revolução do porto

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Revolução do Porto Cristina Santos Esther Frois Gabrielle Inácio Julia Maria Keslya Jeniffer Nayara Rufino Tayná Reis Profa. Anny Torres

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revolução do porto, contexto da independencia do Brasil

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Revolução do Porto

Cristina SantosEsther Frois

Gabrielle InácioJulia Maria

Keslya JenifferNayara Rufino

Tayná Reis

Profa. Anny Torres

CONTEXTO

I. A cidade do PortoII. A família real no BrasilIII. Descontentamento no NordesteIV. Enquanto isso em Portugal...V. Aliança com a InglaterraVI. Congresso de VienaVII.Consequências da guerra

I- A CIDADE DO PORTOLocalizada na foz do rio Douro, ao norte de Portugal, a cidade desenvolvera-se durante a Idade Média, graças à atividade pesqueira e como entreposto para os navios estrangeiros.

O crescimento do Império português fez dela um grande empório, onde ara possível encontrar todos os finos produtos do Oriente- sedas, porcelanas, especiarias-, que chegavam através do caminho marítimo para as Índias.

Com a colonização do Brasil, o Porto tornou-se um centro distribuidor do açúcar Pernambuco.

Situada no meio de uma região onde se pratica o cultivo da uva, a cidade dedicou-se intensamente à produção vinícola, tornando o vinho do Porto conhecido em todo o mundo.

Era por meio de seu porto que se realizavam as trocas de tecidos e ferragens inglesas por vinho português, o que explica a presença de toda uma população britânica ligada às atividades de importação e exportação.

No período da revolução, já era a segunda maior cidade do país e importante centro de construção naval.

II- A FAMILIA REAL NO BRASIL

Os Braganças se mudaram para a colônia.

“A colônia virou metrópole e a metrópole

virou colônia.”Boris Fausto

A presença da família real no Rio de Janeiro agravara as diferenças que separavam o Centro-Sul do Norte e Nordeste, sobrecarregando essas regiões com o aumento e criação de novos tributos, destinados à manutenção da Corte, chamada de a "nova Lisboa".

III- DESCONTENTAMENTO DO NORDESTE

Toda a região estava sofrendo com uma grande seca, que resultou na menor cultura para exportação e na dizimação da agricultura de subsistência. A seca estimulava a inflação e o governo mostrava-se insaciável em sua ânsia de arrecadar impostos.

Em Pernambuco...

Grande crise econômica: as cotações do açúcar e do algodão caíam cada vez mais no mercado internacional, desfazendo fortunas da noite pro dia.

IV- ENQUANTO ISSO, EM PORTUGAL...Estava em guerra com a França, pois Portugal estava nos planos de Napoleão para fazer parte do Bloqueio continental; mas Portugal não aceitou se aliançacom a França e por isso obteve a ajuda da Inglaterra.

V- ALIANÇA COM A INGLATERRA.

A atuação das tropas inglesas havia sido decisiva para expulsar o exército de Napoleão.

Mas tendo libertado o país, elas permaneceram no reino e o comandante inglês William Carr Beresford assumiu o poder com o título de Lorde Protetor de Portugal.

Sua política seguia a mesma linha reacionária que, a partir do congresso de Viena (1815), dominava o cenário europeu, tentando restabelecer o absolutismo no continente e reprimindo os movimentos liberais onde surgissem.

VI- CONGRESSO DE VIENA (1815)

Foi o marco das modernas relações internacionais, é a partir do chamado “Concerto entre as nações”, em uma tentativa de restaurar o Antigo Regime e deter o avanço do modelo liberal, que se configura justamente o oposto, uma sociedade industrial que consolidou o liberalismo.

VII- CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA

I. com o abandono dos campos, desorganizara-se completamente a produção agrícola;

II. a falta de gêneros alimentícios ampliava a fome nas cidades.

III. Em Portugal, já não havia vinho nem azeite para exportação, produtos que ainda são a base da sua economia;

IV. Seus acanhados parques fabris não conseguiam resistir à concorrência das manufaturas inglesas e, como o Brasil deixara de ser o fornecedor de matérias-primas para Portugal reexportá-las, os portos lusitanos achavam-se inativos e o comércio estava falindo.

