizado a leste da PDE Unio, cobrir parte do trecho do mineroduto
existente da Samarco. Esse pequeno trecho do mineroduto dever ser relocado para
uma rea prxima da estrutura existente.
O dois diques foram dimensionados para uma capacidade de reservao em torno de
trs anos e concebidos para que as operaes de limpeza (ou de desassoreamento
dos reservatrios) sejam realizadas nos perodos de estiagem (entre abril e outubro).
A altura mxima de ambos ser de 22,00m. A capacidade do reservatrio do D1 ser
em torno de 113.212m3 e o D2 ter 470.000,00m3.
O sistema extravasor do dique formado por um vertedouro dimensionado de
forma a desaguar o excesso de gua do reservatrio do dique para o curso dgua
a jusante.
Implantao dos diques de conteno de finos
Figura esquemtica dos Diques de Conteno de Finos D1 e D2
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O PROJETO DE EXPANSO
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
O minrio lavrado na Mina de Fbrica Nova ser transportado at s Instalaes da
Tratamento de Minrio (ITM) da Mina de Alegria, passando por uma estrada interna
de cerca de 10km j existente entre a Minas de Fbrica Nova e Alegria. Essa estrada
encontra-se licenciada pelo processo administrativo COPAM no182/1987/061/2007
por meio da Licena de Operao 299/07 com validade at 16/02/2013. O transporte
do minrio britado at a Mina de Timbopeba, por sua vez, ser feito por meio do
Transportador de Correia de Longa Distncia (TCLD), que tambm j est licenciado
pelo processo administrativo COPAM no 182/1987/052/2005, Licena de Operao
535/05, com validade at 28/07/2010.
ESTRADAS DE ACESSO
INSTALAES DE BRITAGEM E APOIO
Para o projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova sero utilizadas todas as
instalaes de britagem primria e secundria, j licenciadas por meio do processo
administrativo COPAM n182/1987/051/2005 e licena de operao LO 649/05, cuja
validade at 28/07/2010. As reas de apoio operacional j existentes incluem a
oficina de manuteno mecnica, o restaurante, os escritrios, o paiol de explosivos e
o posto de abastecimento de combustveis.
Atualmente, o quadro de mo-de-obra utilizada na operao da Mina de Fbrica Nova
de 494 postos de trabalho, que sero mantidos com o Projeto de Expanso. No
entanto, para as obras de construo da PDE Unio e de implantao dos diques de
conteno de finos D1 e D2 sero contratados cerca de 150 empregados.
MO-DE-OBRA E TURNOS DE PRODUO
Setor
Total
Empregados da VALE
457rea operacional na Mina
rea administrativa 37
494
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ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
CRONOGRAMA
Uma vez que a Mina de Fbrica Nova encontra-se em operao, o cronograma de implantao do empreendimento, apresentado no quadro abaixo, refere-se implantao e formao da PDE Unio e dos diques de conteno de finos D1 e D2.
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Contratao
Terraplenagem e preparao da fundao
da PDE Unio
Mobilizao de mo-de-obra
Supresso de vegetao
Implantao do dreno de fundo da PDE Unio
2010ATIVIDADE
Dique de partida D1 e D2
Incio de formao da Pilha
Desmobilizao da mo-de-obra
Operao da Pilha PDE Unio
Operao da cava
Operao da pilha PDE Unio
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 121 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 121 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
2011 2012
Operao dos diques de conteno de
finos D1 e D2
Operao da pilha PDE Unio
Operao dos diques de conteno de
finos D1 e D2
Operao da cava
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2013 2014 2015
O PROJETO DE EXPANSO
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ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
LEIS AMBIENTAIS
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LEIS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Conforme descrito nos itens anteriores, o Projeto de Expanso da Mina de Fbrica
Nova consistir nas atividades de extrao e beneficiamento de minrio de ferro, e
o licenciamento ambiental para tais atividades constitui uma exigncia legal, por se
tratar de um empreendimento potencialmente degradador do meio ambiente.
A legislao que trata dessa matria compreende normas da Unio, dos estados e dos
municpios. Sua estrutura pode ser comparada a um tringulo: a base a Legislao
Federal, superposta pela Legislao Estadual, que , por sua vez, superposta pela
Legislao Municipal. No h conflito entre elas, j que a Municipal no pode
contrariar a Estadual e esta, por sua vez, no pode contrariar a Federal. Desse modo,
a Municipal pode ser mais restritiva que a Estadual, que pode ser mais restritiva que a
Federal, mas nunca mais permissiva. Os municpios detm competncia para legislar
supletivamente sobre o meio ambiente e para fixar as diretrizes do uso do solo urbano,
tendo em vista o seu dever constitucional de zelar pela proteo ambiental.
Diante da caracterizao do Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova, sua
localizao e os estudos ambientais realizados, descrita uma sntese dos principais
aspectos legais aplicveis a nvel federal e estadual no quadro da pgina seguinte.
A nvel municipal so apresentadas as seguintes leis, conforme o quadro abaixo.
Legislao Municipal de Mariana
Lei complementar n 16/2004: aprova nos termos dos artigos 75 e 92, inciso VII, da Lei Orgnica do Municpio de Mariana Plano Diretor.
Decreto n 4.982/2004: dispe sobre o tombamento do ncleo histrico urbano de Santa Rita Duro, no municpio de Mariana
21
Vista da Cmara Municipal de Mariana
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-
Lei n. 9.433, de 08 de janeiro de 1997: institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos. Resoluo CNRH n. 29, de 11 de dezembro de 2002: dispe sobre o uso de recursos hdricos relacionados atividade minerria e sujeitos a outorga.
Lei n. 13.199, de 29 de janeiro de 1999: dispe sobre a Poltica Estadual de Recursos Hdricos e d outras providncias (Alterada pela Lei n. 17.724/08). Decreto n. 41.578, de 08 de maro de 2001: regulamenta a Lei n. 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispe sobre a Poltica Estadual de Recursos Hdricos (Alterado pelo Decreto n. 44.309/06).
Lei n.3.924, de 26 de julho de 1961: dispe sobre os Monumentos Arqueolgicos e Pr-Histricos. Portaria Iphan n.230, de 17 de dezembro de 2002: dispe sobre a obteno de licenas ambientais referentes apreciao e acompanhamento das pesquisas arqueolgicas no pas, e d outras providncias. Portaria Iphan n.07, de 01 de dezembro de 1988: regulamenta os pedidos de permisso e autorizao e a comunicao prvia quando do desenvolvimento de pesquisas de campo e escavaes arqueolgicas no Pas, a fim de resguardar os objetos de valor cientfico e cultural.
