revista spnotícias - ano 2 - número 14

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SP notícias ANO 2 l NÚMERO 14 Com projeto que inclui o terceiro dormitório e Desenho Universal de acessibilidade, a Secretaria da Habitação tem novo padrão de casa popular A nova moradia De gráfica a editora de livros, a Imprensa Oficial torna-se uma empresa exemplar Governo do Estado aplica recursos de 750 milhões de reais na região de Franca São Paulo Escola de Teatro formará atores e profissionais dos bastidores

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A nova moradiaCom projeto que inclui o terceiro dormitório e Desenho Universal de acessibilidade, a Secretaria da Habitação tem novo padrão de casa popular

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Page 1: Revista SPnotícias - Ano 2 - Número 14

SPSPnotíciasANO 2 l NÚMERO 14

Com projeto que inclui o terceiro dormitório e Desenho Universal de acessibilidade, a Secretaria da Habitação tem novo padrão de casa popular

A nova moradia

De gráfica a editorade livros, a Imprensa Oficial torna-se uma empresa exemplar

Governo do Estadoaplica recursos de750 milhões de reais na região de Franca

São Paulo Escola de Teatro formaráatores e profissionais dos bastidores

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editorial

SPnotícias 3

Uma das principais realizações da Secretaria da Habitação na atual administração é o novo padrão de construção das mora-dias populares do Estado de São Paulo. O projeto da Compa-nhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), em-

presa ligada à secretaria, prevê melhorias, como o terceiro dormitório, placa de aquecimento solar e pé-direito mais alto, que trazem conforto, qualidade de vida e dignidade às famílias.

A reportagem de capa desta edição de SPnotícias destaca ainda uma ação inovadora da CDHU em parceria com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência: o Desenho Universal das residências, que con-templa uma série de adaptações para promover melhor circulação e bem-estar às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Outra reportagem trata da atuação da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Inicialmente criada para divulgar os atos do governo no Diá-rio Oficial, ela transformou-se com o tempo em um modelo bem-sucedido de gráfica, agência de notícias, editora de livros premiados e a única empresa pública do Brasil a emitir certificação digital.

Na área da cultura, esta edição fala da criação da São Paulo Escola de Teatro. A partir de fevereiro de 2010, serão inaugurados cursos gratuitos para formação de atores e para aqueles que trabalham nos bastidores em funções como sonoplastia, iluminação e técnicas de palco. A escola funcionará em um prédio de 1,7 mil metros quadrados na capital, que está sendo reformado ao custo de 4,2 milhões de reais.

A seção Bastidores revela como é organizar uma edição dos Jogos Abertos do Interior, que exige da Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo um planejamento de dois anos. Em outubro último, o evento foi dispu-tado em São Caetano do Sul e, desde já, a Selt prepara a organização dos Jogos de Santos, em 2010.

Os investimentos na região administrativa de Franca também estão em reportagem de SPnotícias. Obras em infraestrutura, habitação e sa-neamento, além de ações voltadas para a capacitação de mão de obra, estão beneficiando 720 mil habitantes de 23 municípios.

O entrevistado do mês é o secretário da Gestão Pública, Sidney Beral-do, que aborda as ações do governo no sentido de controlar os gastos do Estado, além da valorização dos servidores ao atingir metas e da expan-são do Poupatempo e do Acessa São Paulo, que tem contribuído para a inclusão digital da população.

Boa leitura e até a próxima edição.

Um novo padrão de moradia

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SPnotícias 5

Ano 2 | Nº 14 | 200911.000 exemplares Distribuição estadualFoto de capa: Renato Stockler

Governo do estado de sÃo PauloGovernador José Serravice-governador Alberto Goldman

secretaria estadual da administração Penitenciária Lourival Gomessecretaria estadual da agricultura e abastecimento João de A. Sampaio Filhosecretaria estadual da assistência e desenvolvimento social Rita Passossecretaria estadual da Casa Civil Aloysio Nunes Ferreira Filhosecretaria estadual da Casa Militar Coronel PM Luiz Massao Kitasecretaria estadual de Comunicação Bruno Caetano secretaria estadual da Cultura João Sayadsecretaria estadual de desenvolvimento Geraldo Alckminsecretaria estadual de economia e Planejamento Francisco Vidal Lunasecretaria estadual da educação Paulo Renato Souzasecretaria estadual do emprego e relações do trabalho Guilherme Afif Domingossecretaria estadual de ensino superior Carlos Alberto Vogtsecretaria estadual de esporte, lazer e turismo Claury Santos Alves da Silvasecretaria estadual da Fazenda Mauro Ricardo Machado Costasecretaria estadual da Gestão Pública Sidney Beraldosecretaria estadual da Habitação Lair Alberto Soares Krähenbühlsecretaria estadual da Justiça e defesa da Cidadania Luiz Antônio Marreysecretaria estadual do Meio ambiente Francisco Graziano Netosecretaria estadual dos direitos da Pessoa com deficiência Linamara Rizzo Battistellasecretaria estadual de relações Institucionais José Henrique Reis Lobosecretaria estadual de saneamento e energia Dilma Seli Penasecretaria estadual da saúde Luiz Roberto Barradas Baratasecretaria estadual da segurança Pública Antônio Ferreira Pintosecretaria estadual dos transportes Mauro Arcesecretaria estadual dos transportes Metropolitanos José Luiz PortellaProcuradoria Geral do estado de são Paulo Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo

a revista SPnotícias é uma publicação men sal do Governo do estado de são Paulo, distribuída gratuitamente. seu conteúdo é informativo e sua venda é proibida.

www.saopaulo.sp.gov.brSugestões para a revista pelo e-mail: [email protected], impressão e acabamento:edição concluída em novembro

Imprensa OfIcIalCriada para divulgar as ações do governo, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo torna-se um exemplo de empresa em várias atividades

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reGIÃOFormada por 23 municípios, a região de Franca recebe investimentos em áreas como saneamento, infraestrutura e habitação

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6 ENTREVISTA O secretário da Gestão Pública fala da missão da pasta de controlar os gastos públicos e dos investimentos no Poupatempo e Acessa São Paulo

26 BANCO DE IMAGENS Acervo com 2 mil fotografias divulga belezas turísticas do Estado de São Paulo

28 ESCOLA DE TEATROGoverno do Estado cria escola para formação de atores e outros profissionais das artes cênicas

38 BASTIDORESComo é o trabalho da Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo para organizar os Jogos Abertos do Interior

44 PERSONAGEM DO MÊSO diretor do CDP de Sorocaba, Marcio Coutinho, adota programa para diminuir a reincidência de detentos

46 O ESTADO EM NúMEROS

48 AGENDA

capaSecretaria da Habitação aprimora o conceito de moradia popular com novo padrão construtivo e Desenho Universal de acessibilidade

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SPsumário

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SPentrevista

Gastos sob controleAções da Secretaria da Gestão Pública levam o governo do Estado a aplicar melhor os recursos e a profissionalizar os servidores públicos

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processos, a fim de desburocratizar e alcançar as metas.

SP: O que tem sido feito dentro pro-grama de gestão por resultados?

Beraldo: No início do governo, fize-mos o recadastramento de todos os servidores para verificar onde eles es-tão, sua escolaridade e capacitação, para tentar extrair o melhor rendi-mento de cada um. Afinal, a maior despesa do Estado é com a folha de pagamento – 35 bilhões de reais, com cerca de 700 mil servidores ativos. Se somarmos os inativos e pensionistas, chegamos a mais de 1 milhão de ser-vidores. O maior aproveitamento des-sa força de trabalho significa cuidar da qualidade dos gastos. Reduzimos 4,2 mil cargos de confiança e criamos duas carreiras no Estado: especialista em políticas públicas e analista de fi-nanças e planejamento. São 1,3 mil vagas preenchidas por concurso pú-blico para implementar a gestão por resultados. Criamos a certificação ocupacional para valorizar a com-petência de quem exerce cargos de confiança. Começamos com cargos estratégicos, como diretor regional de Saúde, de Educação e os diretores de hospitais públicos, que serão sub-metidos a um processo de avaliação. Quem for reprovado passará por um curso de treinamento e capacitação. Se o servidor não passar em uma segunda avaliação, será substituído por um profissional certificado.

SP: Como o senhor define a meritocra-cia no governo?

Beraldo: É uma forma de estimular o servidor a continuar estudando e se capacitando. O servidor ou uma equipe que contribuiu para atingir

a meta serão valorizados. Veja o caso da educação. As escolas e os alunos são avaliados no fim do ano letivo, e os estabelecimentos que atingem suas metas têm todos os servidores contemplados. Desde o servente até o diretor, todos recebem um bônus, que pode chegar a 2,9 salários anu-ais. Também incorporamos gratifi-cações ao salário e implantamos a meritocracia nas áreas-meio. As pro-moções não serão feitas só pelo tem-po de serviço; haverá uma avaliação e a promoção acontecerá por mérito. Todas as carreiras das áreas-meio te-rão a oportunidade de ganhar 40% de aumento no salário. Se o servidor de uma carreira que exige ensino mé-dio fizer o curso superior, agregando valor ao seu trabalho, terá esse rea-juste. E se ele ocupa uma função que já exige nível superior e cursar uma pós-graduação, mestrado ou douto-rado e comprovar que agregou valor, também receberá 40% de aumento.

SP: Qual é o balanço da expansão do Poupatempo na atual administração?

Beraldo: O Poupatempo, que com-pletou 12 anos em outubro, integra a política da melhora da qualidade do serviço público. A expansão per-mite que mais pessoas utilizem esse padrão de serviço, em que a emissão de um RG, por exemplo, é feita no mesmo dia, contra os 30 dias do pro-cedimento convencional. Por isso, a nossa meta é ampliar em 50% a ca-pacidade de atendimento. Do início da atual administração até o fim de 2010, serão 14 postos inaugurados. Também implantamos um progra-ma chamado Sintonia, com o objeti-vo de melhorar o sistema de gestão dos postos de atendimento, convi-

Controlar os gastos públicos com responsabilidade é a meta da Se-cretaria da Gestão Pública desde

o início da atual administração, quando foi criada. Cargos de confiança foram su-primidos, o governo do Estado implan-tou a meritocracia para os servidores e em um ano houve uma economia de 518 milhões de reais em despesas co-muns às secretarias, como combustível, água e energia elétrica. Na entrevista a SPnotícias, o secretário Sidney Beraldo falou sobre essas ações e também dos in-vestimentos em tecnologia, da expansão do Poupatempo e do Acessa São Paulo, que vem contribuindo para a inclusão digital da população do Estado.

SPnotícias: Qual é a missão da Secre-taria da Gestão Pública?

Sidney Beraldo: A primeira é melho-rar a qualidade do serviço público. Cuidar dos gastos e acompanhar se as políticas desenvolvidas estão ge-rando o impacto desejado na socie-dade. Em segundo lugar, incorporar cada vez mais à administração públi-ca a gestão por resultados, ou seja, obter o melhor desempenho com re-lação às ações que o Estado desenvol-ve. Para isso, aplicamos uma política de recursos humanos no sentido de profissionalizar e capacitar. Por fim, investir na área de tecnologia, de sis-temas, de programas, de revisão de

fotos: Antonio LArgui

6 SPnotícias

O secretário da Gestão Pública, Sidney Beraldo

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entrevista

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dando o usuário a avaliar na hora a qualidade do serviço. Ele termina de ser atendido e pode fazer a avaliação, dizendo se o serviço foi ótimo, bom, regular ou ruim.

