revista secovi condomínios n 217

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Geradores terão de ser adaptados na Capital É época de cuidar das piscinas Os desafios da reciclagem

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Revista Secovi Condomínios N 217

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Geradores terão de ser adaptados na Capital

É época de cuidar das piscinas

Os desafios da reciclagem

A REVISTA PARA SÍNDICOS, CONDÔMINOS E ADMINISTRADORAS

ANO 19 – No 217 – Junho/2011 – R$ 8,90

A reciclagem atrai um número cada vez maior de condomínios e pode, com

a Política Nacional de Resíduos Sólidos, transformar-se em artigo de primeira

necessidade, não só para esse tipo de empreendimento, mas para toda

a sociedade brasileira.

Na matéria de capa desta edição, traçamos um panorama da reciclagem no

País e nos condomínios, mostrando os problemas enfrentados por quem já ade-

riu ao sistema. Na capital paulista, o Programa de Coleta Seletiva da Prefeitura

recolheu, no ano passado, mais de 41 mil toneladas de material reciclável, quase

oito vezes o volume de 2005. Apesar do avanço, ainda há dificuldades. Existem

regiões que não são atendidas e outras onde a coleta é irregular. Na reportagem,

mostramos as vantagens da reciclagem para os condomínios e revelamos o ca-

minho das pedras para os empreendimentos que pretendem começar a reciclar.

Aproveitando que no inverno – que começa oficialmente no dia 21 de junho – as

piscinas ficam fechadas no Centro-Sul do Brasil, publicamos uma reportagem que

mostra como cuidar e eventualmente reformar esse equipamento tão demandado

nos meses de calor.

Boa leitura!Sônia Salgueiro

24ManutençãoO inverno é o período ideal para fazer reparos nas piscinas

14CapaReciclagem avança, mas condomínios ainda têm problemas

06061012142224

283233343638

É bom saber

Espaço do leitor

Vida de Síndico

Tecnologia

Capa

Especial

Manutenção

Legislação

Dia a dia

Opinião

Tira-dúvidas

Carta do presidente

Guia de produtos e serviços

Foto

: EH

S E

ngen

haria

Recado da editoRa

ÍndiceJunho/2011

SECOVI NO INTERIORBauru (14) 3227-2616

Campinas (19) 3252-8505Grande ABC (11) 4121-5335

Jundiaí e região (11) 4523-0833Santos (13) 3321-3823

São José do Rio Preto (17) 3235-1138Sorocaba (15) 3211-0730

Vale do Paraíba (12) 3942-9975

CONTATOS SECOVI-SPPABX (11) 5591-1300

Disque Síndico (11) 5591-1234Eventos (11) 5591-1279

PQE (11) 5591-1198 / 1250Universidade Secovi

(11) 5591-1221 / 1172 / 1284Câmara de Mediação

(11) 5591-1214

R. Dr. Bacelar, 1.043 – CEP 04026-002 – São Paulo/SPTel. (11) 5591-1300 – Fax (11) 5591-1301

E-mail: [email protected]: www.secovi.com.br

DiretoriaPresidente: João Crestana

Vice-presidentes: Basílio Jafet, Caio Portugal, Carlos Alberto C. Camargo, Carlos Borges, Ciro Scopel, Cláudio Bernardes,

Elbio Fernández Mera, Ely Wertheim, Flavio Amary, Flavio Prando, Hubert Gebara, Ricardo Yazbek

Conselho editorial: Hubert Gebara, Sergio Mauad, Paulo André Jorge Germanos, Ricardo Yazbek e Sergio Ferrador

proDução eDitorialAssessoria de Comunicação do Secovi-SP

reportagem e reDação Redação: [email protected]

Editora responsável: Sônia Salgueiro (MTb 15.414)

Reportagem e redação: Andressa Ferrer, Marcos Fernando Queiroz

e Silvia Lakatos

Fotos: José Carlos T. Jorge

Capa: © iStockphoto.com (Best Studio) / Wagner Ferreira

Assistente de redação: Queli Peixoto

Colaboradores: Luana Garcia, Márcio Padula, e Paula Ignacio (Fontpress Comunicação)

Apoio: Catarina Anderáos, Maria do Carmo Gregório, Mariana Dahrug, Rosana Pinto, Shirley Valentin e Silvia

Carneiro (Comunicação), Carlos Alexandre Cabral, João Paulo Rossi Paschoal, Karina Zuanazi Negreli,

Maraneide Alves Brock, Marta Cristina Pessoa, Rita de Cássia Guimarães Bracale (Jurídico), Roberto Akazawa, Edson Kitamura e Fabricio Pereira (Economia)

proDução e publicação

Fontpress Comunicação: E-mail: [email protected] – Tel. (11) 5044-2557

Arte e editoração eletrônica: Wagner Ferreira

Para anunciar: (11) 5044-2557 / 5041-4715

ou [email protected]

Tiragem: 30.000 exemplares

Impressão: IBEP Gráfica

Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Reprodução de matérias somente após expressa autorização da Redação. Os anúncios publicitários são de inteira responsabilidade

dos anunciantes.

A utorregulamentação, presta-

ção de contas, simplificação

tributária para as empresas

especializadas em administração de

condomínios. Estes são alguns dos

temas que vão marcar as discussões

da edição 2011 do Encontro das Ad-

ministradoras de Condomínios (Ena-

con). O evento acontece na sede do

Secovi-SP (Rua Dr. Bacelar, 1.043 -

Capital), nos dias 11 e 12 de agosto,

a partir das 8h30.

O vice-presidente de Administração

Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP,

Hubert Gebara, prevê que cerca de 400

profissionais participarão do encontro,

quase o dobro do público presente no

Enacon do ano passado. “Fizemos

uma seleção de assuntos da maior

importância para as administradoras.

Por isso temos certeza do sucesso do

evento”, diz o dirigente.

Além dos temas acima citados, ha-

verá uma apresentação sobre Desafios

da Globalização para o Setor e a mesa

redonda Tributação das Empresas.

Um workshop civil discutirá Despesas,

Inadimplência e Prestação de Contas e

um workshop fiscal-tributário explicará

como corrigir erros nos recolhimentos,

além de sanar as dúvidas mais comuns

das administradoras.

Mais informações podem ser obti-

das no portal Secovi (www.secovi.com.

br), pelo telefone (11) 3062-1722 ou

e-mail [email protected].

Não perca o principal evento

das administradoras

6

é Bom saBeR

esPaço do leitoR

Este espaço é reservado para você se comunicar conosco. Envie seu comentário,

crítica ou sugestão para o e-mail [email protected]. Você também

pode escrever para Revista Secovi-SP Condomínios – Rua Dr. Bacelar, 1.043 –

CEP 04026-002 – São Paulo – SP. Os e-mails e cartas podem ser publicados

resumidamente. Aguardamos seu contato!

“Hoje pela manhã, fiz uma consulta ao

Secovi-SP e quero parabenizá-los pelo excelente

atendimento que recebi (coisa rara hoje em dia):

objetivo, cortês e esclarecedor. Queria, agora, con-

tatar a D. Nelza Gava de Huerta (edição 213). Não

só achei muito interessante a entrevista, como verifi-

quei que aquele condomínio passou por problemas

com os quais hoje me deparo no meu condomínio:

infiltrações e alta conta de consumo de água.”Paulo Cezar da Rocha Dias, do Condomínio

Edifício Maison Gardanne, São Paulo, SP.

Fornecemos ao Sr. Paulo Cezar os telefones

de D. Nelza.

“Gostaria de fazer um anúncio na Revista

Secovi-SP Condomínios e queria saber qual o preço

ou para que telefone devo ligar para obter essas infor-

mações. Desde já agradeço a atenção.”Marcelo Winther, por e-mail

Repassamos o e-mail do leitor à Fontpress, empresa

responsável pela área comercial da Revista. Também

fornecemos os telefones da nossa parceira ao Sr.

Fernando. Informamos a todos que, para anunciar, é só

ligar para (11) 5041-4715 e (11) 5044-2557 ou enviar

e-mail para [email protected].

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. Você também

Revista Secovi-SP Condomínios – Rua Dr. Bacelar, 1.043 –

. Os e-mails e cartas podem ser publicados

Gostaria de fazer um anúncio na Revista

Regional ABC discute reciclagem de óleo

Coleta de óleo e os males cau-

sados pelo descarte incorreto

foram o foco do Encontro de

Síndicos e Administradoras de Condo-

mínios do Grande ABC, ocorrido no dia

18/4, promoção conjunta do Secovi-SP

e da Acigabc (Associação dos Cons-

trutores, Imobiliárias e Administradoras

do Grande ABC), representante regio-

nal do Sindicato.

Célia Marcondes, presidente da

Ecoleo - Associação Brasileira para

Sensibilização, Coleta e Reciclagem de

Resíduos de Óleo Comestível, falou so-

bre a importância da conscientização

ambiental. “Os recursos são limitados

e, para manter o consumo que temos

hoje, seriam necessários três planetas

como o nosso”, afirmou.

Além de ser uma atitude ecologi- Célia: “Óleo recolhido pode ser utilizado na fabricação de biodiesel, ração animal, sabão etc.”

Foto

: Cal

ão J

orge

camente sustentável, Célia explicou

que a reciclagem cria novos postos

de trabalho. O óleo recolhido pode ser

utilizado na fabricação de biodiesel,

ração animal, tintas e vernizes, sabão,

cosméticos, velas, entre outros.

Agende-seA programação da Universi-

dade Secovi para o Interior

inclui vários cursos no

mês de julho. Veja ao lado deta-

lhes sobre um deles. Precisando

informar-se sobre a programação

na sua cidade, contate o escritório do

Secovi-SP de sua região.

