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MINERODUTO MINAS-RIORELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL01-0085-06-B-001

VOLUME 1 VERSO I ARQUIVO 01-0085-06-A-001 JULHO/2006

JULHO/2006

MMX - MINAS - RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - MINAS GERAIS E RIO DE JANEIRO RIMA - INSTALAO E OPERAO DE MINERODUTO - 01-0085-06-B-001.DOC

MMXMINAS - RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA.MINAS GERAIS E RIO DE JANEIRO

RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

INSTALAO E OPERAO DE MINERODUTO

JULHO DE 2006

MMX - MINAS - RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - MINAS GERAIS E RIO DE JANEIRO RIMA - INSTALAO E OPERAO DE MINERODUTO - 01-0085-06-B-001.DOC

NDICE

1 - OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO PROJETO - COMPATIBILIDADE COM POLTICAS SETORIAIS, PLANOS E PROGRAMA GOVERNAMENTAIS...............................................................................................8 1.1 - O objetivo do projeto.................................................................................................................................8 1.2 - Justificativa do projeto ..............................................................................................................................8 1.3 - Alternativas tecnolgicas e locacionais.....................................................................................................9 1.4 - Compatibilidade do projeto com polticas setoriais, planos e programas governamentais ......................10 1.4.1 - Conformidade com a Legislao......................................................................................................10 1.4.2 - Compatibilidade com Unidades de Conservao (UCs)...................................................................10 1.4.3 - Compatibilidade com o Projeto de Proteo da Mata Atlntica de Minas Gerais .............................15 2 - DESCRIO DAS ATIVIDADES ....................................................................................................................16 2.1 - Sntese do Projeto ..................................................................................................................................16 2.1.1 - Caractersticas Gerais do Mineroduto ..............................................................................................17 2.1.2 - Descrio do Processo ....................................................................................................................19 2.1.3 - Sistema operacional - aspectos de segurana do sistema.............................................................19 2.1.4 - Manuteno do mineroduto .............................................................................................................20 2.2 - Plano de implementao do mineroduto.................................................................................................20 2.3 - Mo de obra na implantao e operao................................................................................................24 2.4 - Efluentes, resduos, emisses e rudos ..................................................................................................26 2.5 - Descritivo do traado do mineroduto e seu entorno................................................................................27 3 - SINTESE DOS RESULTADOS DOS ESTUDOS DE DIAGNSTICO AMBIENTAL DA REA DE INFLUNCIA..................................................................................................................................................31 3.1 - Anlise integrada do diagnstico ambiental ............................................................................................31 3.2 - Principais fatores ambientais susceptveis..............................................................................................34 3.2 - Principais fatores ambientais susceptveis..............................................................................................34 3.2.1 - Meio Fsico ......................................................................................................................................34 3.2.1.1 - reas de Influncia Direta e Indireta .......................................................................................34 3.2.1.2 - Principais fatores ambientais ..................................................................................................35 3.2.2 - Meio Bitico .....................................................................................................................................35 3.2.2.1 - reas de Influncia Direta e Indireta .......................................................................................35 3.2.2.2 - Principais fatores ambientais ..................................................................................................37 3.2.3 - Meio Socioeconmico ......................................................................................................................37 3.2.3.1 - reas de Influncia Direta e Indireta .......................................................................................37 3.2.3.2 - Principais fatores ambientais ..................................................................................................38 4 - PROVVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS .........................................................................................................39 4.1 - Metodologia de avaliao de impactos ambientais .................................................................................39 4.1.1 - Critrios de avaliao dos impactos.................................................................................................39 4.1.2 - Impactos potenciais e reais..............................................................................................................41 4.2 - Impactos da Implantao do Empreendimento .......................................................................................42 4.2.1 - Impactos sobre o Meio fsico ...........................................................................................................42 4.2.1.1 - Alterao da qualidade do ar ..................................................................................................42 4.2.1.2 - Intensificao de processos erosivos e de assoreamento.......................................................42 4.2.1.3 - Alterao da qualidade das guas ..........................................................................................43 4.2.1.4 - Alterao das propriedades do solo ........................................................................................44 4.2.1.5 - Alterao da dinmica hdrica superficial ................................................................................44 4.2.2 - Impactos sobre Meio bitico ............................................................................................................45 4.2.2.1 - Supresso de vegetao lenhosa.................................................................................................45 4.2.2.2 - Supresso de Vegetao de orqudeas e bromlias especficas nos ambientes preservados de maior complexidade .........................................................................................................................45 4.2.2.3 - Fragmentao de reas de vegetao nativa .........................................................................46 4.2.2.4 - Reduo de hbitats da Herpetofauna ....................................................................................46 4.2.2.5 - Mortandade de espcimes da herpetofauna ...........................................................................47 4.2.2.6 - Reduo de hbitats da Avifauna............................................................................................48 4.2.2.7 - Aumento da Presso Antrpica sobre a Fauna .......................................................................49 4.2.2.8 - Reduo de hbitats da mastofauna .......................................................................................49 4.2.2.9 - Mortandade de espcimes da mastofauna.............................................................................49 4.2.2.10 - Reduo de habitats para a ictiofauna ..................................................................................50 4.2.3 - Impactos sobre o Meio antrpico .....................................................................................................51 4.2.3.1 - Expectativas da populao .....................................................................................................51 4.2.3.2 - Alterao do cotidiano das populaes ...................................................................................51 4.2.3.3 - Presso sobre a infra-estrutura local.......................................................................................52

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4.2.3.4 - Gerao de empregos.............................................................................................................52 4.2.3.5 - Incremento na renda ...............................................................................................................53 4.2.3.6 - Perdas e incmodos decorrentes de alteraes nos espaos compreendidos pela faixa de domnio .................................................................................................................................................53 4.3 - Sntese da Avaliao dos Impactos Ambientais da implantao.............................................................55 4.4 - Impactos ambientais da Operao .........................................................................................................56 4.4.1 - Meio fsico........................................................................................................................................56 4.4.1.1 - Intensificao de processos erosivos e de assoreamento ............................................................56 4.4.1.2 - Alterao da qualidade das guas superficiais .............................................................................56 4.4.2 - Meio bitico......................................................................................................................................57 4.4.3 - Meio antrpico .................................................................................................................................57 4.4.3.1 - Gerao de empregos ..................................................................................................................57 4.5 - Anlise de Risco Ambiental ....................................................................................................................58 4.5.1 - Resultados da anlise de risco ........................................................................................................58 5 - QUALIDADE AMBIENTAL FUTURA ..............................................................................................................61 6 - DESCRIO DO EFEITO ESPERADO DAS MEDIDAS MITIGADORAS ......................................................62 7 - PROGRAMAS AMBIENTAIS, DE ACOMPANHAMENTO E DE MONITORAMENTO DE IMPACTOS ........63 7.1 - Programas ambientais ............................................................................................................................63 7.1.1 - Programa de reabilitao de reas degradadas...............................................................................63 7.1.2 - Programa de recuperao e manejo de reas de Preservao Permanente (APPS) .....................67 7.1.3 - Programa de gesto ambiental da obra do mineroduto ...................................................................67 7.1.4 - Programa de gesto dos recursos hdricos......................................................................................68 7.1.5 - Gesto e controle de efluentes ........................................................................................................68 7.1.6 - Sistemas de controle do carregamento de sedimentos....................................................................68 7.1.7 - Monitoramento da qualidade da gua e das comunidades aquticas ..............................................68 7.1.8 - Programa de gesto de resduos slidos .........................................................................................69 7.1.9 - Programa de controle de processos erosivos ..................................................................................70 7.1.10 - Programa de resgate de flora (salvamento de germoplasma)........................................................71 7.1.11 - Programa de introduo de espcies nativas para desenvolvimento de processo de sucesso ecolgica.........................................................................................................................................72 7.1.12 - Programa de resgate de fauna.......................................................................................................72 7.1.13 - Programa de monitoramento da herpetofauna (anfbios e rpteis) ................................................73 7.1.14 - Programa de monitoramento da avifauna (aves) ...........................................................................73 7.1.15 - Programa de monitoramento da mastofauna (mamferos) .............................................................74 7.1.16 - Programa de monitoramento da ictiofauna (peixes).......................................................................74 7.1.17 - Programa de comunicao social ..................................................................................................75 7.1.18 - Expectativas da populao ............................................................................................................75 7.1.19 - Aumento do trfego de veculos.....................................................................................................76 7.1.20 - Aumento da circulao de pessoas ...............................................................................................76 7.1.21 - Alterao da paisagem ..................................................................................................................76 7.1.22 - Programa de absoro e qualificao da mo-de-obra local .........................................................77 7.1.23 - Programa de monitoramento socio-ambiental................................................................................77 7.1.24 - Programa de educao ambiental .................................................................................................78 7.1.25 - Programa prospeco e resgate arqueolgico...............................................................................79 7.1.26 - Programa de Educao Patrimonial...............................................................................................80 7.1.27 - Programa de Monitoramento dos Stios Arqueolgicos..................................................................80 7.1.28 - Programa de compensao ambiental...........................................................................................81 8 - RECOMENDAO QUANTO ALTERNATIVA MAIS FAVORVEL ...........................................................83 ANEXOS..............................................................................................................................................................85 ANEXO 01 - MAPA DAS CARACTERSITCAS GERAIS DO TRAADO DO MINERODUTO ........................86 ANEXO 02 - MATRIZ DE ANLISE INTEGRADA ..........................................................................................87

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EMPREENDEDOR E EQUIPE TCNICA

EmpreendedorEMPRESA RESPONSVEL PELO EMPREENDIMENTORazo Social: MMX - Minas Rio Minerao e Logstica Ltda. CNPJ: 07.366.649/0001-70 Endereo: Praia do Flamengo, 154 - 10 andar Rio de Janeiro - RJ CEP 22.210-030 Cadastro IBAMA: 1490903 Contato: Alberto Carvalho de Oliveira F Cargo: Gerente de Meio Ambiente Telefone: 31 3286-5410 Celular: 21 9497-2760 Email: [email protected] Cadastro IBAMA: 583933 CPF: 057.399.932-53 Responsvel: Joaquim Martino Telefone: 21 2555-5525 Fax: 21 2555-5501 Email: [email protected] Cargo: Diretor de Minerao

Rua Desembargador Jorge Fontana, 428 - Sala 702 Endereo para Belvedere Tower II contato: Belo Horizonte - MG CEP 30.320-670

A MMX - Minas Rio Minerao e Logstica Ltda. uma empresa genuinamente brasileira, do Grupo EBX, que atua de forma integrada nos setores de minerao, siderurgia, florestal e logstica, buscando a otimizao de seus processos, custos adequados e excelncia nos resultados, com a viso e o compromisso do desenvolvimento sustentvel. A minerao a atividade que deu origem ao Grupo EBX, que j detm 26 anos de experincia e conhecimentos adquiridos, destacadamente nos setores de minrio de ferro e ouro. A siderurgia representa a expanso e a complementao dos negcios da minerao de ferro, tendo em vista que a empresa acredita que o ao continuar a ser matria prima bsica e indispensvel para inmeros bens de consumo, com demanda crescente por muitos anos frente. O plantio de florestas reafirma o compromisso da empresa com o meio ambiente, possibilitando gerar o insumo carvo vegetal, indispensvel para suas atividades siderrgicas, preservando as matas nativas. Devido importncia do adequado escoamento da sua produo de minrio de ferro, a MMX tambm atua na rea de logstica, desenvolvendo sistemas integrados e prprios de estradas de ferro, minerodutos e portos, que tambm podero atender eventuais demandas de terceiros.