Foi nesse quadro geral de descontentamento que se desenvolveu e ganhou peso o ideário

liberal. Em Portugal, o liberalismo tinha como base a

necessidade de restringir o poder da Coroa para que os comerciantes pudessem recuperar o

controle monopolista sobre o Brasil; e no Brasil as mesmas ideias serviam a uma causa oposta:

ampliar a liberdade comercial dos nativos frente aos monopolistas portugueses.

As rebeliões multiplicavam-se pelos países europeus, por exemplo:1. na Espanha os liberais ameaçavam o rei Fernando

VII, que restaurara os privilégios dos nobres e do clero e trouxera de volta a Inquisição

2. A Itália era sacudida por uma onda de agitações.

Apesar da mão de ferro de Beresford, esse clima de constentação logo chegou a Portugal e começaram a surgir sociedades secretas, das quais participavam militares, intelectuais e comerciantes, mas todas conspirando contra o Lorde Protetor.

1° conspiração, em 1817.

Gomes Freire Andradeo General austríaco que havia

lutado ao lado das tropas francesas em diversos países da Europa, principalmente em Portugal.

o Com a derrota de Napoleão, ele retornou à Portugal e foi perdoado e reintegrado ao exército, mas estava definitivamente “contaminado” pelos ideais liberais de Napoleão.

Em Portugal,Gomes Freire encontrou as Forças Armadas nacionais reorganizadas por Beresford, que colocara oficiais ingleses nos principais postos de comando.

Mas essa era uma situação que causava repulsa aos oficiais lusitanos e que o habilidoso general soube explorar, articulando um movimento de caráter republicano, com a participação majoritária de militares.

Descoberta a conspiração, seus principais líderes foram condenados à morte, inclusive Gomes Freire.

2° conspiração, em 1818.

Origem do nome

Provavelmente por terem a seu lado vários magistrados, os conspiradores portugueses deram à sua sociedade secreta o mesmo nome que, na Antiguidade, designava o tribunal dos judeus, instalado em Jerusalém para julgar questões criminais, administrativas e políticas.

Dentre os membros do Sinédrio destacaram-se principalmente o líder do grupo, Manuel Fernandes Tomás, então desembargador no Porto; o juiz José da Silva Camargo; e os militares Melo Castro e Bernardo Sepúlveda.

Vários outros conspiradores eram comerciantes, caracterizando a origem burguesa do movimento, que, apesar da repressão, foi se ramificando pelo exército português.

Tão visível se tornara a inquietação na tropa que Beresford embarcou para o Brasil e fim de pedir a D, João VI a ampliação de seus poderes.

Aproveitando sua ausência, a guarnição da cidade do Porto concentrou-se no campo de

Santo Ovídio em 24 de Agosto de 1820, declarando-se em rebelião contra o domínio

inglês.

A revolta estendeu-se rapidamente pelas demais cidades da região, mas só em 15 de Setembro chegou a Lisboa, onde a sublevação das tropas foi acompanhada

por manifestações populares contra o absolutismo. A partir desse momento a Revolução consolidava-se,

adquirindo caráter nacional.

No dia 27 de Setembro, os governos revolucionários do Porto e de Lisboa reuniram-se em Alcobaça e constituíram a Junta

Provisional do Governo Supremo do Reino e a Junta Provisional Preparatória das Cortes –ou o Parlamento nacional -, para votar uma Constituição e substituir o

regime absolutista por uma monarquia constitucional.

Consequências

No final de 1820, quando chegaram noticias da revolução Constitucionalista do porto, os

conjuntos dos setores urbanos a dos proprietários rurais brasileiros se

conscientizaram do seu poder.

Independência do BrasilInicialmente, as tropas brasileiras se rebelaram em apoio aos revolucionários portugueses, formando Juntas governativas que só obedeceriam às Cortes revolucionárias de Lisboa.Muitos comerciantes brasileiros, ansiosos por recuperar seus privilégios, aderiram ao movimento.Alem dos outros grupos que acreditavam que o regime constitucional implantado em Portugal seria também aplicado no reino do Brasil.

