revista secovi condomínios n 217
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Revista Secovi Condomínios N 217TRANSCRIPT
Geradores terão de ser adaptados na Capital
É época de cuidar das piscinas
Os desafios da reciclagem
A REVISTA PARA SÍNDICOS, CONDÔMINOS E ADMINISTRADORAS
ANO 19 – No 217 – Junho/2011 – R$ 8,90
A reciclagem atrai um número cada vez maior de condomínios e pode, com
a Política Nacional de Resíduos Sólidos, transformar-se em artigo de primeira
necessidade, não só para esse tipo de empreendimento, mas para toda
a sociedade brasileira.
Na matéria de capa desta edição, traçamos um panorama da reciclagem no
País e nos condomínios, mostrando os problemas enfrentados por quem já ade-
riu ao sistema. Na capital paulista, o Programa de Coleta Seletiva da Prefeitura
recolheu, no ano passado, mais de 41 mil toneladas de material reciclável, quase
oito vezes o volume de 2005. Apesar do avanço, ainda há dificuldades. Existem
regiões que não são atendidas e outras onde a coleta é irregular. Na reportagem,
mostramos as vantagens da reciclagem para os condomínios e revelamos o ca-
minho das pedras para os empreendimentos que pretendem começar a reciclar.
Aproveitando que no inverno – que começa oficialmente no dia 21 de junho – as
piscinas ficam fechadas no Centro-Sul do Brasil, publicamos uma reportagem que
mostra como cuidar e eventualmente reformar esse equipamento tão demandado
nos meses de calor.
Boa leitura!Sônia Salgueiro
24ManutençãoO inverno é o período ideal para fazer reparos nas piscinas
14CapaReciclagem avança, mas condomínios ainda têm problemas
06061012142224
283233343638
É bom saber
Espaço do leitor
Vida de Síndico
Tecnologia
Capa
Especial
Manutenção
Legislação
Dia a dia
Opinião
Tira-dúvidas
Carta do presidente
Guia de produtos e serviços
Foto
: EH
S E
ngen
haria
Recado da editoRa
ÍndiceJunho/2011
SECOVI NO INTERIORBauru (14) 3227-2616
Campinas (19) 3252-8505Grande ABC (11) 4121-5335
Jundiaí e região (11) 4523-0833Santos (13) 3321-3823
São José do Rio Preto (17) 3235-1138Sorocaba (15) 3211-0730
Vale do Paraíba (12) 3942-9975
CONTATOS SECOVI-SPPABX (11) 5591-1300
Disque Síndico (11) 5591-1234Eventos (11) 5591-1279
PQE (11) 5591-1198 / 1250Universidade Secovi
(11) 5591-1221 / 1172 / 1284Câmara de Mediação
(11) 5591-1214
R. Dr. Bacelar, 1.043 – CEP 04026-002 – São Paulo/SPTel. (11) 5591-1300 – Fax (11) 5591-1301
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Conselho editorial: Hubert Gebara, Sergio Mauad, Paulo André Jorge Germanos, Ricardo Yazbek e Sergio Ferrador
proDução eDitorialAssessoria de Comunicação do Secovi-SP
reportagem e reDação Redação: [email protected]
Editora responsável: Sônia Salgueiro (MTb 15.414)
Reportagem e redação: Andressa Ferrer, Marcos Fernando Queiroz
e Silvia Lakatos
Fotos: José Carlos T. Jorge
Capa: © iStockphoto.com (Best Studio) / Wagner Ferreira
Assistente de redação: Queli Peixoto
Colaboradores: Luana Garcia, Márcio Padula, e Paula Ignacio (Fontpress Comunicação)
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Impressão: IBEP Gráfica
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Reprodução de matérias somente após expressa autorização da Redação. Os anúncios publicitários são de inteira responsabilidade
dos anunciantes.
A utorregulamentação, presta-
ção de contas, simplificação
tributária para as empresas
especializadas em administração de
condomínios. Estes são alguns dos
temas que vão marcar as discussões
da edição 2011 do Encontro das Ad-
ministradoras de Condomínios (Ena-
con). O evento acontece na sede do
Secovi-SP (Rua Dr. Bacelar, 1.043 -
Capital), nos dias 11 e 12 de agosto,
a partir das 8h30.
O vice-presidente de Administração
Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP,
Hubert Gebara, prevê que cerca de 400
profissionais participarão do encontro,
quase o dobro do público presente no
Enacon do ano passado. “Fizemos
uma seleção de assuntos da maior
importância para as administradoras.
Por isso temos certeza do sucesso do
evento”, diz o dirigente.
Além dos temas acima citados, ha-
verá uma apresentação sobre Desafios
da Globalização para o Setor e a mesa
redonda Tributação das Empresas.
Um workshop civil discutirá Despesas,
Inadimplência e Prestação de Contas e
um workshop fiscal-tributário explicará
como corrigir erros nos recolhimentos,
além de sanar as dúvidas mais comuns
das administradoras.
Mais informações podem ser obti-
das no portal Secovi (www.secovi.com.
br), pelo telefone (11) 3062-1722 ou
e-mail [email protected].
Não perca o principal evento
das administradoras
6
é Bom saBeR
esPaço do leitoR
Este espaço é reservado para você se comunicar conosco. Envie seu comentário,
crítica ou sugestão para o e-mail [email protected]. Você também
pode escrever para Revista Secovi-SP Condomínios – Rua Dr. Bacelar, 1.043 –
CEP 04026-002 – São Paulo – SP. Os e-mails e cartas podem ser publicados
resumidamente. Aguardamos seu contato!
“Hoje pela manhã, fiz uma consulta ao
Secovi-SP e quero parabenizá-los pelo excelente
atendimento que recebi (coisa rara hoje em dia):
objetivo, cortês e esclarecedor. Queria, agora, con-
tatar a D. Nelza Gava de Huerta (edição 213). Não
só achei muito interessante a entrevista, como verifi-
quei que aquele condomínio passou por problemas
com os quais hoje me deparo no meu condomínio:
infiltrações e alta conta de consumo de água.”Paulo Cezar da Rocha Dias, do Condomínio
Edifício Maison Gardanne, São Paulo, SP.
Fornecemos ao Sr. Paulo Cezar os telefones
de D. Nelza.
“Gostaria de fazer um anúncio na Revista
Secovi-SP Condomínios e queria saber qual o preço
ou para que telefone devo ligar para obter essas infor-
mações. Desde já agradeço a atenção.”Marcelo Winther, por e-mail
Repassamos o e-mail do leitor à Fontpress, empresa
responsável pela área comercial da Revista. Também
fornecemos os telefones da nossa parceira ao Sr.
Fernando. Informamos a todos que, para anunciar, é só
ligar para (11) 5041-4715 e (11) 5044-2557 ou enviar
e-mail para [email protected].
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. Você também
Revista Secovi-SP Condomínios – Rua Dr. Bacelar, 1.043 –
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Gostaria de fazer um anúncio na Revista
Regional ABC discute reciclagem de óleo
Coleta de óleo e os males cau-
sados pelo descarte incorreto
foram o foco do Encontro de
Síndicos e Administradoras de Condo-
mínios do Grande ABC, ocorrido no dia
18/4, promoção conjunta do Secovi-SP
e da Acigabc (Associação dos Cons-
trutores, Imobiliárias e Administradoras
do Grande ABC), representante regio-
nal do Sindicato.
Célia Marcondes, presidente da
Ecoleo - Associação Brasileira para
Sensibilização, Coleta e Reciclagem de
Resíduos de Óleo Comestível, falou so-
bre a importância da conscientização
ambiental. “Os recursos são limitados
e, para manter o consumo que temos
hoje, seriam necessários três planetas
como o nosso”, afirmou.
Além de ser uma atitude ecologi- Célia: “Óleo recolhido pode ser utilizado na fabricação de biodiesel, ração animal, sabão etc.”
Foto
: Cal
ão J
orge
camente sustentável, Célia explicou
que a reciclagem cria novos postos
de trabalho. O óleo recolhido pode ser
utilizado na fabricação de biodiesel,
ração animal, tintas e vernizes, sabão,
cosméticos, velas, entre outros.
Agende-seA programação da Universi-
dade Secovi para o Interior
inclui vários cursos no
mês de julho. Veja ao lado deta-
lhes sobre um deles. Precisando
informar-se sobre a programação
na sua cidade, contate o escritório do
Secovi-SP de sua região.
Segurança Predial, dia 18/7
em São José do Rio Preto
– Dirigido a gerentes pre-
diais, síndicos, zeladores,
porteiros, vigias e
seguranças, o cur-
so falará so-
bre Organização e Estrutura do Con-
domínio; Segurança Patrimonial; e
Situações Contingenciais. As aulas,
ministradas pelos coordenadores do
Manual de Segurança Patrimonial do
Secovi-SP, se estenderão das 9 às
16 horas, na Regional São José do
Rio Preto. Informações e reservas:
(17) 3235-1138 e (17) 3222-7249
ou e-mail [email protected].
mês de julho. Veja ao lado deta-
lhes sobre um deles. Precisando
informar-se sobre a programação
Segurança Predial, dia 18/7
em São José do Rio Preto
– Dirigido a gerentes pre-
diais, síndicos, zeladores,
porteiros, vigias e
seguranças, o cur-
so falará so-
8
é Bom saBeR
inteRioR
Em pouco mais de um ano, moradores do Edifício Suzana perceberam que organização e transparência são fundamentais para uma administração condominial adequada
A ntônio Gleyton Alves da Silva, 30, aceitou um de- safio que poucos teriam
coragem de encarar. Assumiu o posto de síndico de um prédio com mais de 40 anos de existência, localizado no centro da Capital. Para complicar um pouco mais, tratava-se de um imóvel de um
Colocando ordem na casa
único proprietário, com 68 kitche-nettes, que fora desmembrado e acabava de se transformar em con-domínio. Em sua segunda gestão no comando do Edifício Suzana, Silva mostra que, com dedicação e cooperação dos moradores, é possível transformar ambientes e pessoas.
Como se tornou síndico?
