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Relatório de Impacto Ambiental

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Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) de mina de ferro - Mina Fábrica Nova- de propriedade da VALE em Minas Gerais.

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  • Relatrio de Impacto Ambiental

  • RIMA Relatrio de Impacto Ambiental

    Projeto de Expanso da Mina de Fbrica NovaComplexo Minerador Mariana/ VALE Mariana (MG)

    Belo Horizonte

    Novembro de 2009

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

  • ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Gerente responsvel pelos estudos ambientais e por este relatrio: Dinalva Celeste Fonseca SETE Solues e Tecnologia Ambiental Ltda

    CNPJ: 02.052.511/0001-82Av. Getlio Vargas, n 1.420 - 16 andar Bairro Funcionrios - 30.112-021 - Belo Horizonte/ MG(031) 3287-5177 - Fax: (031) 3223-7889 [email protected]

    Responsveis tcnicos: Daniele Yukico, Juliana Cota e Edil Mansueto Souza

    ValeCNPJ: 33.592.510/044-0412-68

    Rua Inconfidentes, n 1.190 - 7 andar Bairro Funcionrios - 30.140-120 - Belo Horizonte/ MG

    (031) 3279- [email protected]/[email protected]

    [email protected]

    Este RIMA trata da apresentao dos estudos ambientais elaborados para o

    licenciamento ambiental do Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova,

    situada no municpio de Mariana (MG). Tal projeto consiste na ampliao da cava a

    cu aberto j existente na mina e na implantao da pilha de disposio de estril

    Unio, assim como de dois diques de conteno.

    A Vale contratou a SETE Solues e Tecnologia Ambiental para realizar os estudos

    ambientais na rea da Mina, que consistiram em diagnosticar o meio ambiente

    do local, identificar os impactos sobre o meio ambiente e indicar os programas

    ambientais e medidas de controle que devem ser empregados para prevenir,

    minimizar, monitorar e/ ou compensar tais impactos.

  • ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    EQUIPE TCNICA

    Dinalva Celeste Fonseca Engenheira de Minas (CREA/MG - 53.464/D)Coordenao Geral do Projeto, Vibrao e Rudo, Qualidade das guas

    Adilson Aguiar Brito Economista (CORECON 1.936 - 10 R)Coordenao Meio Socioeconmico

    Ana Carolina Novaes de Almeida Relaes Pblicas (CONRERP 1966 - 3 R)Produo grfica e textos (adaptao)

    Ana Elisa Brina Biloga (CRBio 08.737 - 4 R)Flora

    Augusto Auler Gelogo (CREA/MG - 72.076/D)Prospeco Espeleolgica

    Bernardo Dourado Ranieri Bilogo (CRBio 4.4762/04-D)Flora

    Camilo Cienfuegos Bilogo (CRBio 44.440/04-D)Fauna

    Daniela Munhoz Rossoni Biloga (CRBio 57.416/04-D)Fauna - Pequenos, Mdios e Grandes Mamferos

    Daniel Pizarro Crespo Gegrafo (CREA/MG - 093.663/D)Cartografia e Geoprocessamento

    Eduardo Lima Sbato Bilogo (CRBio 8.797/04-D)Coordenao do Meio Bitico

    Felipe S Fortes Leite Bilogo (CRBio 44.105/04-D)Herpetofauna

    Gabriel Alkimim Pereira Bilogo (CRBio 37.256/04-D)Ictiofauna

    Guilherme Silva Neves Engenheiro Florestal (CREA/MG - 0600.313/D)Inventrio Florestal

    Juliana Maria Mota Magalhes Geloga (CREA/MG - 47.712/D)Coordenao do Meio Fsico, Geologia, Hidrogeologia e Hidrologia

  • ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    EQUIPE DE APOIO

    Ana Carolina MagalhesProduo

    Luis Beethoven Pil Gegrafo (CREA/MG - 58.950/D)Prospeco Espeleolgica

    Marcelo Marques Figueiredo Engenheiro de Minas/Geotcnico (CREA/MG - 85.508/D)Caracterizao do Empreendimento

    Mrcio Alonso de Lima Arquelogo/HistoriadorArqueologia

    Marcus Vincius Duque Neves Advogado/Mestrando em HistriaAuxiliar de Pesquisa em Arqueologia

    Maria Teresa Teixeira de Moura Arqueloga/GegrafaCoordenao Tcnica de Arqueologia

    Marlia Silva Mendes Biloga (CRBio 49.493/04-D)Flora

    Ricardo lvares da Silva Socilogo/AntroplogoMeio Socioeconmico

    Rogrio Chaves Nogueira Gelogo (CREA/MG - 41.120/D)Hidrogeologia

    Saulo Garcia Rezende Bilogo (CRBio 30.870/04-D)Flora

    Yara vila Engenheira Agrnoma (CREA/MG - 70.800/D) Pedologia e Aptido Agrcola

  • ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    INTRODUO .................................................................................................................................1

    A MINA DE FBRICA NOVA............................................................................................4Localizao.................................................................................................................................................5Histrico.......................................................................................................................................................6Operao atual................................................................................................................................7

    O PROJETO DE EXPANSO.............................................................................................8Caractersticas gerais..........................................................................................................................9Recursos e reservas..........................................................................................................................11Expanso da cava..............................................................................................................................12Ampliao das pilhas de estril..............................................................................................15Estradas de acesso............................................................................................................................18Instalaes de britagem e apoio...........................................................................................18Mo-de-obra e turnos de produo...................................................................................18Cronograma...........................................................................................................................................19

    LEIS AMBIENTAIS....................................................................................................................20

    ESTUDOS AMBIENTAIS....................................................................................................23Metodologia..........................................................................................................................................24Definio das reas de influncia.........................................................................................24Diagnstico ambientalUso e ocupao do solo e cobertura vegetal...................................................31Meio Fsico..............................................................................................................................................37Meio Bitico...........................................................................................................................................51Meio Socioeconmico e Cultural..........................................................................................55

    IMPACTOS AMBIENTAIS.................................................................................................60Prognstico ambiental..................................................................................................................61Metodologia de avaliao de impactos...........................................................................62Avaliao dos impactos ambientais....................................................................................64

    PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS AMBIENTAIS E MEDIDAS DE CONTROLE PARA MONITORAR, MINIMIZAR E/OU POTENCIALIZAR OS IMPACTOS AMBIENTAIS..........................76

    GLOSSRIO.....................................................................................................................................92

    SUMRIO

  • ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    INTRODUO

  • INTRODUO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    O RIMA um documento resumido do Estudo de Impacto Ambiental (EIA),

    apresentado comunidade em linguagem acessvel e com ilustraes, para que

    os interessados possam se informar e se posicionar quanto implantao dos

    empreendimentos. Ele elaborado conforme recomenda a Resoluo n 01, de 23

    de janeiro de 1986, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), e de acordo

    com o formato estabelecido pela Superintendncia Regional de Meio Ambiente e

    Desenvolvimento Sustentvel (SUPRAM).

    Essa resoluo exige o licenciamento ambiental para todos os empreendimentos

    novos ou que sero ampliados, como usinas hidreltricas, mineraes, indstrias,

    grandes reas de loteamentos, ferrovias, linhas de transmisso, obras hidrulicas para

    explorao de recursos hdricos (retificao de cursos dgua, transposio de bacias,

    diques), entre outros. O processo de licenciamento passa por trs etapas: Licena

    Prvia - LP, Licena de Instalao - LI e Licena de Operao - LO.

    Como funciona o processo de licenciamento ambiental?

    Para se obter a Licena Prvia, a empresa que pretende implantar ou expandir um

    empreendimento precisa elaborar um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que deve

    ser realizado por uma equipe de especialistas em meio ambiente, em cada uma de

    suas distintas reas de conhecimento: meio fsico (solo, gua, ar, rocha etc), meio

    bitico (fauna e flora) e meio socioeconmico e cultural (sociedade, economia,

    cultura, histria etc).

    Estudo do meio socioeconmico: sociedade, economia, cultura, histria etc

    Estudo do meio bitico: fauna e flora

    Estudo do meio fsico: solo, gua, ar, rocha etc

    2

  • INTRODUO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    A situao em que se encontra o meio ambiente da regio onde est ou ser

    implantado o empreendimento avaliada a partir da obteno de informaes

    e dados coletados na rea e por meio de outros levantamentos e estudos j

    realizados anteriormente. Logo, so detectadas todas as alteraes ambientais

    que puderem ser previstas, sendo estas divididas em impactos positivos e

    negativos. Aps esse diagnstico, so indicados programas ambientais e

    medidas de controle para evitar, minimizar, monitorar e/ ou compensar esses

    impactos. Isso significa que alguns podem ser evitados com aes preventivas,

    outros podem ser reduzidos ao mximo, outros podem ser reparados aps a sua

    ocorrncia, e, finalmene os que podem ser apenas monitorados. Aps a indicao

    dos programas e medidas de controle ambientais, o EIA concludo. Logo, ele

    encaminhado, junto ao RIMA, para a SUPRAM, rgo ambiental que ir analis-lo

    e dar um parecer tcnico da viabilidade ambiental do empreendimento. Em

    caso positivo, a LP concedida pelo Conselho Estadual de Poltica Ambiental

    (COPAM) da regio onde o empreendimento est inserido.

    Para que a Licena de Instalao seja obtida, as medidas previstas no EIA devem

    ser mais detalhadas e transformadas em aes, planos, programas e projetos

    ambientais, compondo um Plano de Controle Ambiental PCA. As obras de

    implantao do empreendimento sero iniciadas somente com a aprovao

    desse PCA pelo COPAM, por meio da emisso da Licena de Instalao (LI).

    Durante a fase de implantao, todos esses programas ambientais, ou seja, todo

    o PCA deve ser implementado na regio do empreendimento, para que Licena

    de Operao seja solicitada e o empreendimento comece suas atividades.

    A Vale vem desenvolvendo a lavra de minrio de ferro da Mina de Fbrica

    Nova no Complexo Minerador de Mariana,

    dentro do Quadriltero Ferrfero, pertencente

    ao sistema Ferrosos-sul da Vale, cujos registros

    junto ao Departamento Nacional de Produo

    Mineral (DNPM) so: n 67/1.076, n 35/2.329,

    n 84/831.588, n 00/830.785, n 91/830.464,

    n 03/830.434, n 91/831.582, n 84/831.097, n

    00/831.639 e n 832.638/2006.

    A Mina de Fbrica Nova, com o Projeto de

    Expanso, passar a produzir cerca de 21,5

    milhes de toneladas (Mt) de minrio de ferro

    ROM at 2014, quando passar para cerca de 27

    Milhes de toneladas (Mt), em 2015.