Decreto n.99.556, de 21 de junho de 1941: dispe sobre a proteo das cavidades naturais subterrneas existentes no territrio nacional. Limita a utilizao de reas situadas no entorno de grutas e cavernas (Alterado pelo Decreto n6.640/2008). Resoluo CONAMA n. 347, de 10 de setembro de 2004: dispe sobre a proteo do patrimnio espeleolgico. Instruo Normativa IBAMA n. 02, de 20 de agosto de 2009: es-tabelece metodologia para a avaliao da relevncia das cavidades naturais subterrneas.
Deliberao Normativa COPAM n.01, de 26 de maio de 1981: fixa os padres de qualidade do ar.
Resoluo CONAMA n. 001, de 08 de maro de 1990: dispe sobre a poluio sonora.
Lei n. 7.302, de 21 de julho de 1978: dispe sobre a proteo contra a poluio sonora no estado de Minas Gerais (Alterada pela Lei n. 10.100/90).
Resoluo CONAMA n. 258, de 26 de agosto de 1999: obriga as em-presas fabricantes e as importadoras de pneumticos a coletar e dar destinao final, ambientalmente adequada, aos pneus inservveis ex-istentes no territrio nacional, na proporo definida nesta Resoluo relativamente s quantidades fabricadas e/ou importadas (Alterada pela Resoluo CONAMA 301/03). Resoluo CONAMA n. 275, de 25 de abril 2001: estabelece o cdigo de cores para os diferentes tipos de resduos e recomenda sua adoo na identificao de coletores e transportadores. Resoluo CONAMA n. 362, de 23 de junho de 2005: dispe sobre o leo lubrificante usado ou contaminado. Estabelece obrigaes para produtores, importadores e revendedores de leo lubrificante acabado e para geradores, coletores, RE-REFINADORES e recicladores de leo lu-brificante usado ou contaminado.
Deliberao Normativa COPAM n.07, de 29 de setem-bro de 1981: fixas normas para disposio de resduos slidos e probe a utilizao do solo como destino final de resduos. Deliberao Normativa COPAM n. 90, de 15 de setem-bro de 2005: dispe sobre a declarao de informaes relativas s diversas fases de gerenciamento dos resduos slidos industriais no estado de Minas Gerais.(Alterada pela Deliberao Normativa COPAM n. 117/08).
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Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981: dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulao e aplicao, e d outras providncias (Alterada pela Lei n 11.941/09). Resoluo CONAMA n. 01, de 23 de janeiro de 1986: dispe sobre a elaborao do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatrio de Impacto Ambiental RIMA. Resoluo CONAMA n. 237, de 19 de dezembro de 1997: dispe sobre o Licenciamento Ambiental. Resoluo CONAMA n. 369, de 28 de maro de 2006: dispe sobre os casos excepcionais, de utilidade pblica, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a interveno ou supresso de vegetao em rea de Preservao Permanente - APP.
Deliberao Normativa COPAM n. 012, de 13 de dezembro de 1994: dispe sobre a convocao e realizao de audincias pblicas. Deliberao Normativa COPAM n. 13, de 24 de outubro de 1995: dispe sobre a publicao do pedido, da concesso e da renovao de licenas ambientais. Deliberao Normativa COPAM n. 55, de 13 de junho de 2002: estabelece normas, diretrizes e critrios para nortear a conservao da biodiversidade em Minas Gerais, com base no documento: Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas para sua conservao. Deliberao Normativa COPAM n. 74, de 09 de setembro de 2004: estabelece critrios para classificao, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passveis de autorizao ambiental ou de licenciamento ambiental em nvel estadual. Determina normas para indenizao dos custos de anlise de pedidos de autorizao ambiental e de licenciamento ambiental, e d outras providncias (Alterada pela Deliberao Normativa COPAM n. 136/2009).
Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000: institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza (SNUC) e estabelece critrios e normas para a criao, implantao e gesto das unidades de con-servao (Regulamentada parcialmente pelo Decreto 4.340/2002 e alterada pela Medida Provisria 239/05, convertida na Lei 11.132/05, alterada pela Lei n 516/07).-Decreto n. 6.848, de 14 de maio de 2009: que altera o Decreto-lei 4.340, de 22 de agosto de 2002, que regulamenta parcialmente a Lei 9.985/00, que dispe sobre a criao das Unidades de Conservao, planos de manejo, formas de fixao das medidas compensatrias e autorizao para a explorao de produtos, subprodutos ou servios delas inerentes.
Decreto n. 45.175 de 18 de setembro de 2009: estabelece metodologia de gradao de impactos ambientais e procedimentos para fixao e aplicao da compensao ambiental.
Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965: institui o Novo Cdigo Florestal (Alterada pela Lei 11.428/06 e pela Lei 11.934/09). Lei n.11.428, de 22 de dezembro de 2006: dispe sobre a utilizao e proteo da vegetao nativa do Bioma Mata Atlntica, e d outras providncias. Resoluo CONAMA n.392, de 25 de junho de 2007: define as vegetaes primria e secundria de regenerao de Mata Atlntica no estado de Minas Gerais. Resoluo CONAMA n. 303, de 20 de maro de 2002: dispe sobre parmetros, definies e limites de reas de Preservao Permanente - APP. Instruo Normativa MMA n. 03, de 27 de maio de 2003: dispe sobre as Espcies da Fauna Brasileira Ameaadas de Extino. Instruo Normativa IBAMA n. 146, de 10 de janeiro de 2007: estabelece critrios e procedimentos para a realizao de manejo de fauna silvestre em reas de influncia de empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de impactos fauna.
Lei n. 14.309, de 19 de junho de 2002: dispe sobre as polticas florestais e de proteo biodiversidade no Estado (Alterada pela Lei n. 18.024/09). Decreto n. 39.792, de 05 de agosto de 1998: dispe so-bre a preveno e o combate a incndio florestal. Estabe-lece a obrigao de comunicar incndios florestais Pol-cia Florestal (Redao dada pelo Decreto n. 43.813/04). Deliberao Normativa COPAM n. 55, de 13 de junho de 2002: estabelece normas, diretrizes e critrios para nortear a conservao da biodiversidade em Minas Ge-rais, com base no documento: Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas para sua conservao. Portaria IEF n. 191, de 16 de setembro de 2005: dispe sobre as normas de controle da interveno em vege-tao nativa e plantada no estado de Minas Gerais (Al-terada pela Portaria IEF n. 228/08).
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Estadual Estadual
Resoluo CONAMA n. 357, de 17 de maro de 2005: dispe sobre a classificao dos corpos de gua e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condies e padres de lanamento de efluentes, e d outras providncias (Alterada pela Resoluo CONAMA n. 410/09). Resoluo CONAMA n. 396, de 03 de abril de 2008: dispe sobre a classificao e diretrizes ambientais para o enquadramento das guas subterrneas e d outras providncias.