O nosso prédio era um domínio, pois
todos os apartamentos pertenciam ao
mesmo dono. Em julho de 2008, ele
vendeu as unidades e o Edifício Suzana
tornou-se um condomínio. A eleição para
síndico aconteceu só em dezembro de
2008 e eu, que já era morador há mais de
quatro anos, fui eleito com 90% dos votos.
Silva foi eleito com 90% dos votos
Foto
s: C
alão
Jor
ge
10
Por Andressa Ferrer
Vida de sÍndico
Qual era a situação do prédio na
época?
Quando peguei as pastas do condo-
mínio, levei um susto. O caixa estava
negativo, a administradora era negli-
gente, a inadimplência estava enorme,
extintores de incêndio e limpeza da
caixa d'água vencidos. O prédio não
era pintado há mais de 15 anos, havia
lixo nos corredores e barulho fora de
hora, não existia nenhum equipamento
de segurança, a dedetização havia
sido feita há mais de um ano, o prédio
sofria com enchentes e o condomínio
de garagens estava atrasado.
Como você procedeu diante de
tantos problemas?
Minha primeira iniciativa foi fazer um
curso para síndicos. Em seguida, con-
tratei uma auditoria para identificar os
principais problemas de caixa, montei
um conselho e, em pouco tempo,
troquei a administradora e todos os
fornecedores.
Quais foram os seus principais
desafios?
O meu maior desafio foi conquistar o
apoio dos moradores e fazer com que
eles entendessem e aceitassem algu-
mas regras. Descobri que o motivo da
inadimplência era a insatisfação com
a administração do prédio. Hoje esse
problema é quase nulo. Em assem-
bleias, conto com 80% de participação
e, em um ano e quatro meses de man-
dato, apliquei apenas cinco multas.
E a questão do caixa, como você
resolveu?
Revertemos a situação e hoje temos
até dinheiro aplicado. Entramos com
uma ação contra a situação irregular
“Meu maior desafio foi conquistar o apoio
dos moradores e fazer com que
eles entendessem e aceitassem
algumas regras”
das garagens. Ganhamos e o dinheiro
foi usado para recuperar o caixa. Além
disso, renegociei o valor de locação
de antenas no prédio e consegui um
aumento da receita superior a 100%.
Devido a essas conquistas, consegui
baixar duas vezes o valor do condo-
mínio, além de reavaliar os valores de
acordo com o tamanho dos aparta-
mentos, já que a metragem não é a
mesma para todos.
Também temos
uma iniciativa para
conter os gastos
com limpeza. Fa-
zemos a coleta do
óleo de cozinha no
prédio e encami-
nhamos para uma
ONG, que nos cede
materiais de limpe-
za gratuitamente.
Pelo que você descreveu, o prédio
precisava de muitos reparos. Con-
seguiu realizar algum?
Sim. Todas as questões emergenciais
foram resolvidas: limpeza da caixa
d'água, dedetização e troca de extin-
tores. Já não sofremos mais com en-
chentes, porque colocamos comportas
no edifício. Além disso, conseguimos
instalar o serviço de portaria 24 horas,
câmeras de segurança, interfones e lu-
zes de emergência nas áreas comuns.
Recentemente, fizemos a manutenção
dos elevadores, montamos a rampa de
acesso para deficientes e, finalmente,
pintamos o prédio. Para conter gas-
tos, eu e o zelador fizemos parte dos
reparos.
Quais os próxi-
mos planos como
síndico?
Como não pode-
mos modernizar os
elevadores agora,
vamos reformá-los
com adesivos e ta-
petes. Não gosto
de trabalhar com
rateios, mas estou finalizando um
projeto para angariar verbas para os
elevadores. Será um quadro no qual
os comerciantes pagarão aluguel para
anunciar serviços e os moradores se
beneficiarão com descontos. Também
estamos iniciando o processo para im-
plantação da coleta seletiva do lixo. -
Agora o prédio conta com serviço de portaria 24 horas
11
A s primeiras transmissões da
TV digital no Brasil ocorreram
em 2007. No ano passado,
ficou estabelecida a obrigatorieda-
de dos fabricantes de televisores
instalarem conversores digitais nos
aparelhos de 32 polegadas ou mais.
Este ano, a norma foi estendida para
modelos a partir de 26 polegadas.
O momento é de adaptação.
Aos poucos, o sinal analógico será
integralmente substituído pelo di-
gital. Para os consumidores, são
várias as vantagens, da melhoria na
qualidade das imagens até a possi-
bilidade de captação de sinais em
áreas muito mais amplas, incluindo
Com o fim do sinal analógico, previsto para 2016, condomínios devem começar a instalar antenas que captem o sinal digital
de Promoção do SBTVD (Sistema
Brasileiro de TV Digital).
Durante o período de migração,
vale ressaltar, é possível distribuir os
dois tipos de sinais. Em São Paulo,
algumas empresas especializadas
na instalação de antenas coletivas
têm enviado, gratuitamente, uma
circular aos síndicos interessados em
compreender melhor como funciona a
captação do sinal digital, bem como
as vantagens do formato. “O sinal di-
gital envolve um custo de manutenção
menor, já que o número de antenas di-
minui e não há necessidade de ajustes
constantes. Muitos condôminos hoje
optam pela TV paga, devido à qualida-
de da imagem ou pelo grande número
de canais. Fica uma dica para quem
preza pela qualidade: as imagens do
sinal digital são muito melhores, pois
são captadas em alta definição, e já
existem mais de 20 canais gratuitos
que transmitem sua programação por
esse tipo de sinal”, destaca Carlos
localidades afastadas dos grandes
centros urbanos.
As empresas de telecomunica-
ções e transmissão de canais estão
adiantadas nesse processo, mas
ainda há muita gente que não adquiriu
um conversor digital ou não possui o
aparelho de TV com o equipamento
embutido. Por conta disso, muitos
síndicos não têm se preocupado
em instalar antenas coletivas que
captem o sinal digital. “É conveniente
fazer agora a instalação desse tipo
de antena, pois mais tarde o preço
vai subir, visto que o sinal analógi-
co tem de desaparecer até 2016”,
afirma Eduardo Bicudo, técnico
em Antenas e membro do Módulo
Bicudo: “Em 2016, o sinal analógico será definitivamente desligado”
áreas muito mais amplas, incluindo captação do sinal digital, bem como
as vantagens do formato. “O sinal di-
gital envolve um custo de manutenção
menor, já que o número de antenas di-
minui e não há necessidade de ajustes
constantes. Muitos condôminos hoje
optam pela TV paga, devido à qualida-
de da imagem ou pelo grande número
de canais. Fica uma dica para quem
preza pela qualidade: as imagens do
sinal digital são muito melhores, pois
são captadas em alta definição, e já
existem mais de 20 canais gratuitos
que transmitem sua programação por
esse tipo de sinal”, destaca Carlos
afirma Eduardo Bicudo, técnico
em Antenas e membro do Módulo
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ção
Preparado para aTV digital?
12
Por Paula Ignacio
tecnologia
Tesser, técnico em Antenas Coletivas
e sócio da Unicatec Tecnologia.
Ao contratar empresas ou fun-
cionários para a instalação, alerta o
empresário, é preciso tomar alguns
cuidados. “É fundamental que o
trabalho seja feito de forma correta
e que os materiais utilizados tenham
boa qualidade, para evitar prejuízos e
transtornos ao condomínio.”
O condomínio deve levantar in-
formações sobre os prestadores de
serviço e solicitar referências a outros
clientes. Uma antena mal instalada
pode danificar a estrutura do prédio
– se a impermeabilização da laje for
furada durante a instalação, por exem-
plo – ou queimar todos os televisores
ligados ao cabo de transmissão.
“Os síndicos precisam permanecer
atentos à manutenção das lajes e à
medição constante dos para-raios.
Se este estiver instalado em um nível
inferior ao da antena, há o risco desta
funcionar como para-raios durante
uma tempestade. Isso danificará não
somente a antena, forçando a sua
substituição, como também as televi-
sões dos moradores”, afirma Tesser.
Mudando de antena
Feita a averiguação das condi-
ções de infraestrutura do prédio, a
instalação da nova antena é relati-
vamente simples. Se os cabos que
chegam nos apartamentos estiverem
em boas condições, o trabalho dos
técnicos será rápido. “Normalmente,
os prédios têm estruturas específicas
para a passagem de cabos coaxiais
(cabo condutor para a transmissão
de sinais). É bom evitar a instalação
junto aos cabos de energia, pois isso
gera interferências na distribuição dos
sinais analógico e digital.
Além disso, nos condomínios em
que a antena coletiva já está instala-
da, há antena de VHF para os sinais
analógicos e de UHF para os sinais
analógicos e digitais. Quer dizer:
ambos são captados, e a diferença
está na recepção. Os aparelhos mais
recentes (plasma, LCD e LED) que
estiverem com o conversor embutido
captarão o digital. Os televisores de
MODELO SIMPLES DE DISTRIBUIÇÃO TV DIGITAL
ANTENA UHF
CABO Rg6
CONECTORES Rg6
CONVERSORDIGITAL
DIVISOR DE SINAL
CABO DE ÁUDIO E VÍDEO
TV COM CONVERSOR DIGITAL
TV SEM CONVERSOR DIGITAL
Modelo Simples de Captação e Distribuição do Sinal Digital
Font
e: U
nica
tec
Tecn
olog
ia
INfORME-SEFórum SBTVD – Sistema Brasileiro de TV Digital
www.forumsbtvd.org.br
DTV – Site oficial da TV Digital Brasileira
www.dtv.org.br
tubo, por sua vez, também poderão
receber o sinal digital se o condômino
adquirir o conversor digital que ficará
instalado junto à TV”, explica Bicudo.
A conversão do sinal analógico
para o digital não é, portanto, um
bicho de sete cabeças, e pode ser
interessante adiantar o processo
de instalação desse tipo de antena
coletiva. Vale discutir o assunto nas
reuniões de condomínio para que
todos fiquem cientes da novida-
de e da proximidade da mudança
no que diz respeito à captação
coletiva de sinais.
