richard wagner e tannhäuser em paris

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Charles Baudelaire ORGANIZAÇÃO E TRADUÇÃO Eliane Marta Teixeira Lopes EDIÇÃO BILÍNGUE RICHARD WAGNER e Tannhäuser em Paris

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A primeira apresentação de Tannhäuser aconteceu ontem, 13 de março, no teatro da Ópera. Essa apresentação foi uma das mais interessantes e também uma das mais agitadas a que assistimos depois de muito tempo. Os estudos do Tannhäuser começaram há seis meses, e durante esse tempo a obra e o nome de M. Wagner foram antecipadamente discutidos com paixão. Os atrasos dos ensaios, os conflitos levados aos tribunais, a publicidade dada aos debates internos suscitados pelas exigências ou pelos escrúpulos do autor superexcitaram a curiosidade pública.

TRANSCRIPT

Page 1: Richard Wagner e Tannhäuser em Paris

Charles Baudelaire

organização e Tradução

eliane Marta Teixeira Lopes

e d i ç ã o b i l í n g u e

RiChaRd WagneRe Tannhäuser em Paris

Page 2: Richard Wagner e Tannhäuser em Paris

RichaRd

WagneR

charles Baudelaire

e Tannhäuser em Paris

organização e Tradução eliane Marta Teixeira Lopes

e d i ç ã o b i l í n g u e

Page 3: Richard Wagner e Tannhäuser em Paris

Charles Baudelaire

Edição bilíngue

organização E Tradução

Eliane Marta Teixeira Lopes

richard Wagnere Tannhäuser em Paris

Seguido de cartas e textos sobre richard Wagner

Page 4: Richard Wagner e Tannhäuser em Paris

Índice para catálogo sistemático:1. Ópera : Música : História e crítica 782.1

Baudelaire, Charles, 1821-1867.

Richard Wagner e Tannhäuser em Paris / Charles Baudelaire ; seguido de cartas e textos sobre Richard Wagner ; organização e tradução Eliane Marta Teixeira Lopes. -- Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2013.

Título original: Richard Wagner et Tannhäuser à Paris.Edição bilíngue: português/francês.ISBN: 978-85-8217-185-1

1. Música - França - Paris - Século 19 - História e crítica 2. Wagner, Richard, 1813-1883. Tannhäuser I. Lopes, Eliane Marta Teixeira. II. Título.

13-04587 CDD-782.1

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Copyright © 2013 Autêntica Editora

TÍTuLo oRIgINAL

Richard Wagner et Tannhäuser à Paris

oRgANIzAção E TRADução

Eliane Marta Teixeira Lopes

CAPA

Diogo Droschi (Sobre gravura em metal de Carlos oswald, 1914)

EDIToRAção ELETRôNICA

Conrado Esteves

PREPARAção

Leonardo José Magalhães Gomes

REvISão

Lira Córdova

EDIToRA RESPoNSávEL

Rejane Dias

AutêntICA eDItorA LtDA.Belo HorizonteRua Aimorés, 981, 8º andar . Funcionários30140-071 . Belo Horizonte . MgTel.: (55 31) 3214 5700

São PauloAv. Paulista, 2.073, Conjunto Nacional, Horsa I23º andar, Conj. 2301 . Cerqueira César 01311-940 . São Paulo . SP Tel.: (55 11) 3034 4468

Televendas: 0800 283 13 22www.autenticaeditora.com.br

Todos os direitos reservados pela Autêntica Editora. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização prévia da Editora.

Revisado conforme o Acordo ortográfico da Língua Portuguesa de 1960, em vigor no Brasil desde janeiro de 2009.

Page 5: Richard Wagner e Tannhäuser em Paris

Para os músicos

da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

Page 6: Richard Wagner e Tannhäuser em Paris

apresentação9

ParTE i

richard Wagner e Tannhäuser em ParisCharles Baudelaire

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Carta de Charles Baudelaire a richard Wagner97

Carta de richard Wagner a Charles Baudelaire101

a ópera TannhäuserFranz Liszt

103

glossário115

ParTE ii

“Baudelaire sucumbe à tentação de Wagner”Eliane Marta Teixeira Lopes

123

richard WagnerLeonardo José Magalhães Gomes

131

um músico brasileiro em BayreuthRicardo Giannetti

159

Page 7: Richard Wagner e Tannhäuser em Paris

Richard Wagner, gravura em metal de Carlos Oswald, 1914.

Page 8: Richard Wagner e Tannhäuser em Paris

. 9 .

apresentação

Eliane Marta Teixeira Lopes1

Enfim o sucesso ou insucesso de Tannhäuser nada pode provar

nem mesmo determinar, qualquer quantidade de chances favoráveis ou desfavoráveis no futuro.