Deliberao Normativa Conjunta COPAM/CERH n.01, de 5 de maio de 2008: estabelece normas e padres para qualidade das guas e lanamento de efluentes nas colees de guas, e d outras providncias.
Federal
SNTESE DA LEGISLAO AMBIENTAL
Federal
Resoluo CONAMA n. 03, de 28 de junho de 1990: fixa padres de qualidade do ar.
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ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
ESTUDOS AMBIENTAIS
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ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Os estudos ambientais foram iniciados em Janeiro de 2008 e concludos em julho
de 2009 e consistiram nas seguintes etapas: consulta a dados, mapas, imagens de
satlite, fotografias areas e informaes sobre outros estudos j realizados na rea
da Mina; levantamentos e pesquisas de campo nos locais do Projeto de Expanso;
anlises em laboratrio e elaborao de relatrios tcnicos. Tambm foram analisados
os projetos de ampliao da cava e de implantao da pilha de estril e dos diques
de conteno de finos.
Para o estudo do uso e ocupao do solo e cobertura vegetal tambm foram realizadas
consultas aos principais trabalhos j realizados no Quadriltero Ferrfero e usados os
mtodos de classificao do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE.
METODOLOGIA
Para o Estudo de Impacto Ambiental so definidas trs reas de influncia, que dizem
respeito aos impactos ambientais que ocorrem durante suas fases de implantao
e operao. Cada uma dessas trs reas corresponde a um nvel de interferncia
ambiental no meio ambiente (em seus aspectos fsico, bitico e socioeconmico e
cultural). Portanto, elas so denominadas: rea Diretamente Afetada (ADA), rea de
Influncia Direta (AID) e rea de Influncia Indireta (AII). A ADA est inserida dentro
da AID, que por sua vez est inserida na AII. Saiba mais detalhadamente, nos mapas a
seguir, quais locais no Projeto de Expanso, corresponde cada uma dessas reas.
DEFINIO DAS REAS DE INFLUNCIA
Impacto ambiental
significa qualquer
alterao significativa no meio
ambiente, em um ou mais de
seus componentes, provocada
por uma ao humana.
O prximo captulo tratar mais
a respeito deste conceito.
ADA - rea Diretamente Afetada
AID - rea de Influncia
Direta
AII - rea de Influncia
Indireta
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ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
rea de expanso da cava
rea a ser ocupada pela PDE Unio
rea de implantao do Dique 1
rea de implantao do Dique 2
ADA Meios Fsico, Bitico e Socioeconmico e Cultural
25
rea Diretamente Afetada ADA
A ADA aquela em que o meio ambiente ser diretamente alterado pelo Projeto
de Expanso da Mina de Fbrica Nova. Em outras palavras, corresponde ao local
exato que ser afetado pela implantao das estruturas de tal projeto.
No Projeto de Expanso, a ADA representada por: 346,14ha da rea de ampliao
da cava, 522,76ha da rea da pilha de estril Unio, e 2,78ha e 8,97ha dos diques
de conteno de finos (D1 e D2). O total da ADA ser de 880,65ha, conforme
mostrado na pgina seguinte. Cabe informar que cerca de 53% da ADA j se
encontra alterada pela atual operao da Mina onde: 265,9ha pela cava e 200ha
pelas pilhas de estril existentes.
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ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
rea de Influncia Direta AID
Meio Fsico
A rea de Influncia Direta (AID) corresponde rea de entorno mais prxima
do empreendimento e nela incidiro os impactos mais significativos no meio
ambiente, ou seja, nos Meios Fsico, Bitico e Socioeconmico e Cultural,
no excluindo a possibilidade tambm da ocorrncia de impactos no
significativos.
A AID para o meio fsico compreende uma faixa no entorno da rea Diretamente
Afetada (ADA), delimitada aproximadamente: na poro sudoeste, pelo crrego
Fundo; na poro sul-sudeste pelo crrego Santarm, em seu trecho entre
a confluncia com o crrego Fundo e a confluncia com o crrego Ouro
Fino; na poro leste pelo leito do crrego Ouro Fino; na poro nordeste
na confluncia do crrego Congonhas com o rio Piracicaba; e, por fim, na
poro norte, a AID delimitada pelo crrego Congonhas, pelo mineroduto da
Samarco e pela estrada de acesso entre as minas de Fbrica Nova e Alegria.
Considerou-se esta delimitao para o meio fsico por serem estes (crregos
Santarm, do Fundo, Ouro Fino, do Fraga, Batatal e Congonhas), os corpos
hdricos receptores dos efluentes e drenagens pluviais gerados pela Expanso
da Mina de Fbrica Nova. Com relao hidrogeologia, com base nos
estudos hidrogeolgicos realizados pela MDGEO (1998, 2001 e 2004), a AID
foi delimitada considerando aqueles cursos dgua superficiais que tem suas
nascentes associadas aos aquferos que sero explotados na mina (aquferos
Cau e Cercadinho) e que podero ter suas vazes afetadas pelo rebaixamento
do nvel dgua subterrneo para a operao da Mina de Fbrica Nova, quais
sejam: crrego do Fraga, na poro sudeste da cava; cursos dgua afluentes
do crrego Fundo, denominados no estudo hidrogeolgico como crregos A,
B e C, na poro sudoeste da cava; e, crrego Batatal, na poro leste da cava.
A AID abrange no extremo sudeste o Distrito de Bento Rodrigues, situado a
montante da confluncia dos crregos Santarm e Ouro Fino e no extremo
leste, a parcela do distrito de Santa Rita Duro posicionada na margem direita
do crrego Congonhas, pois estas reas estaro sujeitas a alteraes da
qualidade do ar e do nvel de presso sonora. A AID do meio fsico abrange
cerca de 1.587,06ha.
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ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Meio Bitico
A AID do Meio Bitico compreende, tambm, uma faixa no entorno da rea
Diretamente Afetada (ADA), sendo bastante similar AID do Meio Fsico, assim
delimitada: na poro oeste pela cabeceira florestada do crrego Fundo;
na poro sudoeste-sul pela margem direita do crrego Fundo (incluindo a
barragem Santarm) at a confluncia com o crrego Ouro Fino (no subdistrito
de Bento Rodrigues); na poro norte a AID e delimitada pelo mineroduto da
Samarco (sentido oeste-leste) at o Dique 2 de Conteno de Finos; a partir da
acompanha a margem esquerda do crrego Congonhas at sua confluncia com
o rio Piracicaba, j na poro leste; o limite acompanha a margem esquerda do
crrego Ouro Filho, fechando a rea na sua confluncia com o crrego Fundo.
Esta delimitao para o Meio Bitico foi considerada, basicamente, em funo
da fauna associada a corpos hdricos (no caso os crregos Santarm, do Fundo,
Ouro Fino e Congonhas) e, em partes especficas devido a continuidade florestal
existente, importante no caso para a fauna de hbito terrestre.