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Na produo de minrio de ferro destacam-se, no Brasil, trs grandes projetos da EBX/MMX: O Sistema Amap (mina + ferrovia + pelotizao + porto + produo florestal), o Sistema Corumb (mina + siderurgia) e o Sistema Minas Rio. O Sistema Minas - Rio prev a implantao, em futuro prximo, de um conjunto de minas na microrregio de Conceio do Mato Dentro, no Estado de Minas Gerais, para produo de 50 mtpa de minrio de ferro ROM, cuja massa ser reduzida em planta de beneficiamento para 24,5 mtpa de concentrado de minrio de ferro, cujo transporte ocorrer por meio de um mineroduto com cerca de 525 km de extenso, a ser implantado entre Alvorada de Minas (MG) e So Joo da Barra (RJ), o qual interligar as minas planta de pelotizao e ao porto, a serem construdos em Barra do A, municpio de So Joo da Barra, no estado do Rio de Janeiro. Este documento trata, especificamente, do Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA) que ir instruir o processo de licenciamento ambiental, junto ao IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis, da implantao e operao do mineroduto do Sistema Minas - Rio, e das suas estaes de bombeamento e de vlvulas.

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Consrcio de empresas responsveis pela elaborao do EIA / RIMACONSRCIO DE EMPRESAS RESPONSVEL POR ESTE RELATRIORazo social: BRANDT MEIO AMBIENTE INDSTRIA, COMRCIO E SERVIOS LTDA. (LDER DO CONSRCIO) CNPJ: 71.061.162/0001-88 Cadastro no IBAMA n 197484 - Validade at 31/03/2007 Nova Lima / MG - Alameda do Ing, 89 - Vale do Sereno - 34 000 000 - Nova Lima - MG - Tel (31) 3071 7000 - Fax (31) 3071 7002 - [email protected] Belo Horizonte / MG - Servios de descontaminao e tratamento de resduos - Rua A, 380 - 30 664 000 - Belo Horizonte - MG - Tel. 0 (**) 31 3387 3753 - Fax (31) 3385 8188 - [email protected] Unidade So Paulo - Rua Bernardino de Campos, n 318 - Conj. Comercial n 62 - Ed. Campo Belo Trade Center - CEP 04.620-001 - So Paulo - SP - Tel: (11) 5044 6996 - Fax (11) 5533 4665 [email protected] Unidade Par - Distrito Industrial de Ananindeua, Lote L-47, Quadra E, Setor T, Ananindeua - PA - CEP 67.033 - 000 - Tel: (091) 2236640 - [email protected] Razo social: VOGBR RECURSOS HDRICOS E GEOTECNIA LTDA. CNPJ: 07.214.006/0001-00 Cadastro no IBAMA n 731877 - Validade at 31/03/2007 Alameda do Ing, 89 - Vale do Sereno - 34 000 000 - Nova Lima - MG Razo social: INTEGRATIO COMUNICAO E INSERO SOCIAL LTDA. CNPJ: 07.664.904/0001-60 Cadastro no IBAMA n 1484289 - Validade at 31/03/2007 Alameda do Ing, 89 - Vale do Sereno - 34 000 000 - Nova Lima - MG Razo social: SANEAR ENGENHARIA SANITRIA LTDA. CNPJ: 16.666.976/0001-38 Cadastro no IBAMA n 236946 - Validade at 31/03/2007 Alameda do Ing, 89 - Vale do Sereno - 34 000 000 - Nova Lima - MG Razo social: YKS SERVIOS LTDA CNPJ: 64.219.967/0001-41 Cadastro no IBAMA n 964126 - Validade at 31/03/2007 Avenida Raja Gabaglia 2.680 conjuntos 501 e 502 - 30350-540 - Telefax 31 3297-0872 - Belo Horizonte - MG. http: www.yks.com.br Diretor: Sabrina Torres Nunes Lima http: www.brandt.com.br Diretor: Gustavo Artiaga http: www.integratio.com.br Diretor: Rolf George Fuchs http: www.vogbr.com.br Diretor: J. Carlos Virgili http: www.brandt.com.br

Presidente: Wilfred Brandt

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Equipe Tcnica responsvel pelo EIA / RIMA

EQUIPE TCNICA RESPONSVEL PELO EIA / RIMAESTA EQUIPE PARTICIPOU DA ELABORAO DESTE EIA / RIMA E RESPONSABILIZA-SE TECNICAMENTE POR SUAS RESPECTIVAS REAS FORMAO / REGISTRO PROFISSIONAL REGISTRO NO CADASTRO DO IBAMA RESPONSABILIDADE NO PROJETO

TCNICO

ASSINATURA

RUBRICA

Armando Guy Britto de Castro Moiss Perillo Markus Weber Alosio Ferreira Mrcio Lcio Brito

Eng de Minas CREA MG 7472/D Gelogo CREA MG 71.183/D Eng Florestal CREA RS 36.583/D Bilogo CRBio 02450/04-D

1484105

Responsvel Tcnico e Coordenadenao Geral do EIA Coordenao do Meio Fsico Coordenao do Meio Bitico (Botnica ) Coordenao do Meio Bitico (Fauna) Coordenao do Meio Socioeconmico Coordenao do Meio Socioeconmico (Patrimnio Natural, Histrico e Arqueolgico) Coordenao do RIMA

988145

271742

878937

Cientista Social

556741

Maryzilda Couto Campos

Artista Plstica

1228094

Annemarie Richter

Relaes Pblicas CONRERP 3 Regio - 1206

1484152

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Equipes de Apoio TcnicoEQUIPE TCNICA DE APOIO DA BRANDT MEIO AMBIENTE Tcnicos que realizaram levantamento e tratamento de dadosTCNICO FORMAO / REGISTRO PROF. REGISTRO NO CADASTRO DO IBAMA RESPONSABILIDADE NO PROJETO

Alexandre de Martins e Barros

Bilogo / MsC Botnica CRBIO/04-37503/4/D Analista de Sistemas Eng de Minas CREA MG 7472/D Tcnico qumico CRQ MG 2204718 Gelogo CREA MG 83470 Analista de Sistemas Eng Qumica CRQ MG 02301437 Analista de Sistemas Economista CORECON MG 51.961/ D Gegrafo CREA MG 69.963/D Eng Metalurgista CREA MG 38.077/D Bilogo Eng de Minas CREA MG 33.956/DAdriana M. Souza Raimundo Arajo Eli Lemos

995454

Diagnstico de Botnica / Mapeamento de Bitopos/ Avaliao Impactos Meio Bitico Geoprocessamento e tratamento de imagens Diagnstico de Recursos Hdricos Diagnstico de rudo ambiental Diagnstico de meio fsico (Geologia e Solos) Auxiliar de geoprocessamento Integrao de diagnsticos de qualidade das guas e rudos Auxiliar de geoprocessamento Diagnstico de Meio Socioeconmico Avaliao de Impactos Meio Socioeconmico Diagnstico de meio fsico (geomorfologia) Direo e consultoria Anlise e reviso crtica de diagnstico de fauna Direo e consultoriaAuxiliar de produao Auxiliar de produo Gerenciamento / edio

Allan Christian Brandt Armando G. B. Castro tila Souza da Costa Edson Bortolini Fbio Batista Ferreira Jr. Fernanda Sampaio de Britto Giovanni Diniz M. Galavotti

1497871 1484105 530322 1484312 1497512 269686 1497522

Luiz Otvio Pinto Martins

901768

Ricardo Diniz Kai Srgio Avelar Fonseca Vicente Loyola Wilfred Brandt

995649 1497039 9886 144360

PRODUO GRFICA

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EQUIPE TCNICA DE APOIO DA VOGBR Tcnicos que realizaram levantamento e tratamento de dadosTCNICO FORMAO / REGISTRO PROF. REGISTRO NO CADASTRO DO IBAMA RESPONSABILIDADE NO PROJETO

Rodrigo de Almeida Leite Barbosa

Eng civil / Especialista em recursos hdricos CREA MG 74.588 / D Eng Civil CREA MG 86.104 / D

1484275

Mapeamento e identificao de travessias de cursos de gua Mapeamento e identificao de travessias de cursos de gua

Sergio Pinheiro de Freitas

1496959

EQUIPE TCNICA DE APOIO DA INTEGRATIO Tcnicos que realizaram levantamento e tratamento de dadosTCNICO FORMAO / REGISTRO PROF. REGISTRO NO CADASTRO DO IBAMA RESPONSABILIDADE NO PROJETO

Annemarie Richter

Relaes Pblicas CONRERP 3 Regio - 1206 Relaes Pblicas CONRERP 3 Regio - 1995, Especialista em Marketing, Ps Graduanda em Gesto de Projetos Ambientais Bacharel em Publicidade e Propaganda, Ps Graduao em Marketing e Comunicao

1484152

Identificao e cadastro de superficirios, comunicao social e relaes institucionais e coordenao do RIMA

Gizelle Andrade

1484266

Apoio tcnico de comunicao social e relaes institucionais e elaborao do RIMA

Mariana Azevedo da Silva

1497007

Pesquisas de dados socioeconmicos e de unidades de conservao e elaborao do RIMA

EQUIPE TCNICA DE APOIO DA SANEAR Tcnicos que realizaram levantamento e tratamento de dadosTCNICO FORMAO / REGISTRO PROF. REGISTRO NO CADASTRO DO IBAMA RESPONSABILIDADE NO PROJETO

