edição número 2568 - 14 de fevereiro de 2016

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DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 14 DE FEVEREIRO DE 2016 N 0 2568 R$ 4,00 tribunahoje.com EXEMPLAR DO ASSINANTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas Mínima 23º Máxima 32º TEMPO MARÉS FINANÇAS 01:53 0.5m 08:04 1.8m 14:19 0.5m 20:36 1.8m INDEPENDENTE PLANO DIRETOR PREFEITURA PROMOVE AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA RECEBER PROPOSTAS PÁGINA 4 CAMPEONATO ALAGOANO SANTA RITA E CSA FAZEM O CONFRONTO DOS INVICTOS EM BOCA DA MATA PÁGINA 16 BANCADA FEDERAL DEPUTADOS INICIAM ANO SEM SABER QUANTO VÃO DISPOR PARA EMENDAS PÁGINA 3 DOENÇA GENÉTICA COLESTEROL FAMILIAR ALTO PODE LEVAR À MORTE ANTES DOS 40 PÁGINA 10 MUDANÇAS NO IMPOSTO DE RENDA DEPENDENTES ACIMA DE 14 ANOS TERÃO DE TER CPF Entre as principais novidades na declaração do Imposto de Renda de 2015 está a necessi- dade do CPF de dependentes acima de 14 anos relacionados. Além disso, os profissionais liberais como médicos, dentistas, advogados e outros que estão obrigados a escriturar o livro caixa, deverão informar o CPF de seus clientes. PÁGINA 14 ASCOM SECTI Mansão dos Marinho é alvo de investigação da Lava Jato CIÊNCIA E TECNOLOGIA PABLO VIANA VIABILIZA APOIO A PESQUISAS CONTRA AEDES AEGYPTI O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Pablo Viana, definiu linhas de apoio para pesquisas e inicia- tivas tecnológicas que possam ajudar a combater o mosquito Aedes aegypti, responsável pela proliferação de doen- ças como a dengue, febre chikungunya e o vírus zika. PÁGINA 12 A mansão de praia cons- truída ilegalmente em área de preservação ambiental em Paraty-RJ, da família Marinho, dona da TV Globo, tem documentos em nome de uma empresa dona de offshores investigadas na Operação Lava Jato e na Operação Ararath. PÁGINA 7 FLÁVIA ALESSANDRA: “ME RECICLEI COM COISAS QUE ME INSPIRAM” Com alma de adolescente, como se declara, aos 41, a atriz Flávia Alessandra vive a vilã Sandra de “Êta Mundo Bom!”, da TV Globo. Depois de seis novelas em cinco anos, Flávia diz que precisou de um tempo. “Me reciclei e me abasteci de coisas que me inspiram”. SUPLEMENTO RECURSOS REPASSADOS PELO GOVERNO FEDERAL SÃO INSUFICIENTES PARA BANCAR ATENDIMENTO DESSES NOVOS PACIENTES E GESTO- RES NÃO COMPLEMENTAM. ASSUNTO SERÁ TRATADO EM REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO DE SAÚDE NESTA SEGUNDA. PÁGINA 9 YALE FERNANDES: “AJUSTES NO INÍCIO DA GESTÃO MELHORARAM ARAPIRACA” Em exercício no comando da Prefeitura de Arapiraca, Yale Fernandes (PMDB) avalia que o município ganhou com os ajustes feitos na máquina pública. Atual- mente, segundo Yale, a folha está enxuta e os compromissos com os servidores estão em dia. PÁGINA 2 Sem atendimento, novos pacientes renais crônicos correm risco de morte em Alagoas POUPANÇA: 0,6278% DÓLAR COMERCIAL R$ 3,75 R$ 4,12 DÓLAR PARALELO R$ 4,00 R$ 4,00 OURO: R$ 157,00

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  • DOMINGOMACEI - ALAGOAS

    14 DE FEVEREIRO DE 2016 N0 2568

    R$ 4,00 tribunahoje.com

    EXEMPLAR DOASSINANTE

    Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

    em reas isoladas

    Mnima

    23Mxima

    32TEMPO MARS FINANAS01:53 0.5m08:04 1.8m

    14:19 0.5m20:36 1.8m

    INDEPENDENTE

    PLANO DIRETOR

    PREFEITURA PROMOVE AUDINCIA PBLICA PARA

    RECEBER PROPOSTAS PGINA 4

    CAMPEONATO ALAGOANO

    SANTA RITA E CSA FAZEM O CONFRONTO DOS INVICTOS

    EM BOCA DA MATAPGINA 16

    BANCADA FEDERAL

    DEPUTADOS INICIAM ANO SEM SABER QUANTO VO DISPOR PARA EMENDAS

    PGINA 3

    DOENA GENTICA

    COLESTEROL FAMILIAR ALTO PODE LEVAR

    MORTE ANTES DOS 40PGINA 10

    MUDANAS NO IMPOSTO DE RENDA

    DEPENDENTES ACIMA DE 14 ANOS TERO DE TER CPFEntre as principais novidades na declarao do Imposto de Renda de 2015 est a necessi-dade do CPF de dependentes acima de 14 anos relacionados. Alm disso, os profissionais liberais como mdicos, dentistas, advogados e outros que esto obrigados a escriturar o

    livro caixa, devero informar o CPF de seus clientes. PGINA 14

    ASCOM SECTI

    Manso dos Marinho alvo

    de investigao da Lava Jato

    CINCIA E TECNOLOGIA

    PABLO VIANA VIABILIZA APOIO A PESQUISAS

    CONTRA AEDES AEGYPTIO secretrio de Cincia, Tecnologia e Inovao (Secti), Pablo Viana, definiu

    linhas de apoio para pesquisas e inicia-tivas tecnolgicas que possam ajudar a combater o mosquito Aedes aegypti, responsvel pela proliferao de doen-as como a dengue, febre chikungunya

    e o vrus zika. PGINA 12

    A manso de praia cons-truda ilegalmente em rea de preservao ambiental em Paraty-RJ, da famlia

    Marinho, dona da TV Globo, tem documentos em nome de uma empresa dona de offshores investigadas na Operao Lava Jato e na

    Operao Ararath. PGINA 7

    FLVIA ALESSANDRA: ME RECICLEI COM COISAS QUE ME INSPIRAM Com alma de adolescente, como se declara, aos 41, a atriz Flvia Alessandra vive a vil Sandra de ta Mundo Bom!, da TV Globo. Depois de seis novelas em cinco anos, Flvia diz que precisou de um tempo. Me reciclei e me abasteci de coisas que me inspiram. SUPLEMENTO

    RECURSOS REPASSADOS PELO GOVERNO FEDERAL SO INSUFICIENTES PARA BANCAR ATENDIMENTO DESSES NOVOS PACIENTES E GESTO-RES NO COMPLEMENTAM. ASSUNTO SER TRATADO EM REUNIO EXTRAORDINRIA DO CONSELHO DE SADE NESTA SEGUNDA. PGINA 9

    YALE FERNANDES: AJUSTES NO INCIO DA GESTO MELHORARAM ARAPIRACAEm exerccio no comando da Prefeitura de Arapiraca, Yale Fernandes (PMDB) avalia

    que o municpio ganhou com os ajustes feitos na mquina pblica. Atual-mente, segundo Yale, a folha est enxuta e os compromissos com os servidores esto em dia. PGINA 2

    Sem atendimento, novos pacientes renais crnicos correm risco de morte em Alagoas

    POUPANA: 0,6278%

    DLAR COMERCIALR$ 3,75 R$ 4,12

    DLAR PARALELOR$ 4,00 R$ 4,00

    OURO:R$ 157,00

  • PolticaMACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016POLTICA2

    Arapiraca mudou graas aos ajustesVice-prefeito Yale Fernandes est no comando do municpio e reconhece a necessidade de manter os investimentos

    DAVI SALSA

    Yale Fernandes citou nomes que podem concorrer ao cargo, mas lembra que Clia Rocha candidata

    DAVI SALSAREPRTERSUCURSAL ARAPIRACA

    Filiado ao PMDB e com experincia acumulada de mais de 20 anos na vida pblica, Yale Fernandes assumiu a Prefeitura de Arapiraca h nove dias, com o pedido de afastamento pelo prazo de 30 dias da prefeita Clia Rocha (PTB), que repassou o cargo para fazer trata-mento de sade. Publici-trio, bacharel em Direito e com o conhecimento de ter participado das cam-panhas para eleio da saudosa deputada federal Ceci Cunha e da prefeita Clia Rocha e do ex-prefeito e atual vice-governador Luciano Barbosa, o arapi-raquense Yale Fernandes j exerceu o cargo de secretrio de Comunicao nas duas gestes, e no ano de 2012 foi eleito vice com 46.117 votos na chapa encabeada pela atual gestora. Nesta entrevista reportagem da Tribuna Independente, Fernandes revela qual o seu plano de trabalho para este perodo frente da pre-feitura, e, tambm, acerca da atual conjuntura suc-esso municipal no segundo maior colgio eleitoral de Alagoas.

    Tribuna Independen-te - O vice-prefeito assu-me por 30 dias a Prefei-tura de Arapiraca. Quais so as prioridades da gesto durante este pe-rodo?

    Yale Fernandes - As-sumir o cargo de prefeito da cidade onde nasci represen-ta um desafio e, ao mesmo tempo, motivo de muita sa-tisfao. Pretendo manter as muitas aes que esto sendo realizadas em Arapi-raca, e fiscalizar diariamen-te a execuo desses servios que tanto beneficiam a po-pulao. Nossas prioridades esto nas reas sociais, como sade, educao, segurana e de gerao de emprego e renda, bem como no setor de infraestrutura urbana, com as dezenas de obras de pa-vimentao de ruas e do es-gotamento sanitrio. Tam-bm vamos estreitar cada vez mais a parceria com o governo estadual, que tem dado um apoio importante desde o ano passado, com a realizao de investimentos em obras para o desenvolvi-mento social e econmico de Arapiraca.

    Tribuna Independen-te - De que forma ser feito esse trabalho, nesse curto perodo de tempo?

    Yale Fernandes - A me-lhor maneira de fazer isso indo s ruas, ouvir as pes-soas e saber das suas reais necessidades. Desde o pri-meiro dia que assumimos, estamos visitando bairros e ouvindo os moradores. im-portante que as pessoas fa-am as cobranas para que o poder pblico saiba das rei-vindicaes e possa executar as aes que a populao de-seja.

    Tribuna Independen-te - Arapiraca a se-gunda maior cidade de Alagoas e vivencia boas notcias na gerao de

    emprego. Isso a prova de que o investimento na economia municipal vem dando certo?

    Yale Fernandes - Nosso municpio tem uma vocao natural para o empreende-dorismo. Possui uma locali-zao estratgica e um povo trabalhador, que gosta de in-vestir na sua terra. As ges-tes do ex-prefeito Luciano Barbosa e da prefeita Clia Rocha conseguiram prepa-rar Arapiraca e, com isso, viabilizar empreendimen-tos para o nosso municpio. Mesmo com a crise finan-ceira mundial e que afeta o pas, Arapiraca foi o quarto municpio que mais gerou empregos no Brasil, no ano passado. Foram mais 2.076 novos postos de trabalho, com a perspectiva da abertu-ra de novos empreendimen-tos em nosso municpio.

    Tribuna Independente - Assim como as demais cidades alagoanas, Ara-piraca ainda sofre com a crise econmica. O cen-rio deste ano aponta para mais ajustes na mquina pblica?

    Yale Fernandes - Quando a crise comeou, h cerca de dois anos, fomos um dos primeiros munic-pios a adotar medidas ad-ministrativas e financeiras com muito zelo e responsa-bilidade para o enfrenta-mento desse desafio. A ges-to da prefeita Clia Rocha cortou na prpria carne, com a reduo de custeio em investimentos em alguns setores, foram reduzidos sa-lrios da prefeita, o meu sa-lrio e todos os secretrios, e de servidores contratados e com cargos em comisso. Muita gente criticou a ges-to naquele momento, mas depois viram que as me-didas foram necessrias e ajudaram a administrao municipal enfrentar a crise. Prova disso que o munic-pio est com a folha enxuta e com capacidade de inves-timentos.