A AID do Meio bitico Abrange, portanto, cerca de 1.544,37ha.
Meio Socioeconmico e Cultural
Para o Meio Socioeconmico e Cultural foi considerado como rea de Influncia
Direta (AID) o subdistritos de Bento Rodrigues e o distrito de Santa Rita Duro,
respectivamente a 5 e 4km de distncia da Mina de Fbrica Nova.
27
Igreja de Bento Rodrigues
Praa de Santa Rita Duro
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Crrego Natividade
Cava
PilhaUnio
Dique D2
Dique D1
BarragemSantarm
BarragemGermano
Barragemdo Fundo
VALE - Alegria
VALE - Fbrica Nova
BentoRodrigues
SantaRita Duro
7762000 7762000
7764000 7764000
7766000 7766000
7768000 7768000
7770000 7770000
658000
658000
660000
660000
662000
662000
664000
664000
666000
666000
668000
668000
Mariana - MG / Expanso da Mina de Fbrica Nova
Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA
ESCALA:EXECUTADO POR:
22/04/09Geoprocessamento SETE
LOCALIZAO
DADOS TCNICOS
CONVENES
PROJEO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM
MERIDIANO CENTRAL: 45 WGR
DATUM VERTICAL: LOCAL
DATUM HORIZONTAL: SAD 69
0 250 500 750 1.000 1.250125
Meters
ESCALA GRFICA
DESCRIO MS ANO
DATA DO VO MM AAAA
RESTITUIO
APOIO DE CAMPO MM AAAA
MM AAAA
)(!
(!
MG
GO
SP
BA
RJ
ES
PR
MS
MT
DF
DATA IMAGEM MM AAAA
1:20.000
:
DATA: REVISO:
reas de Influncia Meio Fsico
Convenes cartogrficas
Mina
Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)Via pavimentada
Ferrovia
Curso d'gua
Corpo d'gua
Limite municipal
Belo Horizonte
Mariana
reas de Influncia
rea Diretamente Afetada - ADArea de Influncia Direta - AID Meio Fsicorea de Influncia Indireta - AII Meio Fsico
-
Rio
Guala
xo do
Norte
crr. Congonhas
Crr
ego
do Fr
aga
Crr
ego
Brum
ado
Crr
ego
Barro
Preto
crr. Gambeta
rio Piracicaba
crr. das Almas
crrego Ouro Fino
crr
. Cong
onh
as
crr. C
ruz das Alm
as
crr
. Na
tivida
de
Crr
ego
Fun
do
crr. Gabiroba
Crrego Santarm
crr
. S
o Lu
s
crr. Batatal
crr. Faria
crr. Mirandinha
crr
. O
uro
F
ino
crr. Bananeiras
crr.
Mira
nd i
nh a
crr. Vargem do Carr
Crre
go Br
umad
o
crr. Quebra Vara
crr. Fundo
crr. Fundo
Natividade
Crrego Natividade
Cava
PilhaUnio
Dique D2
Dique D1
BarragemSantarm
BarragemGermano
Barragemdo Fundo
VALE - Alegria
VALE - Fbrica Nova
BentoRodrigues
SantaRita Duro
7762000 7762000
7764000 7764000
7766000 7766000
7768000 7768000
7770000 7770000
658000
658000
660000
660000
662000
662000
664000
664000
666000
666000
668000
668000
Mariana - MG / Expanso da Mina de Fbrica Nova
Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA
ESCALA:EXECUTADO POR:
22/04/09Geoprocessamento SETE
LOCALIZAO
DADOS TCNICOS
CONVENES
PROJEO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM
MERIDIANO CENTRAL: 45 WGR
DATUM VERTICAL: LOCAL
DATUM HORIZONTAL: SAD 69
0 250 500 750 1.000 1.250125
Meters
ESCALA GRFICA
DESCRIO MS ANO
DATA DO VO MM AAAA
RESTITUIO
APOIO DE CAMPO MM AAAA
MM AAAA
)(!
(!
MG
GO
SP
BA
RJ
ES
PR
MS
MT
DF
DATA IMAGEM MM AAAA
1:20.000
:
DATA: REVISO:
reas de Influncia Meio Bitico
Convenes cartogrficas
Mina
Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)
Via pavimentada
Curso d'gua
Corpo d'gua
Limite municipal
Belo Horizonte
Mariana
reas de Influncia
rea Diretamente Afetada - ADA
rea de Influncia Direta - AID - Meio Bitico
rea de Influncia Indireta - AII - Meio Bitico
-
ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
rea de Influncia Indireta AII
A rea de Influncia Indireta (AII) compreende aquela onde incidiro,
principalmente, os impactos no significativos decorrentes da implantao e
operao do empreendimento, no excluindo a possibilidade de ocorrncia de
impactos significativos.
Meios Fsico e Bitico
Para o Meio Fsico e Bitico adotou-se como rea de Influncia Indireta (AII), na
poro norte-nordeste e leste da mina uma parcela da bacia hidrogrfica do
rio Piracicaba, no trecho delimitado pelas confluncias dos crregos Brumado
e Batatal com esse rio, englobando as micro-bacias dos crregos Brumado,
Congonhas e Batatal, desde as cabeceiras destes crregos at suas confluncias
com o rio Piracicaba; na poro sudeste-sul-sudoeste da mina a AII compreende
uma parcela da bacia do rio Gualaxo do Norte, abrangendo as sub-bacias dos
crregos Santarm e Ouro Fino, de suas nascentes at a confluncia com o rio
Gualaxo do Norte, sendo que essa AII engloba as sub-bacias dos crregos Fundo
e do Fraga, das nascentes s confluncias com o crrego Santarm.
Meio Socioeconmico e Cultural
Para o meio socioeconmico e cultural foi considerado como rea de Influncia
Indireta (AII) o municpio de Mariana, onde se encontra a Mina de Fbrica Nova,
assim como seu projeto de expanso.
Igreja Nossa Senhora do Carmo e Igreja de So Francisco, no municpio de Mariana
Foto: Mrcio Alonso
30
-
ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Uso e ocupao do solo e cobertura vegetal
O cenrio atual da paisagem da ADA e da AID resulta do uso e ocupao do solo
e da cobertura de vegetao que, ao longo do tempo, se instalaram no meio
ambiente dessas reas.
No entorno da ADA esto localizadas as comunidades de Santa Rita Duro e de
Bento Rodrigues. A vegetao que predomina e circunda essas comunidades
basicamente composta por pastagens e florestas nativas em estgio inicial de
regenerao, ou seja, encontram-se em seus primeiros anos de recuperao,
em uma rea desmatada anteriormente. A sul e sudoeste da AID a paisagem se
encontrada modificada pela presena de atividades de minerao, como: barragens
de rejeito, estradas, sistema de transporte de minrio (correias transportadoras) e
reas de apoio de mina. H tambm reas alteradas sem vegetao. Atualmente,
no entorno da AID, a explorao mineral
constitui a principal atividade, mas podem
ser observadas tambm, de forma pouco
expressiva, atividades relacionadas silvicultura
e agropecuria.