Gustavo Eduardo da Silva Pena

Tcnico em Qumica Industrial CRQ - 2 R 02405999

1497132

Monitoramento de rudos Monitoramento de guas superficiais e e anlises fsico-qumicas, bacteriolgicas e limnologicas

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EQUIPE TCNICA DE APOIO DA YKS Tcnicos que realizaram levantamento e tratamento de dadosTCNICO FORMAO / REGISTRO PROF. REGISTRO NO CADASTRO DO IBAMA RESPONSABILIDADE NO PROJETO

Alosio Ferreira Bruno Vergueiro Silva Pimenta Carlos Alberto Ferreira Francisco Enrique Luz Geraldo Alves de Souza Filho Isabela Soares da Cunha Jos Everaldo de Oliveira Leandro Augusto Franco Xavier Sabrina Torres Nunes Lima Santos DAngelo Volney Vono Yasmine Antonini

Bilogo CRBio 02450/04-D Bilogo CRBio 30454/04-D Historiador Historiador Zootecnista CRMV 0998/z Arquiteta CREA 76091/D Bilogo CRBio 49047/04-D Historiador Psicloga CRP 21709/4 Eng agronomo (ornitlogo) Bilogo CRBio 04767/04-D Biloga CRBio 16245/04-D

878937 318367 1502506 1500725 193840 1504314 987014 621473 964124 764304 201366 1528791

Diagnstico de avifauna Diagnstico de herpetofauna Arquelogo auxiliar Levantamento Histrico Diagnstico de Mastofauna Consultoria de arquitetura Diagnstico de Mastofauna Arquelogo Direo YKS e consultoria Diagnstico de avifauna Diagnstico de ictiofauna Diagnstico de entomofauna e pedofauna

Endereos da equipe tcnica (responsveis tcnicos)Responsvel Tcnico Armando Guy Britto de Castro Moiss Perillo Markus Weber Mrcio Lcio Brito Annemarie Richter Alosio Ferreira Maryzilda Couto Campos E-mail [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Avenida Raja Gabaglia 2.680 conjuntos 501 e 502 30350-540 - Belo Horizonte - MG. Telefax 31 3297-0872 Alameda do Ing, 89 - Vale do Sereno 34 000-000 - Nova Lima - MG Tel (31) 3071 7000 - Fax (31) 3071 7002 Endereo

Fontes de consultaFontes de consulta PSI - Pipeline System do Brasil MMX - Minerao e Metlicos Ltda. MMX - Minas Rio Minerao e Logstica Ltda. EBX Energia Ltda. Assunto Informaes tcnicas Informaes gerais sobre o empreendimento

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1 - OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO PROJETO COMPATIBILIDADE COM POLTICAS SETORIAIS, PLANOS E PROGRAMA GOVERNAMENTAIS1.1 - O objetivo do projetoImplantar um sistema logstico para transporte hidrulico de minrio de Ferro desde a Mina localizada em Alvorada de Minas, no Estado de Minas Gerais at o futuro porto a ser implantado no litoral do Estado do Rio de Janeiro, no municpio de Barra do Au.

1.2 - Justificativa do projetoO uso de mineroduto como meio de transporte de minrio adotado em todo o mundo, inclusive no Brasil, tendo em vista a sua confiabilidade operacional e de segurana, j que extremamente baixa a ocorrncia de acidentes com danos ao meio ambiente. Atualmente existem diversos minerodutos em operao, em vrias partes do mundo, transportando produtos como fosfato, caulim, calcrio, carvo, concentrados de minrio de ferro e de cobre, e at rejeitos de minerao. No Brasil, podemos citar alguns projetos similares que se encontram em operao. Um deles, em funcionamento desde 1977 e com extenso de 396 km, passa por 24 municpios dos estados de Minas Gerais e Esprito Santo. Esse mesmo mineroduto est sendo duplicado para atender a um aumento da capacidade produtiva da empresa que o opera. No estado do Par, o mesmo sistema utilizado para transporte de bauxita (minrio de alumnio). Esse, com aproximadamente 243 km de extenso, tem em suas proximidades mais dois minerodutos voltados ao transporte de caulim, sendo um com 158 km e outro com 180 km de extenso. No estado de Minas Gerais existe ainda, um mineroduto de aproximadamente 120km de comprimento por onde realizado o transporte de concentrado fosftico entre os municpios de Tapira e Uberaba. O mineroduto linear, possui como importantes caractersticas, um posicionamento fixo no ambiente e o funcionamento independente de variaes climticas, j que a ocorrncia de chuvas no interfere em sua operao. Alm disso, este sistema apresenta baixo custo operacional quando comparado a outras alternativas de transporte de minrio, especialmente o ferrovirio ou rodovirio. Em termos ambientais, sua grande vantagem sobre outros meios de transporte est no fato de ser a alternativa de menor impactos ambiental dentre as demais. Sob o ponto de vista socioeconmico, o empreendimento se justifica pela gerao de empregos e renda, alm de atender objetivos de promoo do desenvolvimento dos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, conforme atesta o Protocolo de Compromissos firmados pelos Governadores dos dois estados.

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importante considerar, ainda, que o mineroduto compe parte inseparvel do empreendimento minerrio e industrial da MMX, que compreende minerao, beneficiamento, transporte de minrio de ferro, pelotizao e porto. Assim, por interligar as minas ao porto, ser o principal suporte logstico deste empreendimento.

1.3 - Alternativas tecnolgicas e locacionaisExistem, basicamente, trs alternativas de transporte de minrio de ferro entre duas reas distantes entre si, que so: (1) composies ferrovirias trafegando em ferrovia; (2) caminhes para transporte rodovirio; e (3) via mineroduto. O meio ferrovirio utilizado com certa freqncia, tanto no Brasil como em diversos pases, para o transporte de grandes quantidades de bens minerais. Porm, essa alternativa para a MMX implicaria, necessariamente, na construo de uma ferrovia prpria, tendo em vista que as ferrovias existentes no chegam at a regio das minas e j possuem um volume de trfego significativo o que absorve integralmente suas capacidades instaladas. Alm disso, essa nova ferrovia teria cerca de 600 km de extenso, com risco de acidentes e maior transtorno para a populao. Para atendimento s necessidades da MMX, exigiria altos investimentos, o que torna esta alternativa economicamente invivel. O transporte rodovirio de 24,5 milhes de toneladas anuais de minrio de ferro - que a capacidade de carga do mineroduto - por caminhes , tambm, invivel economicamente. Alm de implicar elevado risco de acidentes e consumo de combustvel, impactaria a malha rodoviria e a qualidade do ar, tendo em vista a distncia e a grande quantidade de viagens de caminhes entre os municpios de Alvorada de Minas, no estado de Minas Gerais e So Joo da Barra no Rio de Janeiro. Complementarmente, tambm seria exigida uma grande estrutura logstica de carga e descarga, o que elevaria ainda mais os investimentos e custos operacionais. A alternativa de mineroduto apresenta como vantagens o controle operacional mais eficaz e seguro, a alta disponibilidade e confiabilidade do sistema, a possibilidade de trabalho em tempo integral, a locao fixa e, particularmente, o baixo custo operacional, alm de ser a alternativa que gera menor impacto ambiental. Sob essa perspectiva, o traado do mineroduto foi tecnicamente definido a partir da linha de menor distncia entre a mina ao terminal porturio. Com uma extenso de 525 km, a rota foi determinada a partir de estudos tcnicos e ambientais, tendo-se o cuidado de fazer os ajustes necessrios para evitar a passagem em zonas urbanas e interferncias significativas sobre os recursos naturais (especialmente cursos de guas, reas florestais e unidades de conservao (UCs) de uso integral), buscandose, sempre que possvel, as alternativas de locao em reas j alteradas por atividades humanas. Alm destes aspectos ambientais e sociais gerais, especificamente, foram evitadas interferncia direta em reas mapeadas pelo Projeto de Proteo da Mata Atlntica (PROMATA MG), proximidades das lagoas localizadas na zona de transio do Parque Estadual do Rio Doce e o chamado Caminho da Luz, importante rota de peregrinao. O traado apresentado no EIA/RIMA foi refinado de outubro de 2005 a maio de 2006, e aps quatro revises, o resultado final que concilia interesses ambientais, econmicos e sociais.

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Alm de dados levantados pelas equipes de engenharia e meio ambiente, utilizou-se mapas comerciais disponibilizados pelo IBGE nas escalas 1:50.000 e/ou 1:100.000, leituras de elevaes do terreno a partir de aparelho GPS, e ortofotos na escala de 1:30.000, geradas a partir de sobrevo recente, especificamente para o projeto.

1.4 - Compatibilidade do projeto com polticas setoriais, planos e programas governamentaisO mineroduto um projeto importante para o setor de minerao. Envolve interesses econmicos brasileiros, por viabilizar o transporte de um dos principais produtos responsveis por manter a balana comercial positiva e os ndices do produto interno bruto (PIB). No mbito estadual, o projeto de interesse mtuo dos Governos dos Estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro que evidenciados por um protocolo de compromissos celebrados pelos Governos e pelo empreendedor. Outra forma que expressa polticas governamentais a prpria legislao. O EIA identificou e analisou o atendimento legislao, abrangendo aquelas relativas ao licenciamento do empreendimento e outras regulamentaes de uso do solo e de preservao do meio ambiente.

1.4.1 - Conformidade com a LegislaoO projeto est em conformidade com a legislao ambiental federal, estadual e municipal, legislao municipal de uso e ocupao do solo e com normas tcnicas especficas. O mineroduto possui atividades potencialmente poluidoras, e de acordo com a legislao vigente, est em processo de licenciamento ambiental. Tendente ao alcance das licenas ambientais requeridas, (nesta fase foi requerida uma licena prvia), foram realizados estudos de impacto ambiental (EIA) e produzido este RIMA. O processo junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos NoRenovveis, considerando que trata-se de um empreendimento interestadual. Quanto legislao de uso do solo para passagem do mineroduto nos diversos municpios, a MMX estabeleceu um programa de obteno de certides municipais de conformidade das atividades e localizao do projeto, nos 33 municpios.