SP: Como tem sido essa avaliação?Beraldo: Dos usuários que vão ao Poupatempo e participam dessa ava-liação, 90% respondem que o atendi-mento recebido é ótimo ou bom.

SP: Como está a qualidade dos servi-ços que o Poupatempo oferece a mi-lhares de pessoas diariamente?

Beraldo: A busca da excelência é per-manente. Por exemplo: precisávamos avançar na questão da acessibilidade. Por isso, em vários postos estamos inaugurando softwares que permi-tem o acesso ao serviço público dos portadores de alguma deficiência física, além de melhorar a acessi-bilidade à parte física dos postos. O pagamento de alguma taxa gerava

atraso no atendimento e insatisfação do cidadão, que precisava se dirigir a uma agência bancária dentro do Poupatempo e pegar fila. Agora, esta-mos autorizando o uso do cartão de débito, que permite pagar na hora, principalmente nos postos onde há maior procura, como Santo Amaro, Sé e Itaquera, na capital.

SP: Quais unidades do Poupatempo serão inauguradas até 2010?

Beraldo: Piracicaba e Taubaté no início e Mogi das Cruzes no final de 2010. Estão em licitação Marília, Araçatuba e Rio Claro. Havia o orça-mento de 100 milhões de reais na manutenção do Poupatempo no iní-cio da atual administração, mas em 2010 ele passará a 200 milhões. Dia-riamente, o Poupatempo realiza em suas unidades 104 mil atendimentos e, com a expansão, chegará a 140 mil. Em 12 anos, foram mais de 200 milhões de atendimentos.

SP: Como a secretaria atua no incre-mento da tecnologia da informação?

Beraldo: O Estado de São Paulo tem 250 mil estações de trabalho, ou seja, 250 mil servidores que trabalham atrás de um computador e que preci-sam de uma internet veloz. Estamos preparando uma nova concorrência para um contrato de cinco anos des-sa rede e queremos aumentar a capa-cidade da banda larga. Hoje, as ferra-mentas sociais e os bancos de dados interligados do Estado exigem uma internet rápida. Também há um programa desenvolvido junto com o Tribunal de Justiça e a Secretaria da Administração Penitenciária que utiliza as audiências criminais feitas por videoconferência. Hoje, são 16

salas de videoconferência, mas va-mos abrir mais 50 entre dezembro e fevereiro de 2010. Isso vai liberar os policiais que trabalham no desloca-mento de presos para atuar no pa-trulhamento preventivo e assim au-mentar a segurança da população.

SP: A tecnologia também será usada para capacitação a distância?

Beraldo: Há uma dificuldade para treinar servidores dos 645 muni-cípios do Estado. Então, estamos desenvolvendo um programa para fazer o ensino a distância. Queremos instalar até o ano que vem 150 salas de videoconferência. Em parceria com o Tribunal de Contas, fazemos um treinamento com os municípios para capacitar servidores munici-pais nas prestações de contas on-line.

SP: Qual foi a economia feita com todo o controle de gastos?

Beraldo: Hoje, 80% das compras do Estado são feitas pelo pregão ele-trônico, que exigiu treinamento e capacitação de 1,8 mil pregoeiros, aqueles que operam o sistema. Com isso, passamos a economizar 25% nas compras. Outra ação foi a par-ceria com o Movimento Brasil Com-petitivo para pôr em prática oportu-nidades de redução de despesas no Estado. Avaliamos as despesas corpo-rativas que permeiam as secretarias, como combustível, água, telefonia, energia, alimentação e material de escritório. Eram 7,8 bilhões de reais de despesas anuais. Estabelecemos a meta de economizar 500 milhões de reais entre abril de 2008 e abril de 2009 – e chegamos a 518 milhões. Tínhamos muito desperdício, como no caso da alimentação dos detentos.

Avaliamos o preço que pagávamos nos presídios e vimos que existia uma variação grande. Temos de levar em conta fatores como logística de distri-buição, mas há presídios próximos que não justificam tantas distorções nos preços. Renegociamos contratos e conseguimos reduzir os custos.

SP: Como está o plano de expansão do Acessa São Paulo?

Beraldo: Cerca de 60% da popula-ção do Estado não tem computador ou internet. Neste ano, estamos ins-talando mais 110 postos do Acessa São Paulo e vamos chegar a 600 até o fim do governo. É um programa que alcança bons resultados com baixo investimento. Quem mais pre-cisa são jovens de famílias com renda de até quatro salários mínimos que utilizam o computador para estudar, mandar currículo, buscar emprego. Paralelamente, estamos desenvolven-do e ampliando o Acessa nas escolas. Temos quase 4 mil laboratórios de informática com 60 mil computado-res. Antes, muitos laboratórios eram subaproveitados. Então, pegamos o modelo do Acessa, com um monitor treinado, e estamos abrindo esses la-boratórios para os alunos. Já implan-tamos em 570 escolas da capital, triplicando o uso dos computadores e aumentando a inclusão digital. Muitas famílias não têm banda larga porque não podem pagar a mensali-dade de um provedor. Em parceria com a Secretaria da Fazenda, nego-ciamos com as empresas operadoras, tiramos o imposto, tabelamos no máximo em 29,80 reais e, com isso, estendemos a banda larga popular, beneficiando 2,5 milhões de domicí-lios no Estado. o

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SPcapa

Moradias confortáveis e regularizadas

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Ações da Secretaria da Habitação implantam novo padrão de casas populares e ajudam a legalizar a documentação de imóveis

A Secretaria da Habitação vem realizando diversos projetos para melhorar a qualidade de vida da

população. A implantação de um novo padrão nas casas e apartamentos cons-truídos pela Companhia de Desenvolvi-mento Habitacional e Urbano (CDHU) vem alcançando excelentes resultados perante a população, principalmente em função da qualidade das novas mo-radias populares. Também constituem as bases da atual política habitacional o trabalho de urbanização de favelas e o esforço para promover a regularização dos imóveis no Estado de São Paulo.

Agora com o terceiro dormitório em metade das unidades, pé-direito mais alto, laje ou forro, aquecedor solar, medidor individualizado de água, piso cerâmico em todos os cômodos, azule-jos na cozinha e no banheiro, além de outros melhoramentos, a nova moradia popular paulista é maior, mais confor-tável e mais segura.

Desde 2008, as moradias passaram a ser projetadas dentro do conceito do De-senho Universal, ou seja, voltadas para atender pessoas com deficiência, mo-bilidade reduzida ou limitações físico-motoras temporárias ou permanentes.

Vista dos conjuntos D1 e D2 no município de Atibaia

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Detalhes do novo padrão. No alto, aquecimento solar e janelas dos três dormitórios. No meio, o exterior com abrigo para botijões de gás. Acima, acabamento diferenciado e portas de alumínio

A população idosa do Estado tam-bém vem recebendo atendimento espe-cial com a implantação dos conjuntos da Vila Dignidade no interior paulista. São conjuntos de casas destinados a ido-sos de baixa renda, que passarão a con-tar com um empreendimento projetado especialmente para acomodá-los com segurança, acessibilidade e conforto.

Também ocupa lugar de destaque no trabalho da secretaria e da CDHU a regularização de lotes e imóveis que se encontram em situação irregular. Da mesma forma, a urbanização de favelas e de áreas degradadas, como a recupe-ração socioambiental da Serra do Mar, também vem recebendo atenção da pas-ta. Somente na Serra do Mar serão reas-sentadas 5,35 mil famílias que moram nos chamados bairros-cota, em área do município de Cubatão. Há ainda ações de urbanização que levam infraestrutu-ra, saneamento básico e equipamentos públicos para favelas.

Para todos esses projetos em práti-

ca, a secretaria já investiu 2,14 bilhões de reais entre 2007 e 2009. Contando somente as moradias entregues, até ou-tubro foram atendidas em torno de 39 mil famílias. Outras obras já em execu-ção vão beneficiar mais 66 mil famílias. No quesito de regularização de imóveis, milhares de unidades da própria CDHU já foram regularizadas, enquanto 1,8 milhão de famílias estão sendo bene-ficiadas com a regularização apoiada pelo programa Cidade Legal.

Casa para todosA CDHU encomendou uma pesquisa qualitativa ao Ibope para ouvir poten-ciais candidatos à aquisição de um imóvel e saber o que eles pensam sobre as moradias construídas, qual a neces-sidade das pessoas e qual seria o nível de aceitação do padrão de construção. “A pesquisa apontou, por exemplo, a necessidade de um terceiro dormitório para abrigar famílias mais numero-sas”, afirma o secretário. “Mas, além de

uma casa maior, era preciso boa venti-lação, facilidade na circulação e acaba-mento adequado.”

A experiência da CDHU e o resul-tado da pesquisa ajudaram a compor o novo padrão construtivo. O modelo prevê a implantação do terceiro dormi-tório em 50% das unidades, o aqueci-mento da água do chuveiro por meio de placas solares e o pé-direito mais alto para melhorar o arejamento da casa: passou de 2,4 para 2,6 metros. As unidades são entregues com piso cerâ-mico em todos os cômodos, azulejos na cozinha e banheiro, laje, esquadrias de alumínio e estrutura de metal nos telhados (veja quadro).

Segundo o diretor técnico da CDHU, João Abukater Neto, os padrões foram definidos com foco na saúde familiar. Uma das razões para o aumento do nú-mero de cômodos foi o fenômeno da coabitação, muito comum nas regiões metropolitanas. Várias famílias agre-gam parentes como irmãos, sogros, genros, netos, cunhados, ou mesmo membros de outras famílias. “Temos de pensar que a família é a unidade ce-lular do Estado”, diz Abukater. “Quan-do não existe um espaço adequado, há a dificuldade na sua manutenção.”

O primeiro conjunto entregue com o novo padrão foi o José Feliciano, na Estrada Vicinal Antonio Lovato, no mu-nicípio de Tupã. São 135 casas de dois dormitórios, com 43,1 metros quadra-dos, e de três dormitórios, com 59,9 metros quadrados. Segundo Abukater, as melhorias construtivas diminuirão a rotatividade dos imóveis. “Estamos entregando algo que é para a vida in-teira”, afirma.