    Tribuna Independen-te - Houve desgaste no incio da gesto, devido s demisses de servido-

    O passeio do sexteto

    Com os Governos em restries oramentrias, foi considerada por colegas desnecessria para no dizer passeio a ida de seis agentes final do Super Bowl 50, a final do Futebol Americano, em Santa Clara, Califrnia, domingo passado. Foram os observadores: o secretrio de Segurana para Grandes Eventos, Andrei Passos, os delegados federais Rinaldo Souza (Coordenador de Projetos de Tecnologia) e Rodrigo Fernandes; o Coronel Paulo Roberto de Oliveira (PM-DF); Maurcio Marinho de Souza (PM-BA) e Celso Pe-rioli (ex-superintendente da Polcia tcnico-cientfica de SP).

    Bola murcha A justificativa foi a preparao da segurana para os Jogos do Rio 2016. Mas para os especialistas que acompanham os trmites, nada do que est planejado vai mudar.

    Cristovam no PPSO senador Cristovam Buarque (PDT) teve duas reunies com o presi-dente do PPS, Roberto Freire, antes da folia. Decidiu se filiar, mas no sabe se disputa o Planalto.

    Meia volta!Sem dinheiro para as tropas, o Exrcito do Brasil vai deixar a Minus-tah no Haiti. Para no fazer feio, ainda envia o ltimo contingente esta semana, para seis meses.

    Novo celeiro..O Mato Grosso surge no cenrio como o novo celeiro mundial das com-modities agrcolas. O governador Pedro Taques (PSDB) embarca com comitiva para a maior feira do setor, que acontece de tera a sexta-feira em Abu Dhabi, nos Emirados.

    ..na praa do Sheik O Estado exporta tanto para os Emirados soja, milho e sementes de algodo que Taques foi convidado a discursar no evento, o Global Forum for Inovations in Agriculture. Leva uma penca de empresrios exportadores do Centro-Oeste.

    Batalha perdidaO Centro de Inteligncia do Exrcito em Braslia, o bunker digital do QG, no descobriu, aps quatro meses, quem invadiu o seu sistema na guerra eletrnica. Foram violados mais de 10 mil e-mails de oficiais alguns com senhas tropa e mamae, como revelou a Coluna. A asses-soria limitou-se a informar que investigava.

    #magoeiO silncio do Itamaraty sobre a epidemia de Zika beicinho do chance-ler Mauro Vieira. Em novembro, a presidente Dilma bateu o telefone em sua cara aps discusso.

    Quem ganha?O PSB de Pernambuco vive autofagia. No vai bem a relao do prefei-to Geraldo Jlio, do Recife, com o governador Paulo Cmara, pupilos do saudoso Eduardo Campos.

    Todo poderosoEst disputado o gerente de marketing da Caixa, Gerson Bordignon. Com dinheiro no cofre, tem fila na porta, com agenda cheia para os prximos trs meses. ele, por exemplo, quem decide quanto o banco vai dar para cada time da srie A do Brasileiro.

    Tamanho da contaDevendo a mensalidade em importantes rgos internacionais, como ONU, Unesco etc, a presidente Dilma criou pelo Decreto 8.666 a Co-misso Interministerial de Participao em Organismos Internacionais (Cipoi). Para levantar o prejuzo.

    Bloco da urnaOlinda (PE) teve disputa no Carnaval. Candidatos a prefeito, a ex-prefei-ta Luciana Santos (PCdoB) e Antonio Campos (irmo de Eduardo, que tenta conquistar o esplio eleitoral) disputaram a ateno dos blocos. Desfilaram quatro dias em vrios deles.

    Espelho do Brasil Seguidas mensagens Presidncia do conta de que os websites oficiais do Governo Planalto e estatais foram atacados por hackers, que inserem animaes de mosquitos da dengue sobrevoando a tela. Mas s a campanha publicitria contra a Zika.

    Ponto FinalO problema nos sites que, a exemplo do que acontece nas ruas, os mosquitos voam, voam, incomodam.. e no so eliminados.

    res. Isso ser um compli-cador para a reeleio da atual gesto municipal?

    Yale Fernandes - Na-quele momento, as medi-das at que poderiam ser consideradas amargas, mas fao uma comparao com um paciente que necessita de um remdio, um trata-mento. A crise que chegou ao nosso pas teve de ser enfrentada com determina-o e coragem. Arapiraca mostrou austeridade e con-seguiu com muito esforo superar as dificuldades ini-ciais.

    Tribuna Independen-te - Seu nome tem sido cotado como um dos pro-vveis pr-candidatos na sucesso municipal. Existe essa possibilida-de?

    Yale Fernandes - A funo do vice-prefeito ajudar a gesto. Sempre estive ao lado de Clia e disposio do meu partido, o PMDB. Substituir a pre-feita Clia, nesse momento, um desafio e uma oportu-nidade para provar que o nosso partido parceiro e quer o melhor para Arapira-ca. O nosso partido tem um quadro e do qual fao parte, com excelentes nomes para disputar uma eleio majo-ritria, a exemplo tambm do deputado estadual Ricar-do Nezinho e as vereadoras Gilvnia Barros e Aurlia Fernandes. claro que o consenso o nome da pre-feita Clia Rocha, que a candidata natural do grupo, pela sua histria e lideran-a poltica. Ela tem o aval do nosso partido e apoio do governador Renan Filho, vice-governador Luciano Barbosa e do presidente do Congresso Nacional, sena-dor Renan Calheiros. Mas, acredito que o momento ainda no para discutir eleio. Temos mais de 50 obras em andamento e h muita coisa para ser feita em Arapiraca. O povo est acompanhando esse tra-balho, e, quando chegar o momento certo, tudo vai ser definido com muita calma e tranquilidade.

    TRIBUNAINDEPENDENTE

    ESPLANADALEANDRO MAZZINI - [email protected]

    Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordestewww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

    Desde o primeiro dia que assumimos, estamos vis-itando bairros e ouvindo os moradores. importante que as pessoas faam as cobranas para que o poder pblico saiba das reivin-dicaes e possa executar as aes que a populao deseja

    Nossas prioridades esto nas reas sociais, como sade, educao, seguran-a e de gerao de emprego e renda, bem como no setor de infraestrutura urbana, com as dezenas de obras de pavimentao de ruas e do esgotamento sanitrio

    claro que o consenso o nome da prefeita Clia Rocha, candidata natural do grupo, pela sua histria e liderana. Ela tem o aval e apoio do governador Re-nan Filho, vice-governador Luciano Barbosa e do presidente do Congresso, Renan Calheiros

    Muita gente criticou a gesto naquele momento, mas depois viram que as medidas foram necessrias e ajudaram a administrao municipal enfrentar a criseYALE FERNANDESPREFEITO EM EXERCCIO EM ARAPIRACA

  • VERBA

    Pedro Vilela prioriza projetos sustentveis

    LUCIANA MARTINSREPRTER

    Os parlamentares j iniciaram as suas atividades na C-mara Federal, mas ainda permanecem na dvida de quanto devem receber de emenda parlamentar no oramento de 2016 que so destinadas para o governo e municpios alagoanos.

    De acordo com parla-mentares consultados pela reportagem da Tribuna Independente, o governo federal adiantou que deve existir um contigenciamen-to e as definies para onde essas emendas sero desti-nadas sofrero alteraes.

    A previso inicial de que cada parlamentar ter

    R$ 15 milhes de emendas individuais. Alguns depu-tados j destinaram esses recursos, mas esto apreen-sivos porque o governo ain-da no informou de quanto ser esse contigenciamento.

    De acordo com o depu-tado federal Paulo (PT) a publicao sobre os valores da emenda deveria ter sido feita. A previso era de que a sexta-feira [12] houves-se a publicao no Dirio, mas nada aconteceu. Por enquanto estamos de mos atadas para definir onde es-ses recursos sero destina-dos, adiantou.

    O parlamentar lembrou que em 2015 tambm houve uma reduo das emendas individuais sendo liberados em torno de R$ 10 milhes.

    No sei de quanto ser esse contigenciamento, mas acredito que no tenhamos muita surpresa no que diz respeito aos valores. Penso que devemos repetir o mes-mo volume de recursos de 2015, mas ainda cedo para afirmar. Agora temos que esperar uma deciso do go-verno federal, pontuou.

    De maneira geral, o de-putado adiantou que parte de suas emendas devero ser destinadas para agri-cultura familiar, sade, educao e cultura. Essas foram reas que contemplei em 2015 e devo seguir essa mesma linha em 2016. No ano passo, eu destinei R$ 1 milho para a comemorao dos 200 anos de Macei e em 2014 para o So Joo. Todas

    emendas de cultura, disse.Paulo ressalta que os

    recursos da sade devem ser enviados para os hos-pitais regionais, a pedido do governador Renan Filho (PMDB). O governador se reuniu com a bancada e pe-diu que a gente destinasse parte dos recursos da sade para os hospitais regionais de Arapiraca e Santa Rita, que fica em Palmeira dos ndios. A ideia descentra-lizar os atendimentos da ca-pital, pelo menos o de baixa e mdia complexidade e for-talecer a sade, comentou o parlamentar.

    O deputado federal no confirmou, mas acredita que a publicao das emendas pode acontecer na prxima tera-feira, 16.

    Contingenciamento atinge emendas parlamentaresBancada alagoana ainda no sabe o tamanho real das emendas individuais

    Pedro Vilela (PSDB) tambm definiu o destino de seus recursos, ainda que elas venham sofrer conti-genciamento. Segundo o parlamentar eles sero apli-cados nas reas de apoio e manuteno de unidades de sade; apoio a projetos de desenvolvimento sustent-vel local ntegrado; incluso digital; fomento ao setor agropecurio; implantao e modernizao de infraes-trutura para esporte educa-cional, recreativo e de lazer e promoo e fomento cul-tura.

    Assim como Marx Bel-tro, o parlamentar fez o seu planejamento com o total de R$ 15 milhes, que pode sofrer mudanas depois da publicao dos valores das emendas. Quanto s alte-raes dos valores, o parla-mentar informou que deve decidir aps a publicao, que quando se tem o valor de real.

    EMENDAS 2016Para este ano, as emen-

    das individuais de deputa-dos e senadores somam R$ 9,1 bilhes ao oramento. No total, os 594 congressistas apresentaram 6.378 emen-das despesa. Normalmente esses recursos so destina-dos para obras e servios em suas bases eleitorais. Este

    MUNICPIOSJHC analisa onde pretende investirO deputado federal JHC (PSB) informou atravs de sua asses-soria que ainda no definiu onde sero destinados os seus recur-sos. Conforme sua assessoria, ele est em fase de anlise porque existem muitos pedidos e eles precisam ser criteriosa-mente estudados para que no exista prejuzo algum para os municpios e consequentemente para o Estado. A assessoria do deputado federal explicou que o prazo para envio da definio dos recursos o dia 19 de feve-reiro e at l, JHC deve decidir quem sero os contemplados..

    DESTINOBancada alagoana no decide emendaO coordenador da bancada alagoana, deputado Ronaldo Lessa (PDT) encontra-se afas-tado por motivos de sade, o que acarretou na no definio da emenda da bancada alagoa-na. Contudo, o deputado federal Marx Beltro (PMDB) explicou que no existe qualquer tipo de prejuzo porque ainda cedo para destinar esses recursos. Ainda no sentamos com o governador para ver o que prioridade para o Estado. So-mente depois dessa conversa que vamos decidir para onde a emenda de bancada vai, disse.

    ano, cada parlamentar teve direito a R$ 15,3 milhes.

    Entre as reas que tive-ram maior destino de recur-sos est a sade com R$ 4,8 bilhes, seguido de desen-volvimento urbano com R$ 1,4 bilho e educao e cul-tura comR$ 558,6 milhes.

    Lembrando que parte das emendas individuais obrigatriamente devem ser destinadas a sade, o que no causa surpresa ser ela a rea que mais recebeu re-cursos em 2016.

