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7ª EDIÇÃO AAUBI DOM 31 MAR 2015 | ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR PATROCINADORES OFICIAIS RICHIE CAMPBELL É CABEÇA DE CARTAZ DA SA 2015 TERTÚLIA UBIANA AAUBI DÁ “VOZ AOS ESTUDANTE” V FEITIÇO DA ENCANTATUNA

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7ª EDIÇÃO AAUBI DOM 31 MAR 2015 | ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

PATROCINADORES OFICIAIS

RICHIE CAMPBELL É CABEÇA DE CARTAZ DA SA 2015

TERTÚLIA UBIANAAAUBI DÁ “VOZ AOS ESTUDANTE”

V FEITIÇO DA ENCANTATUNA

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PresidenteFrancisca Castelo-Branco

Diretor EditorialAnabela Carvalho

Colaborador EditorialDaniela Berrincha

DesignersPaulina Fonseca

RedaçãoAdriana Ribeiro Alexandre SantosAna DuarteCláudia SousaDaniela SantosGonçalo AlmeidaJoana IsabelJoão SantosJosé Eduardo MonteiroLígia MachadoMafalda FélixMariana Saraiva ����������

FotógrafosEdgar FélixTiago Pinheira

EDITORIAL”

Neste mês de março, várias foram as atividades executadas e pensadas em ti.

Sim, em ti! Para os estudantes da nossa Academia.

Importa relembrar e reforçar a importância da Voz dos Estudantes dentro da UBI e no panorama Na-cional. Cabe, também, aos estudantes denunciar aqueles que são os problemas vividos e sentidos no dia-a-dia por todos nós. Por isso, não fechemos os olhos e apontemos os problemas, mas também soluções para estes.

Neste sentido, fomos ter com os estudantes Ubianos no dia em que se celebrou o dia de todos os alunos Universitários Portugueses, para ouvir o que tinham a dizer sobre o atual estado do Ensino Superior em Portugal e dar-lhes Voz. Importa, assim, questionar os diferentes agentes da sociedade, �������� ���������������� ������ ��������������� �������������������������������abandonar os estudos; porque não chega a ação social a quem precisa; porque faltam condições ped-agógicas em alguns cursos... Só com respostas claras a estas e outras preocupações estudantis, po-demos apresentar soluções viáveis para o ensino superior.

Certa de que, juntos e unidos somos mais fortes, é intenção da direção da AAUBI continuar a infor-mar e unir os estudantes para que em uníssono, no momento e tempo adequado, façamos ecoar pelos cantos da UBI e de Portugal.

�������� ��������������������������������������� ������������������������������ �����-ularmente, para aqueles que viverão a sua última grande festividade académica.

Francisca Castelo-BrancoPresidente Da AAUBI

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DestaquesRichie Campbell é Cabeça de Cartaz da SA 2015

Richie Campbell foi o escolhido para ser a grande imagem do Cartaz da Semana Académica AAUBI 2015. Este foi apresentado no dia 5 de maio no auditório da Associação Académica da UBI, juntamente ��������������� ���������������������

�������������������� ����� ��

Valete, Ninja Kore, Blasted Mechanism e Marcelinho da Lua, são alguns dos nomes mais sonantes que vão atuar na Semana Académica que decorre de 7 a 11 de abril, no Pavilhão da Anil. Como cabeça de cartaz e, pela segunda vez na Covilhã, foi convidado Richie Campbell, o jovem prodígio da música reggae por-tuguesa.

O cantor espera ser recebido por par-te dos estudantes da mesma forma que foi no ano passado, sendo que “as ex-pectativas são sempre altas quando são Semanas Académicas, pois o público está melhor informado, conhece melhor o projeto, conhece melhor as músicas e por isso reage melhor aos concertos”, diz Richie Campbell. Explica ainda que a “preparação” para um concerto deste género se baseia na atitude que é posta em palco e não na música em si, isto é, existem sempre alterações realizadas no ssets previamente selecionadas, para que o público não perca a atenção e esteja mais interessado no show durante mais tempo”, explica o cantor. Ficou muito

surpreendido positivamente pela con-stituição musical do cartaz da Semana Académica da UBI, que se irá realizar no habitual pavilhão da Anil.

O Cabeça de Cartaz esclarece ainda que, existe algum nervosismo extra, pois este irá constituir o primeiro concerto da nova tour. O novo álbum será lançado em abril, logo o grande objetivo desta digressão será a promoção deste mesmo. Richie elucida que já têm datas marcadas tanto em Portugal como no estrangeiro, de forma a internacionalizar o projeto.Relativamente ao orçamento deste even-to, Francisca e José Carlos, Vice-Pres-idente da AAUBI, mencionam que o preço do bilhete geral para estudantes sócios irá manter-se igual ao do ano pas-sado. Comparativamente aos anos ante-riores, os preços dos bilhetes diários irão ser um pouco mais reduzidos, principal-mente na noite de sábado já que é um dia também direcionado para a população lo-����� ���������� ����������!���bares, tanto aos núcleos como privados, os principais membros da AAUBI con-

������������������"�#��$��������%&��aos anos anteriores para também ir ao encontro da comunidade. Francisca Cas-telo-Branco declara ainda que “não foi possível baixar o preço da pulseira geral ��������'���������&�����������������#��� ����������&�����������tem de trazer algum retorno a nível dos gastos, explica a presidente.

(������������������������%!��Francisca diz não foi possível a inter-rupção das aulas nesta semana visto que a nova direção da AAUBI só entrou em ��'��������������)*+,��-�����������-������.��� ��������������� ���������docentes não marquem qualquer tipo de avaliação nessa semana, seja frequências ou apresentações de trabalhos.

Francisca Castelo-Branco terminou a conferência de imprensa expondo a sua opinião pessoal acerca das expectati-vas dos estudantes para esta Semana Académica, perspetivando uma recep-tividade positiva quer do cartaz quer do evento em si.

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Tertúlia Ubiana

Desenvolvimento, participação política, jovens, educação e formação, foram alguns dos tópicos debatidos na conversa coloquial que contou com a participação ativa dos espectadores.

Por: Cláudia Rodrigues de Sousa

O projeto “Conversas da Comunidade”, estreado a 7 de março no Bar Académi-co, pretende contribuir para a formação integral dos estudantes bem como a aproximação entre a comunidade estu-dantil.

A primeira sessão baseou-se na temática: “A importância da Política para os Jov-ens” e contou com a presença de Renata Costa, da Comissão Política da Direção Nacional da JCP; Hugo Lopes, Presi-dente da Juventude Social Democrata

da Covilhã e Joana Bento, coordenadora da Concelhia da Juventude Socialista do Fundão.

Francisca Castelo-Branco, presidente da Associação Académica, fez uma apre-ciação positiva e revela que “o conceito que tínhamos em mente para este projeto funcionou, pois conseguimos colocar os ������ ������� /#������������������ambiente informal em que houve espaço para ouvir as opiniões e a experiência de ����� ������ ���0��������

-����������#������������� �-zam pelo crescimento pessoal e integral dos estudantes da academia, a dirigente da Casa Azul garante que irá dar con-tinuidade a estas sessões e pouco adianta sobre as mesmas para criar uma certa ansiedade pelo lançamento do cartaz.

V Feitiço da EncantaTuna

A Covilhã recebeu, no passado dia 6 e 7 de março, o V feitiço da encantaTuna. Este ano, por falta de �������������������������� !���������� �"��#�����$����������%����������� ��������&�'���������Saúde e contou com atuações de tunas vindas de todo o país.

Por: Daniela Santos

Magia pelo mundo. Foi este o tema do quinto feitiço organizado pela Tuna Académica Feminina da Universidade da Beira Interior, a EncantaTuna.