Tesser, técnico em Antenas Coletivas
e sócio da Unicatec Tecnologia.
cionários para a instalação, alerta o
empresário, é preciso tomar alguns
cuidados. “É fundamental que o
13
O número de condomínios
adeptos da reciclagem não
para de crescer. Na Capital,
o Programa de Coleta Seletiva da
Prefeitura recolheu, no ano passado,
mais de 41 mil toneladas de material
reciclável, quase oito vezes o volume
de seis anos atrás. Segundo informa-
ções da Limpurb, órgão da Secretaria
de Serviços paulistana responsável
pelo programa e pela limpeza pública
na Capital, mais de 2.800 condomí-
nios participam da iniciativa. Mas
essa é apenas a ponta do iceberg,
pois há condomínios que, em vez de
recorrer à Prefeitura, se aliam a outras
cooperativas.
Ainda há muito potencial a ser
explorado. Na cidade de São Paulo,
menos de 1% da coleta é seletiva,
segundo estima Victor Bicca Neto,
presidente do Cempre (Compromisso
Empresarial para a Reciclagem), as-
sociação sem fins lucrativos voltada
à promoção da reciclagem dentro do
conceito de gerenciamento integrado
do lixo. “Boa parte do que segue para
reciclagem vem de catadores que
recolhem lixo nos aterros, das coo-
perativas e dos catadores que pegam
lixo nas ruas”, comenta o dirigente.
Isso significa que o lixo recolhido para
reciclagem vem, na maioria das vezes,
de fonte não controlada.
Vários fatores movem os condo-
mínios na direção da reciclagem. “Em
Reciclagem em alta nos condomínios
primeiro lugar, eles aderem à recicla-
gem em função do volume de resídu-
os gerados, pois é preciso encontrar
uma solução para isso. Em segundo
lugar, devido à crescente conscienti-
zação ambiental dos condôminos”,
avalia a engenheira civil Clarice
Degani, assessora técnica da Vice-
-presidência de Sustentabilidade do
Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e
consultora técnica para a certificação
ambiental Aqua de edificações novas
ou já existentes.
Bicca Neto também vê uma maior
conscientização ambiental. “Com
a Lei de Resíduos Sólidos, isso vai
deixar de ser uma ação de um grupo
conscientizado para ser uma obri-
gação”, frisa, lembrando que há, na
nova legislação, um princípio de res-
ponsabilidade compartilhada, isto é,
todos são responsáveis – incluindo o
consumidor – pela gestão do produto,
da fabricação até o descarte.
“Não recomendo fazer coleta
seletiva pensando em redução da
taxa condominial”, diz o presidente
do Cempre, opinando que o principal
ganho é mesmo de qualidade de vida.
“A vantagem monetária vem no longo
prazo, porque a reciclagem tende a
baratear o produto mais adiante.”
“A questão financeira não existe
mais”, afirma Nathalie Gretillat, geren-
te de Meio Ambiente do Grupo Hubert.
Ela esclarece que tempos atrás os
condomínios vendiam material reci-
clável a pequenas empresas, que por
sua vez o revendiam a recicladoras
maiores. Há cerca de três anos, com a
crise internacional, os preços despen-
caram e esses pequenos empresários
pararam de retirar o material. Com
isso, alguns condomínios também en-
cerraram a coleta seletiva, não apenas
em virtude da perda de receita, mas
principalmente pela falta de espaço
para armazenar o material.
Empreendimentos residenciais aderem à coleta seletiva, mas ainda há diversos obstáculos a serem transpostos
Clarice: “Condomínios aderem à reciclagem em função do volume de resíduos gerados”
maiores. Há cerca de três anos, com a
crise internacional, os preços despen-
caram e esses pequenos empresários
pararam de retirar o material. Com
isso, alguns condomínios também en-
cerraram a coleta seletiva, não apenas
em virtude da perda de receita, mas
principalmente pela falta de espaço
Foto
: Cal
ão J
orge
14
Por Sônia Salgueiro
caPa
Reciclagem em alta nos condomíniosProblemas na Capital
Na cidade de São Paulo há duas
formas para atuar com a recicla-
gem: via cooperativas conveniadas
à Prefeitura (serviço gratuito) ou, se
a localidade não for atendida pelo
programa oficial, contratando uma
cooperativa independente. Se ela está
muito próxima do condomínio, pode
até buscar o material de graça, mas
essa retirada normalmente é cobrada,
informa Nathalie.
Bicca Neto, do Cempre, recomen-
da procurar cooperativas de catado-
res registradas, e não microempresas
que fazem da coleta do lixo um
negócio. Há, segundo ele, sites que
identificam as cooperativas sérias,
como os da Abipet e da Tetrapak. No
portal do Cempre também é possível
A partir de 1º de janeiro de 2012, o comércio paulistano não poderá
mais distribuir ou vender sacolas plásticas. A exceção só vale para os
alimentos vendidos a granel (legumes, frutas, etc.) ou que vertem água
(peixes, laticínios, carnes, entre outros). Também continua permitido
usar plástico nas chamadas embalagens primárias dos produtos.
A Lei nº 15.374 foi aprovada no dia 17 de maio pela Câmara Muni-
cipal da cidade de São Paulo e sancionada logo depois pelo prefeito
Gilberto Kassab. O comércio terá de se adaptar à nova legislação até
31 de dezembro próximo.
A medida é um alento para o meio ambiente, mas pode se cons-
tituir em preocupação para o corpo diretivo dos condomínios. Como
os moradores estão acostumados a descartar todo tipo de lixo – or-
gânico ou não – usando as sacolinhas de supermercados, o síndico
precisará orientar os condôminos a continuarem descartando seu
lixo de forma segura, usando invólucros de outros materiais, menos
agressivos à natureza.
Abaixo as sacolas plásticas
essa retirada normalmente é cobrada,
informa Nathalie.
Bicca Neto, do Cempre, recomen-
da procurar cooperativas de catado-
res registradas, e não microempresas
que fazem da coleta do lixo um
negócio. Há, segundo ele, sites que
identificam as cooperativas sérias,
como os da Abipet e da Tetrapak. No
portal do Cempre também é possível
A Lei nº 15.374 foi aprovada no dia 17 de maio pela Câmara Muni-
cipal da cidade de São Paulo e sancionada logo depois pelo prefeito
Gilberto Kassab. O comércio terá de se adaptar à nova legislação até
31 de dezembro próximo.
A medida é um alento para o meio ambiente, mas pode se cons-
tituir em preocupação para o corpo diretivo dos condomínios. Como
os moradores estão acostumados a descartar todo tipo de lixo – or-
gânico ou não – usando as sacolinhas de supermercados, o síndico
precisará orientar os condôminos a continuarem descartando seu
lixo de forma segura, usando invólucros de outros materiais, menos
agressivos à natureza.
15
plo, não são cobertas. Apesar dessa
deficiência, 95% dos condomínios da
carteira da Hubert que reciclam lixo
utilizam a coleta da Prefeitura, que
até o final do ano pretende implantar
cinco novas centrais de triagem.
Funcionários engajados
Não há uma fórmula mágica que
garanta o sucesso da reciclagem.
Mas Nathalie considera fundamental
o condomínio escolher com cuidado
a cooperativa parceira.
Ela explica que, em alguns con-
domínios, o síndico e o corpo diretivo
aprovam o projeto. Em outros, o as-
sunto é ratificado pelos condôminos.
O modus operandi é variável. Em
alguns locais, os moradores descem
seu lixo reciclável, enquanto em outros
os faxineiros passam nos apartamen-
tos para pegá-lo em um horário pre-
estabelecido. O ideal, diz Nathalie, é
que haja uma estrutura na garagem ou
no térreo, visto que, por determinação
do Corpo de Bombeiros, nenhum lixo
pode ser colocado nos andares.
fará a coleta do lixo de uma a duas ve-
zes por semana. Nathalie observa que
está difícil obter o contêiner. “Há uma
longa fila e existem condomínios que
estão à espera desse equipamento há
um ano”, diz ela.
O assunto reciclagem é tão impor-
tante e a situação anda tão compli-
cada na Capital que o Secovi-SP, por
meio do Conselho de Síndicos (grupo
de trabalho da Vice-presidência de
Administração Imobiliária e Condo-
mínios, formado por 35 síndicos e co-
ordenado por Sergio Meira de Castro
Neto), escolheu esse tema como um
dos carros-chefes deste ano. Isso sig-
nifica que os integrantes do Conselho
estudarão a fundo o problema, levan-
tando as dificuldades de cada bairro,
para ampla discussão nas reuniões
até dezembro. A intenção é melhorar
o serviço de coleta seletiva realizado
na cidade, estreitando as relações do
Sindicato com a Limpurb.
Segundo Nathalie, do Grupo Hu-
bert, o maior problema é que muitos
bairros não têm rota. Ela diz que al-
gumas áreas do Itaim Bibi, por exem-
Bicca Neto: “Perdemos muita oportunidade de reciclagem”
O SUCESSO DO MODELO BRASILEIRO
“O Brasil desempenha um papel
importante na reciclagem no mundo.
Apesar de não ter tido por muitos anos
uma lei de resíduos, criou um modelo
de processos de reciclagem muito
bem-sucedido”, diz Victor Bicca Neto,
presidente do Cempre (Compromisso
Empresarial para a Reciclagem). Se-
gundo ele, esse sistema faz sucesso
porque, entre outras coisas, inclui
os catadores, que reúnem o lixo
que está difuso no meio ambiente, e
setores industriais que vislumbraram
na reciclagem uma oportunidade de
economia, como bem ilustra a cadeia
do alumínio.
Alguns números dão uma ideia
desse sucesso: no Brasil, 98% das
latas de alumínio são recicladas, o que
nos dá a liderança no mundo nesse
quesito. O País também recicla 56%
de suas embalagens PET (somos os
segundos, atrás do Japão) e metade
pesquisar cooperativas, sucateiros e
recicladores (Veja quadro à página 8).
Para manter seu programa, a
Limpurb conta com 21 cooperativas
conveniadas. A Prefeitura é respon-
sável pela infraestrutura das centrais
de triagem e instrumentos de trabalho
(caminhões de coleta, equipamentos,
galpões, pagamento de consumo de
água e luz). As cooperativas separam
os materiais, gerando renda e inclu-
são social a cerca de mil famílias que
participam do programa e recebem
uma renda média mensal de R$ 800.