    J as emendas coletivas somam R$ 77,9 bilhes e

    no so impositivas. Em um acordo fechado com o gover-no e propsoto pelo relator da proposta orametria e tam-bm pelo relator da Lei de Diretrizes Oramentrias, as emendas de cada banca-da estadual sero pagas este ano. (L.M)

    MACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016 POLTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

    DIVULGAO

    ASSESSORIA

    SANDRO LIMA

    Pedro Vilela vai priorizar que as suas emendas sejam destinadas a projetos sustentveis e esporte

    Beltro garante que ainda no sabe onde realizar cortes nos recursos

    Deputado federal Paulo diz que o governo federal ainda no definiu os valores das emendas, mas que os recursos esto garantidos

    EM 2015

    Recursos dos deputadosnovatos foram cortados

    Ainda que exista a afir-mativa de que o contingen-ciamento acontecer, o de-putado federal Marx Beltro (PMDB) definiu para onde sero destinados os seus re-cursos. A previso feita pelo parlamentar de R$ 15 mi-lhes, no entanto, ele sabe das alteraes. Essas defi-nies feitas podero sofrer mudanas, j que estamos sabendo que teremos conti-genciamento nas emendas individuais e aquilo que foi planejado pode mudar, la-mentou o deputado.

    No seu planejamento, as emendas individuais se-ro destinadas para sade, pesca, agricultura e cida-des. Assim como Paulo, o deputado tambm destinou recursos para os hospitais regionais como pediu o go-vernador de Alagoas, Renan Filho.

    Estou destinando R$ 1 milho para maternidade especializada em Macei a pedido do governador. Tam-bm estou destinando R$ 2 milhes para Santa Casa de Penedo, R$ 600 mil para o hospital de Palmeira dos ndios e R$ 1,5 milho para o Hospital So Vicente de Paulo em Unio dos Palma-res, explicou.

    Marx Beltro disse que sente apreensivo sobre quanto deve ser contigen-ciamento, e que o seu desejo era que ele no acontecesse. A gente faz todo um plane-jamento e cortar esses re-cursos muito ruim. Vamos imaginar que o contigencia-mento seja em torno de 20%, vamos perder R$ 3 milhes, e muito dinheiro que deixa de vir para o Estado, ana-lisou.

    Quando questionado so-bre onde faria o corte, ele confessou que no pensou a respeito, acreditando num ltimo fio de esperana de que esses recursos no se-jam contigenciados.

    O deputado federal lem-brou que em 2015 foi as-segurado para os novatos emendas R$ 10 milhes, mas no final do ano o que foi liberado foi um pouco mais de R$ 4,8 milhes.

    Tivemos uma reduo de um pouco mais de 50%, isso frustrante porque a gente faz todo um planejamento que no acontece, disse. So-bre quanto deve ser a dimu-nuio de recursos em 2016, Marx Beltro falou que ain-da no informado, mas acre-dita que o corte fica entre 15 e 20% dos recursos. (L.M)

  • Audincia sobre o Plano Diretor acontece sbadoMunicpio segue consultando a populao sobre a reviso do plano na capital

    INVESTIMENTOSRegio Norte ter prioridades no plano

    Ainda de acordo com o prefeito de Macei, Litoral Norte da cidade ter uma ateno especial do poder pblico por conta do forte processo de expanso imobiliria que a regio vem so-frendo. Rui Pal-

    meira destaca que municpio tem buscado recursos para executar obras de saneamento, drenagem, pavimentao e urbanizao dos bairros de Riacho Doce, gara Torta e Ipioca. O prefeito afirma que o objetivo das obras evitar o crescimento desordenado da regio.

    AUTORIZAOReviso foi iniciadaem setembro de 2015O prefeito de Macei, Rui Palmeira (PSDB) autorizou em setembro do ano passado, em Dirio Oficial do Municpio, incio do processo de reviso do Plano Diretor de Macei. A metodologia traada pela Secre-taria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento (Sempla) para a reviso ser constituda pela formao de um Conse-lho Municipal para a gesto administrativa e pela realizao de trs audincias pblicas, de reunies de sensibilizao e de oficinas tcnicas.

    O desmanche da Petrobrs

    Para amenizar o impacto causado pelo prejuzo nos seus ativos pela corrupo e pelo desgaste da imagem, a Petrobrs esta colocando a venda suas 21 usinas trmicas, gasodutos e terminais de regaseificao (por onde o gs chega em forma liquida, importa-do dos navios). O plano geral da Petrobrs para a venda de ativos, pretende alcanar no total US$ 57,7 bilhes (o equivalente a R$ 225 bilhes). Tambm esto sendo negociadas parcerias na BR Distribuido-ra, concesses para explorao e produo de petrleo e gs, uma fatia da petroqumica Braskem, fbricas de fertilizantes, terminais, dutos e navios, alm das usinas. A informao do Estado. Segundo o jornal a Petrobrs pretende reforar o caixa para poder explorar o pr-sal e aos poucos deixar o segmento de energia, presente do poo ao posto. O ob-jetivo consolidar-se como uma empresa produtora de petrleo. Ainda de acordo com o Estado a Petrobrs enfrenta obstculos em questes regulatrias e por isso, at para vender as termoeltricas a empresa ter de negociar com a Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocom-bustveis (ANP) sobre a regulao dos gasodutos. Hoje a operao des-tes gasodutos estatal. A Petrobrs tem capacidade de gerao trmica de 6,14 megawatts, quase a metade no Rio de Janeiro. H ainda usinas em oito estados, inclusive So Paulo. A rede de gasodutos se estende por mais de 9 mil quilmetros, parte ligada aos terminais de regaseifica-o na Baa da Guanabara e parte no porto de Pecm, no Cear.

    Ufal na luta contra AedesA Universidade Federal de Alagoas esta integrada ao pacto nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, segundo garantiu a Reitora Valria Correia, que participou inclusi-ve do encontro das universidades com o Minis-tro da Educao, Aloizio Mercadante. Tambm participam do pacto o Conselho Nacional dos Secretrios de Educao, a Unio dos Diri-gentes Municipais da Educao de entidades de estudantes, universidades, instituies de

    educao profissional e de escolas pblicas e privadas.

    Ufal na luta contra Aedes 2Segundo destacou a reitora Valria Correia, uma grande mobilizao do setor educacional brasileiro esta marcada para o dia 19, envolven-do cerca de 60 milhes de estudantes, docentes e servidores. Ontem j foi realizada uma gigantesca ao nacional para conscientizao e eliminao dos criadouros em 376 cidades com maior ndice epidmico. Participaram desta ao 220 mil militares das trs foras, 260 mil agen-tes de sade e 48 mil agentes da vigilncia sanitria. A Ufal j dispe de grupos de trabalho e pesquisa sobre a incidncia dos casos de dengue, zika e chicungunya em Alagoas.

    Barrar o impeachmentO ministro da Secretaria das Relaes Institucionais, Ricardo Berzoini afirmou em entrevista ao portal Congresso em Foco, que para barrar o processo de impeachment contra a presidente necessrio apenas governar bem. Responsvel por representar o governo nas re-laes politicas com deputados e senadores, Berzoini diz que governar bem dar sequncia agenda de governo, garantir os investimentos em logstica sem atraso, executar a terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida, alm de melhorar a qualidade do crdito nos bancos pblicos, entre outros projetos.

    Barrar o impeachment 2Para o ministro, no suficiente apenas convencer o Legislativo que a Presidente Dilma no cometeu crime de responsabilidade. A ideia superar a crise politica a partir de uma ampliao do apoio da base par-lamentar no Congresso at o final do mandato em 2018. Essa soluo de Berzoini atende a necessidade do governo em enfrentar outros pro-blemas na agenda politica, como a votao de 16 medidas provisrias em tramitao, e, pelas regras do Legislativo, algumas esto no limite do prazo para a apreciao, trancando as votaes de outros temas.

    A disputa pelo PMDBOs rumos que o PMDB pode tomar neste ano de 2016 na Cmara dos Deputados, vai depender, e muito, da eleio da sua liderana, quem acontece no prximo dia 17. O atual lder, Leonardo Picciani (RJ) con-duz sua campanha para se manter no cargo, conversando com todos os parlamentares inclusive aqueles que pretendem uma mudana. Seu concorrente, Hugo Mota (PB) faz campanha nos estados sempre tendo como escudo principal, o presidente da Cmara, Eduardo Cunha, que aclamado com a ala insatisfeita do partido em relao ao governo Dilma Rousseff.

    A disputa pelo PMDB 2O candidato Mota tenta minimizar a importncia do apoio de Cunha, e aposta que ganha a eleio interna independentemente do apoio do Presidente da Casa e considera que dispe de mais condies para uni-ficar a bancada. Acredita que o seu desempenho na presidncia da CPI da Petrobrs o credencia para isso. Picciani tem a simpatia do Planalto e obteve este apoio indireto aps ter formulado uma lista alternativa com deputados aliados do governo para a votao do impeachment. Ele chegou a ser afastado da liderana em uma manobra da ala insatisfeita, mas depois foi reconduzido ao cargo com a assinatura da maior parte da bancada.

    Motoristas e pedestres devem aumentar os cuidados a circularem em Jacarecica a partir deste tera feira, no encontro entre o inicio da AL 101-Norte e a Avenida Pierre Challita.

    Ali o trnsito vai sofrer uma modificao em funo do inicio das obras da duplicao da rodovia estadual.

    Haver um trecho de desvio de aproximadamente 300 metros, onde ser erguido um dos viadutos da duplicao da pista.

    O local ser sinalizado adequadamente, com isolamento do trecho em questo e com a presena de guardas da Superintendncia Municipal de Transporte e Trnsito (SMTT) e funcionrios do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

    Em funo do afastamento temporrio do titular desta coluna para tratamento de sade, Tribuna Livre ficar sob a responsabilidade e a competncia do jornalista Wellington Santos.

    A ele devero ser encaminhados releases, comunicados, e demais informaes de interesse dos leitores.

    Desde j agradeo a compreenso de todos e dedicao do compa-nheiro.

    BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

    MACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016POLTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

    DEMANDAS

    Participao popular tem sido importante

    EDITORIA DE POLTICA COM ASSESSORIA

    O cidado maceioense ter mais uma oportu-nidade de participar do planejamento da cidade. No prximo dia 20, a Pre-feitura de Macei, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvi-mento (Sempla), promove a 4 Audincia Pblica para Reviso do Plano Diretor, documento que vai nortear o crescimento da capital alagoana durante os prxi-mos 10 anos. A audincia ser realizada na Escola Superior da Magistratura do Estado de Alagoas (Es-mal), das 8h s 17h.

    Para esta 4 audincia, de acordo com o secretrio municipal de Planejamento e Desenvolvimento, Messias Costa, a pauta principal discutir o esboo do Caderno Tcnico, como subsdio para ser transformado em Projeto de Lei (PL) e encaminhado Cmara de Macei (CMM).

    Podem participar do encontro os segmentos da sociedade civil organizada como entidades de ensino e cientficas, entidades de classe, associaes de mora-dores, organizaes no go-vernamentais, rgos e en-tidades pblicas e os demais

    Revisar o Plano Diretor de Macei vai proporcionar uma melhor organizao na capital. De acordo com o secretrio de Planejamento, Manoel Messias, ressalta que reviso segue amadu-recendo para o desenvolvi-mento mais orientado, justo e equilibrado da cidade.

    Felizmente conseguimos um parecer da justia para estender a discusso, o que muito bom. O processo est ganhando, cada vez mais, musculatura e certamente ao final teremos um Plano que vai contemplar a popu-lao, segundo suas reais necessidades, disse.

    Tambm atendendo a uma solicitao da comu-nidade, as audincias vm sendo realizadas aos sba-dos.

    Estamos muito conten-tes com a participao po-pular, tendo em vista que os encontros, conforme orien-tao do Conselho Munici-pal do Plano Diretor, esto acontecendo aos sbado. Sa-bemos da dificuldade, mas a participao necessria para ao conseguirmos um Plano pensado tambm pela e para a populao, acres-centou o secretrio.

    DEZ ANOSComo instrumento para

    interessados, disse Messias Costa.