Do ponto de vista do atendimento legislao pode-se concluir que h condies de se alcanar desejada compatibilidade do empreendimento com a poltica, os planos e programas governamentais.

1.4.2 - Compatibilidade com Unidades de Conservao (UCs)Um dos principais elementos que expressam as polticas, planos e programas governamentais, so as unidades de conservao estabelecidas na rea de influncia do traado do mineroduto.

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Com o objetivo de avaliar as possveis interferncias do mineroduto com reas protegidas, foi realizado, durante a elaborao do EIA, um amplo levantamento das Unidades de Conservao Federais, Estaduais (MG e RJ) e Municipais (MG e RJ) existentes nos 33 municpios a serem atravessados pelo empreendimento. Foram avaliados ainda alguns municpios do seu entorno e muito prximos deste, e que posteriormente foram selecionadas em:

- UCs legalmente e formalmente constitudas Foram identificados em Minas Gerais um Parque Nacional (PQF), um Parque Estadual (PQE), um Parque Municipal (PQM), uma APA federal (APAF), uma Reserva Particular do Patrimnio Natural federal (RPPNF), uma Reserva Biolgica municipal (RBM) e trinta e duas reas de Proteo Municipal (APAM), e no Rio de Janeiro um Parque Estadual (PQE), num total de 39 UCs que esto listadas no quadro abaixo:

Nome da UC

Tipo

Dispositivo Legal

Estado

Municpio(s) Itamb do Mato Dentro, Jabuticatubas, Morro do Pilar, Santana do Riacho Itabira, Itamb do Mato Dentro, Jabuticatubas, Morro do Pilar, Nova Unio, Santana do Riacho, Taquara de Minas

Serra do Cip

Decreto 19.278, de 03/07/77 e Decreto Parque Florestal 90.233, de 25/09/84. rea de Proteo Ambiental Federal Reserva Particular do Patrimnio Natural Federal Decreto 98.891, de 26/01/90

MG

Morro da Pedreira

MG

Panelo dos Muriquis

Portaria IBAMA 134, de 05/10/01

MG Araponga, Divino, Ervlia, Fervedouro, Miradouro, Muria, Pedra Bonita e Sericita Conceio do Mato Dentro So Domingos do Prata Itabira

Serra do Brigadeiro Ribeiro do Campo Elci Rolla Guerra Mata do Bispo

Lei 9.655, de 20/07/88 e Decreto Parque Estadual 38.319, de 27.09.96 Parque Municipal Reserva Biolgica Municipal No identificado No identificado Lei 3.783, de 16/07/03

MG

MG MG MG

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Continuao

Nome da UC gua Santa de Minas Alto da Conceio Alto do Barroso

Tipo

Dispositivo Legal Lei 67, de 12/12/03 Lei 2.559, de 14/10/91 e Lei 3.092, de 03/09/98 Lei 2.560, de 14/10/91 e Lei 3.091, de 03/09/98 Lei 321, de 04/11/97 e Lei 337, de 02/01/96 Lei 1.291, de 14/06/02 Lei 1.557, de 28/11/03

Estado MG MG

Municpio(s) Tombos Carangola

MG

Carangola

Alto Taboo Antonio Dias Arvore Bonita Bom Jesus Caiana Cana Capara Crrego da Mata Fervedouro Fortaleza de Ferros Gameleira Gavio Hematita Itacur Jacro Jequeri Morro da Torre Nascentes do Ribeiro Sacramento Nova Era rea de Proteo Ambiental Municipal rea de Proteo Municipal

MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG Lei 1.325, de 20/08/03 Lei 429, de 28/09/01 Lei 761, de 28/03/01 Lei 2.457, de 15/06/01 Lei 792, de 15/10/02 Decreto 1.012, de 13/11/98 e Decreto 1.016 de 04/12/98 Decreto 344, de 11/11/02

Espera Feliz Antonio Dias Divino Divino Caiana Cana Capara Santa Maria de Itabira Fervedouro Ferros Dom Joaquim Eugenpolis MG MG MG MG MG MG

Lei 1.535, de 20/12/02 Decreto 003, de 15/01/04 Lei 477, de 26/03/01 Lei 961, de 05/11/99 Lei 1.172, de 11/09/02 Decreto 250, de 15/12/98 Lei 291, de 22/04/02 Lei 725, de 14/05/01 Lei 895, de 22/04/03 20.346 24.592 5.402 22.314 6.686

11.500

MG

Oratrios

4.723

MG

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Continuao

Nome da UC Pedra Dourada Renascena Rio Mombaa Rio Pico Seritinga Serra da Providncia Serra do Intendente Serra Talhada Urucum

Tipo

Dispositivo Legal 7.003

Estado Lei 402, de 23/08/99 Lei 171, de 18/02/98 Lei 776, de 16/07/01 Decreto 109, de 12/11/99 Decreto 002, de 02/02/02 Lei 22, de 25/09/90 Decreto Lei 250, de 13/04/70 e Decreto 7.121, de 28/12/83

Municpio(s) MG MG MG MG MG MG MG MG MG

rea de Proteo Ambiental Municipal

838 6.350 13.410 20.040 2.087

Desengano

Parque Estadual

22.400

RJ

- UCs propostas mas ainda no formalizadas UCs legalmente decretadas mas para as quais no foi possvel obter informaes cartogrficas ou memoriais descritivos com coordenadas, e que, portanto, no puderam ser includas em mapas. Tais UCs esto listadas no segundo quadro a seguir:

Nome da UC Salo de Pedras Posto Agropecurio Bairro Cermico

Tipo

rea (hectares) -

Dispositivo Legal -

Estado MG MG MG

Municpio(s) Conceio do Mato Dentro So Domingos do Prata So Domingos do Prata

Parque Municipal

-

Fazenda Boa Vista

Reserva Particular do Patrimnio Natural Estadual Parque Municipal Reserva Ecolgica Municipal

13

Portaria 150, de 26/12/01 Lei 2.035, de 1983

MG

Fervedouro

Jequitib

-

MG

Carangola

gua Limpa

-

Lei 182, de 1997

MG

Carangola

13

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Continuao

Nome da UC Tombos Dr. Marcos Vidigal Darcet Batalha Porcincula (ZEA)

Tipo Parque Municipal Reserva Particular do Patrimnio Natural Estadual reas de Proteo Municipal Reserva Particular do Patrimnio Natural Estadual reas de Proteo Municipal Reserva Particular do Patrimnio Natural Estadual Parque Municipal

rea (hectares) 84 306

Dispositivo Legal Lei 993, de 1991 Portaria 34, de 19/05/99 Portaria 11, de 31/01/05 -

Estado MG MG MG

Municpio(s) Tombos Tombos Tombos

-

RJ

Porcincula

Reinaldo Furtado

-

-

RJ

Porcincula

Margem do Carangola Matinha Tupiacanga Fazenda Amarela Parque do Ip Horto Florestal Jatob Hidreltrica de Rosal Lagamar Lagoa de Cima Taquarau Morro da Itapoca Restinga do Xex Mangue Itacarapeba

-

-

RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ

Natividade Natividade Natividade Natividade Natividade Bom Jesus de Itabapoana Bom Jesus de Itabapoana Campos de Goytacazes Campos de Goytacazes Campos de Goytacazes Campos de Goytacazes Campos de Goytacazes Campos de Goytacazes

reas de Proteo Municipal

-

Parque Municipal Reserva Particular do Patrimnio Natural Estadual

-

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Interferncias do Mineroduto sobre as UCs: O mineroduto no passar por dentro dos limites de UCs de uso indireto e proteno integral, onde as atividades humanas esto sujeitas a normas e restries especficas e como so os casos de Parques, Reservas Biolgicas, Estaes Ecolgicas, Monumentos Naturais e Refgios de Vida Silvestre. Atravessar apenas sua zona de amortecimento (entorno de uma unidade de conservao, com extenso aproximada de 10 km) e por reas de UCs de uso direto e proteo parcial, como so o caso de reas de proteo ambiental (APAs), a saber: - O primeiro trecho do mineroduto, entre Alvorada de Minas e Morro do Pilar, encontra-se no interior da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhao; - Aproximadamente 18,5 km do mineroduto passar pela zona de amortecimento do Parque Municipal Salo de Pedras, no municpio de Conceio do Mato Dentro; - 23 km faro interseo com a zona de amortecimento da Reserva Biolgica da Mata do Bispo;. - Cerca de 5,5 km do mineroduto estaro no interior da APA Municipal Crrego da Mata. Uma nova interseco de aproximadamente 3,5 km acontecer ao norte, nos municpios de Santa Maria de Itabira e Nova Era; - Interseo de aproximadamente 6,0 km do mineroduto com a APA Nova Era, no municpio de Nova Era; - O mineroduto ir cruzar aproximadamente 24,5 km de sua extenso com a zona de amortecimento do Parque Municipal Elci Rolla Guerra, no municpio de So Domingos do Prata; - Travessia de aproximadamente 27 km de extenso com a zona de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, no interior da qual tambm se apresenta a APA Bom Jesus, que sofre interseo de cerca de 06 km, nos municpios de Divino, Pedra Bonita e Fervedouro; - Interseo de aproximadamente 6 Km com a APA gua Santa de Minas, no municpio de Tombos. O estudo de interferncias do mineroduto com as Unidades de Conservao permitiu concluir que o projeto tem condies de ser compatibilizado com essas unidades, em razo da possibilidade de atendimento de seus regulamentos de uso e mitigao de possveis impactos.

1.4.3 - Compatibilidade com o Projeto de Proteo da Mata Atlntica de Minas GeraisO PROMATA-MG um projeto implantado pelo IEF/ MG com apoio da cooperao financeira Alemanha-Brasil contemplando atividades de proteo, recuperao, fiscalizao e preveno de incndios em reas de remanescentes florestais de Mata Atlntica, incluindo incentivos florestais aos produtores rurais da regio. Este projeto desenvolvido na rea do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, em suas reas de entorno e de conectividades. Foi constatado, durante a realizao dos trabalhos de campo, que a rota do mineroduto no interfere com as reas de corredores ecolgicos recm criadas.