As diferentes tunas subiram ao palco para um espetáculo inspirado na etnia cigana, na magia africana e americana. A concurso estiveram a Cientuna, da Uni-

versidade de Ciências do Porto, a Femi-nina, a tuna de farmácia da Universidade de Lisboa e a Tunes, da Escola Superior de Educação de Santarém.

����%&����)*+,������������� ����organizar o festival foram ainda maiores ��������������������������.�������patrocínios. Adília Nunes, Magíster da

EncantaTuna, sublinha que “o apoio da reitoria é fundamental para a organização do evento. É entregue um plano de ativ-idades e a reitoria devolve o máximo de dinheiro que conseguir, é uma ótima ajuda. Este ano dispensaram-nos a can-�����������������������������������tunas convidadas dormem sem qualquer custo”, assegura a Magíster.

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1� �����������������������������������������.������'����2�#������3�a Cientuna recebeu o lugar de melhor pandeireta e a honra de melhor adap-tação ao tema foi para a Tufes. No en-tanto, foi a Feminina que mais prémios conseguiu. A Tuna de Lisboa levou para casa o galardão de melhor instrumental, melhor estandarte, tuna mais público e melhor tuna.

A Encantatuna associou o seu festival uma vez mais a uma causa solidária. Em parceria com os Lions e os Leões, a tuna recolheu materiais como luvas, papel higiénico, sacos do lixo ou talheres de ���������������(.�����

Apesar da tuna da casa ter conseguido colmatar as despesas do evento com o dinheiro dos bilhetes e das lembranças

vendidas, “a adesão do público ao Feitiço foi menor que em anos anteri-ores”, explica Márcia Almeida, a te-soureira da EncantaTuna.

A tuna da casa fechou a quinta edição do feitiço e a noite continuou para todas as tunas presentes no Bar académico da Covilhã, no After-Party.

AAUBI dá “Voz aos Estudantes”

Dar „Voz aos estudantes‰ foi o lema escolhido para comemorar o Dia Nacional do Estudante, comemora-da no dia 24 de março.

Por: Anabela Carvalho

O Dia Nacional do Estudante é um mar-co na vida de todos os Universitários. A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) promoveu neste dia uma campanha de sensibili-zação dos estudantes, durante a hora de almoço nas cantinas da Universidade. O objetivo seria alertar para as atuais problemáticas do ensino superior em Portugal, procurando, também, recolher a opinião e preocupações dos estudantes sobre estes e outros assuntos.

Em 1962, estudantes de todo o país ignoraram a proibição do Governo e juntaram-se em Coimbra para a real-ização do primeiro Encontro Nacional de Estudantes. Os membros da direção da Associação Académica de Coimbra sofreram sanções com este ato, através da instauração de processos disciplinares e consequente suspensão. Os estudantes de Coimbra responderam com o luto �����������'����������

Em 1987 a Assembleia da República �$�����4������5��������������������24 de março.

As questões: “Porque é que temos as propinas mais caras da Europa?”; “Porque há atrasos no pagamento de Bolsas?”; “Porque não há Bolsas para quem precisa?”; “Porque não há dinheiro para a Educação Superior?” e “Porque �&�������������#�������������������Curso?”, foram a voz dos estudantes neste dia. Para Jorge Pereira, vice-presi-dente para a política externa da AAUBI, “estas são algumas das situações que representam o dia-a-dia de muitos es-tudantes espalhados pelas instituições �������� �������� �6����������&�� ����������� "�����������������0��reitera.

Às questões: “Porque continuam a ha-ver estudantes a abandonar os estudos?” e “porque há atrasos no pagamento de Bolsas?”, Jorge Pereira responde que “é inconcebível que todos os anos centenas de estudantes abandonem a sua formação ���.��������� �����������������7�impensável que num estado social se-jam excluídas, da atribuição de bolsa de estudo do ensino superior, pessoas que �������������������� �����������de outra forma não poderão enveredar e complementar a sua formação no ensino

superior”, acrescenta o vice-presidente para a política externa. A campanha decorreu em várias univer-sidades do país, neste que foi o Dia Na-cional do Estudante.

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Espaço AcademiaSemana Académica marca regresso de Richie Campbell à Covilhã

No passado dia 5 de Março a comuni-����������������89:���������������o cartaz da Semana Académica AAUBI 2015. Marcada para os dias 7 a 11 de abril a Semana Académica vai contar com nomes do panorama da música nacional, alguns dos quais já estiveram em “Receções ao Caloiro” e “Semanas Académicas” anteriores. O cartaz conta com variados artistas desde o “Hip Hop” ao “Reggae”, passando pela música eletrónica. Para a presidente da AAU-BI, Francisca Castelo-Branco o objetivo deste cartaz é tentar transformar esta Semana Académica numa “mini Receção ao Caloiro” esperando que os estudantes considerem o cartaz apelativo”, pois segundo a presidente“ o cartaz da Sem-ana Académica é sempre mais critica-do do que o da Receção por ser menos chamativo e assim decidimos inverter o cenário”, tornando assim o evento um pouco semelhante aquilo que os estu-

�������������������#�������������Receção ao Caloiro. Questionada sobre as expectativas em relação a esta edição �����������������������������������que “as expectativas, além de dormir pouco, são que os estudantes saiam de-sta semana contentes e que digam que a AAUBI conseguiu satisfazer os estu-dantes”.

Em relação ao cartaz propriamente dito, a semana contará com a habitual “Sere-nata” no Calvário a abrir esta semana de festa, na terça-feira dia 7. A quarta-feira será reservada ao tradicional “Arraial da Cerveja“, onde o já habitual cantor de música tradicional portuguesa, Virgílio Faleiro e os dj’s “P*uta da loucura” e “The Monkey Business” irão animar o pavilhão da Anil. Quinta-feira será a vez do “Hip Hop Tuga” ter o lugar de des-taque com conhecido artista “Valete”, ele que foi um dos nomes melhor recebidos

pelos estudantes da UBI e que subirá ao palco antes dos já conhecidos, “Ninja Kore” que ao contrário do habitual DJ Set, atuarão pela primeira vez na Co-vilhã com a banda completa num “live act” bastante aguardado pelos estudantes, como é o caso de Carolina Pinto, caloi-ra de Ciências da Comunicação que se ������.������������������%&��� ���“é uma banda da qual eu gosto muito e dá para acabar a noite de maneira dif-erente e a música electrónica que eles produzem é algo do qual eu gosto bas-����0��������-���������#����#�����que irá anteceder a atuação do dj covil-hanense “ESSE SB”. Na sexta-feira é a vez dos “Blasted Mechanism” repetirem a presença numa Semana Académica da UBI, precisamente 2 anos depois do seu último concerto na cidade neve, eles que serão “acompanhados” nessa noite pelos dj’s Branko (membro dos Buraka Som Sistema) e pelo dj Souza. O sábado e

(� �!�)��*��+��!����� ��/�����3����8 �������/�������9��� ;�������������<��������������-taz da Semana Académica apresentado no passado dia 5 de março e com a presença do cabeça de cartaz =��/��&��>� ���������������'�������?�������

���@�F����G��������������

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/��������������&�������������������música Reggae com a presença do con-hecido artista português Richie Camp-bell que depois de atuar na Receção ao Caloiro na Covilhã em 2013, volta a subir aos palcos agora como cabeça de cartaz da Semana Académica 2015. Depois de ter lançado o seu mais recente single “Best Friend”, que é um sucesso nas rádios portuguesas. Essa noite con-tará com Dj Marcelinho da Lua, também ele um artista conhecido da comunidade Covilhanense, depois da sua presença na Semana Académica de 2013. Presenças que agradaram a Micael Bacelar, aluno de Design Industrial que gostou “bas-tante do cartaz, porque vêm cá artistas como o Marcelinho da Lua e o Richie Campbell que eu gosto já que eu aprecio bastante a música Reggae”, enaltece. A fechar este cartaz estarão presentes a banda algarvia de funk, “Os Compo-tas”, a banda “Triz” e o dj “Mr. Viziny”. Como já é habitual cada noite da Sema-na Académica abrirá com a atuação das tunas da UBI.