    Atendendo reivindi-caes dos envolvidos no processo, a Prefeitura con-seguiu uma liminar para estender a reviso at os primeiros meses de 2016, de modo que ainda sero

    nortear o desenvolvimento de Macei nos prximos 10 anos, o Plano Diretor um documento que passa por uma reviso peridica e, segundo a legislao, deve acontecer a cada dez anos. Para constru-lo, o Muni-

    realizadas mais consultas pblicas para a concluso do Plano Diretor. O gestor comentou a importncia do recurso para o adiamento da data da reviso do Plano Diretor vigente, aceito pela Procuradoria Geral Munici-pal (PGM).

    cpio dialoga e discute di-versos direcionamentos que podem melhorar a vida dos cidados.

    Aproximadamente 400 contribuies resultados dos encontros anteriores para a construo do Caderno Tc-

    O Plano atual termina-ria no fim de 2015. Conse-guimos adiar a reviso para este ano, o que vai permitir que as discusses relacio-nadas ao contedo da revi-so sejam mais aprofunda-das e melhor trabalhadas, destacou.

    nico Preliminar, com o foco no Macrozoneamento e Zo-neamento Urbanos alinha-dos, alm de projetos de es-truturao urbana, que visa uma cidade mais composta e menos desigual j foram processados.

    ASSESSORIA

    ASSESSORIA

    Manoel Messias convocou todos os movimentos organizados para discutir a reviso do Plano Diretor

    Audincias pblicas ocorrem em diversas regies administrativas e contam com participao popular

  • REIVINDICAO

    PF solicita fundo nacionalde combate corrupo

    O Senado voltar a dis-cutir o projeto da Lei de Responsabilidade das Estatais, que traz nor-mas que devero ser aplica-das a toda e qualquer em-presa pblica e sociedade de economia mista da Unio, dos estados, do Distrito Fed-eral e dos municpios, tanto as que exploram atividade econmica (sujeita ou no ao regime de monoplio da Unio) quanto as que prestam servios pblicos.

    Senadores que se opem ao projeto olicitaram mais tempo para elaborar um texto alternativo, com mu-danas que possam ser in-corporadas ao projeto.

    O senador Roberto Re-quio (PMDB-PR), um dos crticos, disse que j est preparando uma proposta que pretende entregar ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator do pro-jeto. Requio afirmou que j discutiu argumentos con-trrios ao PLS com outros senadores e tambm com representantes das estatais e acredita que h condies excepcionais para os parla-

    mentares negociarem alte-raes na proposio.

    Originalmente, o projeto seria discutido na sesso plenria do ltimo dia 3, mas o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu que o debate fosse adiado e que o tema fosse includo em reunio de lderes na semana que vem para pos-sibilitar a apresentao de proposta alternativa.

    CONTEDOO texto do projeto defi-

    ne as atribuies mnimas de fiscalizao e controle a serem exercidas em socieda-des empresariais nas quais as estatais no detenham o controle acionrio. As esta-tais devero adotar prticas de governana e controles proporcionais relevncia, materialidade e aos riscos do negcio do qual so parti-cipantes.

    Tambm so definidos os deveres e responsabilidades do ente estatal quando sua participao acionria na sociedade minoritria. O texto tem causado uma s-rie de discordncias e ser amplamente debatido.

    Agentes, delegados, es-crives, peritos e papilos-copistas da Polcia Federal entregaram na semana passada ao diretor geral da corporao, Leandro Daie-llo, uma extensa pauta de reivindicaes em busca do fortalecimento, autonomia e valorizao da PF.

    O documento histrico, porque foi redigido conjun-tamente pelas principais entidades de classe dos po-liciais federais. Nos anos recentes, as relaes entre algumas associaes e sin-dicatos foram marcadas por discordncias e tenses.

    A pauta de reivindicaes, dividida em trs captulos, foi aprovada no dia 29 de janeiro, na sede da Associa-o Nacional dos Delegados de Polcia Federal, em Bra-slia. Daiello informou que encaminhar as propostas ao Ministrio da Justia.

    Os federais querem uma nova estrutura organiza-cional para a instituio. No captulo Em relao autonomia da PF, eles pe-dem: vedao ao contingen-ciamento dos recursos ora-mentrios destinados PF

    pelos prximos cinco anos; aumento real (descontada a inflao) dos recursos para investimento da PF em 10% ao ano, pelo prazo mnimo de cinco anos, diz uma par-te do texto.

    Em outro momento, suge-rem a criao de Delegacias de Combate Corrupo em todas as unidades da Pol-cia Federal. Pedem ainda a criao do Fundo Nacional de Combate Corrupo e Crime Organizado, desti-nado exclusivamente es-truturao e atuao da PF contra malfeitos na admi-nistrao pblica.

    Os outros itens da pauta se referem estrutura da Polcia Federal para o de-sempenho de suas ativida-des e aos direitos dos inte-grantes dos cargos.

    Destaca-se, no texto, o pedido de anistia aos in-tegrantes da carreira poli-cial federal quanto aos atos que impliquem faltas ou transgresses de natureza administrativa ou cvel em decorrncia de participao direta ou indireta em movi-mentos reivindicatrios por melhorias de vencimentos.

    CONTINUIDADE

    CPI no quer censura a internautasA CPI dos Crimes Ciber-

    nticos retoma os trabalhos neste ms para dar conti-nuidade investigao de delitos cometidos na inter-net. O colegiado, cujo fun-cionamento foi prorrogado no final do ano passado, tem at meados de maro para concluir o relatrio final.

    Sub-relator da CPI, o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) quer propor al-teraes na legislao para facilitar o enfrentamento a esses crimes. Ele prepara parecer sobre as violaes a direitos fundamentais e a criao de perfis falsos

    ou satricos com o objetivo de praticar crimes contra a honra, inclusive injrias ra-ciais, polticas, delitos con-tra homossexuais e o cyber-bullying.

    Daniel Coelho afirma que o desafio combater os cri-mes cibernticos e evitar a perda de liberdade do inter-nauta. A CPI no pode cair no caminho da censura. Se, por um lado, a gente quer coibir o racismo, a homofo-bia e qualquer crime contra a honra; por outro, no po-demos ter censura prvia, no podemos tirar o carter de liberdade que j existe

    na internet, argumenta. A comisso tem procurado investigar os casos, porm sem querer cercear o direito do cidado de debater, criti-car e fazer humor na web, complementa.

    DEPOIMENTOSEntre as atividades da

    CPI propostas para este ano, esto os depoimento da atriz Tas Arajo e do jogador de futebol Michel Bastos, vti-mas de ofensa e discrimina-o nas redes sociais. O cole-giado tambm vai convidar o advogado Marcelo Dias, presidente da Comisso da Igualdade Racial da OAB do

    Rio de Janeiro, para debater o assunto.

    Os deputados vo ouvir ainda a jornalista Juliana Faria, que lanou, no Twit-ter, a hashtag #PrimeiroAs-sdio, com o intuito de esti-mular mulheres a contarem os casos de assdio que vive-ram na infncia ou na ado-lescncia. O objetivo da co-misso discutir o episdio envolvendo uma participan-te de 12 anos do reality show MasterChef Jnior, na Rede Bandeirantes que foi alvo de comentrios de cunho sexual nas redes sociais no ano passado.

    MACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016 POLTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

    DIVULGAO

    Deputado Daniel Coelho vai pedir mais rigor nas investigaes

    DIVULGAO

    Senadores divergem em uma srie de pontos no projeto de lei sobre as responsabilidades que devem ser impostas s estatais do pas

    Lei das Estatais retorna ao SenadoProjeto de lei foi proposto discusso e se encaixa no contexto dos escndalos de corrupo em torno da Petrobras

  • Opinio

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    RENAN CALHEIROS

    OLVIA DE CSSIA

    JOO LYRA

    Presidente do Congresso Nacional

    Jornalista

    Empresrio

    MACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

    Prevenir o jet lagUm estudo desenvolvido por cien-tistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, indica que expor as pessoas a pequenos flashes de luz enquanto elas esto dormindo pode ser um mtodo mais eficaz de prevenir o jet lag, efeito fisiolgico que se manifesta aps viagens longas, atravs de diversos fusos horrios. Ao chegar ao destino, o indivduo sente fadiga, falta de ateno, mal-estar e, s vezes, at problemas gastrointestinais. Isso ocorre porque o corpo ainda est adaptado aos horrios do local de partida e exige uma readap-tao do organismo.

    Aps chegar ao novo fuso horrio, o corpo acaba se readequando natural-mente, mas de uma forma mais vagaro-sa. A pessoa recupera cerca de uma hora de diferena de fuso por dia. J, segundo as pesquisas, possvel enganar o cre-bro para que ele acelere a mudana do

    relgio biolgico. Os estudos trabalham a exposio luz

    para ajudar a ajustar o ciclo de sono aos novos horrios. Atualmente, algumas te-rapias mantm o indivduo por horas em frente a uma fonte luminosa intensa, es-pecialmente em perodos da noite. Mas a pesquisa realizada em Stanford indi-ca que pequenos flashes, noite, podem permitir que se alcance o resultado com mais rapidez.

    Para identificar se o mtodo faria di-ferena na adaptao, os pesquisadores recrutaram 39 participantes de 19 a 36 anos, para que tivessem uma rotina igual de ciclos de sono, acordando e dor-mindo nos mesmos horrios, por cerca de duas semanas. Alguns voluntrios aceitaram dormir no laboratrio. Parte foi exposta luz contnua por uma hora. Outros foram expostos a sequncias de diversos flashes luminosos pelo mesmo intervalo de tempo.

    Nesta prxima sesso legislati-va voltaremos a analisar propos-tas inovadoras no Senado Federal. Entre elas, a Instituio Fiscal Independente, a Lei de Responsa-bilidade das Estatais e a indepen-dncia formal do Banco Central, projeto cuja discusso no pode-mos recusar diante da situao econmica.

    No pice da crise do ano passa-do, o Senado Federal ofereceu uma agenda ao pas, denominada Agen-da Brasil. O objetivo melhorar o ambiente de negcios, conferir previsibilidade jurdica, recuperar os nveis de produtividade e a con-fiana dos agentes econmicos. A agenda foi calada em trs eixos: melhoria do ambiente de negcios e da infraestrutura, equilbrio fis-cal e proteo social.

    A agenda est saindo do papel. Entre as sete propostas encami-nhas Cmara esto: a prestao de auxlio financeiro para Unio fomentar exportaes, a indeniza-o de ttulos dominiais relativos s terras declaradas como ind-genas, a criao do fundo de aval para investimento e inovao das micro, pequenas e mdias em-presas, o fundo de financiamen-to para este mesmo segmento, a proibio de encargos financeiros

    a estados e municpios sem a res-pectiva receita, novo clculo de valor adicionado da energia hidre-ltrica, a segurana pblica como competncia comum de todos os entes federados e dois projetos aperfeioando o Cdigo do Consu-midor.

    Prontos para serem apreciados pelo plenrio esto outros sete projetos sobre responsabilidade e estatuto jurdico das sociedades de economia mista e empresas pblicas, a repatriao de ativos, o limite global da dvida da Unio, a liberao dos depsitos judiciais e administrativos, a destinao para a Sade dos impostos ar-recadados com medicamentos e derivados de tabaco, e tambm a destinao de recursos do DPVAT para o SUS e o auxlio financeiro para estados e municpios no per-centual de 60% do Fundo Nacio-nal de Segurana Pblica.

    Paralelo produo legislativa, mantivemos a ideologia de fazer mais com menos. Cada ano gas-tar menos que o anterior, trajet-ria iniciada no binio 2013-2014, quando devolvemos aos cofres pblicos R$ 530 milhes. O plano estratgico do Senado, de 2015, foi calado na racionalidade de recursos pblicos, melhoria no

    processo de trabalho, valoriza-o funcional, fortalecimento da transparncia e priorizao das atividades-fim da Casa.

    Desde 2012, o Senado Federal j reduziu seu oramento em nada menos que R$ 1,47 bilho. O or-amento autorizado, j corrigido pelo IPCA, foi reduzido em R$ 795 milhes. O Senado ainda conse-guiu promover uma economia de mais de R$ 673 milhes. So n-meros expressivos, se levarmos em conta os reajustes das tarifas eltrica e de gua, aumento no preo do combustvel, celebrao de novos contratos inadiveis e a variao cambial das contrataes vinculadas ao dlar.