No terceiro trimestre de 2008, a Se-cretaria da Habitação assinou um Acor-do de Cooperação com a Secretaria dos

fotos: divulgação

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O paisagismo deixou os conjuntos mais bonitos. Acima, detalhe do aquecimento solar para água do chuveiro. Na outra página, interior de banheiros com azulejos e uma unidade já decorada Pisos antider-

rapantesBarras de proteção

Cozinhas e banheiros com espaço para a movimentação de cadeira de rodas

As portas com 90 centímetros de largura

Pontos de tomadas e interruptores em alturas adequadas para os usuários

Campainhas com sinal sonoro e luminoso

Rampas de acesso à residência

Desenho universal

Direitos da Pessoa com Deficiência de-terminando a implantação do Desenho Universal (DU) em todos os projetos da CDHU. Com ele, as áreas comuns dos conjuntos ganharão adaptações que facilitam o acesso, como rampas, pisos antiderrapantes e com diferença de textura, barras de proteção, cores contrastantes e guias rebaixadas. Den-tro dos imóveis, as portas e corredores têm 90 centímetros de largura, espaço suficiente para manobras de cadeira de rodas. Interruptores e tomadas estão lo-calizados em alturas acessíveis a todos os usuários, e a campainha funciona com sinal sonoro e luminoso.

Com essas inovações, as unidades poderão ser usadas por qualquer in-divíduo, incluindo pessoas com limi-tações físico-motora, auditiva, visual e cognitiva, provisórias ou permanen-tes, e também pessoas com estatura

diferenciada, obesidade e mobilidade reduzida, como idosos e gestantes.

Os idosos também foram contem-plados nos projetos da secretaria. A CDHU iniciou a construção do pri-meiro condomínio do programa Vila Dignidade. Voltado exclusivamente a cidadãos da terceira idade com baixa renda, o primeiro conjunto desse tipo está sendo erguido em Avaré. Outros 13 municípios já estão programados para receber as Vilas Dignidade.

Em Avaré, serão 22 casas com sala conjugada à cozinha, um dormitório, banheiro, área de serviço e uma parte externa que poderá ser utilizada como horta. O layout das residências teve como base o Desenho Universal. Assim, foram incorporados itens como barras de apoio, pias e louças sanitárias em altura adequada e portas e corredores mais largos. Outras cidades que deve-rão receber o condomínio são Caragua-tatuba, Cubatão, Itapeva, Ituverava, Itapetininga, Limeira, Moji Mirim, Pre-sidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Santos e Tupã.

Serra reconstruídaO governo do Estado também vem se empenhando em revitalizar e urbani-

zar áreas degradadas. É o caso dos bair-ros-cota, em Cubatão. Eles surgiram devido às obras viárias na região da Serra do Mar na década de 40, quando os operários das construções constituí-ram moradias nas encostas ao longo das rodovias que estavam criando.

São habitações precárias, construí-das em áreas de risco, carentes de infra-estrutura adequada e sem saneamento básico. Esses fatores, aliados ao risco de deslizamentos de terra e de ameaça ao ecossistema da região, levaram o gover-no do Estado a criar o Programa de Re-cuperação Socioambiental da Serra do Mar. Basicamente, o objetivo é transfe-rir 5,35 mil famílias de áreas que apre-sentam riscos, conforme laudo do Ins-

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novo paDrão construtivo

Aquecimento solar para água

Paisagismo e arborização Casa com 3

dormitórios

Cobertura para a área de serviço Abrigo para

botijões de gás

Medição individualizada de água

Azulejo na cozinha e banheiro

Muro divisórioentre as casas

Acessibilidade para idosos e cadeirantes

Pé-direito de 2,6 m

Laje nas casas

Pavimentação com piso drenante

n Respeito à privacidade do casal, que muitas vezes precisa comparti-lhar o quarto com filhos de diferentes idades

n Necessidade de um quarto para meninas e outro para meninos

n Necessidade de um quarto para outros parentes que morem na mesma casa

n Diminuir as dificuldades escolares das crianças por não contar com local adequado em casa para seus estudos

n Diminuir a morbidade

Acima, os primeiros resultados da urbanização de favelas no Jardim Pantanal, na zona leste da capital. Foram feitas obras de infraestrutura, recuperação de fachadas e drenagem para conter enchentes

tituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Outras 2,41 mil famílias moram em locais onde não existe a necessidade de remoção, pois são áreas consolidadas que serão urbanizadas.

Em setembro passado, a CDHU co-meçou a edificação de imóveis em um terreno no Jardim Casqueiro, em Cuba-tão. O bairro abrigará o Residencial Ru-bens Lara, com 1,84 mil apartamentos e casas, além de escolas, comércio, áreas de lazer e posto policial. O investimen-to nas obras do Jardim Casqueiro será de 184,4 milhões de reais, e os imóveis deverão ser entregues até o fim de 2010.

Outros dois bairros planejados rece-berão mais 1,74 mil famílias: o Bolsão 7 e o Bolsão 9, próximos à interligação da Imigrantes com a Anchieta, na Baixada Santista. Outros imóveis da CDHU em municípios da Grande São Paulo e do litoral sul, como Peruíbe, Itanhaém e

Praia Grande, em fase final de obras, também serão disponibilizados para famílias que optarem pela mudança.

As favelas do Estado estão passando por um processo de recuperação pare-cido. Moradores desses núcleos estão sendo beneficiados com infraestrutu-ra, drenagem, readequação do sistema viário, áreas de lazer e construção de equipamentos sociais e públicos como escolas, rede de esgoto, coleta de lixo, transporte etc. Nos locais onde a urba-nização não é possível, a Secretaria da Habitação trabalha com três possibili-dades: transfere as famílias para mora-dias da CDHU, concede a elas cartas de crédito ou ainda repassa recursos aos municípios para construção de con-juntos habitacionais.

Entre as erradicações estão as ocu-pações dos mananciais Guarapiranga e Billings, onde o programa prevê o reas-

sentamento de 3,91 mil famílias. Ou-tras 1,3 mil devem ser realocadas nos próprios núcleos que habitam atual-mente. Como suporte, a secretaria está viabilizando terrenos para a constru-ção de 2,5 mil unidades na capital.

O maior programa de urbanização do governo está sendo feito na área de preservação ambiental (APA) ao longo da várzea do Rio Tietê, na zona leste da capital. Denominado Projeto Pantanal, beneficia cerca de 8 mil famílias.

Em parceria com a prefeitura de São Paulo, a pasta também está intervindo na regularização urbanística e fundiá-ria em duas grandes favelas da capital: Paraisópolis e Heliópolis. Na primeira, 1,69 mil famílias terão novas moradias em conjuntos habitacionais na região. Já em Heliópolis, 3,33 mil famílias se-rão atendidas com moradias e obras de urbanização. Quando prontas, as áreas

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“era preciso aumentar o conforto e a qualiDaDe”

spnotícias: por que a secretaria tem dedicado atenção especial à qualidade de vida das pessoas que ocuparão as unidades habitacionais?

Lair Alberto Soares Krähenbühl: Detectamos em pesquisas que havia um desejo por parte da população de mudança no tipo de moradia que o Estado oferece. Além da quantidade, é necessário que se invista na qualidade.

spnotícias: qual é a importância do programa cidade legal para as prefeituras?

Krähenbühl: As prefeituras enfrentavam dificuldade na questão da regularização fundiária. O programa veio para facilitar esse trabalho, fornecendo apoio técnico e permitindo maior agilidade nos processos. Mas é importante lembrar que o maior bene-ficiário é o cidadão. Com a escritura registrada em cartório, o morador torna-se de fato proprietário do imóvel. Com o bem legalizado, ele tem acesso ao mercado formal de crédito e pode transferir a casa para seus herdeiros.

spnotícias: além de proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas, por que a urbanização de favelas é im-portante?

Krähenbühl: A urbanização é o primeiro passo para que o poder público possa regularizar determinada área. Essas intervenções extrapolam a simples provisão de moradias e inserem-se num processo de renovação urbana, que visa transformar essas co-munidades em bairros integrados às cidades. Para se ter uma ideia, desde 2007 já atendemos mais de 17 mil famílias em favelas. Um bom exemplo é o Jardim Pantanal, na zona leste da capital, onde estamos desenvolvendo novos imóveis, obras de drenagem e canalização para evitar as enchentes, que eram co-muns, pavimentação, iluminação e até mesmo a recuperação e pintura da fachada de casas e comércios.

Secretário da Habitação, lair alberto soares Krähenbühl di

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A recuperação da Serra do Mar vai transferir 5,35 mil famílias que moram em áreas de risco

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serão bairros integrados à capital. Paraisópolis, por exemplo, vai rece-

ber uma Escola Técnica Estadual (Etec). Serão 160 vagas para o ensino médio e cerca de 400 vagas em quatro cursos técnicos: Contabilidade, Informática, Meio Ambiente e Segurança do Tra-balho. A previsão é que o espaço seja inaugurado ainda no primeiro semes-tre de 2010. Em Heliópolis, o equipa-mento educacional já está pronto. A Etec começou a funcionar no segundo semestre de 2009 e tem os cursos de Administração, Design de Interiores, Informática e Nutrição e Dietética. Ao todo, são 400 vagas.

Desde fevereiro de 2009, o governo realiza a Virada Social em Paraisópolis. Entre os benefícios que a região já rece-beu estão o Poupatempo Móvel, Virada Esportiva e as Jornadas da Saúde e da Cidadania. Por último, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já fez 20 quilôme-tros de redes e 6,6 mil ligações de água, 14 quilômetros de redes de esgoto e mais de 6 mil ligações.

Também estão sendo recuperados a Favela México 70, em São Vicente, próximo à Ponte do Mar Pequeno, be-neficiando 3 mil famílias; o Jardim Santo André, no ABC Paulista, onde 7,5 mil famílias residem em seis núcleos de favelas; o Jardim Pantanal, na zona leste da capital, com 9 mil famílias; e a Favela Chácara Bela Vista, na Marginal do Tietê, com 1,7 mil famílias.

Regularização dos imóveisA secretaria também priorizou a re-gularização e legalização fundiária de imóveis. Com a escritura do imóvel registrada em cartório, o cidadão tem acesso ao mercado formal e ao crédito, além da garantia de poder transferir

ou deixar a propriedade para a família.Uma das primeiras medidas foi a

reestruturação, em 2007, do Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo (Graprohab). A iniciativa determinou que o órgão deve ser constituído por representantes das Secretarias da Habi-tação e do Meio Ambiente, Procurado-ria Geral do Estado, Companhia de Tec-nologia e Saneamento (Cetesb), Sabesp, Empresa Paulista de Planejamento Me-tropolitano (Emplasa) e Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).

Eles têm autonomia para aprovar ou indeferir os projetos habitacionais. Antes, o tempo médio de análise era de 360 dias. Com a reestruturação, pas-sou para no máximo 60 dias, e a média tem sido inferior a um mês no caso de empreendimentos de interesse social.

No programa Cidade Legal, a Se-cretaria da Habitação auxilia e apoia tecnicamente as prefeituras na regula-rização de parcelamentos do solo, con-juntos habitacionais, condomínios, assentamentos precários e favelas, pú-blicos ou privados, O trabalho da pasta é indicar quais são os trâmites neces-sários e como diminuir a burocracia para regularizar os imóveis. Hoje, 305 municípios estão conveniados. Já foram regularizados 64 mil imóveis. Mais de 9,5 mil núcleos habitacionais estão em processo de regularização, num total de 1,8 milhão de moradias.