Este ano a apresentação do cartaz contou com uma novidade, que foi o regresso da apresentação com o cabeça de cartaz dessa edição presente no Bar Académico. Depois de Aurea em 2011 foi a vez de Richie Campbell protag-onizar o regresso da conferência de �� ���������������� ����%&�����Semana Académica. Segundo o artista “é uma satisfação voltar a atuar para os estudantes da UBI e espero que agora o concerto seja o dobro melhor que o out-ro, pois este tipo de público é exigente e a expectativa é grande porque será o pri-meiro concerto da nova tour de apresen-��%&����������"�#��0��������(��������espera “ser bem recebido como foi da última vez, o que é bom sinal” esclarece.

O preço dos bilhetes custará 25 euros para Sócios da AAUBI e 30 para Não-Sócios, valor que apesar de ser sem-pre criticado pelos estudantes na relação “qualidade do cartaz- preço”, é algo que “nunca se pode reduzir muito infeliz-mente, pois terá de haver algum retorno ��������� ��������89:����������-

mensão deste evento e os custos a supor-tar” como diz o vice-presidente da Asso-ciação Académica da UBI, José Carlos Costa. Contudo haverá uma tentativa de redução do preço dos bilhetes diários principalmente para o último dia pois é aquele que trás mais pessoas sem serem estudantes ao pavilhão da ANIL, como é o caso de famílias de variadas faixas etárias. Além dos bilhetes há sempre a preocupação com as aulas durante esta �������������.��������������%!��Segundo Francisca Castelo-Branco “o que foi possível fazer foi chegar a acordo com a Reitoria para que nesta semana os professores não marcassem avaliações aos alunos e pelo que sabemos esse aviso �"���������� ������0��������

Expectativas elevadas para uma semana de festa com um cartaz variado e direcionado, não só para os estudantes da UBI mas também para toda a comu-nidade estudantil nacional que costuma marcar presença neste evento.

ConheçA’S informa alunos da UBI

O projeto „ConheçAÊS‰ foi uma iniciativa realizada pela Associação Académica da Universidade da Bei-ra Interior, AAUBI, em parceria com os Serviços de Ação Social da Universidade, SASUBI.

���@�3�;������/�����F�����?��>

Durante uma semana, de 23 de fevereiro a 4 de março, o projeto Conheç’AS pas-sou pelos diferentes pólos da Universi-�������9����:��������1�������������Parada recebeu a última sessão, no dia 4 de março pelas 18 horas. O objetivo destas sessões passava por esclarecer os alunos sobre os serviços de Ação Social, nomeadamente as bolsas de estudo, fun-do de apoio social e acerca da ReFood, instituição de solidariedade. Elisabete Ramos, responsável pela di-visão dos Serviços de Apoio Social, abordou as questões relativas a apoios e bolsas de estudo. Começou por ex-plicar a utilização do simulador de bol-

sas, quem poderia concorrer, quais as condições de elegibilidade, como for-malizar a candidatura, os prazos que se devem cumprir e algumas estatísticas referentes a anos anteriores. O último ponto abordado foi o Fundo de Apoio Social, que tem como objetivo ajudar os estudantes nas suas despesas com as propinas e promover a solidariedade e equidade social.Em representação da AAUBI, Jorge Pereira apresentou o projeto “ReFood”, ��� ���������6�����������������'�����Covilhã recentemente e tem crescido dia após dia. O propósito desta ideia é dis-tribuir os restos alimentares dos restau-

rantes e cafés pelas pessoas mais caren-ciadas. O objetivo é atribuir pelo menos uma refeição por dia e “ninguém deve ter ��'����������������(����������8-9:��������89:0����������������Elisabete Ramos refere que “há pouca participação neste tipo de eventos de caráter informativo e que de alguma forma está relacionada com alguma ci-dadania que tenha de ser desenvolvida”. Desta forma, o balanço da participação dos estudantes nas diversas sessões de esclarecimento não foi muito positiva.

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Jornadas de Engenharia Eletromecânica esclarece alunos

)�����������'�����������������������F����������G �����H�����<������������������������-pação de vários alunos.

Por: Ana Duarte

As jornadas nacionais de Eletromecâni-ca tiveram como principal objetivo dar ��������������������������������empresas da área a nível nacional, o trabalho que realizam e os projetos fu-turos. As jornadas foram uma iniciativa do Núcleo de Estudantes de Engenharia Eletromecânica, NEUBI, e, segundo Ta-tiana Nabais, membro do núcleo, “estas pretendem fazer com que os alunos ten-ham mais contacto com o mundo exteri-or, com o mundo empresarial e é também uma forma de preparar os alunos para o ������������#����0��������

Um dos pontos de interesse das jornadas foi também o contacto direto com as em-presas de forma a mostrarem os produtos que estão a ser desenvolvidos. A mesma opinião foi partilhada por Duarte Marques, aluno de eletromecâni-���������������;���� ���������são fundamentais para obter contactos e oportunidades de carreira e dão a opor-tunidade de perceber que há muitas em-presas dispostas a receber candidatos”, sendo este um fator muito importante nos dias de hoje já que o mercado de tra-balho já atravessou dias melhores.

Duarte Marques argumenta que “é tam-bém muito importante o NEUBI realizar este tipo de eventos para estudantes uni-versitários uma vez que o contacto com entidades empregadoras o mais cedo �6������� �����6��� �����������a conhecer a verdadeira realidade das � ����������Um dos momentos de maior destaque foram as palestras relacionadas com a gestão da manutenção e produção, visto que a forma de funcionamento e proced-imento de uma empresa são bem difer-entes do que imaginamos.

UBIOTEC organiza I Ciclo de conferências em Biotecnologia Alimentar

Segurança e Biotecnologia Alimentar debatido no I ciclo de conferencias organizado pelo núcleo de biotecnologia. Por: Daniela Berrincha

O Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde recebeu, no dia 27 de fevereiro, o I Ciclo de conferências em segurança e Biotecnologia Alimentar. O evento organizado pelo núcleo de estu-dantes de Biotecnologia da UBI, teve também como público alvo alunos do Instituto Politécnico de Castelo-Branco. Temas como a importância da segurança alimentar e das condições de higiene em instalações produtoras de alimentos na garantia da segurança; inovação em

queijos tradicionais e biotecnologia no melhoramento de processos industriais agroalimentares, estiveram na ordem do evento.De entre as várias temáticas abordadas, Rafael Barros, presidente do UBIOTEC, destaca a exposição da “Composição físico-química do mel, propriedades biológicas e controlo de qualidade”, pela Prof.ª Doutora Ofélia Anjos, da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico ��-����<9�������1� ������������

ainda que “recebi um feedback muito positivo sobre a organização do evento, é um orgulho ter um auditório tão cheio”, mostrando-se satisfeito com a organi-zação e realização da atividade.

Da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo-Branco estiveram presentes 15 alunos do curso de Bioen-genharia Biológica e Alimentar.

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UBImedia homenageia antigo estudante

J��K� ����&�'���������&��������9�!�L8?����!��� �"���� ���;������������������?;���&�����������objetivo de prestar homenagem ao antigo presidente do núcleo.