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2 - DESCRIO DAS ATIVIDADES2.1 - Sntese do ProjetoA MMX planeja desenvolver um mineroduto, conjunto de tubulao para transportar polpa de concentrado de minrio de ferro, entre a rea de minerao, no distrito de Itapanhoacanga, no estado de Minas Gerais e o porto em So Joo da Barra, no estado do Rio de Janeiro. O mineroduto parte integrante de um projeto maior denominado Minas Rio. A primeira etapa do projeto Minas Rio a extrao de minrio de ferro em Minas Gerais. Na rea da mina, ele modo bem fino no beneficiamento, at ficar em um estado que permita a separao das impurezas, tornando-se concentrado, quando adicionado gua, o minrio vira uma espcie de pasta, chamada de polpa, que ento transportada pelo mineroduto. Dentro dele a polpa se desloca em uma velocidade controlada por sistemas de bombeamento. No final do mineroduto, o material filtrado e aglomerado em forma de pelotas, do tamanho de bolinhas de gude. Depois elas so finalmente embarcadas no porto para serem transformadas em ao nas usinas siderrgicas de outras partes do mundo. Para que a polpa de minrio seja transportada da rea da mina ao porto, sero necessrias 3 estaes de bombeamento, utilizadas para continuar impulsionando o minrio durante o trajeto, em locais tecnicamente definidos ao longo do mineroduto, todas situadas dentro do Estado de Minas Gerais.

Projeto Minas - Rio

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2.1.1 - Caractersticas Gerais do MinerodutoO sistema transportar a polpa de minrio de ferro desde a rea da mina at o terminal da usina de pelotizao, prxima ao porto, atravs de um mineroduto de 24 polegadas de dimetro externo. O sistema de tubulao por onde passar a polpa comear no abastecimento dos tanques de armazenagem, localizados na estao de bombeamento e terminar em um local prprio para o escoamento deste material para os tanques de armazenagem, no porto. A tubulao atravessar 33 municpios, sendo 26 em Minas Gerais e 7 no Rio de janeiro. Ela ser enterrada em toda a sua extenso, em mdia a 0,80 metros, e quando necessrio haver uma maior profundidade nos cruzamentos de crregos e de vias de acesso, ou por outras razes tcnicas. Nos cruzamentos de rios de maior porte, especialmente Rio Doce e Rio Pariba do Sul, a travessia utilizar a tcnica de furo direcional, conforme descrito no item 2.1.3 sistema construtivo e operacional. O quadro a seguir apresentado indica as principais caractersticas gerais do sistema:

PROCESSO Capacidade da Tubulao (milhes de toneladas de minrio por ano) Vazo de projeto 3 (m /h) Presso mxima da bomba de descarga Estao de bombeamento 1 (metros de coluna de gua) Estao de bombeamento 2 (metros de coluna de gua) Estao de bombeamento 3 (metros de coluna de gua)

POLPA 24.5 2105

198 150 200

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A seguir so descritas as partes do sistema com suas respectivas caractersticas:

INSTALAES Extenso (km) Dimetro Nominal (mm) Tubulao Material da Tubulao Material do revestimento Tipos de conexo Quantidade de Estaes de Bombeamento Quantidade de Estaes de Vlvula / Orifcio Estaes Quantidade de Ponto Intermedirio de Coleta de Dados Quantidade de Estao Terminal Tanques de Armazenagem Agitadores Quantidade de Estao de Bombeamento Quantidade de Estao Terminal Quantidade de Bombas de Deslocamento Positivo da Linha Principal - cada estao Quantidade de Bombas de Carga Quantidade de Sistema eletrnico de Aquisio e Controle dede Dados Miscelnea Quantidade de Sistema de Deteco de Vazamento Quantidade de Proteo Catdica da Tubulao 12 1 6 3 9 (8 em operao e 1 reserva) 2 (1 em operao e 1 reserva) 1 1 1 525 610 Ao Nenhum Soldadas com flanges nas instalaes 3 1

Bombas

As principais instalaes do mineroduto consistem em: - Instalao de Bombeamento na Mina - Estao de Bombeamento 1, que inclui: quatro tanques agitadores e de armazenagem de polpa (19 m altura x 19 m dimetro), nove bombas de diafragma com deslocamento positivo (oito em operao e uma reserva) e um sistema de duas bombas de carga (uma em operao e uma reserva). - Estao de Bombeamento 2, que inclui: um tanque agitador de re-mistura (19 m altura x 19 m dimetro), nove bombas de diafragma com deslocamento positivo (oito em operao e uma reserva) e um sistema de duas bombas de recarga (uma em operao e uma reserva), um reservatrio de 300,000 m3 de capacidade e linha de transmisso eltrica. - Estao de Bombeamento 3, que inclui: um tanque agitador de re-mistura (19 m altura x 19 m dimetro), nove bombas de diafragma com deslocamento positivo (oito em operao e uma reserva) e um sistema de duas bombas de carga (uma em operao e uma reserva), alm de reservatrio de 300,000 m3 de capacidade e linha de transmisso eltrica. - Uma estao de vlvulas para controle de presso na tubulao.

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Ao longo do mineroduto esto previstos, ainda, oito pontos intermedirios de medio de presso, um Sistema de Controle de Superviso e Aquisio de Dados, instrumentao, telecomunicaes por fibra ptica, um sistema de rdio mvel e um Sistema de Deteco de Vazamentos na Tubulao. As instalaes terminais da tubulao incluem 3 tanques (19 m altura x 19 m dimetro) para recebimento da polpa, tubulao acessria, vlvulas, agitadores, instalaes de instrumentao e eltrica, um reservatrio de 300.000 m para esvaziamento de emergncia da polpa e um reservatrio para gerenciamento de gua.

2.1.2 - Descrio do ProcessoA polpa de minrio originada da usina de beneficiamento ser derramada em tanques de armazenagem dotados de agitadores, localizados na Estao de Bombeamento 1. Um tanque de armazenamento funcionar como tanque de alimentao da tubulao. Esse sistema ter capacidade de armazenamento da produo da Usina de Beneficiamento por, pelo menos, 8 horas. Durante a operao normal, uma bomba de carga mover a polpa do tanque de armazenamento para as bombas de deslocamento positivo de velocidade varivel (PD). As bombas PD fornecero a presso necessria para compensar as diferenas de elevao da tubulao e as perdas decorrentes do atrito. A tubulao opera sem interrupes, a no ser as impostas pelas rotinas. No terminal da tubulao, a polpa direcionada para um dos tanques de armazenagem e a gua escoada, para o reservatrio terminal. O produto ser ento filtrado a 9% de umidade e transportado at a rea de empilhamento / retomador para estocagem.

2.1.3 - Sistema operacional - aspectos de segurana do sistemaA extenso esperada do mineroduto de 525 km e sua rota foi pr-otimizada a partir da linha de menor distncia conectando a mina ao terminal, usando mapas comerciais disponibilizados pelo IBGE nas escalas 1:50.000 e/ou 1:100.000, e aps uma visita dos engenheiros ao local, seguindo a rota com aparelho GPS para realizar leituras das elevaes do terreno. A tubulao foi projetada para uma vida til de 20 anos, operando 365 dias por ano, 24 horas por dia. O fator de eficincia operacional estimado no projeto de 95%. Em todas as etapas envolvendo as estaes de bombeamento, tubulao, sistemas de tancagem e armazenamento at a planta de pelotizao sero dotados de um conjunto de segurana para garantir o funcionamento de todo o processo. As medidas de proteo da tubulao mais essenciais so o revestimento externo dos tubos e o sistema de proteo contra corroso.

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O duto ser testado hidrostaticamente (teste de presso), antes de entrar em operao, segundo especificaes tcnicas para a construo, garantindo assim uma maior segurana. As Estaes de Bombeamento sero dotadas de sistemas de segurana operacionais para controle de superviso, aquisio de dados e deteco de vazamentos. Haver tambm uma rede de conexo por fibra tica responsvel pela comunicao entre as estaes. O controle e monitoramento da tubulao sero feitos da sala de controle da primeira Estao de Bombeamento atravs do monitoramento de 12 pontos ao longo do mineroduto. O sistema ser automtico, constante e contar com planto permanente, com intervenes do operador quando houver transtornos, interrupes ou reiniciaes do sistema. O gerente da tubulao ser automaticamente avisado se acontecerem situaes anormais ou emergenciais, tais como alteraes na polpa, vazamentos ou entupimento da tubulao. O objetivo maior garantir a segurana do quadro de funcionrios, do equipamento e do ambiente. Por este sistema, se houver vazamentos da polpa, que nada mais que p de minrio de ferro misturado com gua, os mesmos devem ser detectados entre 2 e 10 minutos aps o seu incio. Quando um vazamento for detectado, as bombas so automaticamente fechadas e a polpa para de correr. como se fechssemos um registro para consertar um encanamento que est vazando. Depois de corrigir a falha as estaes reiniciam o bombeamento da polpa.

2.1.4 - Manuteno do minerodutoA fim de preservar a vida til das diferentes partes do equipamento, e assegurar que cada parte esteja operando com segurana e eficincia, sero realizadas periodicamente aes preventivas, corretivas, revises peridicas, definio de trocas e reparos quando necessrio e aes de melhorias visando reduzir a freqncia de ocorrncias indesejadas. O Programa de manuteno dever contemplar: - Manuteno Preventiva - realizada de forma programada e antes que haja a necessidade de aes corretivas; - Manuteno Corretiva - para corrigir eventos imprevistos ou para introduzir melhorias; - Manuteno Prognostica - visando o monitoramento de mudanas nas condies fsicas de operao do mineroduto ou para definir trocas ou reparos; - Reparos (quando necessrios) e/ou reviso peridica (geralmente realizada em equipamentos no crticos).

2.2 - Plano de implementao do minerodutoO plano de implementao ser organizado para uma execuo eficaz do projeto. A equipe ser liderada por um gerente de projeto responsvel por todas as fases do trabalho.

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Os objetivos principais da equipe gerencial construir o mineroduto evitando ao os riscos, elevando o padro de qualidade da obra, e diminuindo, no que for possvel, os custos. Abaixo, podem ser visualizadas as atividades principais e perodos estimados de ocorrncia.