Segurança Predial, dia 18/7

em São José do Rio Preto

– Dirigido a gerentes pre-

diais, síndicos, zeladores,

porteiros, vigias e

seguranças, o cur-

so falará so-

bre Organização e Estrutura do Con-

domínio; Segurança Patrimonial; e

Situações Contingenciais. As aulas,

ministradas pelos coordenadores do

Manual de Segurança Patrimonial do

Secovi-SP, se estenderão das 9 às

16 horas, na Regional São José do

Rio Preto. Informações e reservas:

(17) 3235-1138 e (17) 3222-7249

ou e-mail [email protected].

mês de julho. Veja ao lado deta-

lhes sobre um deles. Precisando

informar-se sobre a programação

Segurança Predial, dia 18/7

em São José do Rio Preto

– Dirigido a gerentes pre-

diais, síndicos, zeladores,

porteiros, vigias e

seguranças, o cur-

so falará so-

8

é Bom saBeR

inteRioR

25

Em pouco mais de um ano, moradores do Edifício Suzana perceberam que organização e transparência são fundamentais para uma administração condominial adequada

A ntônio Gleyton Alves da Silva, 30, aceitou um de- safio que poucos teriam

coragem de encarar. Assumiu o posto de síndico de um prédio com mais de 40 anos de existência, localizado no centro da Capital. Para complicar um pouco mais, tratava-se de um imóvel de um

Colocando ordem na casa

único proprietário, com 68 kitche-nettes, que fora desmembrado e acabava de se transformar em con-domínio. Em sua segunda gestão no comando do Edifício Suzana, Silva mostra que, com dedicação e cooperação dos moradores, é possível transformar ambientes e pessoas.

Como se tornou síndico?

O nosso prédio era um domínio, pois

todos os apartamentos pertenciam ao

mesmo dono. Em julho de 2008, ele

vendeu as unidades e o Edifício Suzana

tornou-se um condomínio. A eleição para

síndico aconteceu só em dezembro de

2008 e eu, que já era morador há mais de

quatro anos, fui eleito com 90% dos votos.

Silva foi eleito com 90% dos votos

Foto

s: C

alão

Jor

ge

10

Por Andressa Ferrer

Vida de sÍndico

Qual era a situação do prédio na

época?

Quando peguei as pastas do condo-

mínio, levei um susto. O caixa estava

negativo, a administradora era negli-

gente, a inadimplência estava enorme,

extintores de incêndio e limpeza da

caixa d'água vencidos. O prédio não

era pintado há mais de 15 anos, havia

lixo nos corredores e barulho fora de

hora, não existia nenhum equipamento

de segurança, a dedetização havia

sido feita há mais de um ano, o prédio

sofria com enchentes e o condomínio

de garagens estava atrasado.

Como você procedeu diante de

tantos problemas?

Minha primeira iniciativa foi fazer um

curso para síndicos. Em seguida, con-

tratei uma auditoria para identificar os

principais problemas de caixa, montei

um conselho e, em pouco tempo,

troquei a administradora e todos os

fornecedores.

Quais foram os seus principais

desafios?

O meu maior desafio foi conquistar o

apoio dos moradores e fazer com que

eles entendessem e aceitassem algu-

mas regras. Descobri que o motivo da

inadimplência era a insatisfação com

a administração do prédio. Hoje esse

problema é quase nulo. Em assem-

bleias, conto com 80% de participação

e, em um ano e quatro meses de man-

dato, apliquei apenas cinco multas.

E a questão do caixa, como você

resolveu?

Revertemos a situação e hoje temos

até dinheiro aplicado. Entramos com

uma ação contra a situação irregular

“Meu maior desafio foi conquistar o apoio

dos moradores e fazer com que

eles entendessem e aceitassem

algumas regras”

das garagens. Ganhamos e o dinheiro

foi usado para recuperar o caixa. Além

disso, renegociei o valor de locação

de antenas no prédio e consegui um

aumento da receita superior a 100%.

Devido a essas conquistas, consegui

baixar duas vezes o valor do condo-

mínio, além de reavaliar os valores de

acordo com o tamanho dos aparta-

mentos, já que a metragem não é a

mesma para todos.

Também temos

uma iniciativa para

conter os gastos

com limpeza. Fa-

zemos a coleta do

óleo de cozinha no

prédio e encami-

nhamos para uma

ONG, que nos cede

materiais de limpe-

za gratuitamente.

Pelo que você descreveu, o prédio

precisava de muitos reparos. Con-

seguiu realizar algum?

Sim. Todas as questões emergenciais

foram resolvidas: limpeza da caixa

d'água, dedetização e troca de extin-

tores. Já não sofremos mais com en-

chentes, porque colocamos comportas

no edifício. Além disso, conseguimos

instalar o serviço de portaria 24 horas,

câmeras de segurança, interfones e lu-

zes de emergência nas áreas comuns.

Recentemente, fizemos a manutenção

dos elevadores, montamos a rampa de

acesso para deficientes e, finalmente,

pintamos o prédio. Para conter gas-

tos, eu e o zelador fizemos parte dos

reparos.

Quais os próxi-

mos planos como

síndico?

Como não pode-

mos modernizar os

elevadores agora,

vamos reformá-los

com adesivos e ta-

petes. Não gosto

de trabalhar com

rateios, mas estou finalizando um

projeto para angariar verbas para os

elevadores. Será um quadro no qual

os comerciantes pagarão aluguel para

anunciar serviços e os moradores se

beneficiarão com descontos. Também

estamos iniciando o processo para im-

plantação da coleta seletiva do lixo. -

Agora o prédio conta com serviço de portaria 24 horas

11

A s primeiras transmissões da

TV digital no Brasil ocorreram

em 2007. No ano passado,

ficou estabelecida a obrigatorieda-

de dos fabricantes de televisores

instalarem conversores digitais nos

aparelhos de 32 polegadas ou mais.

Este ano, a norma foi estendida para

modelos a partir de 26 polegadas.

O momento é de adaptação.

Aos poucos, o sinal analógico será

integralmente substituído pelo di-

gital. Para os consumidores, são

várias as vantagens, da melhoria na

qualidade das imagens até a possi-

bilidade de captação de sinais em

áreas muito mais amplas, incluindo

Com o fim do sinal analógico, previsto para 2016, condomínios devem começar a instalar antenas que captem o sinal digital

de Promoção do SBTVD (Sistema

Brasileiro de TV Digital).

Durante o período de migração,

vale ressaltar, é possível distribuir os

dois tipos de sinais. Em São Paulo,

algumas empresas especializadas

na instalação de antenas coletivas

têm enviado, gratuitamente, uma

circular aos síndicos interessados em

compreender melhor como funciona a

captação do sinal digital, bem como

as vantagens do formato. “O sinal di-

gital envolve um custo de manutenção

menor, já que o número de antenas di-

minui e não há necessidade de ajustes

constantes. Muitos condôminos hoje

optam pela TV paga, devido à qualida-

de da imagem ou pelo grande número

de canais. Fica uma dica para quem

preza pela qualidade: as imagens do

sinal digital são muito melhores, pois

são captadas em alta definição, e já

existem mais de 20 canais gratuitos

que transmitem sua programação por

esse tipo de sinal”, destaca Carlos

localidades afastadas dos grandes

centros urbanos.

As empresas de telecomunica-

ções e transmissão de canais estão

adiantadas nesse processo, mas

ainda há muita gente que não adquiriu

um conversor digital ou não possui o

aparelho de TV com o equipamento

embutido. Por conta disso, muitos

síndicos não têm se preocupado

em instalar antenas coletivas que

captem o sinal digital. “É conveniente

fazer agora a instalação desse tipo

de antena, pois mais tarde o preço

vai subir, visto que o sinal analógi-

co tem de desaparecer até 2016”,

afirma Eduardo Bicudo, técnico

em Antenas e membro do Módulo

Bicudo: “Em 2016, o sinal analógico será definitivamente desligado”

áreas muito mais amplas, incluindo captação do sinal digital, bem como

as vantagens do formato. “O sinal di-

gital envolve um custo de manutenção

menor, já que o número de antenas di-

minui e não há necessidade de ajustes

constantes. Muitos condôminos hoje

optam pela TV paga, devido à qualida-

de da imagem ou pelo grande número

de canais. Fica uma dica para quem

preza pela qualidade: as imagens do

sinal digital são muito melhores, pois

são captadas em alta definição, e já

existem mais de 20 canais gratuitos

que transmitem sua programação por

esse tipo de sinal”, destaca Carlos

afirma Eduardo Bicudo, técnico

em Antenas e membro do Módulo

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ulga

ção

Preparado para aTV digital?

12

Por Paula Ignacio

tecnologia

Tesser, técnico em Antenas Coletivas

e sócio da Unicatec Tecnologia.

Ao contratar empresas ou fun-

cionários para a instalação, alerta o

empresário, é preciso tomar alguns

cuidados. “É fundamental que o

trabalho seja feito de forma correta

e que os materiais utilizados tenham

boa qualidade, para evitar prejuízos e

transtornos ao condomínio.”

O condomínio deve levantar in-

formações sobre os prestadores de

serviço e solicitar referências a outros

clientes. Uma antena mal instalada

pode danificar a estrutura do prédio

– se a impermeabilização da laje for

furada durante a instalação, por exem-

plo – ou queimar todos os televisores

ligados ao cabo de transmissão.

“Os síndicos precisam permanecer

atentos à manutenção das lajes e à

medição constante dos para-raios.

Se este estiver instalado em um nível

inferior ao da antena, há o risco desta

funcionar como para-raios durante

uma tempestade. Isso danificará não

somente a antena, forçando a sua

substituição, como também as televi-

sões dos moradores”, afirma Tesser.

Mudando de antena

Feita a averiguação das condi-

ções de infraestrutura do prédio, a

instalação da nova antena é relati-

vamente simples. Se os cabos que

chegam nos apartamentos estiverem

em boas condições, o trabalho dos

técnicos será rápido. “Normalmente,

os prédios têm estruturas específicas

para a passagem de cabos coaxiais

(cabo condutor para a transmissão

de sinais). É bom evitar a instalação

junto aos cabos de energia, pois isso

gera interferências na distribuição dos

sinais analógico e digital.