Por: Cláudia Sousa e Gonçalo Almeida

O II torneio Igor Costa, realizado no passado dia 4 de março, contou com a presença de quatro equipas. O grupo de Ciências Biomédicas acabou por se sagrar vencedor nesta segunda edição, levando o troféu para a Faculdade de Ciências da Saúde.

O minuto de silêncio foi cumprido e a bola começou a rolar. O torneio rev-elou-se bastante renhido entre os partic-ipantes. Na fase de grupos a equipa de Biomédicas defrontou e derrotou a equi-pa “Malta Fixe” por 5-2.

Espírito de união e de solidariedade foi algo que descreveu esta tarde. Quanto ao balanço da atividade considera-se que “foi bastante positivo. Correu tudo como previsto, com um ambiente de descontração e diversão sem problemas de grande importância ou lesões”, refere Pedro Louro, um dos jogadores que atin-'���������������������=������-sembleia Geral de Estudantes, do núcleo de Ciências da Comunicação.

Em conversa com o +Academia, a pres-idente do núcleo de Ciências da Comu-

nicação, Ana de Melo acrescentou ainda que “o torneio foi muito positivo, com muito fair play mas, acima de tudo, com enorme noção de causa”. O núcleo am-biciona manter a organização do torneio na tentativa de não se perder a sóbria homenagem a um estudante do curso no sentido de manter vivo o espírito que o Igor transmitia aos seus colegas e profes-sores.

Atividades desportivas em troca de bens alimentares

A Universidade da Beira Interior, através dos Serviços de Ação Social, realizou, no dia 24 de março, o ������ ��������Q�W��

Por: Daniela Berrincha

O evento solidário, que contou com a colaboração de alunos de Ciências do Desporto, teve como objetivo promov-er a prática desportiva, bem como dar a �����������������������������e marciais. Pela inscrição, cada partic-

ipante teve de entregar pelo menos um bem alimentar de modo a reverter para a Capelania da UBI, para ajudar os alunos mais carenciados.

A atividade teve início com Bokwa,

pelas 18.30h, seguindo-se uma apresen-tação de algumas técnicas utilizadas no Kicknoxing e no Taekwondo. Para termi-nar o evento, e não por isso com menos energia, realizou-se uma aula de zumba, muito apreciada pelo público feminino.

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Para Catarina Silva, aluna do mestrado de Jornalismo, “esta é uma atividade que deviam repetir mais vezes. Para além de estarmos a praticar exercício físico, que é sempre bom para manter a forma e relaxar, estamos também a ajudar quem ���� �������&��>������'��0��������

A participação no “Martial Fitness Day” foi aberta a toda a comunidade de forma a angariar o maior número de bens ali-mentares possível.

Primavera Solidária na UBI

Solidariedade e união foram as palavras que deram o mote ao evento primavera solidária.���@�Q�>����3���

Com o objectivo de angariar verbas para ajudar alunos carenciados da nossa ac-ademia, a AJAS e a Casa do Pessoal da UBI uniram-se na organização do evento “Primavera Solidária”.

A iniciativa decorreu durante a tarde do dia 21 de março no pólo da faculdade de engenharia da UBI. Foi criada uma fei-ra artesanal que contou com a presença de vários feirantes da cidade. Para ani-mar o evento a organização contou com várias presenças entre grupos de música e dança da Covilhã, bem como a contagi-

ante participação da Desertuna, presença comum neste tipo de acontecimentos. A ajuda obtida com as verbas da festa será entregue aos alunos sinalizados em senhas de refeição. “Foi uma tarde/noite repleta de convívio, partilha e muita an-imação” salienta a presidente da AJAS, Filipa Ferreira.

Marcaram também presença a Liga dos Amigos do CHCB e a Associação Juve-nil Sem Reticências. É de realçar a ajuda fundamental das escolas do concelho Es-cola básica do 1.º ciclo Rodrigo e Escola

Básica do 1º Ciclo de Santo António na elaboração da decoração usada no even-to.

Decorreu assim mais um entre muitos eventos que a AJAS se tem proposto a dinamizar que aproximam a comuni-dade Ubiana da covilhanense onde todos participam em prol do mesmo objetivo, ajudar quem precisa.

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teu

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Desbundando há 27 anos

Espuma, diversão e muita „sardinha em lata‰ foi o que a XXVII Desbunda de Civil proporcionou aos �>�����������������Q�>������� �"��#���������YZ��������!�������� /9�������� �

���@�����������������

A edição deste ano da Desbunda contou com a Tuna Académica Desertuna, a ban-da Five to One (Tributo dos The Doors), Fernando Correia Marques, Breakbit AKA TelmoDJ e os Kiss Kiss Bang Bang. Cartaz que conseguiu superar as expectativas de alguns visitantes.

Ricardo Santos, aluno de Engenharia Civil e colaborador na barraca do curso no recinto, nunca pensou que o pavilhão fosse encher tanto. “A Desbunda já é ����.�����#������ �������#�����������surpreso por ser na Anil mas a noite superou as minhas expectativas” acres-centou Ricardo. Para Sabrina Fernandes, aluna de Marketing, a Desbunda superou

��$ ���������.�������;�&���������espera que tivesse tanta adesão.” Já Fran-cisco César, ex-aluno da Universidade da Beira Interior (UBI), e Fábio Guedes, aluno de Tecnologias e Sistemas de In-formação (TSI), não concordam.

����������;�&���"�4#����������as realizadas no recinto das Engenharias e a realizada na Companhia”.

Carlos Ferrão Lopes, aluno de Mestrado em Engenharia Informática, revelou que ������4#�����.�������� %&��#�� �-sada porque podia ter sido numa semana ����������%!��?��������������������evento, “não superou as minhas expecta-

tivas, porque foi muito parecido a um dia da Semana Académica, foi melhor em anos anteriores” frisou o aluno de Me-strado.

Apesar das alterações pouco esperadas na organização do evento e dos “na-rizes torcidos”, os alunos da academia beirã, juntamente com o cabeça de cartaz “pegaram no burrito” e mostraram que o espírito académico e boa disposição não faltou neste evento organizado pelo Nú-cleo de Estudantes de Civil (NECUBI).

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Brevemente

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Espaço DesportoAAUBI garante acesso direto aos CNU’s

-�������'�����%&���� ����������8-BI, a Universidade da Beira Interior rece-beu nos seus pavilhões a segunda jornada concentrada de andebol feminino, repre-sentada por 6 equipas e masculino, com 8 equipas.

�������������������>������������desta jornada, a equipa masculina, ori-entada por João Silva, não entrou com o pé direito na competição, ao perder o primeiro jogo do dia com a Universidade de Aveiro, AAUAv, por 20-14. Porém, a equipa não se deixou abater com o resul-tado negativo e redimiu-se no jogo se-guinte com uma vitória frente ao Institu-to Politécnico de Viseu, IPV, por 18-14.

Terminado assim o primeiro dia da com-petição, com um saldo de uma vitória e uma derrota, a equipa foi obrigada a vencer os restantes jogos para garantir o ������.��������

No derradeiro dia da competição, a ��89:������������������������-cendo os 2 jogos que lhe competia. Logo pela manhã defrontou a equipa oriunda da cidade de Évora, com o marcador a registar 15-17. Chegado então ao último jogo desta jornada, a AAUBI venceu o Instituto Politécnico da Guarda, IPG, com uns expressivos 28-8, garantindo assim o terceiro lugar com 16 pontos em igualdade com a Universidade de

Coimbra, atrás da AAUAv e do Instituto ��������������@�����A:�@B�����������-do-se assim para os CNU’s.