Para reduzir os custos dos cidadãos beneficiados pelo Cidade Legal, o go-verno promulgou a Lei de Emolumen-tos, que garante tratamento diferencia-do para empreendimentos de interesse social na hora do registro em cartório, reduzindo os custos, que podem che-gar a 2 mil reais, para menos de 200 reais no primeiro registro. o

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A gráfica que nao para de crescerCriada para divulgar os atos do governo, a Imprensa Oficial diversificou suas atividades e virou um exemplo em editoração e tecnologia de ponta

SPnotícias 21

SPimprensa oficial

Dar transparência e publicidade aos atos do gover-no. Foi com esse objetivo que nasceu, em 1891, a Im-prensa Oficial do Estado de São Paulo. Passado mais

de um século, a empresa mantém esse princípio, porém já não responde apenas pela publicação do Diário Oficial (DO). “Além do produto jornal, há outras atividades”, diz o pre-sidente da Imprensa Oficial, Hubert Alquéres. A autarquia multiplicou-se em gráfica, agência de notícias e é a única empresa pública do país a fazer certificação digital – espécie de “carimbo eletrônico” (veja quadro na pág. 25).

A Imprensa Oficial vem se destacando também como editora de sucesso: já ganhou 40 Prêmios Jabuti, o mais im-portante da literatura nacional. Dois deles foram conferi-dos na 51ª edição, em novembro. Monteiro Lobato Livro a Livro – Obra Infantil, de Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini, foi escolhido o livro do ano de não ficção, na categoria Teoria/Crítica Literária.

Já a obra Tarsila do Amaral, de Lygia Eluf, conquistou a terceira posição na categoria Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes. Nos últimos cinco anos, foram em média quatro premiações por edição. “Como o

20 SPnotícias

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22 SPnotícias SPnotícias 23

imprensa oficial

Jabuti é um prêmio concedido pela Câmara Brasileira do Livro, que con-grega todos os editores do Brasil, esse resultado mostra o reconhecimento do setor privado sobre a importância e a qualidade de uma editora pública”, afirma Alquéres.

Há mais de 500 títulos no catálogo da Imprensa Oficial. O lançamento

de uma só vez de 38 obras da Coleção Aplauso, em outubro passado, compro-va a dedicação da editora. Iniciada em 2004, a série acaba de completar 200 volumes e resgata a memória da cul-tura brasileira, que é narrada por seus protagonistas, ou seja, profissionais das artes cênicas, cinema e televisão.

Os livros da série Perfil trazem muitas imagens vindas de acervos pes-soais, algumas inéditas até para pes-quisadores, e vai, literalmente, de A a Z – de Aracy Balabanian a Zezé Motta. Já a linha Especial tem formato maior e explora ainda mais o visual. Outras publicações falam dos principais dire-tores do cinema nacional e expõem ro-teiros de grandes filmes. A nova linha sobre televisão tem em seu primeiro volume a história da TV Excelsior.

As obras são enviadas para bibliote-cas públicas e escolas estaduais gratui-

tamente. Os preços de venda são popu-lares. “O objetivo da Coleção Aplauso é registrar a história, preservar a memó-ria e refletir sobre teatro, cinema e TV no Brasil de forma democrática. Tanto que, até o fim do ano, todos os volumes se rão oferecidos para leitura e down-load grátis na internet”, diz Alquéres.

A Imprensa Social é outra coleção importante editada pela Imprensa Ofi cial, com acesso gratuito pela inter-net. Ela traz livros feitos em parceria com organizações não governamen-tais (ONGs) para divulgar experiências bem-sucedidas e já abordou temas co-mo sexualidade e abuso infantil. “A in-tenção é multiplicar ações de sucesso”, define Alquéres.

Expansão“A Imprensa Oficial é uma sociedade anônima cujo acionista majoritário é

Publicado desde 1º de maio de 1891, o Diário Oficial do Estado de São Paulo é fonte permanente de consulta para repartições públicas e pessoas físicas e jurídicas. É nas pá-ginas do DO que são encontradas informações de balanços de empresas, atas, convocações, matérias sobre alterações de firmas individuais e sociedades limitadas, atos do Tribunal de Justiça, editais de intimação, despachos em processos cíveis e criminais, leis e decretos. O cidadão tem acesso a infor-mações como lista de inadimplentes do IPVA, exonerações, aposentadorias, admissões, nomeações, designações, afas-tamentos, demissões e processos judiciais. Já os órgãos pú-blicos divulgam informações sobre decretos e leis que criam ou extinguem novas unidades, reorganização das secretarias, atribuições dos funcionários, estabelecimento de normas e disposição sobre abertura de créditos.

A importânciA do diário oficiAl

o Estado, com 99% das ações. Então, ela segue as regras e é submetida a toda a fiscalização de uma empresa pública, obedecendo também às leis e às estratégias da iniciativa privada para gerar bons negócios”, explica Al-quéres. Segundo a diretora de Gestão de Negócios, Lucia Maria dal Medico, em 2009, só na modernização do par-

Neste ano, o parque gráfico foi modernizado com investimentos de 11,5 milhões de reais

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imprensa oficial

que gráfico, que já tem certificação ISO 9001:2008, foram investidos cerca de 11,5 milhões de reais com a compra de quatro impressoras digitais e equipa-mentos de acabamento. “Essa aquisi-ção vai melhorar a eficiência dos pro-cessos de produção gráfica, garantindo menor prazo e maior qualidade dos produtos”, afirma Lucia. “A empresa aplicou ainda recursos em treinamen-to de pessoal. O total dos investimentos deve chegar a 20 milhões de reais.”

Ela conta que a medida permitirá transformar a empresa numa pres-tadora de serviços de comunicação de alta tecnologia, com melhorias de infraestrutura e instalações. Em ou-

tubro, foram impressos mais de 74 milhões de páginas referentes a 334 ordens de serviço para órgãos como as Secretarias da Educação, da Segurança Pública e da Saúde.

Diário OficialAté 2003, quando Alquéres assumiu a Presidência, a Imprensa Oficial exercia apenas atividades de indústria gráfica. O Diário Oficial, seu principal produto, tem cerca de 500 páginas, distribuídas pelos cadernos Executivo, Legislativo, Empresarial e Junta Comercial. Conso-me 225 quilômetros de papel por ano e chega a 6 mil pontos no Estado.

O jornal completo também está dis-ponível para consulta gratuita na in-ternet. Todo o acervo, desde a primeira edição, de 1891, foi digitalizado e inde-xado, em um processo concluído em 2006 e que é atualizado diariamente.

Como traz leis, decisões adminis-trativas, atos e resoluções do governo, é uma fonte rica de informações histó-

ricas, como sobre a Revolução Consti-tucionalista de 1932, o regime militar e a redemocratização. Cerca de 1,2 mi-lhão de pessoas acessam mensalmente o Portal da Imprensa Oficial (www.im-prensaoficial.com.br) para consultar a publicação on-line, que recentemente recebeu o Prêmio Mário Covas na cate-goria Inovação em Gestão Pública.

O DO também conta com uma par-te editorial produzida pela Agência de Notícias da Imprensa Oficial. São re-portagens que cobrem o dia a dia do

governo. É a empresa que faz, também, o clipping, ou seja, compila as notícias de interesse do governo publicadas nos principais jornais e revistas do país.

“Esse trabalho de seleção das infor-mações começa à meia-noite e vai até as 4 horas para que, duas horas depois, comece a entrega do material para os secretários de Estado, por exemplo. É uma operação grandiosa e necessária, porque o gestor precisa saber o que ocorreu para poder preparar ações e re-solver um problema”, diz Alquéres. o

Em torno de 1,2 milhão de pessoas acessam o portal da Imprensa Oficial todos os meses

pioneirismo em certificAção digitAl

A internet é um instrumento rápido de transmissão de informações, mas deve ter sistemas de segurança confiáveis, como a Certificação Digital, função de-sempenhada pela Imprensa Oficial, pioneira na utiliza-ção dessa tecnologia na administração pública desde 2001. “Todos os dados para publicação no Diário Oficial do Estado, por exemplo, vêm das secretarias e órgãos estaduais por meio eletrônico, mas essas ope-rações não podem ser vítimas de hackers”, explica o presidente Hubert Alquéres. “A certificação garante a autenticidade dos dados.”

A confiabilidade é inegável. “A empresa, auto-ridade certificadora oficial do Estado, é a única entre as certificadoras nacionais com o selo ISO 9001:2008 em seus processos”, explica a diretora de Gestão de Negócios, Lucia Maria dal Medico. “O nosso portfólio é amplo para as mais variadas necessidades, como a emissão de certificados digitais tipo e-CPF e e-CNPJ, usados pela Receita Federal, software de assinatura de documentos eletrônicos, bibliotecas de desenvolvi-mento (SDK), certificados de servidores web, identifi-cação funcional, consultoria e treinamento.”

Além do jornal, a Imprensa Oficial gera produtos e serviços para os Poderes Executivo, Legislativo e Ju-diciário. Foram emitidos cerca de 31 mil certificados digitais só no ano passado para órgãos como Minis-tério Público, Assembleia Legislativa e Secretarias da Fazenda e da Educação.

Outro serviço eletrônico é a elaboração de proje-tos, desenvolvimento, hospedagem e manutenção de sites ligados aos órgãos públicos estaduais. Um dos principais é o do governo do Estado de São Paulo (www.saopaulo.sp.gov.br).

Segundo o assessor da Presidência, Ricardo Ko-bashi, uma característica do serviço digital é o com-promisso de acessibilidade em todos os programas. São oferecidos recursos nos sites administrados pela Imprensa Oficial para portadores de necessidades es-peciais, como a permissão da instalação de programas especiais para deficientes visuais, e facilidades para pes-soas da terceira idade.

Site do governo do Estado: projeto e manutenção feitos pela Imprensa Oficial

O presidente da autarquia, Hubert Alquéres: estratégias para gerar novas oportunidades

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26 SPnotícias

São Paulo em 2 mil cliquesSecretaria de Esporte, Lazer e Turismo coloca à disposição do público amplo acervo fotográfico e dissemina destinos turísticos do Estado

SPnotícias 27

Fotos Rubens Chiri:Catedral da Sé, Ponte Estaiada e Estação da Luz

Fotos Miguel Schincariol:Jipe no Rio da Baía de Castelhanos e Festa de São Sabastião

Foto Pierre DuarteGarça (aves nativas)

SPbanco de imagens

Além de grande polo econômi-co, São Paulo também é um dos principais destinos turísticos do

Brasil. O Estado concentra belezas natu-rais ainda pouco visitadas e até desco-nhecidas por grande parte dos turistas. O Banco de Imagens do Estado, recém-lançado pela Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo apresenta os destinos de modo sistematizado para os interes-sados em viajar e explorar as atrações.

São mais de 2 mil fotos, em alta re-solução, dos principais destinos e pon-

tos turísticos de todas as regiões de São Paulo. “Esse banco de imagens pode ser considerado um verdadeiro retrato de nossas atrações e belezas, que poderão gerar outras ações em favor do turismo paulista”, afirma o secretário de Espor-te, Lazer e Turismo (Selt), Claury Santos Alves da Silva. O material contempla, por exemplo, parte dos 622 quilôme-tros de praias, dos 138 mil hectares de Mata Atlântica e das 300 cidades classi-ficadas com potencial para o turismo.