    A sigla ROM significa, em

    ingls, Run-of-Mine, que

    representa o minrio de

    ferro retirado da cava sem

    beneficiamento, ou seja o

    minrio retirado e desmontado

    da rea de lavra.

    3

  • ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    A MINA DE FBRICA NOVA

  • A MINA DE FBRICA NOVA

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    LOCALIZAO

    A Mina de Fbrica Nova situa-se no Quadriltero Ferrfero, no municpio de

    Mariana/MG, a cerca de 180km de Belo Horizonte. Saindo da capital, pela

    BR-040, segue-se em direo ao Rio de Janeiro e, chegando at o trevo que

    leva s cidades de Ouro Preto e Mariana/MG, toma-se a BR-356 (Rodovia dos

    Inconfidentes), percorrendo aproximadamente 90km at a cidade de Mariana.

    De l, percorre-se mais 40km de estrada asfaltada, pela rodovia MG-129 (estrada

    Mariana Catas Altas Santa Brbara) chegando at o acesso da Mina de

    Alegria da Vale. A partir da, segue-se por cerca de 10km at a Mina de Fbrica

    Nova. O mapa abaixo apresenta a localizao da Mina tendo como referncia o

    municpio de Belo Horizonte.

    Localizao da Mina de Fbrica Nova

    5

  • A MINA DE FBRICA NOVA

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    HISTRICO

    As operaes na Mina foram iniciadas pela S.A. Minerao Trindade (SAMITRI)

    em 1997, aps a obteno da Licena de Operao (LO) 184/1994 concedida

    pelo Conselho Estadual de Poltica Ambiental (COPAM), com prazo de validade

    at 27/10/2000. Em 2000, a Vale adquiriu os direitos de lavra e assumiu as

    atividades de operao do empreendimento, tendo como licena ambiental

    a LO 549/2000, concedida pelo COPAM em 04/08/2000, com validade at

    04/08/2008. Em 2006, foi concedida Vale a LO 381/2006, com validade at

    28/09/2010, para lavra e beneficiamento de minrio de ferro na Mina de

    Fbrica Nova.

    Vista da cava atual da Mina de Fbrica Nova

    6

  • A MINA DE FBRICA NOVA

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    A Mina de Fbrica Nova ocupa uma rea total de 465,9ha, onde 265,9ha esto

    ocupados pela cava e 200ha pelas pilhas de disposio de estril chamadas de

    Permanente 1 (P1) e Permanente 2 (P2). Alm disso, existem as reas ocupadas por

    instalaes de apoio da operao Mina, tais como oficina de manuteno, o posto

    de abastecimento de veculos pesados, a Estao de Tratamento de Efluentes (ETE),

    as britagens primria e secundria, a correia transportadora de longa distncia, que

    possui cerca de 10km e chega at usina da Mina de Timbopeba.

    Atualmente, a lavra do minrio de ferro em Fbrica Nova realizada a cu aberto e

    opera entre as cotas 840m e 1049m, com bermas finais entre 8 e 15m e bancos de 10m

    de altura. O sistema de drenagem consiste na conduo das guas pluviais incidentes

    sobre os bancos e faces dos taludes convergindo diretamente para o bottom pit norte,

    onde existe um sistema de bombeamento e esgotamento.

    O estril gerado nas atuais operaes de lavra em Fbrica Nova depositado nas

    Pilhas Permanentes, denominadas P1 e P2, que sero unificadas conforme previsto no

    projeto de expanso que ser apresentado adiante.

    Parte do minrio run-of-mine (ROM) da Mina de Fbrica Nova transportado, via

    caminhes-traado com capacidades de 35 a 50 toneladas at as instalaes de

    beneficiamento da Mina de Alegria, por estrada interna que liga as duas minas, j

    licenciada conforme processo COPAM n182/1987/061/07 e certificado de licena LO

    299 com validade at 16/02/2013. A outra parte do minrio desmontado segue para

    uma estao de britagem primria e secundria existente em Fbrica Nova, e aps

    britagem transportado via transportador de

    correia de longa distncia (TCLD), at as instalaes

    de beneficiamento existentes em Timbopeba,

    percorrendo cerca de 10km. Esse TCLD tambm

    foi devidamente licenciado, consoante processo

    COPAM n 182/1987/052/2005, por meio da LO

    535, com validade at 28/07/2010.

    Os rejeitos gerados durante o processo de

    beneficiamento do minrio so dispostos em

    barragens j existentes e licenciadas que ficam

    nas Minas de Timbopeba e Alegria.

    OPERAO ATUAL

    Detalhe dos bancos da Pilha de Estril Permanente 2 (P2) que ser ampliada,

    formando a nova Pilha de Estril Unio.

    7

  • ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    O PROJETO DE EXPANSO

  • O PROJETO DE EXPANSO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    CARACTERSTICAS GERAIS

    O Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova consiste em dar continuidade

    lavra da mina at o ano de 2015. Para isso, a cava atual, que possui 265,9ha, precisar

    expandir 80,24ha, e passar a ocupar uma rea total de aproximadamente 346,1ha.

    Alm disso, o Projeto tambm contempla a ampliao das pilhas de disposio de

    estril existentes Permanentes P1 e P2 , que atualmente ocupam uma rea de

    200ha, no total. Essa ampliao ser de 322,76ha e conformar uma s pilha, chamada

    de Pilha de Estril Unio (PDE Unio), que, por sua vez, ter cerca de 522,76ha. Tambm

    sero implantados dois diques de conteno de finos D1 e D2 , que iro ocupar

    reas aproximadas de 2,78ha e 8,97ha, respectivamente.

    Diante das condies operacionais atuais da Mina, o Projeto de Expanso no apresenta

    um estudo de alternativas tecnolgicas e locacionais. A rea de expanso da cava foi

    determinada para ocorrer no mesmo local da atual cava em operao. Contudo, a

    cava objeto do licenciamento foi redefinida em funo da identificao de cavernas

    (cavidades naturais) o que implicou na reduo da rea da cava, respeitando o raio de

    proteo das cavernas de 250m definido pela legislao ambiental. Em relao rea

    de disposio de estril, avaliou-se a operao atual das pilhas e a melhor alternativa

    tcnica e ambiental foi a ampliao das Permanentes P1 e P2 j existentes, que passaro

    a ser uma s pilha, chamada de Pilha de Estril Unio (PDE Unio).

    O minrio lavrado continuar sendo transportado por meio de caminhes para a

    Mina de Alegria e o britado por meio do TCLD para a Mina de Timbopeba. Na prxima

    pgina apresentado um arranjo geral do Projeto de Expanso da Mina de Fbrica

    Nova, objeto deste processo de licenciamento ambiental.

    Vista de parte do setor sul da cava atual da Mina de Fbrica Nova que ser ampliada. Em primeiro plano, detalhe de um dos bancos da Pilha de Estril Permanente (P2), adjacente a cava atual, que tambm ser expandida para oeste formando a nova Pilha de Estril Unio.

    9

  • TCLD

    Rio Gu

    alaxo

    do No

    rte

    crr. Congonhas

    Crrego do

    Fraga

    Crreg

    o Br

    um

    ado

    Crr

    ego

    Barro

    Pr

    eto

    crr. Gambeta

    rio Piracicaba

    crr. das Almas

    crrego Ouro Fino

    crr

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    tivida

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    Crr

    ego

    Fund

    o

    crr. Gabiroba

    Crrego Santarm

    crr

    . S

    o Lu

    s

    crr. Batatal

    crr. Faria

    crr. Mirandinha

    crr

    . O

    uro

    Fin

    o

    crr. Bananeiras

    crr. M

    iran

    din

    ha

    crr. Vargem do Ca

    Crrego Brumado

    crr. Quebra Vara

    crr. Fundo

    crr. Fu

    ndo

    Natividade

    Crrego Natividade

    BarragemSantarm

    BarragemGermano

    Barragemdo Fundo

    VALE - Alegria

    VALE - Fbrica Nova

    BentoRodrigues

    SantaRita Duro

    7762000 7762000

    7764000 7764000

    7766000 7766000

    7768000 7768000

    7770000 7770000

    658000

    658000

    660000

    660000

    662000

    662000

    664000

    664000

    666000

    666000

    668000

    668000

    Mariana - MG / Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA

    ESCALA:EXECUTADO POR:

    05/11/09Geoprocessamento SETE

    LOCALIZAO

    DADOS TCNICOS

    CONVENES

    PROJEO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM

    MERIDIANO CENTRAL: 45 WGR

    DATUM VERTICAL: LOCAL

    DATUM HORIZONTAL: SAD 69

    0 250 500 750 1.000 1.250125

    Metros

    ESCALA GRFICA

    DESCRIO MS ANO

    DATA DO VO MM AAAA

    RESTITUIO

    APOIO DE CAMPO MM AAAA

    MM AAAA

    )(!

    (!

    MG

    GO

    SP

    BA

    RJ

    ES

    PR

    MS

    MT

    DF

    DATA IMAGEM MM AAAA

    1:20.000 02

    :

    DATA: REVISO:

    Arranjo Geral do Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Convenes cartogrficas

    Mina

    Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)

    Via pavimentada

    Ferrovia

    Curso d'gua

    Corpo d'gua

    Belo Horizonte

    Mariana

    rea Diretamente Afetada - ADA

    Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)

    Cava

    Pilha Unio

    Dique D1

    Dique D2

  • O PROJETO DE EXPANSO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Em 2005, a Vale realizou um estudo de reavaliao dos recursos e reservas de minrio de ferro da jazida de Fbrica Nova, com a finalidade de redefinir a sua viabilidade tcnico-econmica. A partir disso, foram definidos, entre outros aspectos, a otimizao da cava final, chamada de cava final de exausto, incluindo sua operacionalizao, sequenciamento da lavra e dimensionamento dos equipamentos de lavra, conforme ser apresentado neste relatrio.

    Os limites da cava final de exausto, prevista para o ano de 2025, e a produo estimada da mesma foram ento redefinidos devido identificao de cavernas (cavidades naturais) prximas da rea, resultando em uma nova cava com trmino previsto para o ano de 2015.

    Em um perodo de doze anos, foram concretizadas sete campanhas de sondagem na jazida de Fbrica Nova, por distintas empresas, sendo quatro delas realizadas pela SAMITRI, entre1991 e 2000, e trs realizadas pela Vale, entre 2001 e 2003. Os estudos mostraram que os recursos e reservas de minrio de ferro disponveis nas reas estudadas esto acima de 1.840 milhes de toneladas e 1.046 milhes de toneladas, respectivamente, possibilitando, dessa maneira, a elaborao do plano de sequenciamento de lavra para a expanso da Mina.

    RECURSOS E RESERVAS

    Recurso o material disponvel, em qualidade e quantidade, de forma adequada para o uso industrial, mas que no foi submetido a uma avaliao econmica.