Além disso, nos condomínios em

que a antena coletiva já está instala-

da, há antena de VHF para os sinais

analógicos e de UHF para os sinais

analógicos e digitais. Quer dizer:

ambos são captados, e a diferença

está na recepção. Os aparelhos mais

recentes (plasma, LCD e LED) que

estiverem com o conversor embutido

captarão o digital. Os televisores de

MODELO SIMPLES DE DISTRIBUIÇÃO TV DIGITAL

ANTENA UHF

CABO Rg6

CONECTORES Rg6

CONVERSORDIGITAL

DIVISOR DE SINAL

CABO DE ÁUDIO E VÍDEO

TV COM CONVERSOR DIGITAL

TV SEM CONVERSOR DIGITAL

Modelo Simples de Captação e Distribuição do Sinal Digital

Font

e: U

nica

tec

Tecn

olog

ia

INfORME-SEFórum SBTVD – Sistema Brasileiro de TV Digital

www.forumsbtvd.org.br

DTV – Site oficial da TV Digital Brasileira

www.dtv.org.br

tubo, por sua vez, também poderão

receber o sinal digital se o condômino

adquirir o conversor digital que ficará

instalado junto à TV”, explica Bicudo.

A conversão do sinal analógico

para o digital não é, portanto, um

bicho de sete cabeças, e pode ser

interessante adiantar o processo

de instalação desse tipo de antena

coletiva. Vale discutir o assunto nas

reuniões de condomínio para que

todos fiquem cientes da novida-

de e da proximidade da mudança

no que diz respeito à captação

coletiva de sinais.

Tesser, técnico em Antenas Coletivas

e sócio da Unicatec Tecnologia.

cionários para a instalação, alerta o

empresário, é preciso tomar alguns

cuidados. “É fundamental que o

13

O número de condomínios

adeptos da reciclagem não

para de crescer. Na Capital,

o Programa de Coleta Seletiva da

Prefeitura recolheu, no ano passado,

mais de 41 mil toneladas de material

reciclável, quase oito vezes o volume

de seis anos atrás. Segundo informa-

ções da Limpurb, órgão da Secretaria

de Serviços paulistana responsável

pelo programa e pela limpeza pública

na Capital, mais de 2.800 condomí-

nios participam da iniciativa. Mas

essa é apenas a ponta do iceberg,

pois há condomínios que, em vez de

recorrer à Prefeitura, se aliam a outras

cooperativas.

Ainda há muito potencial a ser

explorado. Na cidade de São Paulo,

menos de 1% da coleta é seletiva,

segundo estima Victor Bicca Neto,

presidente do Cempre (Compromisso

Empresarial para a Reciclagem), as-

sociação sem fins lucrativos voltada

à promoção da reciclagem dentro do

conceito de gerenciamento integrado

do lixo. “Boa parte do que segue para

reciclagem vem de catadores que

recolhem lixo nos aterros, das coo-

perativas e dos catadores que pegam

lixo nas ruas”, comenta o dirigente.

Isso significa que o lixo recolhido para

reciclagem vem, na maioria das vezes,

de fonte não controlada.

Vários fatores movem os condo-

mínios na direção da reciclagem. “Em

Reciclagem em alta nos condomínios

primeiro lugar, eles aderem à recicla-

gem em função do volume de resídu-

os gerados, pois é preciso encontrar

uma solução para isso. Em segundo

lugar, devido à crescente conscienti-

zação ambiental dos condôminos”,

avalia a engenheira civil Clarice

Degani, assessora técnica da Vice-

-presidência de Sustentabilidade do

Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e

consultora técnica para a certificação

ambiental Aqua de edificações novas

ou já existentes.

Bicca Neto também vê uma maior

conscientização ambiental. “Com

a Lei de Resíduos Sólidos, isso vai

deixar de ser uma ação de um grupo

conscientizado para ser uma obri-

gação”, frisa, lembrando que há, na

nova legislação, um princípio de res-

ponsabilidade compartilhada, isto é,

todos são responsáveis – incluindo o

consumidor – pela gestão do produto,

da fabricação até o descarte.

“Não recomendo fazer coleta

seletiva pensando em redução da

taxa condominial”, diz o presidente

do Cempre, opinando que o principal

ganho é mesmo de qualidade de vida.

“A vantagem monetária vem no longo

prazo, porque a reciclagem tende a

baratear o produto mais adiante.”

“A questão financeira não existe

mais”, afirma Nathalie Gretillat, geren-

te de Meio Ambiente do Grupo Hubert.

Ela esclarece que tempos atrás os

condomínios vendiam material reci-

clável a pequenas empresas, que por

sua vez o revendiam a recicladoras

maiores. Há cerca de três anos, com a

crise internacional, os preços despen-

caram e esses pequenos empresários

pararam de retirar o material. Com

isso, alguns condomínios também en-

cerraram a coleta seletiva, não apenas

em virtude da perda de receita, mas

principalmente pela falta de espaço

para armazenar o material.

Empreendimentos residenciais aderem à coleta seletiva, mas ainda há diversos obstáculos a serem transpostos

Clarice: “Condomínios aderem à reciclagem em função do volume de resíduos gerados”

maiores. Há cerca de três anos, com a

crise internacional, os preços despen-

caram e esses pequenos empresários

pararam de retirar o material. Com

isso, alguns condomínios também en-

cerraram a coleta seletiva, não apenas

em virtude da perda de receita, mas

principalmente pela falta de espaço

Foto

: Cal

ão J

orge

14

Por Sônia Salgueiro

caPa

Reciclagem em alta nos condomíniosProblemas na Capital

Na cidade de São Paulo há duas

formas para atuar com a recicla-

gem: via cooperativas conveniadas

à Prefeitura (serviço gratuito) ou, se

a localidade não for atendida pelo

programa oficial, contratando uma

cooperativa independente. Se ela está

muito próxima do condomínio, pode

até buscar o material de graça, mas

essa retirada normalmente é cobrada,

informa Nathalie.

Bicca Neto, do Cempre, recomen-

da procurar cooperativas de catado-

res registradas, e não microempresas

que fazem da coleta do lixo um

negócio. Há, segundo ele, sites que

identificam as cooperativas sérias,

como os da Abipet e da Tetrapak. No

portal do Cempre também é possível

A partir de 1º de janeiro de 2012, o comércio paulistano não poderá

mais distribuir ou vender sacolas plásticas. A exceção só vale para os

alimentos vendidos a granel (legumes, frutas, etc.) ou que vertem água

(peixes, laticínios, carnes, entre outros). Também continua permitido

usar plástico nas chamadas embalagens primárias dos produtos.

A Lei nº 15.374 foi aprovada no dia 17 de maio pela Câmara Muni-

cipal da cidade de São Paulo e sancionada logo depois pelo prefeito

Gilberto Kassab. O comércio terá de se adaptar à nova legislação até

31 de dezembro próximo.

A medida é um alento para o meio ambiente, mas pode se cons-

tituir em preocupação para o corpo diretivo dos condomínios. Como

os moradores estão acostumados a descartar todo tipo de lixo – or-

gânico ou não – usando as sacolinhas de supermercados, o síndico

precisará orientar os condôminos a continuarem descartando seu

lixo de forma segura, usando invólucros de outros materiais, menos

agressivos à natureza.

Abaixo as sacolas plásticas

essa retirada normalmente é cobrada,

informa Nathalie.

Bicca Neto, do Cempre, recomen-

da procurar cooperativas de catado-

res registradas, e não microempresas

que fazem da coleta do lixo um

negócio. Há, segundo ele, sites que

identificam as cooperativas sérias,

como os da Abipet e da Tetrapak. No

portal do Cempre também é possível

A Lei nº 15.374 foi aprovada no dia 17 de maio pela Câmara Muni-

cipal da cidade de São Paulo e sancionada logo depois pelo prefeito

Gilberto Kassab. O comércio terá de se adaptar à nova legislação até

31 de dezembro próximo.

A medida é um alento para o meio ambiente, mas pode se cons-

tituir em preocupação para o corpo diretivo dos condomínios. Como

os moradores estão acostumados a descartar todo tipo de lixo – or-

gânico ou não – usando as sacolinhas de supermercados, o síndico

precisará orientar os condôminos a continuarem descartando seu

lixo de forma segura, usando invólucros de outros materiais, menos

agressivos à natureza.

15

plo, não são cobertas. Apesar dessa

deficiência, 95% dos condomínios da

carteira da Hubert que reciclam lixo

utilizam a coleta da Prefeitura, que

até o final do ano pretende implantar

cinco novas centrais de triagem.

Funcionários engajados

Não há uma fórmula mágica que

garanta o sucesso da reciclagem.

Mas Nathalie considera fundamental

o condomínio escolher com cuidado

a cooperativa parceira.

Ela explica que, em alguns con-

domínios, o síndico e o corpo diretivo

aprovam o projeto. Em outros, o as-

sunto é ratificado pelos condôminos.

O modus operandi é variável. Em

alguns locais, os moradores descem

seu lixo reciclável, enquanto em outros

os faxineiros passam nos apartamen-

tos para pegá-lo em um horário pre-

estabelecido. O ideal, diz Nathalie, é

que haja uma estrutura na garagem ou

no térreo, visto que, por determinação

do Corpo de Bombeiros, nenhum lixo

pode ser colocado nos andares.

fará a coleta do lixo de uma a duas ve-

zes por semana. Nathalie observa que

está difícil obter o contêiner. “Há uma

longa fila e existem condomínios que

estão à espera desse equipamento há

um ano”, diz ela.

O assunto reciclagem é tão impor-

tante e a situação anda tão compli-

cada na Capital que o Secovi-SP, por

meio do Conselho de Síndicos (grupo

de trabalho da Vice-presidência de

Administração Imobiliária e Condo-

mínios, formado por 35 síndicos e co-

ordenado por Sergio Meira de Castro

Neto), escolheu esse tema como um

dos carros-chefes deste ano. Isso sig-

nifica que os integrantes do Conselho

estudarão a fundo o problema, levan-

tando as dificuldades de cada bairro,

para ampla discussão nas reuniões

até dezembro. A intenção é melhorar

o serviço de coleta seletiva realizado

na cidade, estreitando as relações do

Sindicato com a Limpurb.

Segundo Nathalie, do Grupo Hu-

bert, o maior problema é que muitos

bairros não têm rota. Ela diz que al-

gumas áreas do Itaim Bibi, por exem-

Bicca Neto: “Perdemos muita oportunidade de reciclagem”

O SUCESSO DO MODELO BRASILEIRO

“O Brasil desempenha um papel

importante na reciclagem no mundo.