O acervo está separado por circui-

tos – frutas, Mantiqueira, costa da Mata Atlântica, fazendas históricas, estâncias balneárias, climáticas, hidrominerais e turísticas – e também categorias ge-rais, concentrando igrejas e templos, cachoei ras e quedas, estátuas e monu-mentos, festas populares e eventos, arte-sanato, gastronomia, esportes, museus e teatros, centros culturais e exposições, edificações históricas, parques e praças.

Para facilitar a divulgação interna-cional em eventos, feiras, embaixadas e consulados, o Banco de Imagens tem versões em inglês, francês e espanhol. O acervo pode ser visto gratuitamente por meio dos links disponíveis no site da Selt, da Federação de Convention & Vi-

sitors Bureaux do Estado de São Paulo e da São Paulo Brasil Tour. As fotos podem ser baixadas e utilizadas até mesmo por profissionais, desde que respeitados os direitos de reprodução e crédito. o

Onde acessar as imagens n Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado www.selt.sp.gov.br n Federação de Convention & Visitors Bureaux do Estado de São Paulo www.fcvb-sp.org.br/bancodeimagens n São Paulo Brasil Tour www.saopaulobrasiltour.com.br

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SPcultura

Novidades na coxia

Nem só de artistas vivem as artes cênicas. É preciso uma equipe técnica complexa e entrosada nos bastidores para montar e levar um espetáculo de qualidade ao público.

Foi pensando em oferecer uma capacitação completa, pública e gratuita – da dramaturgia e atuação à iluminação e sonoplastia – que o governo do Estado acaba de fundar a São Paulo Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. “Nosso ob­jetivo é formar atores e técnicos que poderão atuar não apenas no teatro, mas também no cinema, no mercado publicitário e na televisão”, afirma o secretário da Cultura, João Sayad. Segun­do o secretário, essa carência de especialistas foi apontada pelos próprios grupos teatrais.

A partir de fevereiro de 2010, serão oferecidos oito cursos regulares na escola: sonoplastia, iluminação, técnicas de pal­co (formando, por exemplo, aderecistas, que fazem as peças cenográficas, ou maquinistas, responsáveis por movimentar cortinas, cabos, alçapões e fazer a manutenção da maquinaria teatral), cenografia e figurino, técnicas de humor, dramaturgia, direção e atuação. “Nas últimas três décadas, o número de espa­ços teatrais somente na cidade de São Paulo quintuplicou. Ape­

Criação da São Paulo Escola de Teatro formará profissionais para atuar em cena e nos bastidores

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30 SPnotícias SPnotícias 31

cultura

sar dessa expansão, a oferta de profis­sionais qualificados não acompanhou o crescimento da demanda”, explica o dramaturgo e ator Ivam Cabral, diretor da instituição.

A ideia de criar um centro de capaci­tação surgiu durante a primeira edição da Virada Cultural, em 2005. O grupo teatral Os Satyros, fundado por Cabral, realizava um trabalho de formação de técnicos no Jardim Pantanal, na zona leste da capital. Além disso, a instala­ção da sede da trupe na Praça Roosevelt tinha ajudado a reurbanizar a região. Como havia um prédio abandonado na praça, o grupo foi convidado a unir as duas experiências, pensando em um projeto para ocupar o imóvel.

Os Satyros convocaram, então, ou­tros profissionais de teatro experientes para elaborar um grande projeto de for­

mação. Assim surgiu a proposta da São Paulo Escola de Teatro. “Além de suprir a necessidade do mercado, a instalação da escola contribuirá para a revitaliza­ção da praça, o que já vem acontecendo gradualmente por meio de ações do Es­tado e da prefeitura”, diz Sayad.

ReformaA sede será em um prédio de 11 an­dares adaptados, com 1,7 mil metros quadrados, e vai abrigar um teatro. O projeto contempla ainda salas de aula, auditório, espaço de exposições, biblio­teca, camarins, salas multimídia, ate­liês, vestiários e espaços para ensaio.

A obra, que terá investimentos de 4,2 milhões de reais, deve estar concluí­da no segundo semestre de 2010. Mas a escola já começará a funcionar em fevereiro, na Oficina Cultural Amácio

Mazzaropi, no bairro do Brás. O prédio de 1911, tombado como patrimônio histórico, também está em reforma.

As inscrições para os cursos regu­lares, com duração de dois anos cada, vão até o dia 4 de dezembro (informações pelo site www.assaoc.org.br <http://www.as-saoc.org.br>). Os interessados devem ser maiores de 18 anos e ter cursado o ensi­no médio completo. Os cursos também serão abertos a profissionais que já trabalham no teatro e que desejam se aperfeiçoar. São 1,2 mil vagas ao ano, sendo 200 para alunos regulares e as demais para cursos de difusão cultural de quatro meses e uma aula semanal. A escola também estará aberta à popu­lação por meio de palestras, debates e workshops.

Alunos­aprendizes poderão con­tar com uma bolsa para garantir sua permanência nos cursos regulares. “A inclusão social, por meio de ações cul­turais, serve como motor para as ações e atividades da São Paulo Escola de Tea­tro”, diz Cabral. As bolsas de estudos se­rão distribuídas por um processo seleti­vo, segundo critérios socioeconômicos.

Os cursos serão coordenados por Guilherme Bonfanti (iluminação), J.C. Serroni (técnicas de palco e cenogra­fia), Rodolfo García Vázquez (atuação), Hugo Possolo (direção), Marici Salomão (dramaturgia), Raul Barretto (humor) e Raul Teixeira (sonoplastia). A coordena­ção pedagógica é de Alberto Guzik, as­sessorado por Sérgio Salvia Coelho. o

Técnicas de palco: formará técnicos de palco que possam atuar na área como ceno-técnico (profissional que planeja, coordena, cons-trói, adapta e executa todos os detalhes de material, serviços e montagem de cenários, seguindo maquetes, croquis e plantas fornecidos pelo cenógrafo), aderecista, maquinista e diretor de cena (contrarregra).

Sonoplastia: aborda as áreas de pesquisa, estudos de lingua-gem musical e sonora para teatro, cinema, vídeo, rádio e televisão.

Iluminação: ensina matérias como eletricidade, equipamentos, cor e óptica e dá a oportunidade de analisar a iluminação no cine-ma, ópera e outras manifestações artísticas. A evolução tecnológica e o surgimento de softwares para desenho de luz também são abordados. Ao concluir o curso, os alunos poderão desenvolver desenhos de iluminação para teatro, show, dança, ópera, desfiles e eventos corporativos, podendo atuar como técnicos em iluminação.

Cenografia e figurinos: o aluno receberá noções do fazer ce-nográfico. Além de aulas teóricas e práticas, haverá contato com profissionais do setor, com participação na montagem de espe-táculos oriundos dos outros departamentos da escola.

Humor: curso único no Brasil. Para não ficar restrita à comédia, a escola vai ensinar tanto a tradição da farsa e da arte dos palhaços quanto novas proposições, como os espetáculos de improvisação ou de comediantes desprovidos de personagens que atuam em diálogo direto com o público.

Dramaturgia: forma interessados na prática da escrita para teatro e fornece conteúdos fundamentais que constroem a base da criação dramatúrgica de outras mídias, do rádio à internet.

Direção: terá como função preparar encenadores com visão críti-ca e ampla sobre a sociedade e o fazer teatral. O foco da formação de diretores será a capacitação para orientar a interpretação dos atores. O curso abordará possibilidades de linguagens cênicas: do teatro de espaços abertos e intervenção urbana ao teatro de ani-mação e de bonecos; das salas convencionais de palco italiano ao teatro de rua; passando por outras linguagens cênicas.

Atuação: formará atores criadores, abordando as áreas de impro-visação, técnicas básicas e avançadas de voz, corpo e interpreta-ção, além da análise de textos teatrais e criação de papéis no sen-tido clássico e em relação a formas contemporâneas de atuação.

O diretor Ivam Cabral e o coordenador pedagógico Alberto Guzik, na Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, onde terão lugar as atividades da escola até que as obras da sede estejam concluídas

palco que possam atuar na área como ceno-técnico (profissional que planeja, coordena, cons-trói, adapta e executa todos os detalhes de material, serviços e montagem de cenários, seguindo maquetes, croquis e plantas fornecidos pelo cenógrafo), aderecista,

CURSOS OFERECIDOS

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Alunos-aprendizes poderão ganhar bolsas de estudos para os cursos regulares

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SPregião

SPnotícias 33

Investimentos de mais de 750 milhões de reais garantem à região de Franca aprimoramento em infraestrutura, habitação, saneamento e capacitação de mão de obra

Com uma das menores populações do Estado de São Paulo, de mais de 720 mil habitantes (cer-ca de 1,7% de todo o território paulista), os 23

municípios que compõem a região administrativa de Franca ocupam uma localização estratégica. Estão ao norte do Estado, no eixo das capitais com economias mais influentes do país: São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ e Belo Horizonte/MG. A agricultura e a indústria são os setores mais expressivos da região. Cana-de-açúcar e café se mostram como os principais motores do campo. Só de cana, saem da região 12% da produção do Estado, com o município de Morro Agudo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o pri-meiro do ranking nacional, com participação de 1,6% da produção total do país. Já o café é considerado um dos melhores do mundo, com 700 mil sacas anuais, o que representa 21% do total do cultivo brasileiro.

Na indústria, o setor calçadista responde por parce-

32 SPnotícias

Franca expansão

Franca Estado (%)

Municípios 23 645 3,5

População 725.315 41.633.456 1,7

PIB R$ 9,164 bilhões R$ 802 bilhões 1,14

PIB per capita R$ 12.841,36 R$ 19.547,86 _

IDH 0,784 0,814 _

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a indústria calçadista da região de Franca é o segundo maior polo produtor do Brasil

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Page 18: Revista SPnotícias - Ano 2 - Número 14

região

34 SPnotícias SPnotícias 35

la significativa da produção brasileira, além de mobilizar outras atividades, como insumos, máquinas e equipa-mentos e serviços. De acordo com a As-sociação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a região é o segundo maior polo produtor do Brasil e o primeiro na confecção de sapatos masculinos. São 760 empresas, que em-pregam em torno de 27,5 mil trabalha-dores. A importância do ramo coureiro-calçadista na economia local fez com que a atual administração im plantasse, em setembro de 2008, na Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Franca, o pri-meiro curso de Gestão da Produção de Calçados.

O programa abre 80 vagas a cada processo seletivo nos períodos vesperti-no e noturno. Hoje, são 161 alunos ma-triculados. “As disciplinas preparam o profissional não apenas para fazer sapatos, mas também para gerenciar a empresa, pois há matérias como en-

genharia de produção, administração, logística e até manutenção de máqui-nas”, diz a diretora da unidade, Isabel Buttignon. “Também estamos em fase de estudos para a introdução de novos cursos para 2010”, adianta.

Ainda na área da educação, o go-verno do Estado vem investindo 18,7 milhões de reais em reformas e na construção de duas escolas em Franca, criando mais 1,4 mil vagas para alunos da 5ª à 8ª série. As obras já começaram e consumirão 4,1 milhões de reais. Até o fim do ano, as 51 escolas estaduais da região terão suas quadras polies-portivas cobertas e começará também a construção de um ginásio na Escola Técnica Júlio Cardoso, ao custo de 650 mil reais.