    Reserva: o recurso disponvel para lavra e que pode ser aproveitado economicamente, o que depender de custos operacionais, demanda de mercado, preos, dentre outros fatores.

    Qual a diferena entre recurso e reserva?

    11

  • O PROJETO DE EXPANSO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    A rea de expanso da cava ser de 80,2ha, conforme dito anteriormente. Uma vez

    que a cava atual possui 265,9ha, logo, a rea total ser de 346,1ha.

    A nova cava apresentar o piso final na cota 740m e altura da ordem de 216m.

    EXPANSO DA CAVA

    Figura esquemtica da cava

    12

  • O PROJETO DE EXPANSO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Aps a expanso, a cava continuar operando com o uso de: perfuratrizes rotativas de

    grande dimetro, para a perfurao do minrio e do estril; operao de detonao

    com carga explosiva e escavadeiras hidrulicas de grande porte, para a escavao

    e o carregamento do caminhes; e caminhes fora-de-estrada, para o transporte

    do minrio s instalaes de britagem e do estril s pilhas de disposio. Sero

    mobilizados cerca de 120 equipamentos no total.

    Operao da cava de expanso

    Conforme pode ser observado no quadro abaixo, a cava a ser ampliada ter uma produo anual mdia de 22,3Mt de ROM, totalizando 133,9Mt de minrio, durante seis anos (2010 a 2015).

    Produo anual de minrio

    Ano

    2010

    2013

    2014

    2015

    2011

    2012

    Total

    ROM - Mt (Milhes de toneladas)

    21,8

    21,3

    21,3

    27,2

    21,0

    21,3

    133,9

    O desmonte ser feito com o uso de cargas explosivas - emulso, encartuchados e

    acessrios de explosivos -, tendo como base o uso do ANFO (mistura de nitrato de

    amnio com leo diesel).

    Perfuratriz Escavadeira Caminho fora-de-estrada Caminho traado

    13

  • O PROJETO DE EXPANSO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Sistemas de drenagem, bombeamento e tratamento/clarificao

    As guas pluviais incidentes e aquelas que aflorarem na rea da cava ampliada prevista, durante o incio da implantao e da operao de lavra, esto previstos o sistema de drenagem, o sistema de bombeamento e clarificao a ser implantado a norte da rea da cava. Para encaminhar devidamente essas guas sero implantados sistemas de drenagem superficial e bombeamento. A drenagem superficial encaminhar a gua para o fundo da cava, por meio de canaletas nas bermas, canais, bacias de reteno de sedimentos, descidas dgua e pr-sumps. No fundo da cava, elas sero bombeadas por meio de uma operao de rebaixamento do nvel da gua subterrnea, para um reservatrio de armazenamento e tratamento/ clarificao que ser implantado ao norte da cava.

    O processo de tratamento e clarificao, j existente na Mina, receber melhorias e adequaes, tais como: a criao de um pequeno tanque onde ser aplicada a cal; o aumento da eficcia do funcionamento da bacia de dissipao; a incluso de um floculador e outras melhorias no processo de decantao, facilitando as operaes de limpeza da gua. Depois desse tratamento, a gua ser encaminhada para o sistema de abastecimento do distrito de Santa Rita Duro e para o crrego Ouro Fino. Atualmente, existem cinco poos em operao na Mina de Fbrica Nova.

    14

    Sistema de bombeamento da gua subterrnea na cava da Mina de Fbrica Nova

  • O PROJETO DE EXPANSO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    AMPLIAO DAS PILHAS DE ESTRIL

    Conforme dito anteriormente, a juno das pilhas Permanentes P1 e P2 resultar

    na Pilha de Estril Unio (PDE Unio), que ter cerca de 522,76ha, no total. Essa rea

    engloba os 200ha j ocupados pelas Permanentes P1 e P2 (em operao). As reas

    existentes entre P1 e P2 e os vales adjacentes ocuparo cerca de 322,76ha.

    Para o desenvolvimento do projeto da PDE Unio, para onde ir o estril gerado nas

    operaes de lavra da Expanso da Mina de Fbrica Nova, foram realizados estudos

    bsicos compreendendo levantamentos topogrficos,

    investigaes geolgico-geotcnicas e ensaios de

    laboratrio. A nova pilha ter capacidade de estocar

    cerca de 355Mt de estril e ser formada, essencialmente,

    por xistos e filitos, com alguma porcentagem de solos

    laterticos. A rea de implantao da PDE Unio estar

    limitada a norte e a oeste pelo mineroduto existente da

    Samarco; pelo reservatrio da Barragem do Fundo j

    implantada, tambm da Samarco; a sul e limitada a leste

    pela cava da Mina de Fbrica Nova a ser ampliada.

    Xistos e filitos so exemplos de

    rochas metamrficas, formadas

    por transformaes fsicas e/

    ou qumicas sofridas por outras

    rochas, quando submetidas ao

    calor

    e presso do interior da Terr

    a.

    Os xistos possuem granulao

    mdia a grossa e o filitos muito

    fina

    (como o silte e a argila).

    Os solos laterticos so freque

    n-

    temente vermelhos e compostos

    por xidos de ferro e de alumnio

    no seu interior. Quando rico

    em hematite, pode ser utilizado

    como minrio de ferro.

    15

    Tendo em vista a produo anual mdia de 22,3Mt de minrio de ferro ROM, totalizando

    133,9Mt de minrio, a gerao de estril totalizar 199,5 Mt, no perodo de 2010 a 2015.

    Gerao anual de estril

    Ano

    2010

    2013

    2014

    2015

    2011

    2012

    Total

    Estril - Mt (Milhes de toneladas)

    19,6

    37,3

    37,3

    31,2

    36,8

    37,3

    199,5

  • O PROJETO DE EXPANSO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Operao da PDE Unio

    Operao da PDE Unio

    O processo de deposio do estril, ocorrer pelo mtodo ascendente e em camadas. O transporte ser realizado por caminhes de 90 e 190 toneladas e o material ser espalhado e compactado pelo trnsito dos prprios equipamentos. A rampa de acesso dever ter inclinao mxima de 10% e largura de 30m.

    A PDE Unio, em sua conformao final, ter a sua base na elevao 885m e plataforma final na elevao 1. 175m, atingindo uma altura total de 250m e capacidade para armazenar cerca de 355Mt. Cabe ressaltar que a PDE Unio foi projetada considerando a cava mxima de produo, porm devido a identificao das cavernas, a cava foi reduzida e, consequentemente, haver uma menor gerao de estril. No caso, a PDE Unio projetada possui uma capacidade superior a demanda de projeto em licenciamento, em cerca de 155Mt.

    Detalhe dos bancos da Pilha de Estril Permanente 2 (P2) que ser ampliada para oeste, formando

    a nova Pilha de Estril Unio.

    16

    Figura esquemtica da PDE Unio

  • O PROJETO DE EXPANSO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    As guas da chuva tambm podero carrear sedimentos da pilha de estril para

    os cursos dgua. Esses sedimentos, mais conhecidas como finos, so compostas

    pelos xistos, filitos e solos laterticos. Para evitar o assoreamento dos cursos dgua,

    sero implantados dois diques de conteno de finos D1 e D2 , que ocuparo

    reas de 2,78ha e 8,97ha, respectivamente. O Dique 1 ser implantado num afluente

    do crrego Fundo, ao lado da Barragem do Fundo e montante da Barragem

    Santarm, ambas de propriedade da Samarco. O Dique 2 ser implantado no crrego

    Congonhas, localizado a leste da PDE Unio, cobrir parte do trecho do mineroduto

    existente da Samarco. Esse pequeno trecho do mineroduto dever ser relocado para

    uma rea prxima da estrutura existente.

    O dois diques foram dimensionados para uma capacidade de reservao em torno de

    trs anos e concebidos para que as operaes de limpeza (ou de desassoreamento

    dos reservatrios) sejam realizadas nos perodos de estiagem (entre abril e outubro).

    A altura mxima de ambos ser de 22,00m. A capacidade do reservatrio do D1 ser

    em torno de 113.212m3 e o D2 ter 470.000,00m3.

    O sistema extravasor do dique formado por um vertedouro dimensionado de

    forma a desaguar o excesso de gua do reservatrio do dique para o curso dgua

    a jusante.

    Implantao dos diques de conteno de finos

    Figura esquemtica dos Diques de Conteno de Finos D1 e D2

    17

  • O PROJETO DE EXPANSO

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    O minrio lavrado na Mina de Fbrica Nova ser transportado at s Instalaes da

    Tratamento de Minrio (ITM) da Mina de Alegria, passando por uma estrada interna

    de cerca de 10km j existente entre a Minas de Fbrica Nova e Alegria. Essa estrada

    encontra-se licenciada pelo processo administrativo COPAM no182/1987/061/2007

    por meio da Licena de Operao 299/07 com validade at 16/02/2013. O transporte

    do minrio britado at a Mina de Timbopeba, por sua vez, ser feito por meio do

    Transportador de Correia de Longa Distncia (TCLD), que tambm j est licenciado

    pelo processo administrativo COPAM no 182/1987/052/2005, Licena de Operao

    535/05, com validade at 28/07/2010.

    ESTRADAS DE ACESSO

    INSTALAES DE BRITAGEM E APOIO

    Para o projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova sero utilizadas todas as

    instalaes de britagem primria e secundria, j licenciadas por meio do processo

    administrativo COPAM n182/1987/051/2005 e licena de operao LO 649/05, cuja

    validade at 28/07/2010. As reas de apoio operacional j existentes incluem a

    oficina de manuteno mecnica, o restaurante, os escritrios, o paiol de explosivos e

    o posto de abastecimento de combustveis.

    Atualmente, o quadro de mo-de-obra utilizada na operao da Mina de Fbrica Nova

    de 494 postos de trabalho, que sero mantidos com o Projeto de Expanso. No

    entanto, para as obras de construo da PDE Unio e de implantao dos diques de

    conteno de finos D1 e D2 sero contratados cerca de 150 empregados.

    MO-DE-OBRA E TURNOS DE PRODUO

    Setor

    Total

    Empregados da VALE

    457rea operacional na Mina

    rea administrativa 37

    494

    18

  • ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    CRONOGRAMA

    Uma vez que a Mina de Fbrica Nova encontra-se em operao, o cronograma de implantao do empreendimento, apresentado no quadro abaixo, refere-se implantao e formao da PDE Unio e dos diques de conteno de finos D1 e D2.