Apesar de não ter tido por muitos anos

uma lei de resíduos, criou um modelo

de processos de reciclagem muito

bem-sucedido”, diz Victor Bicca Neto,

presidente do Cempre (Compromisso

Empresarial para a Reciclagem). Se-

gundo ele, esse sistema faz sucesso

porque, entre outras coisas, inclui

os catadores, que reúnem o lixo

que está difuso no meio ambiente, e

setores industriais que vislumbraram

na reciclagem uma oportunidade de

economia, como bem ilustra a cadeia

do alumínio.

Alguns números dão uma ideia

desse sucesso: no Brasil, 98% das

latas de alumínio são recicladas, o que

nos dá a liderança no mundo nesse

quesito. O País também recicla 56%

de suas embalagens PET (somos os

segundos, atrás do Japão) e metade

pesquisar cooperativas, sucateiros e

recicladores (Veja quadro à página 8).

Para manter seu programa, a

Limpurb conta com 21 cooperativas

conveniadas. A Prefeitura é respon-

sável pela infraestrutura das centrais

de triagem e instrumentos de trabalho

(caminhões de coleta, equipamentos,

galpões, pagamento de consumo de

água e luz). As cooperativas separam

os materiais, gerando renda e inclu-

são social a cerca de mil famílias que

participam do programa e recebem

uma renda média mensal de R$ 800.

Segundo informa a Limpurb, 75 dos 96

distritos da cidade são atendidos pelo

programa, contemplando em torno de

1,6 milhão de domicílios – mais os

condomínios.

Em alguns casos, a Prefeitura pau-

listana – por intermédio de suas con-

cessionárias de coleta de lixo, Loga e

Ecourbis – fornece um contêiner para

o condomínio colocar o lixo reciclável.

A solicitação pode ser feita via Central

de Atendimento (156) ou pelo e-mail

[email protected]. Se a

resposta for positiva, a concessionária

Bicca Neto: “Perdemos muita oportunidade de reciclagem”

“O Brasil desempenha um papel

importante na reciclagem no mundo.

Apesar de não ter tido por muitos anos

uma lei de resíduos, criou um modelo

de processos de reciclagem muito

bem-sucedido”, diz Victor Bicca Neto,

presidente do Cempre (Compromisso

Empresarial para a Reciclagem). Se-

gundo ele, esse sistema faz sucesso

porque, entre outras coisas, inclui

Foto

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pre

16

Por Sônia Salgueiro

caPa

disponibilizar, na estação de coleta se-

letiva, um cesto para não-recicláveis.

“É incrível como muitas vezes não há

a opção do não-reciclável, causando

a contaminação dos recicláveis.”

Orientação é o mais importante.

Erros primários podem comprometer

As cooperativas só separam os materiais na esteira

A gerente esclarece que não é ne-

cessário ter uma lixeira para cada tipo

de material. “As cooperativas coletam

tudo junto e só separam por material

na esteira. Depois, tudo vai misturado

no caminhão que transporta o mate-

rial.” Ela ressalta que é importante

O SUCESSO DO MODELO BRASILEIRO

de todo o papelão, segundo o dirigen-

te do Cempre.

Há, no entanto, algumas dificulda-

des a serem transpostas. “Perdemos

muita oportunidade de reciclagem”,

destaca Bicca Neto. Ele cita um estudo

de 2010 do Ipea (Instituto de Pesquisa

Econômica Avançada) segundo o qual

o Brasil tem um potencial de recicla-

gem, só no tocante a embalagens, de

R$ 8 bilhões anuais. “Só reciclamos

R$ 3 bilhões, porque praticamente

não temos coleta seletiva”, informa.

Segundo ele, dos 5.565 municípios

brasileiros, só 443 têm esse serviço.

Clarice Degani, integrante da

Vice-presidência de Sustentabili-

dade do Secovi-SP (Sindicato da

Habitação), também avalia que há

problemas. “Falta apoio dos muni-

cípios disponibilizando áreas para

transbordo, nas quais os resíduos

gerados possam ser descartados,

livres de contaminação, para serem

utilizados posteriormente como sub-

produtos”, diz ela. “Além disso, não

há disponibilidade de empresas de

coleta de recicláveis suficientes, tanto

em termos de oferta do serviço a todos

os interessados como de frequência

regular de coleta.”

No caso dos condomínios, com-

pleta Clarice, as maiores dificuldades

são a frequencia irregular de coleta, as

incertezas quanto ao destino dado aos

resíduos coletados e a flutuação no va-

lor de mercado dos resíduos, gerando

falhas e até interrupção de coleta por

parte de cooperativas.

Vantagens da reciclagem- Geração de emprego para as classes mais baixas, que trabalham em centros e cooperativas de triagem de resíduos recicláveis.- Menor volume de lixo nos aterros sanitários.- No longo prazo, menor cus-to de alguns insumos pode baratear produtos.

- Cidades mais limpas.

baratear produtos.- Cidades mais limpas.

Foto

: Cem

pre

17

todo o processo, como deixar passar

restos de alimentos e de bebidas no

material que seguirá para reciclagem.

“A parte de baixo da caixa de pizza,

por exemplo, não deve ser reciclada,

porque ficou em contato com material

orgânico.”

A conscientização deve abranger

todos os públicos. “Os condomínios

têm errado principalmente aí”, ressalta

Nathalie. Ela defende um trabalho

específico com as empregadas do-

mésticas, pois são elas que passam o

dia no apartamento. “Não adianta res-

tringir ao condômino e às crianças. É

fundamental envolver os funcionários

dos apartamentos e do condomínio”,

enfatiza.

Óleo de cozinha

Antes de implementar a coleta

seletiva, os condomínios costumam

chamar os moradores para reuniões

menos formais que as assembleias. O

corpo diretivo do Condomínio Edifício

Rogério fez várias reuniões e colocou

avisos no elevador mostrando por que

reciclar, as vantagens e os materiais

que podem ser reciclados. “No come-

ço tem de ter paciência, para explicar

que não é todo tipo de material que

pode ser reciclado”, aconselha a sín-

dica Claudia Rita Misevicius Soares.

No empreendimento, o lixo é

recolhido nos andares duas vezes

por dia, de manhã e no final da tarde.

Aos sábados, apenas às 13 horas.

“Temos um zelador que olha no lixo

dos andares para ver se há algo reci-

clável que não foi separado”, conta a

síndica. Os reciclados são recolhidos

pela concessionária da Prefeitura

paulistana às terças e quintas-feiras

de madrugada. Claudia estima que

80% dos condôminos aderiram.

Há um ano o condomínio também

coleta óleo. “Estávamos com proble-

mas de entupimento nas cozinhas e

orientamos o pessoal a não jogar óleo

na pia”, conta. Foi selado um acordo

com uma ONG, para a qual o condo-

mínio pagou R$ 30 por uma bombona

e um funil. “Quando enche, a gente

liga e a ONG retira a bombona e deixa

outra vazia. Só houve pagamento da

primeira vez.”

Também há cerca de um ano o

Condomínio Monte Carlo, localizado

em Santana, na Capital, recicla seu

óleo de cozinha. Para tanto foi fecha-

do acordo com uma ONG que usa

o óleo para fazer sabão e a renda

é revertida para pessoas carentes.

Nathalie: “É fundamental envolver os funcionários dos apartamentos e do condomínio”

Eleger um grupo de moradores, que será responsável pela organização e traçará

estratégias para estimular os demais condôminos a aderirem à campanha.

Essa equipe estabelecerá como e quando os recicláveis serão recolhidos e definirá

o destino do material coletado. Também checará junto ao poder municipal se existe

algum tipo de coleta seletiva na região.

Mobilizar o maior número possível de moradores, demonstrando a impor-

tância da iniciativa e infomando-os sobre como reciclar.

Definir os tipos de materiais a serem coletados (jornais, papéis, papelão,

vidro, plástico, alumínio etc.), tendo sempre em vista a demanda de merca-

do existente nas redondezas. Isso viabilizará um fluxo constante de saída,

evitando o acúmulo excessivo de materiais no condomínio.

É preciso definir a estrutura operacional do sistema, considerando três fases:

coleta, estocagem e venda (ou doação).

Fontes: Cempre e Tetra Pak

PASSO A PASSO PARA CONDOMÍNIOS QUE QUEREM COMEÇAR A RECICLAR

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18

Por Sônia Salgueiro

caPa

São disponibilizados dois galões, de

20 litros cada, para os moradores

colocarem o produto. Nos últimos 12

meses, o condomínio forneceu cerca

de 80 litros e outros 40 estão prontos

para ser retirados pela ONG.

A coleta seletiva de lixo é mais

antiga. Começou há aproximada-

mente quatro anos, depois que,

numa assembleia, um condômino

fez a sugestão. Antes, os moradores

só separavam alumínio e papel. Aí

surgiu a ideia de fazer uma coleta

mais abrangente e foi chamada uma

cooperativa.

“No começo, com o dinheiro da

venda do material, comprávamos o

café da manhã dos funcionários”,

conta o síndico. Mas, em 2008, o

preço dos recicláveis caiu muito e

várias empresas que pagavam pelo

lixo pararam de fazê-lo, explica o

síndico, ressaltando que os funcio-

nários continuam ganhando o lanche.

“Ainda que não recebamos nada, a

iniciativa é muito válida, por causa

da conscientização e pela queda do

volume de lixo que vai para o aterro”,

defende Bertelini.

O Monte Carlo produz de 400 a

Empresas e entidades de classe também estão en-

gajadas na cruzada da reciclagem. A Abipet (Associação

Brasileira da Indústria do PET) e a Tetra Pak lançaram re-

centemente dois serviços que podem ser uma mão na roda

para os condomínios.

A Tetra Pak criou o portal Rota da Reciclagem (www.

rotadareciclagem.com.br), que permite encontrar coopera-

tivas, pontos de entrega voluntária de materiais recicláveis

e comércios ligados à cadeia de reciclagem, localizados

em boa parte do território nacional, usando o Google Maps.

Basta colocar o endereço do condomínio para ter acesso a

telefone e endereço desses locais. O portal ainda dá diversas

informações sobre o processo de separação e envio à reci-

clagem de embalagens longa vida (as tradicionais caixinhas

de leite e embalagens assemelhadas) e várias dicas sobre

coleta seletiva.