A rea do Projeto est inserida, a nvel federal,
na Bacia do Rio Doce e, a nvel estadual, nas
bacias do rio Piracicaba e do rio do Carmo. A
poro norte da AII composta basicamente
por florestas (nativas e plantadas). Na poro
nordeste encontra-se grande parte do distrito
de Santa Rita Duro, onde em seu entorno
imediato h pastagens e formaes florestais
em estgio inicial de regenerao. Nas bacias
do crrego Batatal e na margem esquerda
do crrego Ouro Fino encontram-se campos
e florestas em estgios inicial e mdio de
regenerao.
DIAGNSTICO AMBIENTAL
Formao de pastagem prximo a Santa Rita Duro
Florestas em estgio inicial de regenerao leste da ADA
31
-
ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
O relevo da regio acidentado, predominantemente montanhoso, de
declividade acentuada e considervel altitude. Nos topos das montanhas
h basicamente campos rupestres e capes de mata. Os campos rupestres
tambm podem ser encontrados na ADA, na poro oeste da cava, e na AID,
ao sul da cava, ambientes j descaracterizados, devido, principalmente, ao
de queimadas.
As encostas das bacias do crrego Santarm e Fundo, poro oeste da
rea, apresentam formaes florestais plantadas (eucalipto) e pequenos
remanescentes de formaes vegetacionais nativas, em estgios de
regenerao distintos (mdio e avanado), nos vales. Nas bacias dos crregos
Ouro Fino, Fraga e Congonhas, poro leste da AID, h uma grande variedade
de ambientes, desde formaes florestais nativas em estgios inicial, mdio e
avanado de regenerao, at florestas de eucalipto, na poro leste da futura
pilha de estril Unio (ADA), margem direita do crrego Congonhas.
apresentado na pgina seguinte um grfico e uma tabela com a distribuio
quantitativa, na ADA, das categorias de uso e ocupao do solo e da cobertura
vegetal: corpos dgua, florestas nativas, eucaliptais, campos rupestres e reas
antropizadas. E, em seguda, um mapa do Uso e Ocupao do Solo e Cobertura
Vegetal da rea do Projeto da Mina de Fbrica Nova. Aps o mapa, feita uma
breve descrio a respeito das categorias de uso e ocupao do solo e da
cobertura vegetal na rea do Projeto.
32
Reflorestamento com eucalipto presente em grande parte da ADA prevista para a
implantao da Pilha de Estril Unio.
Candeal onde predominam arvoretas cobertas por liquen e algumas epfitas.
-
ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Fitofisionomias mapeadas
F.E.S. Baixo -Montana em estgio avanado de regenerao
F.E.S. em capes sobre canga
Eucalipto
Campo rupestre
F.E.S. Baixo-Montana em estgio mdio de regenerao
F.E.S. Baixo-Montana em estgio inicial de regenerao
ADA
35,65
0,99
294,64
30,47
60,85
14,10
Cava Dique D1
Afloramento rochoso
Talude revegetado
Solo exposto
rea urbana
Brejo
Pastagem
Instalao operacional administrativa
Estrada pavimentada
Corpo dgua
-
17,81
417,22
-
-
2,37
0,97
0,95
4,65
19,76
0,99
19,47
30,47
36,02
9,67
-
0,93
228,25
-
-
-
0,08
346,14 2,78
0,46
0,04
6,49
-
0,99
-
0,19
-
-
-
1,30
-
-
-
-
8,97
-
-
Dique D2
8,09
-
274,1
-
24,64
4,43
-
16,86
187,4
-
-
1,25
0,89
522,76
0,49
4,61
AID
PDE Unio Total
1,31
-
0,08
-
-
-
-
-
0,27
-
-
1,12
-
-
-
880,65Total
Total
66,79
4,54
499,23
64,08
273,57
171,62
3,75
47,02
146,57
52,12
2,81
28,76
176,84
3,57
3,10
1.544,37
Formaes florestais nativas:
Floresta Estacional Semidecidual (F.E.S)
Formao florestal plantada
Formaes campestres
Ambientes antrpicos
Ambientes aquticos
33
Distribuio das categorias de uso e ocupao do solo e da cobertura vegetal na ADA
-
TCLD
crr. Congonhas
Crr
ego
d o F r
aga
Rio Gualaxo do Norte
Crrego Brumado
Crre
go Barro
Preto
crrego Ouro Fino
crr
. Congo
nhas
crr. C
ruz das Alm
as
crr. Na
tivida
de
Crre
go Fu
nd
o
Crrego Santarm
crr. Batatal
crr. Mirandinha
crr
. O
uro
Fin
o
crr
. M
i randi
nha
crr
. Q
ueb
r a Va
ra
crr. Fundo
crr. Fundo
Bananeiras
Cava
PilhaUnio
Dique D2
Dique D1
BarragemSantarm
BarragemGermano
Barragemdo Fundo
VALE - Fbrica Nova
BentoRodrigues
SantaRita Duro
7762000 7762000
7764000 7764000
7766000 7766000
7768000 7768000
658000
658000
660000
660000
662000
662000
664000
664000
666000
666000
Mariana - MG / Expanso da Mina de Fbrica Nova
Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA
Uso do Solo e Cobertura Vegetal
ESCALA:EXECUTADO POR:
09/09/09Geoprocessamento SETE 1:10.000 02DATA: REVISO:
LOCALIZAO
)(!
(!