    19

    Contratao

    Terraplenagem e preparao da fundao

    da PDE Unio

    Mobilizao de mo-de-obra

    Supresso de vegetao

    Implantao do dreno de fundo da PDE Unio

    2010ATIVIDADE

    Dique de partida D1 e D2

    Incio de formao da Pilha

    Desmobilizao da mo-de-obra

    Operao da Pilha PDE Unio

    Operao da cava

    Operao da pilha PDE Unio

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 121 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 121 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

    2011 2012

    Operao dos diques de conteno de

    finos D1 e D2

    Operao da pilha PDE Unio

    Operao dos diques de conteno de

    finos D1 e D2

    Operao da cava

    PD

    E U

    ni

    oO

    per

    ao

    da

    Cav

    a d

    e F

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    ca N

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    e P

    DE

    Un

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    de

    Fb

    rica

    Nov

    a e

    PD

    E U

    ni

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    2013 2014 2015

    O PROJETO DE EXPANSO

  • ValeRelatrio de Impacto Ambiental - Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    LEIS AMBIENTAIS

  • LEIS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Conforme descrito nos itens anteriores, o Projeto de Expanso da Mina de Fbrica

    Nova consistir nas atividades de extrao e beneficiamento de minrio de ferro, e

    o licenciamento ambiental para tais atividades constitui uma exigncia legal, por se

    tratar de um empreendimento potencialmente degradador do meio ambiente.

    A legislao que trata dessa matria compreende normas da Unio, dos estados e dos

    municpios. Sua estrutura pode ser comparada a um tringulo: a base a Legislao

    Federal, superposta pela Legislao Estadual, que , por sua vez, superposta pela

    Legislao Municipal. No h conflito entre elas, j que a Municipal no pode

    contrariar a Estadual e esta, por sua vez, no pode contrariar a Federal. Desse modo,

    a Municipal pode ser mais restritiva que a Estadual, que pode ser mais restritiva que a

    Federal, mas nunca mais permissiva. Os municpios detm competncia para legislar

    supletivamente sobre o meio ambiente e para fixar as diretrizes do uso do solo urbano,

    tendo em vista o seu dever constitucional de zelar pela proteo ambiental.

    Diante da caracterizao do Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova, sua

    localizao e os estudos ambientais realizados, descrita uma sntese dos principais

    aspectos legais aplicveis a nvel federal e estadual no quadro da pgina seguinte.

    A nvel municipal so apresentadas as seguintes leis, conforme o quadro abaixo.

    Legislao Municipal de Mariana

    Lei complementar n 16/2004: aprova nos termos dos artigos 75 e 92, inciso VII, da Lei Orgnica do Municpio de Mariana Plano Diretor.

    Decreto n 4.982/2004: dispe sobre o tombamento do ncleo histrico urbano de Santa Rita Duro, no municpio de Mariana

    21

    Vista da Cmara Municipal de Mariana

    Foto

    : Mr

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    Alon

    so

  • Lei n. 9.433, de 08 de janeiro de 1997: institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos. Resoluo CNRH n. 29, de 11 de dezembro de 2002: dispe sobre o uso de recursos hdricos relacionados atividade minerria e sujeitos a outorga.

    Lei n. 13.199, de 29 de janeiro de 1999: dispe sobre a Poltica Estadual de Recursos Hdricos e d outras providncias (Alterada pela Lei n. 17.724/08). Decreto n. 41.578, de 08 de maro de 2001: regulamenta a Lei n. 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispe sobre a Poltica Estadual de Recursos Hdricos (Alterado pelo Decreto n. 44.309/06).

    Lei n.3.924, de 26 de julho de 1961: dispe sobre os Monumentos Arqueolgicos e Pr-Histricos. Portaria Iphan n.230, de 17 de dezembro de 2002: dispe sobre a obteno de licenas ambientais referentes apreciao e acompanhamento das pesquisas arqueolgicas no pas, e d outras providncias. Portaria Iphan n.07, de 01 de dezembro de 1988: regulamenta os pedidos de permisso e autorizao e a comunicao prvia quando do desenvolvimento de pesquisas de campo e escavaes arqueolgicas no Pas, a fim de resguardar os objetos de valor cientfico e cultural.

    Decreto n.99.556, de 21 de junho de 1941: dispe sobre a proteo das cavidades naturais subterrneas existentes no territrio nacional. Limita a utilizao de reas situadas no entorno de grutas e cavernas (Alterado pelo Decreto n6.640/2008). Resoluo CONAMA n. 347, de 10 de setembro de 2004: dispe sobre a proteo do patrimnio espeleolgico. Instruo Normativa IBAMA n. 02, de 20 de agosto de 2009: es-tabelece metodologia para a avaliao da relevncia das cavidades naturais subterrneas.

    Deliberao Normativa COPAM n.01, de 26 de maio de 1981: fixa os padres de qualidade do ar.

    Resoluo CONAMA n. 001, de 08 de maro de 1990: dispe sobre a poluio sonora.

    Lei n. 7.302, de 21 de julho de 1978: dispe sobre a proteo contra a poluio sonora no estado de Minas Gerais (Alterada pela Lei n. 10.100/90).

    Resoluo CONAMA n. 258, de 26 de agosto de 1999: obriga as em-presas fabricantes e as importadoras de pneumticos a coletar e dar destinao final, ambientalmente adequada, aos pneus inservveis ex-istentes no territrio nacional, na proporo definida nesta Resoluo relativamente s quantidades fabricadas e/ou importadas (Alterada pela Resoluo CONAMA 301/03). Resoluo CONAMA n. 275, de 25 de abril 2001: estabelece o cdigo de cores para os diferentes tipos de resduos e recomenda sua adoo na identificao de coletores e transportadores. Resoluo CONAMA n. 362, de 23 de junho de 2005: dispe sobre o leo lubrificante usado ou contaminado. Estabelece obrigaes para produtores, importadores e revendedores de leo lubrificante acabado e para geradores, coletores, RE-REFINADORES e recicladores de leo lu-brificante usado ou contaminado.

    Deliberao Normativa COPAM n.07, de 29 de setem-bro de 1981: fixas normas para disposio de resduos slidos e probe a utilizao do solo como destino final de resduos. Deliberao Normativa COPAM n. 90, de 15 de setem-bro de 2005: dispe sobre a declarao de informaes relativas s diversas fases de gerenciamento dos resduos slidos industriais no estado de Minas Gerais.(Alterada pela Deliberao Normativa COPAM n. 117/08).

    Rec

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    Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981: dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulao e aplicao, e d outras providncias (Alterada pela Lei n 11.941/09). Resoluo CONAMA n. 01, de 23 de janeiro de 1986: dispe sobre a elaborao do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatrio de Impacto Ambiental RIMA. Resoluo CONAMA n. 237, de 19 de dezembro de 1997: dispe sobre o Licenciamento Ambiental. Resoluo CONAMA n. 369, de 28 de maro de 2006: dispe sobre os casos excepcionais, de utilidade pblica, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a interveno ou supresso de vegetao em rea de Preservao Permanente - APP.

    Deliberao Normativa COPAM n. 012, de 13 de dezembro de 1994: dispe sobre a convocao e realizao de audincias pblicas. Deliberao Normativa COPAM n. 13, de 24 de outubro de 1995: dispe sobre a publicao do pedido, da concesso e da renovao de licenas ambientais. Deliberao Normativa COPAM n. 55, de 13 de junho de 2002: estabelece normas, diretrizes e critrios para nortear a conservao da biodiversidade em Minas Gerais, com base no documento: Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas para sua conservao. Deliberao Normativa COPAM n. 74, de 09 de setembro de 2004: estabelece critrios para classificao, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passveis de autorizao ambiental ou de licenciamento ambiental em nvel estadual. Determina normas para indenizao dos custos de anlise de pedidos de autorizao ambiental e de licenciamento ambiental, e d outras providncias (Alterada pela Deliberao Normativa COPAM n. 136/2009).

    Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000: institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza (SNUC) e estabelece critrios e normas para a criao, implantao e gesto das unidades de con-servao (Regulamentada parcialmente pelo Decreto 4.340/2002 e alterada pela Medida Provisria 239/05, convertida na Lei 11.132/05, alterada pela Lei n 516/07).-Decreto n. 6.848, de 14 de maio de 2009: que altera o Decreto-lei 4.340, de 22 de agosto de 2002, que regulamenta parcialmente a Lei 9.985/00, que dispe sobre a criao das Unidades de Conservao, planos de manejo, formas de fixao das medidas compensatrias e autorizao para a explorao de produtos, subprodutos ou servios delas inerentes.

    Decreto n. 45.175 de 18 de setembro de 2009: estabelece metodologia de gradao de impactos ambientais e procedimentos para fixao e aplicao da compensao ambiental.

    Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965: institui o Novo Cdigo Florestal (Alterada pela Lei 11.428/06 e pela Lei 11.934/09). Lei n.11.428, de 22 de dezembro de 2006: dispe sobre a utilizao e proteo da vegetao nativa do Bioma Mata Atlntica, e d outras providncias. Resoluo CONAMA n.392, de 25 de junho de 2007: define as vegetaes primria e secundria de regenerao de Mata Atlntica no estado de Minas Gerais. Resoluo CONAMA n. 303, de 20 de maro de 2002: dispe sobre parmetros, definies e limites de reas de Preservao Permanente - APP. Instruo Normativa MMA n. 03, de 27 de maio de 2003: dispe sobre as Espcies da Fauna Brasileira Ameaadas de Extino. Instruo Normativa IBAMA n. 146, de 10 de janeiro de 2007: estabelece critrios e procedimentos para a realizao de manejo de fauna silvestre em reas de influncia de empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de impactos fauna.

    Lei n. 14.309, de 19 de junho de 2002: dispe sobre as polticas florestais e de proteo biodiversidade no Estado (Alterada pela Lei n. 18.024/09). Decreto n. 39.792, de 05 de agosto de 1998: dispe so-bre a preveno e o combate a incndio florestal. Estabe-lece a obrigao de comunicar incndios florestais Pol-cia Florestal (Redao dada pelo Decreto n. 43.813/04). Deliberao Normativa COPAM n. 55, de 13 de junho de 2002: estabelece normas, diretrizes e critrios para nortear a conservao da biodiversidade em Minas Ge-rais, com base no documento: Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas para sua conservao. Portaria IEF n. 191, de 16 de setembro de 2005: dispe sobre as normas de controle da interveno em vege-tao nativa e plantada no estado de Minas Gerais (Al-terada pela Portaria IEF n. 228/08).

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    Estadual Estadual

    Resoluo CONAMA n. 357, de 17 de maro de 2005: dispe sobre a classificao dos corpos de gua e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condies e padres de lanamento de efluentes, e d outras providncias (Alterada pela Resoluo CONAMA n. 410/09). Resoluo CONAMA n. 396, de 03 de abril de 2008: dispe sobre a classificao e diretrizes ambientais para o enquadramento das guas subterrneas e d outras providncias.

    Deliberao Normativa Conjunta COPAM/CERH n.01, de 5 de maio de 2008: estabelece normas e padres para qualidade das guas e lanamento de efluentes nas colees de guas, e d outras providncias.