O LevPet (www.levpet.org.br), da Abipet, também utiliza

o Google Maps para fornecer a localização dos pontos de

entrega voluntária, cooperativas, comerciantes de recicláveis,

ONGs, entidades e recicladores que recebem o material

reciclado de modo pulverizado nas cidades. Aqui, em vez

do endereço, o interessado precisa digitar o número do CEP.

“É mais uma demonstração do comprometimento do setor

com a preservação do meio ambiente. Além disso, colabora

para resolver o grande entrave que dificulta a ampliação

da reciclagem em nossa indústria: a falta de um sistema

público abrangente de coleta seletiva”, afirma Auri Marçon,

presidente da Abipet.

Outro portal bem completo é o do Cempre (Compromisso

Empresarial para a Reciclagem), associação sem fins lucra-

tivos que promove o tema reciclagem. No endereço www.

cempre.org.br, é possível pesquisar cooperativas, sucateiros

e recicladores, tanto por região como material; consultar o

preço de diversos materiais recicláveis; e conhecer o tama-

nho do mercado de reciclagem, além de tirar dúvidas, por

meio de uma seção de perguntas e respostas.

INFORME-SE MAIS SOBRE O TEMA

500 quilos de lixo reciclável por sema-

na. São retirados de dois a três fardos

semanais, fora jornais e revistas, que

são separados mas não colocados

nos fardos. Os moradores depositam

o lixo em seis pontos espalhados pela

garagem. Em cada um deles há um

cesto para orgânicos e outro para

recicláveis. Um faxineiro recolhe o

material e o leva para um depósito,

que acomoda ainda os galões de óleo

de cozinha.

A reciclagem também é realidade

no Condomínio Piazza di Toscana,

um complexo com cinco torres situ-

ado na zona leste paulistana, desde

que o complexo foi entregue, há

seis anos e meio. Toda terça-feira

uma cooperativa recolhe o material,

que fica estocado em um depósito.

“Dá mais ou menos 200 quilos por

semana”, informa a síndica Ana

Josefa Severino.

Bertelini: “A iniciativa é muito válida, por causa da conscientização e pela queda do volume de lixo que vai para o aterro”

síndico, ressaltando que os funcio-

nários continuam ganhando o lanche.

“Ainda que não recebamos nada, a

iniciativa é muito válida, por causa

da conscientização e pela queda do

volume de lixo que vai para o aterro”,

defende Bertelini.

O Monte Carlo produz de 400 a

Bertelini: “A iniciativa é muito válida, por causa da conscientização e pela queda do volume de lixo que vai para o aterro”Fo

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Por Sônia Salgueiro

caPa

Gerador de condomínio paulistano terá de ser adaptadoO prazo para a adequação é bem apertado: 180 dias, contados a partir de 25 de março último

Condomínios residenciais e

comerciais que possuem

geradores de energia de-

vem ficar atentos para o que dizem

os artigos do Decreto Municipal

nº 52.209/11, assinado no final de

março pelo prefeito de São Paulo,

Gilberto Kassab, e que regulamenta

legislações anteriores sobre o tema.

Em seu artigo 2º, o decreto prevê

que todas as edificações públicas

ou privadas que utilizam grupos

Annunciato: Síndico deve pedir laudo à empresa de manutenção para provar que tudo está em conformidade com a nova lei

motogeradores (os geradores de

energia) deverão convertê-los ou

utilizar equipamentos movidos a

combustível menos poluente que o

óleo diesel ou, ainda, adaptar filtros

ou outros acessórios que reduzam a

poluição, observando o que venha a

ser estabelecido pelo órgão ambien-

tal competente.

“O Decreto encontra respaldo no

Código de Obras e Edificações, isto

é, na Lei nº 11.228/92 e justifica-se

como um fator de diminuição da

poluição ambiental, sendo uma das

medidas incentivadas pela política

de mudanças climáticas”, ilustra

João Paulo Rossi Paschoal, asses-

sor jurídico do Secovi-SP (Sindicato

da Habitação). Ele faz referência ao

item 9.4 do Código de Obras, que foi

acrescido de itens específicos sobre

a nova obrigatoriedade.

“Tal legislação atualmente se

restringe ao município de São Paulo.

Em breve, contudo, certamente ser-

virá de parâmetro e referência para

as demais regiões do Estado e do

País”, analisa.

O decreto se aplica também aos

condomínios antigos, que possuem

gerador há bastante tempo. “Todos

terão de se adaptar num prazo de

180 dias a partir da data da publi-

cação do documento, em 25 de

março de 2011”, complementa

Rossi Paschoal.

Na opinião de Hubert Gebara,

vice-presidente de Administração

Imobiliária e Condomínios do Seco-

vi-SP, toda mudança que visa reduzir

a poluição é bem-vinda pelo setor e

pelo Sindicato da Habitação. “Esta-

mos todos preocupados com o meio

ambiente. Queremos garantir quali-

dade de vida para a geração atual e

também para as futuras, mas o prazo

é muito exíguo. Muitos condomínios

com certeza terão dificuldade para

cumprir esse cronograma”, declara.

Segundo João Luiz Annunciato,

diretor de Administradoras da mes-

ma vice-presidência do Secovi-SP,

de certo modo a legislação é flexível

para os condomínios, principalmen-

te ao abrir a possibilidade de insta-

22

esPecialPor Marcos Fernando Queiroz

lação de filtros nos equipamentos

geradores dos edifícios. “Se o con-

domínio não tiver caixa para isso, o

síndico deverá convocar assembleia

e apresentar três orçamentos para

atender a essa obrigatoriedade”, diz.

De acordo com o di retor, é

prudente que o síndico cobre das

administradoras uma declaração

ou laudo das empresas de manu-

tenção dizendo que o sistema está

em conformidade com as exigências

da nova lei.

Aproveite a chegada do inverno, época de muito frio e pouca chuva, para fazer os reparos necessários nessa concorrida área do condomínio

O inverno está se aproximando

e a utilização das piscinas

tende a diminuir bastante.

Vários condomínios optam pelo seu

fechamento, mas alguns decidem

mantê-las funcionando, investindo até

mesmo na instalação de climatizado-

res. Qualquer que seja o caso, este

é o momento ideal para programar

reformas ou pequenos reparos, sem

descuidar do tratamento da água e

da correta sinalização do entorno, de

forma a evitar acidentes. Além do bai-

xo movimento, o clima colabora para

uma rápida conclusão dos trabalhos,

segundo representantes de empresas

que fazem obras em piscinas. “No

Estado de São Paulo, o inverno é a

na execução da reforma”, afirma o

engenheiro Eduardo Dealis, da EHS

Engenharia.

Em uma primeira avaliação, verifi-

ca-se, em geral, se os filtros da piscina

precisam ser substituídos por novos;

se o revestimento do deck deve ser

trocado (veja mais informações na

página ao lado); se há problemas de

impermeabilização e estanqueidade

do leito; e se o local apresenta trincas

e rachaduras ou ainda descolamento

de pastilhas.

Conforme Dealis, o descolamento

de pastilhas ou do rejunte é um pon-

to preocupante, pois pode ser sinal

de infiltração. Caso o problema seja

confirmado, é preciso fazer uma nova

melhor época para a realização de re-

formas, porque chove menos”, afirma

a engenheira Cibele Neme, da Minuano

Engenharia.

O síndico é responsável pela con-

tratação de uma empresa de engenha-

ria capacitada para uma avaliação do

local. Por segurança, recomenda-se

exigir o ART (Certificado de Anotação

de Responsabilidade Técnica). A

contratação de prestadores de ser-

viço distintos para trabalharem em

uma mesma obra demanda, por sua

vez, atenção redobrada por parte do

condomínio. “É fundamental verificar

se uma determinada empresa presta

o serviço total ou se as outras com-

panhias contratadas terão unidade

Piscina em ordem

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ção

24

manutençãoPor Paula Ignacio

Piscina em ordem

impermeabilização da piscina e de seu

entorno. “Há novos produtos, como a

manta líquida, que não se desprendem

das laterais das paredes e podem ser

aplicados nos reservatórios”, explica o

engenheiro.

Se a piscina for esvaziada para

manutenção, as empresas e o próprio

prédio devem providenciar obstáculos

e avisos, para prevenir acidentes. “Re-

comenda-se a colocação de cercas

e avisos para que o acesso a essas

áreas fique restrito aos funcionários”,

reforça Sérgio Meira de Castro Neto,

diretor de Condomínios do Secovi-SP

(Sindicato da Habitação). No caso de

ficar decidido em assembleia que as

piscinas permanecerão fechadas no

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DECKS DE MADEIRA

Com relação aos decks de madeira, é importante manter as vigas, pilares

e barrotes envernizados e limpos para uma boa impermeabilização. “Caso as

piscinas tenham decks que precisem ser substituídos, recomendo uma nova im-

permeabilização da área e colocação do revestimento com pedras naturais, como

a Pedra Mineira, Pedra Goiás ou São Tomé, além de alguns tipos de mármore e

granito com acabamento menos liso”, diz Eduardo Delis, da EHS.

Segundo ele, as pedras naturais são mais higiênicas e apresentam melhor

acabamento. A manutenção também é mais fácil e raramente há necessidade de

substituição. Por causa de sua maior porosidade, há menor risco de acidentes em

uma área como o deck, que fica constantemente molhada.

25

inverno, o condomínio fica responsável

por tomar as medidas cabíveis para o

isolamento da área. “Cabe ao condo-

mínio cuidar para que crianças não en-

trem desacompanhadas nesses locais,

mesmo quando as piscinas estiverem

fechadas. Alguns cuidados básicos de

restrição, bem como a publicação de

avisos, são fundamentais”, completa

Sérgio Meira.

Temperatura agradável

Ao optar pela instalação de sistema

de aquecimento, o condomínio deve

atentar para a relação custo-benefício

do equipamento. Há três tipos de

aquecedores: a gás, elétrico e solar.

“Todo aquecimento é uma recirculação

da água, que passa pelo sistema de

aquecedores e é novamente lançada

na piscina. Há prós e contras na ins-

talação desses sistemas. É bom ter a

temperatura constante para utilização

mais frequente da piscina, mas geral-

mente o custo de manutenção é alto”,

alerta Cibele, da Minuano.

