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Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

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Page 1: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA

Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

Page 2: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

DESENVOVIMENTO E MEIO AMBIENTE

1972 1) Clube de Roma:

Relatório ‘Os limites para o crescimento’ : “ Si se mantiverem as tendências atuais de crescimento da população mundial, industrialização, contaminação ambiental, produção de alimentos e esgotamento dos recursos, este planeta alcançará os limites de seu crescimento no curso dos próximos cem anos. O resultado mas provável será um súbito e incontrolável decréscimo, tanto de população como da capacidade industrial.

2) I Conferência Mundial sobre Meio Ambiente das Nações Unidas (Estocolmo): Ecodesenvolvimento = Modelo alternativo de desenvolvimento

Objetivos: Analisar o grau de compatibilidade entre desenvolvimento econômico e

preservação do meio ambiente.Teses: (ver gráfico 03)

“Crescimento Zero ou Estado Estacionário”; “Redução de crescimento”.

Antíteses: Taxa de crescimento elevada para financiar uma política ambiental forte; Difusão rápida da inovação, Consideração dos custos de manutenção ou restauração do ambiente, Efetivação dos mecanismos de ciclagem de materiais ou de eliminação de

dejetos11/04/23 2

Page 3: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

CONDICIONANTES PARA A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS

Desenvolvimento Sustentável ?

11/04/23 3

ESTADO

MERCADO

SOCIEDADE

Page 4: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

PARADIGMA DA ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE

Define uma nova forma de ver a relação Sociedade x Natureza onde consome-se a Natureza com a preocupação de uso pelas gerações futuras.

Século XIX:Teoria Econômica Política EconômicaEscola neo-clássica ou Escola Marginalista.

Concepção dos recursos naturais ou “ativos naturais” como coisa rara;Necessidade de conservação e classificação dos recursos

naturais (renováveis e não renováveis).

Bens Públicos:Compartilhamento e simultaneidade no consumo e benefício

dos bens

Externalidades:

11/04/23 4

Page 5: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE

1) Valoração em termos monetários dos problemas do meio ambiente e a aplicação da análise custo-benefício.

2) Concepção e implantação de instrumentos de políticas ambientais, taxas, mercados de direito a poluir (bolhas e bolsas)

3) Analise da dimensão internacional dos fenômenos ambiental. Consolidação de um corpo teórico.

4) Propostas de implantação de políticas de Desenvolvimento Sustentável para a proteção do MA.

5) Conservação - desenvolvimento

11/04/23 5

Page 6: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

Instrumentos de Controle AmbientalAtividades econômicas podem gerar externalidades

ambientais negativas que causam perdas de bem-estar para os indivíduos afetados.

Uma das formas de corrigir estas perdas de bem-estar causadas pela degradação ambiental seria a internalização destes custos externos nas estruturas de produção e consumo.

a) incentivos que atuam na forma de prêmios : primeiros requerem um comprometimento de recursos do Tesouro

b) incentivos que atuam na forma de preços. Geram fundos fiscais. Ambos podem e devem ser combinados

11/04/23 6

Page 7: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

Finalidade da aplicação dos instrumentos econômicos na proteção do meio ambiente

Internalização do componente ambiental na tomada de decisão pelo responsável de uma atividade.

Taxa com finalidade incitativa: Tem finalidade de modificar o regime de preços existentes de

maneira a influenciar o comportamento dos agentes econômicos; Reduzir a diferença entre o ótimo privado e ótimo coletivo.

Dimensão financeira: Obter recursos para cobrir os custos de organização do sistema Obter os meios necessários aos agentes para realizar suas ações

Resultado: Adoção de taxas pelas autoridades públicas para cobrir as despesas ocasionadas pela proteção do meio ambiente .

INSTRUMENTOS ECONÔMICOS INSTRUMENTOS DE COMANDO E CONTROLE

Os IC não substituem os procedimentos administrativos e normativos são a base das políticas ambientais Padrões ambientais Licenciamentos Sanções legais11/04/23 7

Page 8: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

Perspectivas do uso dos instrumentos fiscais para a proteção do meio ambiente no Brasil

1988: Constituição Federal: Ausência de cláusula visando a introdução de alguma taxa para o

controle da poluição.1995: Debate sobre a Reforma Fiscal:

Oportunidade para integração de mecanismos financeiros e incitativos visando assegurar que os custos ambientais sejam considerados nas decisões econômicas, para: Obter-se uma base de financiamento para as ações de reabilitação dos meios naturais

e da vida Taxar menos as empresas e mais os usuários e consumidores, não penalizando os

investidores. Implantar uma base de incitações econômicas fornecendo, fornecendo um contexto

favorável a adoção de projetos de desenvolvimento econômico (sustentável) de longo prazo (TOLMASQUIM, 1995).

2007: Pactos de Ordenamentos Territoriais (LIMA, Ricardo & PORTO, Jadson: 2007)

Mecanismo atual: Princípio POLUIDOR-PAGADOR

Incentivos fiscais e subsídios Tributação Taxas e tarifas: utilizadas para financiar serviços ambientais. Multas por não atendimento Sistema de depósito-retorno Certificados transnacionais: ISO 1400011/04/23 8

Page 9: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

Finalidade da aplicação dos instrumentos econômicos na proteção do meio ambiente

O CASO BRASILERO DA APLICAÇÃO DE IEObter recursos devido às restrições financeiras no setor público,

principalmente, no setor ambiental. Exemplos

Cobrança pelo uso da água por volume e conteúdo poluentePromulgada na Lei nº 433 de janeiro de 1997.