Segundo informa a Limpurb, 75 dos 96
distritos da cidade são atendidos pelo
programa, contemplando em torno de
1,6 milhão de domicílios – mais os
condomínios.
Em alguns casos, a Prefeitura pau-
listana – por intermédio de suas con-
cessionárias de coleta de lixo, Loga e
Ecourbis – fornece um contêiner para
o condomínio colocar o lixo reciclável.
A solicitação pode ser feita via Central
de Atendimento (156) ou pelo e-mail
[email protected]. Se a
resposta for positiva, a concessionária
Bicca Neto: “Perdemos muita oportunidade de reciclagem”
“O Brasil desempenha um papel
importante na reciclagem no mundo.
Apesar de não ter tido por muitos anos
uma lei de resíduos, criou um modelo
de processos de reciclagem muito
bem-sucedido”, diz Victor Bicca Neto,
presidente do Cempre (Compromisso
Empresarial para a Reciclagem). Se-
gundo ele, esse sistema faz sucesso
porque, entre outras coisas, inclui
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16
Por Sônia Salgueiro
caPa
disponibilizar, na estação de coleta se-
letiva, um cesto para não-recicláveis.
“É incrível como muitas vezes não há
a opção do não-reciclável, causando
a contaminação dos recicláveis.”
Orientação é o mais importante.
Erros primários podem comprometer
As cooperativas só separam os materiais na esteira
A gerente esclarece que não é ne-
cessário ter uma lixeira para cada tipo
de material. “As cooperativas coletam
tudo junto e só separam por material
na esteira. Depois, tudo vai misturado
no caminhão que transporta o mate-
rial.” Ela ressalta que é importante
O SUCESSO DO MODELO BRASILEIRO
de todo o papelão, segundo o dirigen-
te do Cempre.
Há, no entanto, algumas dificulda-
des a serem transpostas. “Perdemos
muita oportunidade de reciclagem”,
destaca Bicca Neto. Ele cita um estudo
de 2010 do Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Avançada) segundo o qual
o Brasil tem um potencial de recicla-
gem, só no tocante a embalagens, de
R$ 8 bilhões anuais. “Só reciclamos
R$ 3 bilhões, porque praticamente
não temos coleta seletiva”, informa.
Segundo ele, dos 5.565 municípios
brasileiros, só 443 têm esse serviço.
Clarice Degani, integrante da
Vice-presidência de Sustentabili-
dade do Secovi-SP (Sindicato da
Habitação), também avalia que há
problemas. “Falta apoio dos muni-
cípios disponibilizando áreas para
transbordo, nas quais os resíduos
gerados possam ser descartados,
livres de contaminação, para serem
utilizados posteriormente como sub-
produtos”, diz ela. “Além disso, não
há disponibilidade de empresas de
coleta de recicláveis suficientes, tanto
em termos de oferta do serviço a todos
os interessados como de frequência
regular de coleta.”
No caso dos condomínios, com-
pleta Clarice, as maiores dificuldades
são a frequencia irregular de coleta, as
incertezas quanto ao destino dado aos
resíduos coletados e a flutuação no va-
lor de mercado dos resíduos, gerando
falhas e até interrupção de coleta por
parte de cooperativas.
Vantagens da reciclagem- Geração de emprego para as classes mais baixas, que trabalham em centros e cooperativas de triagem de resíduos recicláveis.- Menor volume de lixo nos aterros sanitários.- No longo prazo, menor cus-to de alguns insumos pode baratear produtos.
- Cidades mais limpas.
baratear produtos.- Cidades mais limpas.
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todo o processo, como deixar passar
restos de alimentos e de bebidas no
material que seguirá para reciclagem.
“A parte de baixo da caixa de pizza,
por exemplo, não deve ser reciclada,
porque ficou em contato com material
orgânico.”
A conscientização deve abranger
todos os públicos. “Os condomínios
têm errado principalmente aí”, ressalta
Nathalie. Ela defende um trabalho
específico com as empregadas do-
mésticas, pois são elas que passam o
dia no apartamento. “Não adianta res-
tringir ao condômino e às crianças. É
fundamental envolver os funcionários
dos apartamentos e do condomínio”,
enfatiza.
Óleo de cozinha
Antes de implementar a coleta
seletiva, os condomínios costumam
chamar os moradores para reuniões
menos formais que as assembleias. O
corpo diretivo do Condomínio Edifício
Rogério fez várias reuniões e colocou
avisos no elevador mostrando por que
reciclar, as vantagens e os materiais
que podem ser reciclados. “No come-
ço tem de ter paciência, para explicar
que não é todo tipo de material que
pode ser reciclado”, aconselha a sín-
dica Claudia Rita Misevicius Soares.
No empreendimento, o lixo é
recolhido nos andares duas vezes
por dia, de manhã e no final da tarde.
Aos sábados, apenas às 13 horas.
“Temos um zelador que olha no lixo
dos andares para ver se há algo reci-
clável que não foi separado”, conta a
síndica. Os reciclados são recolhidos
pela concessionária da Prefeitura
paulistana às terças e quintas-feiras
de madrugada. Claudia estima que
80% dos condôminos aderiram.
Há um ano o condomínio também
coleta óleo. “Estávamos com proble-
mas de entupimento nas cozinhas e
orientamos o pessoal a não jogar óleo
na pia”, conta. Foi selado um acordo
com uma ONG, para a qual o condo-
mínio pagou R$ 30 por uma bombona
e um funil. “Quando enche, a gente
liga e a ONG retira a bombona e deixa
outra vazia. Só houve pagamento da
primeira vez.”
Também há cerca de um ano o
Condomínio Monte Carlo, localizado
em Santana, na Capital, recicla seu
óleo de cozinha. Para tanto foi fecha-
do acordo com uma ONG que usa
o óleo para fazer sabão e a renda
é revertida para pessoas carentes.
Nathalie: “É fundamental envolver os funcionários dos apartamentos e do condomínio”
Eleger um grupo de moradores, que será responsável pela organização e traçará
estratégias para estimular os demais condôminos a aderirem à campanha.
Essa equipe estabelecerá como e quando os recicláveis serão recolhidos e definirá
o destino do material coletado. Também checará junto ao poder municipal se existe
algum tipo de coleta seletiva na região.
Mobilizar o maior número possível de moradores, demonstrando a impor-
tância da iniciativa e infomando-os sobre como reciclar.
Definir os tipos de materiais a serem coletados (jornais, papéis, papelão,
vidro, plástico, alumínio etc.), tendo sempre em vista a demanda de merca-
do existente nas redondezas. Isso viabilizará um fluxo constante de saída,
evitando o acúmulo excessivo de materiais no condomínio.
É preciso definir a estrutura operacional do sistema, considerando três fases:
coleta, estocagem e venda (ou doação).
Fontes: Cempre e Tetra Pak
PASSO A PASSO PARA CONDOMÍNIOS QUE QUEREM COMEÇAR A RECICLAR
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ão J
orge
18
Por Sônia Salgueiro
caPa
São disponibilizados dois galões, de
20 litros cada, para os moradores
colocarem o produto. Nos últimos 12
meses, o condomínio forneceu cerca
de 80 litros e outros 40 estão prontos
para ser retirados pela ONG.
A coleta seletiva de lixo é mais
antiga. Começou há aproximada-
mente quatro anos, depois que,
numa assembleia, um condômino
fez a sugestão. Antes, os moradores
só separavam alumínio e papel. Aí
surgiu a ideia de fazer uma coleta
mais abrangente e foi chamada uma
cooperativa.
“No começo, com o dinheiro da
venda do material, comprávamos o
café da manhã dos funcionários”,
conta o síndico. Mas, em 2008, o
preço dos recicláveis caiu muito e
várias empresas que pagavam pelo
lixo pararam de fazê-lo, explica o
síndico, ressaltando que os funcio-
nários continuam ganhando o lanche.
“Ainda que não recebamos nada, a
iniciativa é muito válida, por causa
da conscientização e pela queda do
volume de lixo que vai para o aterro”,
defende Bertelini.
O Monte Carlo produz de 400 a
Empresas e entidades de classe também estão en-
gajadas na cruzada da reciclagem. A Abipet (Associação
Brasileira da Indústria do PET) e a Tetra Pak lançaram re-
centemente dois serviços que podem ser uma mão na roda
para os condomínios.
A Tetra Pak criou o portal Rota da Reciclagem (www.
rotadareciclagem.com.br), que permite encontrar coopera-
tivas, pontos de entrega voluntária de materiais recicláveis
e comércios ligados à cadeia de reciclagem, localizados
em boa parte do território nacional, usando o Google Maps.
Basta colocar o endereço do condomínio para ter acesso a
telefone e endereço desses locais. O portal ainda dá diversas
informações sobre o processo de separação e envio à reci-
clagem de embalagens longa vida (as tradicionais caixinhas
de leite e embalagens assemelhadas) e várias dicas sobre
coleta seletiva.
O LevPet (www.levpet.org.br), da Abipet, também utiliza
o Google Maps para fornecer a localização dos pontos de
entrega voluntária, cooperativas, comerciantes de recicláveis,
ONGs, entidades e recicladores que recebem o material
reciclado de modo pulverizado nas cidades. Aqui, em vez
do endereço, o interessado precisa digitar o número do CEP.
“É mais uma demonstração do comprometimento do setor
com a preservação do meio ambiente. Além disso, colabora
para resolver o grande entrave que dificulta a ampliação
da reciclagem em nossa indústria: a falta de um sistema
público abrangente de coleta seletiva”, afirma Auri Marçon,
presidente da Abipet.
Outro portal bem completo é o do Cempre (Compromisso
Empresarial para a Reciclagem), associação sem fins lucra-
tivos que promove o tema reciclagem. No endereço www.
cempre.org.br, é possível pesquisar cooperativas, sucateiros
e recicladores, tanto por região como material; consultar o
preço de diversos materiais recicláveis; e conhecer o tama-
nho do mercado de reciclagem, além de tirar dúvidas, por
meio de uma seção de perguntas e respostas.