Mesmo tendo um custo de instala-

ção relativamente alto, o aquecimento

solar é uma alternativa interessante

porque, além de ambientalmente

correto, apresenta valor mais baixo de

manutenção.

Os cuidados com o tratamento da

água aquecida são os mesmos, mas

vale lembrar que as bactérias podem

proliferar mais rapidamente nesse

ambiente. Por isso é importante que as

piscinas climatizadas permaneçam em

uma área coberta e isolada de vento

e chuva, que podem trazer impurezas

para a água.

No inverno, ainda que a piscina

seja fechada, o tratamento da água

deve seguir com a mesma frequência.

A falta de manutenção pode trazer

consequências desagradáveis, como

proliferação de insetos, microorganis-

mos e parasitas e até o surgimento de

algas. “Mesmo no inverno, a piscina

precisa de tratamento. Caso contrário,

faz-se necessário o descarte de água,

processo caro e nem um pouco sus-

tentável. Devemos considerar também

o aspecto sanitário e a localização da

área, que influencia na constância

do tratamento. Piscinas próximas a

regiões muito poluídas, com queima-

das e até com muita vegetação nas

proximidades, exigem maiores cuida-

dos”, diz Marcos Gasparotto, da HTH

Produtos para Piscina.

O tratamento da água geralmente é

feito pelos funcionários do condomínio.

Cabe ao síndico providenciar cursos

(que são gratuitos e oferecidos pelas

empresas fornecedoras dos produtos

para o tratamento químico da água)

e os equipamentos de proteção ne-

cessários para o manuseio destes,

os chamados EPIs (Equipamentos de

Proteção Industrial).

É importante observar os prazos de

validade dos produtos e garantir que o

funcionário responsável utilizará os vo-

lumes adequados. Existem cloradores

automáticos que liberam a quantidade

exata de produto na água, evitando o

contato do funcionário com o cloro e

possíveis intoxicações. Eles também

ajudam a diminuir o desperdício do

produto e baratear o custo mensal de

manutenção.

Mesmo no inverno, a água da piscina precisa de tratamento

Meira: É importante colocar cercas e avisos para que acesso à piscina fique restrito aos funcionários

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26

manutençãoPor Paula Ignacio

Reunião onlineAssembleia digital possibilita maior participação de moradores, agiliza decisões e reduz chance de conflitos

Em plena era da banda lar-

ga e da certificação digital,

condomínios e loteamentos

começam a lançar mão de um novo

expediente na hora de aprovar contas,

discutir problemas e avalizar orçamen-

tos de obras e serviços: a assembleia

virtual.

Entre os principais atrativos desse

tipo de assembleia estão a possibili-

dade de aumento da participação de

condôminos, a agilização das deci-

sões e a menor chance de conflitos.

“Numa assembleia virtual, você evita

a poluição sonora, as agressões e os

embates pessoais, porque as pessoas

tendem a pensar mais antes de escre-

ver. Nesse sentido, ela é um inibidor

de conflitos”, afirma Marcos Davi

Monezzi, integrante da Diretoria de

Loteamentos da Vice-presidência de

Administração Imobliária e Condomí-

nios do Secovi-SP e sócio-fundador

da Monezzi Advocacia.

Além de ser mais objetiva, a as-

sembleia virtual ou mesmo a declara-

ção de voto por meio digital reduz dis-

tâncias e derruba barreiras. “Às vezes o

condômino tem receio de se manifestar

em público e opta por não participar

do encontro. Também há quem tenha

dificuldade de locomoção”, comenta

o advogado. Seja sozinha, seja em

conjunto com a assembleia conven-

cional, ela sempre incentiva a parti-

cipação e aumenta o quórum. “Ainda

será necessário manter a assembleia

convencional por um bom tempo, mas

é de suma importância abrir novas pos-

sibilidades de as pessoas participarem

das decisões em condomínio, como é

o caso do voto pela internet”, opina.

Como fazer

A proliferação de sites de condomí-

nios e a instituição do certificado digital

foram cruciais para o surgimento da

assembleia virtual e da declaração de

voto por meio digital. “Por intermédio

dos sites, por exemplo, é possível

prestar contas, acessar a Convenção

Monezzi: “Numa assembleia virtual, você evita a poluição sonora, as agressões e os embates pessoais”

Ter previsão na Convenção do condomínio

Possuir um site

Ambiente seguro para a navegação, o envio e recepção de

documentos eletrônicos

Certificação digital

Suporte de um técnico em informática ou da administradora

http:// O que é preciso para realizar assembleias virtuaishttp://

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ção

28

Por Sônia Salgueiro

legislação

e as atas das assembleias. Por que,

então, não se manifestar via chat ou

e-mail numa assembleia virtual?”,

indaga Monezzi.

Para que a ideia vingasse, faltava

um elemento de segurança, agora

disponível: a certificação digital. Ela

garante que é mesmo o condômino

que está participando da discussão

ou da votação. “Era necessário criar

um ambiente seguro, com as mesmas

garantias da assembleia presencial.”

Partir para a assembleia virtual

exige, porém, alguns procedimentos.

Em primeiro lugar, ela tem de estar

prevista na Convenção. “O artigo

1.334, inciso 3, do Código Civil esta-

belece que a Convenção determinará

a competência da assembleia, a forma

de sua convocação e o quórum para

deliberações”, esclarece Monezzi.

Cêra: “Usando a internet, é possível conseguir um índice de presença de 60% a 70%”

Para reunir condições de realizar

uma assembleia virtual, o condomínio

deve contar com um técnico em infor-

mática ou com o suporte de adminis-

tradora que disponha dessa estrutura.

Monezzi conta que as assembleias

virtuais e as declarações de voto por

meio eletrônico surgiram há cerca de

três ou quatro anos, com os clubes de

campo, “que têm a mesma compo-

sição de um condomínio, em termos

estatutários”, e também nos condomí-

nios complexos (os que reúnem hotel,

área comercial e residencial). “Como

os proprietários são de diversos luga-

res, ou eles se reúnem numa época

específica ou é necessário recorrer

Presença maciçaEm fevereiro, o Residencial dos Pinheiros, condomínio horizontal com 27

sobrados localizado em São Bernardo do Campo, realizou sua primeira as-

sembleia virtual. “Contávamos com uma média de três ou quatro moradores e

nessa reunião registramos 80% de presença”, conta a síndica Giovana Baradelli.

Ela diz que a ferramenta permite ao morador que não está no condomínio na

hora da assembleia emitir uma procuração e enviá-la à sindica ou, via assinatura

digital, votar no próprio site. Isso é possível porque o Residencial dos Pinheiros

está na web. Além de agilizar as discussões, segundo Giovana, a assembleia

virtual ameniza o clima no condomínio. “Havia gente que esperava a assembleia

para lavar roupa suja e isso não acontece via assembleia virtual”, ilustra.

Carlos Cêra, diretor de Desenvolvimento de Produtos da Superlógica,

fabricante do software adquirido pelo Residencial dos Pinheiros, explica que a

assembleia fica agendada no sistema. Um dia antes da data marcada, é gerada

uma procuração, que possibilita ao condômino participar da assembleia sem

estar presente. “O quórum em uma assembleia é sempre muito baixo. Usando

a internet, é possível conseguir um índice de presença de 60% a 70%”, defende

o executivo.

Uma das maiores vantagens do sistema, conforme Cêra, é que ele é híbrido.

“Não daria para deixar de fora quem não tem internet ou não possui familiaridade

com ela”, justifica. Daí a assembleia presencial continuar existindo.

a uma alternativa tecnológica com

sustentação jurídica. Daí a opção pela

assembleia virtual, por teleconferência

ou mesmo a declaração de voto por

meio eletrônico.”

Monezzi conta que as assembleias

virtuais e as declarações de voto por

meio eletrônico surgiram há cerca de

três ou quatro anos, com os clubes de

campo, “que têm a mesma compo-

sição de um condomínio, em termos

estatutários”, e também nos condomí-

nios complexos (os que reúnem hotel,

área comercial e residencial). “Como

os proprietários são de diversos luga-

res, ou eles se reúnem numa época

específica ou é necessário recorrer

Foto

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Lembre-se! A manutenção ou a reforma do seu elevador não é uma exclusividade da montadora

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A necessidade da construção dos edifícios cada vez se faz mais presente decorrente do aumento da população, escassez e valori-zação dos terrenos além da segu-rança pessoal.

O equipamento que possibilitou a construção dos edifícios mais modestos até os chamados arra-nha céus foi o elevador. Portanto, podemos afirmar com certeza que esse equipamento foi a grande invenção dos últimos tempos, pois sem ele não teríamos a condição de verticalizar as edificações, con-centrando e acomodando grande número de famílias e escritórios comerciais.

A viabilização do elevador foi possível a partir de 1.853, com a invenção de um dispositivo que foi denominado de Limitador de Velocidade e Freio de Segurança, que tem como função brecar a cabina do elevador caso sua velo-cidade nominal, exceda a pré-es-tabelecida. Com esse dispositivo acoplado, foi possível transportar passageiros com total segurança.

Cada vez mais a questão de segurança está presente no nosso cotidiano, e, em função de alguns fatos e metodologia, o mercado de

elevadores vêm adotando como padrão, efetuar a revisão desse dispositivo, em média a cada 02 (dois) anos independente do tem-po de uso do elevador, executando a aferição, testes e substituição de lacre. Como estes trabalhos não estão contemplados nos contratos de assistência técnica, deverão ser objeto de proposta e negociação entre empresa e cliente.

Em abril de 2010 foi publicado, na Revista Direcional a entrevista feita com o consultor Engenheiro Sérgio Rodrigues, especializado em elevadores aonde diz que:

“LIMITADORES DE VELOCIDADE Esses componentes são os

responsáveis pela parada de emer-gência da cabina, caso a velocida-de de descida seja alta (evita a sua queda). Eles apresentam desgaste natural e periodicamente devem ser calibrados e testados (normalmen-te a cada 2 anos). “Mensalmente faz-se a verificação da lubrificação e da ausência de ruídos.”

Elevadores são absolutamente seguros desde que sua manuten-ção seja feita de forma adequada, portanto não deixe de fazer as manutenções preventivas Evite Acidentes.