Romeu Conceição, um dos capitães de ��� �������������;�������������� ��������������%&���#�������#������-balho efetuado pelo treinador” e realçou também o grande espírito de equipa. A AAUBI, ao ter aproveitado o apu-��������������&��������<�����-��AAUAv e ao IPL para competir nas fases ��������- 8C�

A segunda jornada concentrada de andebol, realizada a 16 e 17 de março, ditou o apuramento da AAUBI para os Campeonatos Nacionais Universitários, a realizar-se entre os dias 20 e 24 de abril, em Braga e Guimarães.

���@�� ��������������F�9��������

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Espaço CulturaAdeus à Linguagem �������������������#�������������D������#��!�����������a estação em que já estamos e que se faz sentir um pouco por todo o lado e onde é permitido espacialmente anunciar-se a primavera, somos empurrados como pólen que não escolhe ser colhido e transportados por abelhas que não sabem que voam, para um universo dúbio, mas ao mesmo tempo tão simples quanto não pode, mas tenta ser, o pensamento. ��/������������E���������.����como só o realizador francês sabe ser, ainda que marcado por um traço mais oblíquo e transversal desde há duas dé-cadas, o génio propõe-nos que vejamos a vida guiados pelo ser que mais presencia e pisa o solo gravado na longa-metra-gem: o cão, Roxy. Aqui, há o começo de uma marca verdadeiramente distintiva ���������������������'�<������tentemos ver a vida e o que nos rodeia, a natureza, os outros, as árvores, através de um animal, um ser que não pensa e ainda assim se pronuncia com um olhar que não consegue deixar de ter.

O impressionista Monet deixa a sua pegada e salpico de tinta na tela da 7ª arte com citações escolhidas por aquele que realizou e também escreveu o ar-'��������������@��'��'���=��não só das suas palavras foram feitas as citações procuradas e divulgadas, tam-bém com referência a Rilke, divagamos: “(…) o que está no exterior, só pode ser conhecido através do olhar do animal”. E aí, somos confrontados com a verdadeira oposição e contrariedades que o pensa-mento nos impõe, os polos opostos, mas que se tocam, os extremos que coexistem mas que muitas vezes não subsistem.

Assim, distingue-se a Ideia da Metáfora, a Nudez da presença de Pano, os pla-nos com cores Berrantes e Saturadas e a Saturação do Preto e do Branco, fala-se

de Guerra enquanto o cão faz cocó pe-los bosques e lembra-se dos índios que vasculham a Paz. No fundo, o mundo é complexo porque a nossa visão das cois-as é complexa. O pensamento é com-plexo, o nosso e o de Godard, que man-tém a linha que nos impele de atingir por inteiro a sua Denotação ou Conotação do que pensa, do que exprime na Arte que domina. Mas há ausência dela? Uma Mulher Casada e um Homem Solteiro.

A nossa mente tem dúvidas, os minu-tos passam e a imprevisibilidade não deixa de se notar nas poças e rastos de anotações e apontamentos mentais que escaparam do seu criador que busca as mais derivadas fontes para se fazer entender. “Todo o mundo tem medo” mas devemos esse medo ao pensamen-to? À dúvida? “A beleza é o esplendor da verdade” diz-nos Platão por entre o escorrimento de palavras que acodem ������'���$����������'��������a estranheza dos planos e imagens ir-regulares, improváveis. Deste modo, continuamos a nossa viagem de vagueio ��������������%!������(" �����outras vezes Lentas, mas Propositadas.

Como tudo na vida, nada é ao Acaso. 5� �����������������!�����'���������>�����������%&��������'����;��������F0���'�������%!�����-vas: sabemos de onde vimos mas não sabemos para onde queremos ir, “o face a face inventou a linguagem.” O Sexo, nascemos porque existiu, mas encaramos a Morte porque existimos. Mais uma oposição, mas as oposições são concor-rentes e não contrárias aqui: A liberdade. “A liberdade que une e que separa” que nos propõe ser livres e escolher aproxi-marmo-nos dos outros e que nos permite no seu uso e gozo pleno, afastarmo-nos ������$�����"� �����1�:�������e o Finito. A Sonoridade absurdamente

Descoordenada e o Silêncio intermitente entre os Diálogos Coordenados.

A beleza alucinogénia dessas mesmas imagens, lembram-me Saramago quando dizia “sentir como perda irreparável o acabar de cada dia” e a vinda da Noite, o desenhar das Estações. Talvez o dire-tor parisiense de 84 anos sinta, cada vez �������������� ���������������e por isso aborde o Tudo e o Nada, o An-tes e o Depois. A Palavra como questão que acompanha o criador, que dela fez vida, que dela fez cinema, comunicação.

A palavra que não acrescenta nem mais nem menos do que o que já existe, é um veículo, apenas. Mas é complexa, sujeito �����������'��������������"���interpretações, é o que nos Liga e é tam-bém o que nos Afasta. Às vezes a Falta dela, outras vezes o seu Exagero. Já no ������������+GH)��E��������������sobre esta questão. 53 Anos mais tarde, a luta de sempre. Nenhum Homem é uma ilha. Ninguém pode viver em silêncio. Seria tudo mais simples? O Sentimento seria só o Sentimento. O Pensamento só Pensamento. Sem distância entre a sua Origem e o momento em que sai da boca para ecoar sob qualquer tom, vibração, e existir, por aí. O ser humano busca conscientemente a complexidade, a Con-sciência que adquire. Perceção torna tudo ainda maior, melhor? “Em breve, todos nós teremos necessidade de um intér-prete, para compreender as palavras que saem da nossa própria boca.” O casal afasta-se, o Fim chega com um Nasci-mento. Com um uivar e com o choro de um bebé, e com a dúvida: estaria o cão Deprimido ou a sonhar com as Ilhas Marquesas? Digam-me vocês.

Por: Francisca Figueiredo

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A casa do vestido castanho: A casa de todos

Através da adaptação livre de textos de Fernando Pessoa e de textos originais de Marisa Inglês, “A Casa do Vestido Castanho” subiu ao palco do Teatro Mu-nicipal da Covilhã como uma peça con-�� ��I��������� /#����� J���D����sobre a complexidade existente em cada um de nós. “Não gostamos de mandar mensagens mas sim deixar um tema e levar os espetadores a pensar. Nesta peça, o tema é os “eus” e de quantos eus cabem dentro de uma pessoa, quantas personalidades podemos ter”, é assim que Gonçalo de Morais, um dos atores da %������������� ����� ������ �"-culo.As dúvidas, a luta pelos sonhos, os me-dos, os receios e a sensualidade, são algumas das questões levantadas pelas �����'������ ��������� ���������

������� ����'����������� ������uma peça contemporânea onde se mistur-ou teatro, dança e performance. O obje-tivo do encenador, Rui Pires, já habitu-ado a trabalhar neste género de teatro, é “tornar tudo o que esteja visível para o público parte da história, para que cada espetador possa criar a sua própria inter-pretação de acordo com as suas vivên-cias”. Por fugir ao tipo de teatro conven-cional, o encenador considera que este tipo de peça é destinado a um público ativo, atento a todos os elementos cénic-���������������� ��������������o que acabaram de assistir.O Ciclo de Teatro Universitário real-izou-se de 12 a 28 de março de 2015 e contou com participações de grupos de teatro portugueses, espanhóis e fran-ceses. Esta edição teve incluída quatro

peças já adaptadas ao cinema, “Os Cães Danados”, de Quentin Tarantino, “Swee-ny Todd” de Tim Burton, “O Feiticeiro de Oz” e “Ricardo III”, texto de William Shakespeare. Outra novidade foi a pre-sença do apresentador de televisão portu-guês, Luís Filipe Borges na peça os “Os Cães Danados”. A organização do ciclo esteve a cargo do TeatrUBI e da com- �������������� ������������-�����&��ASTA.