INFORME-SE MAIS SOBRE O TEMA
500 quilos de lixo reciclável por sema-
na. São retirados de dois a três fardos
semanais, fora jornais e revistas, que
são separados mas não colocados
nos fardos. Os moradores depositam
o lixo em seis pontos espalhados pela
garagem. Em cada um deles há um
cesto para orgânicos e outro para
recicláveis. Um faxineiro recolhe o
material e o leva para um depósito,
que acomoda ainda os galões de óleo
de cozinha.
A reciclagem também é realidade
no Condomínio Piazza di Toscana,
um complexo com cinco torres situ-
ado na zona leste paulistana, desde
que o complexo foi entregue, há
seis anos e meio. Toda terça-feira
uma cooperativa recolhe o material,
que fica estocado em um depósito.
“Dá mais ou menos 200 quilos por
semana”, informa a síndica Ana
Josefa Severino.
Bertelini: “A iniciativa é muito válida, por causa da conscientização e pela queda do volume de lixo que vai para o aterro”
síndico, ressaltando que os funcio-
nários continuam ganhando o lanche.
“Ainda que não recebamos nada, a
iniciativa é muito válida, por causa
da conscientização e pela queda do
volume de lixo que vai para o aterro”,
defende Bertelini.
O Monte Carlo produz de 400 a
Bertelini: “A iniciativa é muito válida, por causa da conscientização e pela queda do volume de lixo que vai para o aterro”Fo
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Por Sônia Salgueiro
caPa
Gerador de condomínio paulistano terá de ser adaptadoO prazo para a adequação é bem apertado: 180 dias, contados a partir de 25 de março último
Condomínios residenciais e
comerciais que possuem
geradores de energia de-
vem ficar atentos para o que dizem
os artigos do Decreto Municipal
nº 52.209/11, assinado no final de
março pelo prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab, e que regulamenta
legislações anteriores sobre o tema.
Em seu artigo 2º, o decreto prevê
que todas as edificações públicas
ou privadas que utilizam grupos
Annunciato: Síndico deve pedir laudo à empresa de manutenção para provar que tudo está em conformidade com a nova lei
motogeradores (os geradores de
energia) deverão convertê-los ou
utilizar equipamentos movidos a
combustível menos poluente que o
óleo diesel ou, ainda, adaptar filtros
ou outros acessórios que reduzam a
poluição, observando o que venha a
ser estabelecido pelo órgão ambien-
tal competente.
“O Decreto encontra respaldo no
Código de Obras e Edificações, isto
é, na Lei nº 11.228/92 e justifica-se
como um fator de diminuição da
poluição ambiental, sendo uma das
medidas incentivadas pela política
de mudanças climáticas”, ilustra
João Paulo Rossi Paschoal, asses-
sor jurídico do Secovi-SP (Sindicato
da Habitação). Ele faz referência ao
item 9.4 do Código de Obras, que foi
acrescido de itens específicos sobre
a nova obrigatoriedade.
“Tal legislação atualmente se
restringe ao município de São Paulo.
Em breve, contudo, certamente ser-
virá de parâmetro e referência para
as demais regiões do Estado e do
País”, analisa.
O decreto se aplica também aos
condomínios antigos, que possuem
gerador há bastante tempo. “Todos
terão de se adaptar num prazo de
180 dias a partir da data da publi-
cação do documento, em 25 de
março de 2011”, complementa
Rossi Paschoal.
Na opinião de Hubert Gebara,
vice-presidente de Administração
Imobiliária e Condomínios do Seco-
vi-SP, toda mudança que visa reduzir
a poluição é bem-vinda pelo setor e
pelo Sindicato da Habitação. “Esta-
mos todos preocupados com o meio
ambiente. Queremos garantir quali-
dade de vida para a geração atual e
também para as futuras, mas o prazo
é muito exíguo. Muitos condomínios
com certeza terão dificuldade para
cumprir esse cronograma”, declara.
Segundo João Luiz Annunciato,
diretor de Administradoras da mes-
ma vice-presidência do Secovi-SP,
de certo modo a legislação é flexível
para os condomínios, principalmen-
te ao abrir a possibilidade de insta-
22
esPecialPor Marcos Fernando Queiroz
lação de filtros nos equipamentos
geradores dos edifícios. “Se o con-
domínio não tiver caixa para isso, o
síndico deverá convocar assembleia
e apresentar três orçamentos para
atender a essa obrigatoriedade”, diz.
De acordo com o di retor, é
prudente que o síndico cobre das
administradoras uma declaração
ou laudo das empresas de manu-
tenção dizendo que o sistema está
em conformidade com as exigências
da nova lei.
Aproveite a chegada do inverno, época de muito frio e pouca chuva, para fazer os reparos necessários nessa concorrida área do condomínio
O inverno está se aproximando
e a utilização das piscinas
tende a diminuir bastante.
Vários condomínios optam pelo seu
fechamento, mas alguns decidem
mantê-las funcionando, investindo até
mesmo na instalação de climatizado-
res. Qualquer que seja o caso, este
é o momento ideal para programar
reformas ou pequenos reparos, sem
descuidar do tratamento da água e
da correta sinalização do entorno, de
forma a evitar acidentes. Além do bai-
xo movimento, o clima colabora para
uma rápida conclusão dos trabalhos,
segundo representantes de empresas
que fazem obras em piscinas. “No
Estado de São Paulo, o inverno é a
na execução da reforma”, afirma o
engenheiro Eduardo Dealis, da EHS
Engenharia.
Em uma primeira avaliação, verifi-
ca-se, em geral, se os filtros da piscina
precisam ser substituídos por novos;
se o revestimento do deck deve ser
trocado (veja mais informações na
página ao lado); se há problemas de
impermeabilização e estanqueidade
do leito; e se o local apresenta trincas
e rachaduras ou ainda descolamento
de pastilhas.
Conforme Dealis, o descolamento
de pastilhas ou do rejunte é um pon-
to preocupante, pois pode ser sinal
de infiltração. Caso o problema seja
confirmado, é preciso fazer uma nova
melhor época para a realização de re-
formas, porque chove menos”, afirma
a engenheira Cibele Neme, da Minuano
Engenharia.
O síndico é responsável pela con-
tratação de uma empresa de engenha-
ria capacitada para uma avaliação do
local. Por segurança, recomenda-se
exigir o ART (Certificado de Anotação
de Responsabilidade Técnica). A
contratação de prestadores de ser-
viço distintos para trabalharem em
uma mesma obra demanda, por sua
vez, atenção redobrada por parte do
condomínio. “É fundamental verificar
se uma determinada empresa presta
o serviço total ou se as outras com-
panhias contratadas terão unidade
Piscina em ordem
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ção
24
manutençãoPor Paula Ignacio
Piscina em ordem
impermeabilização da piscina e de seu
entorno. “Há novos produtos, como a
manta líquida, que não se desprendem
das laterais das paredes e podem ser
aplicados nos reservatórios”, explica o
engenheiro.
Se a piscina for esvaziada para
manutenção, as empresas e o próprio
prédio devem providenciar obstáculos
e avisos, para prevenir acidentes. “Re-
comenda-se a colocação de cercas
e avisos para que o acesso a essas
áreas fique restrito aos funcionários”,
reforça Sérgio Meira de Castro Neto,
diretor de Condomínios do Secovi-SP
(Sindicato da Habitação). No caso de
ficar decidido em assembleia que as
piscinas permanecerão fechadas no
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DECKS DE MADEIRA
Com relação aos decks de madeira, é importante manter as vigas, pilares
e barrotes envernizados e limpos para uma boa impermeabilização. “Caso as
piscinas tenham decks que precisem ser substituídos, recomendo uma nova im-
permeabilização da área e colocação do revestimento com pedras naturais, como
a Pedra Mineira, Pedra Goiás ou São Tomé, além de alguns tipos de mármore e
granito com acabamento menos liso”, diz Eduardo Delis, da EHS.
Segundo ele, as pedras naturais são mais higiênicas e apresentam melhor
acabamento. A manutenção também é mais fácil e raramente há necessidade de
substituição. Por causa de sua maior porosidade, há menor risco de acidentes em
uma área como o deck, que fica constantemente molhada.
25
inverno, o condomínio fica responsável
por tomar as medidas cabíveis para o
isolamento da área. “Cabe ao condo-
mínio cuidar para que crianças não en-
trem desacompanhadas nesses locais,
mesmo quando as piscinas estiverem
fechadas. Alguns cuidados básicos de
restrição, bem como a publicação de
avisos, são fundamentais”, completa
Sérgio Meira.
Temperatura agradável
Ao optar pela instalação de sistema
de aquecimento, o condomínio deve
atentar para a relação custo-benefício
do equipamento. Há três tipos de
aquecedores: a gás, elétrico e solar.
“Todo aquecimento é uma recirculação
da água, que passa pelo sistema de
aquecedores e é novamente lançada
na piscina. Há prós e contras na ins-
talação desses sistemas. É bom ter a
temperatura constante para utilização
mais frequente da piscina, mas geral-
mente o custo de manutenção é alto”,
alerta Cibele, da Minuano.
Mesmo tendo um custo de instala-
ção relativamente alto, o aquecimento
solar é uma alternativa interessante
porque, além de ambientalmente
correto, apresenta valor mais baixo de
manutenção.
Os cuidados com o tratamento da
água aquecida são os mesmos, mas
vale lembrar que as bactérias podem
proliferar mais rapidamente nesse
ambiente. Por isso é importante que as
piscinas climatizadas permaneçam em
uma área coberta e isolada de vento
e chuva, que podem trazer impurezas
para a água.
No inverno, ainda que a piscina
seja fechada, o tratamento da água
deve seguir com a mesma frequência.
A falta de manutenção pode trazer
consequências desagradáveis, como
proliferação de insetos, microorganis-
mos e parasitas e até o surgimento de
algas. “Mesmo no inverno, a piscina
precisa de tratamento. Caso contrário,
faz-se necessário o descarte de água,
processo caro e nem um pouco sus-
tentável. Devemos considerar também
o aspecto sanitário e a localização da
área, que influencia na constância
do tratamento. Piscinas próximas a
regiões muito poluídas, com queima-
das e até com muita vegetação nas
proximidades, exigem maiores cuida-
dos”, diz Marcos Gasparotto, da HTH
Produtos para Piscina.