    Federal

    SNTESE DA LEGISLAO AMBIENTAL

    Federal

    Resoluo CONAMA n. 03, de 28 de junho de 1990: fixa padres de qualidade do ar.

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    ESTUDOS AMBIENTAIS

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Os estudos ambientais foram iniciados em Janeiro de 2008 e concludos em julho

    de 2009 e consistiram nas seguintes etapas: consulta a dados, mapas, imagens de

    satlite, fotografias areas e informaes sobre outros estudos j realizados na rea

    da Mina; levantamentos e pesquisas de campo nos locais do Projeto de Expanso;

    anlises em laboratrio e elaborao de relatrios tcnicos. Tambm foram analisados

    os projetos de ampliao da cava e de implantao da pilha de estril e dos diques

    de conteno de finos.

    Para o estudo do uso e ocupao do solo e cobertura vegetal tambm foram realizadas

    consultas aos principais trabalhos j realizados no Quadriltero Ferrfero e usados os

    mtodos de classificao do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE.

    METODOLOGIA

    Para o Estudo de Impacto Ambiental so definidas trs reas de influncia, que dizem

    respeito aos impactos ambientais que ocorrem durante suas fases de implantao

    e operao. Cada uma dessas trs reas corresponde a um nvel de interferncia

    ambiental no meio ambiente (em seus aspectos fsico, bitico e socioeconmico e

    cultural). Portanto, elas so denominadas: rea Diretamente Afetada (ADA), rea de

    Influncia Direta (AID) e rea de Influncia Indireta (AII). A ADA est inserida dentro

    da AID, que por sua vez est inserida na AII. Saiba mais detalhadamente, nos mapas a

    seguir, quais locais no Projeto de Expanso, corresponde cada uma dessas reas.

    DEFINIO DAS REAS DE INFLUNCIA

    Impacto ambiental

    significa qualquer

    alterao significativa no meio

    ambiente, em um ou mais de

    seus componentes, provocada

    por uma ao humana.

    O prximo captulo tratar mais

    a respeito deste conceito.

    ADA - rea Diretamente Afetada

    AID - rea de Influncia

    Direta

    AII - rea de Influncia

    Indireta

    24

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    rea de expanso da cava

    rea a ser ocupada pela PDE Unio

    rea de implantao do Dique 1

    rea de implantao do Dique 2

    ADA Meios Fsico, Bitico e Socioeconmico e Cultural

    25

    rea Diretamente Afetada ADA

    A ADA aquela em que o meio ambiente ser diretamente alterado pelo Projeto

    de Expanso da Mina de Fbrica Nova. Em outras palavras, corresponde ao local

    exato que ser afetado pela implantao das estruturas de tal projeto.

    No Projeto de Expanso, a ADA representada por: 346,14ha da rea de ampliao

    da cava, 522,76ha da rea da pilha de estril Unio, e 2,78ha e 8,97ha dos diques

    de conteno de finos (D1 e D2). O total da ADA ser de 880,65ha, conforme

    mostrado na pgina seguinte. Cabe informar que cerca de 53% da ADA j se

    encontra alterada pela atual operao da Mina onde: 265,9ha pela cava e 200ha

    pelas pilhas de estril existentes.

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    rea de Influncia Direta AID

    Meio Fsico

    A rea de Influncia Direta (AID) corresponde rea de entorno mais prxima

    do empreendimento e nela incidiro os impactos mais significativos no meio

    ambiente, ou seja, nos Meios Fsico, Bitico e Socioeconmico e Cultural,

    no excluindo a possibilidade tambm da ocorrncia de impactos no

    significativos.

    A AID para o meio fsico compreende uma faixa no entorno da rea Diretamente

    Afetada (ADA), delimitada aproximadamente: na poro sudoeste, pelo crrego

    Fundo; na poro sul-sudeste pelo crrego Santarm, em seu trecho entre

    a confluncia com o crrego Fundo e a confluncia com o crrego Ouro

    Fino; na poro leste pelo leito do crrego Ouro Fino; na poro nordeste

    na confluncia do crrego Congonhas com o rio Piracicaba; e, por fim, na

    poro norte, a AID delimitada pelo crrego Congonhas, pelo mineroduto da

    Samarco e pela estrada de acesso entre as minas de Fbrica Nova e Alegria.

    Considerou-se esta delimitao para o meio fsico por serem estes (crregos

    Santarm, do Fundo, Ouro Fino, do Fraga, Batatal e Congonhas), os corpos

    hdricos receptores dos efluentes e drenagens pluviais gerados pela Expanso

    da Mina de Fbrica Nova. Com relao hidrogeologia, com base nos

    estudos hidrogeolgicos realizados pela MDGEO (1998, 2001 e 2004), a AID

    foi delimitada considerando aqueles cursos dgua superficiais que tem suas

    nascentes associadas aos aquferos que sero explotados na mina (aquferos

    Cau e Cercadinho) e que podero ter suas vazes afetadas pelo rebaixamento

    do nvel dgua subterrneo para a operao da Mina de Fbrica Nova, quais

    sejam: crrego do Fraga, na poro sudeste da cava; cursos dgua afluentes

    do crrego Fundo, denominados no estudo hidrogeolgico como crregos A,

    B e C, na poro sudoeste da cava; e, crrego Batatal, na poro leste da cava.

    A AID abrange no extremo sudeste o Distrito de Bento Rodrigues, situado a

    montante da confluncia dos crregos Santarm e Ouro Fino e no extremo

    leste, a parcela do distrito de Santa Rita Duro posicionada na margem direita

    do crrego Congonhas, pois estas reas estaro sujeitas a alteraes da

    qualidade do ar e do nvel de presso sonora. A AID do meio fsico abrange

    cerca de 1.587,06ha.

    26

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Meio Bitico

    A AID do Meio Bitico compreende, tambm, uma faixa no entorno da rea

    Diretamente Afetada (ADA), sendo bastante similar AID do Meio Fsico, assim

    delimitada: na poro oeste pela cabeceira florestada do crrego Fundo;

    na poro sudoeste-sul pela margem direita do crrego Fundo (incluindo a

    barragem Santarm) at a confluncia com o crrego Ouro Fino (no subdistrito

    de Bento Rodrigues); na poro norte a AID e delimitada pelo mineroduto da

    Samarco (sentido oeste-leste) at o Dique 2 de Conteno de Finos; a partir da

    acompanha a margem esquerda do crrego Congonhas at sua confluncia com

    o rio Piracicaba, j na poro leste; o limite acompanha a margem esquerda do

    crrego Ouro Filho, fechando a rea na sua confluncia com o crrego Fundo.

    Esta delimitao para o Meio Bitico foi considerada, basicamente, em funo

    da fauna associada a corpos hdricos (no caso os crregos Santarm, do Fundo,

    Ouro Fino e Congonhas) e, em partes especficas devido a continuidade florestal

    existente, importante no caso para a fauna de hbito terrestre.

    A AID do Meio bitico Abrange, portanto, cerca de 1.544,37ha.

    Meio Socioeconmico e Cultural

    Para o Meio Socioeconmico e Cultural foi considerado como rea de Influncia

    Direta (AID) o subdistritos de Bento Rodrigues e o distrito de Santa Rita Duro,

    respectivamente a 5 e 4km de distncia da Mina de Fbrica Nova.

    27

    Igreja de Bento Rodrigues

    Praa de Santa Rita Duro

  • Rio

    Guala

    xo do

    Norte

    crr. Congonhas

    Crr

    ego

    do Fr

    aga

    Crr

    ego

    Brum

    ado

    Crr

    ego

    Barro

    Preto

    crr. Gambeta

    rio Piracicaba

    crr. das Almas

    crrego Ouro Fino

    crr

    . Cong

    onh

    as

    crr. C

    ruz das Alm

    as

    crr

    . Na

    tivida

    de

    Crr

    ego

    Fun

    do

    crr. Gabiroba

    Crrego Santarm

    crr

    . S

    o Lu

    s

    crr. Batatal

    crr. Faria

    crr. Mirandinha

    crr

    . O

    uro

    F

    ino

    crr. Bananeiras

    crr.

    Mira

    nd i

    nh a

    crr. Vargem do Carr

    Crre

    go Br

    umad

    o

    crr. Quebra Vara

    crr. Fundo

    crr. Fundo

    Natividade

    Crrego Natividade

    Cava

    PilhaUnio

    Dique D2

    Dique D1

    BarragemSantarm

    BarragemGermano

    Barragemdo Fundo

    VALE - Alegria

    VALE - Fbrica Nova

    BentoRodrigues

    SantaRita Duro

    7762000 7762000

    7764000 7764000

    7766000 7766000

    7768000 7768000

    7770000 7770000

    658000

    658000

    660000

    660000

    662000

    662000

    664000

    664000

    666000

    666000

    668000

    668000

    Mariana - MG / Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA

    ESCALA:EXECUTADO POR:

    22/04/09Geoprocessamento SETE

    LOCALIZAO

    DADOS TCNICOS

    CONVENES

    PROJEO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM

    MERIDIANO CENTRAL: 45 WGR

    DATUM VERTICAL: LOCAL

    DATUM HORIZONTAL: SAD 69

    0 250 500 750 1.000 1.250125

    Meters

    ESCALA GRFICA

    DESCRIO MS ANO

    DATA DO VO MM AAAA

    RESTITUIO

    APOIO DE CAMPO MM AAAA

    MM AAAA

    )(!

    (!

    MG

    GO

    SP

    BA

    RJ

    ES

    PR

    MS

    MT

    DF

    DATA IMAGEM MM AAAA

    1:20.000

    :

    DATA: REVISO:

    reas de Influncia Meio Fsico

    Convenes cartogrficas

    Mina

    Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)Via pavimentada

    Ferrovia

    Curso d'gua

    Corpo d'gua

    Limite municipal

    Belo Horizonte

    Mariana

    reas de Influncia

    rea Diretamente Afetada - ADArea de Influncia Direta - AID Meio Fsicorea de Influncia Indireta - AII Meio Fsico

  • Rio

    Guala

    xo do

    Norte

    crr. Congonhas

    Crr

    ego

    do Fr

    aga

    Crr

    ego

    Brum

    ado

    Crr

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    Barro

    Preto

    crr. Gambeta

    rio Piracicaba

    crr. das Almas

    crrego Ouro Fino

    crr

    . Cong

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    as

    crr. C

    ruz das Alm

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    do

    crr. Gabiroba

    Crrego Santarm

    crr

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    crr. Batatal

    crr. Faria

    crr. Mirandinha

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    crr. Bananeiras

    crr.