J�����L8?����������������������������������K> ����������[��&�������(������&�����/�\��J���-táculo esteve em cena de 12 a 14 de março e abriu a 19À edição do Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior.

Por: Adriana Ribeiro

A Cinubiteca e uma sardinha para trêsBem sei que os fogachos de indignação deste jornal são normalmente entregues ���������.D����A������ ������ ������que está na última página), mas hoje também eu quero dar umas pinceladas de desagrado nesta publicação. Enquan-to ouço os novos álbuns de Enforcer e 5��������������.D��&������������-ixas que me surgem relacionadas com o �������������������������������6��-ca que se arrasta pelas valetas do nosso mundo, mas não é sobre isso que me vou queixar. A minha reclamação está rela-cionada com cinema, com a forma como ele está posicionado na cidade da Covil-�&��������.���������&��������A������sério) e com a organização de eventos do curso de cinema, que é no mínimo pouco chamativa.

Ora, a nossa epopeia da indignação começa a meio do mês de março com a “realização” dos “Encontros com o Cinema” por parte do EYE I – Núcleo

de Cinema da UBI. A atividade prome-������$�#�%&�������������������+H��17 e 18 do referido mês, funcionando como aquecimento para os “Encontros -������'�"���0����������������no Fundão alguns dias depois. Deslo-���<����-���#����� ���)+�K*� ����assistir ao poético e enigmático “The Spirit of the Beehive” (“El Espíritu de la Colmena” en español) de Víctor Er-ice, mas ao chegar ao local dei de fuças com a Cinubiteca fechada, as luzes apa-'����������6�������6'��������� ���%&���������'�"�������$�#�%&���������������������� ������)+�L,����'��������� �����)+�L)� ����abrir as portas do local e acender as luzes, ou seja, muito em cima da hora estipulada. Imagino se não terão havido ���������#���������������Parada e acabaram por ir embora antes de alguém ter chegado. Certo é que eu e a minha namorada, no alto da nossa

resiliência (algum dramatismo para esta ���>���B�� �"���������))�+,����luzes da sala permaneciam acesas, o que ��������������������&��������������a ser exibido. Escusado será dizer que nos fomos embora e não voltámos a pôr os pés na Cinubiteca nos outros dias do evento.

Se é verdade que esta iniciativa estava muito mal organizada a nível de divulgação e de receção dos espectadores que fossem chegando, não é mentira nen-huma que em anos anteriores os alunos de Cinema e o próprio EYE I realizaram eventos de grande qualidade como o ciclo de cinema do Takashi Miike ou a HorrUBIlis, a maratona de cinema de terror de 24h. Posto isto, a culpa não morre virgem. Há aqui outro aspeto de análise tão ou mais pertinente: a hipocri-������ ������������� ����������são abundantes as queixas relativas ao �%�����#��������������������

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que passam nas salas também não agrad-am a muitos (são “comerciais” e vazios) e há quem se queixe também da falta de uma cinemateca na Covilhã. Quan-do há cinema de borla e com sugestões �������'�"������.����A���������do que o “Focus” ou o “Insurgente” que estão no cinema do Serra Shopping), a �D����������M����� ��������N��'�Jesus lá estivesse, pediria para fazermos um quadrado e rir-se-ia, porque eu e a minha namorada éramos duas dessas três pessoas que estavam presentes para ��������#����������������.�������que há normalmente nas salas de cinema. Toda gente é eclética e se queixa que “não há nada”, mas, quando há, ninguém

vai. Então calem-se, como diria o Ricar-do Araújo Pereira no anúncio das chama-das grátis, mesmo grátis. � ����'�����%&��������������-������.������D�����������������um efeito bola de neve, parece-me. Se pouca gente se interessa, quem organiza desleixa-se. Se os eventos são mal orga-nizados, quem se interessa deixa de apa-recer. Os meus pais contam muitas vezes num martirizado saudosismo que no tem-po deles era uma sardinha para quatro, hoje em dia é um cinema para três. É um sinal dos tempos com as devidas ressal-vas. Se houvesse mais sardinhas para comer no tempo dos meus pais, tenho a ����������&������������'���������

na mesa. Nos nossos dias, onde as sar-dinhas da arte não abundam assim tanto, ����������$������������������ ������Ok, tendo em conta a cambada de gente que sabe tudo sem saber nada (são mui-tos e estão por toda a parte), é preferível não comer do que fazer de conta que se come. Acho que temos muitos bulímicos das artes, infelizmente. Mas se estão sem fome cultural, parem de pedir o prato cheio. Era só isto.

Por: Pedro Bento

Rock puro e duroOutros foram os tempos em que coex-istiam nos mesmos cartazes de festivais nomes como Pink Floyd, Aphrodite’s Child ou Camel, ou que num mítico verão de ’69 saiam, seguidos uns aos outros, álbuns como “In The Court Of The Crimson King”, “Abbey Road” e “Green River”. Estes eram os tempos de ouro do rock na sua fórmula mais pura, sem “crossovers” manhosos ou sem intérpretes cuja preocupação de-leita-se apenas em seguir as tendências. Não quero, de todo, desvalorizar de uma forma geral o mundo musical que temos atualmente, mas quero, sobretudo, val-orizar o que se fez de tão bom nas déca-das passadas e que não passam hoje de simples memórias guardadas em vinis, cassetes e CD’s que estão vulneráveis ao pó. Ainda que o cenário pareça po-bre e vazio, há quem vá aparecendo e traga consigo um sopro de guitarras a guinchar, baterias a perfurar ou baixos a estremecer. É por isso que, ao que aos meus ouvidos diz respeito, os Royal Blood correspondem aos requisitos. Depois dos The Datsuns, dos Eagles of Death Metal, dos Wolfmother e dos Queens of the Stone Age, dois homens é tudo o que basta, para que das cinzas das guitarras de Hendrix nasça a nova espe-rança do Rock n’Roll. Pesados por um lado e esfusiantes pelo outro, os britânic-os são ainda uma jovem promessa que já marca lugar com o seu primeiro e único álbum. São uma lufada de ar fresco no meio de tanto sintetizador e, quiçá, serão o começo de uma onda de bandas a soar a ensaio de garagem, no bom sentido. O antigo som do rock foi actualizado

pelo som duro e pesado dos Royal Blood misturado com uma voz a soar mais ao que hoje se gosta de ouvir em The Black Keys ou Artic Monkeys, mas melhor. O headbang é constante, assim como a punjança dos riffs e dos solos em músi-cas que parecem injeções de adrenalina, tanto que é impossível não ser dramático ao ponto de se dedilhar numa guitarra imaginária.=��������������>��.���������-das e porque tocar bateria poderia ter sido a melhor ideia da minha vida, tem que se enfatizar o trabalho das baquetas dizendo que foi genialmente feito com o único propósito de elevar a música dos Royal Blood a outro nível, que vai muito mais além do que hoje é um hábito ouvir em bandas de “rock”. Talvez a estratégia de marketing dos britânicos sejam con-seguir alcançar algum público que goste do rock moderno com um público que perdeu a fé no rock n’roll e que vê ago-ra a fénix renascida. Reúnem o passado esquecido com um novo alternativo livre ���������������������������&��presos numa indústria musical que cada vez mais se baseia no conceito de fast food.Aos interessados e curiosos, a banda já devia ter marcado presença em Portugal ��������������� ��������� ������!�que me são alheias cancelaram e vão �������� J���� �������������este mês. Aos mais pessimistas, resta-me dizer que embora não encontremos Led Zeppelin e Grateful Dead num mesmo cartaz no próximo ano, resta-nos esperar que apareçam ao lado de Royal Blood novas bandas que prometem tirar o rock

da valeta.