    Uma das iniciativas mais im-portantes do Senado Federal foi o aprofundamento da transparn-cia. So pblicas as informaes relativas a contratos, licitaes, remuneraes, verbas parlamen-tares, relao de servidores, en-fim, todo e qualquer gasto do Se-nado que no esteja coberto pelo sigilo fiscal. Fruto deste trabalho foi o reconhecimento, por vrios institutos, entre eles a Fundao Getlio Vargas, de que o Sena-do Federal a instituio mais transparente dos poderes pblicos entre 138 pesquisadas.

    Ainda este ano, o governo deve pr em prtica duas ini-ciativas, consideradas funda-mentais para enfrentar a crise em que o Pas vive: uma meta de supervit primrio flexvel (economia para o pagamento de juros da dvida pblica), combinada com um teto para os gastos pblicos, e a reforma da Previdncia.

    Com uma estreita margem de manobra para cortar gas-tos, as mudanas no setor previdencirio so encaradas como uma forma de o governo reconquistar a credibilidade na poltica fiscal, no mdio prazo.

    A equipe econmica de opinio que a Previdncia brasileira sempre foi plena de generosidade para um Pas de renda mdia, como o Brasil, e a conta parece ter chegado ao limite. Em 2015, o dficit da Previdncia foi de R$ 89,5 bi-lhes, mais 57,8% do valor re-gistrado no ano anterior - R$ 56,7 bilhes.

    De acordo com analistas de contas pblicas, as reformas feitas no setor at agora no deram certo. Talvez, seja esse o momento para a reforma, mas no ser nada fcil sua solu-o, em face da cerrada oposi-o das centrais sindicais e de parte expressiva da base parla-mentar que apoia a presidenta Dilma Rousseff.

    Por ora, o ministro Nelson

    Barbosa no apresentou ne-nhuma proposta concreta. Contudo, os estudos existentes mostram que a receita total anual do sistema de R$ 1,28 trilho, dividida com paga-mento de benefcios (R$ 413 bi-lhes; 32%), pessoal e encargos (R$ 230 bilhes, 18%); transfe-rncia a estados e municpios (R$ 214,0 bilhes, 16,9%); ou-tros (R$ 186,0 bilhes, 14,5%); seguro-desemprego, benefcios assistenciais, abonos salariais e bolsa-famlia (R$ 121,0 bi-lhes, 9,6%) e custo com educa-o e sade (R$ 113,0 bilhes, 8,8%).

    Sobre o assunto, tcnicos da Organizao para a Coo-perao e Desenvolvimento (OCDE) apresentaram relat-rio - com dados do Banco Mun-dial -, que davam a dimenso do tamanho dos problemas: o Brasil est ficando mais ve-lho, com a expectativa de vida no entorno de 78 anos, o que significa que haver menos brasileiros trabalhando para sustentar cada vez mais traba-lhadores aposentados.

    Nessa perspectiva, o Pas passar, em apenas duas d-cadas, pela mesma transfor-mao demogrfica que levou 60 anos para ser concluda nos Estados Unidos.

    De acordo com a OCDE, o quadro ainda mais grave porque o brasileiro se aposenta

    muito cedo para os padres in-ternacionais. No Brasil, a ida-de mdia de aposentadoria de 54,7 anos para os homens e de 52,8 anos para as mulheres. A maioria dos pases adota uma idade mnima, e caminha para igualar o tempo de aposentado-ria entre homens e mulheres.

    O Instituto de Economia Aplicada (IPEA) afirmou re-centemente que a mulher contribui por menos tempo e recebe o benefcio por muito mais tempo, alertando que esse descasamento entre o que se acumulou e o que se recebe chega a ser 60% maior para as mulheres do que para os homens, pois elas tm uma sobrevida maior.

    O IPEA disse que isso pode-ria ser igualado de forma gra-dativa, com transio em 15 ou 20 anos. Outro fato que, somente no Brasil, uma pessoa pode ter duas aposentadorias, duas penses e ainda traba-lhar.

    Os argumentos pr-reforma so muitos, mas o que vier a ser alterado no deve retirar conquistas legtimas da popu-lao, porque constituiria uma agresso ao Estado de Direito, portanto inaceitveis. Que o governo se prepare.

    A reforma pretendida vai influenciar, ainda mais nega-tivamente, na popularidade da presidenta da Repblica.

    Desde muito cedo encontrei a rebeldia, muitas vezes era uma rebeldia sem causa, mas era normal na idade que eu ti-nha, mesmo que no fosse da compreenso dos meus entes queridos. Era a vontade do en-frentamento do sistema, do que estava estabelecido, que para mim tinha que ser contestado.

    Tudo comeou na adolescn-cia, no querer ser diferente; eu queria um mundo novo, melhor. Quis isso a minha vida inteira; lutei por esse ideal. Eu dese-java um mundo onde os meus sonhos fossem realizados, onde o amor fosse mais importante que a ganncia pelo dinheiro, onde as diferenas de classe e a cor da pele no fossem empeci-lho para a felicidade.

    Muitos dos meus sonhos e quereres foram causas ut-picas, idealistas, coisas que aprendi desde muito cedo, por meio das minhas leituras. So-nhos de uma menina que pas-sou a vida inteira querendo ser amada, querendo encontrar a felicidade.

    As desigualdades na so-ciedade existem desde que o mundo mundo, mas h uma desigualdade que a gente no se conforma. muita misria, muita falta de compromisso social, muita roubalheira, que

    prejudicam a construo de uma sociedade equilibrada.

    Eu sempre quis ser indepen-dente, morar sozinha, ser dona do meu nariz e no ter a inter-ferncia de ningum para dar palpites nas minhas vontades. Isso causava estranhamento na Unio dos Palmares do co-meo da dcada de 70 e tam-bm em meus pais.

    Vim morar na capital aos 16 anos; era o comeo da liber-tao, da independncia, eu achava. Esse meu tempera-mento me custou muito: mui-tos desentendimentos com a minha saudosa me, que no entendia a cabecinha daquela menina sonhadora e questiona-dora e o preconceito das mes de algumas amigas.

    Mas tudo o que a gente quer e faz tem consequncias na vida, hoje eu sei. Muitos dos conflitos que afligem a gente decorrem dos nossos padres de compor-tamento daquilo que adotamos na nossa jornada aqui na terra.

    s vezes a gente no entende o motivo de tais aes em nos-sa vida, o porqu de acontecer certas histrias, mas parte do que acontece por nossa pr-pria responsabilidade, temos que assumir isso. No sei como a psicologia classificaria esse meu temperamento.

    No me arrependo das coisas que tenha feito, entendo agora que a gente tem que assumir as responsabilidades por nossos atos, fracassos e ganhos. Per-corri muitos caminhos, sonhei com uma sociedade mais justa e mais fraterna, sem tantas de-sigualdades e avalio que esse meu lado sonhador tem muito a ver com o que vivo hoje.

    s vezes eu quero reclamar da falta de uma vida mais con-fortvel, sem tanta preocupa-o financeira e pela falta de estabilidade na vida, mas cada um tem aquilo que lhe cabe. No conformismo de minha parte.

    Hoje eu aprendi a ter mais disciplina e mais entendimen-to das situaes e se no fosse assim eu no teria passado por tanta dor e por tanto desatino e no estaria focada hoje. No gosto dos palpites de quem no sabe o que passo e mesmo as-sim se acha no direito de se me-ter onde no chamado.

    Algumas pessoas j deveriam ter entendido isso, que da mes-ma forma que no me meto na vida de ningum, no gosto que se metam na minha. Gosto de conversar com amigos e se peo alguma opinio, a sim, dou a oportunidade de um parecer sobre determinada situao.

    Transparncia e eficincia

    Reforma previdenciria

    Minhas lutas infindas...

    INDEPENDENTE

  • 7 TRIBUNAINDEPENDENTE POLTICAMACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016

    Manso dos Marinho sob investigaoDocumentos ligam obra ilegal dos donos da Globo a empresas investigadas por outras operaes suspeitasHELENA STHEPHANOWITZ RBA

    A manso de praia construda ilegalmen-te em rea de preser-vao ambiental em Paraty, da famlia Marinho, dona da TV Globo, tem documentos em nome de uma empresa que, em cuja cadeia societ-ria, encontram-seoffshores investigadas na Operao Lava Jato e na Operao Ararath, da Polcia Federal. O imvel dos Marinhos, por-tanto, tecnicamente, s no est no nome dos donos de fato. Situao mais grave que a do processo de com-pra do trplex no Guaruj, que tentaram erroneamen-te atribuir ao ex-presiden-te Luiz Incio Lula da Sil-va, em busca da produo de notcias desgastantes para sua figura poltica.

    Segundo reportagem do

    MARCIO KOGAN

    Manso pertencente famlia Marinho, dona da Globo, tem documentos em nome de empresas de fachada

    ABUSOPiscina foi erguida na areia da praia

    O encarregado do inquri-to trocou vrias vezes porque o caso no tem fora-tarefa, nem procuradores exclusivos, atrasando as coisas. Foi no andar do processo que se des-cobriu a grilagem de uma rea pblica: os donos da manso privatizaram na marra a pe-quena praia de Santa Rita, reservada para uso exclusivo de seus pimpolhos.

    A piscina foi erguida dire-to na areia da praia show de bola, mas ilegal, sem falar na ideia de jerico de ter uma piscina salgada a 30 passos do mar.Os Marinho ergue-ram na Santa Rita tambm aquashow tubular, ancora-douro para jet ski, mansozi-nha de rvore, combo balano--gangorra-escorregador e um depsito para as pranchas de surf e banana boats assim a crianada e papais se poupam do complicado leva e traz dos brinquedos. Tudo ilegal. PRIVACIDADE

    Terreno duas vezes maior que Atibaia

    INQURITOInvestigao faz famlia se afastar

    O terreno onde est a manso duas vezes maior do que o daquele stio de Atibaia que tem aparecido no noticirio da Globo nos ltimos dias.Seu tamanho original era menor, apenas 50 mil m. Corretores da cidade disseram que os Marinho compraram mais reas lindeiras, para evitar que gente comum quebre a privacidade da manso acessando por morros e costes. A manso to pesadona e forte que parece ter sido feita para durar mil anos. Tem 1.300 m de concreto, capaz de resistir a um tsunami. Caberiam dentro dela trs daqueles trplex do Guaruj.

    Uma faxineira, casada com o irmo de um jardineiro, contou ao DCM que os trs filhos de Marinho, donos do Grupo Globo, se afastaram dela da manso, no da faxineira devi-do publicidade negativa provocada pelo processo do MPF. Os procura-dores investigam to rigorosamente quanto possvel o crime ambiental de desmatamento para erguer man-so, piscina, parquinho, aquashow e heliponto.O encarregado do inqurito trocou vrias vezes porque o caso no tem fora-tarefa, nem procu-radores exclusivos, atrasando as coisas. Foi no andar do processo que se descobriu a grilagem de uma rea pblica.

    NELSON CON

    Cozinha da manso dos Marinho, localizada em rea ambiental

    Arquitetos que a projetaram zombaram de lei ambiental

    QUASE PARANDO

    Processo segue em ritmo lento e sem publicidade

    A manso de veraneio dos herdeiros do magnata da Glo-bo Roberto Marinho tambm um trplex e tambm est sendo investigada pelo Mi-nistrio Pblico Federal, mas num processo em ritmo bem mais light e sem publicidade.

    Os arquitetos que a proje-taram e os engenheiros que a ergueram zombaram das leis ambientais: ela est total-mente irregular.

    Das fundaes ao teto, loca-liza-se em rea desmatada de um parque federal. E parte, sobre terra pblica, grilada logo por quem no precisa a famlia mais rica do Brasil.

    A manso tem um andar

    quase subterrneo e outros dois empilhados de forma en-genhosa, parece que no se to-cam. Fica na baa de Paraty, na costa do Rio.