Financiar entidades de bacias hidrográficas e induzir o uso sustentável dos recursos hídricos

Tarifa de esgoto industrial baseada no conteúdo de poluentes:Parcialmente implementada desde 1981 (SP) e implementada

desde 1986 e terminada em 1994 (RJ). Para recuperação de custos de estações de tratamento de Esgoto.

Taxa de serviços florestaisFundo Federal de Reposição Florestal pago por usuários

sem atividades de reflorestamento. Implementada desde 1973,

para financiar projetos de reflorestamento público.11/04/23 9

Page 10: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

Finalidade da aplicação dos instrumentos econômicos na proteção do meio ambiente

Taxa de Serviço Florestal em Minas Gerais paga por usuários de produtos florestais.parcialmente implementada desde 1968 e totalmente revisada

e implementada em 1994. para financiar atividades do serviço florestal do estado.

Compensação fiscal por áreas de preservação: implementada em 1994 (SP), desde 1992 (PR) e desde 1996

(MG). para compensar municípios para restrições de uso do solo em áreas de

mananciais e de preservação florestal.

Compensação financeira devido à exploração dos recursos naturais: geração hidroelétrica, produção de petróleo e mineral (exceto petróleo)Totalmente implementada desde 1991.Para compensar municípios e estados onde se realiza a

produção e também as agências de regulação.Artigo 36 Lei No. 9985/2000 – SNUC “... o empreendedor é

obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei”.11/04/23 10

Page 11: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

Carências na implantação de Instrumentos econômicos no Brasil (MARGULIS, 1994, 1997; TOLMASQUIM, 1995.)

1) Modernização Administrativa: Sistema de informações e estatísticas apropriadas.

2) Preservar as competências humanas: condições de trabalho e remuneração condizente com a função;

3) Aceitabilidade dos instrumentos fiscais para a proteção do meio ambiente: forte oposição dos agentes que sofrem seus efeitos;

4) Enfrentar a incerteza econômica institucional: Equidade e certeza dos impostos

11/04/23 11

Page 12: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

AMAPÁ (MENDES, Paulo: 2007 – inédito)

11/04/23 12

Conceitos Critérios (%)P

Paraná

L

Lei nº 9.491/90 e

Lei Compl. 59/91

S

São Paulo

L

Lei nº 8.510/93

MMina

s Gerais(1)

LLei nº

12.040/95

EconômicoValor Adicionado Fiscal 75

,00%

7

6,00%

79,6153

6%

Receita Tributária Própria -- 5

,00%

2,00000

%

DemográficoPopulação 6,

00%

1

3,00%

2,71000

%

População dos 50 mais populosos -- -

-

2,00000

%

Geográfico Área Geográfica 2,

00%

-

-

1,00000

%

Igualitário Componente Percentual Fixo 2,

00%

2

,00%

5,50000

%

Componentes

Ambientais (ICMS Ecológico)

Espaços Territoriais Especialmente Protegidos 2,

5%

0

,5%

0,50000

%

Mananciais de Abastecimento Público 2,

5%

-

-

--

Tratamento de Lixo/Esgoto -- -

-

0,50000

%

Políticas

Setoriais

Saúde -- -

-

2,00000

%

Patrimônio Cultural -- -

-

1,00000

%

Reservatórios de Água para geração de Energia

Elétrica

-- 0

,50%

--

Educação -- -

-

2,00000

%

Municípios Mineradores -- -

-

0,11000

%

Política

Agropecuária (Produção de

alimentos)

Área Cultivada -- 3

,00%

0,50000

%

Número de Pequenos Produtores Rurais -- -

-

0,25000

%

Programa de Apoio a Prod. e Comerc. -- -

-

0,15000

%

Órgão de apoio do desenvolvimento

agropecuário

-- -

-

0,10000

%

Produção Agropecuária 8,

00%

-

-

--

Propriedades Rurais 2,

00%

-

-

--

Restrito Compensação Financeira por desmembramento

de Distritos

-- -

-

0,06514

%

Total 10

0,00%

1

00,00%

100,00

%

Page 13: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

11/04/23 13

TABELA 2 - CRITÉRIO DE DISTRIBUIÇÃO DE RECEITA DO ICMS NO AMAPÁ PREVISTO NA LEI ESTADUAL Nº 322/1996 E SUA VINCULAÇÃO ECOLÓGICA (MENDES, 2007 - Inédito

Page 14: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

Conclusõesa)Os IE implantados no Brasil visam a geração de receita, não para

proteger o meio ambienteb) Alocam de forma mais eficiente os recursos econômicos à disposição

da sociedade, ao permitirem que aqueles com custos menores tenham incentivos para expandir as ações de controle.

c) possibilitam que tecnologias menos intensivas em bens e serviços ambientais sejam estimuladas pela redução da despesa fiscal que será obtida em virtude da redução da carga poluente ou da taxa de extração;

d) atuando no início do processo de uso dos bens e serviços ambientais, o uso de IE pode anular ou minimizar os efeitos das políticas setoriais que, com base em outros incentivos, atuam negativamente na base ambiental;

e) Evitam os dispêndios em pendências judiciais para aplicação de penalidades; e

f) um sistema de taxação progressiva ou de alocação inicial de certificados pode ser efetivado segundo critérios distributivos em que a capacidade de pagamento de cada agente econômico seja considerada.

g) O uso de incentivos econômicos promoveria não só a melhoria ambiental como também a melhoria econômica, através da maior eficiência produtiva e eqüidade.11/04/23 14

Page 15: Ricardo Ângelo PEREIRA DE LIMA Instrumentos Econômicos de Proteção do Meio Ambiente

Muito Obrigado!

[email protected]

11/04/23 15