Elevador a grande invenção. Cada vez mais atual e presente

CIDADES E SOLUÇÕES

Dicas e indicadores que facilitam aadministração do seu condomínio

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icoN

Var. %

Mês Ano 12 meses Mês Ano 12

meses Mês Ano 12 meses Mês Ano 12

meses Mês Ano 12 meses Mês Ano 12

meses

abr/10 180,247 0,17 0,64 4,45 181,397 0,00 0,26 5,85 174,024 0,00 0,00 3,90 191,284 0,77 2,23 1,56 176,188 0,61 1,98 0,89 165,923 0,77 2,23 1,56

mai/10 180,698 0,25 0,89 4,85 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 -0,04 -0,04 4,58 193,560 1,19 3,44 2,84 177,859 0,95 2,95 1,79 167,898 1,19 3,44 2,84

jun/10 181,038 0,19 1,08 5,21 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 0,00 -0,04 5,31 195,205 0,85 4,32 3,82 179,150 0,73 3,70 2,65 169,325 0,85 4,32 3,82

jul/10 181,184 0,08 1,16 4,95 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,25 0,21 3,20 195,498 0,15 4,48 4,43 179,387 0,13 3,83 3,19 169,579 0,15 4,48 4,43

ago/10 181,502 0,18 1,34 5,23 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,00 0,21 3,20 197,004 0,77 5,28 5,61 180,696 0,73 4,59 4,45 170,885 0,77 5,28 5,61

set/10 182,921 0,78 2,13 5,36 181,397 0,00 0,26 5,85 179,297 2,81 3,03 3,03 199,269 1,15 6,50 6,38 182,331 0,90 5,54 5,26 172,850 1,15 6,50 6,38

out/10 192,001 4,96 7,20 7,16 196,322 8,23 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 201,282 1,01 7,57 7,40 183,880 0,85 6,44 6,23 174,595 1,01 7,57 7,40

nov/10 192,596 0,31 7,53 7,47 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 204,200 1,45 9,13 8,85 186,029 1,17 7,68 7,39 177,127 1,45 9,13 8,85

dez/10 192,882 0,15 7,69 7,69 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 205,609 0,69 9,88 9,88 187,034 0,54 8,26 8,26 178,349 0,69 9,88 9,88

jan/11 193,615 0,38 0,38 8,09 197,008 0,35 0,35 8,61 179,297 0,00 0,00 3,03 207,234 0,79 0,79 11,50 188,309 0,68 0,68 9,49 179,758 0,79 0,79 11,50

fev/11 194,405 0,41 0,79 8,26 197,623 0,31 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 209,306 1,00 1,80 11,30 190,024 0,91 1,60 9,55 181,556 1,00 1,80 11,30

mar/11 194,683 0,14 0,93 8,19 197,623 0,00 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 210,604 0,62 2,43 10,95 191,242 0,64 2,25 9,20 182,681 0,62 2,43 10,95

abr/11 194,891 0,11 1,04 8,12 197,623 0,00 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 211,551 0,45 2,89 10,60 192,216 0,51 2,77 9,10 183,504 0,45 2,89 10,60

Icon Secovi-SP – Índice de Custos CondominiaisMÊS: Abril/2011 Índice Base Dez/01 = 100,000

IndicadorVariação - em%

Mês Ano 12 meses

IGP-DI 0,50 3,07 10,84

IGP-M 0,45 2,89 10,60

IPC 0,70 2,82 6,39

INPC 0,72 2,89 6,30

IPCA 0,77 3,23 6,51

INCC-DI 1,06 2,20 7,33

Pisos Salariais:Verificar a Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br

ACÚMuLO DE CARGO: 20% ADICIONAL NOTuRNO: 20%

HORAS EXTRAS: Cidade de São Paulo e demais municípios: 50%

CESTA BÁSICA: Verificar Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br

fGTS – JuNHO/2011 (Data de recolhimento até 7/7/11) = 8% sobre o total da remuneração paga ao empregado

PIS – JuNHO/2011 (Data de recolhimento até 25/7/11) = 1% sobre o total da folha de pagamento

INSS – JuNHO/2011 (Data de recolhimento até 20/7/11)

*TABELA DE SALÁRIO DE CONTRIBuIçãO (R$) – a partir de 1º/1/2011:Até 1.106,90 = 8,00 %De 1.106,91 a 1.844,83 = 9,00 %De 1.844,84 a 3.689,66 = 11,00 %Acima de 3.689,66 = R$ 405,86

*SALÁRIO-fAMíLIA – a partir de 1º/1/2011Remuneração mensal até R$ 573,58 = R$ 29,41Remuneração mensal acima de R$ 573,58 até R$ 862,11 = R$ 20,73

* Tabela de salário de contribuição previdenciária e cotas de salário-família vigentes a partir de 1º/1/2011 – Portaria Interministerial MPS/MF nº 568/2010, publicada no DOU de 3/1/2011.

FOLHA DE PAGAMENTO ÍNDICESDE PREÇO(Abril/2011)

fontes: FGV, IBGE e Fipe/USP

Elaboração: Departamento de

Economia e Estatística do Secovi-SP

32

dia a dia

Hubert Gebara é vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP

(Sindicato da Habitação)

Condomínios- clube

O condomínio-clube é a nova pérola do

mercado imobiliário brasileiro, na opinião

de alguns especialistas. Para nós, ele é

um dado importante para avaliar nossa evolução

em termos de moradia. Achamos que essa estrela

que sobe tem a ver com o novo astral que paira

sobre a economia brasileira. Se a chamada classe

C finalmente chegou ou está chegando ao paraíso,

a chamada classe A-B conquista por mérito próprio,

de forma cada vez mais eloquente, esse novo tipo

de moradia com amplas áreas verdes, diversos

itens de lazer e recreação – e com os produtos

e serviços que as grandes cidades brasileiras já

oferecem, mas a um preço ainda alto em razão da

turbulência e insegurança fora dos condomínios.

Por conta de tantas benesses, é um tipo de moradia

barata, se formos analisar o custo-benefício que

resulta da comodidade, lazer e segurança. Para as

famílias, sai mais em conta do que as mensalidades

cobradas pelos clubes. O custo do deslocamento

de táxi ou do carro particular pode ser minimizado

ao extremo.

O condomínio-clube reflete a atual pujança da

economia brasileira e do nosso cintilante mercado

imobiliário. Ao que parece, não é o que acontece no

chamado primeiro mundo, que dá sinais de estafa

em alguns segmentos. Como fomos criados sob a

síndrome terceiro-mundista, o que vem acontecen-

do no Brasil é uma grata surpresa. Resta saber se o

crescimento da economia vai no longo prazo influir

negativamente nos altos índices atuais de violência

de nossas cidades. Achamos que vai.

Enquanto a violência não entra em curva des-

cendente face ao bom momento e ao futuro de

nossa economia, o condomínio-clube é uma capa

protetora para seus residentes. Esse novo tipo de

moradia vale como uma saída que se torna gra-

dativamente viável para grupos cada vez maiores.

Vale também como item de sustentabilidade em

plena selva de pedra. Essas comunidades têm nor-

malmente muitos metros quadrados de área verde

que respira. Valem como uma praça pública arbori-

zada. Este é também um item do custo-benefício.

Funciona dentro e fora do condomínio.

O quadro da economia mundial está mudando.

Estamos assistindo surpresos à troca de dinheiro e

poder no planeta. O Brasil está chamando a aten-

ção internacional pelo seu desempenho. Ninguém

sabe o que vai acontecer no futuro, mas os sinais

são promissores para os brasileiros.

Falta agora investir e tornar viáveis condomí-

nios-clube populares. Os chineses já começaram

a investir nesse tipo de moradia. O novo e os

próximos governos brasileiros deveriam imitar.

33

Por Hubert Gebara

oPinião

Áreatrabalhistacarlos alexandre cabraloab/Sp 97.378

O condomínio deve constituir uma Cipa? O condômino inadimplente pode ser impedido de participar do sorteio de vagas da garagem? Essas e outras questões são respondidas pelo

Departamento Jurídico do Secovi-SP

21Quando o empregado falta ao serviço sem apresentar

justificativa, é possível, por essa razão, não lhe fornecer

cesta básica no mês?

O Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, que regulamenta a

Lei nº 6.321/1976, referente ao PAT (Programa de Alimentação do

Trabalhador), dispõe em seu art. 6º: “Nos Programas de Alimen-

tação do Trabalhador – PAT, previamente aprovados pelo Minis-

tério do Trabalho e Previdência Social, a parcela paga ‘in natura’

não tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração para

quaisquer efeitos, não constitui base de incidência de contribuição

previdenciária ou de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e

nem se configura como rendimento tributável do trabalhador”.

Assim, o benefício da cesta básica deve ser concedido dentro

dos parâmetros constantes da convenção coletiva de trabalho

da categoria.

A Portaria nº 3, de 1º de março de 2002, que baixa instruções

sobre a execução do PAT, em seu art. 6º, dispõe:

Art. 6º É vedado à pessoa jurídica beneficiária:

I – suspender, reduzir ou suprimir o benefício do Programa a

título de punição ao trabalhador;

II – utilizar o Programa, sob qualquer forma, como premiação;

III – utilizar o Programa em qualquer condição que desvirtue

sua finalidade.

Pelo exposto, vemos que a cesta básica (parcela paga

in natura) não tem natureza salarial e, desta forma, deixar de

concedê-la ao empregado por ele ter faltado injustificadamente

ao trabalho, não nos parece aconselhável (para este caso existem

as punições permitidas em lei), haja vista ser vetado ao empre-

gador suspender, reduzir ou suprimir o benefício do Programa

a título de punição ao empregado, conforme dispõe o art. 6º da

Portaria nº 3, acima transcrito.

O condomínio deve constituir uma Cipa?

Os condomínios são classificados com grau “2”

(risco médio) na Relação de Atividades Preponderantes

e Correspondentes Graus de Risco e, por essa razão, só

estão obrigados a manter uma Cipa (Comissão Interna

de Prevenção de Acidentes) a partir de 51 empregados.