    Mira

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    crr. Vargem do Carr

    Crre

    go Br

    umad

    o

    crr. Quebra Vara

    crr. Fundo

    crr. Fundo

    Natividade

    Crrego Natividade

    Cava

    PilhaUnio

    Dique D2

    Dique D1

    BarragemSantarm

    BarragemGermano

    Barragemdo Fundo

    VALE - Alegria

    VALE - Fbrica Nova

    BentoRodrigues

    SantaRita Duro

    7762000 7762000

    7764000 7764000

    7766000 7766000

    7768000 7768000

    7770000 7770000

    658000

    658000

    660000

    660000

    662000

    662000

    664000

    664000

    666000

    666000

    668000

    668000

    Mariana - MG / Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA

    ESCALA:EXECUTADO POR:

    22/04/09Geoprocessamento SETE

    LOCALIZAO

    DADOS TCNICOS

    CONVENES

    PROJEO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM

    MERIDIANO CENTRAL: 45 WGR

    DATUM VERTICAL: LOCAL

    DATUM HORIZONTAL: SAD 69

    0 250 500 750 1.000 1.250125

    Meters

    ESCALA GRFICA

    DESCRIO MS ANO

    DATA DO VO MM AAAA

    RESTITUIO

    APOIO DE CAMPO MM AAAA

    MM AAAA

    )(!

    (!

    MG

    GO

    SP

    BA

    RJ

    ES

    PR

    MS

    MT

    DF

    DATA IMAGEM MM AAAA

    1:20.000

    :

    DATA: REVISO:

    reas de Influncia Meio Bitico

    Convenes cartogrficas

    Mina

    Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)

    Via pavimentada

    Curso d'gua

    Corpo d'gua

    Limite municipal

    Belo Horizonte

    Mariana

    reas de Influncia

    rea Diretamente Afetada - ADA

    rea de Influncia Direta - AID - Meio Bitico

    rea de Influncia Indireta - AII - Meio Bitico

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    rea de Influncia Indireta AII

    A rea de Influncia Indireta (AII) compreende aquela onde incidiro,

    principalmente, os impactos no significativos decorrentes da implantao e

    operao do empreendimento, no excluindo a possibilidade de ocorrncia de

    impactos significativos.

    Meios Fsico e Bitico

    Para o Meio Fsico e Bitico adotou-se como rea de Influncia Indireta (AII), na

    poro norte-nordeste e leste da mina uma parcela da bacia hidrogrfica do

    rio Piracicaba, no trecho delimitado pelas confluncias dos crregos Brumado

    e Batatal com esse rio, englobando as micro-bacias dos crregos Brumado,

    Congonhas e Batatal, desde as cabeceiras destes crregos at suas confluncias

    com o rio Piracicaba; na poro sudeste-sul-sudoeste da mina a AII compreende

    uma parcela da bacia do rio Gualaxo do Norte, abrangendo as sub-bacias dos

    crregos Santarm e Ouro Fino, de suas nascentes at a confluncia com o rio

    Gualaxo do Norte, sendo que essa AII engloba as sub-bacias dos crregos Fundo

    e do Fraga, das nascentes s confluncias com o crrego Santarm.

    Meio Socioeconmico e Cultural

    Para o meio socioeconmico e cultural foi considerado como rea de Influncia

    Indireta (AII) o municpio de Mariana, onde se encontra a Mina de Fbrica Nova,

    assim como seu projeto de expanso.

    Igreja Nossa Senhora do Carmo e Igreja de So Francisco, no municpio de Mariana

    Foto: Mrcio Alonso

    30

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Uso e ocupao do solo e cobertura vegetal

    O cenrio atual da paisagem da ADA e da AID resulta do uso e ocupao do solo

    e da cobertura de vegetao que, ao longo do tempo, se instalaram no meio

    ambiente dessas reas.

    No entorno da ADA esto localizadas as comunidades de Santa Rita Duro e de

    Bento Rodrigues. A vegetao que predomina e circunda essas comunidades

    basicamente composta por pastagens e florestas nativas em estgio inicial de

    regenerao, ou seja, encontram-se em seus primeiros anos de recuperao,

    em uma rea desmatada anteriormente. A sul e sudoeste da AID a paisagem se

    encontrada modificada pela presena de atividades de minerao, como: barragens

    de rejeito, estradas, sistema de transporte de minrio (correias transportadoras) e

    reas de apoio de mina. H tambm reas alteradas sem vegetao. Atualmente,

    no entorno da AID, a explorao mineral

    constitui a principal atividade, mas podem

    ser observadas tambm, de forma pouco

    expressiva, atividades relacionadas silvicultura

    e agropecuria.

    A rea do Projeto est inserida, a nvel federal,

    na Bacia do Rio Doce e, a nvel estadual, nas

    bacias do rio Piracicaba e do rio do Carmo. A

    poro norte da AII composta basicamente

    por florestas (nativas e plantadas). Na poro

    nordeste encontra-se grande parte do distrito

    de Santa Rita Duro, onde em seu entorno

    imediato h pastagens e formaes florestais

    em estgio inicial de regenerao. Nas bacias

    do crrego Batatal e na margem esquerda

    do crrego Ouro Fino encontram-se campos

    e florestas em estgios inicial e mdio de

    regenerao.

    DIAGNSTICO AMBIENTAL

    Formao de pastagem prximo a Santa Rita Duro

    Florestas em estgio inicial de regenerao leste da ADA

    31

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    O relevo da regio acidentado, predominantemente montanhoso, de

    declividade acentuada e considervel altitude. Nos topos das montanhas

    h basicamente campos rupestres e capes de mata. Os campos rupestres

    tambm podem ser encontrados na ADA, na poro oeste da cava, e na AID,

    ao sul da cava, ambientes j descaracterizados, devido, principalmente, ao

    de queimadas.

    As encostas das bacias do crrego Santarm e Fundo, poro oeste da

    rea, apresentam formaes florestais plantadas (eucalipto) e pequenos

    remanescentes de formaes vegetacionais nativas, em estgios de

    regenerao distintos (mdio e avanado), nos vales. Nas bacias dos crregos

    Ouro Fino, Fraga e Congonhas, poro leste da AID, h uma grande variedade

    de ambientes, desde formaes florestais nativas em estgios inicial, mdio e

    avanado de regenerao, at florestas de eucalipto, na poro leste da futura

    pilha de estril Unio (ADA), margem direita do crrego Congonhas.

    apresentado na pgina seguinte um grfico e uma tabela com a distribuio

    quantitativa, na ADA, das categorias de uso e ocupao do solo e da cobertura

    vegetal: corpos dgua, florestas nativas, eucaliptais, campos rupestres e reas

    antropizadas. E, em seguda, um mapa do Uso e Ocupao do Solo e Cobertura

    Vegetal da rea do Projeto da Mina de Fbrica Nova. Aps o mapa, feita uma

    breve descrio a respeito das categorias de uso e ocupao do solo e da

    cobertura vegetal na rea do Projeto.

    32

    Reflorestamento com eucalipto presente em grande parte da ADA prevista para a

    implantao da Pilha de Estril Unio.

    Candeal onde predominam arvoretas cobertas por liquen e algumas epfitas.

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Fitofisionomias mapeadas

    F.E.S. Baixo -Montana em estgio avanado de regenerao

    F.E.S. em capes sobre canga

    Eucalipto

    Campo rupestre

    F.E.S. Baixo-Montana em estgio mdio de regenerao

    F.E.S. Baixo-Montana em estgio inicial de regenerao

    ADA

    35,65

    0,99

    294,64

    30,47

    60,85

    14,10

    Cava Dique D1

    Afloramento rochoso

    Talude revegetado

    Solo exposto

    rea urbana

    Brejo

    Pastagem

    Instalao operacional administrativa

    Estrada pavimentada

    Corpo dgua

    -

    17,81

    417,22

    -

    -

    2,37

    0,97

    0,95

    4,65

    19,76

    0,99

    19,47

    30,47

    36,02

    9,67

    -

    0,93

    228,25

    -

    -

    -

    0,08

    346,14 2,78

    0,46

    0,04

    6,49

    -

    0,99

    -

    0,19

    -

    -

    -

    1,30

    -

    -

    -

    -

    8,97

    -

    -

    Dique D2

    8,09

    -

    274,1

    -

    24,64

    4,43

    -

    16,86

    187,4

    -

    -

    1,25

    0,89

    522,76

    0,49

    4,61

    AID

    PDE Unio Total

    1,31

    -

    0,08

    -

    -

    -

    -

    -

    0,27

    -

    -

    1,12

    -

    -

    -

    880,65Total

    Total

    66,79

    4,54

    499,23

    64,08

    273,57

    171,62

    3,75

    47,02

    146,57

    52,12

    2,81

    28,76

    176,84

    3,57

    3,10

    1.544,37

    Formaes florestais nativas:

    Floresta Estacional Semidecidual (F.E.S)

    Formao florestal plantada

    Formaes campestres

    Ambientes antrpicos

    Ambientes aquticos

    33

    Distribuio das categorias de uso e ocupao do solo e da cobertura vegetal na ADA

  • TCLD

    crr. Congonhas

    Crr

    ego

    d o F r

    aga

    Rio Gualaxo do Norte

    Crrego Brumado

    Crre

    go Barro

    Preto

    crrego Ouro Fino

    crr

    . Congo

    nhas

    crr. C

    ruz das Alm

    as

    crr. Na

    tivida

    de

    Crre

    go Fu

    nd

    o

    Crrego Santarm

    crr. Batatal

    crr. Mirandinha

    crr

    . O

    uro

    Fin

    o

    crr

    . M

    i randi

    nha

    crr

    . Q

    ueb

    r a Va

    ra

    crr. Fundo

    crr. Fundo

    Bananeiras

    Cava

    PilhaUnio

    Dique D2

    Dique D1

    BarragemSantarm

    BarragemGermano

    Barragemdo Fundo

    VALE - Fbrica Nova

    BentoRodrigues

    SantaRita Duro

    7762000 7762000

    7764000 7764000

    7766000 7766000

    7768000 7768000

    658000

    658000

    660000

    660000

    662000

    662000

    664000

    664000

    666000

    666000

    Mariana - MG / Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA

    Uso do Solo e Cobertura Vegetal

    ESCALA:EXECUTADO POR:

    09/09/09Geoprocessamento SETE 1:10.000 02DATA: REVISO:

    LOCALIZAO

    )(!

    (!