    Ela foi alvo de fiscais do Ministrio de Meio Ambiente (MMA) desde o incio da cons-truo, em 2008.

    A batalha parecia termi-nada quando a Vara Federal de Angra dos Reis mandou demolir a manso, em 2010, poucos meses depois de con-cluda.

    Mas os Marinhos no se curvaram Justia.

    Seus advogados recorreram e fugiram das intimaes. Eles a mantiveram em p por

    seis anos e vo lutar para que fique assim at o ltimo juiz.

    Como um caso to pequeno se arrasta no Judicirio por mais tempo do que o da Lava Jato s pode ser explicado pela nova teoria do abuso do direito de defesa.

    A sentena da primeira ins-tncia no tem previso para sair, mas os desembargadores do TRF j devem estar se acoto-velando pra ver quem ter a sor-te de pegar o caso na segunda.

    surpreendente que o MPF no tenha deixado escapar va-zamentos. Partes do processo ainda esto sob segredo de justia. Para v-lo, use o cdi-go 201051110009517 no site.

    Dirio do Centro do Mundo, a manso est em nome da empresa Agropecuria Veine, tendo como scio-administra-dor Celso de Campos.

    A Secretaria de Patrimnio da Unio confirma a ocupao de trs terrenos litorneos da Unio por esta empresa na rea onde est a manso, o maior deles na certido abai-xo.

    Nos dados abertos da Re-ceita Federal, a Agropecuria Veine tem como endereo um apartamento residencial no Rio de Janeiro, em Copaca-bana, e tem no quadro de s-cios outra empresa: a Vaincre LLC, domiciliada no exterior, cujo representante legal por procurao Lucia Cortes Ro-semburge, ex-funcionria do INSS, aposentada em 2008, salvo homnimo.

    A Vaincre LLC tem CNPJ registrado, mas chama aten-o o endereo incompleto no

    cadastro desde 2005, onde nem sequer informa a cidade, estado e pas. Tambm no tem telefone nem e-mail de contato. E no tem informa-es sobre o quadro de scios. Tudo isso dificulta entregar notificaes judiciais, autua-es administrativas ou ope-raes de busca e apreenso, se necessrias.

    Mas descobrimos que o en-dereo de Las Vegas, no es-tado de Nevada, nos Estados Unidos.

    O endereo da Vaincre LLC 520, S7TH Street, Suite C, Las Vegas, Nevada (EUA) exatamente o mesmo da Mur-ray Holdings LLC, a empresa offshore dona de um aparta-mento trplex no Guaruj, no edifcio em que o ex-presiden-te Lula quis comprar aparta-mento e desistiu, levando a mdia tradicional a produzir a onda de boatos de que ele se-ria dono.

  • 8 TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE MACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016

  • SUS possui gesto tripartite e um dos maiores sistemas de sade do mundoCriado na Constituio de 1998, o SUS um dos maiores e mais abrangentes siste-mas pblicos de sade do planeta. Sua gesto compartilhada entre Unio, estados e municpios, atravs dos secretrios municipais. A responsabilidade da Unio coordenar os sistemas de alta complexidade e de laboratrios pblicos, alm de garantir a metade dos recursos disponveis para a rea. Os estados podem criar suas prprias polticas e ajudam na execuo das nacionais e tm a obrigao de investir pelo menos 12% de sua receita na Sade, alm de repassar os recursos que chegam da Unio. J os municpios so os responsveis pelos servios de ateno bsica e tambm colaboram com a execuo das polcias de sade nacionais e estaduais. Eles so obrigados a investir, ao menos, 15% de sua receita na rea.

    CidadesMACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016 CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE

    Hemodilise: sem novos tratamentosMunicpio de Macei no investe no custeio do tratamento e gestores no tm como atender novos pacientes necessitadosCARLOS AMARALREPRTER

    As quatro unidades de hemodilise, que atendem pelo Siste-ma nico de Sade (SUS), de Macei no esto aten-dendo nenhum paciente novo com insuficincia re-nal crnica h cerca de dois meses por falta de recursos para o custeio dos novos tratamentos. Tal situao coloca em risco a vida de um sem nmero de pessoas.

    Apenas o Governo Fede-ral, por meio do Fundo de Aes Estratgicas e Com-pensao (Faec) do Minist-rio da Sade (MS), destina recursos para pagar pelos tratamentos, enquanto o Municpio no est cum-prindo sua contrapartida.

    Flvia Citnio, presi-dente do Conselho Munici-pal de Sade (CMS) de Ma-cei, explica que a gesto da sade pblica no Brasil tripartite e que estados e municpios tambm pre-cisam arcar com os custos. Essa situao nega a um sem nmero de pessoas o direito a mais tempo de vida enquanto aguardam por um transplante de

    rim, lamenta.O mdico nefrologista

    Arnon Farias Campos, res-ponsvel pelo tratamento de hemodilise em trs das quatro unidades que rea-lizam o procedimento na capital alagoana, tambm confirma a ausncia de recursos de outras fontes para o custeio do tratamen-to.

    Ele afirma que os pres-tadores desse servio ficam de mos atadas, pois no recebem autorizao para iniciar os novos tratamen-tos porque o Municpio no vai pagar por eles. De acordo ele, na ltima quin-ta-feira (11), onze pacientes foram procura de autori-zao para iniciarem suas hemodilises.

    Eles [Prefeitura] s re-passam o recurso que che-ga do Governo Federal, cujo valor no d para pagar por novos tratamentos. E como no colocam valor algum para incrementar os recur-sos disponveis para a rea-lizao das hemodilises, no temos o que fazer, jus-tifica o nefrologista.

    Segundo o mdico, mais de mil pacientes esto rea-lizando tratamento de he-

    modilise em Macei nesse momento. Ainda de acordo com Arnon Farias, o tempo de vida de algum que pre-cisa fazer o tratamento de hemodilise, mas no o re-aliza varia conforme o caso.

    As unidades que reali-zam o procedimento pelo SUS so o Hospital Orto-pdico de Macei; A Santa Casa de Misericrdia de Macei; o Hospital do A-car; e o Hospital Vida.

    Na prxima quinta-feira (18), s 9h da manh, uma reunio ser realizada na sala do CMS, na sede da SMS, para traar estrat-gias que solucionem o pro-blema. Foram convocados todos os envolvidos com a prestao do tratamento de hemodilise em Macei.

    A reportagem da Tribu-na Independente entrou em contato com a SMS para saber se ela confirma que o Municpio no investe no tratamento de hemodilise e se h alguma proposta para mudar esse quadro a ser apresentada na reunio da prxima semana, mas sua assessoria de comuni-cao no conseguiu fazer contato com o setor respon-svel por essa informao. Pacientes recebem tratamento de hemodilise, mas prestadores no podem atender novas demandas

    AES

    Conselho Estadual de Sade cobra soluo de gestoresO presidente do Con-

    selho Estadual de Sade (CES), Jos Wilton da Silva, encaminhou ofcio cobrando medidas por parte da Se-cretaria Municipal de Sa-de (SMS) para solucionar o problema da incapacidade de as unidades de hemodi-lise, que atendem pelo SUS em Macei, receberem novos pacientes.

    Ele tambm destacou a ausncia de recursos muni-cipais e estaduais no fi-nanciamento do tratamento de hemodilise. Alm de o Municpio e o Estado no es-tarem cumprindo com suas

    contrapartidas. No h se-quer um calendrio para os repasses dos recursos fede-rais. Alis, o prprio trata-mento no regulamentado em Alagoas, afirma.

    Jos Wilton explica que o custo de uma sesso de he-modilise de R$ 186,00 e que cada paciente o realiza quatro vezes por semana. Portanto, cada um custa R$ 2.976 mensais, consideran-do quatro semanas em um ms.

    Se considerar que h mil pacientes realizando o tratamento atualmente em Macei o mdico Arnon

    Farias disse haver mais de mil, mas no soube precisar a quantidade temos, por-tanto, um custo mensal de R$ 2.976.000,00.

    A reportagem da Tribu-na Independente entrou em contato com a assessoria de comunicao do Servio de Atendimento Sade (SAS) do Ministrio da Sade (MS) para solicitar quanto foi en-viado a Macei para custear os tratamentos de hemodi-lise. Em nota, o MS informa que repassou ao municpio de Macei para custeio dos procedimentos de nefrologia R$ 23,5 milhes em 2014 e

    R$ 24 milhes em 2015, mas no especificou o mon-tante destinado hemodi-lise.

    Sobre o que ser repas-sado neste ano, o MS afirma que no possvel fazer pre-viso de repasses para 2016, j que os valores variam de acordo com a insero de no-vos pacientes no tratamento ou excluso de pacientes em razo de altas ou bitos.

    Espero que na quinta--feira tenhamos a definio de aes concretas para re-solver esse problema e que as contrapartidas sejam cumpridas, comenta Jos

    Wilton que tambm pre-sidente da Associao dos Renais e Transplantados de Alagoas.

    DEFENSORIAO defensor Pblico Ricar-

    do Melro revelou reporta-gem da Tribuna Indepen-dente que foi procurado na ltima quinta-feira (11) por um dirigente de uma das unidades que prestam o tra-tamento de hemodilise em Macei e ele relatou que as unidades hospitalares no esto atendendo novos pa-cientes porque o Municpio de Macei no acrescenta nenhum valor sobre o que

    chega do Governo Federal para custear os tratamen-tos.

    Contudo, o defensor p-blico cauteloso em afirmar se tomar ou no alguma medida judicial contra o Municpio. Primeiro eu irei convocar todos os dirigentes das unidades hospitalares para que eles possam forma-lizar a denncia. Depois irei procurar o Municpio para saber se de fato ele no est cumprindo sua contraparti-da. Somente a partir da que saberei se ser ou no preciso levar o caso Justi-a. (C.A.)

    ADAILSON CALHEIROS/ARQUIVO

  • Colesterol alto familiarDoena silenciosa surge cedo emapeamento gentico deve ser feito se houver histrico do problema na famlia

    ANA PAULA OMENAREPRTER

    Quase 700 mil bra-sileiros no sabem, mas receberam uma herana de que no fariam a menor questo. O nome complicado: hiperco-lesterolemia familiar (HF) e significa que a pessoa tem colesterol muito alto e passa de 300. A doena silenciosa gentica, surge muito cedo, e se no for tratada pode ma-tar antes mesmo dos 40 anos.

    Os males do colesterol alto so velhos conhecidos de muita gente, mas o colesterol alto de origem gentica est adoecendo e matando sem que a maioria saiba. Os ndi-ces podem aparecer ainda na infncia, segundo o endocri-nologista Arnaldo Mendon-a.

    A doena rara, porm tem um impacto maior por-que a criana j exposta desde o nascimento a nveis altos de colesterol. O meca-nismo que ocorre o compro-metimento das artrias, que irriga os rgos altos como o corao, o crebro, os rins. Este deposito de gordura na parede arterial vai literal-mente obstruindo os vasos, diminuindo a circulao e consequentemente o rgo vai sofrer uma disfuno no

    funcionando de forma ade-quada, explicou.

    Sem dar qualquer sinal, a pessoa vive normalmente com o colesterol alto familiar e quando descobre preciso reformular toda a sua ali-mentao e hbitos de vida como a prtica de exerccio fsico regular. importante saber do histrico familiar, essa informao j um dado positivo, se existe algum pa-dro gentico de hipercoles-terolemia familiar ou disli-pidemia ou hiperlipidemia primria, nomes dados a questo familiar, e se a pes-soa j tem esse mapeamento ou gene de disposio aquela criana certamente ter que ser mais cuidada, observa-da e acompanhada, alertou o endocrinologista Arnaldo Mendona.

    O colesterol um tipo de gordura presente nas clu-las, fundamental para o bom funcionamento do organis-mo, porm em excesso pode levar a bito. Segundo o es-pecialista, quando descober-to na infncia necessrio ter um leite especfico para o beb, no pode ser usado aquele que tem o teor alto de colesterol, tem que ter uma dieta diferenciada ainda pe-queno.