Atividade Engenharia de Concepo e Rotas Incio da fase de Engenharia Bsica Levantamento de campo (Estaes de Bombas e Tubulao) Incio da aquisio do Direito de Passagem Incio da fase de Engenharia Detalhada Encomenda da Tubulao de Ao Encomenda das bombas do circuito principal Aquisio final do direito de passagem Incio de entrega da tubulao Concesso do contrato de construo Incio de construo Entrega das bombas Incio de construo das estaes de bombeamento Trmino de construo Comissionamento e testes operacionais Incio de operao

Ms 0 3 7 9 9 9 12 13-14 12 14 21 18 36 36 38

Observaes Agosto 2005 Abril 2006

perodo seco

Estradas e acessos faixa de servido O acesso dos trabalhadores, mquinas e equipamentos at as frentes de servio na faixa de servido por onde passar o mineroduto, sero realizados por estradas e acessos existentes que, em alguns trechos, sofrero melhorias para atender o trnsito dos equipamentos durante o perodo de construo do mineroduto. Sempre que possvel o trnsito ser realizado na prpria faixa de servido.

Desmatamento e limpeza da faixa de servido Para execuo da construo do mineroduto ser necessrio realizar a limpeza da vegetao presente ao longo da faixa de servido. Esta vegetao composta principalmente de pastagens, campos e plantaes agrcolas feitas por proprietrios de reas prximas faixa. Em geral ser necessria a retirada das matas que margeiam o curso dgua. Todas as retiradas de vegetao sero realizadas aps a obteno das licenas concedidas pelos rgos competentes e sero acompanhados por profissionais especializados com o intuito de orientar e utilizar as tcnicas adequadas.

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Escavao e aterro das valas No meio da faixa de servido de 30 metros ser escavada uma vala com 1 metro de largura por 0,80 metros de profundidade, onde ser assentada a tubulao. Imediatamente aps o assentamento da tubulao, a vala ser aterrada com o solo estocado durante a escavao. Esta metodologia de construo permite uma movimentao localizada da cobertura de solo que permanecer por um curto perodo de tempo exposto ao das chuvas, proporcionando uma diminuio do potencial de ocorrncias de carregamento de terra para as reas vizinhas e cursos de gua.

Faixa de servido na fase de Construo Aps o trmino do aterramento da vala, a faixa do mineroduto poder ser reaproveitada, possibilitando-se a regenerao natural da vegetao ou o plantio controlado de culturas agrcolas que no prejudiquem o mineroduto. Nas margens dos cursos dgua onde a mata foi retirada, sero desenvolvidas aes para revegetao das reas com espcies nativas.

Faixa de servido na fase de Operao

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Transporte e ptios de tubos A tubulao utilizada para a construo do mineroduto ser, provavelmente, adquirida de fabricantes nacionais e transportada por rodovias e estradas, sem nenhuma necessidade de transporte especial. Estas tubulaes sero estocadas em grandes terrenos alugados, que sero chamados de ptios de tubos. Sendo descarregadas em locais chamados de ptios, cuja localizao considerar a proximidade das sedes municipais (quanto mais perto, melhor) e as condies da infra-estrutura existente na regio.

Soldagem de tubos e teste hidrosttico Quando a tubulao chegar aos ptios de armazenamento de tubos, sero realizadas inspees e limpeza interna dos tubos, para depois serem transportados ao local onde ser feita a soldagem que vai unir os tubos antes de serem enterrados. Para segurana e garantia de funcionamento do tubo ser preparado um teste hidrosttico, que testa se os tubos esto em perfeitas condies. Caso positivo a tubulao enterrada, mas se alguma falha detectada, a tubulao no enterrada antes de a falha ser corrigida e da realizao de outro teste.

Travessias especiais So consideradas travessias especiais todas aquelas passagens do mineroduto por locais naturais ou construdos que necessitam de cuidados ou aplicao de mtodos de construo especficos. Este o caso das travessias de cursos dgua e das estradas. No caso dos cursos dgua, deve ser considerado especialmente, a largura e profundidade dos rios no local das obras. Para isso, j esto sendo feitos estudos especficos que iro definir a melhor tcnica de travessia do ponto de vista econmico e ambiental. Para as travessias em cursos dgua sero utilizadas duas tcnicas descritas a seguir. A adoo dessas tcnicas ser feita em cada caso, dependendo das condies locais das travessias: - Tcnica 01 Assentamento sob o leito dos cursos dgua pelo sistema de Cavalote: neste mtodo as margens so escavadas assim como o leito do rio que ser tambm dragado. A tubulao colocada diretamente sobre o fundo das escavaes das margens e leito do rio, e depois recoberta. Antes do assentamento da tubulao os tubos so montados sobre flutuadores e recebem um revestimento de concreto que aumenta o peso e a estabilidade deles no fundo do rio aps a retirada desses flutuadores. Esse revestimento protege a tubulao contra danos mecnicos.

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- Tcnica 02 Furo direcional: neste mtodo um equipamento especial realiza um furo controlado e sucessivamente alargado, por onde a tubulao do mineroduto passar, iniciando em uma das margens do rio, passando abaixo da cota de segurana desse rio (determinada por estudos hidrulicos) e terminando na outra margem, sem interceptar diretamente a drenagem. Esta tcnica apresenta como vantagens a minimizao dos impactos ambientais, uma vez que a estrutura para a perfurao ocupa apenas uma das margens do rio, no sendo necessrio a abertura de valas nas margens para assentamento da tubulao e nem dragagem / escavao do leito do rio. No entanto, tcnica de elevado custo e s dever ser aplicada em rios com mais de 40 metros de largura. A figura abaixo mostra um perfil esquemtico da tcnica de furo direcional para a travessia de cursos dgua.

Perfil esquemtico da tcnica do furo direcional

Aclive Cobertura normal

6m

Topo do barranco Marca de nvel dgua

6m

Aclive Cobertura normal

15 m (min)

3m (min)

15 m (min) 1,5 m (min) 3m (min) FLEXO

FLEXO

Infra-estrutura de apoio e equipamentos Para realizao das obras de implantao do mineroduto haver equipes de trabalho a cada 150 km. Esta equipe ficar alojada nos canteiros de obra, que tero toda a infraestrutura necessria incluindo instalaes administrativas, refeitrios, oficinas, reas de lazer, dentre outras. Contaro, ainda, com tanques para armazenamento de gua potvel, reas de abastecimento de veculos e sistema de coleta / disposio dos resduos sanitrios. O suprimento de energia eltrica ser realizado, sempre que possvel, atravs da concessionria local. O alojamento do pessoal poder ser realizado nas cidades mais prximas das obras ao longo do traado do mineroduto ou mesmo nos canteiros de obras (alojamentos mveis), quando sero dotados de reas destinadas a essa finalidade.

2.3 - Mo de obra na implantao e operaoPara implantao do mineroduto est prevista a gerao de at 1.574 empregos diretos no pico das obras, que podero resultar em outros 4.722 empregos indiretos, admitida uma relao de 3 empregos indiretos para cada 1 direto.

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O perodo de implantao das obras civis e de montagem eletromecnica do duto ter durao de, aproximadamente, 14 meses. Para essa implantao, admitidos dois blocos de trabalhos simultneos, apoiados por 2 canteiros centrais, a distribuio da mo obra direta (MOD) estar subdividida em mo de obra administrativa (MOA) e mo de obra operacional (MOO), conforme mostrado no quadro a seguir. O canteiro 1 atender o trecho que vai do 0 km ao 250 km, ao passo que o canteiro 2 atender o trecho restante. Nesse perodo de 14 meses de obras, o fluxo mdio estimado de funcionrios (empregos diretos) estar distribudo conforme o grfico apresentado na figura a seguir.

Histograma de empregos diretos

1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Ms

Empregados

MOO MOA MOD

Abaixo, pode-se verificar o resumo da mo de obra da fase de operao do mineroduto.N de pessoas (1) 1 2 1 3 0.75 0.75 0.75 1 1 11.25 Nmero de plantes 4 4 dia 4 4 4 4 dia dia Total de pessoas 12 24 2 36 9 9 9 2 1 104

rea Operao

Posio Tcnica Operador Tcnica Mecnica Programador de Manuteno Eltrica Instrumentao Engenheiro Chefe Gerente

Manuteno

Administrativa Total

(1) Nmero de pessoas por planto e por estao

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2.4 - Efluentes, resduos, emisses e rudosOs principais lquidos resultantes do processo industrial e que no so aproveitados so chamados de efluentes lquidos. O processo de construo e operao do mineroduto tambm gera emisses atmosfricas, rudos e resduos que so apresentados a seguir, bem como os principais sistemas de controle ambiental que sero instalados ou adotados no empreendimento para minimizao dos impactos ambientais.

Efluentes lquidos Na fase de implantao, efluentes oleosos podero ser gerados nas atividades de manuteno e lavagem dos equipamentos. Para controle destes efluentes, sero construdas reas com piso especial - que impede vazamentos para a terra - e canaletas prprias com caixas separadoras de gua e leo. Para os efluentes sanitrios sero construdas fossas spticas e haver instalao de sanitrios qumicos. Durante o perodo de construo do mineroduto, as guas das chuvas podero provocar o arraste de terra para os cursos dgua prximos e, consequentemente, promover o assoreamento e o comprometimento da qualidade das guas desses cursos. Para evitar este problema, as obras de implantao do duto sero realizadas em perodo de seca. Se houver necessidade de construo no perodo chuvoso sero instaladas pequenas barragens, que tm como objetivos diminuir a velocidade do fluxo de gua, evitando o arraste de material slido para outros locais.

Emisses atmosfricas Na fase de implantao, as emisses atmosfricas geradas so as poeiras originadas pelas movimentaes de solo e pelo trnsito de veculos e equipamentos em vias de terra. Na fase de operao as emisses sero insignificantes do ponto de vista ambiental. O controle das emisses atmosfricas, na etapa de implantao, mais especificamente das poeiras, ser realizado com a asperso de gua nas vias e acessos no pavimentados onde haver maior circulao de veculos e equipamentos, principalmente naqueles prximos a residncias ou comunidades.

Resduos slidos Os resduos slidos a serem gerados nas fases de implantao podem ser materiais contaminados com leos e graxas, resduos gerados por eventuais derrames e vazamentos, resduos sanitrios gerados pelo lodo das fossas spticas e dos sanitrios qumicos ou ainda por lixo domstico, embalagem de peas, vidros, plsticos, borrachas, madeiras, leos lubrificantes usados, entre outros. Para administrar estas questes a MMX adotar o Programa de Gesto de Resduos que abordar as formas de gesto e controle de cada um destes resduos.