Por: Inês André

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Uma Banda Fixe

Há uns dias fui assistir a um concerto de uma banda. E foi já a sexta vez que os vi atuar ao vivo. Isto em três anos. Desta era especial, porque eles tocavam dois EPs na íntegra. O segundo pela primeira (e provavelmente última). Mas a pergun-ta que se impõe, muito provavelmente, é: “O que é que leva alguém a ver seis vezes ao vivo uma banda num espaço de três anos?”. A resposta é simples: Nunca cansa ver Linda Martini ao vivo.

O tal concerto foi o primeiro de três. Nos dois dias seguintes havia a reinter-pretação do primeiro e segundo álbuns deles. Eles que, convidados pelo Music-#�$���&�����������'���������%�����para uma temporada que fez recordar ��������'���������������������março. Não fui aos três dias, infeliz-mente. Mas o primeiro bastou para saber ���������"� �������������O�&����melhor banda portuguesa da atualidade.

��������������������%&����� ��relativa e as opiniões dividem-se, mas o campeonato é outro. Desde os que os conhecem desde o primeiro EP, aos que se renderam ao “Olhos de Mongol”, ou aos que só chegaram mais tarde e gostam de Linda Martini simplesmente porque ���$����������&��������#������&����como as outras.

Os sónicos lisboetas transportam uma aura que provoca uma sinergia públi-co-banda e vice-versa que só quem lá está é que sabe. É verdade, e confesso, que algumas músicas saíram ao lado do que esperava naquele concerto. As es-pectativas também iam elevadas. Mas que criticar, se algumas delas eram to-cadas pela primeira vez, na história, ao vivo?

Esta banda consegue ter todos os públi-cos num concerto. São os adolescentes que conhecem a Ratos, os hipsters que veneram a Este Mar, os tipos que se pelam pela Cláudia ou as meninas que se pelam pelo Hélio, os tipos que vão lá amassar as outras pessoas num belo de um mosh, ou então as pessoas que vão só ver porque lhe disseram que estes tipos são bons. Concretamente falo de mim, que os vi pela primeira vez na Covilhã. Vibro como sempre com aquilo como se .���� �������� &�������������.�%��quilómetros para ver aqueles quatro que muitos consideram arrogantes. Eu, cá, considero-os músicos soberbos. E só isso é que interessa quando uma banda grava um disco ou toca em cima de um palco.

Não se deixem enganar. Os Linda Marti-ni são a melhor banda portuguesa da nos-sa geração. Hélio Morais, Cláudia Guer-reiro, André Henriques e Pedro Geraldes Por: Bruno Coelho

formam um quarteto de verdadeiros músicos que quando sobem ao palco é para partir aquilo tudo. Já lá vão 12 anos desde a sua formação. Desde aí, dois EPs e três álbuns editados. Todos eles bons. O preferido deixo ao vosso critério. Mas �������������'��������������ouvida, isso é. E se for precisa uma des-culpa, digam que estão a ouvir porque os vossos amigos dizem que é uma banda �$�

OUVIR COM ATENÇÃO: “Este Mar”, “Quarto 210”, “A Corda do Elefante sem Corda”, “Juventude Sónica” e “Pirâmi-ca”.

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Espaço Saúde

A entrada na universidade, o afastamento da antiga vida, da família, do contexto conhecido, o início de uma autonomia forçada, começam por ser importantes fatores causadores de stresse. Para além destes, temos também a profunda ex-igência de que o indivíduo passa a ser alvo, somando ao curso, (que por vezes nem sequer é aquele que se desejava), e que se pode tornar tão pouco satisfatório ���������������&��#����� �������futuro?

As questões do para que serve, como e onde, passaram a ser no momento atual outra importante fonte de preocupação e tormento a que a atual geração estudante não pode escapar!

Assim, chegamos ao terreno, mais do que fértil, para um transtorno emocional, A �����������<������B��4��������experiência, o mais comum nesta pop-ulação, são os transtornos do humor a par dos transtornos de ansiedade. Mas não só, temos também os importantes transtornos mentais e do comportamento decorrentes do uso de substâncias (que ocorrem como “auxiliares do estudo”/estimulantes, como automedicação, como antidepressivos e ansiolíticos...).No entanto, também não podemos es-quecer outros mais perturbadores e dramáticos como as perturbações obses-sivas, as psicoses que se iniciam nesta idade, em momentos tão desorganiza-dores e exigentes, do ponto de vista emo-

cional e psicológico.

Finalmente, os transtornos alimentares, os comportamentos e pensamentos sui-cidários e os comportamentos autode-strutivos são também uma parcela im-portante (ainda que, penso, menor) deste grupo de perturbações.

E, agora, o porquê? Bom, antes de mais, pelos motivos que apresentados inicial-������ ������������D�����������e externo a que os indivíduos estão su-jeitos, que funcionam como profundos stressores de ordem pessoal, ambiental, relacional e académica, com um profun-do impacto no rendimento académico e também na formação da própria identi-dade.

Dra. Paula Santos – Psicóloga Clínica

Desordens do foro psicológico em contexto académico – Parte II

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Os transtornos psicológicos são cada vez mais comuns em toda a população e, claro, a população univer-���_�����9�������9�!�>��� �������_����

Por: Jeniffer Jesus

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Espaço Ciência e Tecnologia

Obras da Eco-ArquiteturaOs grandes níveis de consumo de ener-gia e emissões de gases com efeitos de ��.�� ����������.����������������zonas mais densamente povoadas reve-lam-se a razão principal para o crescente �����������������������������-entes.

Fazer com que as pessoas se sintam inseridas no meio que os envolve, e não alienadas a uma estrutura consumidora de espaço natural, é o objetivo primordi-al de uma comunidade menos incisiva na natureza.

A aplicação deste tipo de arquitetura obedece a 10 princípios básicos, tais ��������������%&������������������reciclados, a poupança de água, valori-zação de fontes de energia renováveis ou o dimensionamento de edifícios de acor-do com o clima local.

Todas estas razões apontam para a ����%&�����������<��������������ser um domínio de criação de estruturas otimizadas para o consumo e auto-ger-ação de energia, revelando-se o mais amigável tanto para o homem como para o ambiente que o rodeia.

Projeto Asian CairnsAinda em desenvolvimento, é um pro-jeto criado por arquitetos franceses que pretende combater o problema latente de abastecimento nas megalópoles chine-sas e o fato de estas irem eventualmente provocar impactos ambientais que se estenderão muito além da sua área met-ropolitana. O conceito é baseado na con-strução de infraestruturas híbridas que contenham no seu interior espaços des-tinados a lojas, escritórios e habitações, possuindo igualmente jardins e hortas distribuídas pelos diferentes andares.Os edifícios biológicos projetados pela empresa Vincent Callebaut chegam perto

dos 400 metros de altura (sensivelmente 130 pisos) e estão dimensionados para ������� ����������������������� �������� ����%&������������ ���parte dos moradores.

Estes terão ainda ao seu dispor painéis solares (térmicos e fotovoltaicos), aerogeradores e sistemas de reutilização e aproveitamento de resíduos e águas da chuva.

A metrópole chinesa de Shenzen é o alvo da empresa gaulesa e tem revelado um crescimento urbanístico exponen-cial, tendo neste momento mais de 10 milhões de habitantes. Neste sentido, o Asian Cairns luta pela construção de um complexo composto por vários edifícios modulares que tenha características multifuncionais e multiculturais, aliadas ao desenvolvimento acelerado da urban-ização.