Baudelaire, 1861

Mas cá estamos nós a comemorar, neste ano, 2013, o bicen-tenário de nascimento de Richard Wagner. Temos visto anúncios de apresentações de suas óperas (sobretudo O anel do Nibelungo) em muitas cidades do mundo, concertos que incluem aberturas e prelúdios, reedição de livros, números especiais de revistas. Afinal, para isso existem as datas especiais: para que sejam comemoradas. Comemorar é verbo que, embora desgastado, pede que se traga à memória, que se lembre e se festeje. Com este livro estamos participando dessa grande festa que é musical e também artística, literária e filosófica. Escolher entre tantos textos que discorrem pró ou contra Wagner não foi tarefa fácil. Aos poucos se foi delinean-do: uma obra, Tannhäuser, uma cidade onde Wagner viveu, Paris, um evento, a estreia dessa obra nessa cidade, et pour cause Charles Baudelaire. Ou terá sido o contrário?

1 Historiadora da educação, com pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris e professora emérita da UFMG.

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Wagner esteve várias temporadas em Paris. Em uma delas, 1860, apresentou três concertos. Depois de ouvir o programa e de estar tomado por essa música, Baudelaire escreveu-lhe uma carta expressando sua viva admiração. Escreve em seguida um grande artigo (18 março 1861) intitulado “Richard Wagner” com reflexões filosóficas, musicais e literárias sobre várias obras do mestre. Mas os acontecimentos em torno da apresentação do Tannhäuser fizeram com que o poeta escrevesse “Ainda algumas palavras” (8 de abril 1861) e os dois textos, publicados em uma pequena brochura, passou à história com o título com que neste livro o apresentamos, Richard Wagner e Tannhäuser em Paris. O conectivo e conta uma história. A resposta agradecida de Wagner ao seu novo amigo – carta, até onde sabemos, inédita para os leitores brasileiros – e o texto de Franz Liszt – pianista e compositor do século XIX, propagador da música e das ideias e muitas vezes defensor e cúmplice do com-positor –, seguidos de algumas notas que esclarecerão, explicarão, o que não estiver claro nos textos compõem a primeira parte, o coração, deste livro.

Na segunda parte, convidamos dois pesquisadores da música e da arte a que escrevessem ensaios, que são antecedidos pelo texto assinado por mim que permite ao leitor compreender um pouco das circunstâncias e da trajetória do texto de Charles Baudelaire.

Um deles, assinado pelo historiador Leonardo Magalhães Gomes, conta-nos relevantes episódios da vida pessoal e profissional de Richard Wagner. Às vezes esquecida, a participação de Wagner nos acontecimentos políticos de 1849 e a posterior apropriação de sua música são objeto de esclarecimentos. Destaca ainda as circuns-tâncias em que Charles Baudelaire escreveu e publicou o adendo a seu primeiro texto: quando da apresentação da ópera Tannhäuser em Paris, o compositor vê o possível sucesso de sua obra subitamente interrompido o que lhe causa enorme dissabor e prejuízo.

Mas era preciso que também conhecêssemos como a obra de Wagner chegou e foi difundida no Brasil. Vários de nossos compositores, como Alberto Nepomuceno e Leopoldo Miguez, receberam sua influência. Ricardo Giannetti escolheu, entre eles,

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Francisco Braga para revelar-nos a importância que Wagner teve para a música brasileira. Braga, bolsista do governo em Paris, vai a Bayreuth ainda no final do século XIX, e escreve aos amigos de sua emoção ao assistir as óperas ali apresentadas, e também o que elas puderam contribuir para sua formação musical. Mas é no Brasil, como compositor e como maestro da Sociedade de Concertos Sinfônicos do Rio de Janeiro, que Braga intentará contaminar a plateia brasileira com a densidade poética, musical, e todo erotismo da música de Richard Wagner.

Esse é o conjunto de textos que escolhemos para que nosso leitor participe dessa comemoração: com música e palavras.

* * *

A bibliografia apresentada em cada um dos textos está longe de ser exaustiva. Delas constam os títulos que utilizamos para escrever os textos, mas também aqueles que foram sendo tirados das estantes e das gavetas e se mantinham como uma espécie de companhia vigilante. O glossário tampouco é exaustivo mas pretende facilitar o acesso dos leitores a termos e a nomes que não lhes são familiares, e estimulá-los a querer mais. Como organizadora e tradutora dos textos, agradeço a Matilde Biaggio, Alice Cristófaro e Ceres Leite Prado, que me acudiram com competência e amizade sempre que pedi socorro.

Belo Horizonte, abril de 2013.

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