    Ele lembrou o caso de um nenm, que quando a veia

    BRASIL

    Instituto do Corao faz campanha para mapear famlias em todo o pas

    CONSEQUNCIAS

    Problema gentico pode causar AVC, enfarte e insuficincia renal

    O Instituto do Corao (Incor) do Hospital das Cl-nicas de So Paulo iniciou uma campanha em So Pau-lo, mas pode mandar pelos Correios, kits para colher sangue em todo o Brasil, e fazer os exames genticos l. A ideia mapear famlias inteiras que tenham o pro-blema e tratar todo mundo.

    O endocrinologista Ar-naldo Mendona disse que em Macei alguns profissio-nais da rea j esto com estes kits para que o exame seja feito durante a consulta em nvel de pesquisa, e que posteriormente esta coleta

    encaminhada para o Incor. Aps a anlise, o Instituto j manda o diagnstico.

    A dislipidemia acomete cerca de 40% da populao brasileira e a divulgao da doena silenciosa fun-damental, de acordo com o especialista. A doena aco-mete idades muito precoces, as complicaes tardias vo sendo mais frequentes, como se uma pessoa de 30 anos j tivesse uma idade arterial de 60, 70 anos com risco de enfarte, AVC, entre outros, mencionou.

    Pelos menos 700 mil bra-sileiros desconhecem que

    sofrem da doena gentica responsvel por elevar os nveis de colesterol no san-gue, aumentando em at 30 vezes o risco de terem pro-blemas cardacos, mesmo na juventude, alerta o Instituto do Corao (InCor).

    Os pacientes do Incor que apresentam colesterol total acima de 240 miligramas por decilitro de sangue nos testes feitos foram encami-nhados aos postos de sade para uma bateria de exames mais detalhados. Depois dos testes, eles podero ser con-vocados para o mapeamento gentico.

    O colesterol alto de ori-gem gentica pode provo-car alm do enfarte todo o problema de ordem vas-cular como enfarte agudo do miocrdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC), insuficincia renal por obs-truo da artria que d suprimento de sangue aos rins, insuficincia vascular perifrica, que a deficin-cia de irrigao dos vasos dos membros inferiores e o diabetes.

    Dona Neuza Carnaba

    uma das vtimas do co-lesterol alto familiar, e por precauo aboliu alimen-tos gordurosos do cardpio. Ela vem de um histrico de mortes na famlia por conta da doena e j perdeu dois tios e a me de enfarte, o irmo j fez trs pontes de safena com apenas 43 anos de idade.

    Po no entra mais na minha casa. Minha mesa vigiada dia e noite, nossa alimentao bem balan-ceada e rica em produtos

    integrais. Minha famlia cardaca e tem colesterol alto, meu pai faleceu vti-ma de parada cardaca com 75 anos, revelou.

    Neuza contou que des-cobriu a doena um pou-co tarde quando tinha 30 anos, mas de l para c no se descuidou. Preciso fazer atividade fsica, mas sigo uma dieta sempre cau-telosa e no descuido da medicao para controlar ainda mais o colesterol, lembrou.

    ASSESSORIA

    AGNCIA RBS

    Endocrinologista Arnaldo Mendona diz que doena de origem gentica pode aparecer ainda na infncia

    Pacientes do Incor que apresentaram colesterol acima de 240 miligramas foram encaminhados para bateria de exames

    Desde que descobriu a doena aos 30 anos, Neuza Carnaba nunca mais descuidou da alimentao: Minha mesa vigiada dia e noite

    Portadora da doena perdeu a me e dois tios

    Kits para colher sangue podem ser enviados pelos Correios

    foi pulsionada souberam que a criana tinha hipertriglice-ridemia, nveis altssimos de triglicerdeos, sabendo dis-so os pais devem ter muito cuidado com a alimentao com uma dieta saudvel, e assim que o pequeno puder comear a fazer uma nata-o, ou uma atividade com-patvel com a faixa etria dele, frisou.

    Na infncia, a doena rara, porm tem um impacto maior porque a criana j exposta desde o nascimento a nveis altos de colesterolARNALDO MENDONAMDICO ENDOCRINOLOGISTA

    pode matar antes dos 40 anos

    TRIBUNAINDEPENDENTEMACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016CIDADES10

    SANDRO LIMA

  • Evaso escolar cai 5,3% em MaceiProgramas de ensino e projetos como mostras cientfica e cultural tm contribudo para reduo do abandono

    Diretores de escolas do Cepa apelam para faixas e at redes sociais para tentar atrair pais de alunos para as matrculas dos filhos

    H uma maior incidncia de abandono escolar nas turmas entre o 8 e o 9 ano e na Educao de Jovens e Adultos, segundo a Semed

    Professora Martha Regiane lamenta falta de coragem dos estudantes da noite que enfrentam responsabilidades

    SANDRO LIMA

    SANDRO LIMA

    SANDRO LIMA

    ANA PAULA OMENAREPRTER

    A busca pela independ-ncia por meio de uma renda prpria indicada, na maioria das vezes, como o principal motivo pela falta de inter-esse na escola. Alm deste, violncia nos bairros cir-cunvizinhos, casamento e gravidez precoce se en-quadram entre as questes que levam a evaso es-colar de adolescentes na rede pblica de ensino municipal de Macei.

    De acordo com dados esta-tsticos da Secretaria Muni-cipal de Educao (Semed), o ndice de abandono esco-lar reduziu quando compa-rado com o ano anterior. Em 2013, a taxa de aban-dono escolar era de 7,1%, j em 2014 a taxa caiu para 5,3%. O percentual embora tenha sido pequeno no considerado alto pelo rgo.

    Na rede pblica estadual de ensino, a Secretaria Es-tadual de Educao infor-mou por meio da assessoria de comunicao, que ainda no concluiu o levantamen-to da evaso escolar por conta do ano letivo ainda no ter sido finalizado. Mas os resultados podem ser observados na prtica por

    profissionais que lidam di-retamente com a situao.

    Diretores de escolas do Cepa - Centro Educacional de Pesquisas Aplicada (An-tigo CEAGB), por exemplo, apelam por meio de faixas, sites e usam at redes so-ciais para tentar atrair pais e estudantes na inteno de fazer a matrcula escolar. A diretora do Premem Esco-la Jos da Silva Camerino, Mirtes Correia, no est entendendo o porqu da fal-ta da procura dos alunos, ela comenta, que talvez seja por medo da violncia e pela distncia da residn-cia dos discentes.

    Mirian de Lima Santos que me de uma estu-dante de 11 anos, disse que demorou a fazer a matr-cula por medo de a filha ir sozinha para escola que fica distante de sua casa. Es-tava temerosa, e s confiei quando soube que outras pessoas que moram prxi-mas a mim fizeram a ma-trcula na mesma escola, afirmou. A me acrescen-tou que teria tentado fazer a matricula online, mas no conseguiu e recorreu pes-soalmente secretaria da escola.

    A diretora Mirtes Cor-reia explicou tambm que programas e projetos pe-

    ENSINO FUNDAMENTAL

    Na rede municipal, fuga ocorre mais entre jovens nas ltimas sries

    DESISTNCIAS

    Problema maior no perodo noturno, dizem professores

    Como arma para vencer a batalha contra a evaso escolar, a Prefeitura de Ma-cei, por meio da Semed, tem aderido a projetos e pro-gramas que tem contribudo gradativamente na reduo do problema, como priorida-de nas aes pedaggicas, de gesto recursos humanos e infraestrutura.

    O programa Viva Escola, Se Liga e Acelera, Parala-prac, MentesInovadoras, Fundao Volkswagem, Ins-tituo Kaplan, alm de parce-rias com a Fundo das Naes Unidas para Infncia (Uni-cef) so alguns dos exem-plos. A Semed explicou por meio da assessoria de comu-nicao que existem diver-sos projetos desenvolvidos e que tm, entre os objetivos, a reduo da evaso escolar como meta.

    Um exemplo o Projeto Presena, iniciado em 2014, que abrange atualmente 47 escolas e busca contribuir no combate infrequncia e evaso escolar nas escolas da rede municipal de ensino de Macei.

    O trabalho deles identi-

    ficar as dificuldades e vio-laes (conforme os direitos da criana e do adolescente) para encaminhamento ne-cessrio e desenvolvimento de trabalho integrado, reu-nindo polticas e aes das secretarias municipais de Educao (Semed) e Assis-tncia Social (Semas).

    H uma maior incidncia de evaso escolar nas turmas finais do ensino fundamental (8 e 9 anos) e na Educao de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com dados do Mi-nistrio da Educao (MEC), em Alagoas, h cinco anos, apenas 38,9% dos adolescen-tes com 16 anos concluram o Ensino Fundamental e so-mente 33,7% dos jovens com 19 anos concluram o Ensino Mdio. A mdia do pas de 64,9% e 51,1%, respectiva-mente.

    Desta forma, Alagoas apresentava uma taxa de 8,96% de analfabetismo en-tre os jovens de 10 a 14 anos, e de 6,13% entre os maiores de 15 anos. No Brasil, o n-dice de analfabetismo de 1,9% e 8,6%, respectivamen-te. (A.P.O.)

    Nem mesmo projetos e programas desenvolvidos por escola da rede pblica de ensino esto sendo capa-zes de atrair o interesse dos estudantes pelos estudos em sala de aula. A professora do 5 ano, Martha Regiane Sil-va Santos, lamenta o proble-ma e a falta de perspectiva desses alunos.

    A gente sabe que o ndice de abandono escolar aconte-ce mais noite, quando as crianas tornam-se adultas e batem as asas, se casam, tm filhos e a responsabi-

    lidade de ganhar o po de cada dia chega. triste ver tantos alunos abandonando a sala de aula sem pensar em crescer por meio dos es-tudos, de passar numa uni-versidade, fazer um curso tcnico ou conseguir a apro-vao em concurso pblico, destacou.

    A maioria trabalha e o servio distante da es-cola, saem cansados e no tm fora de vontade para concluir os estudos, muitos deles at voltam mais tar-de para o EJA Educao

    de Jovens e Adultos, mas tambm acabam deixando, lamentou a educadora.

    Conforme com o Relat-rio do Estatuto da Criana e do Adolescente da Unicef - Fundo das Naes Unidas para a Infncia, nas ltimas duas dcadas e meia, o Bra-sil reduziu em 88,8% a taxa de analfabetismo na faixa entre 10 e 18 anos de ida-de, passando de 12,5%, em 1990, para 1,4% em 2013, conforme dados do Pesqui-sa Nacional de Amostra por Domiclios (Pnad). (A.P.O.)

    daggicos so realizados pela unidade de ensino, com o objetivo de atrair o aluno para a sala de aula, sobretudo quando se trata daquele aluno que est fora de faixa e abandona a esco-

    la sob a justificativa de que precisa trabalhar ou que ainda no consegue acom-panhar o contedo.

    Temos o nivelamento para quem no consegue acompanhar o contedo,

    com o trabalho na inten-o de que o estudante no desista. Oferecemos uma carga horria diferenciada com Portugus e Matem-tica e uma carga horria mais extensa e diferen-

    ciada, com a base do Por-tugus e da Matemtica. Fazemos ainda outros res-gates da aprendizagem com mostras cientficas, cultu-ral e sarau, alm daquelas de campo, detalhou.

    MACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016 CIDADES 11 TRIBUNAINDEPENDENTE

  • TRIBUNAINDEPENDENTEMACEI - DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2016CIDADES 12

    Secti apoia pesquisas contra o mosquitoSecretaria refora parceria com o MS e Sesau para auxiliar em estudos que possam ajudar no combate ao aedes aegypti

    Preocupado com a pro-liferao das diversas doenas causadas pelo aedes aegypti, responsvel pela Dengue, Febre Chi-kungunya e a Zika, o gestor da Secretaria de Estado da Cincia, da Tecnologia e da Inovao (Secti), Pablo Vi-ana, est definindo linhas de apoio para as pesqui-sas e iniciativas tecnolgi-cas que possam ajudar a combater o mosquito.

    Por intermdio da Fun-dao de Amparo Pesqui-sa do Estado de Alagoas (Fapeal), entidade vincula-da a Secti, em colaborao com o Ministrio da Sade (MS) e a Secretaria de Es-tado da Sade de Alagoas (Sesau), ser lanado a edi-o 2015/2016 do edital do Programa de Pesquisa para o Sistema nico de Sade (SUS): Gesto Compartilha-da em Sade (PPSUS) de Alagoas.