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Rudos A gerao de rudos na fase de implantao ocorrer no perodo de construo do mineroduto, em funo de movimentao de mquinas e veculos e nas estaes de vlvulas durante a fase de operao. Estes rudos so tpicos de empreendimentos desta natureza e, em funo de seu carter temporrio, no esto previstas medidas de controle especficas alm daquelas relacionadas manuteno de veculos e equipamentos e ao uso de equipamentos de proteo individual - EPIs para os funcionrios. A localizao relativa das estaes de bombeamento, combinada com o nvel de rudo das bombas no traro incmodos s comunidades. Deve-se salientar tambm que a operao do mineroduto no emite rudo ao longo do seu caminhamento.

Principais insumos Alm dos materiais utilizados nas obras de implantao, em que se destacam os tubos de ao, o principal insumo do projeto refere-se ao consumo anual de energia no bombeamento do minrio que ocorrer na fase de operao do mineroduto. O projeto indica que o consumo mdio anual foi estimado em 289.594.465 Kwh/ano, valor que pode ser considerado elevado quando comparado com os demais consumidores das comunidades vizinhas ao traado do mineroduto. Porm, em termos absolutos um valor relativamente mdio.

2.5 - Descritivo do traado do mineroduto e seu entornoTrecho 1: Alvorada de Minas - Itamb do Mato Dentro (km 0 ao km 90) Esse trecho engloba 7 municpios que so: Alvorada de Minas, Conceio do Mato Dentro, Morro do Pilar, Santo Antnio do Rio Abaixo, So Sebastio do Rio Preto, Passabm e Itamb do Mato Dentro. Em sua poro inicial, o mineroduto ir cruzar uma regio caracterizada pela agricultura de subsistncia com baixo ndice de urbanizao. Somente os municpios de Morro do Pilar e Conceio do Mato Dentro possuem mais de 50% de sua populao inserida no meio urbano, os demais so predominantemente rurais. Nessas reas rurais o empreendimento ir passar prximo de diversas sedes de fazendas. Todos os municpios desse trecho possuem uma densidade demogrfica menor que a apresentada pelo estado de Minas Gerais. Eles possuem uma populao abaixo de 5 mil habitantes, com exceo de Conceio do Mato Dentro, com 18.637 habitantes. Todos apresentaram taxas de crescimento decrescente no ltimo perodo e so caracterizados por alta proporo de pobreza e baixa renda per capta. O mineroduto ir percorrer as reas rurais de todos os municpios desse trecho1, passando em dois distritos do municpio de Conceio do Mato Dentro: So Sebastio do Bom Sucesso e So Jos do Meloso. Alm disso, o empreendimento ir interagir com pessoas que vivem em pequenas comunidades ou em unidades residenciais isoladas.

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No trecho estudado, foram observados usos da gua tais como a recreao e pesca. Embora a atividade turstica na regio no seja desenvolvida, ela apresenta um grande potencial.

Trecho 2: Santa Maria de Itabira - So Domingos do Prata (km 90 ao km 185) Esse trecho engloba os municpios de Santa Maria de Itabira, Nova Era e So Domingos do Prata, que so os municpios como os maiores percentuais de reas a serem cortadas pelo mineroduto. O municpio de Santa Maria de Itabira ter o centro de sua sede, cuja atividade principal o comrcio, cortado pelo mineroduto, que tambm passar prximo ao distrito de Florena, alm de atravessar reas urbanas de Nova Era e de So Domingos do Prata, que so caracterizadas por padres construtivos simples. O mineroduto ainda passar prximo aos distritos de Vargem Linda e Santa Rita. As culturas agrcolas identificadas ao longo do futuro trajeto do mineroduto so: o plantio de milho, que a principal cultura agrcola nos trs municpios; a cultura de caf, principalmente em So Domingos do Prata, onde tambm h a presena da apicultura; e tambm a silvicultura, representada pelo cultivo de eucalipto para a produo de celulose, que ocorre no municpio de Nova Era. Na regio rural de Santa Maria de Itabira, prxima ao distrito de Florena, foram identificadas fazendas que desenvolvem piscicultura. Nesse trecho, o mineroduto passar nas imediaes de diversas casas com padres construtivos modestos. A presena de escolas rurais ao longo do trecho marcante e as ruas so utilizadas como um espao ldico.

Trecho 3: Sem-Peixe - Jequeri (km 185 km 270) Esse trecho engloba 7 municpios: Sem-Peixe, Rio Casca, Santa Cruz do Escalvado, Piedade de Ponte Nova, Santo Antonio do Grama, Abre Campo e Jequeri. O mineroduto interceptar a rea rural de todos os municpios e tambm passar prximo ao meio urbano de Santo Antnio do Grama e distrito de Nossa Senhora Aparecida, que pertence Abre Campo e prximo aos distritos de Sem-Peixe, que so: Cames, So Bartolomeu e So Vitorino. As principais culturas presentes nesses municpios so o milho e a cana-de-acar. A indstria agropecuria tambm relevante determinando a riqueza gerada na regio, sendo que no municpio de Rio Casca est instalada a fbrica do laticnio Cotochs. Esse trecho est inserido num contexto fortemente marcado por traos e aspectos rurais. Ao longo de sua extenso observa-se a ocorrncia de edificaes voltadas, predominantemente, para o uso residencial. Alm disso, a presena de pessoas nas ruas e vias constitui um trao marcante da regio.

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Trecho 4: Pedra-Bonita - distrito de Boaventura (Itaperuna/RJ) (km 270 km 431) Nesse trecho o mineroduto ir percorrer 13 municpios bastante heterogneos quanto ao tamanho de suas populaes, so eles: Pedra Bonita, Sericita, Santa Margarida, Fervdeouro, Divino, Pedra Dourada, Carangola, Faria Lemos, Tombos e no estado do Rio de Janeiro, os municpios de Porcincula, Natividade, Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana. Ao longo de seu futuro percurso o mineroduto ir cruzar a rea rural de todos os municpios citados, passando adjacente s reas urbanas dos municpios de Pedra Bonita, Tombos, Porcincula e Natividade. Alm disso, passar prximo s reas urbanas dos distritos de Ponte Alta de Minas e Alvorada, no municpio de Carangola, e do distrito de Boaventura, no municpio de Itaperuna. As paisagens que predominam ao longo de todo esse trecho so as plantaes de caf e as pastagens com a presena de gado.

Trecho 5: Distrito de Boaventura em Itaperuna - So Joo da Barra (km 431- km 531) O mineroduto percorre trs municpios em sua poro final, Cardoso Moreira, So Joo da Barra e Campos dos Goytacazes, sendo que esse ltimo apresenta as maiores diferenas econmicas e demogrficas ante a todos os demais da regio estudada. O empreendimento ir cruzar a rea rural desses trs municpios, sendo que em Campos dos Goytacazes passar adjacente dois distritos (Vila Nova de Campos e Conselheiro Josino) e no municpio de So Joo da Barra, passar pelos bairros de Cajueiro e Praia do Au. No trecho final do mineroduto, haver muitas residncias prximas ao local onde ser instalado o futuro porto de embarque de minrio. O perfil predominante das populaes desses municpios urbano. Ao longo desse trecho o mineroduto ir percorrer, basicamente, plantaes de cana-de-acar. A presena de usinas de lcool e acar o principal fator motivador da presena dessa monocultura. O outro uso do solo caracterstico dessa regio a pastagem para gado bovino. O municpio de Campos dos Goytacazes possui o maior rebanho bovino de toda rea estudada. Em Cardoso Moreira, as ruas e as praas se colocam como pontos de significativo convvio social. J nos distritos de Vila Nova de Campos e Conselheiro Justino em Campos dos Goytacases, a maioria dos habitantes trabalham em sua sede havendo linhas regulares de nibus que realizam seu transporte. Campos dos Goytacazes exerce uma influncia urbana sobre toda a regio. A produo agrcola se realiza atravs de extensas plantaes de cana-de-acar, tendo em seu interior significativo fluxo de caminhes que transportam os trabalhadores e a produo. As caractersticas ambientais mais marcantes do traado do mineroduto esto ilustradas no mapa apresentado no anexo 01 deste RIMA. A seguir, encontra-se o traado geral do mineroduto.

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FIGURA 2.1 - Situao geogrfica e rota do mineroduto

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3 - SINTESE DOS RESULTADOS DOS ESTUDOS DIAGNSTICO AMBIENTAL DA REA DE INFLUNCIA3.1 - Anlise integrada do diagnstico ambiental

DE

A matriz que sintetiza o diagnstico ambiental da rea de influncia do mineroduto da MMX, e permite uma visualizao das inter-relaes existentes entre os meios fsico, bitico e socioeconmico, facilitando a compreenso da estrutura e da dinmica ambiental da regio onde ser implantado o empreendimento, encontra-se no anexo 02 deste Rima. Em funo da diversidade dos enfoques diagnosticados para os meios fsico, bitico e socioeconmico e da grande extenso linear do empreendimento, e objetivando apresentar cenrios mais homogneos, o presente resumo da matriz de integrao est segmentado em quatro abordagens que correspondem, de norte para sul, aos seguintes trechos do mineroduto com caractersticas similares.

Trecho 1 - Km 000 (Alvorada de Minas - MG) ao Km 175 ( So Domingos do Prata - MG) Este primeiro trecho corresponde geologicamente ao Complexo Guanhes e Sute Borrachudo, com intercalaes das rochas dos Supergrupos Espinhao e Rio das Velhas. A geomorfologia regional dominada por remanescentes de cadeias dobradas, representada pela Serra do Espinhao em cerca de 75 km iniciais, e sendo gradativamente substituda por relevos de degradao. Toda a faixa encontra-se na Bacia do Rio Doce, sub-bacias dos rios Santo Antonio e Piracicaba, onde o clima caracterizado como quente e mido. A flora representada por fragmentos de vegetao arbrea de bom tamanho e expresso nos topos de morros, com presena marcante de Candeiais (faixa de transio entre os domnio Atlntico e de Cerrados) nas proximidades do Espinhao, mas que vai rareando para o sul. A partir do km 25 comeam a predominar eucaliptais e ambientes de pastos, sendo que estes se tornam mais abundantes nos ltimos 100 km do trecho. H elevada diversidade de fauna, no trecho, especialmente na poro sul da Serra do Espinhao, com expressiva presena de espcies bioindicadoras como o Lobo-Guar, Ona Pintada, Cateto, Perereca-Verde e Pega-Macaco. Nos ltimos 75 Km, j na regio do Parque Estadual do Rio Doce, tambm se observa diversidade faunstica considervel, comparecendo como espcies bioindicadoras a Ona-Pintada e o Jado-Sul. O uso e ocupao do solo so diversificados, apresentando extensas reas com formaes florestais estacionais semideciduais, com candeiais, com reflorestamento de eucalipto, com agropecuria e minerao, alm de rios, lagoas, represas e diversas zonas urbanas. Sob o ponto de vista socioeconmico, a regio compreende 7 municpios com baixo contingente populacional, baixa taxa de urbanizao, baixa renda per capita, PIB concentrado no setor de servio e agricultura de subsistncia, mas com forte potencial turstico em funo do patrimnio natural, histrico e cultural.