O tratamento da água geralmente é
feito pelos funcionários do condomínio.
Cabe ao síndico providenciar cursos
(que são gratuitos e oferecidos pelas
empresas fornecedoras dos produtos
para o tratamento químico da água)
e os equipamentos de proteção ne-
cessários para o manuseio destes,
os chamados EPIs (Equipamentos de
Proteção Industrial).
É importante observar os prazos de
validade dos produtos e garantir que o
funcionário responsável utilizará os vo-
lumes adequados. Existem cloradores
automáticos que liberam a quantidade
exata de produto na água, evitando o
contato do funcionário com o cloro e
possíveis intoxicações. Eles também
ajudam a diminuir o desperdício do
produto e baratear o custo mensal de
manutenção.
Mesmo no inverno, a água da piscina precisa de tratamento
Meira: É importante colocar cercas e avisos para que acesso à piscina fique restrito aos funcionários
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26
manutençãoPor Paula Ignacio
Reunião onlineAssembleia digital possibilita maior participação de moradores, agiliza decisões e reduz chance de conflitos
Em plena era da banda lar-
ga e da certificação digital,
condomínios e loteamentos
começam a lançar mão de um novo
expediente na hora de aprovar contas,
discutir problemas e avalizar orçamen-
tos de obras e serviços: a assembleia
virtual.
Entre os principais atrativos desse
tipo de assembleia estão a possibili-
dade de aumento da participação de
condôminos, a agilização das deci-
sões e a menor chance de conflitos.
“Numa assembleia virtual, você evita
a poluição sonora, as agressões e os
embates pessoais, porque as pessoas
tendem a pensar mais antes de escre-
ver. Nesse sentido, ela é um inibidor
de conflitos”, afirma Marcos Davi
Monezzi, integrante da Diretoria de
Loteamentos da Vice-presidência de
Administração Imobliária e Condomí-
nios do Secovi-SP e sócio-fundador
da Monezzi Advocacia.
Além de ser mais objetiva, a as-
sembleia virtual ou mesmo a declara-
ção de voto por meio digital reduz dis-
tâncias e derruba barreiras. “Às vezes o
condômino tem receio de se manifestar
em público e opta por não participar
do encontro. Também há quem tenha
dificuldade de locomoção”, comenta
o advogado. Seja sozinha, seja em
conjunto com a assembleia conven-
cional, ela sempre incentiva a parti-
cipação e aumenta o quórum. “Ainda
será necessário manter a assembleia
convencional por um bom tempo, mas
é de suma importância abrir novas pos-
sibilidades de as pessoas participarem
das decisões em condomínio, como é
o caso do voto pela internet”, opina.
Como fazer
A proliferação de sites de condomí-
nios e a instituição do certificado digital
foram cruciais para o surgimento da
assembleia virtual e da declaração de
voto por meio digital. “Por intermédio
dos sites, por exemplo, é possível
prestar contas, acessar a Convenção
Monezzi: “Numa assembleia virtual, você evita a poluição sonora, as agressões e os embates pessoais”
Ter previsão na Convenção do condomínio
Possuir um site
Ambiente seguro para a navegação, o envio e recepção de
documentos eletrônicos
Certificação digital
Suporte de um técnico em informática ou da administradora
http:// O que é preciso para realizar assembleias virtuaishttp://
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Por Sônia Salgueiro
legislação
e as atas das assembleias. Por que,
então, não se manifestar via chat ou
e-mail numa assembleia virtual?”,
indaga Monezzi.
Para que a ideia vingasse, faltava
um elemento de segurança, agora
disponível: a certificação digital. Ela
garante que é mesmo o condômino
que está participando da discussão
ou da votação. “Era necessário criar
um ambiente seguro, com as mesmas
garantias da assembleia presencial.”
Partir para a assembleia virtual
exige, porém, alguns procedimentos.
Em primeiro lugar, ela tem de estar
prevista na Convenção. “O artigo
1.334, inciso 3, do Código Civil esta-
belece que a Convenção determinará
a competência da assembleia, a forma
de sua convocação e o quórum para
deliberações”, esclarece Monezzi.
Cêra: “Usando a internet, é possível conseguir um índice de presença de 60% a 70%”
Para reunir condições de realizar
uma assembleia virtual, o condomínio
deve contar com um técnico em infor-
mática ou com o suporte de adminis-
tradora que disponha dessa estrutura.
Monezzi conta que as assembleias
virtuais e as declarações de voto por
meio eletrônico surgiram há cerca de
três ou quatro anos, com os clubes de
campo, “que têm a mesma compo-
sição de um condomínio, em termos
estatutários”, e também nos condomí-
nios complexos (os que reúnem hotel,
área comercial e residencial). “Como
os proprietários são de diversos luga-
res, ou eles se reúnem numa época
específica ou é necessário recorrer
Presença maciçaEm fevereiro, o Residencial dos Pinheiros, condomínio horizontal com 27
sobrados localizado em São Bernardo do Campo, realizou sua primeira as-
sembleia virtual. “Contávamos com uma média de três ou quatro moradores e
nessa reunião registramos 80% de presença”, conta a síndica Giovana Baradelli.
Ela diz que a ferramenta permite ao morador que não está no condomínio na
hora da assembleia emitir uma procuração e enviá-la à sindica ou, via assinatura
digital, votar no próprio site. Isso é possível porque o Residencial dos Pinheiros
está na web. Além de agilizar as discussões, segundo Giovana, a assembleia
virtual ameniza o clima no condomínio. “Havia gente que esperava a assembleia
para lavar roupa suja e isso não acontece via assembleia virtual”, ilustra.
Carlos Cêra, diretor de Desenvolvimento de Produtos da Superlógica,
fabricante do software adquirido pelo Residencial dos Pinheiros, explica que a
assembleia fica agendada no sistema. Um dia antes da data marcada, é gerada
uma procuração, que possibilita ao condômino participar da assembleia sem
estar presente. “O quórum em uma assembleia é sempre muito baixo. Usando
a internet, é possível conseguir um índice de presença de 60% a 70%”, defende
o executivo.
Uma das maiores vantagens do sistema, conforme Cêra, é que ele é híbrido.
“Não daria para deixar de fora quem não tem internet ou não possui familiaridade
com ela”, justifica. Daí a assembleia presencial continuar existindo.
a uma alternativa tecnológica com
sustentação jurídica. Daí a opção pela
assembleia virtual, por teleconferência
ou mesmo a declaração de voto por
meio eletrônico.”
Monezzi conta que as assembleias
virtuais e as declarações de voto por
meio eletrônico surgiram há cerca de
três ou quatro anos, com os clubes de
campo, “que têm a mesma compo-
sição de um condomínio, em termos
estatutários”, e também nos condomí-
nios complexos (os que reúnem hotel,
área comercial e residencial). “Como
os proprietários são de diversos luga-
res, ou eles se reúnem numa época
específica ou é necessário recorrer
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Lembre-se! A manutenção ou a reforma do seu elevador não é uma exclusividade da montadora
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A necessidade da construção dos edifícios cada vez se faz mais presente decorrente do aumento da população, escassez e valori-zação dos terrenos além da segu-rança pessoal.
O equipamento que possibilitou a construção dos edifícios mais modestos até os chamados arra-nha céus foi o elevador. Portanto, podemos afirmar com certeza que esse equipamento foi a grande invenção dos últimos tempos, pois sem ele não teríamos a condição de verticalizar as edificações, con-centrando e acomodando grande número de famílias e escritórios comerciais.
A viabilização do elevador foi possível a partir de 1.853, com a invenção de um dispositivo que foi denominado de Limitador de Velocidade e Freio de Segurança, que tem como função brecar a cabina do elevador caso sua velo-cidade nominal, exceda a pré-es-tabelecida. Com esse dispositivo acoplado, foi possível transportar passageiros com total segurança.
Cada vez mais a questão de segurança está presente no nosso cotidiano, e, em função de alguns fatos e metodologia, o mercado de
elevadores vêm adotando como padrão, efetuar a revisão desse dispositivo, em média a cada 02 (dois) anos independente do tem-po de uso do elevador, executando a aferição, testes e substituição de lacre. Como estes trabalhos não estão contemplados nos contratos de assistência técnica, deverão ser objeto de proposta e negociação entre empresa e cliente.
Em abril de 2010 foi publicado, na Revista Direcional a entrevista feita com o consultor Engenheiro Sérgio Rodrigues, especializado em elevadores aonde diz que:
“LIMITADORES DE VELOCIDADE Esses componentes são os
responsáveis pela parada de emer-gência da cabina, caso a velocida-de de descida seja alta (evita a sua queda). Eles apresentam desgaste natural e periodicamente devem ser calibrados e testados (normalmen-te a cada 2 anos). “Mensalmente faz-se a verificação da lubrificação e da ausência de ruídos.”
Elevadores são absolutamente seguros desde que sua manuten-ção seja feita de forma adequada, portanto não deixe de fazer as manutenções preventivas Evite Acidentes.