MG
GO
SP
BA
RJ
ES
PR
MT
MS
DF
CONVENES
DADOS TCNICOS
PROJEO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM
MERIDIANO CENTRAL: 45 WGR
DATUM VERTICAL: LOCAL
DATUM HORIZONTAL: SAD 69
DESCRIO MS ANO
DATA DO VO MM AAAA
RESTITUIO
APOIO DE CAMPO MM AAAA
MM AAAA
DATA IMAGEM MM AAAA
ESCALA GRFICA
0 125 250 375 500 62562,5Metros
:
Convenes cartogrficas
Mina
Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)
Via pavimentada
ferrovia_ln
Curso d'gua
Corpo d'gua
Fitofisionomias
Afloramento rochoso
BrejoCampo rupestre
Corpo d'gua
Estrada pavimentada
Eucalipto
Floresta Estacional Semidecidual Baixo -Montana em estgio avanado de regenerao
Floresta Estacional Semidecidual Baixo-Montana em estgio mdio de regenerao
Floresta Estacional Semidecidual Baixo-Montana em estgio inicial de regenerao
Floresta estacional semidecidual em capes sobre canga
Instalao Operacional Administrativa
Pastaqem
Solo exposto
Talude revegetado
rea urbana
reas de Influncia
rea Diretamente Afetada - ADA
rea de Influncia Direta - AID - Meio Bitico
Conservao
-
ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Florestas nativas
So florestas que se apresentam em estgios inicial, mdio e avanado de regenerao, ou seja, encontram-se em seus primeiros anos de recuperao, em uma rea desmatada anteriormente. As de estgio avanado correspondem a 4,05% da ADA e so encontradas nos topos dos morros, assim com na parte de baixo das vertentes e nos vales. Tambm esto presentes prximas s estruturas que compem a pilha, nos enroncamentos e nos diques (poro leste da cava). As florestas de estgio mdio de regenerao so as mais representadas na ADA, com 6,91%. Na AID elas tm 17,71%. So encontradas nas mdias vertentes das bacias do crrego Ouro Fino e Fraga e nos vales na bacia do crrego Fundo. Finalmente, as de estgio inicial de regenerao equivalem a apenas 1,60% da ADA, sendo que na AID possuem maior representatividade, 11,11%, podendo ser encontrada nas bacias dos crregos Ouro Fino e Fraga, ocupando desde as margens do crrego Ouro Fino at a linha de crista. H tambm formaes campestres constitudas por campos rupestres e os afloramentos rochosos, localizadas nos topos.
Campos rupestres
Consiste na formao vegetacional campestre que corresponde a 3,46% da ADA e 4,15% da AID. Localiza-se nos topos convexos associadas presena de canga ferruginosa.
Afloramento rochoso
Consistem em afloramento rochoso de quartzito localizados na poro leste da AID, na estrada de ligao entre o distrito Santa Rita Duro e subdistrito de Bento Rodrigues e, em duas manchas circundadas por floresta estacional.
Corpos dgua e reas midas
Podem ser consideradas tambm como reas midas que surgem em funo da retirada da vegetao do solo, o que, consequentemente acarreta o escoamento das guas da chuva e a formao de reas midas. So formadas pelo aporte de sedimentos escoado para os talvegues, provenientes de decapeamentos do solo, ao inerente na operao da Mina. So encontrados no cruzamento de estradas com drenagens jusante da
Florestas em estgio avanado de regenerao prximas atual Pilha de Estril
Vegetao de campo rupestre sobre canga com paisagem florestal ao fundo
35
-
ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
cava, na bacia no crrego Batatal. Os corpos dgua so os espelhos dgua, formados artificialmente, e, no caso da rea da Mina, tratam-se das barragens de rejeito Fundo e Santarm, correspondendo a 11,52% da AID.
Florestas plantadas
Tratam-se de eucaliptais que correspondem a 33,46%da ADA e 32,33% da AID. Na ADA, os eucaliptais localizam-se na bacia do crrego do Fundo tanto a montante quanto a jusante da Barragem do Fundo. Na AID so encontradas nas bacias do crrego Congonhas e Ouro Fino. Os plantios de eucalipto, por falta de manejo, permitiram o desenvolvimento de vegetao nativa no sub-bosque.
reas antropizadas
As reas antropizadas, ou seja, que j foram modificadas pela ao do homem, correspondem s pastagens, aos taludes revegetados, rea urbana, s estradas pavimentadas e s reas de apoio operacional da Mina de Fbrica Nova. As pastagens correspondem a uma vegetao herbcea plantada em reas de uso para pecuria, e so encontradas na ADA (0,27%) e na AID (1,88%), nos arredores das reas urbanas mapeadas. Os taludes revegetados esto presentes ao lado das estradas pavimentadas, consistindo numa cobertura vegetal herbcea que tem o objetivo de conter processos erosivos, e nos enroncamentos das pilhas de estril P1 e P2. So encontrados a 2,02% da ADA e a 3,04% da AID.
A rea urbana, que representa 3,40% da AID, refere-se a uma parte do distrito de Santa Rita Duro, localizado s margens do rio Piracicaba, e ao povoado de Bento Rodrigues, pertencente ao mesmo distrito, situado na confluncia dos crregos Ouro Fino e Fundo. As estradas pavimentadas so os acessos internos na propriedade da Vale, que fazem a ligao da cava da Mina de Fbrica Nova ao local onde feito o beneficiamento na Mina de Alegria. As instalaes operacionais administrativas so representadas pela portaria, o paiol de explosivos, oficina de manuteno mecnica e a britagens. Na ADA, as instalaes de apoio operacionais equivalem aos solos expostos, ou seja, s reas da cava, da pilha de estril e das estradas internas que fazem a ligao entre as estruturas da Mina. Alguns pontos isolados podem ser observados na ADA e AID e correspondem
a queimadas ou desmatamentos recentes.
Estrada interna de acesso na ADA e, ao fundo, taludes da atual Pilha de Estril
36
Reflorestamento com Eucalipto
-
ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Meio Fsico
Relevo
As reas de influncia (AII e AID) e diretamente afetadas (ADA) do empreendimento
esto inseridas no Quadriltero Ferrfero (QF), na Bacia Federal do rio Doce,
que corresponde a um conjunto de relevo elevado nas bordas, formado
por alinhamentos de cristas e serras em substrato geolgico composto por
metassedimentos do Supergrupo Minas sobrepostas a rochas mais antigas do
Supergrupo Rio das Velhas (rochas metamrficas de origem vulcnica) e do
Complexo Basal (embasamento formado por granito-gnaisses).
O relevo apresenta-se bastante dissecado e rebaixado em sua poro central,
onde ocorrem as rochas granito-gnissicas do e as unidades metamrficas
do Supergrupo Rio das Velhas e mais elevado nas bordas caracterizadas por
afloramentos das unidades metassedimentares do Supergrupo Minas.
Clima e pluviometria
As altitudes mdias as superfcies de relevo do Quadriltero Ferrfero esto em
torno de 1.000m em sua poro central, com elevaes superiores a 1.900m nas
serras que o delimitam e formam seu contorno externo. As altitudes elevadas
exercem grande influncia no tipo climtico do Quadriltero Ferrfero, sendo
o clima em geral caracterizado por veres brandos, com temperaturas mdias
abaixo de 22C, e inverno seco (sem chuvas) e temperaturas entre 12 e 14C,
bastante influenciado pelas altitudes serranas. A mdia da temperatura no ano
varia entre 17,0 e 18,5C, ocorrendo temperaturas mais brandas entre junho e
agosto, quando a mdia mnima pode alcanar 11,5C, e temperaturas mais altas
entre janeiro e maro, com mdia mxima em torno de 25,0C.