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Outros 3 municpios apresentam populaes entre 10.000 e 20.000 habitantes e um deles (Nova Era) tem perfil industrial e os outros dois com o PIB concentrado no setor de servios, e nos quais a principal cultura agrcola a de milho. A regio apresenta potencial para stios arqueolgicos pr-histricos e arte rupestre, e se destaca pelo contexto histrico do ciclo do ouro, com fazendas que remontam ao sculo XVIII.

Trecho 2 - Km 175 (So Domingos do Prata - MG) ao km 350 (Tombos - MG) Este segundo trecho encontra-se sobre o Complexo Geolgico da Mantiqueira, com intercalaes de xistos do Grupo Dom Silvrio, e sobre o Complexo Juiz de Fora, apresentando relevos de degradao representados pelos planaltos dissecados do leste de Minas Gerais, com intercalaes das unidades geomorfolgicas da Serra da Mantiqueira em sua poro centro-sul, e da Depresso do Rio Paraba do Sul em sua poro sudeste. O sistema hdrico composto, essencialmente, pelas sub-bacias hidrogrficas dos rios Piracicaba, Casca e Matip, da Bacia do Rio Doce. De norte para sul, o clima varia de quente - mido para sub-quente mido e mesotrmico brando mido. Nos primeiros 50 km do trecho predominam as pastagens, plantios de canaviais e algumas rea florestadas. Na regio da Serra da Mantiqueira ocorrem afloramentos rochosos e surgem os cafezais que compem a paisagem juntamente com as pastagens. No trecho inicial, onde a regio fortemente antropizada, baixa a diversidade de fauna, que apresenta muitas espcies generalistas. Nas proximidades da Serra da Mantiqueira a diversidade faunstica considervel, e o Governo de Minas Gerais considera a regio como de prioridade alta a extrema para conservao de fauna. Similarmente ao trecho anterior, h muitos rios e crregos e o uso e ocupao do solo diversificado, apresentando reas com formaes florestais estacionais semideciduais e grandes extenses com usos para reflorestamento, agrcola, pecurio, minerao e zonas urbanas, alm de muitas formaes rochosas mais ao sul. O trecho atravessa municpios com populao varivel entre 3.000 e 10.000 habitantes, com traos rurais marcantes e presena de algumas agroindstrias, que condicionam fortemente o PIB regional, sendo as principais culturas o milho e a canade-acar. Em outros municpios h grande heterogeneidade quanto a populao e grau de urbanizao, predominando neles as culturas de caf e a pecuria de leite. Toda a regio apresenta um bom potencial turstico em funo, principalmente, do patrimnio natural e histrico, existindo um conjunto de propriedades rurais com sedes imponentes ligadas ao ciclo e aos bares do caf. Tambm apresenta potencial para stios pr-histricos ligados s tradies ceramistas Aratu / Sapuca para a primeira metade do trecho e Tupi-Guarani para o restante. O potencial para stios da tradio UNA remoto.

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Trecho 3 - Km 350 (Tombos - MG) ao Km 475 ( Campos dos Goytacases - RJ) O trecho seguinte coberto pelo Complexo Geolgico do Paraba do Sul, onde a geomorfologia dominada pelos relevos de degradao dos Planaltos Dissecados do Norte Fluminense, Escarpas Serranas e Macios Interiores. Est situado na Bacia do Rio Paraba do Sul, sub-bacias dos rios Carangola e Muria. O clima varia de quente mido a quente semi-mido. Neste trecho ocorrem formaes rochosas com alguns remanescentes de mata, mas predominam muitas reas de brejo e pastagens, restando poucas matas ciliares (encapoeiradas) acompanhando os cursos de gua. Como a regio extremamente antropizada, a fauna restrita com ocorrncia de espcies generalistas e pouco abundantes. O trecho situa-se em municpios com heterogeneidade de populao e grau de urbanizao, predominando neles as culturas de caf e a pecuria de leite, e com bom potencial turstico em funo, principalmente, do patrimnio natural na regio serrana do Rio de Janeiro. Tambm apresenta potencial para stios pr-histricos ligados fase Mucuri da tradio UNA, e para stios de Coletores-Caadores.

Trecho 4 - Km 475 ( Campos dos Goytacases - RJ) ao Km 525 (So Joo da Barra - RJ) O ltimo trecho geologicamente caracterizado pelos Depsitos Sedimentares e Formao Barreiras, com a presena de relevos de tabuleiros, de plancies costeiras e colvios-alvios-marinhos. Situa-se, predominantemente, nas bacias do Rio Maca e da Lagoa Feia. A regio de clima quente mido. H presena de muitos ambientes brejosos acompanhando lagos antropizados prximos Lagoa do Campelo. Ao sul desta surgem fragmentos de tamanhos diversos de restinga e de reas de brejo, intercaladas por florestas mistas entre semideciduais e de restinga, com forte predominncia de pastos e de culturas de cana-de-acar, destacadamente, no entorno da grande zona urbana de Campos dos Goytacazes. A regio apresenta baixa diversidade faunstica e espcies tpicas de herpetofauna e avifauna de restinga. O potencial arqueolgico da rea litornea e lagunar resultou da presena de grupos da Tradio Una e Tupi-Guarani na regio, com grande probabilidade de ocorrncia de Sambaquis.

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3.2 - Principais fatores ambientais susceptveisO resultado final do Diagnstico ambiental pode ser expresso por meio da identificao dos principais componentes do meio ambiente que se apresentam mais susceptveis (frgeis) e que possam se tornar vulnerveis s aes de implantao e operao do mineroduto da MMX. Diante disso, consideramos aqui os elementos que se apresentam nessas condies e que devem ser objeto dos maiores cuidados no desenvolvimento de cada etapa da implantao e da fase de operao do empreendimento. Esta sntese, portanto, articula as aes com potencial de impacto e o diagnstico ambiental na situao presente, antes da implantao do empreendimento. Os fatores ambientais aqui apresentados foram analisados em detalhe no EIA conforme metodologia de avaliao de impacto ambiental. A seguir so apresentados os principais fatores ambientais que podem ser impactados pelo empreendimento, no mbito das reas de influncia do empreendimento.

3.2.1 - Meio Fsico3.2.1.1 - reas de Influncia Direta e Indireta Para o perodo de implantao, alm da faixa de servido do mineroduto, sero considerados como AID os canteiros de obras, as estaes de bombeamento e de vlvulas, os acessos e os ptios temporrios para armazenamento dos tubos do mineroduto. A rea de influncia indireta foi definida como as micro-bacias hidrogrficas interceptadas pelo mineroduto.

Viso parcial do vale do crrego Bom Sucesso junto ao trecho inicial do mineroduto (Km 15).

Vale do Rio Santo Antnio, regio de transio da Serra do Espinhao para o domnio dos Planaltos Dissecados do Leste. Observar a transio entre o relevo do Espinhao, ao fundo, para as formas mais suaves, resultado da intensa ao de rios sobre os planaltos.

Solo componente de um relevo forte, ondulado e montanhoso, sendo utilizado para pastagens.

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Vale do Rio Doce, prximo ao Km 200 do mineroduto.

Macio rochoso localizado na regio de Santa Margarida, com feies arredondadas em forma de cpula, conformando um tpico po de acar.

Vale do rio Matip na regio de Pedra Bonita

Floresta de rvores emergentes, prximo cidade de Vargem Linda, MG

Cultivo de caf sobre os topos e encosta dos morros, na rea prxima a Bom Jesus do Divino, MG.

Pastagens logo aps o incio do traado.

3.2.1.2 - Principais fatores ambientaisFator ambiental qualidade do ar estabilidade dos solos e processos erosivos qualidade da gua qualidade do solo Dinmica hdrica (sedimentos assoreamento) Fator de vulnerabilidade Poeiras e gases de combusto Mtodos construtivos Elfuentes sanitrios e oleosos Resduos slidos (lixo) Obras de travessia de corpos de gua

3.2.2 - Meio Bitico3.2.2.1 - reas de Influncia Direta e Indireta A AID para fauna (animais) e flora (plantas) compreende a faixa de servido de 30 metros do mineroduto, ao longo de todo seu trajeto, onde os impactos da obra podero afetar diretamente a fauna. Considerou-se como AII uma faixa que compreende 2.000 metros de cada lado do mineroduto, ao longo de todo seu trajeto, tendo em vista que nesta faixa podero ocorrer impactos indiretos sobre a fauna durante a implantao do empreendimento.

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Matas localizadas nas encostas da Serra do Brigadeiro, prximas ao divisor de guas entre as bacias do Doce e Paraba do Sul.

Na rea de estudo, foi identificado Jupar (Potos flavus) ou Macacoda-Noite, considerado espcie rara, cuja primeira e nica ocorrncia, at o momento, tinha sido ocorrncia registrada no estado de Minas Gerais foi em 1943.

Durante a fase de estudo foi identificada a ocorrncia de uma nova espcie, a Crossodactylus sp. (rdiurna) em Minas Gerais.

Lachesis muta (surucucu-picode-jaca) serpente peonhenta de grande porte, com registros histricos para Carangola, MG e norte do Rio de Janeiro (Autoria: Bruno V.S. Pimenta)

Micrurus ibiboboca (coralverdadeira), serpente florestal de hbitos fossoriais (Autoria: Fbio Schunk)

Capivara (Hydrochaeris hidrochaeris)

Sagi (Callithix aurita)

Paca (Agouti paca)

Lambari-rabo-amarelo Astyanax bimaculatus, uma das espcies mais abundantes em nmero, no trecho do mineroduto.

Tilpia Tilapia rendalii, espcie extica

Macaco-prego (Cebus nigritus)

Coruja fotografada durante os estudos de fauna

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3.2.2.2 - Principais fatores ambientaisFator ambiental Vegetao lenhosa Bromlias e Orqudeas Mata nativa (desconti