Elevador a grande invenção. Cada vez mais atual e presente
CIDADES E SOLUÇÕES
Dicas e indicadores que facilitam aadministração do seu condomínio
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total geral pessoal / encargo tarifas manut. de equipamentos conservação e limpeza Diversos
icoN
Var. %
icoN
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Mês Ano 12 meses Mês Ano 12
meses Mês Ano 12 meses Mês Ano 12
meses Mês Ano 12 meses Mês Ano 12
meses
abr/10 180,247 0,17 0,64 4,45 181,397 0,00 0,26 5,85 174,024 0,00 0,00 3,90 191,284 0,77 2,23 1,56 176,188 0,61 1,98 0,89 165,923 0,77 2,23 1,56
mai/10 180,698 0,25 0,89 4,85 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 -0,04 -0,04 4,58 193,560 1,19 3,44 2,84 177,859 0,95 2,95 1,79 167,898 1,19 3,44 2,84
jun/10 181,038 0,19 1,08 5,21 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 0,00 -0,04 5,31 195,205 0,85 4,32 3,82 179,150 0,73 3,70 2,65 169,325 0,85 4,32 3,82
jul/10 181,184 0,08 1,16 4,95 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,25 0,21 3,20 195,498 0,15 4,48 4,43 179,387 0,13 3,83 3,19 169,579 0,15 4,48 4,43
ago/10 181,502 0,18 1,34 5,23 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,00 0,21 3,20 197,004 0,77 5,28 5,61 180,696 0,73 4,59 4,45 170,885 0,77 5,28 5,61
set/10 182,921 0,78 2,13 5,36 181,397 0,00 0,26 5,85 179,297 2,81 3,03 3,03 199,269 1,15 6,50 6,38 182,331 0,90 5,54 5,26 172,850 1,15 6,50 6,38
out/10 192,001 4,96 7,20 7,16 196,322 8,23 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 201,282 1,01 7,57 7,40 183,880 0,85 6,44 6,23 174,595 1,01 7,57 7,40
nov/10 192,596 0,31 7,53 7,47 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 204,200 1,45 9,13 8,85 186,029 1,17 7,68 7,39 177,127 1,45 9,13 8,85
dez/10 192,882 0,15 7,69 7,69 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 205,609 0,69 9,88 9,88 187,034 0,54 8,26 8,26 178,349 0,69 9,88 9,88
jan/11 193,615 0,38 0,38 8,09 197,008 0,35 0,35 8,61 179,297 0,00 0,00 3,03 207,234 0,79 0,79 11,50 188,309 0,68 0,68 9,49 179,758 0,79 0,79 11,50
fev/11 194,405 0,41 0,79 8,26 197,623 0,31 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 209,306 1,00 1,80 11,30 190,024 0,91 1,60 9,55 181,556 1,00 1,80 11,30
mar/11 194,683 0,14 0,93 8,19 197,623 0,00 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 210,604 0,62 2,43 10,95 191,242 0,64 2,25 9,20 182,681 0,62 2,43 10,95
abr/11 194,891 0,11 1,04 8,12 197,623 0,00 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 211,551 0,45 2,89 10,60 192,216 0,51 2,77 9,10 183,504 0,45 2,89 10,60
Icon Secovi-SP – Índice de Custos CondominiaisMÊS: Abril/2011 Índice Base Dez/01 = 100,000
IndicadorVariação - em%
Mês Ano 12 meses
IGP-DI 0,50 3,07 10,84
IGP-M 0,45 2,89 10,60
IPC 0,70 2,82 6,39
INPC 0,72 2,89 6,30
IPCA 0,77 3,23 6,51
INCC-DI 1,06 2,20 7,33
Pisos Salariais:Verificar a Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br
ACÚMuLO DE CARGO: 20% ADICIONAL NOTuRNO: 20%
HORAS EXTRAS: Cidade de São Paulo e demais municípios: 50%
CESTA BÁSICA: Verificar Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br
fGTS – JuNHO/2011 (Data de recolhimento até 7/7/11) = 8% sobre o total da remuneração paga ao empregado
PIS – JuNHO/2011 (Data de recolhimento até 25/7/11) = 1% sobre o total da folha de pagamento
INSS – JuNHO/2011 (Data de recolhimento até 20/7/11)
*TABELA DE SALÁRIO DE CONTRIBuIçãO (R$) – a partir de 1º/1/2011:Até 1.106,90 = 8,00 %De 1.106,91 a 1.844,83 = 9,00 %De 1.844,84 a 3.689,66 = 11,00 %Acima de 3.689,66 = R$ 405,86
*SALÁRIO-fAMíLIA – a partir de 1º/1/2011Remuneração mensal até R$ 573,58 = R$ 29,41Remuneração mensal acima de R$ 573,58 até R$ 862,11 = R$ 20,73
* Tabela de salário de contribuição previdenciária e cotas de salário-família vigentes a partir de 1º/1/2011 – Portaria Interministerial MPS/MF nº 568/2010, publicada no DOU de 3/1/2011.
FOLHA DE PAGAMENTO ÍNDICESDE PREÇO(Abril/2011)
fontes: FGV, IBGE e Fipe/USP
Elaboração: Departamento de
Economia e Estatística do Secovi-SP
32
dia a dia
Hubert Gebara é vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP
(Sindicato da Habitação)
Condomínios- clube
O condomínio-clube é a nova pérola do
mercado imobiliário brasileiro, na opinião
de alguns especialistas. Para nós, ele é
um dado importante para avaliar nossa evolução
em termos de moradia. Achamos que essa estrela
que sobe tem a ver com o novo astral que paira
sobre a economia brasileira. Se a chamada classe
C finalmente chegou ou está chegando ao paraíso,
a chamada classe A-B conquista por mérito próprio,
de forma cada vez mais eloquente, esse novo tipo
de moradia com amplas áreas verdes, diversos
itens de lazer e recreação – e com os produtos
e serviços que as grandes cidades brasileiras já
oferecem, mas a um preço ainda alto em razão da
turbulência e insegurança fora dos condomínios.
Por conta de tantas benesses, é um tipo de moradia
barata, se formos analisar o custo-benefício que
resulta da comodidade, lazer e segurança. Para as
famílias, sai mais em conta do que as mensalidades
cobradas pelos clubes. O custo do deslocamento
de táxi ou do carro particular pode ser minimizado
ao extremo.
O condomínio-clube reflete a atual pujança da
economia brasileira e do nosso cintilante mercado
imobiliário. Ao que parece, não é o que acontece no
chamado primeiro mundo, que dá sinais de estafa
em alguns segmentos. Como fomos criados sob a
síndrome terceiro-mundista, o que vem acontecen-
do no Brasil é uma grata surpresa. Resta saber se o
crescimento da economia vai no longo prazo influir
negativamente nos altos índices atuais de violência
de nossas cidades. Achamos que vai.
Enquanto a violência não entra em curva des-
cendente face ao bom momento e ao futuro de
nossa economia, o condomínio-clube é uma capa
protetora para seus residentes. Esse novo tipo de
moradia vale como uma saída que se torna gra-
dativamente viável para grupos cada vez maiores.
Vale também como item de sustentabilidade em
plena selva de pedra. Essas comunidades têm nor-
malmente muitos metros quadrados de área verde
que respira. Valem como uma praça pública arbori-
zada. Este é também um item do custo-benefício.
Funciona dentro e fora do condomínio.
O quadro da economia mundial está mudando.
Estamos assistindo surpresos à troca de dinheiro e
poder no planeta. O Brasil está chamando a aten-
ção internacional pelo seu desempenho. Ninguém
sabe o que vai acontecer no futuro, mas os sinais
são promissores para os brasileiros.
Falta agora investir e tornar viáveis condomí-
nios-clube populares. Os chineses já começaram
a investir nesse tipo de moradia. O novo e os
próximos governos brasileiros deveriam imitar.
33
Por Hubert Gebara
oPinião
Áreatrabalhistacarlos alexandre cabraloab/Sp 97.378
O condomínio deve constituir uma Cipa? O condômino inadimplente pode ser impedido de participar do sorteio de vagas da garagem? Essas e outras questões são respondidas pelo
Departamento Jurídico do Secovi-SP
21Quando o empregado falta ao serviço sem apresentar
justificativa, é possível, por essa razão, não lhe fornecer
cesta básica no mês?
O Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, que regulamenta a
Lei nº 6.321/1976, referente ao PAT (Programa de Alimentação do
Trabalhador), dispõe em seu art. 6º: “Nos Programas de Alimen-
tação do Trabalhador – PAT, previamente aprovados pelo Minis-
tério do Trabalho e Previdência Social, a parcela paga ‘in natura’
não tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração para
quaisquer efeitos, não constitui base de incidência de contribuição
previdenciária ou de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
nem se configura como rendimento tributável do trabalhador”.
Assim, o benefício da cesta básica deve ser concedido dentro
dos parâmetros constantes da convenção coletiva de trabalho
da categoria.
A Portaria nº 3, de 1º de março de 2002, que baixa instruções
sobre a execução do PAT, em seu art. 6º, dispõe:
Art. 6º É vedado à pessoa jurídica beneficiária:
I – suspender, reduzir ou suprimir o benefício do Programa a
título de punição ao trabalhador;
II – utilizar o Programa, sob qualquer forma, como premiação;
III – utilizar o Programa em qualquer condição que desvirtue
sua finalidade.
Pelo exposto, vemos que a cesta básica (parcela paga
in natura) não tem natureza salarial e, desta forma, deixar de
concedê-la ao empregado por ele ter faltado injustificadamente
ao trabalho, não nos parece aconselhável (para este caso existem
as punições permitidas em lei), haja vista ser vetado ao empre-
gador suspender, reduzir ou suprimir o benefício do Programa
a título de punição ao empregado, conforme dispõe o art. 6º da
Portaria nº 3, acima transcrito.
O condomínio deve constituir uma Cipa?
Os condomínios são classificados com grau “2”
(risco médio) na Relação de Atividades Preponderantes
e Correspondentes Graus de Risco e, por essa razão, só
estão obrigados a manter uma Cipa (Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes) a partir de 51 empregados.
Todavia, a Norma Regulamentadora nº 5 dispõe que
as empresas (também os condomínios) que não estejam
obrigadas a manter uma Cipa deverão designar um de
seus empregados (qualquer um deles e não necessa-
riamente o zelador) e encaminhá-lo a um treinamento
(anual), para que fique como responsável pela obser-
vância dos objetivos da Cipa no ambiente de trabalho.
3Como evitar que o empregado venha a alegar ser
vítima de assédio moral no condomínio?
Pelos problemas que podem gerar certas atitudes no
ambiente de trabalho, com o potencial de levar o condo-
mínio a uma condenação na Justiça por dano ou assédio
moral (o dano moral é gênero, sendo o assédio moral
uma de suas espécies), recomenda-se que o síndico ou
administrador as evite, como, por exemplo, repreender
de forma excessivamente ríspida o empregado, humi-
lhando-o na frente dos demais colegas ou moradores
do prédio, pois, se não atende a contento as tarefas que
lhe são passadas, é preferível dispensá-lo de maneira
simples a atormentá-lo diariamente, para que tome a
iniciativa de pedir demissão, bem como abster-se de
colocar apelidos nos empregados e não incentivar que
os demais colegas de trabalho ou moradores o façam.