A vocação calçadista da região esti-mulou ainda a criação do Núcleo de Inteligência Competitiva de Couro e Calçados (Nicc). O convênio, em par-ceria com o Sindicato da Indústria de

Calçados de Franca (SindiFranca), pre-vê investimentos de 200 mil reais do governo do Estado para aquisição de equipamentos e mobiliário. O núcleo funcionará como um centro de estu-dos de tecnologia e de mercado, con-tando com o apoio da Fatec de Franca. A iniciativa aumentará as oportunida-des das mais de 3 mil empresas insta-ladas nos cinco municípios que com-põem o Arranjo Produtivo Local (APL) da cadeia produtiva de calçados.

Mais de 2,5 mil moradiasUma pesquisa coordenada pela Funda-ção Getulio Vargas, encomendada pelo governo do Estado, revelou que 5% dos entrevistados acreditavam que a ad-ministração pública deveria investir em habitação, mas 30% reforçavam a construção de conjuntos habitacionais para pessoas de baixa renda.

O estudo vai ao encontro dos pa-cotes destinados à área. De janeiro de 2007 a setembro de 2009, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habi-tacional e Urbano (CDHU), a Secretaria da Habitação investiu 19,4 milhões de reais e entregou 819 moradias, presen-tes em 11 empreendimentos localiza-dos nos municípios de Franca, Ipuã, Ituverava, Jeriquara, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Pedregulho e Rifaina. Hoje, estão em construção ou-tros 14 conjuntos, que totalizam 1.689 unidades habitacionais a um custo de 70,8 milhões de reais. Com as obras

Algumas obras importantes na área de transporte serviram para melhorar os deslocamentos de carga e passageiros na região administrativa de Franca.

n Pavimentação da Estrada do Leite, entre Patrocínio Paulista e Itirapuã, com 30 quilômetros de extensão. Investimento de 21 milhões de reais

n Pavimentação de 8,2 quilômetros da vicinal Franca-Paiolzinho, com re cursos de 1,7 milhão de reais. Obra entregue em setembro de 2008

n Melhorias na pista do aeroporto de Franca consumiram 3,2 milhões de reais. As obras foram iniciadas em agosto de 2008 e concluídas em fevereiro de 2009

n Pavimentação de mais 142 quilô-metros de estradas vicinais a partir de aporte de 71 milhões de reais. Projeto em licitação

açõEs Em transpOrtEImplantada em 2008, a Fatec de Franca oferece o curso de Gestão da Produção de Calçados

A vocação calçadista da região levou à criação do Núcleo Competitivo de Couro e Calçados

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região

36 SPnotícias SPnotícias 37

concluídas, mais de 8 mil pessoas se-rão beneficiadas até o fim de 2010.

Captação de águaNa área de saneamento, as obras de captação de água do Rio Sapucaí con-templarão toda a população de Franca e Restinga. Trata-se de uma reivindica-ção antiga, pois as duas adutoras de Franca (Pouso Alegre e Canoas) estão com a capacidade superada. A Compa-nhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) investirá 125,6 milhões nesse sistema de produção de água e garantirá abastecimento até o ano de 2037, quando se estima que as duas cidades terão 455 mil habitantes. A construção começou em setembro.

Concluído, o sistema poderá captar 1.023 litros de água por segundo. O complexo ainda contará com três es-tações elevatórias de água bruta, uma estação de tratamento de água, quatro

estações elevatórias de água tratada, três reservatórios, 10,5 quilômetros de linhas de transmissão, 20,8 quilôme-tros de adutoras de água bruta, 11,4 quilômetros de adutoras de água tra-tada e uma estação de tratamento de lodo. “O sistema nasceu com o melhor de engenharia da Sabesp”, diz a secre-tária de Saneamento e Energia, Dilma Pena. A atual administração destinou ainda 38,5 milhões de reais para inves-timento em saneamento na região.

AME em 2010Um dos problemas crônicos de Franca está prestes a ser resolvido. O antigo prédio do Hospital Infantil, pertencen-te à Fundação Santa Casa de Misericór-dia e que estava abandonado, está rece-bendo reformas para funcionar como mais um Ambulatório Médico de Especialidades (AME). As negociações começaram em 2007, o anúncio da ins-talação do AME foi feito em março pas-sado e, em agosto, teve início a primei-ra etapa das obras, com a retirada de partes danificadas do imóvel por conta da degradação causada pelo tempo. A inauguração da unidade está prevista para o primeiro semestre de 2010. Até lá, serão destinados 5 milhões de reais para a reforma. Em funcionamento, o AME terá capacidade para fazer 15 mil consultas por mês e atenderá ao me-nos 15 municípios da região.

Na área dos transportes, por meio do programa Pró-Vicinais, o governo

do Estado destinou 29 milhões para obras na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), o principal eixo de escoamento da produção regional e ligação com Ribei-rão Preto. As obras incluem a duplica-ção de 3 quilômetros e melhorias em 10 quilômetros, especialmente no tre-cho da Serra de Rifaina. Também está prevista a construção de três viadutos, que somam 350 metros de extensão. Os serviços de recuperação estão em anda-mento, e a previsão de entrega é para o segundo semestre de 2010. “Essa é a maior obra da região e modificará todo o tráfego da rodovia”, diz o secretário adjunto de Transportes, Silvio Aleixo. Além disso, a região conta com recur-sos da ordem de 334 milhões de reais para a recuperação de 1.117 quilôme-tros em 88 estradas. o

navEgaçãO nO intEriOr

O Acessa São Paulo, programa de inclusão digital do governo do Estado, foi criado há oito anos e já atingiu a marca de 41 mi-lhões de atendimentos em 509 postos em funcionamento. Com o plano de expansão da atual administração, iniciado em 2007, 152 unidades já foram entregues. A região de Franca conta com 13 postos, permitindo a cobertura de 60% de sua área. São 63 com-putadores disponíveis, que realizam cerca de 13 mil acessos por mês. Recentemente, foram inauguradas as unidades de Itirapuã e de Restinga. Há ainda outros nove postos anunciados, que pro-porcionarão a cobertura de 96% da região administrativa.

sErviçOs E univErsidadE na rEgiãO

poupatempo em junho de 2010Em breve, a cidade de Franca contará com uma unidade do Poupatempo. O posto ocupará as antigas instalações do Jornal do Comércio, no centro, e as obras já estão em andamento. Quando pronto, em junho de 2010, o Poupatempo oferecerá cerca de 50 serviços públicos, com capacidade para 59 mil atendimentos mensais. O investimento total será de aproxima-damente 26 milhões de reais.

unesp de cara novaNo início do ano, o governo do Estado entregou o novo campus da Universidade Estadual Paulista de Franca (Unesp). Os in-vestimentos somaram 20 milhões de reais, e o prédio receberá os cursos de Direito, História, Relações Internacionais e Ser-viço Social, antes ministrados nas antigas instalações no centro da cidade. Com 140 mil metros quadrados de área construída, o edifício dispõe de salas de aula, biblioteca, serviço técnico de informática, restaurante, diretorias técnica, acadêmica e adminis trativa, salas de docentes e gráfica. As novas instala-ções estão sendo usadas por mais de 2 mil alunos de gradua-ção e pós-graduação, 94 professores e 114 servidores.

A unidade do AME de Franca será inaugurada em 2010 e poderá fazer 15 mil consultas por mês

Café e cana- de-açúcar são as duas principais plantações na agricultura da região

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SPbastidores

Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo revela como é a organização dos Jogos Abertos do Interior com os municípios

No topo do pódio

SPnotícias 39

Os Jogos Abertos do Interior começam mui­to antes de um atleta dar seu primeiro ar­remesso ou desferir um golpe de luta. Para

estruturar a principal competição esportiva do Estado são necessários dois anos. Não basta uma cidade possuir todas as instalações adequadas, como campos de futebol, ginásios e piscinas. A Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo (Selt) também considera detalhes referentes à logística, transporte e alimentação. Realizado uma vez por ano, o evento chegará à 74ª edição em 2010. A última foi realizada em outu­bro passado, no município de São Caetano do Sul, que se sagrou campeão.

A primeira edição foi disputada em Monte Alto, em 1936. Seu maior incentivador foi o jogador de basquete Horácio Baby Barioni, que dá nome ofi­cial aos Jogos Abertos. Na época, as modalidades

38 SPnotícias

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bastidores

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não eram tão difundidas no Estado, e a única disputada em Monte Alto foi a então chamada bola ao cesto. Apenas seis cidades participaram: Piracicaba, Mirassol, Monte Alto, Franca, Olímpia e Uberlândia (como convidada). Hoje, mais de 250 municípios enviam seus atletas aos jogos, considerados uma das principais vitrines esportivas do país. A competição já revelou nomes que, mais tarde, se tornaram medalhis­tas olímpicos, como Carlos Honorato (judô), Maur ren Maggi (salto em dis­tância), Maílson dos Santos (maratona) e Ja neth (basquete).

Definir as potenciais candidaturas é o primeiro passo para a realização dos jogos. Os municípios interessados devem se manifestar por meio de um ofício dirigido à Selt. “O documento precisa ser elaborado pelo próprio pre­feito”, explica o diretor da Divisão de Esportes da secretaria, José Roberto Buongermino. A partir disso é que a equipe de técnicos da secretaria visto­ria cada uma das cidades. “Verificamos se existem todas as instalações, incluin­do oito ginásios, piscina aquecida e pis­ta de atletismo (veja quadro).

Somente com o aval da equipe téc­nica é que a cidade pode ser candidata. Para a decisão, é convocado um con­gres so com todos os municípios partici­pantes da edição anterior. Têm direito a voto os prefeitos ou os chefes da dele­gação de cada cidade, e vence aquela que tiver a maioria dos votos. “Em caso de empate, escolhemos o município

A cidade que vai sediar os Jogos Abertos do Interior deve ter uma pista oficial para as provas de atletismo e três áreas apropriadas para as lutas de judô

O governo do Estado repassa 600 mil reais para a cidade-sede para gastos como transporte

que nunca sediou ou que esteja há mais tempo sem sediar os jogos”, revela Buongermino. A chamada “Olimpíada do Interior” dura 15 dias e é sempre rea­lizada no último trimestre do ano.

É dada a largadaDepois da definição da cidade­sede, são montados dois comitês gestores: o or­ganizador e o dirigente. Composto por funcionários da prefeitura, o núcleo organizador é responsável pela infra­estrutura. É dele a missão de deixar os ginásios e alojamentos para atletas em condições ideais, além de comprar o material que será utilizado no evento.