Projeto Solar Wind BridgeEm Calabria, Itália, uma ponte ro-doviária abandonada serviu de base para um projeto vencedor do concurso Solar Park South. Deixando de fazer parte

de uma rota fundamental para o acesso local, esta estrutura encontra-se fecha-da ao trânsito e é estimado que a sua demolição tenha um custo de aproxima-damente 45 milhões de euros.

Com base no fato de as pontes estarem expostas a ventos fortes e radiação solar intensa, surge então uma ideia inova-dora por parte da empresa COFFICE Architecttura, que aproveita o espaço livre entre o tabuleiro da ponte e o solo para instalar 26 turbinas eólicas entre os pilares de sustentação. Estas turbinas, conhecidas por Airsynergy, são desen-volvidas no Japão e conseguem gerar o triplo da energia de uma turbina eólica convencional.

Para além disso, seria instalada no pavi-mento da estrada uma rede de células fotovoltaicas. A combinação destes dois sistemas em funcionamento tem capaci-dade de produzir 36000 GWh anuais, ��'���������� �����������������comunidade com 15 mil habitações. A ponte iria ser constituída ainda por es-paços verdes que substituiriam a estrada, sendo assim transformada num local ideal para estacionar o carro e apreciar a vista da cidade.

Osros Floating IslandOsros Floating Island é uma plataforma aquática, sendo um luxuoso iate que tem o aspeto de uma ilha paradisíaca. Esta plataforma foi desenvolvida por Mihály Csikós, dono de uma empresa sediada na Austráliae está equipada com sistemas de abastecimento totalmente ecológicos, de modo a simular uma autêntica ilha. O iate é constituído por seis grandes quar-tos com casas de banho privativas, com espaço para 12 residentes no seu interior (2 pessoas em cada um deles) e está es-timado em cerca de 5 milhões de euros. Tem cerca de 20 metros de largura e 37

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de comprimento. Na sua ponta, possui uma pista de dança com equipamento para karaoke, um terraço, uma área para churrasco, e um bar com capacidade para 15 pessoas. Para além disso, este iate alberga equipamento para mergulho, um pequeno sistema para atracar pequenos

barcos a motor, uma espaçosa sala de estar com um exótico e moderno aquário, uma cozinha com bar e restaurante, ca-paz de ser expandida e incorporar tam-bém uma esplanada, bem como muitas outras extravagâncias.

O que torna esta ilha tão revolucionária é ���������������������� ������������energético. Esta é alimentada, de dia e de noite, através de um sistema eólico silencioso, bem como mais de 120 met-ros quadrados de painéis fotovoltaicos, fazendo assim o máximo aproveitamento da luz solar. Para além disto, a recuper-ação da energia da água do mar é trans-formada em calor e é extremamente útil, sendo a base para o aquecimento, bem como do funcionamento do ar condicio-nado. Existe apenas uma contrapartida. Esta elevadíssima tecnologia que torna esta ilha autossustentável, não está ao alcance de todos poderem passar umas férias no seu interior, pois o preço a pa-gar é de igual forma elevado.

Projeto Rotating Tower - DubaiRotating Tower é um projeto feito no Dubai. Desenvolvido pelo arquiteto David Fisher, com o objetivo de elevar a arquitetura ao próximo nível, apresen-ta-se como uma infraestrutura composta por andares modulares capazes de, in-dependentemente, girar em 360o. Este prédio tem cerca de 400 metros de altura e cerca de 80 pisos. O arquiteto garante que a torre muda de aparência a cada 5 minutos e defende que esta está projeta-da segundo 4 dimensões, em que a quar-ta é o tempo, por se conseguir adaptar ao ritmo da natureza.

Este é o primeiro edifício autossuste-

ntável alguma vez criado. É capaz de '��������������'��%�������#����eólicas que se encontram entre cada andar. Devido ao material com que são .����A�#��������#���B������.�����-namento será totalmente silencioso. São também utilizados vidros e convetores para fornecer o serviço de ar condiciona-do. Existirá uma fachada, toda revestida por painéis fotovoltaicos, que produzirá toda a energia elétrica de que o edifício �������'��%��������%&����������consegue alcançar a exposição máxima ������������1���.6������������+�K����mais resistente a terramotos em relação ����.6�����������������'��%����������-gia que permite que cada andar seja um corpo independente dos restantes.

Por:Diogo Carrilho David ProençaEngenharia Eletromecânica

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À descoberta da Covilhã

Não há omeletas sem ovos���������� ����������������� ���uma notícia que há muito os estudantes e os habitantes covilhanenses, aguarda-vam. O elevador de Santo André voltou a funcionar. Acreditem. Para quem reside em zonas como a Saudade ou trabalha em espaços como o call center do Merca-do Municipal, este é um acontecimento digno de festa. Lancem-se os foguetes, �#��<��� �������'���<����������sem pulmões. A mobilidade voltou a es-tar garantida para esta parte da cidade.Confesso que já me tinha habituado a fazer todos os dias o caminho desde a ����������������@�������������-dade a pé. De certa forma, ao longo dos cerca de cinco meses que esteve avaria-do, quase me tinha esquecido da existên-cia daquele elevador que acompanha as escadinhas que lhe dão o nome. Mas no primeiro dia que o equipamento reabriu, amigos, nem pensei duas vezes.

É um facto de que a mobilidade na Co-vilhã nunca foi pera doce, e é fácil per-ceber porquê. Dois vales escarpados e um conjunto habitacional que se estende desde os 400 aos 800 metros de altitude ��������������� ���� ��#������pessoas que diariamente se deslocam a pé dentro da cidade. Mas convenhamos que nunca foi tão fácil andar a pé na ci-dade neve como agora. O plano de mobi-lidade e acessibilidade que contemplou a construção de quatro ascensores (Goldra, Jardim Público - este a abrir brevemente - Rodrigo e Santo André), foi uma autên-tica lufada de ar fresco que diariamente é aproveitada sobretudo pelos jovens estu-dantes e pela população mais idosa.

Agora, é tudo muito bonito quando estes equipamentos funcionam. Levam-nos da parte baixa para a parte alta e nem nos preocupamos na possibilidade de qualquer um dos elevadores se avari-ar. E é quando efetivamente deixam de

funcionar que a porca torce o dito cujo. �������%!������������.6������mobilidade, sobretudo dos mais velhos, �� ����������������6����������-dades responsáveis pela manutenção dos ascensores multiplicam-se. Enquanto o elevador de Santo André esteve fechado, muitas vezes perguntei a mim mesmo se a Câmara Municipal da Covilhã estava a ser criticada gratuitamente ou havia real-mente fundamento nas queixas de falta de mobilidade?

No fundo, para a forma como os equi-pamentos servem os habitantes, não há culpados. Porquê? Na minha cidade, por exemplo, os elevadores que existem são todos eles cobrados, apesar de se des-��������#������ ����������6��������manutenção dos mesmos é, assim, paga pelos utilizadores. Por cá, se é verdade que as deslocações devem ser facilitadas pelos equipamentos, preferencialmente, sempre disponíveis, também é verdade �����&����������������������que garantam a manutenção dos mes-mos, não há elevador que resista.

Agora, o que será preferível? Ter um el-evador parado um par de meses mas que eventualmente será reaberto, ou ter um que está sempre disponível mas com um custo de utilização? Digamos que seria legítimo aceitar que praticamente todos os utilizadores escolheriam a primeira opção. E logo numa cidade como esta que é tudo a subir e a descer.

���O�������.D���

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