Todavia, a Norma Regulamentadora nº 5 dispõe que

as empresas (também os condomínios) que não estejam

obrigadas a manter uma Cipa deverão designar um de

seus empregados (qualquer um deles e não necessa-

riamente o zelador) e encaminhá-lo a um treinamento

(anual), para que fique como responsável pela obser-

vância dos objetivos da Cipa no ambiente de trabalho.

3Como evitar que o empregado venha a alegar ser

vítima de assédio moral no condomínio?

Pelos problemas que podem gerar certas atitudes no

ambiente de trabalho, com o potencial de levar o condo-

mínio a uma condenação na Justiça por dano ou assédio

moral (o dano moral é gênero, sendo o assédio moral

uma de suas espécies), recomenda-se que o síndico ou

administrador as evite, como, por exemplo, repreender

de forma excessivamente ríspida o empregado, humi-

lhando-o na frente dos demais colegas ou moradores

do prédio, pois, se não atende a contento as tarefas que

lhe são passadas, é preferível dispensá-lo de maneira

simples a atormentá-lo diariamente, para que tome a

iniciativa de pedir demissão, bem como abster-se de

colocar apelidos nos empregados e não incentivar que

os demais colegas de trabalho ou moradores o façam.

34

tiRa-dÚVidas

1O condômino inadimplente pode ser impedido de participar do sorteio de

vagas da garagem?

Além das penas pecuniárias previstas nos artigos 1.336, § 1°, e 1.337, caput,

do novo Código Civil, nenhuma outra que importe em privação de direitos con-

dominiais pode ser estabelecida em Convenção ou aplicada pelo condomínio

ao inadimplente. Não será lícito, assim, impor-lhe a privação do uso e gozo das

coisas e áreas comuns, tais como a supressão do fornecimento de água, luz, gás

ou mesmo segregação dos inadimplentes por oportunidade do sorteio de vagas

na garagem, conforme menciona o julgado abaixo:

Condomínio – Regulamento Interno – Desnecessidade de Registro – Vedação,

ao condômino inadimplente, da participação no sorteio de vagas na garagem em

igualdade de condições com os demais condôminos – Inadmissibilidade – Re-

gulamento que desbordou, nesse passo, do contido na convenção – Provimento

parcial do recurso para que o síndico, no prazo de 20 dias a contar da citação, na

fase de execução, convoque assembleia para o sorteio, assegurada a participação

do autor, em igualdade de condições, ainda que inadimplente, cominada a multa

diária de R$ 50,00 para a violação do preceito, mantida a divisão da sucumbência.

Apel. Cível 269.828-4/6 - TJSP- Rel. Waldemar Nogueira Filho.

2O condômino pode se recusar a pagar multa e juros devidos pelo atraso

no pagamento da quota condominial, sob a alegação de não ter recebido

boleto de cobrança?

As despesas de condomínio têm natureza de dívida portable, isto é,

deve ser paga pelo devedor, no seu vencimento, no domicílio do credor. Assim,

se eventualmente não lhe foram entregues os boletos de cobrança, cumpre ao

condômino efetuar o pagamento diretamente ao síndico do condomínio ou à

administradora responsável, como exemplifica a ementa abaixo:

Condomínio – Despesas Condominiais – Cobrança – Multa Moratória – Inclu-

são Recebimento do Boleto Bancário – Ausência – Providência para Satisfação do

Débito – Ausência – Admissibilidade. Sendo a contribuição condominial dívida de

natureza “portable”, de seu pagamento não se exime o devedor, nem tampouco

das verbas moratórias, pela alegação de não ter recebido boleto de cobrança. (Ap.

s/ Ver. 615.765-00/2 – 2º TAC -12ª Câm. – Rel. Juiz Arantes Theodoro j. 28.6.2001.

3A lei determina algum prazo espe-

cifico para a entrega da documen-

tação do condomínio, quando novo

síndico é eleito?

Quando ocorre a posse de um

novo síndico, em momento concomi-

tantemente ao da eleição, salvo dis-

posição em contrário da Convenção,

fica o ex-síndico obrigado a entregar

todos os documentos condominiais

que possui, bem como todos os bens

que se valeu para conduzir a admi-

nistração, servindo de exemplo para

tanto as chaves dos recintos comuns

da edificação. Dessa forma, a entrega

mencionada deve ocorrer imediata-

mente à posse do novo síndico.

4É obrigatória a construção de ba-

nheiro na portaria do condomínio?

Não é obrigatória, tendo em vista

a inexistência de lei ou outro tipo de

norma que regule o assunto. A Norma

Regulamentadora do Ministério do

Trabalho n° 24 - Condições Sanitárias

e de Conforto nos Locais de Trabalho

é a que mais se aproxima do assunto.

Área cívelmarta cristina pessoa

oab/Sp 108.073

Este espaço é um canal permanente para que síndicos e administradoras esclareçam questões relacionadas ao dia a dia da gestão condominial. Envie suas dúvidas para

o e-mail [email protected]

35

tiRa-dÚVidas

O momento favorável pode induzir a uma

letargia, já que a situação da habitação

foi resolvida para sempre pelo programa

Minha Casa Minha Vida... Quanta miopia e distância

da realidade! Essa iniciativa é somente um bom e

corajoso passo inicial.

O País continua a exibir falhas imobiliárias e ur-

banísticas – notadamente a carência habitacional –,

que serão debeladas com persistência na implanta-

ção de uma política habitacional perene de Estado.

De início, é necessário aprovar a vinculação

orçamentária de 2% das arrecadações federais para

moradias na baixa renda, onde resiste o deficit ha-

bitacional de 6 milhões de unidades. Há projetos de

lei em tramitação para formalizar este compromisso

de maneira permanente.

E pouco se poderá construir sem terrenos em

volume. Para tornar disponível esse insumo, deve-

mos aprovar nova legislação que substitua a ultra-

passada Lei nº 6.766/79, de parcelamento do solo.

Existem suficientes propostas com as autoridades,

contemplando sustentabilidade, meio ambiente,

responsabilidade social, dinâmica ocupação urba-

na e qualidade de vida. Contemporizar na análise

compromete a capacidade de produzir tetos dignos.

Ademais, cumpre assegurar a continuidade do

Minha Casa, Minha Vida para a baixa renda, e ajustar

preços, mesmo com subsídios menores. Em certos

casos, é viável diminuir um pouco os descontos e

exigir uma parte maior de pagamento das famílias

quando possível.

É importante desenvolver um modo eficaz de

entregar as unidades às famílias. A Caixa não pode

se perenizar como administradora condominial de

milhões de unidades, e a gestão de condomínios

carece de adaptações. Urge alocar equipes de

assistentes sociais e urbanistas para estudar a

boa ocupação urbana e a convivência em grupos,

transformando o desafio de alojar massas em

oportunidade de convívio harmonioso. Com ajuda

das empresas especializadas em administração de

condomínios, teremos qualidade de vida, salubrida-

de e segurança nos novos espaços.

A faixa de renda de R$ 1.395 a R$ 5.450

deve ser analisada visando a adaptar benefí-

cios aos diversos substratos, tais como os de

R$ 2.790 a R$ 3.270. Trata-se de redistribuir os

subsídios nos juros e preços, evitando tirar do

programa as famílias ligeiramente favorecidas

pela macroeconomia.

João Crestana é presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e da Comissão Nacional da

Indústria Imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)

Sereno,mas não manso

36

Por João Crestana

caRta do PResidente

38

ACESSóRIOSABC Metal ...................................................... pág. 39Advento Comercial ......................................... pág. 39Confiança ....................................................... pág. 40Jetpump ......................................................... pág. 39Travema .......................................................... pág. 39Uruflex ............................................................ pág. 39

ADMINISTRAçãO DE ESTACIONAMENTOSDoral Park Estacionamentos Ltda ................. pág. 40

ADMINISTRADORASADCIP ............................................................. pág. 40Ativa ................................................................ pág. 40Damasco ........................................................ pág. 41Directa ............................................................ pág. 41F Moraes ........................................................ pág. 40Grupo Maxx Condomínios ............................. pág. 40Nunez Aldin Condomínios ............................. pág. 41Prisma Administração .................................... pág. 41Sigecon Condomínios .................................... pág. 41Souza Camargo ............................................. pág. 40Verti ................................................................. pág. 41Winn ............................................................... pág. 41

ARTIGOS PARA SALãO DE JOGOSBilhares Kid´S Sport ...................................... pág. 41

AuDITORIAConaudi .......................................................... pág. 41

BENEfíCIOSSodexo ........................................................... pág. 02

BRIGADA DE INCêNDIORed Fire .......................................................... pág. 42Tecnofire ......................................................... pág. 42

CONSTRuçãO3D Contruções Ltda ....................................... pág. 60

CONSuLTORIA DE ELEVADORESDr. Elevador .................................................... pág. 42

CONTROLE DE PRAGASDesintec ......................................................... pág. 42

DESENTuPIDORADesentupidora Imperio .................................. pág. 42Desentupidora Jupiter .................................... pág. 43Real Desentupidora ....................................... pág. 42

ELÉTRICAExclusiva Engenharia Ltda ............................. pág. 43Hengeserv ...................................................... pág. 43

ELEVADORESAlternativa ....................................................... pág. 44Asselev ........................................................... pág. 43Basic Elevadores.................................... pág. 30 e 44CBE ................................................................ pág. 44CSM................................................................ pág. 44Convert ........................................................... pág. 30

Delev .............................................................. pág. 44Ewic ................................................................ pág. 45Grambell Elevadores ...................................... pág. 30Infolev ............................................................. pág. 31Korman ........................................................... pág. 45MDE ................................................................ pág. 44Mitson ............................................................. pág. 45Monciel ........................................................... pág. 46New Servs ...................................................... pág. 46Novart ............................................................. pág. 43Paulista ........................................................... pág. 45Primac ............................................................ pág. 30RC................................................................... pág. 47Santista ........................................................... pág. 45SPL ................................................................. pág. 46Tecnew............................................................ pág. 46Universal ......................................................... pág. 46Zapplift ........................................................... pág. 30

EQuIPAMENTOS DE GINASTICAJohnson Fitness Store ........................... pág. 23 e 47

fILTROSFiltrolar ............................................................ pág. 48

fITNESSMundo Fit ....................................................... pág. 21

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