Para isso, o governo do Estado repas­sa 600 mil reais para a administração municipal, dinheiro que vai para a ali­mentação dos atletas, transporte, aqui­sição de material esportivo e medalhas. Todos os itens que devem ser adquiri­dos estão descritos em um Caderno de

cAderno de encArgos

Para uma cidade sediar a competição, precisa cumprir uma lista de requisitos necessários

n Pista de atletismo oficialn 8 ginásios de esporte ou quadras cobertasn 1 piscina oficial aquecida com, no mínimo, 6 raiasn 1 piscina de biribol aquecidan 4 quadras de tênisn 6 mesas de tênis de mesan 3 áreas com jogos de tatame para o judôn 6 campos de futeboln 2 quadras para vôlei de praian Locais apropriados para provas de ciclismo, damas, ginástica rítmica, xadrez, capoeira, tae kwon do e luta olímpican 2 canchas de bochan 1 cancha de malha n 2 áreas para caratên Alojamentos com comunicação, segurança e cozinhan Alojamento para a arbitragemn Transporte para os atletas, árbitros e dirigentes (peruas, vans, ônibus e automóveis)

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bastidores

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Os esportes disputados a cada edição devem ser praticados em todo o Estado

Em algumas modalidades, como o basquete, o limite de idade do atleta é de 21 anos

A Selt tem um cadastro de 5 mil juízes. Deles, 500 são escalados para atuar nos Jogos Abertos

O atleta deve comprovar vínculo de ao menos um ano com a cidade que pretende representar

Normas elaborado pela Selt, no qual estão definidos desde a quantidade de bolas para esportes como futebol, bas­quete e vôlei até o número de talheres necessário nos refeitórios dos atletas. “Tudo isso fica para o município depois dos jogos. Esse legado é uma forma de incentivar a candidatura das cidades”, afirma o diretor da Divisão de Esportes.

O comitê dirigente responde pela parte operacional. Formado por agen­tes da Selt, ele define os árbitros de cada modalidade. Segundo Buongermino, a secretaria conta com um cadastro de mais de 5 mil juízes das 34 modalida­des. “Todos são cadastrados e certifi­cados pelas federações dos respectivos esportes”, diz. Assim como na Copa do Mundo de Futebol, cerca de 500 juízes são escalados pelo seu desempenho ao longo do ano.

As modalidades disputadas a cada edição são escolhidas seguindo a ade­quação regional. “Basicamente, devem ser praticadas em todo o Estado”, afir­ma Buongermino. Por isso, esportes tradicionais da Olimpíada, como a vela, não entram na competição. Além disso, cada esporte deve estar em todos os Jogos Regionais, que são as elimina­tórias dos Jogos Abertos e realizados em oito regiões do Estado determina­das pela Selt.

Idade máximaA integridade física dos atletas é uma preocupação da organização, que ve­rifica as idades mínimas e máximas de cada esporte. “As faixas etárias va­riam de acordo com a exigência das modalidades”, diz Buongermino. Por exemplo: no basquete, futebol e hande­bol, o limite de idade é 21 anos. Já na ginástica artística feminina, o máximo é 14 anos. Em esportes como bocha, ciclismo e judô, a idade é livre. Ao se classificar para os jogos, o atleta deve apresentar um vínculo de, no mínimo, um ano com o município que deseja re­presentar. Assim como na Olimpíada, a classificação é definida pelo número e tipo de medalhas conquistadas.

No fim de cada edição, a Selt faz um balanço dos pontos altos e baixos. Uma das ações implantadas nos últimos anos foi a criação da primeira e segun­da divisões, para equiparar o nível téc­nico de algumas modalidades. “Dessa forma, temos mais gente competindo, e a chance de surgirem atletas de ponta é maior”, diz Buongermino. Em 2009, foram quase 12 mil participantes – al­guns dos quais certamente terão con­dições de representar o Brasil em com­petições internacionais como os Jogos Olímpicos. Para revelar mais atletas, a Selt aprimora, a cada ano, as “Olimpía­das do Interior”, e todos os preparativos para os Jogos Abertos de Santos, em 2010, já estão em andamento. Uma or­ganização digna de medalha de ouro. o

TodAs As cAMPeÃs

cidade nº de vezesSantos 25 São Caetano do Sul 13Santo André 12Campinas 10Guarulhos 6Uberlândia* 3Jundiaí 1Ribeirão Preto 1São Bernardo do Campo 1São José dos Campos 1* CidAde ConvidAdA

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SPpersonagem do mês

Uma saída para a liberdadeUma saída para a liberdadeUma saída para Criador do Carpe Diem, o diretor técnico Marcio Coutinho trabalha para diminuir o índice de reincidência no CDP de Sorocaba

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No Centro de Detenção Provisó-ria (CDP) de Sorocaba, todo réu primário é tratado com muita

atenção. Quando chega à unidade, o reeducando passa por uma avaliação de psicólogos e da equipe de seguran-ça, encabeçada pelo diretor técnico Marcio Coutinho, criador do projeto Carpe Diem – expressão em latim que significa “aproveite o dia” ou “viva esse dia como se fosse o último”. For-mado em direito e pós-graduado em segurança pública com direitos hu-manos, Coutinho, de 40 anos, tenta reduzir o índice de reincidência no CDP ao separar os detentos pelo grau de periculosidade.

“É preciso diferenciar o ladrão de banco do furtador de um CD-player”, explica. Há 19 anos no meio carcerá-rio, Coutinho chegou a se deparar com um caso considerado rotineiro em prisões brasileiras. “Vimos um detento, que estava aqui por furto de memória de computador, ser amea-çado pelo crime organizado”, relata. O diretor conta que o jovem nunca

havia se envolvido com o crime e teve de aguardar oito dias para ser julgado e sair com liberdade provisória. Mas, enquanto dividia a cela com outros presos, foi ameaçado de morte caso não passasse aos criminosos a rota dos carregamentos da empresa em que trabalhava.

Coutinho começou a analisar qual seria a melhor opção para evitar o contato entre todos os tipos de infra-tores. Teve a ideia do projeto. “Evitar que os primários com pouco potencial criminoso dividam o mesmo espaço com os outros é uma saída para inibir a reincidência”, diz. Implementado por Coutinho com a autorização do governo do Estado, os resultados do Carpe Diem já são evidentes. “Antes, 21% dos que saíam daqui como pri-mários voltavam em seis meses. Ago-ra, esse índice está zerado”, afirma.

Ele não esconde, porém, que o dia a dia é difícil. Nem todos suportam a pressão existente em um centro de detenção. “Estar sempre atento a como diminuir a criminalidade den-

tro das celas é desgastante”, revela. No CDP de Sorocaba há oficinas de trabalho que ajudam no aumento da empregabilidade dos presos provisó-rios. “Um deles, quando saiu daqui, me disse que aprendeu mais nos 21 dias no Carpe Diem do que nos seus 29 anos de vida.”

A preocupação de Coutinho tam-bém é promover a diminuição da vul-nerabilidade dos pre sos reincidentes. “Eles saem daqui com poucas opor-tunidades. Se os deixarmos sozinhos, recaem em pouquíssimo tempo”, diz. Para ajudá-los, fechou uma parceria com as prefeituras dos municípios de Sorocaba e Itu, que os inscrevem em projetos que possam orientá-los a encontrar um rumo diferente. “Analisamos qual é a deficiência de cada um. Se o preso é alcoólatra, en-caminhamos para o grupo Alcoóli-cos Anônimos. Se não sabe escrever, mandamos para uma ONG que vai alfabetizá-lo”, afirma. “Fazemos de tudo para que eles nunca mais vol-tem ao CDP.” o

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SPo estado em números

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TEATRO EM SÃO PAULO REDES SOCIAIS REDE LUCY MONTORO

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇAO governo de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, desenvol-

ve políticas públicas voltadas para as artes cênicas nos programas de produção e difusão em todo o Estado.

Uma resolução do governo de São Paulo determinou, no fim de junho, a revisão de regras de acesso a serviços on-line para permitir que os mais de 600 mil servidores públicos estaduais possam utilizar as redes sociais.

Como parte dessa mudança, os órgãos do governo do Estado ampliaram sua comunicação com os cidadãos por meio das ferramentas de relacionamento on-line.

37 deles já criaram perfis no Twit-ter – microblog que permite a comunicação instantânea entre os usuários cadastrados por meio de mensagens de até 140 caracteres. Confira a lista:

n Secretaria de Comunicação @governospn Secretaria da Gestão Pública @gestaopublicaspn Secretaria da Fazenda @fazendaSPn Secretaria da Educação @educacaospn Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência @deficienciaspn Secretaria do Meio Ambiente @ambientespn Secretaria da Cultura @culturaspn Secretaria da Agricultura e Abastecimento @agriculturaspn Secretaria dos Transportes @transportesspn Secretaria da Segurança Pública @segurancaspn Secretaria da Assistência e De- senvolvimento Social @assistenciaspn Secretaria de Economia e Planejamento @planejamentosp

n Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania @justicaspn Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo @esporte_sp e @turismospn Secretaria da Saúde @saudespn Secretaria da Administração Penitenciária @sapsp n Secretaria do Emprego e Rela- ções do Trabalho e Emprega SP @empregospn Cepam - @cepamn Ipem-SP - @ipemspn IPT - @iptspn Gati (Grupo de Apoio Técnico à Inovação) @sgpgatin Museu da Casa Brasileira @mcb_orgn Biblioteca Virtual @bvspn Univesp @univespn Imprensa Oficial @imprensaoficialn Sabesp @ciasabespn Centro Paula Souza @centropaulasouzaspn Acessa Escola @acessaescolan Acessa SP – @acessaspn Poupatempo @poupatempospn TV Cultura - @tvculturan Metrô - @metrosp_oficialn CPTM - @cptmsp_oficialn Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos @emtu_oficialn Polícia Militar SP @pmespn Fundação Casa @fundacaocasan Fundação Procon @procon_sp

A São Paulo Companhia de Dan-ça foi criada em 2008 pelo go-verno do Estado. Seu principal objetivo é tornar a dança cênica acessível para o grande público, promovendo espetáculos, pro-gramas educativos e a formação de plateias. Para isso, a Cia. atua em três vertentes interligadas: produção de espetáculos, pro-gramas educativos e programas de registro e memória.