Mas havia também aqueles que, beneficiados com o estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro, não queriam a volta a Lisboa. Afinal, seus negócios estavam correndo bem e o retorno significaria o fim das vantagens e de seu prestígio social e político. Funcionários que haviam recebido cargos públicos e proprietários de escravos e terras do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo, manifestaram-se contra a Revolução do Porto, defendendo a permanência da família real no Brasil.

No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiam seu auge, fora organizado pelos defensores da independência um

abaixo-assinado que solicitava a permanência de D. Pedro I no Brasil. Esse apoio fora retribuído, dado que no dia 9 de

janeiro de 1822, D. Pedro I confirmou a sua permanência no Brasil, dia que viria a ficar conhecido como Dia do Fico.

Após o Dia do Fico, D. Pedro I viria a tomar uma série de medidas que desagradaram à metrópole, pois essas viriam a

culminar na independência do Brasil. D. Pedro I convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de

Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino e determinou que nenhuma lei de Portugal viria a ser

colocada em vigor sem sua prévia aprovação. O próprio conclamava o povo a lutar pela independência.

7 de Setembro de

1822

D. Pedro viria a receber então uma nova carta de Portugal que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a volta do mesmo para a metrópole. Estas notícias chegaram às mãos de D. Pedro quando estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou então a espada e gritou: “Independência ou Morte!”. Fato ocorrido no dia 7 de setembro de 1822 e que marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro I viria a ser declarado imperador do Brasil.

Bragança’s hair studio

Mas afinal, por que esse fato que ocorreu em Portugal é chamado de “revolução burguesa”?

Segundo Gianfranco Pasquino, revolução é a tentativa de derrubar as autoridades políticas existentes e de substituir, a fim de afetar profundas mudanças nas relações políticas, no ordenamento jurídico-constitucional e na esfera socioeconômica. Como essa tentativa afeta diretamente as classes dominantes, há o inevitável uso da violência.

O fato que aconteceu em Portugal, a Conspiração do Sinédrio, teve a participação de militares, judiciários e comerciantes; sendo que este ultimo foi o que caracterizou a origem burguesa do movimento. O uso da violência na tentativa de conter a conspiração, que é uma das características de uma revolução, a derrubada e a substituição da autoridade política presente foram fatos presentes na conspiração do Sinédrio e que, juntas, justificam o uso da palavra revolução para nominar o movimento.

Bibliografia

Apostila Pré-Absoluto cursos preparatórios, Cefet/Coltec; pg 153

História do Brasil - Luiz Koshiba - Editora AtualHistória do Brasil - Bóris Fausto – EDUSP

• http://www.coladaweb.com/historia/congresso-de-viena

• (acessado no dia 17 de agosto as 14:15)

• http://www.youtube.com/watch?v=O0tYMDe6jcM&feature=c4-overview-

vl&list=PLXfFiE2hM1UuebdotdBzU9yXlpAmuK_tb

• (acessado no dia 17 de agosto as 15:40)

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Gomes_Freire_de_Andrade

• (acessado em 20 de agosto as 19:20)

• www.coladaweb.com/historia-do-brasil/revolucao-do-portom

• (acessado no dia 20 de agosto as 20:50)

• http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/revolucao-do-porto-movimento-exigiu-o-retorno-de-d-joao-6.htm

• (acessado em 20 de agosto as 21:00)

• http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/crise_portuguesa.html

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%Cc3%A7%C3%A3o_liberal_do_porto

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo

• Acessado no dia 25 de agosto de 2013 as 11:00

• http://faceaovento.com/2009/12/21/o-movimento-constitucionalista-luso-brasileiro-e-a-revolucao-do-porto

• Acessado em 25 de agosto de 2013 ás 10:04

• http://www.culturabrasil.org/revolucaodoporto.htm

• Acessado no dia 24 de agosto de 2013 as 16:27