34
tiRa-dÚVidas
1O condômino inadimplente pode ser impedido de participar do sorteio de
vagas da garagem?
Além das penas pecuniárias previstas nos artigos 1.336, § 1°, e 1.337, caput,
do novo Código Civil, nenhuma outra que importe em privação de direitos con-
dominiais pode ser estabelecida em Convenção ou aplicada pelo condomínio
ao inadimplente. Não será lícito, assim, impor-lhe a privação do uso e gozo das
coisas e áreas comuns, tais como a supressão do fornecimento de água, luz, gás
ou mesmo segregação dos inadimplentes por oportunidade do sorteio de vagas
na garagem, conforme menciona o julgado abaixo:
Condomínio – Regulamento Interno – Desnecessidade de Registro – Vedação,
ao condômino inadimplente, da participação no sorteio de vagas na garagem em
igualdade de condições com os demais condôminos – Inadmissibilidade – Re-
gulamento que desbordou, nesse passo, do contido na convenção – Provimento
parcial do recurso para que o síndico, no prazo de 20 dias a contar da citação, na
fase de execução, convoque assembleia para o sorteio, assegurada a participação
do autor, em igualdade de condições, ainda que inadimplente, cominada a multa
diária de R$ 50,00 para a violação do preceito, mantida a divisão da sucumbência.
Apel. Cível 269.828-4/6 - TJSP- Rel. Waldemar Nogueira Filho.
2O condômino pode se recusar a pagar multa e juros devidos pelo atraso
no pagamento da quota condominial, sob a alegação de não ter recebido
boleto de cobrança?
As despesas de condomínio têm natureza de dívida portable, isto é,
deve ser paga pelo devedor, no seu vencimento, no domicílio do credor. Assim,
se eventualmente não lhe foram entregues os boletos de cobrança, cumpre ao
condômino efetuar o pagamento diretamente ao síndico do condomínio ou à
administradora responsável, como exemplifica a ementa abaixo:
Condomínio – Despesas Condominiais – Cobrança – Multa Moratória – Inclu-
são Recebimento do Boleto Bancário – Ausência – Providência para Satisfação do
Débito – Ausência – Admissibilidade. Sendo a contribuição condominial dívida de
natureza “portable”, de seu pagamento não se exime o devedor, nem tampouco
das verbas moratórias, pela alegação de não ter recebido boleto de cobrança. (Ap.
s/ Ver. 615.765-00/2 – 2º TAC -12ª Câm. – Rel. Juiz Arantes Theodoro j. 28.6.2001.
3A lei determina algum prazo espe-
cifico para a entrega da documen-
tação do condomínio, quando novo
síndico é eleito?
Quando ocorre a posse de um
novo síndico, em momento concomi-
tantemente ao da eleição, salvo dis-
posição em contrário da Convenção,
fica o ex-síndico obrigado a entregar
todos os documentos condominiais
que possui, bem como todos os bens
que se valeu para conduzir a admi-
nistração, servindo de exemplo para
tanto as chaves dos recintos comuns
da edificação. Dessa forma, a entrega
mencionada deve ocorrer imediata-
mente à posse do novo síndico.
4É obrigatória a construção de ba-
nheiro na portaria do condomínio?
Não é obrigatória, tendo em vista
a inexistência de lei ou outro tipo de
norma que regule o assunto. A Norma
Regulamentadora do Ministério do
Trabalho n° 24 - Condições Sanitárias
e de Conforto nos Locais de Trabalho
é a que mais se aproxima do assunto.
Área cívelmarta cristina pessoa
oab/Sp 108.073
Este espaço é um canal permanente para que síndicos e administradoras esclareçam questões relacionadas ao dia a dia da gestão condominial. Envie suas dúvidas para
o e-mail [email protected]
35
tiRa-dÚVidas
O momento favorável pode induzir a uma
letargia, já que a situação da habitação
foi resolvida para sempre pelo programa
Minha Casa Minha Vida... Quanta miopia e distância
da realidade! Essa iniciativa é somente um bom e
corajoso passo inicial.
O País continua a exibir falhas imobiliárias e ur-
banísticas – notadamente a carência habitacional –,
que serão debeladas com persistência na implanta-
ção de uma política habitacional perene de Estado.
De início, é necessário aprovar a vinculação
orçamentária de 2% das arrecadações federais para
moradias na baixa renda, onde resiste o deficit ha-
bitacional de 6 milhões de unidades. Há projetos de
lei em tramitação para formalizar este compromisso
de maneira permanente.
E pouco se poderá construir sem terrenos em
volume. Para tornar disponível esse insumo, deve-
mos aprovar nova legislação que substitua a ultra-
passada Lei nº 6.766/79, de parcelamento do solo.
Existem suficientes propostas com as autoridades,
contemplando sustentabilidade, meio ambiente,
responsabilidade social, dinâmica ocupação urba-
na e qualidade de vida. Contemporizar na análise
compromete a capacidade de produzir tetos dignos.
Ademais, cumpre assegurar a continuidade do
Minha Casa, Minha Vida para a baixa renda, e ajustar
preços, mesmo com subsídios menores. Em certos
casos, é viável diminuir um pouco os descontos e
exigir uma parte maior de pagamento das famílias
quando possível.
É importante desenvolver um modo eficaz de
entregar as unidades às famílias. A Caixa não pode
se perenizar como administradora condominial de
milhões de unidades, e a gestão de condomínios
carece de adaptações. Urge alocar equipes de
assistentes sociais e urbanistas para estudar a
boa ocupação urbana e a convivência em grupos,
transformando o desafio de alojar massas em
oportunidade de convívio harmonioso. Com ajuda
das empresas especializadas em administração de
condomínios, teremos qualidade de vida, salubrida-
de e segurança nos novos espaços.
A faixa de renda de R$ 1.395 a R$ 5.450
deve ser analisada visando a adaptar benefí-
cios aos diversos substratos, tais como os de
R$ 2.790 a R$ 3.270. Trata-se de redistribuir os
subsídios nos juros e preços, evitando tirar do
programa as famílias ligeiramente favorecidas
pela macroeconomia.
João Crestana é presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e da Comissão Nacional da
Indústria Imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)
Sereno,mas não manso
36
Por João Crestana
caRta do PResidente
38
ACESSóRIOSABC Metal ...................................................... pág. 39Advento Comercial ......................................... pág. 39Confiança ....................................................... pág. 40Jetpump ......................................................... pág. 39Travema .......................................................... pág. 39Uruflex ............................................................ pág. 39
ADMINISTRAçãO DE ESTACIONAMENTOSDoral Park Estacionamentos Ltda ................. pág. 40
ADMINISTRADORASADCIP ............................................................. pág. 40Ativa ................................................................ pág. 40Damasco ........................................................ pág. 41Directa ............................................................ pág. 41F Moraes ........................................................ pág. 40Grupo Maxx Condomínios ............................. pág. 40Nunez Aldin Condomínios ............................. pág. 41Prisma Administração .................................... pág. 41Sigecon Condomínios .................................... pág. 41Souza Camargo ............................................. pág. 40Verti ................................................................. pág. 41Winn ............................................................... pág. 41
ARTIGOS PARA SALãO DE JOGOSBilhares Kid´S Sport ...................................... pág. 41
AuDITORIAConaudi .......................................................... pág. 41
BENEfíCIOSSodexo ........................................................... pág. 02
BRIGADA DE INCêNDIORed Fire .......................................................... pág. 42Tecnofire ......................................................... pág. 42
CONSTRuçãO3D Contruções Ltda ....................................... pág. 60
CONSuLTORIA DE ELEVADORESDr. Elevador .................................................... pág. 42
CONTROLE DE PRAGASDesintec ......................................................... pág. 42
DESENTuPIDORADesentupidora Imperio .................................. pág. 42Desentupidora Jupiter .................................... pág. 43Real Desentupidora ....................................... pág. 42
ELÉTRICAExclusiva Engenharia Ltda ............................. pág. 43Hengeserv ...................................................... pág. 43
ELEVADORESAlternativa ....................................................... pág. 44Asselev ........................................................... pág. 43Basic Elevadores.................................... pág. 30 e 44CBE ................................................................ pág. 44CSM................................................................ pág. 44Convert ........................................................... pág. 30
Delev .............................................................. pág. 44Ewic ................................................................ pág. 45Grambell Elevadores ...................................... pág. 30Infolev ............................................................. pág. 31Korman ........................................................... pág. 45MDE ................................................................ pág. 44Mitson ............................................................. pág. 45Monciel ........................................................... pág. 46New Servs ...................................................... pág. 46Novart ............................................................. pág. 43Paulista ........................................................... pág. 45Primac ............................................................ pág. 30RC................................................................... pág. 47Santista ........................................................... pág. 45SPL ................................................................. pág. 46Tecnew............................................................ pág. 46Universal ......................................................... pág. 46Zapplift ........................................................... pág. 30
EQuIPAMENTOS DE GINASTICAJohnson Fitness Store ........................... pág. 23 e 47
fILTROSFiltrolar ............................................................ pág. 48
fITNESSMundo Fit ....................................................... pág. 21
IMPERMEABILIzAçãOAmadeu .......................................................... pág. 48Landotek ........................................................ pág. 48Lwart ............................................................... pág. 48Polican ............................................................ pág. 49Primer ............................................................. pág. 48
INDIVIDuALIzAçãOAJ Martani ...................................................... pág. 37Sappel do Brasil Ltda ..................................... pág. 27
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Restaurar Engenharia .................................... pág. 52Sipan .............................................................. pág. 53Spectro Pinturas ............................................. pág. 52Taj Engenharia ................................................ pág. 53ZS Pinturas ..................................................... pág. 52
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TERCEIRIzAçãOArt Clean ......................................................... pág. 56Grupo Alpha Serviços .................................... pág. 58Grupo Fort ...................................................... pág. 56Horus Monitoramento .................................... pág. 57JVS Serviços................................................... pág. 56Maxxima ......................................................... pág. 55Natzar ............................................................. pág. 55R.E. Service .................................................... pág. 58Replace .......................................................... pág. 58SS Planejamento ............................................ pág. 55Star Light ........................................................ pág. 58Treze Brasil ..................................................... pág. 57Valmac ............................................................ pág. 56
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