Circuito Cultural Paulista

n A programação do Circuito Cultural Paulista inclui a excur-são de companhias de teatro e a apresentação de peças em municípios de todas as regiões de São Paulo

n Em 2009, o programa chega a 60 cidades do Estado, com uma agenda constante de atividades de março a novem-bro – 45 grupos de teatro realizarão até o fim deste ano 175 apresentações

n Para 2010, a linguagem pre-dominante do circuito será o teatro. O objetivo é aumentar em pelo menos 30% o nú-mero de contratações

Programa de Ação Cultural

A Secretaria da Cultura investe também na produção teatral por meio do Programa de Ação Cultural (ProAC), nas suas duas formas de apoio: editais ou in-centivo fiscal (ICMS). Em 2009, já foram investidos:

n Corpo de baile: 41 bailarinos n Professores: 2 permanentes

+ professores e coreógrafos convidados

n Número de apresentações públicas em 2008: 39

n Número de apresentações públicas até outubro de 2009: 53. Até o fim do ano, serão 64

n Público desde 2008: 26 mil pessoas

n Número de alunos que par ticiparam do Projeto Corpo a Corpo (ensaios abertos) desde a criação da Cia.: 16 mil

n Editais (categorias: Produ-ção Inédita de Teatro e Cir-culação de Espetáculos de Teatro): R$ 9,3 milhões

n ICMS: R$ 73 milhõesn Total investido pela Se-

cretaria da Cultura: R$ 82,3 milhões

Festival Estudantil de Tea-tro do Estado de São Paulo

n Em outubro, Tatuí sediou a 22ª edição do Festival Estu-dantil de Teatro do Estado de São Paulo (Fetesp).

n Mais de 7 mil pessoas as-sistiram à apresentação de 60 espetáculos teatrais pro-duzidos por alunos do en-sino médio de escolas pú-blicas, particulares e livres, e participaram de oficinas e encontros educativos com profissionais da área teatral

n As atrações são gratuitas ou a preço popular de R$ 2,00 – toda a renda foi destinada para obras assistenciais

EMPREGO PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA

n O Programa de Empregabilida-de para a Pessoa com Deficiência oferece cursos de qualificação pro-fissional. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Serasa Experian e já empregou 200 pro-fissionais com deficiência

n A Secretaria de Estado dos Di-reitos da Pessoa com Deficiência e a Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho oferecem mil vagas em cursos de capacitação pa ra pessoas com deficiência n Terão preferência as pessoas com deficiência sem o ensino fun-

damental completo, com idade en-tre 30 e 59 anosn Para participar, é só cadastrar o currículo no site www.empregasao-paulo.sp.gov.brn Serão 13 cursos profissionais com vagas na capital e em 20 cida-des do interior

É uma rede de hospitais voltada ao atendimento e reabilitação multidisciplinar das pessoas com deficiência.

O primeiro hospital da rede foi montado na zona sul da capital. Foram investidos R$ 50 mi-lhões num espaço que ofere-ce serviços inéditos na rede do SUS nacional.

Será um centro de reabilitação integral de referência: o prédio tem 13,5 mil metros quadrados e dez andares; possui 80 apar-tamentos individuais, 20 con-sultórios e ala de diagnósticos de mil metros quadrados.

Essa estrutura permite realizar 12 mil atendimentos por mês em consultas, reabilitação, tera-pia ocupacional e tratamentos de última geração – que in-cluem até um notebook que o paciente leva para casa quando tem alta, e com o qual se comu-nica com seu médico e o hospi-tal, seguindo o tratamento.

A manutenção da unidade exi-girá investimento de R$ 5 mi-lhões mensais.

Dentro de dois anos, a Rede Lucy Montoro terá 9 unidades fixas em diversas regiões do Estado, superando os 120 mil atendimentos mensais.

A rede também conta com a Unidade Móvel Lucy Monto-ro, um caminhão de 15 m de comprimento x 2,60 m de largura adaptado para atender a demandas por órteses e pró-teses no interior do Estado.

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SPagenda

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O que fOi nOtícia

MAIS 33 novoS TREnS

O governo construirá duas novas unidades da Associa-ção de Assistência à Criança Deficiente (AACD) – uma na zona norte e outra na zona sul da capital. As obras ficarão sob a responsabilidade da Secretaria Estadual da Saúde e os prédios serão erguidos em terrenos doados pela prefeitura de São Paulo. As unidades devem ser entregues em 2010, ano em que a AACD completa 60 anos. A cidade já abriga dois centros e há outros sete no Estado. O anúncio da obra foi feito durante a campanha de arrecadação de fundos para a instituição, o Teleton.

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) comprará 33 trens novos. São nove para a Linha 11-Co-ral (Luz-Estudantes) e 24 para a Linha 8-Diamante (Jú-lio Prestes-Itapevi). Estes últimos serão objeto de uma parceria público-privada/concessão administrativa, que inclui ainda a reforma de 12 composições. O in-vestimento é estimado em 900 milhões de reais. Todas

as composições terão o layout do interior dos vagões renovado, ar-condicionado, sistema de monitoramen-to por câmeras, painéis eletrônicos de comunicação e itens de acessibilidade. As aquisições fazem parte do Plano de Expansão do Transporte Metropolitano (Ex-pansão SP), que somará investimentos de 20 bilhões de reais até 2010.

DUAS UnIDADES DA AACD

A CPTM vai adquirir 33 trens ao custo de 900 milhões de reais

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PRÓteSe De ÚLtiMa GeRaÇÃO Pa-cientes soropositivos com necrose da cabeça do fêmur já podem contar com a colocação de uma prótese de quadril de última geração com componentes de cerâmica. A primeira cirurgia foi realizada com sucesso, em setembro passa-do, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em uma parceria entre o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids e o Hospital das Clínicas de São Paulo, unidades da Secretaria da Saúde. O custo médio por prótese é de 20 mil reais, e a intenção é realizar uma intervenção por sema-na. “Essa cirurgia é fundamental para recuperar a mobilidade e a qualidade de vida desses pa-cientes”, disse o diretor do instituto, David Uip. A cirurgia foi realizada pela equipe do professor Gilberto Luis Camanho, da Faculdade de Medi-cina da Universidade de São Paulo.

iaMSPe De Site nOVO O site do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Es-tadual (Iamspe) está de endereço novo: www.iamspe.sp.gov.br. A troca é resultado da atuali-zação tecnológica nos sistemas de informática do instituto feita pela Companhia de Processa-mento de Dados do Estado de São Paulo (Pro-desp). A modernização resultará em melhoria da qualidade dos serviços e em reforço na se-gurança de dados. Um dos serviços oferecidos no site é o acesso à lista de nomes, endereços e telefones dos cerca de mil médicos creden-ciados em todo o Estado.

Mesmo com a crise econômica mundial, o agronegócio paulista registrou saldo comercial positivo (diferença entre exportações e importações) de 7,03 bilhões de dólares nos primeiros nove meses de 2009. Os dados são do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), órgão ligado à Secretaria da Agricultura e Abastecimento. Segundo balanço do setor, de janeiro a setembro, as exportações atingiram 11,48 bilhões de dólares (queda de 10,0%), enquanto as importações so-maram 4,45 bilhões de dólares (recuo de 22,1%). Situação bem mais confortável do que o cenário dos demais setores paulistas, cujas importações somaram 31,68 bilhões de dó-lares, superando as exportações em 12,52 bilhões de dólares no acumulado do ano. Segundo pesquisadores, os números mostram que o comércio exterior paulista seria bem mais de-ficitário não fosse o desempenho do agronegócio estadual.

AGRonEGÓCIo EM ALTA

Quatro unidades da Polícia Militar vão receber o Prêmio Paulista de Qualidade de Gestão (PPQG). Criada em 2001, a premiação é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido por organizações públicas e privadas do Estado. O prêmio é administrado pelo Instituto Paulista de Excelência da Gestão (Ipeg) e tem incentivo da Federação e do Centro das Indús-trias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) e da Fundação Nacional da Qualidade (PNQ). Este ano, 51 organizações participaram do processo de avaliação, mas apenas 22 serão contempladas. As unidades da PM premiadas são o Coman-do de Policiamento do Interior (CPI-5) de São José do Rio Preto, o CPI-3 de Ribeirão Preto, o CPI-7 de Sorocaba e o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP).

PRÊMIo PARA A PM

As obras do Projeto Tietê receberão financiamento de 600 milhões de dólares do Banco Interamericano de Desenvolvi-mento (BID). A Sabesp entrará com 200 milhões de dólares em contrapartida. Esses recursos serão utilizados na terceira fase do programa de despoluição do rio. Deste ano até 2015, a intenção é ampliar a coleta de esgoto na Grande São Paulo de 84% para 87%, e o tratamento desse esgoto dos atuais 70% para 84%. Serão construídos 580 quilômetros de coletores e interceptores, 1,25 mil quilômetros de redes coletoras e efeti-vadas 200 mil ligações domiciliares.

vERbA Ao PRojETo TIETÊ Quem precisar de algum serviço da Companhia de Sa-nea mento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pode agora consultar as informações pela internet. A empresa lançou um guia de serviços eletrônico (acesso no site www.sabesp.com.br) com 40 tipos de solicitações rela-tivas a contas, ligações de água ou esgoto, benefícios so-ciais e vazamentos. A consulta pode ser feita por assunto ou ordem alfabética. “É uma ferramenta que reduzirá o tempo de atendimento pessoal, telefônico ou on-line”, diz a superintendente de Marketing, Emília Dalla Rosa.

GUIA DA SAbESP

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SPagenda

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O que fOi nOtícia

O Poupatempo facilitará a utilização dos serviços pú-blicos via internet por pessoas com deficiência com a instalação de novos terminais de acessibilidade nos Postos Itaquera, Santo Amaro, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto e Campinas Shopping. Os equipamen-tos têm monitor de 19 polegadas, braço móvel, fone de ouvido para uso do software, leitor de tela e disposi-tivo para o teclado que permite o correto encaixe dos dedos, impedindo que as teclas sejam pressionadas de maneira involuntária por quem tem deficiências motoras ou Par kinson. Outro programa, integrado a webcam de alta definição, possibilita que usuários com deficiência nos membros superiores usem o computador com mo-vimentos da cabeça e da face.

ACESSIbILIDADE AMPLIADA

mil

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Com um investimento de 8 milhões de reais, a Unesp inaugurou a maior rede brasileira de supercomputadores do país. O sistema integra 2.944 unidades de processa-mento, sendo 2.048 no campus da Barra Funda, na capi-tal, com capacidade de desempenho teórico de 33,3 te-raflops. O complexo permitirá o acesso aos mais elevados níveis de capacidade de processamento e armazenamen-to de dados em campos da investigação científica, como sequenciamento genético e previsão do tempo.

CoMPUTADoRES nA UnESP Monitorar os tempos de execução dos serviços e coletar a opinião do cidadão sobre o atendimento, imediatamen-te após a sua realização, gerando indicadores de desem-penho para atender de forma cada vez mais eficiente. Essa é a premissa do Sintonia – Gestão de Serviços, sistema desenvolvido pela Companhia de Processamen-to de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) e que está funcionando em 13 postos do Poupatempo. “Esse é mais um investimento do Estado para elevar a quali-dade do serviço público. O acesso, em tempo real, aos indicadores de desempenho e a avaliação permanente da população vão tornar a gestão do Poupatempo ainda mais eficiente e beneficiar os cidadãos”, diz Sidney Be-raldo, secretário da Gestão Pública. Mais de 40 serviços participam da etapa inicial. Na prática, o Sintonia emite alertas quando são identificadas ocorrências fora do pa-drão, como, por exemplo, desvio no tempo médio previs-to para a execução do serviço na mesa de atendimento. O gestor recebe a notificação na tela do computador e pode agir de imediato. O acompanhamento também já pode ser realizado por telefonia móvel.

AvALIAÇÃo IMEDIATA

O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual investirá 34 milhões de reais até o fim de 2010 na compra de equipamentos de última geração e reforma de setores do Hospital do Servidor Público Estadual. Des-se total, 14,7 milhões de reais serão aplicados em obras. Está prevista ainda a aquisição de um acelerador linear usado no tratamento de câncer, 72 monitores cirúrgicos, 76 camas hospitalares, aparelho de ultrassonografia com Doppler e quatro aparelhos de anestesia.

SAÚDE Do SERvIDoR