37
-
ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
As chuvas ocorrem com maior frequncia nos meses de dezembro, janeiro e
fevereiro, quando as temperaturas so mais elevadas, apresentando registros
mensais entre 200 e 350mm. O perodo mais seco corresponde ao trimestre
junho-julho-agosto, que apresenta temperaturas mais baixas e registros mensais
entre 15 e 30mm.
Hidrografia
Situadas na bacia federal do rio Doce e, a nvel estadual, nas bacias dos rios
Piracicaba e do Carmo, as reas de influncia indireta direta e indireta (AID/AII)
apresentam altitudes mdias da ordem de 900m (mnimas em torno de 750m
nas calhas das drenagens e mximas da ordem de 1.030m nos topos de morros)
e declividades acentuadas. A linha de cumeada divisora de guas das bacias dos
rios Piracicaba e do Carmo corta as reas de influncia no sentido leste-oeste.
Geologia
Em relao geologia e s estruturas tectnicas, as reas de influncia indireta e
direta (AII/ AID) da Mina de Fbrica Nova situam-se no flanco (ou poro) leste do
sinclinal Santa Rita, que corresponde a uma estrutura dobrada de forma invertida,
cujo eixo se estende na direo norte-sul. Esta estrutura por sua vez foi afetada
por outros dobramentos que ocorreram posteriormente.
O embasamento geolgico na AII/AID denominado na regio de Complexo Santa
Brbara e formado predominantemente por granito-gnaisses e, subordinadamente,
gnaisses migmatticos e rochas intrusivas mficas a ultramficas. Sobre estes
gnaisses ocorrem rochas que pertencem ao Supergrupo Rio das Velhas,
subdivididas em unidades chamadas grupos Nova Lima e Maquin. O Grupo Nova
Lima ocorre na poro noroeste da AII e caracterizado por rochas metavulcnicas
e metassedimentares(xistos variados, talco xistos, quartzitos, filitos e formao
ferrfera) e o Grupo Maquin, que predomina na poro centro-sudeste da AII
representado por quartzitos, quartzo-xistos e filitos.
A unidade geolgica mais nova, corresponde ao Supergrupo Minas, que ocorre em
faixas de direo norte-sul na poro central e oeste da AII, as quais formam um
dos lados (ou flancos) da grande estrutura dobrada de forma invertida, chamada
sinclinal Santa Rita. Esta unidade composta pelas seguintes sequncias de
rochas: Formao Moeda (quartzitos variados, conglomerado e filito); Formao
Batatal (filitos argilosos); Formao Cau (itabiritos variados e hematitas);
Formao Cercadinho (quartzitos ferruginosos, filitos e xistos); Formao Fecho
do Funil (filitos, filitos dolomticos e formao ferrfera); Formao Barreiro (xistos e
38
-
ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
filitos). Uma outra unidade, denominada Grupo Sabar, est posicionada no topo
desta sequncia de metassedimentos do Supergrupo Minas, sendo composta por
rochas metavulcnicas, xistos verdes, filitos e quartzitos.
As coberturas geolgicas mais novas presentes na AII e AID so representadas por
materiais rolados, coberturas laterticas e depsitos de encostas (ou tlus). So
materiais pouco consolidados que recobrem parte das rochas presentes nessas
reas, sendo que muitos so originados pela alterao das rochas locais.
As principais litologias presentes na ADA pela ampliao da cava da Mina de Fbrica
Nova so xistos, filitos das formaes Barreiro, Fecho do Funil e Cercadinho e
itabiritos, itabiritos anfibolticos e corpos hematticos da Formao Cau. Ressalta-
se que a Formao Cau apresenta boa representatividade na rea e constitui o
minrio lavrado na Mina de Fbrica Nova.
Na rea destinada Implantao da pilha de estril Unio, o substrato geolgico
formado basicamente por filitos da Formao Fecho do Funil. Nas reas dos
diques de conteno D1 e D2 ocorrem predominantemente solos de cobertura
(denominados colvios e aluvies), muito argilosos, ocorrendo alguns afloramentos
de rocha filtica.
As reas de influncia direta e diretamente afetadas pela ampliao da Mina de
Fbrica Nova compem o flanco sinclinal Santa Rita, de trao axial norte-sul e
inflexo nordeste-sudoeste. Ocorre nestas reas um complexo sistema de falhas,
responsvel pela inverso de camadas, sobreposio de unidades mais antigas
sobre litologias mais novas, posicionamento de unidades litolgicas diferentes
lado a lado e pelo desaparecimento de algumas unidades, inclusive de faixas da
formao ferrfera.
As caractersticas das rochas presentes nas reas do empreendimento refletem
diretamente na forma do relevo e dos solos locais. O relevo , em geral,
montanhoso, com linhas de cristas extensas, declividades acentuadas nas encostas
e considerveis variaes de altitudes entre os vales dos cursos dgua e as linhas
das cristas e serras. As cristas so formadas predominantemente por quartzitos,
itabiritos e, secundariamente, filitos. Os crregos Brumado e Batatal, situados na
poro norte da AID e pertencentes bacia do rio Piracicaba, e os crregos do
Fundo, Santarm, do Fraga e Ouro Fino (pores central e sul-sudeste da AID),
inseridos na sub-bacia do Gualaxo do Norte, tm seus leitos encaixados e um
relevo tipicamente movimentado ao longo de suas margens.
39
-
ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Pedologia e Aptido Agrcola dos Solos
Os solos so provenientes da ao do intemperismo sobre as unidades litolgicas
e tambm esto relacionados s diferenas nas declividades das reas. Ocorrem na
AID e ADA basicamente os seguintes tipos de solos: Neossolos Litlicos, Cambissolos,
Latossolos Vermelho-Amarelo e Latossolos Vermelho Perfrrico. Dentre estes, destaca-
se o Cambissolo, que apresenta uma baixa fertilidade e est associado a um outro tipo
de solo, chamado Neossolo Litlico, que ocorre em reas de rochosas ocupando uma
grande extenso na rea e em um relevo montanhoso.
Tanto na AID quanto na ADA ocorrem eroses e deslizamentos de encostas
relacionados principalmente s intervenes do homem, tais como as atividades de
minerao, a ocupao das reas pelas estruturas da mina, os taludes das estradas de
acesso, etc. Isso pode ser favorecido pelas elevadas declividades dos terrenos, pela
forma como as rochas esto posicionadas no mesmo, pela resistncia das rochas ou
dos solos e pelo clima, com ocorrncia de intensas chuvas no trimestre dezembro-
janeiro-fevereiro.
Os solos observados na AID, destacam-se os Cambissolos, que ocorrem em maior
extenso. Esses solos apresentam-se pouco intemperizados, pouco profundos e de
baixa fertilidade, com baixo ou nenhum potencial agrcola.