    MG

    GO

    SP

    BA

    RJ

    ES

    PR

    MT

    MS

    DF

    CONVENES

    DADOS TCNICOS

    PROJEO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM

    MERIDIANO CENTRAL: 45 WGR

    DATUM VERTICAL: LOCAL

    DATUM HORIZONTAL: SAD 69

    DESCRIO MS ANO

    DATA DO VO MM AAAA

    RESTITUIO

    APOIO DE CAMPO MM AAAA

    MM AAAA

    DATA IMAGEM MM AAAA

    ESCALA GRFICA

    0 125 250 375 500 62562,5Metros

    :

    Convenes cartogrficas

    Mina

    Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)

    Via pavimentada

    ferrovia_ln

    Curso d'gua

    Corpo d'gua

    Fitofisionomias

    Afloramento rochoso

    BrejoCampo rupestre

    Corpo d'gua

    Estrada pavimentada

    Eucalipto

    Floresta Estacional Semidecidual Baixo -Montana em estgio avanado de regenerao

    Floresta Estacional Semidecidual Baixo-Montana em estgio mdio de regenerao

    Floresta Estacional Semidecidual Baixo-Montana em estgio inicial de regenerao

    Floresta estacional semidecidual em capes sobre canga

    Instalao Operacional Administrativa

    Pastaqem

    Solo exposto

    Talude revegetado

    rea urbana

    reas de Influncia

    rea Diretamente Afetada - ADA

    rea de Influncia Direta - AID - Meio Bitico

    Conservao

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    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Florestas nativas

    So florestas que se apresentam em estgios inicial, mdio e avanado de regenerao, ou seja, encontram-se em seus primeiros anos de recuperao, em uma rea desmatada anteriormente. As de estgio avanado correspondem a 4,05% da ADA e so encontradas nos topos dos morros, assim com na parte de baixo das vertentes e nos vales. Tambm esto presentes prximas s estruturas que compem a pilha, nos enroncamentos e nos diques (poro leste da cava). As florestas de estgio mdio de regenerao so as mais representadas na ADA, com 6,91%. Na AID elas tm 17,71%. So encontradas nas mdias vertentes das bacias do crrego Ouro Fino e Fraga e nos vales na bacia do crrego Fundo. Finalmente, as de estgio inicial de regenerao equivalem a apenas 1,60% da ADA, sendo que na AID possuem maior representatividade, 11,11%, podendo ser encontrada nas bacias dos crregos Ouro Fino e Fraga, ocupando desde as margens do crrego Ouro Fino at a linha de crista. H tambm formaes campestres constitudas por campos rupestres e os afloramentos rochosos, localizadas nos topos.

    Campos rupestres

    Consiste na formao vegetacional campestre que corresponde a 3,46% da ADA e 4,15% da AID. Localiza-se nos topos convexos associadas presena de canga ferruginosa.

    Afloramento rochoso

    Consistem em afloramento rochoso de quartzito localizados na poro leste da AID, na estrada de ligao entre o distrito Santa Rita Duro e subdistrito de Bento Rodrigues e, em duas manchas circundadas por floresta estacional.

    Corpos dgua e reas midas

    Podem ser consideradas tambm como reas midas que surgem em funo da retirada da vegetao do solo, o que, consequentemente acarreta o escoamento das guas da chuva e a formao de reas midas. So formadas pelo aporte de sedimentos escoado para os talvegues, provenientes de decapeamentos do solo, ao inerente na operao da Mina. So encontrados no cruzamento de estradas com drenagens jusante da

    Florestas em estgio avanado de regenerao prximas atual Pilha de Estril

    Vegetao de campo rupestre sobre canga com paisagem florestal ao fundo

    35

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    cava, na bacia no crrego Batatal. Os corpos dgua so os espelhos dgua, formados artificialmente, e, no caso da rea da Mina, tratam-se das barragens de rejeito Fundo e Santarm, correspondendo a 11,52% da AID.

    Florestas plantadas

    Tratam-se de eucaliptais que correspondem a 33,46%da ADA e 32,33% da AID. Na ADA, os eucaliptais localizam-se na bacia do crrego do Fundo tanto a montante quanto a jusante da Barragem do Fundo. Na AID so encontradas nas bacias do crrego Congonhas e Ouro Fino. Os plantios de eucalipto, por falta de manejo, permitiram o desenvolvimento de vegetao nativa no sub-bosque.

    reas antropizadas

    As reas antropizadas, ou seja, que j foram modificadas pela ao do homem, correspondem s pastagens, aos taludes revegetados, rea urbana, s estradas pavimentadas e s reas de apoio operacional da Mina de Fbrica Nova. As pastagens correspondem a uma vegetao herbcea plantada em reas de uso para pecuria, e so encontradas na ADA (0,27%) e na AID (1,88%), nos arredores das reas urbanas mapeadas. Os taludes revegetados esto presentes ao lado das estradas pavimentadas, consistindo numa cobertura vegetal herbcea que tem o objetivo de conter processos erosivos, e nos enroncamentos das pilhas de estril P1 e P2. So encontrados a 2,02% da ADA e a 3,04% da AID.

    A rea urbana, que representa 3,40% da AID, refere-se a uma parte do distrito de Santa Rita Duro, localizado s margens do rio Piracicaba, e ao povoado de Bento Rodrigues, pertencente ao mesmo distrito, situado na confluncia dos crregos Ouro Fino e Fundo. As estradas pavimentadas so os acessos internos na propriedade da Vale, que fazem a ligao da cava da Mina de Fbrica Nova ao local onde feito o beneficiamento na Mina de Alegria. As instalaes operacionais administrativas so representadas pela portaria, o paiol de explosivos, oficina de manuteno mecnica e a britagens. Na ADA, as instalaes de apoio operacionais equivalem aos solos expostos, ou seja, s reas da cava, da pilha de estril e das estradas internas que fazem a ligao entre as estruturas da Mina. Alguns pontos isolados podem ser observados na ADA e AID e correspondem

    a queimadas ou desmatamentos recentes.

    Estrada interna de acesso na ADA e, ao fundo, taludes da atual Pilha de Estril

    36

    Reflorestamento com Eucalipto

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

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    Meio Fsico

    Relevo

    As reas de influncia (AII e AID) e diretamente afetadas (ADA) do empreendimento

    esto inseridas no Quadriltero Ferrfero (QF), na Bacia Federal do rio Doce,

    que corresponde a um conjunto de relevo elevado nas bordas, formado

    por alinhamentos de cristas e serras em substrato geolgico composto por

    metassedimentos do Supergrupo Minas sobrepostas a rochas mais antigas do

    Supergrupo Rio das Velhas (rochas metamrficas de origem vulcnica) e do

    Complexo Basal (embasamento formado por granito-gnaisses).

    O relevo apresenta-se bastante dissecado e rebaixado em sua poro central,

    onde ocorrem as rochas granito-gnissicas do e as unidades metamrficas

    do Supergrupo Rio das Velhas e mais elevado nas bordas caracterizadas por

    afloramentos das unidades metassedimentares do Supergrupo Minas.

    Clima e pluviometria

    As altitudes mdias as superfcies de relevo do Quadriltero Ferrfero esto em

    torno de 1.000m em sua poro central, com elevaes superiores a 1.900m nas

    serras que o delimitam e formam seu contorno externo. As altitudes elevadas

    exercem grande influncia no tipo climtico do Quadriltero Ferrfero, sendo

    o clima em geral caracterizado por veres brandos, com temperaturas mdias

    abaixo de 22C, e inverno seco (sem chuvas) e temperaturas entre 12 e 14C,

    bastante influenciado pelas altitudes serranas. A mdia da temperatura no ano

    varia entre 17,0 e 18,5C, ocorrendo temperaturas mais brandas entre junho e

    agosto, quando a mdia mnima pode alcanar 11,5C, e temperaturas mais altas

    entre janeiro e maro, com mdia mxima em torno de 25,0C.

    37

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    As chuvas ocorrem com maior frequncia nos meses de dezembro, janeiro e

    fevereiro, quando as temperaturas so mais elevadas, apresentando registros

    mensais entre 200 e 350mm. O perodo mais seco corresponde ao trimestre

    junho-julho-agosto, que apresenta temperaturas mais baixas e registros mensais

    entre 15 e 30mm.

    Hidrografia

    Situadas na bacia federal do rio Doce e, a nvel estadual, nas bacias dos rios

    Piracicaba e do Carmo, as reas de influncia indireta direta e indireta (AID/AII)

    apresentam altitudes mdias da ordem de 900m (mnimas em torno de 750m

    nas calhas das drenagens e mximas da ordem de 1.030m nos topos de morros)

    e declividades acentuadas. A linha de cumeada divisora de guas das bacias dos

    rios Piracicaba e do Carmo corta as reas de influncia no sentido leste-oeste.

    Geologia

    Em relao geologia e s estruturas tectnicas, as reas de influncia indireta e

    direta (AII/ AID) da Mina de Fbrica Nova situam-se no flanco (ou poro) leste do

    sinclinal Santa Rita, que corresponde a uma estrutura dobrada de forma invertida,

    cujo eixo se estende na direo norte-sul. Esta estrutura por sua vez foi afetada

    por outros dobramentos que ocorreram posteriormente.

    O embasamento geolgico na AII/AID denominado na regio de Complexo Santa

    Brbara e formado predominantemente por granito-gnaisses e, subordinadamente,

    gnaisses migmatticos e rochas intrusivas mficas a ultramficas. Sobre estes

    gnaisses ocorrem rochas que pertencem ao Supergrupo Rio das Velhas,

    subdivididas em unidades chamadas grupos Nova Lima e Maquin. O Grupo Nova

    Lima ocorre na poro noroeste da AII e caracterizado por rochas metavulcnicas

    e metassedimentares(xistos variados, talco xistos, quartzitos, filitos e formao

    ferrfera) e o Grupo Maquin, que predomina na poro centro-sudeste da AII

    representado por quartzitos, quartzo-xistos e filitos.

    A unidade geolgica mais nova, corresponde ao Supergrupo Minas, que ocorre em

    faixas de direo norte-sul na poro central e oeste da AII, as quais formam um

    dos lados (ou flancos) da grande estrutura dobrada de forma invertida, chamada

    sinclinal Santa Rita. Esta unidade composta pelas seguintes sequncias de

    rochas: Formao Moeda (quartzitos variados, conglomerado e filito); Formao

    Batatal (filitos argilosos); Formao Cau (itabiritos variados e hematitas);

    Formao Cercadinho (quartzitos ferruginosos, filitos e xistos); Formao Fecho

    do Funil (filitos, filitos dolomticos e formao ferrfera); Formao Barreiro (xistos e

    38

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    filitos). Uma outra unidade, denominada Grupo Sabar, est posicionada no topo

    desta sequncia de metassedimentos do Supergrupo Minas, sendo composta por

    rochas metavulcnicas, xistos verdes, filitos e quartzitos.

    As coberturas geolgicas mais novas presentes na AII e AID so representadas por

    materiais rolados, coberturas laterticas e depsitos de encostas (ou tlus). So

    materiais pouco consolidados que recobrem parte das rochas presentes nessas

    reas, sendo que muitos so originados pela alterao das rochas locais.