    No PPSUS pesquisado-res de diversas reas pode-ro submeter trabalhos em cinco eixos principais, que vo de sade de populaes vulnerveis a avaliao de tecnologias em sade. Cada

    eixo, conta com pelo menos 3 subeixos e linhas de pes-quisa especficas.

    Nesta edio o programa define diferentes linhas de pesquisa que incluem in-vestigaes sobre doenas contagiosas, estimulando o fortalecimento de grupos existentes e apoiando a for-mao de novos grupos nas universidades e institutos no Estado.

    O secretrio Pablo Viana acredita que toda a popula-o deve contribuir para a resoluo deste problema, mas ressalta que o trabalho da comunidade cientfica pode ser determinante na descoberta de novas formas de extermnio do mosquito, alm do tratamento das do-enas causadas por ele.

    A Secti est constan-temente avaliando os re-sultados de pesquisas contempladas em edies recentes e comprometida em contribuir na definio de prioridades da sociedade alagoana, como defender a sade pblica no combate ao mosquito aedes aegypti, pontuou o secretrio Pablo Viana.

    ASCOM SECTI

    Para Pablo Viana, trabalho da comunidade cientfica pode ser determinante para descoberta de novas formas de extermnio do mosquito aedes aegypti

    Tavares nos EUA

    Causou um rebolio danado a chegada do colega Israel Tavares aos Estados Unidos da Amrica do Norte. Ele e mais onze delegados de polcia civil de Alagoas tinham ido pela primeira vez aos States com a finalidade de participar de um curso sobre Polcia & Segurana Pblica, promovido e patrocinado pelo governo norte-americano. Avio j ingressando nos ares estadunidenses, eis que Tavares se levantou da polt-rona que ocupava e anunciou a deciso que acabara de tomar: visitar, antes que tudo, a badaladssima Miami. Um dos parceiros de viagem, o delegado Jorge Barbosa de Almeida, discordou da ideia: - Voc est doido, Israel?! Estamos viajando com destino certo e voc acha de querer mudar a rota! Quer complicar, rapaz! E ele, bem firme: - O curso comea depois de amanh, no comea? - Comea. - Ento, eu tenho pelo menos um dia e meio para dar uma esnobada no mulherio de Miami. Vir aos Estados Unidos e no conhecer Miami a mesma coisa que ir Roma e no ver o papa! Depois de muita discusso, Israel Tavares foi excludo da delegao. Para no ficar soz-inho e perdido em territrio norte-americano, os colegas Jorge Barbosa e Antnio Rosalvo Cardoso, o Mamo, decidiram que o acompanharia. O resto da turma seguiu com destino a Orlando, na Flrida, local do curso. O avio fez escala em Miami e Tavares logo chamou a ateno da gringada. Naquilo que abriram a porta da aeronave, o ilustre delegado pinoteou pra fora, crente que iria abafar. No pescoo, ele tinha pendurados pelo menos uns dez trancelins de ouro, que reluziam sob a ao do sol miamense; no pulso, outro monte de pulseiras (mais de 50) davam o grau. Tavares vestia uma camisa verde com listras amarelas, roxas e pretas, aberta no peito. O palet era vermelho e a cala azul-marinho. Sapatos brancos. Escanchado no pau da venta, um culos escuro cujos aros eram enormes e dourados. Carregava na cintura um pau-de-fogo niqueladssimo, cheinho de balas. Naquilo que Israel Tavares (seguido pelos fieis escudeiros Jorge Barbosa e Antnio Rosalvo) assentou o solado dos ps no solo quente de Miami, o pessoal da Inteligncia federal botou o olho nele. Um dos agentes americanos apontou pra ele e bradou: - Olha l o Pablo Escobar! (Para quem no sabe, Escobar, chefo da mfia colombiana, foi o maior traficante de drogas do mundo. Confundir Tavares com o mafioso o fim da picada!) Nesse momento, tudo quanto foi de tira do FBI caiu em cima da autoridade policial alagoana, que teve de mostrar toda a sua categoria e conhecimentos de tae-kwon-do, karat e outras milongas das artes marciais universais. Ainda bem que a carteirinha da Polcia Civil de Alagoas respeitada nos Estados Unidos.

    Mtodo infalvel Sbado de manh, a patota de sempre se reuniu para bater uma bolinha no campinho de futebol da propriedade do distinto Reinaldo Honrio. Dessa vez o racha comeou atrasado por causa da demora de trs dos costumeiros peladeiros. Assim que o trio de retardatrios surgiu no cenrio, o Reinaldo lascou l uma censura velada: - Qu que houve, minha gente? - Ah. Bicho, pra minha mulher me deixar eu vir a esta pelada eu tive de dar uma dzia de rosas pra ela explicou o que se chamava Aldbrio. - Foi mesmo?! interferiu o segundo, conhecido como Bicleudo. Eu comprei uma pulseira de ouro. S assim ela me liberou. A, o terceiro, o Brivaldo, entrou no papo: - Comigo no teve nada disso. Eu acordei cedo, soltei um peido daqueles arrasa-quarteiro, cocei o saco, mandei ver um arroto de lascar e perguntei dona Encrenca: Comequi, minha filha... futebol ou uma transadinha? Ela olhou pra mim, pulou da cama e respondeu: Pera que eu vou pegar as suas chuteiras!

    Morreram e derrame! Havia dois anos o trabalhador rural Amablio Romo estava morando em Macei, mais precisamente no Farol, com a atribuio de cuidar do stio de um doutor cheio da grana. Du-rante todo esse tempo no teve condies de voltar sua terra natal, Pariconha, ou por falta de tempo ou de grana mesmo. De modo que ia empurrando com a barriga a oportunidade de matar as saudades, revendo amigos e parentes. Um dia, aproveitando uma folguinha do servio, ele dava umas voltas pelo mercado pblico da Levada quando se deparou com o conterrneo Janurio da Silva. Os dois se abraaram na maior alegria e Amablio no perdeu tempo: - Entonce uqui qui tu t fazendo puraqu, hme de Deus? E o Janurio: - Eu vim no Funrur arresorv uns pobrma... Amablio queria saber mais: - E os pessuu l na Pariconha, cuma vo? - Tudo cum as uria apregada na cabea, r, r, r... brincou o amigo. - E tua famia? Janurio respondeu com a cara mais triste do mundo: - Morrro cje tudo! - Vixe me do cu! Morrro de qu? - De derrame! - De derrame, Januro?! - E num qui foi! Vinha o meu pai, a minha me, o venho meu av, minha tia e minha mul Severina, tudo atrepado num caminho. No meio da viaje, o disinfiliz virou justamente numa ribancra da mulesta e derram eles tudinho, l im bacho!

    Tudo muito claro Seu Dorival um antigo dono de boteco na regio da Levada. Desde que se entende por gente, a vida dele despachar birita por trs de um balco. Ultimamente melhorou de vida e entendeu de derrubar a birosca de madeira que possua no Brejal, e no mesmo local construiu um barzinho de alvenaria, todo aprumadinho. Pintadinho com as cores do CSA (azul e branco), seu time do corao, at toalete para a freguesia de ambos os sexos, o novo estabelecimento comercial do Dorival possui. No dia da inaugurao do barzinho, a negrada do Brejal e adjacncias compareceu em massa. Gente que nunca acabava e chegando mais, incluindo a a pessoa do tal de Z Petrcio, mais conhecido como Z da Mirxa, batedor ingome no terreiro do pai Lulu. O cara j chegou querendo aliviar a bexiga: - Adonde qui fica a privada dos hme, seu Dori? Tem privada dos hme, num tem? - Mas craro qui tem! Ser qui tu cego, Z da Mirxa? Olhe ali no canto. T vendo no? - T vendo, mas num seio qual ! - Eita cabra burro da peste! aquela ali qui tem um Si pintado na porta. Viu agora? - Qual das porta? Ali tem duas, uma do lado da outra, cada qual com um S pintado! Seu Dori perdeu a pacincia e respondeu meio zangado: - seu anarfabeto, voc num t vendo qui um Si de Sinhora e o outro Si de Sinh?

    Fim do impasse

    A garantia de um alimento de quali-dade na mesa do arapiraquense. Este foi o compromisso firmado entre a Prefeitura de Arapiraca, os marchantes e a empresa FrigoVale, um dos mais modernos frigorficos do pas.Na sexta-feira (12), houve reunio entre o prefeito Yale Fernandes e representantes dos marchantes no

    Centro Administrativo Antnio Rocha, bairro Santa Edwiges.

    Comea operarSegundo determinao judicial, a FrigoVale comea a operar j nesta segunda-feira (15) recebendo exclusivamente a tarifa de abate dos animais acrescida dos impostos estadual e federal, conforme previso contratual.

    Sem impostosTambm esclarecemos que, para esta atividade, no sero cobrados impostos municipais. muito importante esse dilogo para podermos levar mesa de nossa populao um produto da melhor qualidade, diz Yale Fernandes, ao lado dos secretrios Municipais de Agricultura, Rui Medeiros, e de Governo, Jos Lopes.Outro objeto de solicitao dos marchantes, as vsceras sero devolvi-das aos mesmos, enquanto estiver valendo a referida deciso, que, esclarecemos, ainda de carter provisrio.

    Impactos ambientaisPara o prefeito de Po de Acar, Jorge Dantas, os frequentes ataques de piranhas que vm ocorrendo no rio So Francisco, com destaque para a Praia do Cristo, se deve aos impactos ambientais causados pelo baixo nvel das guas.

    Ataque aos banhistasQueremos chamar a ateno dos rgos ambientais para que estes faam alguma coisa para evitar que as piranhas continuem a atacar os banhistas em Po de Acar. preciso evitar que este peixe voraz pro-voque a morte de algum banhista desprevenido, disse Jorge Dantas.

    Mordidas importante destacar, que a piranha branca ou pirambeba, como con-hecida a espcie Serrasalmus brandti, famosa por suas mordidas ao homem e outros animais. Tal faanha possvel em razo da disposio de seus dentes tricspides, que so capazes de arrancar pedaos de suas presas.

    Nativo do BrasilApesar de se alimentar principalmente de peixes, a espcie demon-stra ter uma plasticidade alimentar, tambm sendo encontrado em seu estmago colepteros, moluscos, odonatas, entre outros invertebrados. Nativo do Brasil, est presente na bacia do So Francisco. Acostumada a ambientes lnticos, possui uma alta frequncia em reservatrio onde se reproduz durante um longo perodo do ano.

    Feira GrandeCom informaes da Ascom/TJ: O municpio de Feira Grande, localiza-do na Regio Metropolitana do Agreste alagoano, foi condenado a pagar indenizao por danos morais, no valor de R$ 30 mil, e uma penso de dois teros do salrio mnimo, a ttulo de danos materiais, a uma vtima de acidente de trnsito provocado por nibus escolar da prefeitura, em 7 de junho de 2010. A deciso, publicada no Dirio da Justia desta sexta-feira (12), do juiz Jos Miranda Santos Jnior.

    Imprudncia e neglignciaNo processo, a vtima relatou que o acidente ocorreu na rodovia BR 316 e que teria sido provocado pela imprudncia e negligncia do motorista que conduzia o transporte. Sustentou que era obrigao do municpio indeniz-la, j que o condutor estava em servio pela prefeitura. Disse tambm que o inqurito policial atribuiu a responsabilidade do fato ao funcionrio.

    DefesaJ a Prefeitura de Feira Grande, em sua defesa, afirmou que no era responsvel pelo ocorrido, j que o motorista no teria provocado o acidente. No entanto, conforme a deciso, as alegaes no foram comprovadas ao longo do processo, ao contrrio da vtima, que provou o fato.

    IndenizaesSegundo o magistrado Jos Miranda Santos Jnior, as indenizaes foram fixadas com base no princpio da razoabilidade, levando em considerao a extenso do dano, a capacidade econmica do ofensor, a condio econmica da vtima, a fim de evitar seu enriquecimen