Espeleologia
Diante particularmente do referencial geolgico e morfolgico da rea, foi executada
uma prospeco espeleolgica com o intuito de identificar e cadastrar as ocorrncias
de cavernas. Essa prospeco foi realizada com maior detalhe em reas com maior
potencial de ocorrncia de cavidades naturais, ou seja, terrenos com coberturas de
canga posicionados nas mdias e altas vertentes, onde ocorre a quebra da cobertura
detrtica ou aflora a formao ferrfera, assim como em reas rebaixadas com ocorrncia
de sedimentos ferruginizados. Ao contrrio de outras prospeces j realizadas na
regio, as calhas de drenagem no representaram grande potencial espeleolgico na
Mina de Fbrica Nova. Nas demais reas, onde a litologia ou os padres morfolgicos
do relevo no apresentam potencial de ocorrncia de cavernas, os trabalhos de
caminhamento foram realizados de forma mais extensiva.
Os trabalhos de prospeco espeleolgica realizados na rea de estudo da Mina de
Fbrica Nova resultaram na identificao de 27 cavernas. Cabe destacar, que para a
implantao do Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova no haver supresso
de cavernas. Veja, a seguir, apresenta-se um mapa com as cavernas identificadas na
rea destudo.
40
-
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crrego Ouro Fino
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Rio Gualaxo do Norte
Crrego Santarm
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crr. Fundo
crr. Fundo
FN-27
FN-26
FN-25 FN-24
FN-23
FN-22
FN-21
FN-20
FN-19
FN-18
FN-17 FN-16
FN-15
FN-14
FN-13
FN-12FN-11
FN-08FN-07
FN-06
FN-05FN-04
FN-03 FN-02FN-01
BarragemSantarm
BarragemGermano
Barragemdo Fundo
BentoRodrigues
SantaRita Duro
VALE - Fbrica Nova
660000
660000
662000
662000
664000
664000
666000
666000
668000
668000
7762000 7762000
7764000 7764000
7766000 7766000
7768000 7768000
0 750 1.500375
Metros
Prospeco EspeleologicaCavernas Identificadas
reas de Influnciarea Diretamente Afetada - ADA
Espeleologia
! Caverna identificada
Caminhamento
Convenes
Mina
Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)Via pavimentada
Ferrovia
Curso d'gua
Corpo d'gua
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Fino
FN-27
FN-23
FN-20
FN-15
FN-14
FN-12
FN-11 FN-10FN-09
FN-08
FN-07
FN-05FN-04
FN-03 FN-02
FN-01
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ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Hidrogeologia
Em relao hidrogeologia, verificou-se na AID e na ADA, atravs de estudos
recentes, a presena de bons reservatrios de gua subterrnea nas diversas
unidades litolgicas, destacando-se: os itabiritos da Formao Cau (aqufero
Cau), os quartzitos da Formao Cercadinho (aqufero Cercadinho), os quartzitos
do Grupo Maquin (aqufero Maquin) e da Formao Moeda (aqufero Moeda)
e o granito-gnaisse do embasamento (aqufero cristalino). Os principais sistemas
aquferos presentes so o Cau, formado essencialmente por hematitas e itabiritos,
e o Cercadinho, composto por quartzitos ferruginosos intercalados a filitos. Os
principais pontos de descarga desses aquferos na AID/ADA correspondem s
nascentes NA02 e NA24. Ambas esto localizadas na extremidade sul-sudeste do
Morro do Fraga, sendo que a NA02 representa uma descarga do aqufero Cau e
a NA24 corresponde, provavelmente, a uma ascendncia do aqufero Cercadinho
atravs do sistema de falha da gua Quente. Na prxima pgina apresentado
um mapa com a localizao das nascentes na rea de estudo.
A cava da Mina de Fbrica Nova desenvolve-se essencialmente no aqufero Cau,
sendo que, em meados de 2004, uma parte dos taludes da mina (poro leste)
alcanaram o aqufero Cercadinho. O sistema de rebaixamento do nvel dgua
da Mina de Fbrica Nova tem como objetivo drenar o aqufero Cau e encontra-
se em operao desde meados de 2002. Atualmente, este sistema rebaixamento
composto por cinco poos tubulares profundos (PFNR-01, PFNR-02, PFNR-03,
PFNR-04 e PFNR-05) alinhados segundo a direo NE-SW, conforme mostra a figura
da pgina 44. Durante o ano de 2008, foram bombeados cerca de 2.902.202m3 de
gua destes poos tubulares, sendo que uma parte desta gua foi destinada s
instalaes da mina, outra parte ao distrito de Santa Rita Duro, outra foi utilizada
na asperso das vias internas da mina, e outra parte ainda foi restituda ao leito
do crrego Ouro Fino, que tem seu curso direcionado para o subdistrito de Bento
Rodrigues, na poro sudeste da Mina de Fbrica Nova.
42
Tubulaes do sistema de rebaixamento do nvel da gua subterrnea
Poos tubulares de rebaixamento da gua
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ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Localizao dos poos tubulares e vertedouros operantes na Mina de Fbrica Nova
44
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ESTUDOS AMBIENTAIS
ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova
Qualidade das guas Superficiais
Para a caracterizao dos cursos dgua foi avaliada a qualidade das guas nos
principais corpos hdricos sob influncia da operao da Mina de Fbrica Nova, ou
seja, aqueles que recebem a drenagem da operao da cava atual e das pilhas de
estril, alm da rea da planta de britagem e do efluente final da Barragem do Fundo,
conforme mostra o mapa Pontos da Caracterizao Ambiental, na pgina a seguir.
A partir da anlise dessa figura, com exceo do ponto FAN05, todos os pontos de
monitoramento (quadro abaixo) esto situados a jusante da Mina de Fbrica Nova, ou
seja, podem refletir influncias decorrentes da operao desse empreendimento.
Corpo Hdrico
Crrego Fundo
DescrioCdigo
FAN01
Crrego Santarm
FAN02
Crrego do Fraga
Crrego Ouro Fino
Crrego Congonhas
FAN03
FAN04
FAN07
Pontos de Monitoramento da Qualidade da gua Superficial
Localizado no crrego Fundo, prximo da estrada que acesso Mina Fbrica Nova. Recebe a drenagem das pilhas de estril Permanentes P1 e P2 e o escoamento superficial da estrada.
Localizado a jusante da nascente da Fazenda Fbrica Nova, prximo da estrada da barragem do Germano. Recebe
contribuio das barragens de rejeito de Santarm e Natividade (Samarco), e das reas operacionais da Mina de Fbrica Nova
Localizado no crrego Santarm, a montante da confluncia com o crrego do Fraga, prximo estrada do Germano Fazenda
Fbrica Nova. Tambm recebe contribuio das barragens de rejeito de Santarm e Natividade (Samarco), e das reas
operacionais da Mina de Fbrica Nova.
Localizado no vertedouro de uma pequena bacia de 200m