    As principais litologias presentes na ADA pela ampliao da cava da Mina de Fbrica

    Nova so xistos, filitos das formaes Barreiro, Fecho do Funil e Cercadinho e

    itabiritos, itabiritos anfibolticos e corpos hematticos da Formao Cau. Ressalta-

    se que a Formao Cau apresenta boa representatividade na rea e constitui o

    minrio lavrado na Mina de Fbrica Nova.

    Na rea destinada Implantao da pilha de estril Unio, o substrato geolgico

    formado basicamente por filitos da Formao Fecho do Funil. Nas reas dos

    diques de conteno D1 e D2 ocorrem predominantemente solos de cobertura

    (denominados colvios e aluvies), muito argilosos, ocorrendo alguns afloramentos

    de rocha filtica.

    As reas de influncia direta e diretamente afetadas pela ampliao da Mina de

    Fbrica Nova compem o flanco sinclinal Santa Rita, de trao axial norte-sul e

    inflexo nordeste-sudoeste. Ocorre nestas reas um complexo sistema de falhas,

    responsvel pela inverso de camadas, sobreposio de unidades mais antigas

    sobre litologias mais novas, posicionamento de unidades litolgicas diferentes

    lado a lado e pelo desaparecimento de algumas unidades, inclusive de faixas da

    formao ferrfera.

    As caractersticas das rochas presentes nas reas do empreendimento refletem

    diretamente na forma do relevo e dos solos locais. O relevo , em geral,

    montanhoso, com linhas de cristas extensas, declividades acentuadas nas encostas

    e considerveis variaes de altitudes entre os vales dos cursos dgua e as linhas

    das cristas e serras. As cristas so formadas predominantemente por quartzitos,

    itabiritos e, secundariamente, filitos. Os crregos Brumado e Batatal, situados na

    poro norte da AID e pertencentes bacia do rio Piracicaba, e os crregos do

    Fundo, Santarm, do Fraga e Ouro Fino (pores central e sul-sudeste da AID),

    inseridos na sub-bacia do Gualaxo do Norte, tm seus leitos encaixados e um

    relevo tipicamente movimentado ao longo de suas margens.

    39

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Pedologia e Aptido Agrcola dos Solos

    Os solos so provenientes da ao do intemperismo sobre as unidades litolgicas

    e tambm esto relacionados s diferenas nas declividades das reas. Ocorrem na

    AID e ADA basicamente os seguintes tipos de solos: Neossolos Litlicos, Cambissolos,

    Latossolos Vermelho-Amarelo e Latossolos Vermelho Perfrrico. Dentre estes, destaca-

    se o Cambissolo, que apresenta uma baixa fertilidade e est associado a um outro tipo

    de solo, chamado Neossolo Litlico, que ocorre em reas de rochosas ocupando uma

    grande extenso na rea e em um relevo montanhoso.

    Tanto na AID quanto na ADA ocorrem eroses e deslizamentos de encostas

    relacionados principalmente s intervenes do homem, tais como as atividades de

    minerao, a ocupao das reas pelas estruturas da mina, os taludes das estradas de

    acesso, etc. Isso pode ser favorecido pelas elevadas declividades dos terrenos, pela

    forma como as rochas esto posicionadas no mesmo, pela resistncia das rochas ou

    dos solos e pelo clima, com ocorrncia de intensas chuvas no trimestre dezembro-

    janeiro-fevereiro.

    Os solos observados na AID, destacam-se os Cambissolos, que ocorrem em maior

    extenso. Esses solos apresentam-se pouco intemperizados, pouco profundos e de

    baixa fertilidade, com baixo ou nenhum potencial agrcola.

    Espeleologia

    Diante particularmente do referencial geolgico e morfolgico da rea, foi executada

    uma prospeco espeleolgica com o intuito de identificar e cadastrar as ocorrncias

    de cavernas. Essa prospeco foi realizada com maior detalhe em reas com maior

    potencial de ocorrncia de cavidades naturais, ou seja, terrenos com coberturas de

    canga posicionados nas mdias e altas vertentes, onde ocorre a quebra da cobertura

    detrtica ou aflora a formao ferrfera, assim como em reas rebaixadas com ocorrncia

    de sedimentos ferruginizados. Ao contrrio de outras prospeces j realizadas na

    regio, as calhas de drenagem no representaram grande potencial espeleolgico na

    Mina de Fbrica Nova. Nas demais reas, onde a litologia ou os padres morfolgicos

    do relevo no apresentam potencial de ocorrncia de cavernas, os trabalhos de

    caminhamento foram realizados de forma mais extensiva.

    Os trabalhos de prospeco espeleolgica realizados na rea de estudo da Mina de

    Fbrica Nova resultaram na identificao de 27 cavernas. Cabe destacar, que para a

    implantao do Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova no haver supresso

    de cavernas. Veja, a seguir, apresenta-se um mapa com as cavernas identificadas na

    rea destudo.

    40

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    129

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    129

    Crreg

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    crr. Gambeta

    crrego Ouro Fino

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    Rio Gualaxo do Norte

    Crrego Santarm

    crr. Batatal

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    ndi

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    crr. Fundo

    crr. Fundo

    FN-27

    FN-26

    FN-25 FN-24

    FN-23

    FN-22

    FN-21

    FN-20

    FN-19

    FN-18

    FN-17 FN-16

    FN-15

    FN-14

    FN-13

    FN-12FN-11

    FN-08FN-07

    FN-06

    FN-05FN-04

    FN-03 FN-02FN-01

    BarragemSantarm

    BarragemGermano

    Barragemdo Fundo

    BentoRodrigues

    SantaRita Duro

    VALE - Fbrica Nova

    660000

    660000

    662000

    662000

    664000

    664000

    666000

    666000

    668000

    668000

    7762000 7762000

    7764000 7764000

    7766000 7766000

    7768000 7768000

    0 750 1.500375

    Metros

    Prospeco EspeleologicaCavernas Identificadas

    reas de Influnciarea Diretamente Afetada - ADA

    Espeleologia

    ! Caverna identificada

    Caminhamento

    Convenes

    Mina

    Correia transportadora (Fbrica Nova x Timbopeba)Via pavimentada

    Ferrovia

    Curso d'gua

    Corpo d'gua

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    FN-12

    FN-11 FN-10FN-09

    FN-08

    FN-07

    FN-05FN-04

    FN-03 FN-02

    FN-01

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Hidrogeologia

    Em relao hidrogeologia, verificou-se na AID e na ADA, atravs de estudos

    recentes, a presena de bons reservatrios de gua subterrnea nas diversas

    unidades litolgicas, destacando-se: os itabiritos da Formao Cau (aqufero

    Cau), os quartzitos da Formao Cercadinho (aqufero Cercadinho), os quartzitos

    do Grupo Maquin (aqufero Maquin) e da Formao Moeda (aqufero Moeda)

    e o granito-gnaisse do embasamento (aqufero cristalino). Os principais sistemas

    aquferos presentes so o Cau, formado essencialmente por hematitas e itabiritos,

    e o Cercadinho, composto por quartzitos ferruginosos intercalados a filitos. Os

    principais pontos de descarga desses aquferos na AID/ADA correspondem s

    nascentes NA02 e NA24. Ambas esto localizadas na extremidade sul-sudeste do

    Morro do Fraga, sendo que a NA02 representa uma descarga do aqufero Cau e

    a NA24 corresponde, provavelmente, a uma ascendncia do aqufero Cercadinho

    atravs do sistema de falha da gua Quente. Na prxima pgina apresentado

    um mapa com a localizao das nascentes na rea de estudo.

    A cava da Mina de Fbrica Nova desenvolve-se essencialmente no aqufero Cau,

    sendo que, em meados de 2004, uma parte dos taludes da mina (poro leste)

    alcanaram o aqufero Cercadinho. O sistema de rebaixamento do nvel dgua

    da Mina de Fbrica Nova tem como objetivo drenar o aqufero Cau e encontra-

    se em operao desde meados de 2002. Atualmente, este sistema rebaixamento

    composto por cinco poos tubulares profundos (PFNR-01, PFNR-02, PFNR-03,

    PFNR-04 e PFNR-05) alinhados segundo a direo NE-SW, conforme mostra a figura

    da pgina 44. Durante o ano de 2008, foram bombeados cerca de 2.902.202m3 de

    gua destes poos tubulares, sendo que uma parte desta gua foi destinada s

    instalaes da mina, outra parte ao distrito de Santa Rita Duro, outra foi utilizada

    na asperso das vias internas da mina, e outra parte ainda foi restituda ao leito

    do crrego Ouro Fino, que tem seu curso direcionado para o subdistrito de Bento

    Rodrigues, na poro sudeste da Mina de Fbrica Nova.

    42

    Tubulaes do sistema de rebaixamento do nvel da gua subterrnea

    Poos tubulares de rebaixamento da gua

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Localizao dos poos tubulares e vertedouros operantes na Mina de Fbrica Nova

    44

  • ESTUDOS AMBIENTAIS

    ValeRelatrio de Impacto Ambiental Projeto de Expanso da Mina de Fbrica Nova

    Qualidade das guas Superficiais

    Para a caracterizao dos cursos dgua foi avaliada a qualidade das guas nos

    principais corpos hdricos sob influncia da operao da Mina de Fbrica Nova, ou

    seja, aqueles que recebem a drenagem da operao da cava atual e das pilhas de

    estril, alm da rea da planta de britagem e do efluente final da Barragem do Fundo,

    conforme mostra o mapa Pontos da Caracterizao Ambiental, na pgina a seguir.

    A partir da anlise dessa figura, com exceo do ponto FAN05, todos os pontos de

    monitoramento (quadro abaixo) esto situados a jusante da Mina de Fbrica Nova, ou

    seja, podem refletir influncias decorrentes da operao desse empreendimento.

    Corpo Hdrico

    Crrego Fundo

    DescrioCdigo

    FAN01

    Crrego Santarm

    FAN02

    Crrego do Fraga

    Crrego Ouro Fino

    Crrego Congonhas

    FAN03

    FAN04

    FAN07

    Pontos de Monitoramento da Qualidade da gua Superficial

    Localizado no crrego Fundo, prximo da estrada que acesso Mina Fbrica Nova. Recebe a drenagem das pilhas de estril Permanentes P1 e P2 e o escoamento superficial da estrada.

    Localizado a jusante da nascente da Fazenda Fbrica Nova, prximo da estrada da barragem do Germano. Recebe

    contribuio das barragens de rejeito de Santarm e Natividade (Samarco), e das reas operacionais da Mina de Fbrica Nova

    Localizado no crrego Santarm, a montante da confluncia com o crrego do Fraga, prximo estrada do Germano Fazenda

    Fbrica Nova. Tambm recebe contribuio das barragens de rejeito de Santarm e Natividade (Samarco), e das reas

    operacionais da Mina de Fbrica Nova.

    Localizado no vertedouro de uma pequena bacia de 200m